REV ISTA DA APAE de Campo Grande/MS
Edição Especial
60 Quarenta e sete anos
da APAE de Campo Grande-MS Unidade I: CEDEG
Centro Centro de de Educação Educação Especial Especial Girassol Girassol
Sessenta anos do
movimento apaeano no Brasil
47
Unidade II: IPED
Instituto Instituto de de Pesquisas, Pesquisas, Ensino Ensino ee Diagnósticos Diagnósticos da da APAE APAE
Unidade III: CER
Centro Especializado de Reabilitação
Cuidamos do que é
mais precioso para
você!
Teste do Pezinho, Indispensável como
amor de mãe! O Instituto de Pesquisas, Ensino e diagnóstico da APAE de Campo Grande (IPED/APAE), foi instituído e colocado em funcionamento em 1997, com o intuito de realizar a Triagem Neonatal (Teste do Pezinho), para o estado de Mato Grosso do Sul, O IPED/APAE é credenciado pelo Ministério da Saúde como referência em Mato Grosso do Sul, para a Triagem Neonatal. Estamos habilitados na Fase IV , e, pelo Sistema Único de Saúde temos o programa mais abrangente, já que, além das seis patologias previstas na Fase IV investigamos também Toxoplasmose Congênita, por conta de legislação estadual. Também, possuímos a tecnologia de Espectrometria de Massas em Tandem (MS/MS), que investiga mais 36 Erros Inatos do Metabolismo. Temos a esperança de que em breve, tal metodologia esteja também disponível pela rede pública (SUS).
APAE DE CAMPO GRANDE (67) 3212-2035 / 3348-7800 www.campogrande.apaebrasil.org.br
CER
APAE CAMPO GRANDE
Centro de Educação Especial Girassol CEDEG/APAE - CAMPO GRANDE-MS
ÍNDICE
REV ISTA DA APAE de Campo Grande
Edi!cao~ Especial EXPEDIENTE
Auto Defensores
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande/MS Avenida Joana D’arc, 1450, Bairro Santa Branca CEP: 79070-901 – Fone: (67) 33174890
Ederson Bruno Lopes Tomas e Beatriz Fernandes dos Santos Suplentes: Willian Aparecido Brito Guerra e Mayara Freitas da Silva
e-mail: CEDEG: cedegapae@gmail.com IPED: iped@ipedapae.org.br CER: cer.apae@gmail.com DIRETORIA EXECUTIVA: adm@apaecg.org.br
www.campogrande.apaebrasil.org.br
FACEBOOK: APAE de Campo Grande Diretoria Execu!va Presidente O# ão Pereira de Almeida 1º Vice Presidente Harley Ferreira Silvério 2º Vice Presidente Francisco Itenágoras de Almeida 1º Diretor Secretário Luiz César Nocera 2º Diretor Secretário Evilásio Alexandre Sobrinho 1º Diretor Financeiro João Carlos Nocera 2º Diretor Financeiro Gilberto Rodrigues Bueno 1º Diretor de Patrimônio Antônio José dos Santos Neto 2º Diretor de Patrimônio Paulo Roberto Vercelino Diretor Social Daisson dos Reis Góis Machado Junior Conselho de Administração Donizete Aparecido Ferreira Gomes Egídio Vilani Comin Honório Paulo Teixeira Coelho Luis Fla$n Maria de Souza Ferreira Tidelcino dos Santos Rosa Zaildo de Araújo Aragão Conselho Fiscal Áureo Nogueira Lisboa Julmei Lorenzoni Wilson Pereira da Silva Elio Clemente Taveira Júlio Cesar Gonçalves Valdecir Nobre dos Santos
Diagramação e Arte Guilherme Kunz Fotos APAE de Campo Grande/MS
04 05 06 07 09 10 11 12 13 14 16 17 18 20 22 23 24 26 27 28 29 29
Editorial As Unidades da APAE Solenidade: Uma homenagem ao movimento Apaeano CAPA: Uma breve reflexão sobre os 60 anos do movimento apaeano Campanha de Acessibilidade Triagem Neo Natal Triagem Pré-Natal Consolidado de Atendimentos do IPED/APAE - Triagem Neo Natal Consolidado de Atendimentos do IPED/APAE - Triagem Neo Natal Mucopolissacaridose (MPS) Manual de Coleta Selo de Garantia da Qualidade Início do CER II O Serviço Social do CER/APAE Agenesia do Fêmur Consolidado de Atendimentos do CER/APAE CEDEG: Inclusão Social através do esporte
Horta do CEDEG como auxílio no ensino Auto-Defensoria Biblioteca do CEDEG-APAE Apae Rural Dia das Crianças é comemorado na Chácara da APAE
Editorial
MENSAGEM DO PRESIDENTE OTTÃO PEREIRA DE ALMEIDA Presidente da APAE de Campo Grande – MS
Orgulho e alegria !!! É o que sentimos, pois estamos comemorando os “60 Anos do Movimento Apaeano no Brasil” e os “47 anos da APAE de Campo Grande-MS”. Estamos próximos em completar quase 5 décadas, de existência, sinto-me honrado e privilegiado por fazer parte dessa relevante história, destacada por muitas lutas e di"culdades, mas também repleta de muitas alegrias, conquistas e vitórias alcançadas. Estamos felizes, pois é fato, que a solidariedade, a dedicação, o respeito e o amor ao próximo, tornaram possíveis a realização dos nossos sonhos. Ao longo desses 47 anos, muitos desa"os foram vencidos e muitas conquistas foram alcançadas, resultado de um trabalho incansável, onde todos atuam de forma efetiva na promoção e na defesa da cidadania das pessoas com de"ciência mental, bem como, a sua inclusão social. A APAE progrediu muito até os dias de hoje, cresceu em números e proporção. Nossos serviços foram ampliados, priorizando sempre desenvolver um trabalho de excelência à população campograndense, visando a
qualidade dos atendimentos prestados nas áreas social, ambulatorial, laboratorial e pedagógica. Com o intuito de superar diariamente nossas metas e objetivos, nos propomos a continuar desempenhando nossa missão com amor e dedicação, em auxílio das pessoas que tanto necessitam de nossa Instituição. Porém, ninguém realiza nada sozinho, sendo assim destacamos a dedicação, o empenho, o esforço e o brilhante trabalho desenvolvido por nossos estimados Colaboradores. Não poderíamos deixar de rati"car nossos agradecimentos aos Governos Federal, Estadual e Municipal, como também, às pessoas físicas e jurídicas e toda comunidade campograndense que sem medir esforços contribuem e ajudam a APAE, pois sem a generosidade e a solidariedade desses parceiros tão especiais esse trabalho não seria realizado. Re g i s t r a m o s t a m b é m s i n c e r o s agradecimentos aos queridos Pais, amigos e familiares, que se mantém constantemente ao nosso lado, e de forma carinhosa nos estimulam, com o apoio tão necessário, nos fazendo crer que “sozinho somos fracos, juntos somos fortes”. Rogamos a Deus que abençoe a todos e que prossiga iluminando o nosso caminho para que tenhamos força, serenidade e sabedoria para superarmos os eventuais obstáculos e executar os mais importantes projetos para o futuro, em nome desse princípio exclusivo, nossas crianças portadoras de necessidades especiais!
Orgulho e alegria !!! É o que sentimos, pois estamos comemorando os “60 Anos do Movimento Apaeano no Brasil” e os “47 anos da APAE de Campo Grande-MS” 04
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
A APAE
A APAE DE CAMPO GRANDE
A APAE de Campo Grande atualmente possui 5 unidades, IPED, CER CEDEG, APAE RURAL e Diretoria Executiva
E
m março do ano de 1997, a diretoria da época, dá início aos estudos para implantação do “Laboratório da APAE de Campo Grande/MS”. No mês de setembro do mesmo ano, o laboratório da APAE dá início às suas atividades, tendo sido instalado provisoriamente nas dependências do prédio da Escola da APAE. Desde então, longos 17 anos se passaram de sua fundação e criação. O IPED, realiza uma média mensal de 62.000 exames de Pré-Natal, 30.000 de Neo-Natal e 19.000 de Sorologia. Através do Programa Estadual de Proteção à Gestante, realizou mais de 6.166.499 exames de Triagem Pré-Natal, desde a criação do programa em 2002, permitindo o tratamento precoce de doenças que podem ser transmitidas da mãe para o #lho durante a gestação.
A
APAE é mantenedora do CENTRO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL GIRASSOL – CEDEG/APAE (escola da APAE), situada em sede própria, em uma área com 22.676,80m2, com toda insfraestrutura, conforto e segurança destinado aos alunos, sito à Avenida Joana D’arc, no 1450, Bairro Santa Branca. Realiza 632 atendimentos dia e com os seus 387 alunos cadastrados, nos turnos matutino e vespertino, entre atendimento educacional especializado, escolarização básica e educação pro#ssional, apoio técnico educacional especializado à escola comum, a alunos com de#ciência mental, associada ou não a outras de#ciências e autismo, oferece apoio e orientação às famílias de seus usuários, fornecendo aproximadamente: 600 refeições diárias e uma média mensal de 12.000 refeições.
N
o ano de 2010, foi iniciada e concluída a obra da mais nova unidade da APAE, o Centro Especializado de Reabilitação e em 2011 foi realizada a sua inauguração, que tem como missão: “Oferecer atendimentos multipro#ssionais integrados de reabilitação às pessoas com de#ciência física de todas as idades , com elevada qualidade e responsabilidade social, estimulando o desenvolvimento máximo de suas potencialidades e independências para uma vivência melhor e digna na sociedade”. Está situado em um prédio próprio, com modernas instalações, à Rua Carlinda Tognini, nº 251 – Vila Progresso, nesta capital.
N
o ano de 1996, a APAE com recursos próprios, adquiriu a “Chácara Girassol”, situada na Avenida Tamandaré, 6001, em frente à Universidade Católica UCDB, com 13ha, 2.433m2 e 12 cm2, objetivando uma produção agropecuária, com o intuito de enriquecer ainda mais a alimentação oferecida aos alunos e pacientes atendidos pelas Unidades da APAE. No ano seguinte em 1997, a APAE adquiriu mais 4ha, 144m2 e 64 cm2, de uma área vizinha, que foi incluída no patrimônio e anexada à Chácara Girassol. Essa área com aproximadamente 18 ha por decisão unânime da diretoria e conselho, será loteada, em parceria com uma empresa local especializada no ramo, pois isso já ocorreu com outras propriedades em torno da mesma, presumindo que num futuro próximo a APAE seria intimada a permitir abertura de ruas e/ou passagem de águas pluviais por dentro da Chácara. Com isso, todo recurso será revertido em prol da APAE. Por este motivo, adquirimos a nossa mais nova propriedade Rural, a Estância Girassol, na saída p/ São Paulo, para dar continuidade na excelência do trabalho que realizamos em prol dos alunos e pacientes atendidos por esta Instituição .
A
Unidade Diretoria Executiva da APAE de Campo Grande/MS, tem como função prestar apoio e suporte à toda Diretoria da APAE, assegurando pleno funcionamento dos serviços de suas Unidades, nos aspectos legais, administrativos e operacionais, promovendo e fomentando a realização dos #ns da instituição nas áreas de assistência social, saúde e educação. Sendo composta pelos setores: Secretaria, Ouvidoria, Recursos Humanos, Contabilidade, Financeiro, Projetos e Convênios, Setor de Compras e Patrimônio.
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
05
SOLENIDADE
Sessão Solene em Comemoração aos 60 anos das APAEs no Brasil Solenidade coordenada pelo Dep. Junior Mochi, homenageia o movimento Apaeano e várias autoridades presentes.
06
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
PONTO DE VISTA
UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE OS SESSENTA ANOS DA REDE APAEANA Movimento APAEANO completa 60 anos no Brasil, 47 desses anos em Campo Grande
E
m um passado longínquo, a doença era considerada castigo divino e, “os doentes deveriam ser afugentados e banidos da sociedade”. Esse pressuposto permeou o assim chamado “ciclo religioso da medicina”, felizmente já perdido no tempo. Algumas etnias indígenas sacri"cavam as suas crianças portadoras de de"ciências. “O nazismo tinha idéia de executar um genocídio de minorias, a pretexto de “criar uma raça pura.” É impossível compreender o presente e projetar o futuro sem rebuscar o passado. O preconceito e a discriminação contra as minorias sempre produziram transtornos incomensuráveis na evolução sócio-psicológica da raça humana. “O homem é uma criatura estúpida e o seu progresso tem sido muito lento”, a"rma Henry Thomas em sua obra História da Raça Humana, Editora Globo. A de"ciência mental produzia traumas, angústias e reações variadas nos familiares, de tal modo que no dia 11 de dezembro de 1954, a Senhora BEATRICE BEMIS, mãe de uma jovem com Síndrome de DOWN, juntamente com outros pais de pessoas com de"ciência, alguns médicos e professores instituíram a APAE do Rio de Janeiro, primeira APAE do Brasil, agora sexagenária. BEATRICE BEMIS fazia parte do corpo diplomático da Embaixada dos Estados Unidos, país que já possuía várias entidades similares. “.... TUDO ERA PARA NÓS, AINDA, PROFUNDAMENTE NEBULOSO. POUCO OU NADA SABÍAMOS DE NOSSAS REAÇÕES EMOCIONAIS, DE NOSSAS FANTASIAS, DE Q U Ã O P O U C O S A B Í A M O S L U TA R ; PRIMEIRO CONTRA NOSSA PRÓPRIA DESESPERANÇA E FRUSTRAÇÃO, DEPOIS EDIÇÃO ESPECIAL 2014
COM OS PROBLEMAS EM SÍ, NOSSO ELO C O M U M , O GR AVE P R OB L EM A DE DEFICIÊNCIA MENTAL.... “ (Depoimento de Alda Moreira Estrázula, fundadora da APAE São Paulo). A De"ciência Intelectual, àquela época, produzia reações emocionais inusitadas em alguns pais que, talvez temendo discriminação procuravam “esconder ” os seus "lhos da sociedade, embora a expressão seguinte, represente um contra ponto: “ NÃO TROCAMOS NOSSO FILHO EXCEPCIONAL POR NENHUMA FORTUNA DSTE MUNDO, MAS DARÍAMOS TODA A FORTUNA DO MUNDO PARA EVITAR QUE ALGUÉM TENHA UM FILHO EXCEPCIONAL E PARA QUE, CASO O TENHA, NÃO SINTA AS LIMITAÇÕES SOCIAIS E LEGAIS QUE SENTIMOS HOJE.”(Dr Justino Alves Pereira, ex-presidente da Federação Nacional das APAEs). As pessoas com de"ciência, ainda sentem as condições de fragilidade impostas pela sociedade, embora saibamos que, em realidade, a de#ciência é uma característica da diversidade humana, já que todos os sete bilhões de habitantes do planeta apresentam algum traço dessa diversidade, o que nos permite a"rmar que somos todos diferentes. Embaladas por uma causa mais do que justa, as ASSOCIAÇÕES DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS(APAEs) se multiplicaram. Hoje são estimadas em 2.121 atendendo uma média de 125.000 pessoas com de"ciência e todas, ontem como hoje, imbuídas dos mesmos propósitos: educação, saúde preventiva, curativa e reabilitadora, emprego, manutenção de rendimentos e segurança social, vida familiar e dignidade pessoal, cultura, áreas recreativas e
07
PONTO DE VISTA Entrei para a Rede, sem envolvimento emocional, no início da década de 1980 e continuo APAExonado pela causa. desporto, religião, serviços de apoio, acessibilidade, informação e defesa de direitos, em seu mais amplo aspecto. Na década de 60 a OMS – Organização Mundial de Saúde estimou que 10% da população possuía algum tipo de de"ciência. No Censo de 2000, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geogra#a e Estatística levantou que 14,5% da população eram de"cientes; no CENSO de 2010 esse número elevou-se para 22,5%, com tendência a aumentar, sobretudo por conta dos traumas, uso de drogas lícitas e ilícitas entre outras. Por outro lado, com o avanço da Ciência e uma melhoria das políticas pública no que tange ao diagnóstico precoce de doenças raras, a vida média das pessoas com de"ciência aumentou signi"cativamente e, por conseqüência, a população de pessoas idosas, portadoras de de"ciência. Como enfrentar esse novo desa"o? Em 30 de janeiro de 2014, o Ministério da Saúde instituiu, por meio da Portaria 199, a Política Nacional de Atenção Integral aos Portadores de Doenças Raras. Tal decisão não pode passar despercebida, uma vez que tal política tem muito a ver com o segmento dos portadores de necessidades especiais. Os dados acima representam uma vertente de desa"os a serem enfrentados pelas APAEs do Brasil, já que sinalizam uma demanda crescente por diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento de doenças raras, incluindo aí o Teste do pezinho, Centros Especializados de Reabilitação Física e em De"ciência Intelectual, sem perder de vista a luta obstinada pela redução das de"ciências, considerando -se que, aproximadamente, 60% delas são preveníeis. A educação inclusiva e promoção da cidadania plena são vertentes que continuarão a permear a Rede APAEANA brasileira.
08
A ONU – Organização das Nações Unidas publicou Normas sobre Igualdade de Oportunidades para Pessoas com De$ciência, destacando as necessidades que poderiam efetivar a participação dessas pessoas na vida em sociedade, que sempre esteve mobilizada, divulgando diretrizes e ações em bene"cio dessas pessoas. Atualmente, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com De#ciência, originada da Convenção da ONU (2006), traz em seu bojo, como um dos pressupostos, o compromisso do Governo brasileiro com a “equiparação de oportunidades entre as pessoas com e sem de#ciência” e com a garantia de acessibilidade em seu sentido mais amplo. No rastro desses sessenta anos, devemos re%etir e nos preparar para os próximos sessenta. Que tal uma maior participação das famílias? Que tal uma estrutura administrativa e contábil com foco nos resultados (visão empresarial)? Que tal uma união e integração mais efetivas? Que tal a diversi"cação de projetos de auto-sustentação mais ambiciosos? Que tal a capacitação para prestação de serviços de elevada qualidade nas áreas de educação, saúde (prevenção, diagnóstico e reabilitação) e assistencial? Finalizando, integrar o maior movimento organizado do Brasil e do Mundo, em sua área de atuação, é um privilégio e um “estado de espírito”. Entrei para a Rede, sem envolvimento emocional, no início da década de 1980 e continuo APAExonado pela causa. Entendemos que uma maior articulação e participação nos organismos de controle social (Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais), maior participação nas decisões sobre as políticas públicas, respaldados pela própria SIGLA e pela CREDIBILIDADE , certamente ajudarão a fortalecer as APAEs do Brasil na caminhada do porvir.
Antônio de Almeida Lira Coordenador do IPED
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
A APAE
CAMPANHA DE ACESSIBILIDADE Campanha lançada busca conscientização da população quanto aos direitos das pessoas com Necessidades Especiais e Idosos serem cumpridas, por exemplo, em shoppings e supermercados. A visão dos empreendedores modernos é nos ajudar a vistoriar esse tipo de vaga'', diz ela.
No dia 11 de Setembro, foi feita a abertura da Campanha de Conscientização quanto as políticas de Acessibilidade dos Idosos e das Pessoas com Necessidades Especiais. A l u n o s e D i r e t o r i a d a A PA E , compareceram ao auditório do CREA-MS para prestigiar a abertura do evento. A abertura se deu com apresentação da Banda de Percussão Girassol, comandada pelo músico Professor Lira, seguido de apresentação dos alunos da Pestalozzi de Campo Grande. No comando da Campanha, a promotora de Justiça Jaceguara Passos, ressaltou o compromentimento dos empresários na campanha. '' Nosso plano é fechar convênios com estacionamentos privados para fazer as regras
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
Rodrigo Lucchesi, coordenador do CER/APAE, se diz feliz em ver tantas autoridades presentes, '' Este era só mais um projeto de melhoria dos direitos das pessoas com De"ciência, mas com apoio, virou essa amplitude toda, com muita gente empenhada em sensibilizar a população'', ressalta ele. Jean Saliba, diretor da AGETRAN, frisa que se todos educassem seus "lhos em casa, essa campanha não precisaria ser feita, ''Os pais deseducam seus "lhos já na porta da escola, parando em "las duplas, triplas quádruplas. Se tivéssemos que colocar todos os guardas da AGETRAN, para "scalizar essa situação, eles teriam que andar com canhões nas ruas para conter a falta de educação. Eu realmente queria que não precisássemos desse tipo de campanha'', diz ele. Nós como população consciente, precisamos ajudar na "scalização, e denunciar irregularidades. A APAE apoia essa campanha e conta com a ajuda de todos.
09
IPED/APAE
O
TRIAGEM NEONATAL
Instituto de Pesquisas, Ensino e Diagnósticos da APAE de Campo Grande é referência e pioneira na realização da Triagem Neonatal em Mato Grosso do Sul e Roraima e também serve como apoio para vários laboratórios. O Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) é um programa do Ministério da Saúde, dentro do Programa Viver Sem Limite. Os exames deste programa, que "caram conhecidos popularmente no Brasil como “Teste do Pezinho”, caracterizam-se por ser um conjunto de exames realizados após 48 horas do nascimento, já com a criança amamentada, ou no máximo até cinco dias após o nascimento, a "m de se detectar o mais precocemente possível doenças que podem se manifestar clinicamente apenas algum tempo após o nascimento da criança, permitindo assim e"ciência no tratamento, e garantindo melhor controle e qualidade de vida aos pacientes. Atualmente o Programa Neonatal em Mato Grosso do Sul abrange, em média, 93,10% dos nascidos vivos e engloba desde o diagnóstico precoce até o acompanhamento e tratamento das doenças. O IPED APAE é credenciado para efetuar a FASE IV (mais completa) do Programa, que
10
engloba a triagem, a con"rmação do diagnóstico, o acompanhamento e tratamento da Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Hiperplasia Adrenal Congênita, Fibrose Cística, Toxoplasmose Congênita, Hemoglobinopatias e De"ciência Enzimática da Biotina. O IPED APAE também oferece, pela rede particular ou convênios, outros exames, incluindo aí mais 36 Erros Inatos do Metabolismo, utilizando a metodologia da ESPECTROMETRIA DE MASSA EM TANDEM (MS/MS). O IPED APAE proporciona a todas as crianças em que forem detectadas alterações, os tratamentos e acompanhamentos necessários, feitos pela equipe multidisciplinar do Serviço, que conta com pro"ssionais da área de assistência social, psicologia, pediatria, endocrinologista, hematopediatria, médica geneticista, pneumologista, infectologista e nutricionista. Todos os distúrbios detectados pela Triagem NeoNatal são passíveis de tratamento ou controle e tem apresentado sucesso, desde que diagnosticado precocemente (antes dos 30 dias de vida da criança), quando a doença ainda não se manifestou de forma clara para os pais e médicos. Seguindo esses procedimentos o país e nosso estado tem evitado a cada ano, milhares de casos de retardo metal por distúrbios metabólicos.
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
IPED/APAE
P
TRIAGEM PRÉ-NATAL
odemos dizer que um dos fatos mais importantes que aconteceu no nosso Estado,, em nível de Saúde, foi a implantação do Programa de Proteção à Gestante – de forma pioneira, utilizando-se a mesma metodologia do Teste do Pezinho (sangue seco em papel "ltro. Sabemos que em torno de 70% dos casos de de"ciências são previveis e, o Programa objetiva, fundamentalmente a prevenção de agravos à mãe e ao concepto. A Triagem Pré-Natal é dividida em duas fases: . Primeira Fase: são coletadas gotas de sangue dos dedos da mão da gestante, esta coleta é feita em papel "ltro no próprio IPED ou em qualquer unidade de saúde pública ou conveniada do Estado. A partir daí são realizados 16 exames que detectam as seguintes doenças: Toxoplasmose,
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
Rubéola, Doenças da Inclusão Citomegálica, Sí"lis, Síndrome da Imunode"ciência Adquirida (AIDS), Doença de Chagas, Hepatite B e C, Fenilcetonúria Materna, HTLV, Hipotireoidismo e Clamídia. . Segunda Fase: a coleta é feita com o mesmo procedimento realizado na Primeira Fase e deve ser efetuada na 28ª a 30ª semana de gestação, o equivalente ao oitavo mês. Nesta fase são feitos os exames para detectar o HIV a Toxoplasmose e Sí"lis. Além do diagnóstico laboratorial, o Programa Estadual de Proteção à Gestante de Mato Grosso do Sul proporciona acompanhamento médico, nutricional, psicológico e assistência social para aquelas gestantes com resultados alterados que necessitem desses serviços, quando os mesmos não dispõem de especialistas na rede publicados municípios de suas residências.
11
IPED/APAE
CONSOLIDADO DE ATENDIMENTOS DO IPED APAE - NEO NATAL Programa de Triagem Neo Natal - MS Consolidação (1997/2014) - Volume de Triagens - Atualizado - 15/10/2014 Mês Ref.
Municípios Atendidos
Total de Triagens
Total de Mun. do MS
% Mun. Atend.
Prev. Anual de Triagens *
Exames Realizados
% Cobertura TSH
T4
PKU
IRT
17Oh
Toxo
BIO
Total anual de Exames
HB
1997(Set/Dez)
7.497
28
77
36,4%
14.473
51,8%
7.497
7.497
7.497
-
7.497
-
-
7.497
37.485
1998
25.769
55
77
71,4%
41.917
61,5%
25.769
25.769
25.769
-
25.769
-
-
25.769
128.845
1999
34.716
77
77
100,0%
41.859
82,9%
34.716
34.716
34.716
34.716
34.716
34.716
-
34.716
243.012
2000
32.651
77
77
100,0%
40.490
80,6%
32.651
32.651
32.651
32.651
32.651
32.651
-
32.651
228.557
2001
32.728
77
77
100,0%
40.070
81,7%
32.728
32.728
32.728
32.728
32.728
32.728
-
32.728
229.096
2002
37.433
77
77
100,0%
39.933
93,7%
37.433
37.433
37.433
37.433
37.433
37.433
-
37.433
262.031
2003
34.305
77
77
100,0%
39.248
87,4%
34.305
34.305
34.305
34.305
34.305
34.305
-
34.305
240.135
2004
37.961
77
77
100,0%
41.567
91,3%
37.961
37.961
37.961
37.961
37.961
37.961
-
37.961
265.727
2005
37.608
78
78
100,0%
41.424
90,8%
37.608
37.608
37.608
37.608
37.608
37.608
-
37.608
263.256
2006
37.057
78
78
100,0%
39.515
93,8%
37.057
37.057
37.057
37.057
37.057
37.057
-
37.057
259.399
2007
34.824
78
78
100,0%
38.621
90,2%
34.824
34.824
34.824
34.824
34.824
34.824
-
34.824
243.768
2008
37.696
78
78
100,0%
41.229
91,4%
37.696
37.696
37.696
37.696
37.696
37.696
-
37.696
263.872
2009
36.918
78
78
100,0%
40.274
91,7%
36.918
36.918
36.918
36.918
36.918
36.918
-
36.918
258.426
2010
35.522
78
78
100,0%
40.132
88,5%
35.522
35.522
35.522
35.522
35.522
35.522
-
35.522
248.654
2011
36.363
78
78
100,0%
42.152
86,3%
36.363
36.363
36.363
36.363
36.363
36.363
-
36.363
254.541
2012
35.750
78
78
100,0%
42.252
84,6%
35.750
35.750
35.750
35.750
35.750
35.750
-
35.750
250.250
2013
35.816
78
78
100,0%
42.252
84,8%
35.816
35.816
35.816
35.816
35.816
35.816
17.249
35.816
267.961
2014(Jan/Set)
28.067
78
78
100,0%
31.689
88,6%
28.067
28.067
28.067
28.067
28.067
28.067
28.067
28.067
224.536
TOTAL
598.681
598.681
598.681
598.681
565.415
598.681
565.415
45.316
598.681
4.169.551
* Fonte: Data SUS - Nascidos Vivos - 1997 - 2011 2013/2014 - Previsão baseado em 2012
Total
RESUMO
Figueirão Passou a Ser m unicípio em 2005 Águas passou a ser m unicipio em 2013
Cobertura
Triagem Realizada
598.681
85,64%
Triagem Não Real.
100.416
14,36%
Total Previsto
699.097
% Cobertura Anual 100,0% 93,7%
90,0%
90,8%
82,9% 81,7%
80,0%
93,8%
91,3%
91,4%
88,6%
86,3%
91,7%
90,2%
87,4%
88,5% 84,6%
84,8%
80,6%
70,0% 61,5%
60,0% 50,0%
51,8%
40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0%
1997(Se t/Dez)
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
14.473
41.917
41.859
40.490
40.070
39.933
39.248
41.567
41.424
39.515
38.621
41.229
40.274
40.132
42.152
42.252
42.252
31.689
Total de Triagens
7.497
25.769
34.716
32.651
32.728
37.433
34.305
37.961
37.608
37.057
34.824
37.696
36.918
35.522
36.363
35.750
35.816
28.067
% Cobertura (ANO)
51,8%
61,5%
82,9%
80,6%
81,7%
93,7%
87,4%
91,3%
90,8%
93,8%
90,2%
91,4%
91,7%
88,5%
86,3%
84,6%
84,8%
88,6%
Previsão de RN
12
2014(Ja n/Set)
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
IPED/APAE
CONSOLIDADO DE ATENDIMENTOS DO IPED APAE - PRÉ NATAL Programa de Proteção às Gestantes - MS - (PRÉ NATAL) Consolidação (NOV/2002 - SET/2014) - Volume de Atendimento
Triagens 1ª Fase
Triagens 2ª Fase
* 2002
4.025
-
6.654
60,49%
0,00%
2003
34.989
5.198
39.024
89,66%
14,86%
2004
38.471
8.728
41.316
93,11%
22,69%
2005
39.204
12.200
41.064
95,47%
31,12%
2006
39.118
15.999
39.624
98,72%
40,90%
2007
37.064
18.742
38.292
96,79%
50,57%
2008
40.070
21.702
41.220
97,21%
54,16%
2009
39.034
21.956
40.284
96,90%
56,25%
2010
38.462
23.022
40.128
95,85%
59,86%
2011
38.849
24.206
40.128
96,81%
62,31%
2012
38.206
24.315
40.128
95,21%
63,64%
2013
40.102
23.969
40.128
99,94%
59,77%
** 2014
30.444
19.457
30.096
101,16%
63,91%
95,81%
47,92%
Ano
Total de 458.038 Gestantes * 2002 - Nov - Dez (02 meses) ** 2014 - Jan - Set (09 meses)
% Cobert. - 1ª Fase
Prev. DNV
219.494
% Cobertura No Período:
RESUMO Triagem Realizada Triagem Não Real. Total Previsto
Total 458.038 20.048 478.086
% Cobert. - 2ª Fase
% Cobertura 95,81% 4,19%
% de cobertura de coletas Realizadas - 2002 / 2014 110,00% 89,66%
93,11%
95,47%
98,72%
96,79% 97,21% 96,90%
95,85%
96,81%
95,21%
99,94%
101,16%
90,00%
70,00%
50,00%
54,16%
56,25%
59,86%
62,31%
63,64%
59,77%
63,91%
50,57%
60,49%
40,90% 31,12%
30,00%
10,00%
-10,00%
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
14,86%
22,69% % Cob 1ª Fase % Cob 2ª Fase
0,00% * 2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
** 2014
13
IPED/APAE
Mucopolissacaridose (MPS)¹ As MPS têm origem genética e hereditária sendo de herança autossômico recessivo
A
s mucopolissacaridoses (MPS) são doenças metabólicas hereditárias causadas por erros inatos do metabolismo que levam a falta de funcionamento adequado de determinadas enzimas, que são substâncias que participam de muitas reações químicas no nosso organismo mantendo-nos vivos e com saúde. As MPS fazem parte de um grupo chamado Doenças de Depósito Lisossomal. O organismo possui pelo menos 100 trilhões de células, que são unidades estruturais e funcionais dos seres vivos. Na célula existem algumas organelas (pequenas estruturas) que possuem funções especí"cas. O lisossomo é uma dessas organelas e tem a função de digestão dentro da célula, de transformar grandes moléculas em pequenas para poder ser utilizadas ou reutilizadas. Dentro do lisossomo existem mais de 300 enzimas para fazer a digestão de cada substância do organismo e quando existe uma enzima que não funciona direito temos uma doença de depósito lisossomal, pois como a substância não é digerida, será acumulada dentro do lisossomo, deixando a célula grande, aumentando o tamanho de órgãos (fígado e baço, por exemplo) e tecidos (pele) que tenham muitos lisossomos. Em alguns casos a substância não digerida é também eliminada em grandes quantidades na urina. As manifestações clínicas das MPS são normalmente multissistêmicas (afetam diversos órgãos) e muito variáveis, existindo formas leves, moderadas e graves. Podem afetar o cérebro, olhos, ouvidos, coração, fígado, ossos e articulações. CAUSA As MPS têm origem genética e hereditária sendo de herança autossômico recessivo. Ou seja, os pais são sadios, mas carregam um gene que determina a doença, e que só se manifesta em dose dupla. Assim, os pais portadores têm, a cada gestação, 25% de chance de ter um "lho que desenvolva a MPS (e 75% de ter um "lho sem a doença, sendo que 50% podem também carregar o gene, mas sem desenvolver a doença). A exceção é a MPS tipo II (Síndrome de Hunter), com herança ligada ao cromossomo X. Neste caso, a mãe
14
portadora (sadia mas que carrega o gene tem 50% de chance de ter um "lho homem com a doença, e 50% de ter uma "lha que carregue o gene da doença para seus descendentes). Diagnostico A manifestação da MPS não acontece da mesma forma em todos os portadores, entretanto a doença é sempre grave e se não diagnosticada e tratada a tempo pode levar a complicações irreversíveis e até à morte. Os principais sinais da MPS são alterações na face (face grosseira), volume da cabeça aumentado (macrocefalia), infecções recorrentes, hepatoesplenomegalia, hérnia umbilical e inguinal, giba, otite e infecções respiratórias, além de baixa estatura e cabelos e juntas grossas. Os sinais e sintomas iniciais, muitas vezes, representam problemas pediátricos comuns, como otite média recorrente, retardo do crescimento, macrocefalia e hérnia umbilical e inguinal. É muito importante a suspeita e encaminhando para o diagnóstico precoce. A con"rmação da MPS é feita por de exame de sangue para identi"car a falta ou diminuição das enzimas. Tratamento Assim como muitas doenças genéticas raras, não existe cura para as mucopolissacaridoses, mas existem tratamentos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento mais utilizado e e"caz é a Terapia de Reposição Enzimática (TRE), que consiste em introduzir por via intravenosa o fármaco de"ciente. Até o momento essa terapia só existe para alguns tipos de Mucopolissacaridose. Para formas graves da doença pode ser recomendado o transplante de medula óssea, desde que a MPS seja diagnosticada precocemente. Além do tratamento medicamentoso, é necessária uma terapia multidisciplinar. Dependendo dos sintomas apresentados, pode envolver médicos geneticista, pediatra, pneumologista, otorrinolaringologista, oftalmologista, ortopedista e neurologista, "sioterapeuta, dentista, fonoaudiólogo e psicólogo.
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
IPED/APAE As MPS são classificadas de acordo com a enzima que se encontra deficiente: MPS I Síndrome de Hurler, Hurler-Scheie, Scheie
MPS II Síndrome de Hurler
MPS VI Síndrome de Maroteaux-Lamy
MPS VII Síndrome de Sly (SEM FOTOS) Mãos em Garra
Opacidade de Córnea
MPS III Síndrome de Sanfilippo – A B C D (SEM FOTOS) MPS IV Síndrome de Morquio – A B
Giba
Fotos cedidas pela APMPS - Associação dos Familiares e Amigos dos Portadores de Mucopolissacaridoses e Doenças Raras.
(1) Dra. Liane Rosso Giuliane Médica Geneticista EDIÇÃO ESPECIAL 2014
15
IPED/APAE
MANUAL DE COLETA O Manual de Coleta do IPED/APAE vai ajudar os postos de coleta a terem uma e!caz e correta coleta das amostras biológicas. O IPED/APAE, através de seus colaboradores, elaborou um Manual de Coleta completo para orientar as unidades de coleta a manusearem e coletarem corretamente os materiais biológicos para o laboratório. Esse manual tem por objetivo padronizar as operações de coleta, ensinando através de texto e ilustrações todo o processo de coleta de materiais biológicos para realização dos testes no laboratório. O manual foi elaborado por Marcela Zuza de Almeida (Coordenadora da recepção e Coleta de Material), revisado por Thaís F. Sobral Ayala (Coordenadora da Garantia da Qualidade), e aprovado
16
por Alessandra Lira de Rezende (Coordenadora Técnica) e Antônio de Almeida Lira (Coordenador do IPED/APAE). Este manual foi enviado para todos os parceiros de coleta no estado de Mato Grosso do Sul e também nos postos de coleta da capital.
Exemplo de página do manual de coleta
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
IPED/APAE
GARANTIA DA QUALIDADE IPED É ACREDITADO COM CERTIFICAÇÃO DICQ DE QUALIDADE E EXCELENCIA O IPED, preocupado com a evolução e qualidade de seus serviços, durante vários meses procurou se adequar ao sistema de DICQ (Departamento de Inspeção e Credenciamento da Qualidade), para receber a acreditação de controle de qualidade do sistema que é referência nacional. A adaptação passou por todos os setores, padronizando operações e
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
quali"cando colaboradores e modernizando todo o sistema de coleta, dando assim mais agilidade e qualidade. Após as inspeções, o IPED foi acreditado pelo DICQ de acordo com as normas NBR NM ISSO 15189:2008 – Laboratórios Clínicos – Requisitos especiais de qualidade e competência das exigências regulamentares nacionais.
17
CER/APAE
Início do CER II Junção das unidades de saúde CAMS e CER, viabiliza melhor atendimento e conforto aos pacientes
N
o dia 01 de abril de 2014 ocorreu a junção das duas unidades da APAE de Campo Grande/MS, o CAMS – Complexo de Atendimento Multidisciplinar de Saúde e o CER – Centro Especializado de Reabilitação. A ação foi dada a partir da habilitação da APAE de Campo Grande como CER II, através da PORTARIA do Ministério da Saúde Nº 1.357, de 02 de dezembro de 2013. O CER II atende através de equipe multipro"ssional de saúde pessoas com de"ciência física e/ou intelectual, serve como ponto de atenção ambulatorial especializado em reabilitação que realiza diagnóstico, avaliação, orientação, estimulação precoce e atendimento especializado em reabilitação, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva, constituindo-se em referência para a rede de atenção à saúde no território. Todo atendimento realizado no CER será realizado de forma articulada com os outros pontos de atenção da Rede
18
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
CER/APAE de Atenção à Saúde, através de Projeto Terapêutico Singular, cuja construção envolverá a equipe, o usuário e sua família. O CER poderá também, em parceria com instituições de ensino e pesquisa, contribuir com o avanço e a produção de conhecimento e inovação tecnológica em reabilitação e ser pólo de quali"cação pro"ssional. Deve ainda, estabelecer processos de educação permanente para as equipes multipro"ssionais, garantindo atualização e aprimoramento pro"ssional.
O CER II atende através de equipe multipro!ssional de saúde pessoas com de!ciência física e/ou intelectual.
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
19
CER/APAE
O serviço-social do CER/APAE Assistência Social do CER/APAE é a base da triagem de pacientes, sendo fundamental sua função no processo de atendimento
A
prática profissional do Assistente Social norteia-se pelo Código de Ética Profissional (1993), Lei de Regulamentação da Profissão (Lei nº 8.662/93) e pela legislação pertinente as pessoas com deficiência mental, física ou associada (deficiências múltiplas), entre outras, como a Constituição Federal (1988), o Estatuto da Criança e Adolescente, Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS. O Serviço Social atua em conjunto com a Equipe Multiprofissional do CER/APAE e sua atuação marca o inicio da relação de compromisso entre o usuário, seus familiares e/ou responsáveis junto à instituição, fornecendo suporte a todas as áreas do CER/APAE.
Procedimento: análise da situação apresentada e posterior encaminhamento social embasado nas legislações sociais. ● Retorno aos Atendimentos Quando da desistência, abandono ou perda de vaga por faltas recorrentes, o retorno aos serviços obedecerá os critérios iniciais de inclusão dos (as) usuários (as) em lista de espera, devendo ser reavaliado pela equipe especializada. ● Plantão Social:
De caráter interventivo e investigativo, cabe ao Setor de Serviço Social, sensibilizar e enfatizar a importância e os benefícios do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de saúde para a melhoria da qualidade de vida do usuário.
O plantão social assume a responsabilidade de acolher, dialogar, compreender a história de vida de cada família, atendendo suas necessidades emergenciais, bem como, efetuar encaminhamentos, para outras instituições, entidades e movimentos e emitir declarações de atendimento quando solicitadas.
II. Rotina de Atendimentos
● Visita Domiciliar
● Orientações ao Paciente e/ou Responsável: Quando da necessidade identificada pelo Serviço Social ou demais setores, o paciente ou responsável é encaminhado ao setor de Serviço Social para receber orientações, verificação de documentos, comunicados, prestar esclarecimentos sobre condutas ou faltas no atendimento. Procedimento: orientação individual ou coletiva dependendo do caso.
Técnica utilizada para conhecer in loco a situação social e o convívio familiar. Geralmente não são agendadas com a família e a demanda parte de uma situação de negligência, suspeita de violência e/ou maus tratos. As visitas dão-se em conjunto com algum membro da equipe de saúde quando necessárias ao desenvolvimento das ações realizadas pela equipe multidisciplinar.
● Abertura ou Atualização do prontuário
●Visita Institucional Realizada para conhecer outras realidades sociais a qual o (a) usuário (a) está inserido (a), como exemplo: Unidades de Saúde (UBS) E (UBSF), e Hospitais. Procedimento: as visitas são agendadas de acordo com as demandas apresentadas.
● Entrevista Social Mediante análise social da sua realidade orienta os usuários quanto ao acesso de políticas públicas disponíveis, dentre os quais; transporte, previdência social, instituições de referencia e demais necessidades, não somente voltadas à reabilitação, como a melhoria na qualidade de vida do paciente e seus familiares. ● Encaminhamento Social Procedimento realizado para órgãos governamentais e entidades não governamentais para atender diversas demandas apresentadas pelas famílias ou paciente.
20
● Atendimento à Rede de Serviços Receber a demanda da rede de atendimento social e dar encaminhamento às demandas recebidas. Procedimento: Neste Centro Especializado de Reabilitação, as solicitações ocorrem por Sistema de Regulação de Vagas (SISREG), por demanda espontânea ou encaminhadas por Unidades de Saúde, EDIÇÃO ESPECIAL 2014
CER/APAE Consultórios Médicos ou Hospitais, do Município de Campo Grande e Interior do Estado. Após atendimento aos pacientes vindos do interior do Estado, são reencaminhados, com as condutas realizadas e solicitações de procedimentos para conclusão ou exames complementares importantes para a continuidade do atendimento.
desenvolvimento de um conjunto de atividades individuais e/ou em grupo, acompanhamento médico especializado, funcional e orientação familiar, incluindo disponibilização, treinamento e acompanhamento para usuários de próteses, órteses e meios auxiliares de locomoção.
● Supervisão de Estágio Receber estagiária/os de Serviço Social de cursos regulares e presenciais para cumprir estágio curricular mediante convênio firmado com as Instituições de Ensino Superior (IES). ● Elaboração de Projetos Elaborar projetos pertinentes à área de atuação da instituição promovendo captação de recursos para implantação de novos projetos. III – Intervenção do Serviço Social Prioritariamente, presta informações aos pacientes ou responsáveis quanto à natureza dos atendimentos concedido pelo CER/APAE, subsidiado pelo Sistema Único de Saúde – SUS, sem ônus para a família, ressaltando que tem como finalidade prestar assistência intensiva em reabilitação às pessoas com deficiência física, referenciados por outros serviços de saúde, constituindo-se na referencia de alta complexidade em reabilitação (motora e sensório motora), de acordo com os princípios definidos pela NOAS-SUS 01/2001, devendo integrar-se a uma rede regionalizada e hierarquizada de assistência à pessoa com deficiência física. ·
Promover a visibilidade dos direitos das pessoas com deficiência na perspectiva da cidadania em contraposição aos conceitos e práticas da caridade, assistencialismo e benesse.
·
Estabelecer com as famílias um laço de compromisso para com o desenvolvimento e progresso da qualidade de vida do paciente.
·
Promover junto às famílias e sociedade, o entendimento que o CER/APAE e um Centro Especializado de Reabilitação, dispondo de avaliação, acompanhamento e tratamento de pessoas com deficiência física. Possuindo uma equipe multiprofissional para o
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
·
Promover a autonomia das famílias em sentido amplo, ou seja, sobre todos os aspectos a vida em sociedade.
·
Incentivar e motivar às famílias para participar das atividades e projetos direcionados às mesmas.
·
Criar mecanismos que assegurem o bom andamento dos atendimentos realizados.
·
Lutar e combater práticas preconceituosas e discriminatórias.
·
Promover a democratização dos direitos e deveres dos (as) usuários (as) bem como de seus familiares/cuidadores (as) por meio da democratização e socialização das informações, garantindo-lhes o acesso aos direitos sociais, bem como a participação social ativa e efetiva nos serviços oferecidos pelo CER/APAE, propondo novas ações no sentido de ampliar o acesso aos serviços;
·
Orientar os familiares e/ou responsáveis quanto aos benefícios sociais das pessoas com deficiência.
.
AS. Luciene do Carmo Nabuco CRESS nº1767 21ª Região/MS
AS. Teresa Pereira de Souza Rodrigues CRESS nº1862 21ª Região/MS
21
CER/APAE
Agenesia de Fêmur CER/APAE atendeu aproximadamente 15 casos de Agenesia de Fêmur em 2014
O
Centro Especializado em Reabilitação, CER/APAE, juntamente com o Fisioterapeuta e Técnico Ortopédico, Pedro El Daher, atendeu até agora em 2014 aproximadamente 15 casos de Agenesia de Fêmur, uma doença rara, de deformação genética, que vem tendo uma alta incidência no nosso estado. Até agora, somente no CER, foram tratados 15 casos em aproximadamente 2 milhões de habitantes no estado. As próteses para correção da Agenesia de Fêmur são produzidas em nossas oficinas, com Alto grau de detalhamento, oferecidas ao paciente pelo SUS e classificadas como ortopróteses. As próteses dão uma dinâmica melhor na marcha, por preencher a ausência do membro, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente.
O CER/APAE
atendeu aproximadamente 15 casos de Agenesia de Fêmur em 2014
22
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
CER/APAE
Consolidado de atendimentos CER Com mais de 129 mil atendimentos, CER é referencia em reabilitação.
O
Centro Especializado em Reabilitação, CER/APAE, desde sua abertura em 2012, já realizou mais de 129 mil* atendimentos (72.900 até a junção com CAMS e mais 56.700 de Abril de 2014 até novembro 2014*) e já fez a entrega de aproximadamente 3.500 cadeira de rodas, orteses, proteses, muletas, palmilhas, entre outros, além de realizar a manutenção dos materiais fornecidos.
Atendimentos realizados no CER APAE 140000
129600
120000 100000 80000
72900 56700
60000 40000 20000 0 De Jan. a Mar. De 2014
Abr. a Nov* 2014 (Após junção CAMS/CER)
TOTAL
TOTAL: 3499
*Até o fechamento desta edição, não foi feito o fechamento de outubro de 2014 EDIÇÃO ESPECIAL 2014
23
CEDEG/APAE
Inclusão Social através do esporte CEDEG/APAE possui pro!ssionais que incentivam e promovem a inclusão social dos alunos através do esporte SELETIVAS - JOGOS PARAESCOLARES/FUNDESPORTE-MS
N
os dias 03 a 06 de setembro de 2014, o CEDEG/APAE representado pelos professores de educação física Leandro e Herbert e pela fisioterapeuta educacional Adriane, participou das seletivas dos JOGOS PARAESCOLARES nas modalidades de bocha e atletismo realizado pela FUNDESPORTE/MS. As competições foram realizadas no Colégio Joaquim Murtinho e Vila Nasser respectivamente.Na modalidade de bocha representada pelas atletas Rafaela Chimenez e Giuliane Olmedo,sendo que a atleta Giuliane foi selecionada para etapa Nacional que será realizada em São Paulo no mês de novembro deste ano. Já na modalidade de atletismo participaram 5 atletas, sendo que todos foram medalhados em suas competições, mas nenhum com classificação para a etapa Nacional.
II AMISTOSO DE FUTSAL APAE E PESTALOZZI AQUIDAUANA
N
o dia 18 de setembro, aconteceu na Quadra Poliesportiva do CEDEG/APAE o II Amistoso de Futsal em parceria com a PESTALOZZI de Aquidauana representada pelo professor Lázaro e sua equipe. A equipe do CEDEG–APAE representada pelos professores de educação física e a fisioterapeuta educacional. Foi um dia muito produtivo, com troca de informações entre os profissionais envolvidos e alunos, envolvendo cerca de 40 alunos. Já marcado entre as equipes para o próximo ano o terceiro amistoso.
24
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
CEDEG/APAE
Projetos e Eventos realizados no CEDEG/APAE
Passeio Parque das Nações Indígenas
Grupo de Dança
Comemoração 47 anos da APAE de Campo Grande
Banda de Percussão Girassol
Campanha de Acessibilidade EDIÇÃO ESPECIAL 2014
25
CEDEG/APAE
Horta do CEDEG como auxílio de ensino Horta escolar aproxima alunos com de!ciência intelectual da natureza e desperta para consumo de alimentos saudáveis REIS, Maria Aparecida Lemes. ALCÂNTARA, Sandra Rosani Martins. CHAVES, Zuleide Borges.
O
projeto tem como objetivo estimular o consumo de alimentos verdadeiramente saborosos e nutritivos, contribuindo para elevação da qualidade de vida humana. Outros fatores que nos levaram à implantação da horta foram à necessidade do respeito à natureza, a não utilização de agrotóxicos, o cuidado com o corpo e com o que ingerimos e o grande número de alunos com deficiência intelectual com idade acima de 16 anos que não apresentam perfil laboral para a inclusão no trabalho competitivo. O projeto teve início em setembro de 2009, em parceria com Federação das APAEs-MS e contou com consultoria técnica da Secretaria da Agricultura Natural da Fundação Mokiti Okada-FMO durante três anos consecutivos.
Material e Método Para implantação e manutenção da horta escolar utilizamos o método da Agricultura Natural, que consiste em resgatar a pureza do solo e dos alimentos, preservar a diversidade e o equilíbrio biológico e contribuir para a elevação da qualidade da vida humana (OKADA, 1931). Cerca de 120 alunos participam das atividades da horta em sistema de rodízio com apoio dois professores que trabalham com conteúdo de habilidades especificas tais como: utilização das ferramentas, preparação de canteiros e mudas de hortaliças, plantio direto no solo, cobertura de canteiros com material orgânico, limpeza do setor da horta, colheita, embalagem e venda dos produtos.
26
Nas oficinas de culinária, os professores utilizaram os produtos da horta para fazer com os alunos bolos, torta, farofa, suco verde e conservas de pepino e pimenta, como estratégias eficazes para promover a aceitabilidade desses alimentos. Todo esse processo está pautado com fundamentação na teoria de Vygotsky,que propõe uma escola que ajuda o aluno avançar e traça claramente o papel do p r o f e s s o r c o m c o n d u t o r d o processo.Coerentemente, sua teoria explica a evolução intelectual como um processo constante que pode ser impulsionado com ajuda externa. (DE MELLO, 1999, p. 38). Resultados Atualmente, a horta é um polo de capacitação em horta escolar e caseira. Das 60 APAES do estado 25 delas implantaram a horta escolar, cerca de 410 alunos e 65 professores estão envolvidos neste projeto, 15 professores praticam a horta caseira. No dia a dia, observa-se que os alunos estão mais interessados nas atividades da horta, passaram a ter mais iniciativa e cooperação entre eles, realizam as atividades que mais gostam, passaram a ter mais respeito e cuidado com a natureza. Foram inseridos no trabalho competitivo três alunos que participavam da horta. Os pais afirmam que seus filhos estão mais interessados a se alimentarem de forma saudável e se preocupam em cuidar das plantas com amor e respeito. Referências CHAGAS, P.R.R.;COGHI,E.P.Capacitação em agricultura natural de Mokiti Okada utilizando o sistema CPMO de manejo de solo e planta:tecnologia de baixo impacto econômico e ambiental progressivo,2010. DE MELLO, L.A.S. Teoria sócio-histórica e educação especial. Dissertação – (Mestrado em Educação) Campo Grande: UFMS, 2005. .
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
CEDEG/APAE
AUTO DEFENSORIA Um caminho para a liberdade de expressão Ezilda Barbosa Teixeira Ione Garcia dos Santos
A
olhos vistos a sociedade mundial tem passado nas últimas décadas por uma mudança considerável e rápida quanto a comunicação, principalmente pela inserção e criação de elementos tecnológicos, nunca foi tão acessível e fácil às pessoas expressar-se a curta, média ou longa distância, divulgando e espalhando livremente nos ambientes de convivência social digital: ideias, argumentos, contraposições, inquirições e reflexões acerca de diversos temas sociais, sensibilizações, trocas de experiências, sentimentos, fatos cotidianos, enfim, de expressar ao ponto de expor abertamente algo que pertencia a um contexto restrito ou individual anteriormente a uma conexão de pessoas muitas vezes desconhecidas e aleatórias ao processo. Se o foco está na busca e elaboração de conceitos e recursos que direcionem melhor a pessoa para uma maior liberdade em se expressar dizemos então que “a liberdade de expressão além de um direito livre e social do ser humano é fundamental para a comunicação e dignidade humana, pois, garante a pessoa enquanto ser social e protege a sua interação com o meio e o uso de situações que se oponham a esse princípio de dignidade” e a escola enquanto ambiente oportuno à troca e aquisição de conhecimento e relações, de forma alguma pode ausentar-se dessa tarefa pois , é pela aprendizagem e nas relações com o outro que se constroem os conhecimentos que permitem o desenvolvimento mental e, para a Pessoa com Deficiência Intelectual é fundamental essa práxis. Diante desta relevância, professores, equipe de
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
apoio e alunos da Educação Profissional do Centro de Educação Especial Girassol - CEDEG-APAE buscaram em vista a eleição da nova gestão de Autodefensoria da APAE de Campo Grande elaborar e executar atividades pedagógicas denominada “PROJETO ELEIÇÃO”, oportunizando situações que permitiram ao alunado do CEDEG-APAE acima de 16 anos dentro das Funções Psicológicas Superiores: expressar ideias, sugestões e escolhas, respeitando regras previamente expostas e o direito a liberdade de expressão e decisão , bem como a reflexão e o entendimento e a participação ativa no processo eleitoral dentro do contexto abordado. O projeto foi desenvolvido por etapas : esclarecimentos e pesquisas quanto ao processo de eleição Civil e legislação sobre Direitos e Deveres da Criança e do Adolescente (E.C.A), escolha de candidatos e elaboração de propostas, organização de material de divulgação para campanha eleitoral junto aos alunos do CEDEG, debate eleitoral e finalizando com a própria Eleição e contagem de votos e divulgação dos resultados no período de setembro a novembro de 2013. O resultado de todo o processo foi considerado positivo visto a participação efetiva, crítica e consistente de todos os alunos que usaram da oportunidade para expor suas considerações e sugestões acerca de diversos aspectos e contextos da comunidade escolar . Ampliando assim, o espaço de expressão a todos os alunos com maior comprometimento de fala e/ou compreensão de comunicação, tendo em vista a oportunidade socialmente contextualizada que foi proporcionada a eles .
27
CEDEG/APAE
Biblioteca do CEDEG-APAE A dinâmica da biblioteca na proposta do CEDEG/APAE Creyd dos Santos Batista
A
Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011, Presidência da República Casa Civil, adota medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdos acadêmicos para pessoas com deficiência e assegura como um direito para exercerem plenamente sua cidadania, mas tratando-se de aluno com deficiência intelectual diante da intricada condição aos problemas de ensino e aprendizagem somente o acesso a recursos de informação não garante o direito pleno da cidadania, entendemos que as escolas precisam pensar juntos aos alunos o que deve ser eliminado, modificado, substituído ou acrescentado na área de acessibilidade metodológica (adequação de técnicas, teorias, abordagens e métodos), a fim de que cada aluno possa aprender pelo seu estilo de aprendizagem e com o uso de suas inteligências. Por isso o CEDEG/APAE tem revisto constantemente o trabalho pedagógico na biblioteca para que sejam melhorados e ajustados com aulas não apenas para o acesso às informações, mas para construir conhecimentos. Atendendo a essa finalidade desde o ano de 2010 a biblioteca do CEDEG/APAE realiza ações voltadas para a necessidade educacional específica de cada aluno considerando a realidade vivida.
pedagogicamente no sentido que perceba a capacidade que tem de pensar, de realizar ações em pensamentos, abstrair significados, e que possa resolver uma situação problema no seu contexto social a partir das relações com uso dos seguintes recursos disponibilizados: Livros literários; Livros didáticos; Revistas; Dicionários; Acesso a Bases de Dados, Internet; Levantamento Bibliográfico; Orientações para Normalização, áudio visuais: filmes, vídeos, livros, televisão e computadores proporcionados a desenvolver o exercício de atividades cognitivas para promover aprendizagem na leitura/escrita e no sentido amplo da palavra aprendizagem para a vida.
Essa proposta de atendimento na biblioteca tem como cerne que o trabalho de recurso pedagógico transcenda para o acesso no plano abstrato e simbólico da compreensão nas diferentes possibilidades do conhecimento - uma necessidade do aluno com deficiência intelectual na perspectiva de educação inclusiva. É realizado em conjuntos com professores regentes e de apoio responsáveis pelas aulas de: música, arte, teatro e dança, pois toda a ação dentro da instituição possibilita condições de elaborar uma sequência didática com atividades organizadas para o acesso a informação/conhecimento na biblioteca. Nesse contexto a biblioteca tem como principal objetivo atender alunos do CEDEG/APAE nas modalidades de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Programa Pedagógico Específico (PPE), Atendimento Educacional Especializado para deficiência mental (AEE) e Educação Profissional para intervir
28
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
APAE RURAL
A Chácara da APAE de Campo Grande Chácara veio como complemento no ensino e também para recreação e eventos Dia das Crianças é comemorado na Chácara
EDIÇÃO ESPECIAL 2014
29
APAE RURAL
30
EDIÇÃO ESPECIAL 2014