Especial Suplementação e Vitaminas

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PA RTE I N TE G RA NT E DO

ESPECIAL

A N O X X I I I | N º 2 8 9 | DEZEM B R O DE 2 0 1 6

SUPLEMENTAÇÃO

E VITAMINAS R E V I S TA

D I R I G I D A

A O S

P R O F I S S I O N A I S

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S A Ú D E

ADESÃO CRESCENTE Melhora do desempenho em atividades esportivas; perda ou ganho de peso; cuidados com a beleza; e prevenção a doenças são alguns dos motivos que levam a população a recorrer à reposição nutricional. A busca por suplementos e vitaminas aumenta de forma significativa e o varejo farmacêutico configura-se como o principal canal de vendas

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Composição: Argentum nitricum 6CH e Kali bromatum 6CH. MS - 1.0247.0083.002-5. Contraindicações: este medicamento é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Uso adulto. Indicações: auxiliar no tratamento da ansiedade, irritabilidade, inquietude, impulsividade, agitação, depressão, insônia, sono perturbado, tremores, palpitação e cefaleia.

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APRESENTAÇÃO TENDÊNCIA QUE CRESCE Ganho de massa muscular, emagrecimento, prevenção, melhora do rendimento durante um exercício, aumento do gasto energético, da saciedade ou, ainda, a necessidade da reposição nutricional. Esses são alguns dos benefícios que os suplementos vitamínicos podem trazer quando usados com responsabilidade e a devida atenção. No Brasil, esse mercado cresceu muito nos últimos anos e ocupa hoje a segunda posição de vendas no total dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), ficando à frente de categorias importantes, como gripes e resfriados, dermatológicos e gastrointetinais. O novo estilo de vida da população brasileira, mais atribulado e com pouco tempo para compor uma boa refeição, tem sido um alicerce para o bom desempenho desses itens. Embora esse crescimento seja real, o mercado nacional está muito aquém da realidade de países, como os Estados Unidos. Um dos grandes entraves é a falta de informação, principalmente porque essa cultura ainda é muito recente por aqui. Foi pensando nesta oportunidade, que pode ser explorada de forma exponencial em sua loja, que preparamos, pelo quarto ano consecutivo, este Especial Suplementação e Vitaminas. O objetivo é que você possa se atualizar sobre atendimento, composição de mix, exposição, carências nutricionais, recomendação de uso, entre outros assuntos. Dessa forma, suas vendas serão otimizadas e seu estabelecimento estará preparado para suprir a uma demanda específica, já que farmácias e drogarias têm sido procuradas, cada vez mais, como o canal preferencial de compra desses produtos.

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MERCADO

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PONTO DE VENDA

Suplementos esportivos, vitaminas, polivitamínicos, etc. são apenas alguns dos produtos entre os diversos itens que compõem a categoria de suplementos e vitaminas. Esse mercado cresce e se fortalece no País graças ao aumento da demanda dos brasileiros por inúmeras finalidades

A procura e a oferta de suplementos nas farmácias cresceram ao longo dos anos, e isso faz com que o varejista precise pensar em uma exposição inteligente, que explore o potencial de cada segmento e facilite a escolha do shopper

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Para a qualidade da saúde física e mental, ter as vitaminas sempre nos índices ideais é fundamental. O cálcio, a vitamina D e a luteína são algumas das reposições vitamínicas que se tornam comuns na terceira idade. Entenda os motivos e necessidades específicas desse público

E MAIS

Boa leitura.

10. Perfil 24. Patologias

Lígia Favoretto Editora-chefe

DIRETORIA Gustavo Godoy, Marcial Guimarães e Vinícius Dall’Ovo EDITORA-CHEFE Lígia Favoretto (ligia@contento.com.br) ASSISTENTE DE REDAÇÃO Vivian Lourenço EDITOR DE ARTE Junior B. Santos ASSISTENTE DE ARTE Giulliana Pimentel DEPARTAMENTO COMERCIAL EXECUTIVAS DE CONTAS Jucélia Rezende (jucelia@contento.com.br) e Luciana Bataglia (luciana@contento.com.br)

PREVENÇÃO

26. Multivitamínicos 30. Shakes 32. Infantil

ASSISTENTE DO COMERCIAL Mariana Batista Pereira MARKETING E PROJETOS Luciana Bandeira MARKETING DIGITAL Noemy Rodrigues COLABORADORES DA EDIÇÃO Textos Kathlen Ramos Revisão Maria Elisa Guedes IMPRESSÃO D’ARTHY Editora e Gráfica Ltda.

> www.guiadafarmacia.com.br Especial Suplementação e Vitaminas é uma publicação anual da Contento. Rua Leonardo Nunes, 198, Vila Clementino, São Paulo (SP), CEP 04039-010. Tel.: (11) 5082 2200. E-mail: contento@contento.com.br Os artigos publicados e assinados não refletem necessariamente a opinião da editora. O conteúdo dos anúncios é de responsabilidade única e exclusiva das empresas anunciantes.

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MERCADO

CONSUMO CRESCENTE EMBORA AINDA ESTEJA LONGE DA REALIDADE NORTE-AMERICANA, QUE JÁ TEM VITAMINAS E SUPLEMENTOS INCORPORADOS AO DIA A DIA DA POPULAÇÃO, ADESÃO BRASILEIRA AUMENTA A PASSOS LARGOS TEXTOS: KATHLEN RAMOS

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uplementos esportivos, vitaminas, polivitamínicos, nutricosméticos, cosmecêuticos, shakes... são apenas alguns dos produtos entre os diversos itens que compõem a categoria de suplementos e vitaminas.“No Brasil, esse mercado cresceu nos últimos anos e, segundo dados recentes da IMS Health Brasil, ocupa a segunda posição de vendas no total do mercado de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), ficando à frente de outras categorias importantes, como gripes e resfriados, 4 ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS | DEZ. 2016

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dermatológicos e gastrointestinais”, comenta o gerente de vendas nacional da Millipharma, Silvio Pecora. E esse mercado cresce e se fortalece no País graças ao aumento da demanda dos brasileiros por inúmeras finalidades. Melhora do desempenho em atividades esportivas; perda ou ganho de peso; cuidados com a beleza; e prevenção a doenças são alguns dos motivos que levam a população a recorrer a esses artigos. Até mesmo o novo estilo de vida, mais atribulado e com pouco tempo para compor uma boa refeição, tem sido um alicerce para o bom desempenho desses produtos no mercado. IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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“As pessoas têm se conscientizado de que não consomem a quantidade necessária de frutas e verduras todos os dias, principalmente devido à correria da vida moderna e a um aumento no consumo de itens industrializados. Essa conscientização sobre a importância de se alimentar bem tem feito com que as pessoas busquem aliados para uma nutrição completa”, analisa a diretora de marketing da Pfizer Consumer Healthcare, Cristina Viana da Fonseca. Os diversos motivos para uso desses produtos faz com que eles atraiam um grande público e bastante variado em sexo, idade e preferências. “Qualquer pessoa que procure

complementar sua alimentação, suprindo nutrientes em insuficiência, ou até deficiência, pode fazer uso dos itens. São bastante procurados por praticantes de atividade física, atletas que necessitam de reposição de nutrientes, ou pessoas com carências e restrições alimentares”, enumera o diretor da unidade de Marcas da EMS, Luiz Fernando Dias. O segmento de multivitamínicos, por exemplo, hoje conta com mais de 200 marcas e é o top 6 do mercado de MIPs em reais, segundo dados fornecidos pela Pfizer. “O mercado cresceu, nos últimos anos, índices de dois dígitos, porém passa por uma desaceleração no curto prazo, relacionada ao momento macroeconômico do País. Mas a previsão é de que o crescimento também siga a retomada econômica nacional”, pondera Cristina. A categoria de suplementos esportivos têm, igualmente, apresentado números expressivos no Brasil. O diretor de marketing da Integralmédica, Carlos Tomaiolo, justifica, como alavanca para os bons resultados do setor, a realização de grandes eventos do segmento por aqui, como o Arnold Classic, uma das maiores feiras esportivas do mundo; além do grande aumento do número de academias e de praticantes de atividades físicas. “A atuação de influenciadores e celebridades que divulgam o estilo de vida saudável e esportivo, além do apelo estético destas personalidades, estimulam as pessoas comuns. Além disso, atualmente, a forte presença das redes sociais com temas que abordam saúde, dietas e exercício físico incentivam, fortemente, as pessoas a entrar neste universo da nutrição esportiva”, acrescenta Tomaiolo. Embora esse crescimento seja real, o mercado brasileiro de suplementos e vitaminas ainda está muito aquém da realidade de países, como os Estados Unidos. “Um dos grandes entraves para o crescimento da categoria no País pode ser a falta de informação, principalmente porque essa cultura de suplementos e polivitamínicos ainda é muito recente por aqui”, pondera Dias. O mercado norte-americano tem uma cultura diferente. Lá, as pessoas já são impactadas pelo uso de suplementos desde crianças. “As famílias entendem a necessidade e o sistema de saúde incentiva o uso por meio de disseminação de conhecimento”, comenta o executivo da Integralmédica. Nos Estados Unidos, segundo Tomaiolo, até mesmo a indústria alimentícia é responsável por aproximar as pessoas dos suplementos, já que vários tipos de alimentos são acrescidos de proteínas, vitaminas e minerais. “Os rótulos dos produtos fazem com que as pessoas se acostumem a essa cultura desde muito cedo”, reforça. DEZ. 2016 | ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS 5

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MERCADO RELEVANTES AO CANAL FARMA Segundo dados da Integralmédica, estima-se que, hoje, o Brasil contemple mais de seis mil pontos de vendas de suplementos, divididos entre: Lojas especializadas (body shop)

Lojas de produtos naturais

Lojas de materiais esportivos

Grandes e-commerces especializados ou de outros segmentos As farmácias têm se destacado entre os canais de preferência do consumidor para a compra de suplementos e vitaminas. Alguns motivos justificam essa predileção.

Canal Confiável: as farmácias constituem espaços especializados em saúde, que contam com a presença de farmacêuticos e balconistas. Orientação: nesses canais, pode-se contar com a presença de profissionais que estão aptos a orientar os shoppers sobre os diversos tipos de vitaminas, minerais e suplementos. Atendimento: 87% dos shoppers do canal farma consideram o atendimento ótimo ou excelente (pesquisa IMS Health, nível nacional, 850 respondentes, shoppers do canal farma, homens e mulheres, classe ABC, 18-55 anos de idade). Sortimento: metade da categoria vitaminas, minerais e suplementos são Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) e, portanto, somente a farmácia podem comercializá-los. Evolução: o canal farma vem cada vez mais se especializando para atender melhor o shopper. Isso pode ser notado em várias iniciativas, desde a ampliação do portfólio de produtos, visando atender às necessidades específicas de quem procura essa categoria; funcionários cada vez mais capacitados e treinados para esclarecer dúvidas sobre os benefícios ou qual o produto mais indicado; e melhoria da comunicação dentro da loja, facilitando a experiência do shopper. Fonte: gerente sênior de marketing da divisão Consumer Health do IMS Health, Rodrigo Akio Kurata

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CRESCIMENTO EXPRESSIVO NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS Vitaminas, considerando minerais, monovitaminaas, multivitamínicos, etc.

+45,62% Produtos à base de fibras alimentares, que contemplam farinha de linhaça, gergelim, produtos de soja e para perda de peso

+95,85% Energéticos esportivos

+148,21%

EM VALOR (R$), NO MESMO PERÍODO, OS DADOS DO IMS HEALTH APONTAM: Produtos a base de fibra alimentar

+354,99% Outros produtos nutricionais

+184,60% Energéticos

+78,17% Vitaminas

+61,94%

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MERCADO VENDAS DE SUPLEMENTOS EM VALOR (R$) MAT* R$ Preço Consumidor 2012/07

MAT* R$ Preço Consumidor 2013/07

MAT* R$ Preço Consumidor 2014/07

MAT* R$ Preço Consumidor 2015/07

MAT* R$ Preço Consumidor 2016/07

Vitaminas

1.593.511.348

1.932.204.953

2.272.040.149

2.523.449.453

2.566.322.407

Energéticos esportivos

54.650.006

98.236.698

130.043.927

123.962.721

97.374.541

Produtos para perda de peso

64.668.230

82.858.402

84.440.145

105.668.278

77.535.752

27.509.227

42.752.082

54.764.413

42.396.949

27.608.913

14.470.963

17.603.549

30.759.983

40.676.117

31.245.859

862.058

1.599.669

2.484.937

2.954.525

3.922.318

CATEGORIAS

Substitutos alimentares (shakes) Outros produtos nutricionais Produtos à base de fibras

* MAT (Moving Annual Total - em português, Movimento Anual Total) Fonte: IMS Health

CRESCIMENTO EM LARGA ESCALA

Em volume (unidades), segundo dados do IMS Health, tiveram destaque em desempenho a categoria que engloba cápsulas “seca barriga”, óleos de frutas e castanhas; além de cápsulas de alho, abacaxi, açaí, goji berry, guaraná, chia, etc., denominadas, pelo levantamento, de “outros produtos nutricionais”. Entre esses itens, houve um crescimento de 184,60% no acumulado de julho de 2012 para julho de 2016. O gerente sênior de marketing da divisão Consumer Health do IMS Health, Rodrigo Akio Kurata, reforça o progresso da categoria nos últimos cinco anos. “O desenvolvimento pode ser notado pela entrada de novas marcas no mercado e pelo portfólio completo disponível em diversas farmácias no Brasil, principalmente em se tratando das grandes redes”, comenta, acrescentando que outro fator importante é a conscientização da população sobre a prevenção de problemas de saúde por meio das vitaminas, minerais e suplementos. No entanto, segundo Kurata, mesmo com o movimento evolutivo e desenvolvimento do mercado, o atual

cenário econômico brasileiro fez com que o consumidor diminuísse o investimento nas compras de produtos com foco em prevenção, pois ainda não fazem parte da sua cesta essencial de compras. Dias, da EMS, reforça o problema da falta de informação do brasileiro sobre esses produtos e cita que o maior equívoco que prejudica as vendas, hoje, é o fato de as pessoas ainda acreditarem que os suplementos engordam. Ele enfatiza, assim, a importância de esclarecer esse mito. “Esses nutrientes, em sua maioria, não têm qualquer constituinte energético, logo, não têm calorias. Dessa forma, não engordam. O que acontece é que algumas vitaminas podem ajudar a aumentar o apetite, por exemplo a B1 e a B2, mas isso só ocorre em caso de consumo excessivo”, explica. Para Kurata, além da informação, outros pontos importantes que podem ser explorados pela categoria são: a oportunidade de aumentar a distribuição dos produtos; melhorar do mix ofertado; bem como ampliar a comunicação sobre os benefícios das vitaminas no ponto de venda.

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PERFIL

NOVO ESTILO DE VIDA USO EXPRESSIVO DE DIETAS INDUSTRIALIZADAS, OU MESMO A FALTA DE TEMPO PARA SE ALIMENTAR ADEQUADAMENTE, FAZEM COM QUE OS BRASILEIROS BUSQUEM VITAMINAS PARA SUPRIR A CARÊNCIA NUTRICIONAL

o longo das décadas, é possível visualizar a mudança de perfil de uso de suplementos e vitaminas e como este retrato tem se alterado entre as gerações. Há 30 anos, por exemplo, notava-se esses produtos sendo utilizados por extremos de faixa etária: crianças e idosos. Crianças cujas mães procuravam os profissionais de saúde com queixas de que seus filhos não ingeriam nutrientes suficientes e não ganhavam peso; e idosos, principalmente, por insuficiência na ingesta de alimentos, seja por

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problemas de mastigação, deglutição ou até mesmo por convalescência e alterações comportamentais de processos degenerativos do Sistema Nervoso Central (SNC). No entanto, nos últimos anos, esse perfil vem se alterando, conforme comenta a médica geriatra e responsável pelo Departamento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Marjan Farma, Dra. Rita de Cássia Salhani Ferrari. “O dia a dia mais estressante nas grandes cidades, aliado a uma busca de qualidade de vida, fez com que os suplementos e vitaminas tivessem o objetivo de atuar nesse sentido. Vitaminas e minerais associados a substâncias adaptógenas (substâncias que permitem a adaptação do organismo a situações de estresse, permitindo uma melhor resposta à fadiga física e mental), como o ginseng, por exemplo, passaram a ser mais consumidos”, explica a especialista. Na última década, também se tornou comum a busca de vitaminas para suprir as carências decorrentes do novo estilo de vida do brasileiro, que está mais adepto à praticidade na alimentação. Vê-se, por exemplo, um aumento do consumo de alimentos industrializados com alto índice calórico e pobres em termos nutricionais. “Hoje, as pessoas estão mais conscientes em relação à alimentação. Assim, embora boa parte da população saiba que precisa se alimentar melhor, elas não têm uma dieta equili-

IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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VITAMINAS E NUTRIENTES IMPORTANTES EM CADA FASE DA VIDA Crianças Nessa fase da vida, elas precisam das mesmas vitaminas e minerais que os adultos, apenas as dosagens é que são diferentes. Algumas vitaminas são mais importantes, como A, C, D e E, que servem como uma base sólida no fornecimento dos nutrientes necessários para uma criança pequena. Elas cuidam do crescimento dos ossos, visão, cérebro, músculos e dão energia vital para toda criança iniciar suas atividades físicas. O ferro também é um mineral essencial nesse período e sua carência pode alterar o crescimento e o desenvolvimento infantil, inclusive a capacidade de aprendizagem.

Idosos Nessa fase, as recomendações de consumo de cálcio são aumentadas. O fósforo e o magnésio também desempenham papel importante na batalha contra a osteoporose. É necessário, ainda, que a dieta esteja adequada em relação o zinco, proteínas, vitaminas D, B12, A e E. A ausência desses minerais e/ou vitaminas pode contribuir com o aparecimento de fraturas, fragilidade óssea e baixa imunidade.

Adultos Uma vitamina que geralmente muitos adultos apresentam deficiência é a D, extremamente importante não só para a manutenção do metabolismo do cálcio, mas também para fortalecer o sistema autoimune e atuar na secreção de insulina. A vitamina D é produzida na pele, mas é ativada pelos rins. Doentes com insuficiência renal também necessitam de suplementos dessa vitamina.

Jovens Nesse período, as crianças estão crescendo rapidamente e o organismo passa a exigir muito mais delas. Pode-se notar ainda, nessa fase, que o rápido crescimento tem seus efeitos sobre o esqueleto ósseo, entre outras modificações orgânicas. Assim, o cálcio é essencial, tendo uma necessidade de consumo diária aumentada. Alguns jovens param de beber leite e alimentos fontes de cálcio. Portanto, precisam de uma dose regular de cálcio e magnésio para se manterem mais saudáveis. Fonte: nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Fernanda Maluhy

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O PAPEL DE ALGUMAS VITAMINAS E NUTRIENTES Vitamina A: ajuda na prevenção da anemia e cegueira noturna. Além disso, fortalece os dentes e o sistema imunológico. Vitamina B9: mais conhecida como ácido fólico, participa na formação dos glóbulos vermelhos do sangue, no crescimento dos tecidos e na produção de energia. Vitamina B12: além de prevenir a anemia, também beneficia as células do trato gastrointestinal, ajudando na digestão e absorção dos alimentos. Cálcio: importante para a saúde dos ossos e dos dentes e para o bom funcionamento dos músculos e dos nervos. Em caso de déficit, pode prejudicar o crescimento na criança. Ferro: a carência desse mineral pode alterar o crescimento e o desenvolvimento infantil, inclusive a capacidade de aprendizagem. Zinco: essencial para o sistema imunológico, saúde da pele, unhas, cabelo e a cicatrização de feridas. Sua falta também provoca atraso no crescimento e na maturação sexual. Biotina (vitamina H ou B7): essencial para saúde da pele, cabelo e unhas, pois ela atua no metabolismo de carboidratos, proteínas (principalmente a queratina) e gorduras. Fonte: nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Fernanda Maluhy

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PERFIL

librada por falta de tempo”, comenta a nutricionista da Sundown Vitaminas, Natália Alcantara Teixeira. Numa outra ponta, também há o público que pensa na saúde e prevenção. “O aumento da expectativa de vida tem levado muitas pessoas a buscar viverem mais e com mais qualidade e, desta forma, investem tempo e recursos neste propósito, encontrando, na suplementação, suporte a estes objetivos”, acrescenta o diretor farmacêutico da Natulab, Olavo Rodrigues.

POTENCIAL DE CONSUMO O consumo de vitaminas e suplementos no Brasil é muito baixo versus países desenvolvidos e, de fato, a categoria tem muito o que crescer. Segundo dados recentes de pesquisas do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope):

CONTINUIDADE NO TRATAMENTO

• Apenas 11% da população brasileira (cerca de 22 milhões de pessoas) consome algum produto da categoria ao longo do ano, por exemplo, vitamina C durante o período de inverno.

• As mulheres consomem mais que os homens (60% X 40%) e quase que a metade desta população pertence à classe AB (49%). • Por faixa etária, 29% destes consumidores têm entre 12 e 29 anos; 35% têm entre 30 e 50 anos; e 36% são consumidores com 51 anos ou mais. Fonte: gerente de vendas nacional da Millipharma, Silvio Pecora

DE IDADE

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Para que se tenha o resultado esperado com suplementos e vitaminas, ou quaisquer outros medicamentos, é fundamental que se faça o uso destes produtos na quantidade e tempo estipulados por um especialista. No entanto, nem sempre é isso que acontece. A Dra. Rita de Cássia mostra que dados de literatura internacional* apontam, por exemplo, que apenas 33% dos consumidores que realizaram cirurgia bariátrica fazem uso correto de suplemento vitamínico-mineral cinco vezes por semana, o que é algo preocupante. “Possivelmente, o fato do consumidor ter de tomar diversos comprimidos, por toda a vida, possa ser um fator de abandono. Por isso, a necessidade de que se concentrem vitaminas e minerais específicos para este fim em um único produto, a fim de aumentar a adesão ao tratamento”, comenta. Segundo Rodrigues, pode-se esperar considerável nível de descontinuidade de uso de suplementos e vitaminas. “Vê-se, por exemplo, que, em algum momento, um indivíduo decide adotar um estilo de vida mais saudável e, depois de certo tempo, abandona estes hábitos”, comenta. Contudo, segundo ele, cada vez mais, existe uma parte da população que se mantém em um estilo de vida que envolve suplementação – associada ou não com atividades físicas –, de forma recorrente e, assim, pode-se esperar um aumento gradativo de pessoas que fazem suplementação de maneira contínua. A adesão ao tratamento também se mostra importante já que algumas vitaminas não têm a reposição imediata, exigindo uso prolongado. “O alcance do nível esperado de um nutriente varia entre os pacientes, mas, no caso de algumas vitaminas, como a B12, e o ferro, por exemplo, a reposição tende a ser mais demorada. Assim, quando existe um acompanhamento de um médico ou nutricionista, as chances de continuidade na prescrição são maiores”, alerta Natália. *Surgobs Relat Dis. 2008; 45 (S Suppl): 573-108.

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PONTO DE VENDA

EXPLORANDO A GAMA COMPLETA A CATEGORIA DE SUPLEMENTAÇÃO CRESCEU NAS FARMÁCIAS, PEDINDO UMA EXPOSIÇÃO INTELIGENTE, QUE EVIDENCIE O POTENCIAL DE CADA SEGMENTO E FACILITE A ESCOLHA DO SHOPPER

A

s vitaminas mais tradicionais já são velhas conhecidas no ambiente farmacêutico. No entanto, o leque de opções, tanto desses produtos quanto de suas ramificações, cresceu e se fortaleceu ao longo dos anos. Shakes e chás emagrecedores, suplementos especiais para cada fase da vida ou por objetivos, multivitamínicos para as mais diversas demandas e nutricosméticos são algumas das novas forças dessa categoria. E, para muitas delas, o canal farma passa a ser estratégico. “O consumidor de multivitamínicos, vitaminas e suplementos nutricionais normalmente prefere adquirir seus produtos na farmácia devido à oferta de marcas líderes, amplo sortimento e fácil acesso às redes de drogarias”, analisa o diretor de vendas e trade marketing da Pfizer Consumer Healthcare, Silvio Silva. Dado o potencial das farmácias para as vendas desses itens, também se torna fundamental explorar um bom sortimento de produtos para não perder vendas. “O ideal é que se ofereça um mix amplo, levando em conta os tipos de apresentações – sejam em pó, cápsulas ou prontas para uso – e finalidades de utilização. O shopper que necessita ou já faz uso de vitaminas e 14 ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS | DEZ. 2016

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suplementos quer conhecer as diversas opções de produtos”, constata a diretora de Consumer Health Care da Sanofi, Patrícia Macedo. Vale, ainda, explorar ações e novas formas de atrair o consumidor, tanto para a loja quanto à experimentação desses itens. E, para conquistá-lo, algumas técnicas e materiais podem ser utilizados. “Faixas de gôndola para organizar os produtos, folhetos educacionais e wobblers (materiais de merchandising colocados em frente às prateleiras para orientar o consumidor em relação a lançamentos ou vantagens de um determinado produto) ajudam na navegação pela gôndola e na educação do consumidor”, aconselha Silva. Patrícia sinaliza outros materiais que podem ser usados nesse processo, como displays de checkout, cartazete de balcão, folhetos, stopper, faixa de gradil e móbiles. A gerente de marketing de vitaminas da Bayer, Ana Paula Fontes, indica, ainda, que técnicas de cross-merchandising podem ser exploradas, dando como exemplo vitaminas usadas por crianças, por meio do uso de clip strips. O diretor da unidade de marcas da EMS, Luiz Fernando Dias, mostra outras possibilidades de explorar a categoria no ponto de venda (PDV) com itens correlacionados. “As IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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vitaminas para mulheres, por exemplo, podem estar posicionadas próximas aos produtos para cabelo, artigos para unha e pele, pois a consumidora que compra um desses itens está mais propensa a também comprar o outro. O mesmo ocorre com as vitaminas de uso comum, como a vitamina C, perto de produtos para gripe ou próximas ao checkout, pois normalmente são vendas de oportunidade”, finaliza.

O PODER DA EXPOSIÇÃO

Diante da força que esses produtos têm ganhado no País, há uma movimentação do mercado em relação ao desenvolvimento de um processo de Gerenciamento por Categorias (GC) para este setor. Um passo fundamental na hora de organizar os produtos nas gôndolas é ter como foco a educação do shopper. “Considerando-se que exista uma determinada gama de subcategorias, é bem provável que se as mesmas forem bem comunicadas, organizadas e planificadas, podem ajudar o consumidor a entender melhor sua necessidade e optar pelo consumo de um ou mais segmentos”, considera o gerente de vendas nacional da Millipharma, Silvio Pecora. Assim, segundo ele, a segmentação e corriqueira exposição, em grandes blocos, definidas segundo as marcas não oferecem muita informação ao shopper e tampouco o ajudam na decisão de compra. Para o executivo, uma alternativa seria explorar a segmentação e planificação da categoria segundo os diferentes benefícios oferecidos pelas formulações. “Podem-se explorar segmentações como Suplementação Diária Idosos, Suplementação Diária Adultos, Suplementação Diária Crianças e Adolescentes, Suplementação Esportistas, Gestantes, Prevenção Cardio, Prevenção Ossos e Músculos, Proteção e Imunidade, Pele – Unha – Cabelo – Visão, Estresse e Equilíbrio, Recuperação e Energia, etc.”, sugere Pecora, lembrando que, em cada segmentação, existem diferentes marcas que oferecem distintas concentrações, dosagens, posicionamentos, preços e formatos nas apresentações. Patrícia, da Sanofi, fornece algumas recomendações. “É usual o agrupamento da categoria de ‘suplementos e vitaminas’ no mesmo espaço. Porém, é importante que exista, dentro do PDV, uma categorização por entrega ou demanda do cliente. Ou seja, essa exposição deve seguir a árvore de decisão de compras do consumidor, fazendo com que o acomodamento dos produtos na gôndola esteja de acordo com outras categorias afins”, ensina a especialista. Silva, da Pfizer, considera que a melhor estratégia é optar por um sistema que os reúna, por categoria ou subcategoria, deixando juntos as monovitaminas, os suplementos

CONSULTORIA DE VENDAS É importante que o farmacêutico e o balconista tenham pleno conhecimento de todo o sortimento oferecido na loja, para que possam prestar um atendimento focado na identificação do melhor produto para as necessidades do shopper. Além disso, essa é uma categoria complexa e as pessoas costumam ter muitas dúvidas na hora da compra. A consultoria ajuda não só na tomada de decisão, como, consequentemente, no aumento das vendas. “É importante que eles estejam aptos a apoiar não apenas no processo de compra, mas, principalmente, no esclarecimento de eventuais dúvidas e indicações dos diversos produtos disponíveis no mercado”, sinaliza a diretora de Consumer Health Care da Sanofi, Patrícia Macedo. Isso quer dizer que esses profissionais precisam entender as expectativas e necessidades do consumidor, bem como conhecer os diversos produtos, fórmulas, tecnologias e doses.

de cálcio e a vitamina C. “Já para os multivitamínicos, é recomendável organizá-los por marca”, acrescenta. E como a categoria de suplementação e vitaminas têm as mulheres como principais shoppers (com exceção dos suplementos para atletas), é válido considerar este dado na hora da exposição, conforme orienta o diretor farmacêutico da Natulab, Olavo Rodrigues. “Esses produtos devem estar próximos das categorias de acesso recorrente do público feminino, ou em áreas da farmácia onde se encontrem outros itens relacionados com bem-estar e qualidade de vida, a exemplo de medicamentos fitoterápicos, reguladores intestinais e nutracêuticos”, ensina. Nesse processo, também vale reforçar a importância de manter vitaminas e suplementos de venda livre sempre no autosserviço. “Já que 75% das compras são feitas quando o consumidor pode visualizar e escolher o produto na gôndola, alocar suplementos de vitaminas e minerais em confinamento pode dificultar o acesso aos produtos e se tornar uma barreira na conversão”, alerta o especialista da Pfizer. DEZ. 2016 | ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS 15

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PONTO DE VENDA

EXPOSIÇÃO DE VITAMINAS E MULTIVITAMÍNICOS Multivitamíncos Monovitaminas + minerais Vitamina D + cálcio

Marca 1

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Marca 2

Marca 3

Marca 1

Marca 4

Marca 5

Marca 6

Marca 2

Marca 1

Marca 2

Marca 3

Marca 3 e 4

Marca 4

Marca 5

Marca 6

Marcas...

Marca 1

Marca 2

Marca 3

Estimulantes

1° PASSO

Separar os segmentos e expor cada um deles com o seu devido espaço

Gênero

Idade

Mulher/homem Mulher/homem Fonte: Mind Shopper; e Pfizer

Minerais

Adulto

Pré-Natal

Outras vitaminas

Vitamina D

Pediátrico

Vitamina C

Cálcio

Estimulantes

3° PASSO

Em cada marca, expor as subcategorias (quando houver)

Fontes: Mind Shopper; e Pfizer

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ATENÇÃO À SAZONALIDADE

NUTRICOSMÉTICOS PEDEM ESPAÇO ESPECÍFICO

Caracterizados como suplementos nutricionais que trazem, na composição, ativos, como vitaminas, minerais e probióticos, os nutricosméticos constituem uma categoria que ganha cada vez mais representatividade no canal farma. Assim, é importante estar atento ao perfil e aos desejos do público consumidor, a fim de oferecer o melhor atendimento, exposição e mix. Segundo a diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima, o shopper de nutricosméticos é, na grande maioria, formado por mulheres entre 25 e 55 anos de idade, economicamente ativas e vaidosas. “Estão sempre procurando uma forma de retardar os efeitos do envelhecimento e melhorar a qualidade dos cabelos. Também procuram a praticidade nos tratamentos”, descreve. Além da praticidade, as compras da categoria também têm um envolvimento emocional. “O público feminino entende que é um tratamento e que, portanto, leva certo tempo para começarem os efeitos. Mas, mesmo assim, elas sentem alívio de estarem consumindo uma ‘pílula da beleza’ que resolverá seus problemas”, analisa. Dessa forma, apesar de ter um desembolso relevante com esses itens, os shoppers que os conhecem bem consideram que vale a pena o investimento. Mas, numa outra ponta, existem as consumidoras que desconhecem a categoria e a funcionalidade dos produtos, tendo um pouco de resistência em gastar uma quantia que, por vezes, pode ser alta. Para reduzir essa resistência, a disseminação de informações sobre o tema e clareza na exposição fazem toda a diferença. Esse entendimento é importante, inclusive, para o shopper diferenciar os produtos dessa categoria com outras semelhantes, porém com entregas parecidas, como as vitaminas. “Para diferenciá-los, na exposição, os nutricosméticos devem estar, preferencialmente, próximos dos dermocosméticos, em um espaço de alta visibilidade, bem

Alguns suplementos e vitaminas podem apresentar picos de vendas ao longo do ano, pedindo atenção às farmácias para abastecimento dos estoques, a fim de que se evitem as rupturas. Segundo a gerente de marketing de Vitaminas da Bayer, Ana Paula Fontes, a categoria de suplementos vitamínicos tem um aumento significativo nas vendas entre os meses de maio e setembro, influenciadas, principalmente, pela chegada do inverno. “Durante esse período, é muito importante a categoria inteira estar em maior destaque, seja em pontos extras – como balcão ou ponta de gôndola – e até mesmo no checkout”, aconselha. A vitamina C é um desses fenômenos. “Pode-se dizer que essa vitamina tem papel importante no sistema de defesa do organismo que, no inverno, pode ficar debilitado e suscetível às gripes e aos resfriados”, justifica a diretora de Consumer Health Care da Sanofi, Patrícia Macedo, acrescentando que outro artigo com aumento de procura no período é a vitamina D, já que, nos meses mais frios, há um menor contato da pele com o sol, trazendo a necessidade de suplementação deste nutriente.

iluminados e com fácil acesso aos terminais de consulta e balcão de informações”, ensina Alessandra. Quando se analisa a árvore de decisão, a diretora da Mind Shopper mostra que o usuário e a funcionalidade do produto são os critérios mais relevantes, já que definem quem vai utilizar o produto e qual a necessidade específica que se está buscando resolver. Assim, os nutricosméticos devem ser separados segmento, que são constituídos por cabelos/unhas; pele (antienvelhecimento); corpo; e solar. A marca, bem como a embalagem, também são relevantes, já que vão chamar a atenção e mostrar quais as opções e funcionalidades propostas por cada indústria. Vale, ainda, ter atenção especial ao mix, já que os shoppers são extremamente fiéis às principais marcas. DEZ. 2016 | ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS 19

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PREVENÇÃO

CARÊNCIAS TÍPICAS DO ENVELHECIMENTO CÁLCIO, VITAMINA D E LUTEÍNA SÃO ALGUMAS DAS REPOSIÇÕES VITAMÍNICAS QUE SE TORNAM COMUNS NA TERCEIRA IDADE. ENTENDA OS MOTIVOS E NECESSIDADES ESPECÍFICAS DESSE PÚBLICO ara a qualidade da saúde física e mental, como também à vitalidade de pele, cabelos e unhas, ter as vitaminas sempre nos índices ideais é fundamental. E, na terceira idade, há uma perda natural do corpo de algumas delas, então é importante informar-se sobre a reposição. A nutricionista da Clínica Halpern e do ambulatório de algia pélvica da Universidade Federal de São 20 ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS | DEZ. 2016

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Paulo (Unifesp) e especializada em Nutrição Clínica Funcional pela VP/UNICSUL, Gabriela Halpern, mostra a importância do cálcio e vitamina D, especialmente na integridade dos ossos. Junto com a nutricionista, o oftalmologista e consultor médico da Bausch+Lomb, prof. Dr. Anderson Teixeira, apontam, ainda, a importância da luteína entre idosos, com foco na saúde da visão.

IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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PREVENINDO MALES DO INTESTINO A fibra alimentar auxilia o bom funcionamento intestinal de diferentes maneiras: contribuindo para a fermentação, o volume e peso das fezes, além de estimular os movimentos intestinais. No entanto, apesar de todos esses benefícios, o consumo ainda é inadequado no Brasil, conforme mostra a gerente de produto de FiberMais, Lara Miranda. “A população brasileira ingere em média 50% (metade) do que se é recomendado de fibras para o dia (entre 25 e 35 g)”, afirma. A carência pode trazer alguns males, sendo que o mais comum é o intestino preguiçoso, também conhecido como prisão de ventre. Caso a ingestão diária de fibras não seja suficiente apenas pela alimentação, já existem suplementos específicos que podem ajudar nessa deficiência. Um exemplo é FiberMais, que auxilia no alcance da recomendação diária de fibras, de forma prática, já que não tem sabor e pode ser adicionado a qualquer alimento ou bebida.

CÁLCIO Na terceira idade, há uma perda fisiológica da massa óssea, que costuma acontecer antes nas mulheres do que nos homens, em função das alterações hormonais decorrentes da menopausa (normalmente entre 50 e 55 anos de idade). Em função da perda de massa óssea, a necessidade de cálcio aumenta. A ingestão adequada para mulheres entre 19 e 50 anos de idade é de 1.000 mg, enquanto que entre 50 e 70 anos de idade a necessidade aumenta para 1.200 mg. Onde está presente? Na alimentação, é encontrado, especialmente, em vegetais de folhas verde-escuras, como brócolis e couve, além do leite e derivados, tofu e gergelim branco.

Idade média para reposição A partir dos 50 anos de idade, a necessidade de cálcio aumenta, então é necessário ajustar a alimentação do paciente e, em muitos casos, considerar a suplementação. Prejuízos com a carência Os problemas mais comuns associados à deficiência de cálcio são a osteoporose e a osteomalácia. Os ossos e dentes são a principal forma de armazenamento de cálcio no organismo, e à medida que a alimentação é deficiente nesse mineral, o mecanismo encontrado pelo corpo para suprir essa carência é retirando do “estoque” (ossos e dentes). Com o passar dos anos, se a “retirada” tiver sido muito intensa, os ossos ficam porosos e se quebram. A deficiência de cálcio também pode levar a sintomas, como câimbras, palpitações cardíacas, pressão arterial elevada, queda de dentes, dores nas costas e nas pernas, insônia e desordens nervosas.

VITAMINA D Com a idade mais avançada, a vitamina D é convertida de maneira menos eficiente pelo corpo. Além disso, o uso de protetor solar, que bloqueia a ação dos raios ultravioleta (UV), e a poluição também são alguns dos fatores que influenciam na quantidade de vitamina D ativa sintetizada. Essa vitamina também depende do bom funcionamento do fígado e dos rins para ser convertida. A função da paratireoide deve ser igualmente acompanhada para o bom equilíbrio, tanto da vitamina D quanto do cálcio. Onde está presente? Ela é produzida a partir da exposição da pele aos raios ultravioleta B (UVB). Quando a reposição é necessária? Atualmente, em função da baixa exposição à luz solar e alta exposição à luz artificial, a deficiência de vitamina D é comum em todas as faixas etárias e, muitas vezes, a reposição é necessária antes mesmo da maturidade. Prejuízos com a deficiência A vitamina D regula a absorção intestinal de cálcio e fósforo e estimula a mineralização óssea. Os ossos podem ficar frágeis em decorrência da deficiência.

LUTEÍNA É um carotenoide que protege os olhos contra os danos da luz. Junto com a zeaxantina, é o único carotenoide encontrado na lente e retina do olho humano. DEZ. 2016 | ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS 21

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PREVENÇÃO CABELO E UNHAS

VITAMINAS DA BELEZA Vitamina A

PELE

A

Fontes: dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Alice Jaruche; e nutricionista do Hospital Moriah, Carla Teixeira Mendes de Souza

Também denominada de retinol, ela é necessária para manter a pele, a visão e o sistema imunológico saudáveis, além de ser reconhecida pelo seu poder antioxidante. Ajuda na regeneração cutânea, combatendo os sinais comuns do envelhecimento, e auxilia a pele a reter água e a se recuperar, ficando com uma aparência melhor. Essa vitamina penetra na pele e normaliza o processo de queratinização, deixando-a lisa e macia; e auxilia no tratamento da acne e na remoção de manchas da velhice.

Vitamina E

Vitaminas do complexo B

Vitamina C

Também é um antioxidante responsável por destruir os radicais livres e aumentar a movimentação do oxigênio entre as células, tornando-a fundamental para fios e unhas.

A vitamina para cabelo e unhas pode ser encontrada nas variações B6, B7 (a chamada biotina) e B12. Aliás, a biotina é a que mais favorece o fortalecimento das unhas.

É um potente antioxidante. Suas propriedades melhoram a circulação do fluxo de oxigênio, fazendo dela uma ótima vitamina para cabelo e unhas.

Os olhos sofrem, com o passar dos anos, os efeitos acumulados da exposição à luz (natural ou artificial) e também das toxinas ambientais, como a poluição. Necessidade de reposição A reposição da luteína/zeaxantina é de fundamental importância, pois com o envelhecimento, há a perda de pigmento da mácula (região da retina responsável pela visão central). E para prevenir a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), doença retiniana relacionada ao envelhecimento e que acomete todos os indivíduos acima de 50 anos de idade, a reposição dessas substâncias é indicada.

Onde está presente? Vegetais verdes e folhosos (couve, espinafre, chicória, aipo e alface), legumes verdes, tubérculos vermelho-alaranjados, ervas frescas e gema de ovo, mas, em muitos casos, a suplementação é necessária. Prejuízos com a carência O cristalino retém e coleta luz na retina. Para que isso seja feito de forma eficiente, é necessário que a lente esteja “limpa". Por ser um antioxidante presente no olho (mácula e lente), a luteína consegue evitar a oxidação da lente do cristalino, prevenindo, assim, a catarata e a DMRI.

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PATOLOGIAS

SUPLEMENTAÇÃO DIRIGIDA ALGUMAS DOENÇAS CRÔNICAS EXIGEM REPOSIÇÃO NUTRICIONAL ESPECÍFICA, COMO PARA PACIENTES COM CÂNCER OU DIABETES. IGUALMENTE, PESSOAS QUE PASSARAM POR CIRURGIA BARIÁTRICA MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL

N

ão é somente a falta de uma dieta equilibrada que leva à deficiência vitamínica. Algumas doenças também podem culminar nesse problema e precisam, assim, de um acompanhamento médico mais frequente. Pacientes com diabetes constituem um grupo que pode ter algumas necessidades vitamínicas características da enfermidade. “Os diabéticos têm como deficiências mais comuns a vitamina B12, a qual pode ter sua absorção diminuída devido ao uso crônico de metformina”, sinaliza a 24 ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS | DEZ. 2016

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endocrinologista do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dra. Tarissa Petry. Eles também podem apresentar deficiência de vitaminas como a B1, a B2 e até mesmo a vitamina D, conforme afirma a gerente científica da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil, Patrícia Ruffo. “A vitamina B1, por exemplo, ajuda a prevenir as possíveis complicações da doença, como problemas de visão, doenças cardiovasculares e renais. Ela também protege as células contra os efeitos recorrentes dos níveis IMAGENS: SHUTTERSTOCK

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SOLUÇÕES DA INDÚSTRIA Diante da deficiência nutricional de pacientes por conta de certas enfermidades, algumas indústrias passam a desenvolver linhas específicas de suplementação. A Abbott, por exemplo, desenvolveu Glucerna, que proporciona uma nutrição completa e balanceada, cientificamente desenvolvida para ajudar na redução dos picos de glicose no sangue como parte de um plano de gestão do diabetes. “Glucerna é rico em MUFA (ácidos graxos monoinsaturados – como ômega-3) que tem demonstrado ser benéfico na melhoria dos níveis de lipídios, no controle glicêmico e de insulina”, mostra a gerente científica da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil, Patrícia Ruffo. Os suplementos especializados que auxiliam no controle glicêmico têm um papel muito importante no controle do diabetes, uma vez que 74% das pessoas com a doença não conseguem controlar a glicemia apenas com medicação*. *Leal LO, Santo RRP, Cardona LT, et al. Dietary habits and nutrient intakes of a cohort of healthy children in Spain. Open Nutr J. 2012;6:123-130.

muito elevados de glicose. Já no caso da vitamina D, estudos mostram que ela pode melhorar a utilização da glicose e a saúde dos ossos”, aponta a especialista. Por isso, é importante que os portadores façam uma dieta equilibrada e completa, o que ocasionalmente pode incluir o uso de um suplemento nutricional. Pessoas com câncer também podem ter necessidades vitamínicas especiais, dependendo do tipo da doença e do tratamento. “Pacientes com diminuição de apetite tendem a consumir apenas um grupo de alimentos que mais lhes apetecem, o que aumenta o risco de deficiências vitamínicas”, alerta a Dra. Tarissa. E além da falta de apetite, que pode ter origem durante o próprio tratamento, por conta da quimioterapia, a condição da enfermidade pode levar o paciente a um estado de catabolismo, que consome o organismo e o deixa debilitado. “Dependendo do tipo e do grau da doença, também faz parte do tratamento do paciente a ingestão de alguns suplementos, especialmente com foco em proteínas e carboidratos, por conta de perda de peso e de massa muscular. Essa necessidade aumenta em pacientes em fase mais avançada da doença ou quando existe metástase”, acrescenta a especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Os males que acometem o estômago também podem gerar algumas carências vitamínicas. São exemplos os casos de Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) ou pacientes que passaram por cirurgia bariátrica. “Estudos mostraram que o uso prolongado de medicações para reduzir a secreção de ácido no estômago, como o omeprazol, utilizados por pacientes com DRGE, reduz a absorção de vitamina B12. Além disso, pessoas que tiveram o estômago reduzido, como na cirurgia bariátrica, também têm diminuição de sua absorção”, aponta a especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ela acrescenta que, em pacientes com bariátrica, devido à diminuição do estômago e ao desvio da primeira porção do intestino, também há maior chance de desenvolver deficiência de outras vitaminas, como D, A, além de ferro. “Para prevenir, orientamos o uso de polivitamínicos pelo menos nos primeiros dois anos de pós-operatório”, acrescenta. A Dra. Tarissa, reforça, entretanto, que qualquer suplementação só deve ser feita caso o paciente tenha deficiência de uma determinada vitamina; ou apresente queixas que podem estar relacionadas à insuficiência vitamínica e os índices, de fato, se encontrarem em níveis baixos ou normais tendendo a baixos. DEZ. 2016 | ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS 25

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MULTIVITAMÍNICOS

OS SEGREDOS PARA O PIQUE DIÁRIO A VIDA MODERNA, AGITADA E CHEIA DE COMPROMISSOS, ALIADA AO SEDENTARISMO, FAZ COM QUE MUITAS PESSOAS APRESENTEM QUADROS DE FADIGA E ESTRESSE. VEJA COMO VITAMINAS E MULTIVITAMÍNICOS PODEM AJUDAR 26 ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS | DEZ. 2016

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ritmo acelerado da rotina tem deixado a população cada vez mais sem disposição. E essa realidade já foi comprovada estatisticamente. Uma pesquisa* solicitada pelo Grupo Sanofi à Conectaí – empresa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope Inteligência) –, apontou que 98% dos brasileiros se sentem um pouco ou muito cansados mental e fisicamente. O estudo revelou, também, as principais causas dessa fadiga, e o estresse e a correria do cotidiano ficaram no topo dos motivos elencados pelos entrevistados. A falta de condicionamento físico, problemas pessoais, alimentação desequilibrada, acomodação e preguiça sem motivo, problemas no trabalho e de saúde apareceram na sequência. E esse cansaço pode ter consequências sérias na vida das pessoas. Exemplo disso é o dado que indica que 61% dos entrevistados deixam de cumprir obrigações com alguma frequência, devido à exaustão. Ao avaliar o quanto isso afeta o humor, 72% disseram que essa relação acontece às vezes, frequentemente ou sempre. Esses sintomas, que afetam a qualidade de vida da população, podem ter uma causa: a deficiência nutricional. Se esse for o motivo, alguns produtos podem ajudar, a exemplo dos multivitamínicos, suplementos capazes de complementar as necessidades diárias de substâncias essenciais para geração de energia, entre outros benefícios. O diretor farmacêutico da Natulab, Olavo Rodrigues, explica que multivitamínicos contemplam várias vitaminas e minerais que desempenham importante papel nesses casos. “As vitaminas do complexo B e o ferro, por exemplo, são importantes cofatores para a geração de energia pelas células; minerais, como cálcio e magnésio, são fundamentais no funcionamento dos músculos e nervos; e, por fim, as vitaminas A, C, D e E, bem como os minerais zinco e selênio, têm potente ação antioxidante, que previne os efeitos nocivos dos radicais livres gerados em condições de estresse e reforçam o sistema imunológico”, mostra o especialista. Além de ajudarem na conquista de mais pique para as atividades diárias, os multivitamínicos também prometem trazer outros benefícios. “As vitaminas e minerais

podem ajudar na boa formação e saúde de diversos tecidos e órgãos do corpo, como articulações, ossos, cabelo e unhas, pele e olhos; contribuem na regulação dos hormônios sexuais; e podem prevenir o aparecimento de doenças como o câncer”, enumera Rodrigues. O médico nutrólogo da Millipharma e especialista pela Associação Brasileira de Nutrologia, Dr. Thiago Taliberti Santolim, sinaliza mais alguns benefícios. “Podemos ter uma melhora na imunidade, em fatores intestinais, no sistema antioxidante, no sono ou no desempenho, no caso de atletas... Mas deve-se intervir pontualmente. A melhora sempre estará relacionada à queixa do paciente”, finaliza.

ALERTAS NO USO

Alguns médicos e nutricionistas são contra ou reticentes em relação ao uso de multivitamínicos, pois afirmam que as vitaminas presentes nesses compostos podem estar além da necessidade de uma determinada pessoa, trazendo o risco de serem consumidas em excesso. O especialista da Millipharma aponta os motivos: “O que pode ocorrer é uma intoxicação ou hipervitaminose e algumas delas podem causar algum distúrbio. Porém, a maioria dos multivitamínicos tem uma dosagem mais baixa. Mas é importante lembrar que o uso indiscriminado pode causar a intoxicação, portanto, é indispensável a consulta de um médico”, diz. O Dr. Santolim lembra, ainda, que diante de queixas como estresse ou fadiga, por exemplo, é necessário que se investiguem as causas do problema, que podem ocorrer por alteração metabólica ou falta de mineral ou vitaminas, e o diagnóstico se dá por meio de exames laboratoriais. “Com o diagnóstico correto, é possível montar uma estratégia para cada paciente, descobrindo onde é necessário suplementar e a dosagem necessária”, mostra o nutrólogo. Rodrigues, da Natulab, também reforça que toda substância em excesso pode trazer algum mal ao organismo, inclusive algumas vitaminas. “O importante é associar um uso racional de vitaminas e minerais a uma alimentação balanceada, pois as pílulas não podem e não vão substituir uma boa refeição”, alerta.

*Pesquisa realizada pelo Conectaí, empresa do Grupo do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope Inteligência), em outubro de 2013, com homens e mulheres de 18 a 64 anos de idade, classes ABCD, amostra nacional nas principais capitais do País. Amostragem 1.499 entrevistas. DEZ. 2016 | ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS 27

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MULTIVITAMÍNICOS OPÇÕES DA INDÚSTRIA PARA ALÍVIO DO CANSAÇO Pensando no público que procura aliados para a exaustão e o estresse do dia a dia, o mercado oferece fórmulas dirigidas para atenuar esses sintomas. O polivitamínico Vitasay Stress, da Hypermarcas, por exemplo, tem a proposta de atuar nos sintomas do estresse. Com altas concentrações de vitaminas e minerais, o produto fornece nutrientes específicos e nas doses ideais (acima da Ingestão Diária Recomendada) capazes de compensar o desgaste causado pelo estresse do dia a dia. Esse suplemento vitamínico mineral traz, na formulação, zinco, cobre, vitaminas E e C – importantes antioxidantes – e todas as vitaminas do complexo B (responsáveis pelo bom funcionamento de diferentes funções do organismo). Já a Millipharma traz o polivitamínico e polimineral Cafeína + Guaraná, que proporciona mais vitalidade para o organismo. Foi elaborado para suprir as necessidades diárias de micronutrientes e combater os efeitos do cansaço, proporcionando mais disposição e energia. A Natulab oferece o VitAZ Super Extreme, com composição similar, enriquecido com guaraná e cafeína e proporcionando, assim, mais vitalidade para o organismo. Foi elaborado para suprir as necessidades diárias de micronutrientes e combater efeitos do cansaço, proporcionando mais disposição e energia. Outra opção é Targifor, da Sanofi, que traz, na composição, o aspartato de arginina. Quando processada no organismo, a arginina se transforma em óxido nítrico, provocando assim o relaxamento dos vasos sanguíneos, desempenhando funções diferentes para ajudar a reduzir a fadiga e combater os radicais livres, eliminando toxinas mais rapidamente e impedindo a formação de substâncias que prejudicam a produtividade. E a fim de fortalecer o sistema imunológico, aumentar a concentração e energia, além de melhorar o bem-estar físico e mental, a Boehringer Ingelheim indica Pharmaton, polivitamínico recomendado para maiores de 12 anos de idade. Pharmaton contém uma mistura de vitaminas, minerais, oligoelementos e extrato de ginseng G115. O extrato de ginseng favorece o uso de energia e do sistema imunológico do corpo, reduzindo a fadiga, o estresse e a tensão mental e física.

DIVERSAS VERTENTES

A resposta do organismo com o uso de multivitamínicos depende de cada caso. “O resultado varia em relação ao paciente, ao tamanho da deficiência... Não é uma ciência exata. Precisa-se diagnosticar, tratar e acompanhar”, sinaliza o Dr. Santolim. Rodrigues destaca que mais do que simplesmente o uso de um polivitamínico, os resultados dependem, igualmente, de uma mudança do paciente para um estilo de vida mais saudável, associando a prática de algum exercício físico e melhoria na alimentação. “Com essas práticas, já se obtêm resultados perceptíveis e mais disposição em poucas semanas ou até dias. A mudança de hábitos gera efeitos quase que imediatos”, argumenta. A fim de trazer resultados mais efetivos, a indústria tem personalizado os multivitamínicos às mais diversas necessidades. “Na Natulab, formulamos os polivitamínicos pensando nas necessidades fisiológicas do indivíduo, considerando sexo e fase da vida, e entendendo que, para cada um desses grupos, há uma necessidade metabólica diferente, proporcionando, assim, os nutrientes adequados e na dose correta”, afirma Rodrigues.

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SHAKES

PRONTOS PARA O CONSUMO SÃO DIVERSAS AS FÓRMULAS DIRIGIDAS AO EMAGRECIMENTO E CONTROLE DO PESO CAPAZES DE SUBSTITUIR REFEIÇÕES

C

ultivar um corpo exuberante é um desejo de boa parte dos brasileiros, porém, nem sempre esta meta é tão simples de se alcançar. “Por vezes, falta tempo para a prática de atividades esportivas e também para uma boa nutrição”, comenta o gerente de produto do Grupo Cimed, Diego Amorim. E na busca incessante por resultados milagrosos, são muitos os consumidores que caem em armadilhas e adquirem shakes ou outras fórmulas que prometem ser substitutas de refeições, mas que, na verdade, podem ser ‘vazias’ de nutrientes. “Muitas pessoas utilizam produtos que carregam claims de saudabilidade, mas que, em sua composição, apresentam insuficiência nutricional e, se consumidos de maneira errônea, podem acarretar em problemas graves”, alerta Amorim. Assim, é importante alertar os consumidores que buscam por esses produtos a procurar por fórmulas aprovadas e reconhecidas no mercado e que devem ser indicadas por um médico ou nutricionista. “Atualmente, existem opções muito boas que utilizam proteínas hipoalergênicas, como arroz e ervilha, colágeno hidrolisado, fibras prebióticas, adoçantes e corantes naturais, mix de vitaminas e minerais. Tudo pensando em oferecer os melhores ingredientes e os mais naturais possíveis”, acrescenta a nutricionista pós-graduada em nutrição e clínica funcional pela VP Consultoria Nutricional, Erika Almeida Mesquita.

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ENTENDA A COMPOSIÇÃO COLÁGENO: importantíssimo ingrediente que possui ação antienvelhecimento e age como fortificante de cabelos e unhas. FIBRAS: colaboram com o aumento da sensação de saciedade e melhoram o funcionamento do intestino, podendo, ainda, auxiliar na diminuição da taxa de colesterol. CARBOIDRATO: considerado a principal fonte de energia do corpo, o carboidrato é extremamente importante na composição de shakes, uma vez que o principal conceito de consumo desta categoria é substituir parcialmente as refeições. Exerce um papel importante na geração de energia, nutrição das células e, assim, colabora diretamente para o desempenho de atividades físicas e motoras. VITAMINAS E MINERAIS: para atender à legislação e ser classificado como um “substituto parcial de refeições”, é exigida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a presença de um mix completo de vitaminas e minerais. CÁLCIO e MAGNÉSIO: fortalecem os ossos e mantêm o bom funcionamento dos músculos, articulações e nervos. COBRE, VITAMINA A, VITAMINA D, VITAMINA C, VITAMINA B6 e VITAMINA E: exercem um papel importante no combate à oxidação celular, atuam na melhoria da textura e luminosidade da pele, aumentam a hidratação e elasticidade, evitando a flacidez. ÁCIDO PANTOTÊNICO, BIOTINA, VITAMINAS B2 e B12, e MANGANÊS: atuam juntos no fortalecimento dos fios capilares, lubrificando e protegendo as células do cabelo e combatendo a queda. FERRO, SELÊNIO e ZINCO: agem no fortalecimento de unhas fracas e quebradiças. VITAMINAS B1, B2, B, B6: auxiliam no metabolismo, diminuindo a retenção de gordura e, com isso, colaboram no processo de emagrecimento. Fonte: Grupo Cimed

COMO OS SUBSTITUTOS DE REFEIÇÕES FUNCIONAM?

A endocrinologista do Hospital Santa Luzia, em Brasília, Dra. Cristina Blankenburg, explica que, de forma geral, esses produtos são escolhidos de acordo com a sua composição calórica. “Se um determinado paciente precisa de uma refeição que tenha 300 calorias, então, busca-se um shake que possua exatamente essa quantidade”, esclarece, acrescentando que, além dos produtos para emagrecimento, também há os hipercalóricos, dirigidos ao ganho de peso. O Grupo Cimed, que atua na fabricação desses shakes, indica que podem haver duas maneiras de consumo: ou substituindo uma das principais refeições diárias; ou trocando lanches da manhã e/ou tarde, a fim de reduzir o apetite para as principais refeições e, assim, gerar um hábito mais saudável na ingestão de menos calorias. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica os substitutos de refeição como “alimentos especialmente formulados e elaborados de forma a apresentar composição definida e adequada a suprir, parcialmente, as necessidades nutricionais do indivíduo e que sejam destinados a propiciar redução, manutenção ou ganho de peso corporal”. Nessa classificação, a Agência exige um nível mínimo de calorias por porção, assim como proteínas, fibras, vitaminas e minerais que, juntos, proporcionam níveis energéticos e nutricionais suficientes para garantir a nutrição referente a uma refeição, inteira ou parcial. “Deve-se seguir a legislação para que consiga ser classificado como substituto parcial de refeições, que é a Portaria 30, de 13 de janeiro de 1998”, alerta Amorim. Os resultados com uso de substitutos de refeições variam entre os indivíduos, mas segundo ele, esses produtos devem ser usados por, no mínimo, um mês, para que os efeitos sejam notáveis. DEZ. 2016 | ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS 31

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INFANTIL

SUPLEMENTAÇÃO EM CRIANÇAS: QUANDO É NECESSÁRIA? NA BUSCA DE COMPLEMENTAR A REFEIÇÃO DOS FILHOS QUE SE ALIMENTAM MAL, SÃO MUITAS AS MÃES QUE RECORREM A ALGUMAS FÓRMULAS CAPAZES DE SUPRIR ESSAS CARÊNCIAS

A

preocupação das mães com a alimentação de crianças é bastante legítima. Afinal, fazer com que tenham uma dieta balanceada parece uma verdadeira missão impossível. “A maior parte da recusa se dá a alimentos, como vegetais, legumes, frutas e alguns tipos de carne. Dessa forma, nutrientes, como ferro, vitaminas (C, D, E, B) e minerais (zinco, selênio) são comumente ingeridos em parcela inferior do que a considerada indicada para o bom funcionamento do corpo”, comenta a gerente médica de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP) do Aché, Dra. Fernanda Dacache. Assim, a criança que costuma rejeitar certos tipos ou grupos de alimentos está mais propensa a deixar de 32 ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS | DEZ. 2016

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ingerir nutrientes vitais e necessários para um crescimento saudável. “Quando não há uma nutrição apropriada, podem-se detectar problemas no crescimento e desenvolvimento cognitivo, como também menos energia no dia a dia, além de prestarem menos atenção na escola e ficarem mais doentes”, comenta a gerente científica da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil, Patrícia Ruffo. A preocupação aumenta entre as mães ao passo em que a criança, por falta de nutrientes, passa a apresentar os sintomas enumerados pela especialista da Abbott, e que são somados a outros problemas, como cabelo fraco e quebradiço, palidez cutânea, pele seca e fraqueza muscular. E quando não são tratados corretamente, os riscos podem ser ainda maiores.

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“As dificuldades alimentares são capazes de acarretar consequências graves aos pequenos, como sérias repercussões físicas, incluindo complicações de crescimento, aumento das doenças crônicas, risco em desenvolver um distúrbio alimentar, baixa imunidade e dificuldades de cicatrização”, adverte Patrícia. Segundo a médica pediátrica do pronto-socorro do Hospital São Camilo – unidade Santana, Dra. Priscila Zanotti Stagliorio, a desnutrição é responsável por 55% das mortes de crianças no mundo inteiro. “Na anemia, por exemplo, há o abastecimento insuficiente de oxigênio ao corpo, o que pode levar à sensação de fraqueza ou fadiga. Outras consequências poderão incluir maior propensão a infecções, tonturas, dificuldade em respirar, dores de cabeça, palidez, dores no peito, entre outras”, alerta. A gerente médica da Bayer Consumer Health, Dra. Paula Cardim, reforça como algumas carências nutricionais podem agir negativamente no desenvolvimento infantil. “No caso da vitamina C, a deficiência pode causar retardo na cicatrização, sangramento, alterações nos ossos e nos dentes, anemia, propiciar infecções, entre outros problemas. Por outro lado, a deficiência da vitamina D pode provocar raquitismo, alterações no crescimento e nos ossos, além de reduzir a imunidade. Já uma criança com carência do zinco pode ter seu crescimento e desenvolvimento afetados, além de baixa imunidade”, exemplifica.

INÚMERAS SOLUÇÕES Hoje, o mercado oferece alguns suplementos alimentares que podem ajudar na tarefa de reposição dos nutrientes, e estão disponíveis em forma de pó, líquido, cápsulas ou gomas. A formulação tende a ser bastante completa. Nutren Kids, por exemplo, complemento alimentar da Nestlé desenvolvido especialmente para crianças, contém 26 vitaminas e minerais essenciais para o crescimento e desenvolvimento infantil. Esses produtos devem ser preparados com água ou leite, dependendo da formulação, e não são substitutos de refeições. “Complementos alimentares podem ser encontrados em supermercados e farmácias e, embora não seja necessário a prescrição médica, orientamos consultar o pediatra ou nutricionista”, reforça a Consumer Marketing Manager para a Nestlé Health Science, Fernanda Tartarella. Já a Abbott apresenta o PediaSure® Complete (em pó), que contém 12% de proteínas, 53% de

carboidratos e 35% de gorduras; e PediaSure® pronto para beber, que possui 30 vitaminas e minerais, ferro, zinco, além de ser fonte de vitamina D e E. A linha é indicada para crianças de quatro a dez anos de idade. Para ajudar na adesão ao tratamento, alguns produtos trazem apresentações com sabores que ajudam a atrair o público infantil. “Estudos mostram que, devido ao sabor adocicado, as crianças costumam preferir frutas a legumes e verduras. Nesse sentido, identificar sabores que agradam ao paladar desse público é fundamental para adesão ao tratamento de diversas disfunções de saúde, sejam elas nutricionais ou não. No caso da nutrição, mais especificamente da suplementação, produtos adocicados nos sabores chocolate, baunilha e morango costumam ser bem-aceitos pelas crianças”, justifica Patrícia, da Abbott. Outro exemplo é Redoxitos®, linha de suplementos vitamínicos da Bayer, recomendada para crianças a partir dos quatro anos de idade. “Essa linha, em formato de gominha, ajuda na aceitação das crianças, assim como os sabores, como laranja, uva, morango e frutas tropicais para Redoxitos® com vitamina C, e laranja, morango e papaia para Redoxitos®+, com as vitaminas C, D e zinco”, mostra a Dra. Paula. Além do sabor diferenciado, até mesmo personagens relacionados com o público infantil têm sido usados para facilitar o tratamento.“Recomendado como um complemento da ingestão de micronutrientes não obtidos nas refeições, DayVit Kids 1+ acompanha copo e seringa dosadora, folheto educativo e a presença do personagem Mickey Mouse para tornar a ‘hora da vitamina’ mais informativa e divertida para as crianças. Ainda tem sabor de tutti-frutti, não contém açúcar e glúten”, resume a Dra. Fernanda, do Aché.

RETORNO RÁPIDO E EFICAZ Quando utilizados de forma correta, e com a orientação de um especialista, as respostas do organismo tendem a ser bastante satisfatórias com esses produtos. “O uso de suplementos traz inúmeros benefícios para a saúde das crianças, resultando no aprimoramento das funções cognitivas e no desenvolvimento motor, proporcionando também com que elas tenham mais energia e mantenham o crescimento adequado”, aponta Patrícia. E os resultados tendem a ser rápidos. “Os suplementos começam a surtir efeito após um mês de uso, normalmente”, acrescenta a Dra. Priscila. Apesar de todos os benefícios que esses produtos prometem trazer, a pediatra alerta para a importância DEZ. 2016 | ESPECIAL SUPLEMENTAÇÃO E VITAMINAS 33

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INFANTIL

PANORAMA DA ALIMENTAÇÃO INFANTIL Em torno de

Mais de

Entre crianças, a ingestão diária de cálcio e ferro está, pelo menos,

50% abaixo da recomendada**

70% 45%

das mães relatam que seus filhos não consomem verduras e legumes*

No Brasil, até

50%

afirmam que os filhos não se alimentam adequadamente com frutas*

das crianças são seletivas com a sua alimentação**

Fontes: *pesquisa de mercado “Hábitos de consumo”, encomendada pela Abbott e realizada por Resulta, junho de 2012. Estudo desenvolvido com quase mil mães sobre as principais dificuldades alimentares em crianças brasileiras; e **Nestlé Health Science

de se buscar auxílio médico, já que os suplementos são recomendados apenas para crianças que realmente tenham alguma deficiência. “A suplementação alimentar só deve ser indicada pelo médico pediatra após uma detalhada avaliação nutricional. É importante que a criança, desde o seu nascimento, seja acompanhada por um pediatra de confiança da família, mensalmente, no primeiro ano de vida; trimestralmente, até os três anos; e semestralmente, até a adolescência”, lembra a especialista do Hospital São Camilo. Nessas

consultas, o pediatra irá avaliar a história e verificar os sinais físicos de desnutrição ou de deficiência vitamínica. Outro alerta fica para o tipo de suplemento que vai ser utilizado. “Esses produtos não devem ser confundidos com multimisturas, que é apenas uma farinha elaborada a partir de subprodutos alimentares e que contém características químicas muito próximas, senão similares, a outros farelos e cereais, não possuindo qualquer atributo que possa garantir a riqueza nutricional alegada por seus adeptos”, finaliza a pediatra.

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