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DESTAQUES | EXPEDIENTE Educação
Gente da Mantiqueira
Programa Senac de Gratuidade: inscrições abertas para os cursos do 2º semestre de 2017
Dona Florita, entre flores e pavões
Guia Informa
Gastronomia
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Todo dia é dia de pizza
Oswaldo Montenegro faz show em Cruzília Pág. 16a
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® Direção e Redação Kelly Monteiro (MTB 06.447/MG) kelly@guiadamantiqueira.net.br Jornalistas Colaboradores Ana Maria Beraldo (MTB 5.054/MG) Antonio Trotta (MTB 6.038/MG) Fotografias: Bruno Pinto Direção Comercial / Publicidade Adilson Santos Tel.: 35 9225-8832 adilson@guiadamantiqueira.net.br Capas A - Hospital Antônio Moreira da Costa: Banco de Imagem e Bruno Pinto B - Fernando Anitelli / O Teatro Mágico: Filipe Nevares
w w w. g u i a d a m a n t i q u e i r a . n e t . b r Editoração Eletrônica Andréa Aparecida Pereira
GUIA DA MANTIQUEIRA Ano 05 / Edição Nº 52 Julho 2017
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GdM
CONVERSA FRANCA
Amigos do Hospital: pelo bem comum O Hospital Antônio Moreira da Costa (HAMC), em Santa Rita do Sapucaí (MG), como grande parte das instituições de Saúde brasileiras que são filantrópicas, passa por dificuldades financeiras.
do pagamento de mensalidades via carnê ou via conta de água da Copasa. Além disso, as empresas também podem colaborar, especialmente àquelas que possuem lucro real, deduzindo a doação do Imposto de Renda.
Foi na rua João Antônio Dias, no local onde atualmente funciona o Colégio Tecnológico, que começou a história deste, que é o único hospital de Santa Rita do Sapucaí. Naquela época, ainda era chamado de Santa Casa. Em 1944, foi transferido para o novo edifício especialmente construído pela comunidade e que era, até aquele momento, o mais arrojado da região. Hoje, a unidade de saúde, sem fins lucrativos, é referência para pelo menos 20 municípios da região em procedimentos de baixa e média complexidade. São cerca de 5 mil atendimentos por mês - 90% dos quais feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, as verbas destinadas ao Hospital por convênios, SUS, particulares, doações e os repasses mensais municipais e federais, como os 250 mil reais destinados ao Pronto Socorro pela Prefeitura de Santa Rita do Sapucaí, não têm sido suficientes para conter a crise.
Todo auxílio é bem-vindo. Como exemplo, a nova diretoria técnica recebeu um software de Gestão Hospital - investimento superior a 500 mil reais, e que irá otimizar o atendimento, a economia de suplementos, entre outros benefícios. O prazo de implantação do software é de 12 meses.
No início de 2016, uma nova diretoria administrativa e técnica foi empossada e vem trabalhando para cobrir o custo de manutenção da instituição, além de aprimorar a infraestrutura e o atendimento para a população. Um dos projetos criados para ajudar a sanar pendências financeiras e alavancar novos investimentos é o projeto Amigos do Hospital: pessoas e empresas podem fazer doações destinadas ao HAMC por meio GdM | 06a
O Guia da Mantiqueira conversou com o diretor técnico do HAMC, o médico Arlei Sebastião Xavier Júnior, proprietário da Contínua Singular, e com o promotor de Justiça e interventor do Hospital, Francisco Eugênio Coutinho Amaral. Confira a seguir: Qual era a situação quando assumiram a diretoria do Hospital Antônio Moreira da Costa em 2016? Francisco: O Hospital é um dos mais antigos da região. Como todo hospital do Brasil, está passando por dificuldades há muito tempo. A última diretoria administrativa não conseguia exercer as atividades do hospital e pediu exoneração. O Hospital ficou sem administração. No início de 2016, recebi um ofício comunicando que era para ‘tomar conta’ do Hospital. Assumimos e foi um desafio muito grande, pois havia uma dívida de 2 milhões e 700 mil reais, fora dívidas com bancos. Atendemos
CONVERSA FRANCA cerca de 6 mil pessoas somente no Pronto Socorro e 20 municípios são atendidos pelo Hospital. A Prefeitura começou a acreditar mais no trabalho, e com ela conseguimos mais recursos para pagar dívidas e também para fazer novos investimentos na instituição. Agora estamos em um caminho em que há esperança de melhorar ainda mais; no Brasil inteiro há hospitais filantrópicos fechando, e aqui estamos abrindo mais atividades, mais especialidades médicas, fazendo novos atendimentos, buscando mais trabalho e está dando certo. Novos serviços estão sendo implantados. Em que setores houve avanço? Arlei: O Hospital possui, hoje, uma gama de especialidades e de procedimentos bastante grande. Conseguimos reabrir a Maternidade. Santa Rita estava sem filhos há quase dois anos, pois as crianças estavam nascendo em Pouso Alegre. O setor de Ortopedia foi reformulado e o setor de Cirurgia Geral também passa por melhorias. O Ambulatório de Pequenas Cirurgias e a Clínica Médica estão em funcionamento, assim como a Enfermaria e o setor de Saúde Mental, em atividade por meio de parceria com a Prefeitura. Está em andamento o projeto de transformar o Hospital em uma instituição de referência em longa permanência (Geriatria). A Secretaria Municipal de Saúde já providenciou o credenciamento junto à Secretaria de Estado de Saúde. Acabamos de fazer uma reforma em um cômodo e daremos andamento para o credenciamento em Cuidados Paliativos. Além disso, estamos tentando resolver a questão dos exames de Colonoscopia e Endoscopia que são feitos atualmente em Pouso Alegre. A Prefeitura tem uma demanda alta e o Hospital vai tentar reabsorver esses serviços.
Antes
O Pronto Socorro é um setor crítico para o HAMC? Arlei: Sim.O Hospital é prestador de serviço para a Prefeitura e estamos tentando, da melhor maneira possível, entregar o melhor serviço. Para se ter uma ideia, havia só um médico no Pronto Socorro para atender a 130 pessoas por dia, em média. Comenta-se que o atendimento é demorado. Sim, é demorado, pois no PS do Hospital Antônio Moreira da Costa não são atendidos apenas os casos de urgência e emergência, como determina o protocolo de atendimento dos Prontos Socorros. De maneira equivocada, a população aprendeu a chamar o PS de “pronto atendimento”. O pronto atendimento deve ser realizado em postos de saúde e não no Pronto Socorro. No Pronto Socorro do HAMC são atendidos pacientes com tosse, dores nas costas, dores de cabeça, torção no tornozelo... Dos 130 atendimentos, urgência e emergência são apenas 15 ou 20. Se conseguirmos orientar a população, os 250 mil reais que a Prefeitura repassa para o Hospital começarão a ser mais bem aproveitados. Só no Pronto Socorro os custos chegam a 300 mil reais por mês; são 7 milhões de reais por ano. A Prefeitura está pagando duas vezes: para fazermos urgência e emergência e estamos absorvendo o atendimento que deveria ser feito no PSF (Programa Saúde da Família) e no ambulatório de especialidades do município. Na prática, o que mais está sendo feito para melhorar o atendimento no PS? Arlei: Reformulamos a equipe e passamos a contar com dois médicos durante o dia e um médico no período
Depois
Com o apoio de empresas, quartos do Hospital estão sendo reformados para oferecer mais conforto aos pacientes 07a | GdM
noturno. Os protocolos foram revistos e os profissionais estão passando por treinamentos. Como somos urgência e emergência, não negamos atendimento. Mas vamos começar a criar uma nova cultura para organizar esse atendimento. Vamos conscientizar a população e isso foi muito bem acordado com a Secretaria de Saúde. O Hospital hoje é mantido por repasses, doações, convênios, atendimentos particulares; vem do SUS a parte de produtividade que é praticamente 70% do faturamento. E o repasse da Prefeitura está sendo gasto com o que não deveria. 90% do atendimento do Pronto Socorro é atendimento de ambulatório, que não é o foco. Ou seja, a verba destinada para urgência e emergência não está sendo usada para isso. Quais são as instituições parceiras do Hospital atualmente? Arlei: Como somos uma modalidade de referência de média complexidade, quando há algum caso que extrapole essa média complexidade, como um trauma mais grave, entramos pelo SUS Fácil, um sistema para busca de atendimento em outros hospitais da região. Como existe uma parceria com o Hospital de Pouso Alegre, entramos em contato direto com eles, e se houver como atender, por meio do SUS Fácil, direcionamos o paciente para Pouso Alegre. Estamos tentando estreitar parceria com o Hospital Escola em Itajubá. Não temos como fugir da média complexidade, porque precisaríamos de UTI, entre outros procedimentos. Não é interessante no momento. Hoje a parceria está mais no coleguismo entre os profissionais e conseguimos essa dinâmica. Francisco: É importante destacar que não só a Prefeitura de Santa Rita tem ajudado a instituição, mas a população também. Por meio da campanha Amigos do Hospital já reformamos alguns quartos, por exemplo. Há várias empresas parceiras e cada uma assumiu a reforma de um quarto. Essa campanha continua. A população pode doar, inclusive, através da conta de água da Copasa. A pessoa física ou jurídica autoriza o débito de 40 reais ou mais na conta de água e a Copasa repassa esse valor para o Hospital. A parceria com a Copasa já está firmada. Também há uma parceria com a organização da Festa do Peão que acontecerá em São João da Bela Vista. Uma parcela da venda dos ingressos e camarotes será revertida para o Hospital. GdM | 08a
Bruno Pinto
CONVERSA FRANCA
Francisco, interventor do Hospital, e o diretor técnico, Dr. Arlei: trabalhando em favor do HAMC.
Arlei: O legal do projeto Amigos do Hospital é que é além-fronteiras: de qualquer lugar do País ou do exterior, onde houver um santarritense que queira ajudar, basta entrar em contato e fazer a doação. Para homenagear essas pessoas que são solidárias à causa do HAMC faremos a entrega do certificado Amigos do Hospital. O primeiro a receber a homenagem será o prefeito de Itajubá, Rodrigo Riêra, pois ele nos apoia na luta para reestruturar o HAMC. = Hospital Antônio Moreira da Costa R. Cel. Joaquim Neto, 186 - Centro, Santa Rita do Sapucaí Tel.: 35 3471-9818 Por Kelly Monteiro, editora do GdM.
Como doar? - Conta de água: Para fazer a doação, basta ir até a agência da Copasa de sua cidade e preencher um formulário autorizando que o valor estipulado conste na conta. Em breve, as doações poderão ser feitas também pelo site da empresa. - Carnê: Faça o cadastro no Hospital Antônio da Costa Moreira e receba um carnê para pagamento mensal. - Empresas que quiserem doar e que tiverem lucro real, podem debitar o valor do Imposto de Renda.
EDUCAÇÃO
Divulgação
Programa Senac de Gratuidade: inscrições abertas para os cursos do 2º semestre de 2017
Por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG), o Senac em Minas oferece cursos gratuitos, nos níveis de Formação Inicial e Técnico, em dezenas de municípios do Estado, e também nas unidades de Itajubá e Pouso Alegre. As inscrições para os cursos que começarão em agosto de 2017 já estão abertas. O Programa Senac de Gratuidade é voltado para alunos que estejam cursando ou já tenham concluído a educação básica, para trabalhadores empregados ou desempregados. É importante ressaltar que aqueles que satisfizerem as duas condições - aluno e trabalhador - terão prioridade. Inteiramente gratuitos, os cursos incluem o material didático padrão do Senac em Minas. Para se candidatar às vagas disponíveis, o interessado deve possuir renda familiar per GdM | 10a
capita inferior a dois salários mínimos federais. Ou seja, o candidato deverá somar a sua renda com a de todos que vivem na sua casa e dividir pela quantidade de pessoas que ali residem. Esse valor final não pode ser maior do que dois salários mínimos federais. Para se matricular, é necessário comparecer às unidades do Senac, na data/local indicados, levando a documentação comprobatória dos pré-requisitos do curso escolhido, além de xerox e original de documento de identidade, CPF, comprovante de escolaridade. As inscrições serão realizadas por ordem de chegada, até o limite do número de vagas. Vale lembrar que, para participar do Programa Senac de Gratuidade, é necessário atender aos requisitos de acesso ao(s) curso(s) de seu interesse.=
EDUCAÇÃO
Cursos disponíveis em: Itajubá Técnico em Administração Vendedor Recepcionista
Pouso Alegre Vendedor Estoquista Operador de Caixa
Cuidador de Idoso
Assistente de Recursos Humanos
Auxiliar Financeiro
Assistente de Pessoal
Assistente de Recursos Humanos
Assistente Administrativo
Assistente de Pessoal
Cuidador de Idoso
Técnico em Segurança do Trabalho
Auxiliar Financeiro
Senac - Minas Gerais www.mg.senac.br/programasenacdegratuidade Telefone Senac Itajubá: 35 2143-3700 Fonte: Senac
ALMANAQUE
Fotos: Imagem de Internet
Memória
A Câmara Municipal de Itajubá funciona, atualmente, no antigo prédio do Fórum. O imóvel foi projetado pelo italiano Moises Luigi e construído entre os anos de 1910 e 1911. Em 1952, o prédio foi destruído por um incêndio e reerguido com verbas concedidas pelo deputa-
do Euclides Pereira Cintra e pelo governador Juscelino Kubitschek. A obra foi finalizada em 1961. O prédio foi tombado pelo Decreto Municipal nº 3095 de 20 de março de 1998. Praça Amélia Braga, 45, Centro. Itajubá.
Você sabia...
Palácio 26 de Fevereiro foi tombado pelo Decreto Municipal nº 3093/1998
... que o Conselho Deliberativo de Patrimônio Histórico e Artístico de Itajubá (CODPHAI) é responsável por 18 tombamentos municipais, realizando um importante trabalho em defesa da preservação da história, da cultura e da identidade do município? O Conselho foi criado em 1998 e possui representantes GdM | 12a
do poder público e da sociedade civil. As reuniões acontecem na última terça-feira do mês, às 16h, na sede da Associação de Engenheiros e Arquitetos (AENAI), na rua Cel. Rennó, 7, Centro, em Itajubá. = Fonte: Guia do Patrimônio Histórico de Itajubá - CODPHAI
EVENTO
Festival Vale Music reúne Jazz, Blues & Café Nos dias 4 e 5 de agosto, Santa Rita do Sapucaí será palco da quinta edição do Vale Music, Festival de Jazz, Blues e Café. O evento gerou grande repercussão nas edições anteriores e atraiu muitos visitantes de cidades da região, de São Paulo, e demais cidades do Estado e do Vale do Paraíba - pela qualidade dos shows e pela sua localização privilegiada, a cerca de 220km da cidade de São Paulo.
Fotos: Divulgação
“Para este ano, o evento reunirá seis bandas regionais com artistas de peso no cenário regional e nacional, com foco em composições autorais nos estilos Jazz e Blues. Entre as atividades haverá intervenções artísticas durante todo o dia como, exposição de fotos, venda de vinil e artesanato. A grande novidade desta edição será a comida regional e a Feira do Café, realizada em parceria com a Cooper Rita”, conta a produtora do evento Carola Savioli, da Goose Produções.
O Vale Music conta com o apoio do projeto Cidade Criativa, Cidade Feliz, de Santa Rita do Sapucaí, com o patrocínio de empresas privadas locais e regionais, e com o apoio do Comtur Conselho Municipal de Turismo de Santa Rita do Sapucaí. A abertura do Vale Music Festival será na noite de 4 de agosto (sexta-feira) no Teatro do Inatel com a apresentação da Banda Black Papa, de São Paulo, que fará uma viagem pela história do Soul and Funk Music. = Local: Praça Santa Rita - Entrada franca. Ingressos pelo whatsApp: 035.98815-4272. Vale Music Santa Rita do Sapucaí Facebook.com/ValeMusicFestival Instagram.com/valemusicfestival Por Ana Maria Beraldo, jornalista, proprietária da Anauá Cultura e Comunicação e colaboradora do GdM pelas cidades da Mantiqueira.
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O GUIA INFORMA
Oswaldo Montenegro faz show em Cruzília Durante os dias 28, 29 e 30 de julho acontecerá o 36º Festival de Música Popular Brasileira em Cruzília, município localizado no Circuito Montanhas Mágicas do Sul de Minas. Este é o mais antigo festival de música da região e recebe visitantes do Brasil inteiro. Nesta edição do evento, a atração especial será o show “Nossas Histórias”, do cantor e compositor Oswaldo Montenegro, no dia 29 de julho, na praça Monsenhor João Câncio, no centro do município. Misturando o peso das guitarras, teclados e baixo com o som clássico da flauta, “Nossas Histórias” é um show em que Oswaldo Montenegro toca suas músicas mais conhecidas, comemorando 40 anos de parceria com a flautista Madalena Salles. “Bandolins”, “Lua e flor”, “Metade”, “Estrada nova”, “A lista”, “Intuição”, “Léo e Bia”, “Estrelas”, “Sem mandamentos”, “Travessuras” e tantas outras se incorporaram ao inconsciente coletivo do público brasileiro de forma definitiva e, na maioria delas, o solo da flauta foi composto simultaneamente com a melodia e a letra, sendo impossível pensar nessas canções sem lembrar as introduções e os solos.
Cláudio Machado
Nessas quatro décadas de convívio, Montenegro e Madalena trabalharam em mais de trinta espetáculos teatrais, três longas-metragens, séries para TV, espetáculos de dança, e viveram
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infinitas histórias, retratadas no repertório que apresentam nesse espetáculo. No seu canal do YouTube, lançaram a websérie “Nossas Histórias”, que emprestou o título para essa turnê e na qual contam algumas dessas histórias que viveram juntos - as mais importantes, as mais engraçadas, as mais emocionantes. Nesses novos tempos de internet, músicas como “A vida quis assim”, “A porta da alegria”, “Eu quero ser feliz agora”, “Me ensina a escrever”, “Sim” (trilha do seu novo filme “O perfume da memória”), “A lógica da criação” (trilha do seu segundo longa, “Solidões”) e outras, acabaram ficando famosas e atingindo milhões de acessos em seus clipes. Se revezando entre teclados, violões e sopro, com o apoio de uma super banda, eles passeiam por essas pérolas e, mantendo a tradição dos seresteiros, atendem aos pedidos do público e conversam com a plateia, transformando “Nossas Histórias” num encontro afetivo e musical.= 36º Festival de Música Popular Brasileira de Cruzília. Programação completa e inscrições: www.cruzilia.mg.gov.br
GIRO POR AÍ Painel “Etnias”, de Eduardo Kobra, no Boulevard Olímpico, na Zona Portuária do Rio de Janeiro
Unifei lança concurso de arte urbana A arte urbana, ou street art, é um movimento que surgiu no meio underground das cidades como uma forma de manifestação artística realizada em espaços públicos. Com o tempo, o movimento foi sendo reconhecido como arte e se dividindo em várias modalidades, entre elas o grafite. O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas. O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Nomes como Eduardo Kobra e Os Gêmeos - Gustavo e Otávio Pandolfo - ganharam notoriedade dentro e fora do Brasil. Com apenas 11 anos de idade, Eduardo Kobra iniciou sua carreira artística na periferia de São Paulo. Em 1990, criou o Studio Kobra, na Vila Madalena. É o idealizador do projeto “Muro de Memórias” que busca transformar a paisagem urbana com referências de outras épocas, presente em cidades como Atenas, Lyon, Londres, Nova York, Miami e Los Angeles. Os Gêmeos também começaram a grafitar pelas ruas de São Paulo, em 1986, e em 2003, conseguiram Painel feito pelos Gêmeos em Vancouver, Canadá
a primeira exposição solo em São Francisco, EUA. Seus grafites estão espalhados por cidades dos EUA, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba e vários outros.
Concurso Com o objetivo de incentivar e valorizar a produção artística e a diversidade de linguagens, ao mesmo tempo em que visa contribuir para a produção de um espaço mais vivo, acolhedor e vibrante para a comunidade universitária, além de divulgar a arte e a cultura, a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), por meio da Pró-reitoria de Extensão (Proex), lança o primeiro concurso de Arte Urbana da universidade. O concurso selecionará quatro projetos de execução de pintura Grafite/Arte Mural para compor a paisagem visual da parte interna do muro de entrada do Campus Itajubá e a parede interna do prédio Ceduc/Nead. Poderão participar da seleção pintores e/ou artistas plásticos maiores de 18 anos, e as propostas poderão ser inscritas de forma individual ou coletiva. As inscrições podem ser feitas até o dia 4 de agosto, na secretaria da Pró-Reitoria de Extensão, Campus José Rodrigues Seabra (Itajubá), das 8h às 12h, e das 14h às 17h. A execução está prevista para iniciar em 04 de setembro de 2017 e finalizar em 31 de outubro de 2017.= Confira o edital na íntegra: https://goo.gl/UShw2F
Universidade Federal de Itajubá (Unifei) Pró-Reitoria de Extensão (Proex) - Campus Prof. José Rodrigues Seabra Av. BPS, 1303, bairro Pinheirinho. Itajubá Tel.: 35 3629-1772 GdM | 18a
AÇÃO SOCIAL
Campanha conscientiza a população sobre o ato de dar esmolas
Dar ou não esmolas? Você já se perguntou se este ato pode influenciar na reinserção social de quem vive nas ruas? A Prefeitura de Itajubá está realizando uma campanha voltada aos moradores de rua, chamada “De Volta ao Lar”. Diversas ações realizadas pelo CREAS - Centro de Referência Especializado da Assistência Social, vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, como intervenções em áreas de concentração de moradores de rua e panfletagem em pontos estratégicos da cidade, buscam orientar a população a não dar esmola aos moradores de rua. O motivo é que, ao se contentarem com a esmola, essas pessoas muitas vezes recusam a ajuda dos profissionais de abordagem social. A esmola pode se tornar um incentivo para que eles continuem nas ruas, além de incentivar o uso e o tráfico de drogas, o alcoolismo, a crimiGdM | 20a
nalidade, a prostituição e outros problemas sociais. Não dar esmolas faz com que os moradores de rua sejam mais receptivos às várias formas de auxílio oferecidas, tornando a abordagem social, a triagem e o acompanhamento muito mais eficazes. A equipe de abordagem social visa resgatar o vínculo familiar e o retorno de quem reside nas ruas para suas famílias, além de encaminhá-las para tratamentos médicos e internações caso seja necessário. Para ajudar uma pessoa que está vivendo nas ruas, a melhor opção é encaminhá-la para o CREAS. Entre em contato! = CREAS - Centro de Referência Especializado da Assistência Social Rua Alcides Faria, 144, bairro Varginha. Itajubá. Tels.: 35 3692-1727 / 3692-1728
VIVER BEM
Uma iniciativa da Associação Plante Vida, de Pouso Alegre, está chamando a atenção pela proposta inovadora: é o projeto Lixo Zero, uma ação em que moradores do município podem trocar papelão, alumínio, vidro e plástico por alimentos e produtos de higiene pessoal. “O que era lixo vai se tornar um produto para consumo”, ressalta João Mariano, presidente da Associação, que há cinco anos desenvolve atividades socioambientais na cidade. O ponto de coleta fica no bairro Santo Antônio e para participar, qualquer morador, instituição ou empresa deve fazer o cadastro no ponto de coleta e levar seu material até lá. Depois de separado e pesado, o material reciclável vira pontos que serão trocados por alimentos como feijão, óleo de cozinha, café, macarrão, trigo entre outros alimentos ou produtos de limpeza. A pontuação será contada de acordo com o valor de cada material reciclável. O quilo do papelão, por exemplo, vale R$ 0,38 e o quilo do alumínio vale R$ 3,50.“O material que seria jogado fora, será transformado em dinheiro verde. Que apelidamos aqui no projeto de Ecodin”, ressalta. Com a pontuação na mão, a pessoa passa na lojinha que fica dentro da sede do projeto e leva o produto na hora. O material reciclável que será entregue no ponto de coleta deve estar limpo e seco. “Se quiser deixar a pontuação mensal, GdM | 22a
Site da Associação Plante Vida
Projeto inovador troca lixo por alimentos
chega no final do mês, verifica a pontuação que tem, vai na lojinha e pega os produtos e leva para casa”, diz João Mariano.
Sobre a Plante e Vida A Associação Plante Vida tem como objetivos incentivar o plantio de árvores através da doação e do fornecimento de mudas a serem plantadas em áreas rurais ou urbanas; melhorar a qualidade de vida da população e do meio ambiente através de ações com resultados esperados a curto, médio e longo prazos; mobilizar pessoas e instituições públicas e privadas dispostas a atuar em prol da natureza através do voluntariado e/ou doações; e criar uma extensa rede de cooperação a fim de fortalecer nossa credibilidade e atuação. Com base na Educação Ambiental, busca capacitar multiplicadores dos valores da Associação para atuar em associações de bairro, escolas, prefeituras, ou até em outras associações e comunidades interessadas nos temas ambientais abraçados pela Plante Vida. = Lixo Zero - Ponto de Coleta Praça Vereador José Custódio Ferreira, 26. Bairro Santo Antônio. Pouso Alegre. Fonte: www.terradomandu.com.br
VIROU NOTÍCIA
3ª Cãominhada Itajubá Pelos Pets
A 3ª Cãominhada, organizada pelo grupo Itajubá Pelos Pets, reuniu centenas de pessoas em um passeio pela avenida BPS, em Itajubá. O objetivo foi ressaltar a importância da posse responsável e do combate aos maus tratos e abandono. Conheça alguns participante da Cãominhada, que contou com o apoio de vários parceiros e da Prefeitura de Itajubá. =
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ARTE & CULTURA
A essência do Teatro Mágico Filipe Nevares
Confira a entrevista exclusiva concedida por Fernando Anitelli, em turnê pela região, para o Guia da Mantiqueira.
Santa Rita do Sapucaí e Itajubá terão o prazer de receber, no final do mês de Julho, o compositor Fernando Anitelli em seu mais recente show: “O Teatro Mágico - Voz e Violão”. No final de 2016, o idealizador do OTM anunciou que, após 13 anos de história, a trupe faria uma pausa por tempo indeterminado nas atividades da banda, ocupando esse tempo para reflexão, criação e renovação. Com a parada temporária do grupo, Anitelli apresenta um espetáculo acústico, de relação direta com o público. O artista visita um repertório de músicas inéditas e apresenta também os principais sucessos do Teatro Mágico, grupo formado em 2003 na cidade de Osasco (SP). Reunindo elementos do circo, do teatro, da poesia, da música, da literatura, da política e do cancioneiro popular em suas apresentações musicais e performances artísticas, o OTM tem como características a história construída basicamente pelas redes sociais e a livre distribuição de suas músicas. Fernando Anitelli tem se dedicado a pensar os rumos da companhia e nada melhor do que refletir neste momento com o calor do público a partir da GdM | 06b
essência de toda a sua caminhada sonora: o violão, a voz e muita energia conduzida nas canções que fazem do Teatro Mágico um dos maiores projetos de música independente do País. O TM chama a atenção por unir música e performances circenses e teatrais, e pela maneira alternativa de divulgação do trabalho. Profissionalizar o Teatro Mágico valeu a pena? Sim! Qualquer projeto de criação, produção cultural, que envolva uma pluralidade de expressões artísticas de pessoas, é fundamental você estar em constante amadurecimento, pesquisa e estudo, para que você tenha cada vez mais fôlego, oxigênio para continuar na caminhada que é ser constantemente criativo, sem perder a essência, aquele fio do conceito do próprio projeto que está em todos os trabalhos, apesar de todos os trabalhos terem uma diferença entre si. Profissionalizar, na verdade, vejo como amadurecer, experimentar, transformar. Isso para um projeto tão volumoso e grande como é o Teatro Mágico é algo fundamental e é a nossa natureza.
ARTE & CULTURA Você fala sobre “pausa por tempo indeterminado” do Teatro Mágico. É um momento de reflexão sobre o trabalho ou pode haver uma nova proposta? Estamos com uma pausa em relação a shows, a uma turnê. Mas nos bastidores a gente não pára de trabalhar. Estamos com treze músicas novas já sendo arranjadas, queremos fazer mais treze para escolher quais serão as outras treze que irão definitivamente para o álbum. A previsão é lançar no ano que vem. A partir daí, começar a fazer as apresentações com o material novo do Teatro Mágico. Estamos em processo de construção. A pausa tem sido somente em relação às apresentações ao vivo. Em relação à minha carreira solo, tenho um álbum As Claves da Gaveta -, estou numa turnê de voz e violão, tem sido um sucesso muito bacana, teatros lotados. Também tenho um projeto de oficinas, palestras. Nesse momento estou muito feliz com essa turnê de voz e violão, onde eu trago o lúdico, o personagem, contando as histórias, as referências, os bastidores, situações inusitadas; canto canções de lados “B’s” do Teatro Mágico, coisas que a gente não gravou. Seguramente, seja um trabalho solo ou seja um trabalho novo do Teatro Mágico, ele virá trazendo a minha atualidade, o que eu tenho aprendido, como tenho observado o planeta. Tudo que a gente faz é meio que uma recombinação de coisas; faremos o trabalho que temos pesquisado, aquilo que sentimos como necessidade de colocar como provocação... O Teatro Mágico conquista pessoas de todas as idades, inclusive as crianças. A que atribui a simpatia do público mais jovem, tão influenciado por uma produção musical de qualidade nem sempre considerável? O fato de sensibilizarmos as crianças, até senhores e senhoras, é muito bacana. O Teatro Mágico nunca pensou em atingir um determinado nicho de mercado. Isso é muito interessante, porque realmente desde 8 a 88 anos, a gente dialoga. Talvez as crianças se atentem mais aos movimentos, às cores, ao lúdico, aos personagens. Os mais jovens gostam das letras, das provocações, da visceralidade. Os mais velhos gostam da coisa toda e de estar no meio dessa galera (risos...), e a gente gosta de estar lá pelo público, pela obra. As apresentações do
Teatro Mágico tem sido grandes encontros de gente a fim de estar ali somando e transformando aquilo numa grande catarse. A música colabora muito para dizer coisas que a palavra muitas vezes sozinha não conseguiria dizer. Sem dúvida, as pessoas poderem se enxergar num personagem torna acessível o trabalho. Que momentos do OTM foram mais marcantes para você? Pôxa, não tem um momento específico. Cada turnê é uma história, cada caso é um caso. São tantas lembranças, coisas interessantes, coisas que deram errado, cada trombada... Estar na estrada, a cada dia numa cidade diferente, conversando com pessoas diversas, passando um recado, ouvindo, recebendo; esses encontros... Eu gosto de tudo, amo o que eu faço. Gosto de estar vivo, acontecendo, realizando. Todos os momentos para mim são sempre muito queridos. O Teatro Mágico não é tão frequente na mídia de massa. Isso é proposital ou simplesmente é o perfil da banda? A nossa história se faz através das redes sociais. A gente se utilizou dessa ferramenta para poder comunicar, dialogar com o nosso público. O nosso material é todo disponível gratuitamente. A gente montou essa questão da música livre, batalhou por isso, sempre defendeu a ideia do acesso livre à cultura. É desse lugar que a gente vem, que a gente fala. Conseguimos nos comunicar com o público
“Que a regência da paz sirva a todos nós Cegos ou não Que enxerguemos o fato De termos acessórios para nossa oração Separados ou adjuntos, nominais ou não Façamos parte do contexto da crônica E de todas as capas de edição especial Sejamos também o anúncio da contracapa Pois ser a capa e ser contra a capa É a beleza da contradição.” (Trecho da música “Sintaxe à Vontade) 07b | GdM
ARTE & CULTURA dessa maneira. Já tivemos músicas em rádios, nas novelas, mas às vezes para você ter a sua música em determinado local, você tem que investir de determinada maneira dentro daquele local, dentro daquele perfil de espectro, né? E o que sentimos é que comunicamos da maneira que precisamos através das plataformas que percebemos serem mais adequadas, democráticas. Não temos democracia na nossa comunicação. Rádio e tevê são concessões que deveriam trabalhar a comunicação em prol do povo, valorizando a sua cultura, os aspectos da sociedade de uma maneira muito mais qualificada, criativa. Eu não vejo problema se ocuparmos a mídia de uma maneira digna, honrosa, respeitosa. Isso eu acho bacana, quando você pode levar o seu trabalho da maneira como ele realmente é. Aliás, o que é sucesso para você? Sucesso é você poder realizar o seu trabalho com saúde, dignidade, qualidade. Sucesso é a música poder ter o tamanho que ela merece ter. Sucesso é você fazer um trabalho cultural, autoral, alcançar lugares inimagináveis. Sucesso é tanta coisa; pode ser uma coisinha
tão pequena às vezes. Sucesso é você entender que era só mudar meio tom, a nota, que resolvia aquele solo. Sucesso! Sucesso é você alcançar àquela nota na hora que tiver que dar um grito, uma palavra bem no meio disso tudo. Sucesso é realizar um show que foi muito bacana, independente do tamanho do público. Sucesso é tanta coisa e nem tem fórmula, não é? Qual é a expectativa quanto ao novo espetáculo, no formato voz e violão? A expectativa é a melhor possível. Cada turnê, cada trabalho novo é um risco. Cada momento que você sai para juntar pessoas para, durante uma hora e quarenta, ouvirem o que você tem a dizer, causa ansiedade, expectativa, não há controle sobre essas coisas. Sempre fico ansioso em voltar com formatos distintos, justamente para que essa curiosidade, esse impacto possa ser sanado com júbilo. É essa a ideia. Expectativa boa! = Por Kelly Monteiro, editora do GdM.
Fernando Anitelli apresenta: “O Teatro Mágico - Voz e Violão” Teatro Inatel - Santa Rita do Sapucaí Dia 27 de julho. Início do show: 20h. Abertura dos portões: 19h. Platéia - Inteira: R$ 60,00 Platéia - Meia Entrada: R$ 30,00 Mezanino - Inteira: R$ 40,00 Mezanino - Meia Entrada: R$ 20,00 Sócios D.A: R$ 25,00 (somente no DA Inatel) Pontos de Venda: Santa Rita do Sapucaí - DA Inatel - Casa Miranda - Loja Hering Pouso Alegre - Wizard Idiomas Realização: twm! Entretenimento Informações: 11 98451-0368 / twmentretenimento@gmail.com GdM | 08b
Teatro Municipal Christiane Riêra - Itajubá Dia 28 de julho. Início do show: 21h. Abertura dos portões: 19h. Inteira: R$ 80,00 Meia Entrada: R$ 40,00 (Estudantes, professores, idosos, deficientes) Solidário: R$ 50,00 (Público em geral e parte do valor será doado para a campanha Juntos pela Maitê) Pontos de Venda: Itajubá - Wizard Idiomas - (35) 3621-2633 - O Poderoso Açaí - (35) 3622-3856 Venda de ingressos online: www.sympla.com.br
GENTE DA MANTIQUEIRA
Divulgação
Dona Florita, entre flores e pavões uma santa comum? “Foi uma homenagem do Vitor à sua irmã Helena, que tinha falecido recentemente”, conta, dona Florita. Logo depois começaram a servir almoço frango caipira, carne de porco e outras iguarias mineiras. Os hóspedes – a maioria paulistas e paulistanos – adoravam e continuam adorando.
Dona Florita Silveira Vizotto, 80 anos de muita luta e sabedoria, vive dias calmos no Hotel Fazenda Santa Helena, em Brazópolis, entre flores e pavões. Ali ela construiu sua rica história de vida ao lado do marido e dos filhos - cinco ao todo - vivos, quatro. Uma lágrima brota ao se lembrar do acidente doméstico que causou a morte de uma de suas filhas. Logo, ela se recompõe, pois não é do seu feitio chorar fácil. A vida a fez forte, destemida e empreendedora. Aos dez anos já lavava roupa ‘para fora’ para ajudar a família - mãe, lavadeira e pai, negociante de gado. Aos dezoito anos, chegou ali trazida pelo marido Vitor, filho do proprietário daquelas terras. Ao casal coube a casinha do caseiro para começar a vida. Sempre recebiam a visita especial de cinco irmãos que vinham de São Paulo ávidos para degustarem as comidinhas da roça. E o quinteto, que adorava tomar leite no curral, instigava senhor Vitor a servir petiscos e bebidas e a cobrar pelo serviço. Vitor, resistente, argumentava: “Para amigos a gente não vende, a gente dá”. Dona Florita, ao ouvir a frase convite pela terceira vez, resolveu ela colocar em prática a sugestão do quinteto. A decisão foi acolhida alegremente pelos irmãos que foram à cidade comprar insumos para ela fazer os petiscos. Não cobraram pelos produtos e ainda pagaram agradecidos pelo serviço. Este foi o pontapé inicial para a criação do Hotel Fazenda Santa Helena, um dos primeiros da região. Mas por que Santa Helena, visto que não é GdM | 10b
Quando entrava um dinheirinho, faziam um puxadinho na casa e aos poucos foram construindo os chalés - um a cada dois anos - e também as benfeitorias. Hoje, o Santa Helena tem capacidade para hospedar cinquenta pessoas. Há vinte e cinco anos, Vitor se foi e durante um ano, dona Florita ficou sozinha tocando o negócio que prosperava a cada dia. O filho Rogério, que morava em São José dos Campos, deixou o trabalho e foi se ajuntar à mãe para dar continuidade ao empreendimento familiar. “Tocamos tudo de meia”, conta, ela. Durante a entrevista, seus olhos vagueiam pelo entorno da casa sede. Mira na piscina sem água - a fonte secou literalmente - e relata: “Olho tudo e não acredito que foi trabalho meu. Fui eu que coloquei tudo para frente para crescer. Agora chega, não quero mais nada, não. Ah! Pensando bem, quero sim, comprar mais uma casa na cidade, assim deixo uma para cada filho. Agradeço muito a todos que passaram por aqui e todos que estão comigo nesta empreitada. Hoje eu sinto não poder vistoriar os quartos dos chalés - gosto de tudo muito limpo e arrumado -, pois estou com dificuldade para caminhar. Gosto muito de ir rezar na capela de Santa Helena, que construí aqui, mas não estou podendo caminhar muito. Agradeço a Deus e à Nossa Senhora por tudo que me concedeu. Sou feliz. Muito feliz.”= Sobre o hotel: www.hfsantahelena.com.br Por Ana Maria Beraldo, jornalista, proprietária da Anauá Cultura e Comunicação e colaboradora do GdM pelas cidades da Mantiqueira.
FRAGMENTOS
Férias no infinitivo III
Fazer planos aventureiros. Querer repetir o momento na mesma data no próximo ano, com todo mundo, sem faltar ninguém. Trocar celulares, anotar redes sociais, deixar endereços, bilhetinhos. Guardar palito, tampa de garrafa, guardanapo ou mesmo a conta só para lembrar que aquele dia, aquele momento existiu e que você fez parte dele.
Sentir orgulho, saudades, lembranças e apontar para todos “a sua estrela”. Passear de carro. Curtir praia. Pernoitar na fazenda, beber leite em curral, andar a cavalo. Ouvir os pássaros e contar “causos” de assombração. Sentir cheiro de terra, de natureza, de infância.
Perceber que está mais do que vivo, está vivendo intensamente o tempo e a amizade, a conversa e a brisa; afinal, está de férias.
Cozinhar em fogo a lenha.
Olhar para o céu e namorar a lua.
Sentar na varanda com os amigos e sentir a vida na corda de um violão, de uma cantoria, de boas risadas e muita conversa boba, alegre, sem pretensão, descontraída, no ritmo das férias.
Contar estrelas e ficar esperando que uma estrela cadente caia. Esnobar o seu conhecimento sobre astronomia e apontar as constelações. Parar, pensar por um momento e lembrar que na infância você tinha uma estrela. GdM | 12b
Comer bolão de fubá e arroz doce.
Passar o tempo e ver o tempo passar.= Por Antônio Trotta, jornalista, poeta, presidente da AIL, professor e colaborador do GdM.
AIL
Espaço Literário A Academia Itajubense de Letras (AIL) apresenta os poemas “Pietà”, de autoria do acadêmico Pedro Mohallem, e “A Mulher em Setembro”, de autoria do acadêmico Paulo Nogueira.
Pietà
(À minha mãe) Morre Cristo. De sangue e lágrimas coberto, Dorme sobre o Calvário à nona hora do dia; Por três cravos suspensa, a Carne que tremia Cessa o tremor enfim, e o Espírito é liberto. “Por que me abandonaste, ó Pai? Por quê?”, gemia Pouco antes de expirar, havendo o seio aberto Aos vagalhões do oceano e à aridez do deserto. Sem resposta do Céu, chorou. E eis que Maria, Ao ver o Cristo em sangue e lágrimas desfeito, De pronto suplicou: “Senhor, dá-me essa cruz; Dá que eu - Não Ele! - arraste o mundo junto ao peito!” E entre o escárnio da terra e o divinal exílio, Clamou em desalento o nome de Jesus, Que, antes de Redentor e Deus, era seu filho. Pedro Mohallem tem 21 anos e faz graduação em Letras na Universidade de São Paulo (USP). Ocupa a cadeira 36 da AIL (patrono Paulo Hartgers). Escreve e traduz poesia, vertendo para o português, poetas como John Donne, William Blake, Lord Byron, H. P. Lovecraft e Edgar Allan Poe. GdM | 14b
A Mulher em Setembro Em setembro a mulher é uma dádiva feita de sol, de luz e de decotes. Em setembro um momento vale muito porque os sons, como as luzes, valem ouro. Em setembro o perfume é onipresente; o olhar feminino é onisciente. Portanto, se te olharem em setembro, sabe que num olhar existe um mundo, e desse mundo fazes grande parte. A mulher, em setembro, é um desastre. Paulo Nogueira nasceu em 12/12/1932, em Itajubá. Foi empossado na Academia em 19/06/2005. É membro da cadeira 01, cujo patrono é Albino Alves Filho. É autor do livro “ As nuvens” e foi homenageado pela Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais e, por duas vezes, pela Câmara Municipal de Itajubá. É Cidadão Honorário de Caratinga (MG).=
Pavlova de morango: dá água na boca!
Arquivo Pessoal
SABOR DA TERRA
Criada em homenagem à bailarina russa Anna Pavlova, a sobremesa em forma de bolo com base de merengue já é uma sensação só de olhar! O doce é crocante por fora e macio por dentro, decorado com frutas da estação. Confira a receita gentilmente cedida por Thaís Reis Lageano, que ama levar sabor e carinho em forma de tortas às pessoas. Nesta receita de Pavlova, Thaís aproveita a fruta da época produzida no Sul de Minas: o morango! É uma sobremesa fina, delicada e muito saborosa. Sucesso garantido entre familiares e amigos.
Ingredientes: Merengue - 3 claras; - 1 xícara (chá) de açúcar; - 1 colher (chá) de amido de milho. Recheio - 2 xícaras (chá) de leite; - 5 colheres (sopa) de açúcar; - 3 colheres (sopa) de amido de milho; - 1 creme de leite . Montagem - Morangos picados.
Modo de fazer: Merengue: Em uma panela, coloque as
claras com o açúcar, misture bem e leve ao fogo GdM | 16b
baixo, mexendo sempre até que a clara perca sua viscosidade. Desligue o fogo, transfira para uma batedeira e bata em velocidade alta, adicionando o amido de milho, até obter um merengue firme. Forre uma assadeira de borda baixa com papel-manteiga e unte o papel com manteiga. Despeje o merengue sobre o papel e espalhe-o, formando um disco alto de 21 cm de diâmetro. Com o auxílio de uma colher, forme uma cavidade no centro do merengue. Leve ao forno baixo (160°C), pré aquecido, por cerca de 40 minutos ou até dourar bem a superfície.
Recheio: Em uma panela, misture o leite com o açúcar e o amido de milho. Leve ao fogo baixo, mexendo sempre, até engrossar. Desligue o fogo e misture o creme de leite. Montagem: Sobre o suspiro assado e frio, despeje o recheio também frio, preenchendo a cavidade formada. Sirva gelado, coberto com os morangos.= Thaís - Tortas Americanas Tel.: 35 9 9113-8766 @thaistortasamericanas
GASTRONOMIA
Todo dia é dia de pizza
Existe prato mais democrático do que a pizza? Esse conhecidíssimo disco de massa fermentada de farinha de trigo, regado com molho de tomates e coberto com ingredientes variados que normalmente incluem algum tipo de queijo, carnes preparadas ou defumadas e ervas, especialmente orégano ou manjericão, tudo assado em forno à lenha, agrada a todos, sem distinção, e é a estrela principal em reuniões de amigos, encontro de
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negócios, comemorações ou, simplesmente, para fechar o domingo. Para saborear uma pizza caprichada a dica é a Dom Peppi, uma das pizzarias mais tradicionais de Itajubá e que recebe pessoas de toda a região. A Dom Peppi foi inaugurada em 30 agosto de 1996 pelos empresários Elvira Matos e Alcides Galvão Leite, e hoje conta com os também sócios Laisa Matos e Luciano Santana. “ Abrimos a pizzaria com a ideia de melhorar a renda da família e começamos com ‘a cara e a coragem’. A necessidade de tocar o negócio e fazer acontecer fez com que aprendêssemos no dia a dia, fazer as pizzas, fornear, manusear os ingredientes e fazer o nome da Dom Peppi Pizzaria ficar conhecido na cidade. Quando abrimos era somente um salão. Nossos clientes foram aumentado e vimos a necessidade de ampliar”, conta Elvira.
GASTRONOMIA São mais de 70 sabores de pizza para escolher. As “top five”, como diz Elvira, são a Marguerita, a Penada, a Paulista, a de Brócolis e pizza Quatro Queijos. Entre as doces ela destaca a pizza de chocolate com morango, realmente imperdível! Há variações de pizzas tendo como base alho, calabresa, bacon, frango, palmito, lombo, presunto, peixes, verduras e frutas. Há ainda variados sabores de esfihas, feitas em forno especial.
Expansão A Dom Peppi conta com três unidades em Itajubá: em 2014, inauguraram a Unidade Express no centro da cidade, que funciona das 11 às 22 horas, de segunda a sexta, e aos sábados das 11 às 24 horas. No início de 2015, os empresários abriram a Unidade BPS, com o objetivo de atender o estudantes da Unifei e os moradores da região. Enquanto fazem planos para o futuro, a Dom Peppi
foi contemplada pela 12ª vez com o Prêmio Mérito Lojista, uma iniciativa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), de Itajubá.“Ficamos muito contentes ao ver que nossa dedicação ao cliente é reconhecida, pois trabalhamos muito, junto com nossa equipe”, diz Elvira, acrescentando que o prêmio sempre os motiva a inovar, melhorar e refletir. = Dom Peppi Pizzaria Rua Miguel Viana, 297, Morro Chic. Itajubá. Dom Peppi Express Rua Major Belo Lisboa, 95, Centro. Itajubá. Avenida BPS, 1750A, Estiva. Tel.: 35 3623-5669 @dompeppi Fonte: correiogourmand.com.br Por Kelly Monteiro, editora do GdM.
VIROU NOTÍCIA
1º Simpósio de Home Care Cuidando de quem Cuida A Cuiddy Home Care completou 4 anos de atividades e, para comemorar os excelentes serviços prestados à comunidade, a proprietária Tatiana Oliveira Silva, realizou o 1º Simpósio de Home Care - Cuidando de quem Cuida. O evento foi sediado na Escola de Enfermagem Wenceslau Braz (EEWB) e contou com a participação de profissionais renomados e que atuam na área, como o médico geriatra Kenner Maia, a psicóloga Ana Maria Menicalli e a médica psiquiatra Graça Mota Figueiredo.=
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DOM COSTELLO enviarรก pronto
POR AQUI, POR ALI
Festival de Inverno de Itajubá: confira as atrações da 2ª edição do evento O Parque da Cidade será a sede da 2ª edição do Festival de Inverno de Itajubá, evento que reunirá boa música, opções gastronômicas típicas do município e ações culturais e artísticas, nos dias 7, 8 e 9 de julho. A expectativa é que mais de 20 mil pessoas compareçam nessa edição. Em 2017, o evento superou as expectativas e nos três dias mais de 15 mil pessoas prestigiaram o Festival.
Confira a programação: 07/07, sexta-feira: 18h - Pâmela Dauzuck 20h - Patronagens 22h - Os Gringos 08/07, sábado: 10h30 - Aulão de Yoga com Ser Zen
3º Festival de Inverno, Arte e Gastronomia de São Sebastião da Bela Vista. No final das férias de julho, um programa especial para você e sua família será o 3º Festival de Inverno, Arte e Gastronomia de São Sebastião da Bela Vista, que será realizado de 28 a 30 de julho. A programação é eclética e consta de apresentações de música erudita, instrumental, blues, encontro de corais e apresentações GdM | 22b
14h - Itajubá Tambor Arte Projeto Percussão 16h - Jade + Fefão 18h - Bruno Casanova 20h - Talita Garcia 22h - Vinil Retrô 09/07, domingo: 9h - Encontro de Carros e Motos Antigos 14h - Coro´nárea - Faculdade de Medicina FMIT | Coral Municipal de Itajubá 16h - Fernando Telles 18h - 2 Tons 20h - Quarteto em Casa Acompanhe pelo @festivaldeinvernodeitajuba
de artistas regionais. Na parte gastronômica, uma diversidade de delícias elaboradoras por expositores locais e por convidados. Na ocasião, será feito o lançamento oficial de uma iguaria local, o ‘Pão Cheio’ como um patrimônio imaterial do município, em processo de registro no EPHA - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais.Presenças confirmadas dos restaurantes gourmet: Manoel Joaquim, de
POR AQUI, POR ALI Itajubá e do Sabores do Vale (coletivo), de Santa Rita do Sapucaí, que irão se instalar na praça do evento. De Santa Rita também estarão presentes a CoffeeBike - Grandpa Joel’s Coffee e as Delícias do Café; de Pouso Alegre, o Empório Primavera, com as cervejas artesanais Pós-Doc, Discórdia e Mandu, vinhos, chopp, geleias, carne na lata e outros produtos; de Maria da Fé, o Chocolate Tentação; de Poços de Caldas, o azeite e produtos de oliva; de Piranguinho, a Barraca Amarela, com o pé de moleque, entre outros. Colônia de Férias. Tradicionalmente, realizada na última semana de julho, a Colônia de Férias de Inverno do Clube Itajubense já está com inscrições abertas. Diversas atividades foram programaras para fazer a alegria das crianças antes de voltar às aulas.Para mais informações sobre a programação, entre em contato com a Secretaria de Esportes do Clube
Itajubense. Praça Theodomiro Santiago, 126. Tel.: 3622-0085. Minas Brasil Fest Dance. A Cia. de Dança Marcílio Bastos apresenta o Minas Brasil Fest Dance, o maior evento de dança do município, realizado no Teatro Municipal Christiane Riera. Serão realizadas seletivas para os festivais do Mercosul, na Argentina, e para o São Paulo Jazz, promovido pela Promodança. Serão dois dias voltados para a dança, com a participação de aproximadamente 200 bailarinos de vários estados do Brasil. Ingressos: 20 reais. Parte da renda obtida com a venda de ingressos será revertida para a participação da Cia. de Dança Marcílio Bastos no Festival do Mercosul. Dias 5 e 6 de agosto, às 17h30. Inscrições: felipecouto70@gmail.com ou dancamarciliobastosjazz@hotmail.com. Informações pelos telefones 35 9 8422-3694 ou 9 8432-8078. =
Dicas de Livros
Philomena, Martin Sixsmith
Quando ficou grávida ainda adolescente na Irlanda, em 1952, Philomena foi enviada a um convento para ser cuidada pelas freiras e expiar seus pecados. Ela criou o filho por três anos, até que a Igreja arrancou o menino dela e o vendeu - como a muitos outros - para adoção por um casal americano. Forçada a assinar um documento em que prometia nunca mais tentar ver o filho, ainda assim ela passou os 50 anos seguintes buscando-o secretamente, sem saber que ele também procurava por ela, do outro lado do Atlântico. Sebo Bis. Rua José Joaquim 625, bairro Varginha (Ao lado da Igreja São Benedito). Tel.: 35 99103-6179 | Facebook.com/sebobis (compra, vende e troca livros, CDs, DVDs , Vinil e HQs).