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DESTAQUES | EXPEDIENTE
Educação Guia da Mantiqueira é tema de estudo de alunos do Colégio Aquarela Pág. 14
Giro Por Aí Delfim Moreira promove a 3ª edição da Festa do Marmelo Pág. 22
Viver Bem Saúde: um jeito natural de cuidar Pág. 20
Gastronomia Um quintal para chamar de seu Pág. 38
® Direção e Redação Kelly Monteiro (MTB 06.447/MG) kelly@guiadamantiqueira.net.br Jornalistas Colaboradores Ana Maria Beraldo (MTB 5.054/MG) Antonio Trotta (MTB 6.038/MG) Elaine Romão (MTB 18.898/MG) Editoração Eletrônica Andréa Aparecida Pereira Direção Comercial / Publicidade Adilson Santos Tel.: 35 9225-8832 adilson@guiadamantiqueira.net.br Capa Imagem de Internet
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GUIA DA MANTIQUEIRA Ano 05 / Edição Nº 49 Abril 2017
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CONVERSA FRANCA
Design rústico e funcional: conheça o trabalho de Eduardo Mendonça A madeira e o aço têm sido cada vez mais reaproveitados no mercado de design e decoração. De alta resistência e beleza, esses materiais ganham os mais variados formatos e utilidades pelas mãos do designer e artesão Eduardo Mendonça, como prefere ser chamado. Engenheiro Mecânico graduado pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Eduardo transforma materiais de descarte em peças exclusivas e personalizadas. São lareiras e queimadores embutidos em belas peças de decoração, como mesas, luminárias, bancos, entre outros. Nascido em Ribeirão Preto (SP), o artesão, que se intitula “itajubense de coração e alma”, expôs suas obras no Teatro Municipal Christiane Riera, durante a semana de eventos em comemoração ao aniversário de Itajubá, que completou 198 anos em 19 de março. O Guia da Mantiqueira conversou com Eduardo Mendonça para saber um pouco mais sobre o processo de criação das peças que desenvolve. Confira. Sua formação é em Engenharia Mecânica. Como foi essa “transição” para as artes plásticas? Como quase todo recém-formado, resolvi começar minha vida trabalhando em uma empresa fora de Itajubá, porém não consegui me adaptar à filosofia da empresa. Retornei para Itajubá e fui convidado a gerenciar uma pequena indústria e, em paralelo, montei um lavador de carro. Nessa indústria tive a oportunidade de trabalhar com diversos materiais, mas novamente resolvi seguir meu caminho. Sou empreendedor e, assim que recebi meus direitos GdM | 06
em matéria-prima, se deu a transição, porque eu precisava de dinheiro, precisava fazer a matéria-prima se transformar em um bem de valor. Comecei a pesquisar e a fabricar cozinhas de alumínio, e assim nasceu a Alumart. Passei a ser procurado por arquitetos e construtoras para o desenvolvimento de projetos. Uma delas foi a Unifei; a casa onde me formei foi uma das maiores incentivadoras para o crescimento da minha empresa. Quanto mais trabalhava, mais a minha curiosidade e criatividade eram despertadas. Queria tonar útil e belo algo que era descartado e comecei a criar peças de sobras de materiais. Com muito trabalho e pesquisa, tornei-me um design por intuição, por
CONVERSA FRANCA inconformismo. Olho uma peça, seja de que material for, vejo o potencial que ela tem e não o lixo que alguns acham que ela é. Quais são os principais materiais usados na produção de suas peças? Comecei com alumínio e aço escovado. Hoje, faço uma mistura de materiais que seriam descartados. Procuro sempre materiais, texturas e cores novas. Tenho trabalhado com restos ou chapas de aço corten, um material que tem a aparência e a textura de uma peça enferrujada. Sempre tento inovar, e comecei a trabalhar com árvores velhas e que morreram. Elas são de uma beleza incrível. Fico encantado com a madeira e, o que para muitos pode parecer defeito, na minha cabeça se torna algo a ser valorizado. Como desenvolve as lareiras e queimadores? Para todos usa a mesma técnica? Comecei a desenvolver lareiras a pedido de um
amigo. Ele queria uma solução para resolver o cheiro de madeira queimada que ficava na sala da casa dele, quando ele acendia a lareira tradicional. Resolvi fazer dois queimadores e os coloquei em duas peças de madeira de demolição, dentro da própria lareira, e com isso o problema de fumaça acabou. Também passei a pesquisar sobre o uso do fogo, que já me encantava. Todos os queimadores grandes possuem um revestimento de fibra de cerâmica que suporta até 1.500 graus e não pega fogo. Uso para diminuir o calor nas paredes dos queimadores, protegidas internamente por uma tela perfurada de aço inox. Os queimadores são feitos de aço inox da série AISI 304, usados na indústria alimentícia. Mesas e bancos: a maior parte do trabalho é feita manualmente? Como? As peças de madeiras chegam às minhas mãos cortadas por moto serra ou machado. Nesse caso, às vezes tenho que fazer um trabalho mais refinado em uma das faces. Depois de fresar uma das faces há
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CONVERSA FRANCA acabamento com politriz e todo o resto de lixar criar e executar é feito manualmente criando-se, assim, bordas e arredondados. Uso formões e goivas, que são uns formões curvos. Muito do trabalho da madeira é feito a mão. Estou desenvolvendo ferramentas para conseguir o acabamento que eu desejo e é uma nova paixão.
abajur feito com 1.500 lacres de latinha de cerveja, tecido em crochê por uma comunidade de artesãs; e tem o banco de dormente que virou um banco com uma lareira: esse foi feito na brincadeira, em questão de minutos e foi engraçado. Gosto muito dele. Cada peça tem uma história e isso as torna exclusiva.
Quais são os objetos mais procurados pelos clientes?
zir?
As lareiras e queimadores são as peças mais procuradas. Também crio peças exclusivas para ambientes específicos. Essas peças podem ser feitas de qualquer tamanho, formas e usando-se uma gama de materiais, as opções são infinitas. Sem falar que, devido aos materiais, são ecologicamente corretas . A exclusividade das peças é um diferencial do seu trabalho? Quanto a exclusividade, como muitas vezes é uma peça de descarte, não sei se vou conseguir fazer outra igual. Essa é a beleza da coisa. É impossível fazer igual, mas algumas consigo fazer parecidas. Gosto de fazer peças exclusivas e não seriadas, pois uma peça demora para ser desenvolvida e materializada. São filhos únicos. Qual peça de seu acervo destacaria? Há algumas peças que são mais apreciadas por mim, como uma lareira com uma pedra por trás que parece uma queimada. Ela surgiu de uma sobra de um serviço de um fornecedor e é única. Há também um
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Há algum objeto que gostaria de produ-
Tenho muitas coisas ainda a fazer. Uma delas é um queimador, uma coluna de aço inox entalhada para ser colocada em piscinas, para efeito decorativo. Já tentei fazer usando boias, mas não deu muito certo. Para encomendas, como o cliente pode proceder? Tenho algumas peças a pronta entrega. Outras desenvolvo sobre encomenda. Procuro ouvir o que o cliente deseja e apresentar uma solução baseada não só na beleza, mas na utilidade e reaproveitamento. Essas demandam um pouco mais de tempo, mas são peças personalizadas e não só exclusivas. = Eduardo Mendonça www.eduardomendonca.com.br Alumart Rua Alberto Starke, 210, Distrito Industrial.Itajubá Tel.: 35 3623-3320 Por Kelly Monteiro, editora do GdM.
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Imagem de Internet
NA ESTRADA
Turismo religioso e ecológico em Santa Rita de Caldas Santa Rita de Caldas faz parte do Circuito Turístico Caminhos Gerais e é conhecida pelas belezas naturais. O Circuito reúne cinco cidades do estado de São Paulo: Águas da Prata, Caconde, Espírito Santo do Pinhal, São João da Boa Vista e Santo Antônio do Jardim e doze cidades do Sul de Minas: Andradas, Bandeira do Sul, Botelhos, Cabo Verde, Caldas, Campestre, Congonhal, Ibitiúra de Minas, Ipuiuna, Poços de Caldas, Senador José Bento e Santa Rita de Caldas. Possui algumas das mais deslumbrantes manifestações de fé do estado e esconde ao longo de seu município belezas naturais procuradas por amantes da natureza e praticantes de esportes ecológicos. O município é dividido entre a cidade e a zona rural. Possui uma terra fértil, rica em nascentes de água e de clima agradável proporcionando o sucesso da economia municipal na agricultura e na pecuária de corte e leiteira. Conhecido também por suas belezas naturais, o município é explorado por turistas aventureiros que percorrem suas trilhas desfrutando do magGdM | 10
nífico contato com a natureza. Seja para apreciar as vistas privilegiadas do alto de seus picos, seja para praticar esportes radicais como o rapel e o paraglayder, a certeza é que todos saem satisfeitos com os mistérios explorados. A procura de sossego ou a procura de aventura o turista encontrará em Santa Rita de Caldas a paz e o descanso espiritual aliado à hospitalidade ímpar do povo mineiro. O turismo religioso também é muito importante para o município. Baseados na fé em Santa Rita de Cássia, durante todo o ano, milhares de romeiros se dirigem ao santuário em busca de graças ou para pagar promessas. O auge do turismo religioso é em 22 de maio, quando celebra-se o Dia de Santa Rita de Cássia. A pequena e pacata cidade fica tomada por milhares de devotos de todos os cantos do país e Santaritenses ausentes, e no Santuário são celebradas missas de hora em hora com o auxílio de muitos padres da região e de Aparecida do Norte (SP). = Fonte: www.guiadoturismobrasil.com
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ARTE & CULTURA
Comidas e bebidas de cidades sulmineiras são temas de trabalho acadêmico As comidas típicas de Brasópolis, Conceição das Pedras, Cristina, Delfim Moreira, Itajubá, Marmelópolis, Pedralva, Piranguçu, Piranguinho, Santa Rita do Sapucaí, São José do Alegre e Wenceslau Braz foram tema de uma dissertação defendida pela aluna Samanta Borges Pereira, dentro do programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Essas cidades integram o Circuito Turístico Caminhos do Sul de Minas (CTCSM). “A ideia era apontar em um mapa as coordenadas geográficas das produções associadas ao turismo, como gastronomia e artesanato. Defini parâmetros como roteiros curtos, passeios acessíveis e utilizei o Sistema de Informação Geográfica (SIG) como instrumento de elaboração desse roteiro”, explica Samanta. Durante a pesquisa, filtrou a comida regional como referência e decidiu que ia partir daí seu estudo. “Delimitei então as produções que tinham mais de 20 anos de existência e que eram feitas por moradores antigos ou nativos. Depois teve a parte da visita, não somente para descrever, mas para vivenciar a experiência turística, que é mais ampla que um simples ‘comer o produto’. Me deparei com paisagens belíssimas e é o que tento apresentar nesse trabalho”, diz. Segundo a autora, as comidas e as bebidas foram escolhidas enquanto produto histórico-cultural de relação do homem com o seu meio, que permite ao turista experimentar a realidade da localidade visitada, simbolizada nos ingredientes e no modo de preparar o alimento. “Os atrativos naturais e culturais foram selecionados enquanto outros locais a serem explorados, a partir da visitação aos produtores das comidas e bebidas. Combinados, esses atrativos podem prolongar o tempo de permanência do turista e provocar possíveis aumentos de gastos na economia local”, avalia Samanta. GdM | 12
As comidas e bebidas totalizaram 82 produções. Os atrativos naturais e culturais somam 74. Os principais tipos de comidas identificadas na região foram: queijo semiindustrial, doces e compotas de frutas da época, quitutes, tortas doces e salgadas, pão de queijo, geleias, massa de macarrão, casquinha de truta, pastel de milho, pamonha, bolo de milho, broa de milho, curar de milho, marmelada, bolachas e sequilhos, bolos e tortas, banana chips, chocolate artesanal, bombom, farofa de pinhão, pimenta em conserva, fogaça caipira, casquinha de truta, doce de marmelo, marmelada, doce de abóbora, sopa de marmelo, peixe frito, peixe assado, peixe ensopado, azeite, pimenta em conserva, mel, bombom de banana, banana passa, orgânicos, umbigo de bananeira, moqueca de peixe, macarrão com molho vermelho, leitoa assada, pé-de-moleque, mel, cajuzinho, cocada e salgados em geral. E as bebidas identificadas foram: cachaça e aguardente, licor, café e drinks, cerveja, caldo de cana, suco de milho e suco de marmelo. Destaca-se que para cada tipo de comida e bebida, foram encontradas, em alguns casos, mais de uma produção. “A simplicidade é característica do jeito de viver do interior de Minas Gerais e garante a vivência de uma experiência genuína. A organização das produções de comidas e bebidas e dos atrativos naturais e culturais pode contribuir na formação da identidade de um circuito turístico, a partir da oferta desses produtos. Assim, é possível trabalhar o perfil do turista que se identifica com a vida do interior. É fundamental, seguindo os preceitos da equidade, que os produtores sejam consultados sobre o interesse em participar, deixando claro os benefícios e os riscos de se fazer parte do roteiro, como, por exemplo, a incapacidade de atender a demanda”, conclui Samanta. O trabalho completo pode ser acessado no site: www.caminhosdosuldeminas.com.br =
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EDUCAÇÃO
Arquivo GdM
Guia da Mantiqueira é tema de estudo de alunos do Colégio Aquarela
“O Guia da Mantiqueira
foi escolhido como um representantes, o objetivo Os alunos do 5º ano do Colégio Aquarela do Guia etc.. dos maiores canais de desenvolveram um comunicação de nossa Segundo Tacyana, trabalho sobre o Guia da cidade, pois nos traz toda a escola foi envolvida Mantiqueira. “Quem não muitas informações e em uma pesquisa e o se comunica se complica” é valoriza o comércio local projeto foi finalizado com o tema do projeto que está a exposição que ocorreu sendo desenvolvido ducom suas propagandas”. nos dias 17 e 20 de março, rante o ano letivo de 2017, e que norteia as ações no pátio do Colégio. realizadas em datas específicas, como o Aniversário “Estudamos sobre as formas de comunicação com de Itajubá, Dias das Mães, Dia dos Pais, Semana da os alunos da Educação Infantil e o Ensino FundaCriança, Feira do Conhecimento, entre outros. mental I e II estudaram os canais de comunicação de nossa cidade e os maiores comunicadores de “Para o aniversário de Itajubá, trabalhamos Itajubá”, diz Tacyana, ressaltando que “o Guia da com o Projeto ‘Comunica, Itajubá!’”, conta a coorde- Mantiqueira foi escolhido como um dos maiores nadora pedagógica do Colégio Aquarela, Tacyana canais de comunicação de nossa cidade, pois nos Alkmin Cortez. Cada turma, sob supervisão da coor- traz muitas informações e valoriza o comércio local denadora pedagógica, Myriam Monti Branco, ficou com suas propagandas”. responsável por um desses canais e/ou comunicaAgradecemos ao Colégio Aquarela pelo recodores. O 5º ano, que tem como professora Delma Sene, foi o responsável pelo Guia da Mantiqueira. nhecimento e respeito pelo trabalho realizado por Eles fizeram um levantamento sobre a história, os todos da equipe do Guia da Mantiqueira! = GdM | 14
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ALMANAQUE
Imagem de Internet
Memória
O Ginásio de Itajubá foi o primeiro sobrado construído na cidade, em 1904. Localizado na praça Cesário Alvim - hoje praça Theodomiro Santiago - foi fundado por uma sociedade de beneméritos do ensino. O Ginásio foi dirigido pelo Dr. Belarmino de Menezes e, em seguida,
pelo Dr. Theodomiro Santiago, que na época era recém-formado em Direito. Demolido em 1925, no local foi construído o Cine Teatro Apolo, cedendo lugar para o o Edifício Eulálio Pinto. Fonte: Livro “Itajubá e sua História” Armelim Guimarães
Você sabia... batatas, e a partir daí a cidade e a estação tornaram-se grandes exportadores do produto. Era a estação mais alta da linha, a mais de 1.200 metros de altitude. Hoje, abriga o Centro Cultural de Maria da Fé. =
Kelly Monteiro
... que um dos atrativos turísticos de Maria da Fé é uma locomotiva Raldwin 225? A locomotiva fica instalada ao lado da antiga estação ferroviária, que foi inaugurada em 1891. No ano de 1898, começou a cultura de
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AQUI TEM
Transformando ideias em realidade Viajar, sem dúvida, abre a mente e a vida para novas possibilidades. Foi depois de uma dessas aventuras “sem preço” - um “mochilão” pela América do Sul, que o casal de empreendedores, Marianna Sobrinho e Yuri Renó Martins, criaram a empresa Abajur Media, em 2013. “Durante a viagem, desenvolvemos vários vídeos para hostels e restaurantes. Quando voltamos para o Brasil, vimos essa experiência como uma oportunidade de negócio, pois em Itajubá, na época, não havia empresa de criação audiovisual”, conta Marianna. A Abajur Media é uma produtora de conteúdo midiático, como vídeos institucionais, animações e fotovídeos, além de fotografia de produto e de eventos corporativos, e também produção de design gráfico para mídias sociais, sites, banners, entre outros. Toda essa gama de serviços encontra nas redes sociais mais uma possibilidade de mídia para se investir em propaganda, podendo-se focar ainda mais no público alvo e estabelecendo-se uma conversa. “O vídeo é um formato de mídia incrivelmente versátil. Com ele as mensagens são passadas de uma maneira mais efetiva. Eles constroem confiança e credibilidade com a marca e são queridinhos dos mecanismos de busca. Vídeos afetam o emocional de quem assiste, são mais persuasivos e são facilmente compartilhados em redes sociais”, destacam. A Abajur Media também atua em análise de mercado, variando de acordo com o produto ou serviço oferecido pelo cliente. Como explica Marianna, a análise pode ser feita inteiramente digital ou uma boa e velha pesquisa de rua: GdM | 18
“Vai depender dos objetivos do cliente e o que ele quer saber do seu mercado. A grande parte primeiramente busca traçar quem é seu público alvo e concorrentes em potencial e uma vez determinado o público alvo e seus interesses fica muito mais fácil criar estratégias que tenham grande alcance”.
Casamentos A Make a Moment é uma outra empresa, direcionada apenas para a produção de vídeos de casamentos, também criada por Marianna e Yuri, em 2015. “O casamento é um marco, um sonho e deve ser tratado como tal”, diz Marianna, ressaltando que este é um mercado que tem força: “Por não ser algo constante na vida das pessoas, elas investem tempo e dinheiro para realizar
AQUI TEM esse sonho. Isso abre espaço para realizarmos um trabalho de qualidade e bem valorizado, com oportunidades não só para nós como para outros profissionais do setor”. Todos os serviços oferecidos pela Make a Moment, portanto, são adequados para empresas de pequeno, médio e grande porte, além de profissionais liberais, por exemplo, artistas que precisam de divulgação do seu trabalho. “A Make a Moment tem como foco vídeos para datas especiais, com grande maioria sendo casamentos, também fazendo festas de debutantes e renovação de votos, bodas e aniversários em geral”, lembra Marianna. Investindo cada vez mais nas empresas, Marianna e Yuri participaram da feira Pra Casar 2017, idealizada pela cerimonialista Babi Nascimento, no mês de março: 22 fornecedores de casamento foram selecionados, entre eles a Make a Moment,
pois se envolvem de verdade com a história do casal. Além de capacitados, esses profissionais oferecerem um serviço personalizado, todos celebrando e admirando todas as formas de amor. Direcionada para todo público: gays, lésbicas, trans e héteros, a feira foi realizada no espaço Casa Galpão, localizado no bairro Vila Mariana, em São Paulo. = Abajur Media @abajur.media contato@abajur.media Make a Moment Filmes @makeamomentfilmes contato@makeamoment.com.br Tels.: 35 9 8459-1732 / 9 8817-9043
Por Kelly Monteiro, editora do GdM.
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VIVER BEM
Saúde: um jeito natural de cuidar Cuidar da saúde de uma maneira alternativa tem sido a meta de muitas pessoas hoje em dia. Isso se reflete também e no uso de medicamentos: cresce, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS), o uso dos fitoterápicos, ou seja, àqueles medicamentos feitos a partir de substâncias químicas extraídas de plantas. Segundo a farmacêutica Ana Carolina Antunes Haddad, proprietária da Pharmacia Avicena, as pessoas buscam cada vez mais esses medicamentos, pois eles são menos agressivos ao organismo. É correto dizer que o medicamento fitoterápico é natural? Ana Carolina explica que sim, o fitoterápico é natural pois tem origem nas plantas. “Lembrando que isso não significa que ele não tenha nenhum efeito colateral”, diz.
Fitoterápicos x Alopáticos X Homeopático “O medicamento fitoterápico é preparado a partir de substâncias química extraídas das plantas. Já o medicamento alopático é preparado a partir de substâncias químicas sintetizadas em laboratório. O medicamento homeopático também é extraído de plantas, porém seu processo de fabricação é diferente, chama-se dinamização.”
Efeitos adversos “Não podemos pensar que por serem produtos naturais ele não têm efeitos adversos. Apesar de serem extraídos de plantas, também são componentes químicos que causam diversas reações em nosso organismo, algumas mais simples, outras mais severas. O fitoterápico deve ser utilizado sempre com a orientação de um profissional de saúde. Eu gosto muito da frase do filósofo Paracelso: ‘A diferença entre o remédio e o veneno é a dose’.”
Prescrição médica “Hoje, os fitoterápicos podem ser indicados por outros profissionais de saúde, além dos médicos, como farmacêuticos, nutricionistas, entre outros. O importante é se orientar sempre com um profissional de saúde habilitado e de confiança.”
Eficácia “Não existe regra. O resultado pode variar muito de acordo com cada organismo. Alguns GdM | 20
VIVER BEM pacientes relatam melhoras apenas com alguns dias de uso de fitoterápicos e outros após um mês. Com a ajuda do profissional é possível ajustar a dose e a forma de tomar de cada.”
Na hora da compra “Sempre perguntamos o que o paciente já está utilizando, pois os fitoterápicos também podem interagir com outros medicamentos. Em seguida analisamos os sintomas que o paciente relata e aquilo que mais o incomoda. A partir disso indicamos o fitoterápico sempre com a supervisão de nossas farmacêuticas. É importante frisar que não substituímos nenhum medicamento que o paciente já utiliza sem a autorização do médico. Podemos indicar os fitoterápicos complementando o tratamento. Caso necessário entramos em contato com o médico antes de qualquer alteração.”=
Pharmacia Avicena Praça Getúlio Vargas, 98, Centro. Itajubá Tel.: 35 3622-0648 e 9 8802-6779 (Whats App) www.avicena.com.br Por Kelly Monteiro, editora do GdM.
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GIRO POR AÍ
Delfim Moreira promove a 3ª edição da Festa do Marmelo
Com o objetivo de promover a salvaguarda desse precioso saber culinário, a Prefeitura de Delfim Moreira, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura e da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer promovem a Festa do Marmelo - 3º Festival de Gastronomia, Cultura e Arte. Este evento multicultural, que reúne gastronomia, música e os fazeres e saberes do município, será realizado de 21 a 23 de abril, a partir das 10h, no Parque de Exposição (antiga fábrica da Cica). O ponto alto do evento é a degustação da Sopa de Marmelo, elaborada ao vivo e distribuída gratuitamente durante os dias do evento, assim como também a marmelada artesanal. Entre as novidades deste ano, estão as ações gastronômicas com a participação de dois chefs de cozinha: Ídolo Giust, de São Paulo, e Gerson Michelle, de Pouso Alegre, que irão preparar tachadas com produtos locais; oficina culinária para crianças ministrada pelo curso de Pedagogia da FAI, de Santa Rita do Sapucaí; aula-show com alunos e GdM | 22
Fotos: Arquivo Pessoal
No século passado, quando os marmelais circundavam quase todo o território de Delfim Moreira, uma cidadezinha charmosa localizada nas encostas da Mantiqueira, a Sopa de Marmelo adentrava no ambiente doméstico e conquistava o paladar das famílias. E neste universo, ela vem sendo repassada de geração a geração. Quente ou fria, com mais ou menos queijo, com farinha artesanal ou industrializada, a Sopa é hoje patrimônio cultural imaterial da cidade, com registro da receita no Livro de Saberes da Municipalidade e no IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais.
O prefeito de Delfim Moreira, Fernando Coura, no marmelal do produtor rural Fábio Ricardo nas terras altas de Delfim Moreira. Parte das frutas será usada na preparação da Sopa do Marmelo e outras delícias da Festa (foto feita em 16 de janeiro de 2017, dia da gravação da reportagem Globo Rural sobre o marmelo, que irá ao ar em abril).
professores (chefs) do curso de Gastronomia da Univás, de Pouso Alegre; palestras com profissionais da Epamig, Emater e produtores de marmelo; concurso gastronômico, área de alimentação com restaurantes, entre outras atividades. = Festa do Marmelo - 3º Festival de Gastronomia, Cultura e Arte - Delfim Moreira De 21 a 23 de abril, a partir das 10h Parque de Exposição (antiga fábrica da Cica) Entrada gratuita Programação completa: www.facebook.com/Festa-do-Marmelo Por Ana Maria Beraldo, jornalista, proprietária da Anauá Cultura e Comunicação e colaboradora do GdM pelas cidades da Mantiqueira.
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GENTE DA MANTIQUEIRA
Às vezes, ele deserta da família e embrenha-se nas matas que povoam a Mantiqueira - ora caminha, ora acomoda-se embaixo de uma árvore, quieto, cismando, absorvendo o aroma das plantas, o cheiro da terra. Conta ele, entusiasmado, que recentemente acompanhou um pesquisador em missão científica pela serra de Piquete. Foram dois dias de aprendizado e troca. A sua relação com a terra vem desde os tempos de criança no bairro Sertão Pequeno, onde nasceu e no bairro Barreirinho, onde passou parte de sua juventude, ambos em Delfim Moreira. Destes tempos, lembra com saudosismo da colheita do marmelo: “Já colhi muito marmelo. Coisa mais bonita que tinha. Catava em um balainho e colocava no cargueiro. A tropa de burro descia serra abaixo para trazer os marmelos para a fábrica do Dito Ferreira (fábrica desativada, pertence à Fundação Roge hoje). Tinha várias fábricas nesta época. Tempo de muita fartura”. Destes tempos áureos do marmelo (décadas de 1930-1970), ele conta que cada tropa tinha um peitoral exclusivo para diferenciá-la das demais. Apresento-lhe o artesão Vitor Peres Nogueira, por quem me encantei em 2016, quando o conheci por meio do diretor de turismo de Delfim Moreira, Alessandro Oliveira, época em que estávamos visitando os artistas do município com o objetivo de convidá-los para a exposição de artesanato da Festa do Marmelo. Atuo na assessoria de imprensa deste evento, que acontece de 21 a 23 de abril. Você está convidado(a)! Voltemos ao nosso personagem. Nos seus tempos da juventude, quando tinha uma folguinha do trabalho na roça, ele se munia de canivete, bambus, tocos de madeira e colocava sua imaginação em prática: construía gaiolas e carrinhos de madeira. Era só pelo prazer de fazer e presentear, GdM | 24
Arquivo Pessoal
Senhor Vitor: em conexão com a Mãe Terra
pois não tinha valor financeiro. Diz, ele: “Não valia nada!” O tempo passou. Vitor casou-se. Chegaram os filhos - nove ao todo. Comprou um “lotinho” na cidade, construiu sua casa e a família se mudou. Começou a trabalhar como pedreiro e nas horas de folga, lá estava ele a povoar o seu mundo com novos habitantes: girafas, onças, angolinhas, tartarugas, cabritos, onças, pássaros, mais os jacás, mais oscestos... E as gaiolas? Pergunto-lhe. “Gaiola mais não. Passarinho tem que ficar solto na natureza, que é a casa dele”, diz, esboçando um leve sorriso. Hoje, já aposentado, aos 76 anos, Vitor dedica tempo integral aos seus inventos. E ele vai buscando inspiração na natureza privilegiada que o rodeia, na televisão, nas revistas e, principalmente, na sua fértil imaginação. Quer visitá-lo(a)? Ele terá prazer imenso em recebê-lo(a) em seu pequeno ateliê/oficina no bairro Vila Rica, em Delfim Moreira. Contato: 35 9 9861-5582.= Por Ana Maria Beraldo, jornalista, proprietária da Anauá Cultura e Comunicação e colaboradora do GdM pelas cidades da Mantiqueira.
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CAPA
Passeio Ciclístico: tradicional evento itajubense completa 42 edições Um dos eventos mais tradicionais de Itajubá é o Passeio Ciclístico, iniciativa da Casa Vera Cruz Florarte, em benefício da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Realizado no dia 1º de maio, feriado do Dia do Trabalho, o Passeio Ciclístico chegará a 42º edição em 2017 e reunirá centenas de ciclistas amadores e profissionais em um animado passeio pelas ruas do município. O Passeio Ciclístico começou a ser realizado em 1975, por iniciativa do senhor João Batista Brito, proprietário da Casa Vera Cruz - hoje Florarte. Por sugestão da presidente do Lar da Providência de Itajubá, Cléa Dotta Pereira, que na época, pouco mais de dez anos atrás, era integrante da diretoria da APAE, o evento passou a ser beneficente. “Depois que o Passeio se tornou beneficente, foi mais gratificante. É uma boa
Ronald Salomon Brito (Rony)
promoção para a Florarte e para a APAE. Além de arrecadar o dinheiro que é necessário para a APAE, há a solidificação das marcas. Como ele é feito sempre no dia 1º de maio, é um evento único que comemora o Dia do Trabalho, que também foi uma ideia do meu pai. Apenas uma vez o passeio foi adiado por causa da chuva”, relembra Ronald Salomon Brito, o Rony, como é
O projeto de criar a APAE em Itajubá nasceu em 1968, quando a professora Solange Aurora Cavalcanti e a diretora do Colégio Sagrado Coração de Jesus, Laura Gorgulho, tiveram a ideia de instalar uma escola para portadores de deficiência anexa a um grupo escolar e fundar a APAE, órgão que seria mantido pela comunidade.
Com 48 anos de existência, a APAE atende, hoje, a 530 pessoas, e tem como presidente a Dra. Claudia Rezende Soares, que assumiu a associação após a gestão destacada da Sra. Maria do Rosário Oliveira Machado. GdM | 26
A escola começou a funcionar em 1969, e em 1974, mais de 60 crianças já eram atendidas em tempo integral e seu caráter gratuito e filantrópico fora instituído em seu Estatuto, permitindo-lhe estabelecer os primeiros convênios com a Faculdade de Medicina de Itajubá e com a Sociedade Protetora dos Pobres, em 1975.
Fotos: Divulgação
CAPA Jr. (Rua Nova), pelo bairro BPS, retornando para o Sambódromo pela Praça Dr. Pereira dos Santos (Praça do Soldado). Após o passeio, serão sorteados 42 prêmios para os participantes que fizeram a inscrição, que custa apenas R$ 2,00. Em 2016, a arrecadação obtida com a venda dos bilhetes de inscrição foi de $ 49.597,15. O dinheiro foi utilizado na reforma da cozinha da APAE. A meta é investir o valor arrecadado em 2017 na APAE Rural, na Equoterapia e no centro de convivência. = 42º Passeio Ciclístico Dia 1º de maio, às 9 horas. Avenida dos Ferroviários (Sambódromo) - Itajubá. Inscrições:
mais conhecido o filho do senhor João Batista, e hoje à frente da Florarte. Crianças, jovens e adultos participam do Passeio Ciclístico todos os anos. A concentração será na avenida dos Ferroviários (Sambódromo) e a largada será às 9 horas. Do Sambódromo, os participantes seguirão pela avenida Cel. Carneiro
No ano de 1981, para equilibrar as despesas surgidas pelas exigências da Legião Brasileira de Assistência (LBA), principal órgão mantenedor da entidade na época, a APAE promoveu eventos através dos quais angariou verbas. Nesse mesmo ano, a APAE foi reconhecida como Escola Especial. No final de 1983, uma reforma do Estatuto incluiu os termos sócios fundadores, beneméritos, colaboradores e obrigatórios, estabelecendo deveres e direitos dos associados. Em 1987 a APAE foi decretada Escola Estadual de Itajubá - Pré-Escolar e 1º Grau de Educação Especial, a Escola Sol Nascente. Em março de
Casa Vera Cruz Florarte Rua Dr. João de Azevedo, 642, Centro. Itajubá Tel.: 35 3622-1050 APAE Rua Florival Xavier, 44, Centro. Itajubá Tels: 35 3622-0917 e 3622-5274 Por Kelly Monteiro, editora do GdM.
1988, visando aumentar o número de sócios, foram abertas contas correntes nas agências bancárias da cidade para recebimento automático das contribuições. Em 1993, a APAE itajubense tornou-se sede das Delegacias de APAEs da Região do Vale do Sapucaí, possibilitando o VII Encontro das APAEs do Sul de Minas. Em 1997, através do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião do Alto Sapucaí (Cismas), a APAE passou a realizar os serviços de Exames de Eletroencefalograma (E.E.G.) e Mapeamento Cerebral. Para saber mais sobre a APAE, acesse o site www.apaeitajuba.com.br. 27 | GdM
EVENTO
Fotos: Secom/PMI
Itajubá completou 198 anos e a Prefeitura organizou diversos eventos para a população, com direito a música, canoagem, balonismo, exposições, teatro, dança, concurso de fotografia e uma belíssima exibição da Esquadrilha da Fumaça. Veja mais no facebook/prefeituraitajuba.
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FRAGMENTOS
Manter o equilíbrio Imagem de Internet
A infância traz grandes conquistas. Nela traçamos uma espécie de “personalidade” para a vida adulta. Sucessos e frustrações estão muito ligados aos nossos primeiros contatos com a realidade, com o que lidamos e com o que dela aprendemos. Da “primeira idade” tiramos lições para a vida toda. Lembro-me do dia em que, voltando da aula para casa, estava acompanhado por um colega de escola. Vínhamos a pé: eu carregando o material escolar e ele, com uma mochila, empurrava a sua bicicleta. Já nas ruas do bairro onde eu morava, no Porto Velho, ele me ofereceu a sua bicicleta para dar uma volta. Meu desejo era enorme e minha vontade percebida. O único problema é que eu não sabia andar de bicicleta. Jamais tinha pedalado uma delas. A sensação de euforia se misturava com a frustração. A minha oportunidade estava ali, à minha frente: “um cavalo arreado passava e eu não estava sabendo montá-lo”. Meu desejo era tamanho que nada disse ao meu colega. Montei na bicicleta e saí pedalando. Não caí, não parei. Apenas pedalava e ganhava velocidade e satisfação. A sensação era de que conquistava o mundo. Lá estava eu, sem aulas, sem explicações, sem empurrões, sem nada. Montei e comecei a andar. Quase não me continha de contentamento. A cada pedalada, queria gritar, contar aos amigos que eu estava andando em uma bicicleta apenas pelo desejo e vontade de andar. Ia até certa altura da rua, virava e voltava sem compreender: como uma pessoa conseguia se equilibrar montado em uma coisa fina, cheia de canos conectados e ainda por cima presos a dois aros? GdM | 30
Sem respostas, sabia, apenas, que tinha encontrado a felicidade sobre duas rodas. Parecia um garoto que acabara de ganhar uma bala, uma bola ou a sua primeira bicicleta. Aquela, realmente, não era minha, mas, com certeza, eu saberia pedalar em todas as outras, pois tinha ultrapassado os meus próprios limites. Quando meu filho ainda era criança fez a mesma façanha que eu: montou numa bicicleta de seu colega e saiu pedalando. Deu uma volta sobre duas rodas. Creio que ele também tenha aprendido a conquistar o mundo. Certamente, aprendeu que a vontade supera limites e que as oportunidades são como bicicletas prontas para serem pedaladas, principalmente quando as lições são mais bem aprendidas na infância.= Por Antônio Trotta, jornalista, poeta, presidente da AIL, professor e colaborador do GdM.
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AIL
Espaço Literário A Academia Itajubense de Letras (AIL) apresenta os poemas “A dança teândrica ou o balé cósmico”, de autoria do acadêmico Vino Rodrigues Duarte, e “Alheamento”, da acadêmica Terezinha Ofélia Nascimento Rennó.
A dança teândrica ou o balé cósmico E ei-la, inigualável e esplêndida Sem partitura ou ritmo vulgar Transcendendo mistério sem par A infinita dança teândrica. Os cometas, os planetas... os astros Sob rotas inaudíveis se encontram; Na perfeita harmonia, eles dançam No êxtase de um sublime compasso!
Alheamento No banco de um jardim, de vez em quando Deixo-me estar só, sem nem pensar, Esquecida do labor ou de até quanto, Nesta vida, terei ainda que lutar...
Passa o tempo, talvez rápido, talvez lento... Não sei dizer – se nada mais pensei...
Quem seria o maestro de tão linda sinfonia? Regendo no píncaro, mais pura maestria! De tão linda sinfonia, o maestro quem seria?
O não pensar traz paz que não entendo,
Estrelas, sóis e satélites, por entre abraços A Paz e o Amor, valsando pelo Espaço, Gerando outros mundos, em teus entrelaços.
Terezinha Ofélia Nascimento Rennó ocupa a cadeira 26, na AIL, cujo patrono é José Manso Pereira Cabral. Também é membro da Academia Itajubense de História, Academia Varginhense de Letras, Artes e Ciências e do Clube dos Escritores Piracicaba (SP). Presidiu a AIL por dois mandatos consecutivos. Também foi secretária, bibliotecária e atualmente é a 1ª tesoureira. Conquistou prêmios no Brasil e dois na Itália. Publicou o livro “Amor, Razão da Vida”, coletânea de poesias de seu pai.=
Vino Rodrigues Duarte descobriu a poesia aos 13 anos de idade. É do brilho do dia a dia, da natureza, que lhe vem a inspiração. Canta versos sublimes de louvor e agradecimento a Deus. Tornou-se acadêmico em 20 de setembro de 2015, e ocupa a cadeira número 3, cujo patrono é Antônio Domingues Pereira Filho. GdM | 32
E nesse alheamento creio que orei...
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VARIEDADES
Arquivo Pessoal
Jybá: unindo conceitos
A cerveja é uma das bebidas mais apreciadas do mundo, cuja produção acompanha o homem desde os primórdios da civilização. No Brasil, a bebida é a terceira no ranking das mais consumidas, ficando atrás apenas do café e do leite. A paixão por cerveja fez com que o engenheiro Pedro Henrique Pinto Faria resolvesse investir na fabricação da bebida, criando a Cerveja Artesanal Jybá. Pedro Henrique explica que começou a fazer cerveja em 2012, no sítio da família, após realizar um curso com um professor de Química que lecionava no Centro Universitário de Itajubá - Fepi. “Ele lecionou um curso de produção de cerveja na casa dele, e eu e um GdM | 34
amigo participamos. Lá, tudo começou. Adquirimos equipamentos, geladeira dedicada, panelas maiores, controlador de temperatura, fermentadores propícios, melhoramos os ingredientes e receitas”, conta. Hoje, por meio de uma parceria com Cervejaria Musa, a Jybá passa por um processo de produção que leva cerca de 25 dias. A primeira etapa é a mistura, como se fosse o cozimento da bebida, utilizando todos os ingredientes da receita. No caso da Jybá, são apenas quatro: malte, lúpulo, levedura e água. Depois vem o processo de fermentação e logo após a maturação, para arredondar o sabor, o aroma e deixar a bebida mais translúcida. Por fim, só resta ser engarra-
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VARIEDADES fada e consumida. “De uma parte dessa cerveja fazemos chope e, de outra parte, cerveja em garrafa. Produzimos a English Pale Ale, cerveja famosa na Inglaterra e que reproduzimos fidedignamente, e também a IPA, que significa India Pale Ale: uma cerveja que tem o lúpulo bem mais acentuado”, diz o cervejeiro. IPA vem da época em que os ingleses estavam explorando a Índia e como a viagem era longa, eles precisavam que a cerveja durasse mais tempo dentro dos barris. Nesse período o único conservante que conheciam para a bebida era o lúpulo, portanto aumentavam a quantidade da especiaria, o que proporcionava maior durabilidade. “Hoje existem várias vertentes para as IPAs, eu utilizo a vertente da escola americana, que traz toques mais frutados, é uma cerveja mais aromática, mais cítrica, deliciosa e refrescante que combina com o clima brasileiro”, acrescenta. Com espírito empreendedor, Pedro Henrique já está fabricando outras cervejas especiais, como a Stout e a Witbier. “O objetivo da Jybá é levar o nome de Itajubá mundo a fora e que a cidade tenha mais uma cerveja para chamar de sua. O meu sonho é que isso atraia mais gente para cidade e consiga enaltecer o potencial do município na área turística e gastronômica”, diz. Quanto ao nome, Jybá é a junção do primeiro nome do município: Itagybá, e do nome definitivo: Itajubá. GdM | 36
“Jybá é um nome forte para simbolizar toda a tradição do passado em harmonia com o presente. Espero que Itajubá receba a Jybá de braços abertos, pois esta cerveja, assim como a cidade, também é muito fácil de ser amada”, conclui. Para degustar a Jybá, fica a dica: a Barbearia Rusticana, o Restaurante Don Costello e o Restaurante Xodó já estão comercializando a cerveja. Uma homenagem à terra natal. = Facebook.com/cervejajyba Por Elaine Romão, jornalista, amante dos animais e colaboradora do GdM.
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GASTRONOMIA
Um quintal para chamar de seu
Lá, fica o Quintal da Bel, um charmoso restaurante que é a extensão da casa de Izabel Cristina Foja, que há 1 ano e 4 meses transformou o local para bem atender aos turistas e à população local. “O Quintal da Bel nasceu de uma necessidade: a paixão inexplicável por Gonçalves versus a vontade de fazer algo descontraído para me ocupar aqui”, conta ela. A ideia foi criar um ambiente descontraído e informal, onde as pessoas possam se sentir em casa, como em um almoço em família. Localizado no coração de Gonçalves, numa das ruas principais de acesso, o charmoso restaurante tem como carro chefe as massas e os risotos. “Servimos também saladinhas, tortas, quiches, caldos, petiscos como Kibe de Linguiça e Torresmo (sucesso de vendas), sem falar nas cervejas que fazemos questão de mantê-las estupidamente geladas. Isso vale para as normais como Heineken, Original, Serra Malte como para as artesanaisns ”, diz a proprietária. Para deixar o ambiente ainda mais agradável, Izabel diz que a seleção de músicas é especial e ao gosto do cliente: “Nem sempre tem música ao vivo mas temos uma seleção de músicas bem gostosas, para todos os gostos. Chegando aqui é só sinalizar qual GdM | 38
Fotos: Arquivo Pessoal
A Serra da Mantiqueira revela surpresas e uma bastante agradável é Gonçalves, município conhecido pelas belezas naturais e com destacada vocação turística. É no Outono que Gonçalves atrai ainda mais pessoas, geralmente em busca das delícias que o clima mais frio proporciona, como a gastronomia.
seu estilo que deixamos o ambiente do seu jeito”. As crianças também se sentem em casa no Quintal da Bel, pois há jogos para que elas se divirtam, como amarelinha, bichinhos, giz de cera, quebra-cabeça e até um teatrinho que pode ser montado se a turminha desejar. O Quintal da Bel conta com wi-fi disponível para os clientes e atende a cerca de 40 pessoas (28 a 30 lugares nas mesas e 10 banquetas no balcão para um petisco, por exemplo). Izabel informa que trabalha com reservas e que o horário de atendimento é diferenciado: de quinta a segunda-feira, das 12 horas às 22 horas. “Entendemos que nem todos os turistas vão embora no domingo e ficamos felizes em poder atendê-los. Sempre fazemos novos amigos por aqui”, observa. Em alta temporada de Inverno e também em épocas específicas como final de ano e Carnaval a casa abre todos os dias, das 12 horas às 23 horas. Aliás, o que não falta é aconchego quando o frio chega. “Como aqui é um Quintal e aberto nos preocupamos em colocar aquecedores, salamandra e lareira de mesa. Fornecemos também mantinhas
GASTRONOMIA para que as pessoas se sintam confortáveis. No jardim temos um fogo de chão que dá um charme especial. Temos fondue de queijo feito com cinco queijos especiais e foundue de chocolate, caldos e vinhos para completar”, comenta Izabel, lembrando que em 2016 participou pela primeira vez do Festival Gastronômico de Gonçalves: “Servimos um prato muito legal que chamamos de Mexidão Mineiro. Arroz, feijão fradinho, linguiça calabresa fresca, bacon, pimenta malagueta, tudo isso embrulhado numa folha de couve, com um charme especial para a farinha de milho daqui de Gonçalves mesmo, ovo e pimenta biquinho para decorar”. Deu vontade de conhecer? É só pegar a estrada que o Quintal da Bel e todas as delícias de Gonçalves estão à sua espera. = Quintal da Bel Rua Maestro Herculano, 49 (Fundos), Centro. Gonçalves Tel.: 11 9 9666-2164 Facebook/Quintal-da-Bel
Por Kelly Monteiro, editora do GdM.
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Arquivo Pessoal
SABOR DA TERRA
Caldo de abóbora com carne seca O clima de Outono combina com comidinhas quentes e saborosas como este delicioso Caldo de Abóbora com Carne Seca. Apetitoso, o caldo pode ser servido com pães, torradas ou croutons, e pede um bom vinho como acompanhamento.
- 1 colher de sopa de azeite;
A receita é de Teresa Seither, proprietária do restaurante Churras Vadinho, localizado no coração de Itajubá, na Praça Theodomiro Santiago.
Preparo:
Bom apetite!
Ingredientes: - 300 gramas de abóbora madura; - 70 gramas de carne seca; - 2 colheres de sopa de cebola picada; - 1 dente de alho; GdM | 40
- Sal a gosto; - 1 copo de água.
Cozinhar a carne seca e desfiar. Bater a abóbora cozida com a água e reservar. Refogar o alho e a cebola até ficarem dourados. Acrescentar a abóbora batida e a carne seca desfiada. Deixar cozinhar até engrossar. = Churras Vadinho Praça Theodomiro Santiago, 26, Centro. Itajubá Tels.: 35 3622-4428 e 3622-4876
Por Kelly Monteiro, editora do GdM.
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VIROU NOTÍCIA
Blitz e Paulo Ricardo
Fotos: Bruno Pinto
Dois shows épicos. A definição é perfeita para os shows da banda Blitz e de Paulo Ricardo (RPM), realizado em Itajubá, no dia 11 de março. Os artistas relembraram seus maiores sucessos e apresentaram as novas composições. O show foi uma realização de Markinhu Produções e Marketing, Aley Eventos e Castilho Eventos.
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joyce mendes
Dicas de Livros
Três semanas com meu irmão, Nicholas Sparks e Micah Sparks. Os irmãos embarcaram em uma viagem de volta ao mundo que fortaleceu os laços dos únicos sobreviventes da família Sparks. Com prazos apertados para publicar seus livros e sem muita inspiração para escrevê-los, Nicholas pensou que aquela seria uma ótima oportunidade para relaxar e se aproximar mais do irmão, a quem quase não via por conta da distância. O relato inclui não só o dia a dia de Nicholas e Micah nessa aventura como também a história do bem-sucedido autor. Com humor e sensibilidade, os irmãos abrem sua vida, revelam suas origens e compartilham verdades surpreendentes sobre perda, amor e esperança. Sebo Bis. Rua José Joaquim 625, bairro Varginha (Ao lado da Igreja São Benedito). Tel.: 35 99103-6179 | Facebook.com/sebobis (compra, vende e troca livros, CDs, DVDs , Vinil e HQs). GdM | 44
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