Nยบ01 . NOVEMBRO 2012 - JANEIRO 2012
Dr. Duarte Nuno Pinto Presidente da Assembleia Geral
Estimados sócios, Simpatizantes e atletas do Gil Vicente Futebol Clube A edição experimental da Revista Gilista distribuída no passado mês de agosto obteve uma ampla aceitação por parte dos sócios e simpatizantes gilistas. Inicia-se com esta edição a sua publicação regular bimestral, que esperamos que seja mais um fator que propicie o crescimento do Gil Vicente F.C.. A razão de ser da revista é a divulgação da vida desportiva do nosso Gil Vicente F.C., a sua história, a envolvência com os adeptos e principalmente a sua presença desportiva a nível nacional através da equipa de futebol profissional, a disputar a Primeira Liga, e de várias equipas presentes em todos os escalões das camadas jovens. É, portanto, de toda a justiça aqui reconhecer que esta publicação somente é possível pela dedicação e empenho de vários colaboradores da estrutura profissional do clube e de outros sem vínculo, que não seja a sua paixão e dedicação ao Gil Vicente F.C.. O meu sincero cumprimento para eles. O passo em frente na publicação regular da Revista Gilista permite que os sócios e simpatizantes do Gil Vicente F.C. sejam devidamente informados da evolução da vida do clube e do seu crescimento gradual. É o que acontece nesta edição com a entrevista ao presidente da Direção António Fiúza. São abordados diversos temas importantes da atualidade do nosso clube e essenciais para o seu futuro. Igualmente noticiado nesta edição é a Assembleia Geral, de 18 de outubro, em que os sócios do nosso Gil Vicente F.C. aprovaram, por unanimidade e com direito a aclamação, o Relatório de Gestão e Contas anuais. Destaco aqui o facto dos resultados apresentados serem claramente positivos, sendo de toda a justiça reconhecer o mérito da Direção liderada por António Fiúza. O patamar desportivo a que o Gil Vicente se alcandorou por mérito próprio, enfrentando vicissitudes bem conhecidas fortaleceu a nível nacional o prestígio e o respeito pelo nosso clube. Em primeiro lugar pelos resultados desportivos obtidos, bem conhecidos de todos, mas também gostaria de destacar, num ano em que decorreram eleições para os órgãos sociais da Liga Portuguesa de Futebol Profissional
e Federação Portuguesa de Futebol, o posicionamento firme do Gil Vicente F.C., liderado pela intervenção dinâmica e corajosa do presidente da Direção António Fiúza. O apoio às duas candidaturas, ambas vencedoras, em cujos programas eleitorais salvaguardavam os interesses legítimos do nosso clube, foi mais uma decisão vencedora. A título exemplificativo menciono aqui o assunto dos direitos televisivos. No aspeto desportivo, o sorteio da Liga Zon Sagres ditou que o Gil Vicente defrontasse no primeiro terço do campeonato todos os clubes que se classificaram nos primeiros cinco lugares na última época. Já ultrapassada esta fase teoricamente mais complicada, com um calendário mais difícil, desejamos o máximo de sucesso para que a nossa equipa de futebol possa amealhar o maior número possível de pontos e classificar-se na melhor posição. Na Taça de Portugal a nossa equipa já está apurada para os quartos de final e acreditamos ser possível ir mais longe. Pela entrega que têm demonstrado ao serviço do Gil Vicente F.C. quero, igualmente destacar os atletas, as equipas técnicas e as pessoas das estruturas amadoras que os acompanham e coordenam. Nunca é demais realçar o seu brio desportista, o "amor pela camisola" e dedicação gilista, apesar das infraestruturas desportivas insuficientes. Todos desejamos que num futuro próximo se reúnam as condições ideais para que tais limitações sejam ultrapassadas e melhoradas. Por fim, a presença dos adeptos, sócios e simpatizantes nos jogos no Estádio Cidade de Barcelos é fundamental e todos sabemos da sua importância para galvanizar a equipa na procura da vitória. Unidos somos mais fortes! Apelo á vossa presença e saudo-vos pelo compromisso interno que têm pelo nosso clube. Aproveito esta oportunidade para desejar a todos os dirigentes, atletas, equipas técnicas, funcionários, pessoas da estrutura amadora, sócios, simpatizantes do Gil Vicente F.C. e respetivas famílias os sinceros votos de um Feliz Natal. Saudações Gilistas!
Dr. Duarte Nuno Pinto
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GILISTA
DESTAQUES
FICHA TÉCNICA PRESIDENTE António Fiúsa PRODUÇÃO Direção de Comunicação e Marketing CONTEÚDOS Paulo Amorim Patrícia Costa DESIGN Ivo Gonçalves
CAPA António Fiúza, o Presidente
FOTOS Estúdios Lima - Vila Verde Foto Rodas - Barcelos
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ASSEMBLEIA GERAL HISTÓRICA Resultado positivo e funções da AG
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IMPRESSÃO Diário do Minho Periocidade De 30 de novembro a 31 de janeiro de 2012
MARKETING Crédito Agricola: Investimento seguro
ENTREVISTA César Peixoto
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UM ADEPTO ESPECIAL Professora Leonor - Amor Intenso e muito antigo
CAMADAS JOVENS Ivan, Guardião Promissor
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jantar de gala e união gilista A Quinta da Pia, em Carapeços, recebeu mais uma edição da Noite de Fados, num jantar de gala abrilhantado pela presença de muitas personalidades importantes na vida social do Gil Vicente e, principalmente, pela comparência dos adeptos gilistas. Foram mais de 200 convidados que preencheram as mesas redondas do salão. Entre eles, o digníssimo antigo presidente da Direção e da Assembleia Geral e também presidente honorário do Gil Vicente, João Trigueiros, um convidado especial do presidente António Fiúza. A noite era de festa e a decoração estava a preceito: cachecóis “Força Gil” e xailes de ocasião estavam estrategicamente colocados por toda a sala conferindo o requinte desejado de Noite do Fado. As mesas foram enfeitadas ao pormenor e com todas as mordomias. O palco, visível de todos os vértices da sala, bem decorado e iluminado pelas suaves luzes dos holofotes, estava preparado ao detalhe para a atuação dos artistas. Primeiro foi servido um jantar e depois foi tempo de se cantar o fado. A organização do Gil Vicente esteve mais uma vez de parabéns, numa noite de qualidade e convívio, apreciada por todos os presentes, que deixaram-se levar noite dentro pelo som do fado. Os fadistas convidados, Melanie e Emídio Rodrigues, acompanhados por Miguel Amaral, na guitarra, André Teixeira, na viola, e Filipe Teixeira, no contrabaixo, subiram ao palco após o festim e extasiaram a plateia, que ia acompanhando de quando em vez as baladas dos artistas num refrão mais emocionado e popular. Os fadistas encantaram os gilistas com a sua voz e demonstraram muita simpatia e boa disposição. À pausa na cantoria seguiu-se o tradicional leilão. A camisola número 25, do futebolista César Peixoto, foi leiloada à plateia, assim como, uma bola do clube. Todos fizeram questão de participar no desafio e enfatizar o divertimento. De resto, não foram só os vencedores do leilão a sair presenteados da Noite de Fados. Cada um dos convidados recebeu um mini equipamento e um pin de lapela com o emblema do clube, oferta do Gil Vicente, que apressaram-se em pôr ao peito. Sem dúvida, uma boa recordação de uma noite de festa e convívio. A Noite de Fados despediu-se com um enorme aplauso de todos os gilistas e um até já para o ano.
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"quando chegámos ao clube havia áreas determinantes para o futuro que necessitavam ser modernizadas. fizemos um trabalho transversal que vamos continuar a desenvolver" "Na época da subida à Primeira Liga fomos ao terreno do Estoril e levámos connosco mais de 30 autocarros repletos de gilistas. foi muito especial." "Devido ao Caso Mateus muitos sócios vieram ter comigo e disseramme que tão cedo não vinham ao estádio porque o que fizeram ao clube era mau demais para ser verdade. "
António Fiúza completa em março de 2013 nove anos como presidente do Gil Vicente. O longo trajeto teve início há mais de 20 anos. Começou como diretor do departamento de publicidade, mais tarde assumiu a vice-presidência das amadoras e depois do futebol profissional. Chegou a presidente da Direção em 2004 e não mais abandonou o seu clube do coração. Em entrevista à Gilista recorda as vicissitudes do Caso Mateus, a promoção à Primeira Liga, a histórica final da Taça da Liga, os sonhos para as camadas jovens e para o clube e marcas de nove anos de dedicação. São extensas páginas de histórias nesta epopeia repleta de momentos marcantes na vida do Gil Vicente Futebol Clube. Qual é o balanço que faz dos quase nove anos como presidente do Gil Vicente? É positivo. Obviamente que ao longo deste trajeto houve situações que foram menos agradáveis para o clube, como o Caso Mateus, mas num contexto geral é muito positivo. O início da sua presidência no Gil Vicente, em 2004, começou de forma atribulada. É verdade. Já estou no clube há mais de 20 anos e não pensava entrar tão cedo para a Direção. Na altura, o meu grande amigo Abílio Martins, infelizmente falecido, veio ter comigo para abraçar um projeto de quatro anos com uma presidência bicéfala. Ele deveria ter sido presidente nos primeiros dois anos e eu assumiria os restantes. Tristemente o presidente Abílio faleceu ao fim de um ano e fiquei sozinho, com o projeto em mãos. Chegou-se à conclusão que seria melhor assumir a presidência e assim foi. Mais tarde, Houve a eleições e como não havia ninguém para tomar conta do clube entendi que não devia abandonar. Foram tempos difíceis. Tivemos de assumir alguns encargos bancários, mas batalhámos sempre para solucioná-los. Qual era o estado do clube? Quando chegamos ao clube havia áreas determinantes para o futuro que necessitavam ser modernizadas. Tivemos de fazer a informatização do clube, profissionalizámos
os serviços administrativos, renovámos os estatutos do clube, pois estavam obsoletos, e fizemos a renumeração dos sócios, num trabalho imenso de reorganização. Antigamente era tudo feito à sebenta, então havia casos de filhos que quando os pais morriam ocupavam o seu número de sócio, era uma tremenda confusão. Também alterámos o emblema para melhorar a nossa imagem. Todos sabem que o ex-líbris de Barcelos é o galo, um símbolo conhecido em todo o mundo, e o clube estava um pouco divorciado do galo. Era necessário aliar o galo ao emblema, foi o que fizemos e com sucesso. Criámos um site do clube para informar diariamente os nossos sócios. Diminuímos o preço das quotas para facilitar a entrada de sócios, porque a força de um clube está nos seus sócios. Nessa época o clube tinha mil e poucos sócios, hoje somos mais de cinco mil. Triplicámos o orçamento para as camadas jovens, modernizámos toda a estrutura, entre muitas outras tarefas. Fizemos um trabalho transversal que vamos continuar a desenvolver. Como viu a mudança do Estádio Adelino Ribeiro Novo para o Estádio Cidade de Barcelos? Foi muito positivo. Dos clubes médios é dos melhores estádios que existem em Portugal. Aliás, tenho falado com alguns presidentes de outros clubes que dizem que o nosso estádio é o ideal. O Adelino Ribeiro Novo não tinha as condições mínimas e, como o clube ambicionava crescer, a criação de um estádio novo, com condições de
topo, foi como juntar duas boas ideias. Há algum momento especial que recorda com saudade? Recordo-me de um jogo em particular, que me marcou a mim e à minha Direção. Na época da subida à Primeira Liga fomos ao terreno do Estoril e levámos connosco mais de 30 autocarros repletos de gilistas. O apoio foi tanto que parecia que o Gil Vicente estava a jogar em casa e esse apoio, essa massa humana, foi essencial para conquistarmos a vitória. Há outros momentos importantes, mas esse foi especial. Qual foi o momento que mais o surpreendeu? Foi a aderência que os sócios e barcelenses tiveram nas últimas jornadas antes da subida à Primeira Liga. Acreditaram que a promoção seria possível e houve um apoio muito forte ao clube e à equipa. Devido ao Caso Mateus muitos sócios vieram ter comigo, sócios que gostam do clube, e disseram-me que tão cedo não vinham ao estádio porque o que fizeram ao clube era mau demais para ser verdade. Fizemos um trabalho intensivo para recuperá-los, dizíamos para esquecerem o passado e apoiarem os jogadores. Paulatinamente conseguimos que esses sócios que estavam desgostosos voltassem a apoiar a equipa. Por isso, esse retomar do apoio, toda aquela sensibilização, todo aquele carinho, marcou-me muito. Qual foi o melhor momento? A subida à Primeira Liga.
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Qual foi o pior momento? O Caso Mateus, sem dúvida. Em poucas palavras o quê que significa para si o “caso Mateus”? Um autêntico filme de terror. Neste caso não houve Estado de Direito, atropelavam tudo e todos para atingir os seus fins, usando tráfico de influência, compadrios e esquemas múltiplos. Ganhámos em todas as áreas a esses senhores, que na altura dominavam o futebol e pensavam que iam estar toda a vida a cometer atrocidades e ilegalidades. O que fizeram ao Gil Vicente foi mau demais. Foi um caso que teve centenas de peripécias. Houve alturas que cheguei a temer pela minha vida. Recebi ameaças por telefone, diziam que me iam colocar uma bomba no carro, enfim. Até tive de desligar o telefone de casa. Qual foi a sua reação quando soube da despromoção devido ao “caso Mateus”? Lembro-me que era manhã e estava em casa, prestes a sair para o trabalho. Tinha umas cem chamadas não atendidas no telemóvel e uma delas era do advogado do clube, outras da comunicação social. Achei muito estranho e então liguei ao advogado, o Dr. Pedro Macieirinha. Fiquei perplexo com a notícia. Na reunião do dia anterior, a Comissão Disciplinar da Liga não discutiu uma vírgula sobre o caso Mateus. Já estava pronto para sair, mas tirei a gravata, pus-me à vontade, liguei para a Liga e pedi a ata da reunião do Comissão Disciplinar. Não saí de casa nesse dia. Depois, convoquei a comunicação social e disse que era tudo mentira e que íamos recorrer nos tribunais, esgotar todas as instâncias, nem que tivéssemos de ir até ao fim do mundo. Era uma grande injustiça, uma batota, não tinha explicação para o que estavam a fazer ao clube. Qual foi o impacto do “caso Mateus” no clube e na cidade? Foi muito forte. Trocava o euromilhões para o que fizeram ao Gil Vicente não tivesse acontecido. Passámos cinco anos na Segunda Liga. Não tenho dúvidas que o clube, os seus ativos, a imagem da cidade, estavam hoje muito melhores. Basta dizer que na época passada, no jogo em Barcelos com o Benfica, esgotámos a lotação do estádio. Todo o comércio, as lojas, os restaurantes, os cafés, as mercearias, todos fizeram negócio. É sempre bom para a cidade ter o clube na Primeira Liga.
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O “caso Mateus” foi tão polémico que chegou a todo o mundo. Quando falo do caso Mateus até me causa arrepios. Passei noites inteiras sem dormir. Foi um caso que extravasou até aos quatro cantos do mundo. É o caso mais mediático da história do clube e dos mais mediáticos do futebol português. Apesar da dura batalha jurídica que envolvia outras partes bem mais poderosas, e que ainda continua, o Gil Vicente conseguiu reconhecimento e admiração nacional e internacional. De facto, são de recordar algumas situações um pouco fora do comum. O Gil Vicente chegou a ser procurado pelos advogados do FC Sion, clube que se encontrava em litígio com a UEFA, e que foi excluído da Liga Europa por não ter respeitado uma proibição de contratações impostas pela FIFA, e chegou a ser procurado pelo Universidade de Craiova, clube da Roménia, quando estes tiveram processos semelhantes. A nível interno, igualmente reconfortante foi perceber o apoio das pessoas, pelo país inteiro, à nossa causa. Lembro-me do apoio manifestado em Lisboa pelo Senhor Almeida, um varredor de rua, quando lá nos deslocamos para uma reunião, ou do apoio recebido em Olhão, pela empregada de mesa de um restaurante. E outras situações. Pensou que o clube podia extinguir-se? Sim. Nós recorremos até ao final de agosto e nos últimos dias desse mês o Tribunal Administrativo de Lisboa deu-nos razão, só que a Federação invocou o interesse público e atirou-nos para a Segunda Liga. Nesse dia chorei que nem um bebé e nem dormi, foi muito difícil... Ora bem, isto queria dizer que tínhamos um orçamento de três milhões e meio de euros e a época estava a começar. Na Segunda Liga só havia receitas de 400 mil euros, logo havia uma diferença de 3 milhões e 100 mil euros. É óbvio que nos assustou, mas depois de diversas reuniões com a Direção entendemos que seria melhor continuar com o futebol profissional. Quais foram as maiores dificuldades? Esse ano foi um corrupio de dificuldades. De dois em dois meses tínhamos de recorrer à banca para fazer face aos ordenados dos jogadores, funcionários e fornecedores. Em dezembro tivemos de abdicar de três ou quatro jogadores porque era impossível comportar os salários. Vendemos, inclusive, o João Pereira ao Braga por valores abaixo do seu valor real, porque não tivemos hipóteses. Mesmo assim tivemos muitos meses de salários em atraso. Foi uma autêntica travessia no deserto.
Quais foram os prejuízos causados ao clube? Intermináveis. Com o impedimento de participar na Taça de Portugal, de 20062007, e nos campeonatos nacionais de juniores da mesma época, tivemos prejuízos avultados. Na Taça de Portugal, a segunda competição mais importante e prestigiada do futebol nacional, ficámos impedidos de participar e colher todos os resultados desportivos, financeiros e sociais daí decorrentes. Só em receitas da Taça, inserindo-se neste campo as receitas de bilheteira, patrocinadores, entre outros, o clube perdeu uma quantia incalculável. Além disso, já se sabe que o Gil Vicente é um clube com histórias de sucesso na Taça de Portugal. Recorde-se que na época 2007-2008, apesar de tudo o que prejudicou o clube na época transata, conseguimos atingir os quartos de final. Para além desses prejuízos, o Gil foi e sente-se prejudicado com a desvalorização de jogadores em virtude da sua não participação na Taça, pois na época em causa o clube contava com a prestação de jogadores importantes em que investiu avultadas quantias de dinheiro, e cujo investimento na sua aquisição e permanência no clube ficou bloqueado. Prejudicou a imagem do clube e da cidade. Como reagiu à vitória judicial no processo de proibição de participação na Taça de Portugal, em 2006-2007, e dos juniores e juvenis, na mesma época, nos campeonatos nacionais? Nunca tivemos dúvidas. Este processo da Federação foi uma espécie de pressão, de retaliação para desistirmos. Eu sempre disse que desistiria dos processos se nos deixassem na Primeira Liga, porque obtivemos esse direito dentro das quatro linhas. Após a vitória nas primeiras e segundas instâncias do Tribunal Administrativo, a Federação Portuguesa de Futebol recorreu para o Supremo Tribunal Administrativo, que reconheceu definitivamente a razão ao Gil Vicente. Fiquei muito satisfeito, como é óbvio. E agora? A decisão do Supremo Tribunal Administrativo neste processo da Taça de Portugal e camadas jovens pode obrigar a Federação Portuguesa de Futebol a pagar ao Gil Vicente uma indemnização superior a três milhões de euros. Tive diversas reuniões com o presidente da Federação, Fernando Gomes, mas não chegámos a acordo. Esta semana dá entrada no tribunal a ação indemnizatória.
"No ano da descida tivemos um corropio de dificuldades. de dois em dois meses tínhamos de recorrer à banca. Vendemos, inclusive, o João Pereira ao Braga por valores abaixo do seu valor real, porque não tivemos hipóteses." "Trocava o euromilhões para o que fizeram ao Gil Vicente não tivesse acontecido. Não tenho dúvidas que o clube, os seus ativos, a cidade, estavam hoje muito melhores. Basta dizer que na época passada chegamos a esgotar a lotação do estádio."
"A decisão do Supremo Tribunal Administrativo no “caso Mateus” pode obrigar a Federação Portuguesa de Futebol a pagar ao Gil Vicente uma indemnização superior a três milhões de euros"
O processo maior, o da despromoção, continua a decorrer. Qual será o desfecho? A ação principal sairá nos próximos meses. Já sabemos que a justiça em Portugal é pouco célere, mas pelo feedback que o departamento jurídico tem-nos dado os processos estão a andar. Não tenho dúvidas que dará razão ao clube. Eles podem recorrer, porque a justiça dálhes esse direito, mas tenho a convicção que vai ser reposta a verdade. Depois da forma como o clube foi despromovido, o que significou a promoção em 2011? Foi o fim de um pesadelo. Habituados que estávamos à Primeira Liga e cairmos para a Segunda da forma como foi e subir novamente, por direito próprio, foi um feito histórico. Foi o culminar de um trabalho profícuo de toda a estrutura profissional do clube, esforçámo-nos todos para que isso fosse possível. Na época a seguir, a primeira final do clube. A final da Taça da Liga foi tremenda! Foi o corolário de todo o trabalho da Direção, da equipa técnica, dos jogadores, um grupo muito profissional de pessoas. Foram duas épocas de sonho. Nunca iremos esquecer esses dois anos. Só tive pena de não termos levado a Taça para Barcelos. Assim, seria uma festa rija, para durar oito dias. Ao ver a enorme moldura humana (sete mil gilistas) a apoiar a equipa em Coimbra pensou que este clube poderá crescer ainda mais? Tenho incutido isso na estrutura do clube. Se há um clube que está na Primeira Liga com margem de crescimento é o Gil Vicente. Tem o maior concelho do país, as pessoas de Barcelos gostam de futebol e temos infraestruturas adequadas. Temos as condições exatas para que este clube no prazo de cinco anos seja um clube forte do futebol português. Talvez daqui a quatro, cinco anos possamos lutar por outros objetivos, por uma classificação para a Liga Europa. Este clube tem potencial. É um sonho que tenho e espero vê-lo concretizado, seja comigo a presidente ou com outro. Na próxima década temos de lutar por outros objetivos que não a permanência. A Taça da Liga também ajudou a alcançar um resultado financeiro histórico (abordado nas próximas páginas). Com a descida à Segunda Liga devido ao caso Mateus o passivo do clube aumentou muito.
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Tivemos de fazer uma autêntica engenharia financeira para poder superar e continuar a crescer, baseados na política da minha Direção de aproveitar um cêntimo que seja, sempre a poupar. Foi, sem dúvida, um resultado histórico nos 88 anos do clube e fiquei muito satisfeito.
Qual a pessoa que mais admira? O meu pai, sem dúvida. Pela educação que deu aos filhos, pela pessoa séria que é, pela perseverança, pelo caráter, pela forma como encara a vida e pelos bons conselhos que sempre me deu e ainda hoje me dá.
A época 2012-2013 já está a ser disputada. Quais são os objetivos do Gil Vicente? Passa por consolidar o clube na Primeira Liga e lutar para estarmos na melhor posição possível. Nos próximos anos pensamos noutros voos. Neste ano temos uma grande esperança de fazer uma boa campanha na Taça de Portugal. Já estamos nos quartos de final da competição e com um pouco de sorte podemos ir à final. É um sonho dos sócios e de todos nós. Outro dos objetivos já conseguidos nesta época foi integrar dois jogadores da formação no plantel principal.
Qual a mensagem que quer deixar aos sócios e adeptos do Gil Vicente? Acreditem neste clube, apoiem ainda mais. Eu sei que há anos melhores que outros, mas não tenho dúvidas que daqui a uns anos este clube será maior. Não tenham medo de gostar do Gil Vicente, vocês são o motor deste clube! Gostava imenso que todos os barcelenses tivessem como primeiro clube o Gil Vicente. Não tenham vergonha de envergar o vosso emblema, tragam a camisola, o cachecol, o boné, o casaco, seja o que for, e apoiem o vosso Gil Vicente.
Quais são os planos futuros para este clube? Vamos procurar profissionalizar cada vez mais o clube. Agora temos diretor desportivo, diretor de comunicação e marketing e um departamento de scouting, antes não tínhamos. Este ano já nos vamos licenciar nas competições da UEFA para nos adaptarmos ao processo. Quando chegar a nossa altura o clube já estará organizado e enquadrado. Vamos, também, dar continuidade à entrega dos emblemas de prata aos sócios com mais de 25 anos de filiação e daqui a dois anos passamos à entrega de emblemas de ouro. No futuro também espero fazer a Gala do Gil Vicente de atribuição de prémios aos melhores da época desportiva. Igualmente importante é chegar à meta dos oito mil sócios pagantes.
Por fim, até quando pretende ser presidente do Gil Vicente? Eu quero imenso iniciar o complexo desportivo para as camadas jovens, mas se não conseguir espero encontrar uma Direção mais jovem que o faça, com pessoas trabalhadoras, sérias, que gostem do clube e dêem continuidade ao Gil Vicente para que nunca mais caia no vazio.
E o seu maior sonho? Um dos grandes sonhos que tenho é fazer uma academia para a formação, de forma a apoiar o futebol profissional. Quando o clube estiver desafogado financeiramente e receber as indemnizações que merece por direito vamos apostar em criar património para o clube e dar melhores condições às camadas jovens, que de facto são muito exíguas. É uma das minhas principais prioridades a curto-prazo. Agora algumas perguntas rápidas. Qual o melhor jogador que viu jogar? Vi muitos e continuo a ver. Recordo o grande guarda-redes Rabazolas, o Canário, o Eduardo Espanhol, o Nolito, os irmãos Mendonças, o Drulovic, o Injai, que marcava golos de canto direto, o João Vieira e outros que tinham muita qualidade nas décadas de 50 e 60.
Ao fim de quase nove anos de presidência a quem quer agradecer? Agradeço à minha família pelo apoio e paciência. Aos adeptos pela fidelidade e apoio incessante ao longo destes anos. À Direção, os meus parabéns pelo que têm feito pelo clube e obrigado pelo apoio incondicional. Aos funcionários, diretores, treinadores, coordenadores e futebolistas pelo profissionalismo que têm demonstrado. A todos os amigos do clube, aos ex-dirigentes, aos antigos atletas que ainda hoje continuam a contribuir para o desenvolvimento do clube, os meus sinceros agradecimentos pelo carinho demonstrado nas sucessivas épocas desportivas. Deixo uma palavra especial ao falecido presidente Abílio Martins, um homem de grande honra, muito importante para o clube. Sinto muito a falta dele, podia-nos ter ajudado muito. Se fosse vivo o clube seria muito maior. Uma palavra de apreço para o antigo presidente da Assembleia Geral, João Trigueiros, pelo amparo e total confiança no meu trabalho. Agradeço com a mesma força ao atual presidente da Assembleia Geral, o Dr. Duarte Nuno, pela disponibilidade e vontade em querer levar este clube para a frente e pelo ótimo dirigente que é.
Antigo presidente da Direção e da Assembleia Geral do Gil Vicente Sócio número 5 Passado Grande parte do passado do nosso Gil Vicente, vivi-o intensamente desde os meus 14 anos. Nunca mais esquecerei a morte do nosso guarda-redes Adelino Ribeiro Novo, no Campo da Granja, mais tarde chamado Campo Adelino Ribeiro Novo, em sua homenagem. Recordo com saudade várias figuras que marcaram o nosso clube, um deles Henrique Carvalho, mais conhecido por Riquinho, que passou grande parte da sua vida a servir o Gil Vicente. Como já lembrou o Senhor Professor Ilídio Torres na edição de estreia desta revista, há três sacerdotes que marcaram também o nosso clube.
Tive a honra de ser dirigente quando o saudoso Padre Linhares era presidente da Direção. Pertenceram à direção, do qual fui presidente, o Senhor Padre Furtado e o Senhor Padre Brito. O Prior de Barcelos, Senhor Padre Alberto Martins, vivia intensamente o nosso clube, como se pode confirmar através de uma fotografia onde ele está presente numa homenagem à Direcção do Gil Vicente quando eu era Presidente. Outros grandes dirigentes do passado que nunca poderemos esquecer e com os quais trabalhei; Ilídio, Valadas, e os saudosos, Quintas, Reinaldo Maciel e Abílio Martins. Não posso deixar de aqui também lembrar a figura do sempre Gilista, sócio n°1- Manuel Augusto. Lembro os grandes jogadores como: Augusto, Rabazolas, Berto, Fernandes, Ruca, Serodio, Dr. José Albino, João Vieira, Canário, Raul, Torres, Palheiras, Maria Nova, Lemos da silva, Russo, Sá Pereira, Mesquita, Simões, Testas, Campinense e Silva. A maior parte destes, oriundos de Barcelos, mas muitos outros que passaram pelo nosso clube onde também fizeram história como sejam os espanhóis Eduardo, Nolito e Ge Lucho e os brasileiros Djair, Pedrinho, Nivaldo, Marconi e muitos outros. Muitos destes nobres gilistas ainda hoje frequentam o nosso estádio. O maior feito na história do nosso clube, foi sem duvida a subida à Primeira Divisão, hoje chamada de Primeira liga. Este feito deve-se a um dos melhores presidentes que passou pelo nosso clube e que ainda hoje contribui para o seu engrandecimento, Francisco Dias.
Outros dirigentes houve que serão sempre lembrados pelo seu trabalho incansável em prol do Gil Vicente como foram Caravana e os Irmãos João e Francisco Magalhães. Presente Temos hoje uma direção forte com um presidente brilhante: António Fiúza. Passou por grandes dificuldades, como o Caso Mateus, momentos que conseguiu sempre ultrapassar, como grande vencedor que é. É na sua gerência que o Gil Vicente tem um crescimento enorme, quer a nível organizativo como administrativo, sendo hoje um clube ouvido e respeitado em muitas decisões das altas esferas futebolísticas. Na última assembleia conseguiu apresentar um saldo positivo das contas do clube, o que é um caso inédito. Este homem tem de ser homenageado por toda a família gilista, pois ele é, sem dúvida, um dos maiores nomes da história do nosso clube. Futuro Pelo passado que temos, pelo presente (trabalho realizado por toda a direção do Gil Vicente no sentido de atrair ao nosso estádio uma juventude exuberante), e também por este mesmo passado e pelo mesmo presente, o Gil Vicente foi e será uma mais-valia para a cidade de Barcelos. Por tudo isto creio termos a garantia de que o nosso clube será eterno. João Trigueiros escreve de acordo com a antiga ortografia.
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"O auditório do Estádio Cidade de Barcelos ultrapassou a sua lotação. Mais de 100 sócios marcaram presença na Assembleia Geral"
"Relatório de Gestão e Contas foi aprovado por unanimidade e com direito a aclamação. 1149 votos a favor, zero abstenções e zero votos contra"
"Sucesso das contas deveu-se em grosso modo à presença na final da Taça da Liga e às vendas dos direitos desportivos de Zé Luís e Rodrigo Galo"
"Na reunião magna foram entregues 50 emblemas de prata aos associados PRESENTES pelos 25 anos de ligação ao GIL VICENTE"
"Durante a Assembleia Geral António Fiúza revelou que o guarda-redes Adriano tinha renovado contrato até 2015"
A Assembleia Geral de 18 de outubro ficará, sem dúvida, na história do Gil Vicente. O clube apresentou um resultado líquido positivo da temporada 20112012 acima de um milhão de euros. Na mesa reunião magna foram entregues 50 emblemas de prata aos sócios com mais de 25 anos de ligação ao clube. E, ainda, o presidente António Fiúza comunicou que o guarda-redes Adriano renovou o seu vínculo contratual ao clube por mais duas épocas.
FUNÇÕES DA Assembleia Geral Dr. Pedro Teixeira Reis Primeiro Secretário da AG A Assembleia Geral de uma associação, seja de que tipo for, é o seu órgão mais importante. Ela representa, nada mais, nada menos, a opinião e vontade dos sócios dessa associação. O Gil Vicente, como associação que é, não foge à regra. Assim, de forma muito breve e sucinta, deixava algumas notas sobre a composição e funcionamento quer da Assembleia Geral, quer da sua Mesa. A sua AG é o órgão mais importante do Clube, composto por todos os sócios efetivos, no pleno gozo dos seus direitos. À AG, como órgão máximo do Gil Vicente, compete, entre outras, alterar os estatutos do Clube, eleger e destituir os órgãos sociais, apreciar e aprovar o orçamento de receitas e despesas, bem como o plano de atividades,
autorizar a aquisição ou alienação de bens imóveis, etc. No fundo, compete à AG traçar e aprovar os princípios orientadores do Gil Vicente, sendo certo que os mesmos deverão ser prosseguidos e cumpridos pela Direcção do Clube. Porém, cada associação tem as suas especificidades, previstas nos seus estatutos. Uma das mais interessantes, no que concerne ao Gil, é o facto de os sócios terem direito a mais ou menos votos, consoante a sua antiguidade. Na verdade, os anos de antiguidade de sócio do Clube, traduzem-se em direito a mais votos. Os sócios com filiação até cinco anos, com mais de cinco e menos de dez anos, com mais de dez e menos de quinze anos ou com mais de quinze anos, têm direito, respetivamente, a um, cinco, dez ou vinte votos. Este princípio tem como finalidade recompensar os sócios cuja fidelidade e lealdade ao Clube, se manteve por mais
tempo, independentemente, das fases boas ou más que o Gil Vicente, como qualquer outra associação, vai atravessando. Quanto ao funcionamento da AG, a mesma é dirigida por uma Mesa, composta pelo seu Presidente, um Vice-Presidente e dois Secretários. A marcação das Assembleias Gerais, bem como a fixação da respetiva ordem de trabalhos, compete ao Presidente da Assembleia, o qual terá, também, a função de dirigir a mesma, nomeadamente, autorizando os sócios a intervir, submetendo as propostas apresentadas à apreciação dos sócios ou pugnando pelo cumprimento da ordem de trabalhos. O Presidente da AG, no seu impedimento, pode e deve ser substituído pelo Vice-Presidente. Espero que estes breves e sucintos e apontamentos tenham sido minimamente esclarecedores para os associados do Gil Vicente.
resultado positivo O dia 18 de outubro marca uma data histórica na vida do Gil Vicente. Pela primeira vez, em 88 anos, o Relatório de Gestão e Contas registou um valor positivo acima de 1 milhão de euros. O exercício de 1 de julho de 2011 a 30 de junho de 2012 obteve um lucro de 1.139.632,81 euros. As receitas que construíram este resultado positivo provieram na sua maioria da campanha vitoriosa até à final da Taça da Liga e da venda dos direitos desportivos dos futebolistas Zé Luís e Rodrigo Galo. A gestão criteriosa e o controlo das contas é outro dos aspetos positivos que permitiram ao lucro avultado.
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"O exercício da temporada 20112012 obteve um resultado líquido positivo NUNCA ANTES ALCANÇADO de mais de um milhão de euros"
Foi com naturalidade e expressivos aplausos que os sócios aprovaram por unanimidade, em Assembleia Geral, o Relatório de Gestão e Contas, com 1149 votos a favor, zero abstenções e zero votos contra. A boa gestão operada pelo clube ao longo da época passada valeu, ainda, a aclamação de todos os associados presentes. Antes da votação o presidente do Conselho Fiscal, José Gomes, já tinha realçado a “grande capacidade demonstrada pelo Gil Vicente na contenção da despesa, elogiando o resultado excecional da receita, rumo à constante evolução do clube”. Da mesma forma, o presidente António
Fiúza mostrou-se visivelmente satisfeito: “Ao contrário do que tem sido recorrente quebramos os resultados negativos e conseguimos um resultado positivo. Não me recordo de o Gil Vicente dar lucro em outras épocas, muito menos nestes valores. É extraordinário”, destacou. Apesar do impressionante valor alcançado, o presidente alertou para as dificuldades vindouras: “Não podemos embandeirar em arco, porque ainda há muitas dificuldades pela frente e precisámos do apoio de todos os sócios. Esta época não está fácil. Deixando, ainda, um apelo aos adeptos: “Se todos nós trouxermos um sócio para o Clube crescemos muito mais”, apontou.
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Pela terceira Assembleia Geral consecutiva o Gil Vicente homenageou os sócios há 25 anos ou mais ligados ao clube com emblemas de prata. As miniaturas com a insígnia do clube foram entregues pelo presidente da Direção, António Fiúza, e pelo presidente da Assembleia Geral, Dr. Duarte Nuno Pinto, depois da apresentação do Relatório de Gestão e Contas da época passada. Os sócios do número 101 ao 150 foram chamados ao púlpito do auditório do Estádio Cidade de Barcelos para receber a insígnia, enquanto a plateia aplaudia e os ovacionava.Entre cumprimentos, alguns sócios congratularam a Direção e Assembleia Geral pelos resultados obtidos e aproveitaram o momento para desejarem o maior sucesso à equipa de futebol. Antes, o presidente António Fiúza teceu elogios à cerimónia de entrega dos emblemas de prata. “Fico contente pela continuidade desta ação que tem sido realizada há dois anos. Espero continuar com a entrega dos emblemas de prata nos próximos dois anos, depois quero avançar para os emblemas de ouro”, disse. Sempre ambicioso quanto ao futuro, António Fiúza terminou a sua intervenção pedindo desculpas aos associados por esta ação “não ter sido realizada mais cedo”. De seguida, pediu um minuto de silêncio em honra do falecido sócio Clemente Araújo, que foi homenageado pelo Clube a título póstumo.
HOMENAGEADOS
FRANCISCO ANTÓNIO V PIMENTA DO VALE • JOÃO FERNANDES DE SOUSA • JOSÉ EDUARDO ALVES BATISTA • MANUEL JOAQUIM COELHO SILVA AZEVEDO • MIGUEL JOAQUIM MIRANDA • NELSON GOMES GONÇALVES • JOÃO BARBOSA DA CUNHA • FRANCISCO ANTÓNIO DE OLIVEIRA CARAVANA • FRANCISCO FARIA PENEDO • ANTÓNIO JOSÉ FERREIRA DIAS • DOMINGOS ALVES DA COSTA • MANUEL CORREIA DA SILVA • LEONEL FERNANDES QUEIROS DA SILVA • MANUEL AUGUSTO DUARTE • FRANCISCO DA COSTA SANTOS • ADELINO DE JESUS TEIXEIRA SANTOS • JOSÉ MANUEL DOS SANTOS GOMES • FRANCISCO DIAS DA SILVA • JOSÉ AUGUSTO SANTOS PEREIRA ALVES • TOMÉ AUGUSTO DA SILVA TERROSO • ANTONIO GOMES DE LIMA • JOSÉ FRANCISCO CARAVANA PEREIRA • MANUEL PONTES CIBRÃO • ABÍLIO VIEIRA MENDES • JOÃO ALVES DA SILVA • MANUEL GOMES DE AZEVEDO • MARIA DA GRAÇA DA CRUZ AMARAL • HORÁCIO RODRIGUES OLIVEIRA BARRA • VITOR MANUEL PEREIRA ANDRADE • FRANCISCO PEREIRA DE FARIA • MARIA MANUELA LIMA DEUS REAL • MARIA MANUELA LINHARES FARIA • JOÃO DE AZEVEDO VIEIRA • JOÃO MANUEL CAMPOS FERREIRA • FERNANDO HENRIQUE SILVA GONÇALVES • ADRIANO JÚLIO FERNANDES DA COSTA • AIRES LOPES PEREIRA • GABRIEL JOSÉ RODRIGUES MARTINS DA SILVA • CARLOS MANUEL MOREIRA PEREIRA GOMES • DOMINGOS ALVES DO VALE • JOSÉ DA SILVA GOMES • FRANCISCO DA SILVA CARDOSO • JOSÉ MARIA SENRA FARIA • MIGUEL FERREIRA DE ARAÚJO • MANUEL CAPELO DA COSTA • CLEMENTE FERNANDES DE ARAÚJO - Póstumo
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ANTÓNIO FIÚZA ANUNCIOU PRORROGAÇÃO NA AG O presidente António Fiúza revelou em plena Assembleia Geral que o guarda-redes Adriano Facchini renovou o vínculo contratual com o Gil Vicente até 2015. À declaração do presidente seguiram-se os aplausos efusivos dos associados presentes na reunião magna. A verdade é que apesar de estar na sua segunda temporada ao serviço do Gil Vicente, Adriano Facchini já conquistou os adeptos pelas exibições de alto nível, preponderantes na caminhada triunfal, na época transata, até à final da Taça da Liga e pelo desempenho regular na Liga Zon Sagres. Adriano demonstrou ser um dos melhores guardiões do campeonato português e, por isso, despertou a cobiça de diversos clubes na abertura da janela de transferências de verão. A solidez nas redes gilistas mantém-se nesta época. Adriano Facchini tem demonstrado ser o guarda-redes mais valioso da Liga Zon Sagres, com intervenções imprescindíveis ao Gil Vicente.Nas três primeiras jornadas do campeonato não sofreu qualquer golo. O primeiro tento concedido aconteceu no Estádio de Alvalade, frente ao Sporting, apenas à quarta jornada. O guardião, de 29 anos, é indiscutível no Gil Vicente, com presença integral em todos os jogos, incluindo os da Taça de Portugal e da Taça da Liga, feito apenas igualado pelo seu colega de equipa, o defesa central Cláudio. “Eu tento que o meu trabalho tenha resultados. Sinto que estou no bom caminho, mas o importante é ter os pés bem assentes no chão e não baixar a guarda. Trabalho no dia a dia é o segredo”, explica. O guardião já estabeleceu os objetivos individuais a alcançar nesta temporada: “Como guarda-redes é sofrer o menor número de golos. Estou no bom caminho, mas sei que isso é muito difícil. Há grandes Clubes concorrentes, com grandes guarda-redes, mas penso assim e pode ser produtivo para mim”, confidencia. Sobre a renovação do vínculo contratual com o Gil Vicente, Adriano é pragmático. “É um reconhecimento do meu trabalho e da minha postura na equipa. Eu sinto muito carinho por este clube, por isso é uma situação que satisfaz as duas partes”, destaca.
MARKETING "O GIL VICENTE É uma instituição de topo, que há muito tempo está enraizada em Barcelos, e é isso que nós pretendemos ser. Queremos ser o topo para a nossa região, para os nossos clientes e associados, tanto em termos de recursos financeiros como em afirmação da marca" dr. CORREIA DA SILVA
O Gil Vicente conta esta época com um novo patrocinador: a Caixa de Crédito Agrícola. A marca tem acompanhado de perto o crescimento do clube e o desenvolvimento das suas estruturas comunicacionais e de “branding”, que transmitem cada vez melhor a sua imagem. Da mesma forma, o Crédito Agrícola tem ampla cobertura no território nacional e está afirmar-se como um dos mais fortes atores financeiros do país. A aposta no Gil Vicente é pensada e sustentada. O emblema de Barcelos é um parceiro forte e em constante evolução, enraizado no maior concelho do país, e começa a ultrapassar as fronteiras comunicacionais e clubísticas para espaços mais ambiciosos. O Dr. Correia da Silva, presidente do conselho de administração do Crédito Agrícola Noroeste, explica as principais razões do investimento e revela as expetativas para esta época. A aposta nas camisolas gilistas associada à rentabilidade das transmissões televisivas, as medidas de austeridade, pois claro, aplicadas pelo governo e a forma como estão a retrair o investimento das empresas na publicidade são outros temas abordados. NOVO PATROCINADOR A Caixa de Crédito Agrícola é o mais recente patrocinador do Gil Vicente. É, sem dúvida, uma boa notícia para o clube visto que alguns dos habituais patrocinadores recuaram na aposta da publicidade e outros simplesmente abandonaram o patrocínio, muito devido à recessão económica que afeta o país e, por conseguinte, o poderio financeiro das empresas e nos seus orçamentos. A entrada do Crédito Agrícola surge num
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momento fulcral na vida do clube. O Gil Vicente avançou para um projeto de estabilização desportiva na Primeira Liga e procura uma “almofada” financeira que suporte o crescimento a longo prazo. O novo patrocinador é reconhecido e um dos principais grupos bancários portugueses. Conta com 84 Caixas de Crédito Agrícola, detentoras de cerca de 700 balcões em todo o território nacional, mais de 400 mil associados e 1 milhão e 200 mil clientes. O
Dr. Correia da Silva, presidente do conselho de administração do Crédito Agrícola Noroeste, garante que este patrocínio corresponde eficazmente aos desígnios do Gil Vicente e aponta os aspetos que favoreceram a ligação entre as duas empresas.“O Gil irá ganhar com a nossa marca”, começa por afiançar, “somos uma instituição de crédito, com reconhecimento nacional e local, e, tal como o Gil Vicente, estamos bem implementados em Barcelos. A nossa área de influência abarca o
distrito de Viana do Castelo e o concelho de Barcelos e temos uma preocupação imediata, muito importante nos tempos atuais, que partilhamos com o Gil Vicente, que é ajudar a economia da região”, complementa. Aliás, a relação profissional entre as duas entidades tem vindo a ser fortalecida ao longo das últimas épocas. Para a ligação estar completa faltava o patrocínio. “O Gil Vicente já é cliente da nossa caixa há alguns anos. Com o mesmo proveito, o Crédito Agrícola faz publicidade no Estádio e tem, inclusive, um camarote e patrocinado algumas iniciativas, como o jogo de apresentação aos sócios e simpatizantes, que já vai na quarta edição. Só demos sequência ao que vinha de trás”, explica o administrador, que acrescenta: “O Gil Vicente é um dos bons clientes que a caixa tem. Nós patrocinamos, mas o Gil Vicente é um bom cliente do Crédito Agrícola. Honra-nos tê-lo connosco“, destaca.
RESULTADOS POSITIVOS E INCENTIVO FINANCEIRO A Caixa Noroeste, cuja designação foi adotada após a fusão entre as caixas do Alto Minho e de Barcelos, desempenha um papel essencial, ao longo da época desportiva, na intermediação com o Gil Vicente. Após quase cinco meses de ligação os resultados são inquestionavelmente positivos. “Estamos muito satisfeitos. A Caixa Noroeste conquistou grande visibilidade na região de Barcelos e esta forma de publicitar e colaborar com o Gil Vicente tem tido um papel muito importante nessa afirmação”, valoriza. As razões do sucesso, segundo o Dr. Correia da Silva, prendem-se com a proeminência do Gil Vicente em Barcelos. “É uma instituição de topo, que há muito tempo está enraizada em Barcelos, e é isso que nós pretendemos ser. Queremos ser o topo para a nossa região,
para os nossos clientes e associados, tanto em termos de recursos financeiros como em afirmação da marca. Portanto, é importante que o Gil continue o bom trabalho, pois dessa forma estaremos sempre juntos”, vaticina. E caso o rendimento desportivo do Gil Vicente nesta época seja produtivo está equacionado no contrato um prémio adicional: “Logo à partida, se terminar nos lugares cimeiros da tabela ainda contribuiremos com um prémio extra para os cofres do Gil Vicente.” Por fim, o Dr. Correia da Silva abre a janela de oportunidades para a realização conjunta de outras campanhas que reafirmem a ligação entre ambas as instituições. “Nós queremos que o Gil Vicente continue a ser cliente da Caixa Crédito Agrícola e nós vamos continuar com o nosso patrocínio e encontrar mais formas de estabelcer parcerias que sejam do interesse e utilidade das partes”, finaliza.
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"Com as medidas de austeridade é bem possível que haja no desporto uma diminuição abrupta dos patrocínios"
"em portugal há muitas pequenas e mÉdias impresas e só poderão fazer publicidade a essa dimensão"
PUBLICIDADE 06/2012
“a publicidade nas camisolas é o meio de notoriedade mais apropiado para a afirmação da marca“
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PUBLICIDADE NAS CAMISOLAS O patrocínio do Crédito Agrícola ganhou ainda mais visibilidade nos equipamentos do Gil Vicente. O logótipo da caixa é visível na parte superior das costas das camisolas. A aposta nas camisolas é vista pelo Dr. Correia da Silva como “um meio de notoriedade mais apropriado para a afirmação da marca”, principalmente quando os jogos do Gil Vicente têm transmissão televisiva. “Antes a nossa publicidade era apenas estática e somente visível em determinados momentos do jogo. Nós queríamos mais, considerávamos que a presença televisiva tinha de ser mais forte. Agora a nossa marca é sempre visível, seja quando o Gil Vicente joga em casa ou fora”, sublinha. Mas o administrador do Crédito Agrícola quer mais: “Temos interesse na visibilidade, granjear mais clientes, em ganharmos notoriedade e termos sucesso. É assim em todas as empresas. O Gil Vicente também quer ter mais receitas, terminar na melhor posição possível em todas as competições que atua e competir pelos melhores resultados”, evidencia.
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MEDIDAS DE AUSTERIDADE RETRAIEM PATROCÍNIOS As medidas de austeridade aplicadas pelo governo têm impacto notório na vida social dos clubes, cauterizando as receitas de bilheteira e merchandising, pela diminuição do poder de compra dos adeptos. As empresas patrocinadoras do futebol atravessam as mesmas dificuldades. “A austeridade terá um impacto negativo na economia em geral. Vão diminuir a atividade económica, os gastos das empresas em publicidade, principalmente aquelas que estão viradas para o mercado interno, e é bem possível que no desporto haja uma diminuição abrupta dos patrocínios ou então uma diminuição no valor dos patrocínios conferido aos clubes”, preconiza. Em Inglaterra, a publicidade representa grande parte das receitas dos clubes. As equipas mais modestas do campeonato inglês têm, neste aspeto, rendimentos superiores ao campeão português. O Dr. Correia da Silva explica a dimensão portuguesa. “É
preciso perceber que em Portugal há muitas pequenas e médias empresas e, então, só poderão fazer publicidade a essa dimensão. Em Inglaterra, tendo em conta as devidas diferenças económicas com o nosso país, há muitas multinacionais que podem fazer publicidade em grande escala”, explica. A responsabilidade do desaproveitamento da publicidade estende -se também aos clubes: “A publicidade tem a ver com a forma como as pessoas veem os seus clubes. Há clubes que têm milhares de sócios, mas não atingem grande parte desse número. Talvez fosse melhor terem menos e que a publicidade tivesse maior e melhor efeito sobre a marca e sobre as vendas da empresa.”Outra das fontes de rendimentos desaproveitadas é a dos direitos televisivos. “Basta dizer que os jogos de Inglaterra são transmitidos para todo o mundo, já os de Portugal só aqui e nos Palop. Pouco mais”, remata, deixando a ideia que esta ainda é uma fonte de receita pouco explorada pelas equipas do futebol português.
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"A paixão pelo Gil começou através do meu pai. Sou filha única e o meu pai fez de mim o menino que não teve e levava-me com ele para ver os jogos do Gil"
Maria Leonor de Sá, carinhosamente conhecida por professora Leonor, é uma das adeptas mais antigas do Clube. Professora primária reformada, é natural de Barcelinhos mas reside atualmente em Cambeses e acompanha o Gil Vicente para todo o lado! “Organizo o meu fim de semana em função dos jogos do Gil”, confessa. Com quase seis décadas de vida, e outras tantas a apoiar o clube do seu coração, a Professora Leonor, é uma das apoiantes mais fervorosas do Gil Vicente que nunca esquece a indumentária gilista: a camisola, o cachecol e a bandeira.
Uma paixão muito antiga “A paixão pelo Gil começou através do meu pai. Sou filha única e o meu pai fez de mim o menino que não teve e levava-me com ele para ver os jogos do Gil”, começa por relatar com um brilho nos olhos. “Com 6 anos morava junto à Igreja de Santo António e cresci a ouvir os golos do Gil, porque da minha casa ouvia-se bem a festa no estádio”, recorda, acrescentando que “naquela altura as mulheres não iam ao futebol, mas o meu pai levava-me, eu era a companheira dele”. Estávamos nos longínquos anos 60. E foi assim que cresceu a paixão pelo Gil Vicente. Uma paixão que passou para o marido e para o filho. “Quando casei o meu marido não gostava de futebol, mas como o meu filho começou a acompanhar-me ele veio por arrasto e gosta muito, não tanto como eu, porque o meu amor é mais antigo, mas gosta muito”, destaca. Bonitas e boas recordações As lembranças estão guardadas na gaveta da memória. “Tenho muitas recordações bonitas. Recordo-me dos golos do Gil e do fumo das castanhas no velhinho Adelino Ribeiro Novo, e as subidas de divisão. E mais recentemente, lembro-me de uma celebre vitória do Gil sobre o Benfica, em que o Gil marcou de penálti nos últimos minutos e eu, que pensava que também tinha uma costela benfiquista, comprovei que
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nada supera o meu amor pelo Gil”, evidencia. Recentemente as recordações mais marcantes foram o jogo no Estoril e a final da Taça da Liga. “O jogo com o Estoril foi transcendente. Emocionei-me demais. Entramos a perder e foi uma emoção enorme quando demos a volta ao resultado. E aquela bancada cheia de barcelenses, tantos autocarros, tantos gilistas a apoiar. Depois, a final da Taça da Liga foi espetacular. A adesão dos barcelenses foi fantástica. Não vencemos o Benfica, mas ficamos na história”, recorda. Jogadores também se lembra de muitos, mas os que recorda com mais carinho são os Vieirinhas. "O Lino, o Zé e o Mário foram meus colegas de infância. Lembro-me tão bem de os ver jogar. Lembro-me também do Alfredo Rabazolas. Tudo gente boa. Também gosto muito do André Cunha. Ele é o nosso pilar. É um jogador importante e na brincadeira já lhe disse que ele chegou tarde mas ainda chegou a tempo ao Gil Vicente”, frisa, com sorrisos. Campanhas nas escolas Nas últimas épocas a direcção do Gil Vicente decidiu levar a cabo várias campanhas pelas diversas escolas do concelho, que têm como objetivo fomentar o gosto pelo Gil Vicente para que, no futuro, estas crianças sejam gilistas de alma e coração. “Sempre fomentei o desporto, em geral, e o futebol, em particular, e creio que estas campanhas
são muito importantes. E, claro, que também fomentei muito o gosto pelo Gil”, valoriza. Recorda que na escola os intervalos eram sempre passados a jogar à bola. “Não havia campo de futebol, mas improvisávamos. Os miúdos gostam de jogar à bola e acabam por gostar mais da escola. Hoje em dia, os miúdos têm acesso a muitas mais atividades e bens materiais do que tinham no tempo em que eu lecionava. Por isso, o contato direto é muito importante", evidencia, para de seguida acrescentar: “Quando os jogadores vão às escolas, os meninos nunca mais esquecem esse dia. Os jogadores são um exemplo de que se pode estudar e jogar à bola”, releva. Expectativas para 2012-2013 “Eu sou uma pessoa muito positiva por natureza. Por isso, espero uma época tão boa ou melhor que a anterior. A equipa sofreu muitas alterações embora tenhamos conservado a maioria dos jogadores chave”, analisa a Professora Leonor. No entanto,” acho que os novos atletas vão assimilando a mística do Gil. Creio que estamos no bom caminho". Quanto ao apoio dos barcelenses Leonor deixa uma mensagem: “Gostaria de pedir a todos os barcelenses que comparecessem sempre no estádio e não só quando jogamos com os clubes grandes. Respeitem o nosso clube, a nossa terra, que é a nossa identidade. O Gil merece”, conclui.
Eles estão presentes em todos os jogos, entoam cânticos durante os 90 minutos, esvoaçam bandeiras, exibem cartazes, tudo em apoio incondicional ao Gil Vicente. A Nação Barcelense é um grupo de adeptos acérrimos que vibram com as exibições dos gilistas desde 2006. “O Gil Vicente para nós é como uma religião”, começa por afirmar, Tiago Vilela, conhecido por “Mega” entre os amigos, e um dos líderes do grupo. Devoto à equipa e sempre presente, Tiago Vilela considera que o apoio da Nação Barcelense é cada vez mais essencial para a equipa alcançar os bons resultados. “O nosso apoio à equipa é muito importante. Eles sentem-se motivados quando nos ouvem a cantar e a apoiá-los”. Dá-lhes mais força e energia", explica. E deixa um exemplo: “Em Gondomar, quando jogámos para a Taça de Portugal, estávamos uns 30 na bancada. Quando o jogo foi para prolongamento acredito que a equipa sentiu o nosso apoio e mesmo cansados ganharam força para vencer o jogo”, considera. A Nação Barcelense é constituída na sua maioria por jovens estudantes do concelho de Barcelos. Tiago Vilela reconhece que a queda do Gil Vicente para Segunda Liga, em 2006, afastou os jovens do Estádio, mas desde então a tendência tem vindo a reverter-se. “Passámos um mau bocado quando o Gil Vicente caiu para a Segunda Liga devido ao Caso Mateus. As pessoas desanimaram, sentiam-se revoltadas e deixaram de ir aos jogos. Houve alturas em que éramos dez a gritar pelo Gil. Mas nunca desistimos, aguentámos e continuámos a apoiar por todo o país”, recorda. Também por isso, a recuperação da
faixa mais jovem tem sido um aspeto que o clube tem vindo a trabalhar de forma intensa. As visitas às escolas, as promoções de bilhetes, as diversas campanhas de marketing são assaz populares entre os mais novos. “Há um tempo para cá o Gil Vicente está mais próximo dos jovens. Muitos miúdos adoram o Gil Vicente. Hoje já fazem educação física nas escolas com os equipamentos do clube, comentam na internet as exibições dos jogadores, as lesões, publicam fotos no Facebook e antes não era assim”, constata, acrescentando de seguida: “Os jovens de agora têm aquela garra que só um adepto do Gil tem. Há muitos a ter o Gil Vicente como primeiro clube e não ligar àqueles clubes chamados “grandes”, que nunca fizeram nada por eles nem nunca ajudaram a melhorar o negócio dos pais deles. Se o concelho fosse todo assim o Estádio estava cheio e a equipa muito mais motivada”, atira o jovem barcelense, que associa o seu ideal de união entre os barcelenses com o nome do grupo: “Nós queríamos ver o concelho unido, juntar todos numa nação, daí o nome Nação Barcelense”, explica. Por fim, Tiago Vilela deixa uma mensagem a todos os jovens do concelho de Barcelos: “O nosso grupo está aberto a todos. Somos jovens, mas qualquer pessoa pode vir para ao pé de nós. Gostamos de cantar, brincar e sobretudo apoiar o Gil Vicente. Algumas pessoas começam por vir para a bancada onde costumamos estar e depois juntam-se ao grupo. Cantam, gritam Gil Vicente, por vezes, indigam-se, mas principalmente sentem o clube. É só o que queremos”, finaliza.
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"Pretendo dar tudo o que tenho em todos os jogos e todos os treinos para conseguir alcançar os objetivos do clube, independentemente se estivermos a lutar pela permanência ou pela europa. Para mim é um orgulho cá estar. Vou honrar esta camisola até ao último dia e não vou deixar defraudadas as expetativas das pessoas que apostaram em mim"
Acreditar no projeto César Peixoto é dos futebolistas do Gil Vicente que mais respeito e admiração goza junto dos adeptos. A caminho de completar 15 anos de carreira, continua a demonstrar o mesmo empenho de sempre dentro das quatro linhas e considera estar em plenas condições físicas e psicológicas para afirmar-se como um dos esteios do projeto de crescimento do clube. “Tenho este e mais dois anos de contrato e ainda sinto-me em perfeita forma para jogar. A partir do momento que fiz 32 anos comecei a pensar dia a dia, ano a ano, porque não sei como vou estar daqui a um ou dois anos. Neste momento, sei que posso jogar mais três anos. Sinto-me capaz de ajudar a equipa e fazer o que eu gosto”, destaca. A mesma vontade que o prende ao relvado é demonstrada na defesa da camisola gilista. “Para jogar no Gil Vicente tem de haver grande responsabilidade, pois é um clube que representa uma região, o maior concelho de Portugal. Temos de dar o melhor a cada jogo, a cada dia, a cada teste, para que tudo corra bem e os nossos adeptos fiquem orgulhosos do clube”, explica. O médio, de 32 anos, chegou ao clube na época passada proveniente do Benfica. Esteve três meses por empréstimo e no início desta época assinou um contrato válido por três anos. “Vivi três meses extraordinários, fizeram-me maravilhas. Desde o início todos trataram-me bem e chegámos, inclusive, a uma final. A forma humana como o presidente negociou comigo e o projeto ambicioso que me apresentou cativou-me a ficar mais tempo”, conta. O projeto de consolidação na Primeira Liga e o crescimento sustentado do clube nas próximas épocas funcionam como aliciante para o médio português. “Identifico-me bem com o projeto, porque também sou uma pessoa ambiciosa, sempre fui, por isso atingi os meus objetivos. Não me imagino a jogar por um clube que não o fosse. Partilho esta ambição e fico feliz por ser considerado fundamental”, assevera. Orgulho na camisola 25 Envergar a camisola do Gil Vicente é um orgulho para César Peixoto. “Há certas pessoas que pensam que um jogador com o meu currículo, com o meu passado, representar o Gil Vicente é descer um degrau abaixo do que conquistei. Ou dizem que estou acabado ou acomodado. Enganam-se. Pelo contrário, é um orgulho! E não digo isso para puxar saco a ninguém, porque não o faço. É a minha convicção. Pretendo dar tudo o que tenho em todos os jogos e todos os treinos para conseguir alcançar os objetivos do clube, independentemente se estivermos a lutar pela permanência ou pela europa. Para mim é um orgulho cá estar. Vou honrar esta camisola até ao último dia e não vou defraudar as expetativas depositadas em mim”, vinca. “Eu sei as responsabilidades que tenho na equipa e para mim é um orgulho ser peça importante neste projeto. Faço questão de o defender até ao fim e com todas as minhas forças”, completa.
Adeptos especiais Para César Peixoto o momento mais emotivo ao serviço do Gil Vicente foi a final da Taça da Liga. “Foi uma grande festa, a festa de uma cidade, de um clube, e tenho imenso orgulho em ter estado presente. Infelizmente acabámos por não vencer, mas fizemos um bom jogo”, recorda. No caminho até à final de Coimbra, o médio português destaca a importância dos adeptos. “Senti o apoio, a mobilização das pessoas de Barcelos. Confesso que até fiquei um pouco admirado com tanta vontade que o Gil Vicente triunfasse. Vê-se que é uma região que quer um grande clube, que anseia pelo sucesso”, afirma. A determinação e desejo de vitória dos gilistas foi uma boa surpresa para o médio. “Fiquei muito surpreendido. São fervorosos, fiéis ao clube e têm demonstrado, mesmo em momentos menos bons, que apoiam a equipa e não fazem como em alguns clubes em Portugal, em que assobiam a equipa por tudo e por nada. Obviamente gostam de bom futebol e às vezes não conseguimos vencer, mas estão connosco e nós sentimos isso”, frisa. Da fábrica de calçado para OS ESTÁDIOS DE FUTEBOL Apesar dos muitos troféus conquistados, um currículo invejável e toda a visibilidade conquistada, César Peixoto teve um início de carreira muito atribulado. Partilhou o trabalho nos campos de futebol com uma fábrica de calçado e um restaurante. “A minha vida nunca foi muito fácil. Fui trabalhar muito cedo para uma fábrica de calçado e fiquei a conhecer a realidade de um operário. Fez de mim uma pessoa mais forte e ajudou-me a ser o que sou hoje. Não saí dos juniores e fui para o Porto ou para o Benfica, tive de batalhar para chegar longe e nunca desisti”, conta. O duplo ofício fez-lhe ponderar o fim da carreira de desportista. “Tive quase para abandonar o futebol, mas lutei para chegar ao topo e consegui alcançar os meus objetivos. Admito que fiquei mais forte por isso, senti o que era trabalhar fechado oito ou nove horas por dia, sem tempo para lanchar, e dou muito valor a essas pessoas, porque também passei por isso e sei quais são as dificuldades”, evidencia. Por fim, César Peixoto revela um ritual peculiar que pratica antes dos jogos. “Sou muito desprendido de rituais. A única coisa que faço é vestir os boxers ao contrário. Isto porque a minha mãe dizia-me para fazê-lo, porque assim evitava o mauolhado. De resto, não faço mais nada. Tento sempre jogar à bola da forma mais descontraída. Se estiver a pensar num infinito de coisas é pior. Eu gosto de estar relaxado e tranquilo. Quando entro em campo é para trabalhar, trabalhar, trabalhar e ajudar o Gil Vicente a vencer”, finaliza.
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O sonho e o ídolo Quem conhece Ivan diz que o jovem caboverdiano, de 16 anos, terá um futuro promissor no futebol. Tem qualidade, é determinado e sobretudo é movido por uma grande convicção: jogar na equipa principal do Gil Vicente. “É o meu sonho e principal objetivo”, vinca com firmeza. “O Gil Vicente é o meu clube. Estou aqui há pouco mais de um ano e já sinto o peso da camisola. Sempre que a equipa principal joga em Barcelos venho ao Estádio, quando vão fora vejo na televisão”, justifica o guardião, que logo de seguida acrescenta: “Tenho o Gil Vicente no coração. Guardo o cachecol e a camisola em casa, bem perto de mim”, revela. Ivan sabe que o caminho até à equipa principal é longo e difícil, mas acredita que o seu potencial e, principalmente, o trabalho
De São Vicente ao Gil Vicente e uma inscrição problemática Como qualquer criança, Ivan começou a dar os primeiros toques na bola no bairro onde morava. “Jogava sempre com os miúdos mais velhos. Quando fiz 8 anos eles levaram-me a fazer testes no Batuque e adorei. Joguei lá até aos 14 anos”, recorda. Já em miúdo, sonhava conquistar a Europa do futebol. “Desde muito cedo decidi que queria jogar à bola, era o que respondia quando me perguntavam no infantário. A maioria dos professores diziam que não era profissão em Cabo Verde, que não tinha futuro, pois lá o futebol ainda é amador. Eu respondia-lhes que queria jogar na Europa e ponto final”, frisa o jovem cabo-verdiano. Depois do Batuque, o salto para Portugal. “Aconteceu quando fui convocado para a seleção Sub-16 para disputar um torneio
Inspiração em Pek’s e Agyiri Ivan partilha o apartamento com dois jogadores da equipa principal do Gil Vicente: Pek’s e Thomas Agyiri. O primeiro subiu esta época ao escalão principal e o segundo veio do Manchester City. “São dois exemplos a seguir”, começa por dizer, “trabalham muito, são sossegados, como eu, e ótimas pessoas”. A relação com os colegas não podia ser melhor. “É espetacular morar com eles. O Pek’s já conhecia de Cabo Verde, porque ele jogava no mesmo clube que eu, só que num escalão acima. Não tínhamos tanta intimidade, mas agora tratamo-nos como irmão. Ele dá-me conselhos e diz-me como é jogar numa equipa grande como o Gil Vicente. O Agyiri em pouco tempo já faz parte do grupo, até estamos a melhorar o nosso inglês”, conta, com sorrisos à mistura.
em Moçambique. Estavam lá olheiros do Benfica que gostaram de mim e convidaramme para jogar no clube”, conta. Ivan esteve meia época no clube da Luz até começarem os problemas com a inscrição: “Como sou menor, os meus papéis têm de ir para a FIFA antes de irem para a Federação Portuguesa, o que implica viagens e fazer muitos requerimentos. Então a direção achou melhor não ficar comigo”, lamenta. A rejeição não abalou o jovem cabo-verdiano: “Na altura temi que me acontecesse isto em todos os clubes, mas felizmente o Gil Vicente apostou em mim”. E todo o processo de inscrição não foi uma tarefa fácil: “Nunca imaginei que desse tanto trabalho. O Gil começou a tratar da papelada em julho e conseguiu a inscrição em novembro. Todos fizeram um esforço enorme por mim e nunca me esquecerei disso”, destaca.
Missão: Índia Sub-21 Capitão da seleção de Cabo Verde desde os 14 anos, Ivan já estabeleceu o próximo objetivo a alcançar nos “tubarões”. “No mês de junho vai haver um torneio Sub-21, na Índia, e eu quero ir. Na altura terei 17 anos e vou trabalhar forte para o conseguir”, assegura. Apesar de ter idade para jogar nos juvenis, o jovem guarda-redes ascendeu esta época à equipa de juniores. Ivan vê a chamada a um patamar superior como um incentivo e uma vantagem na perseguição do seu objetivo: “Favorece-me muito, pois ganho mais experiência dentro e fora de campo. É mais um complemento ao meu objetivo pessoal de estar no torneio dos Sub-21”, afirma, acrescentando: O mister dos Sub-16 diz-me que tenho tudo para chegar lá. Vou dar o meu máximo! Sei que este é o meu futuro”, finaliza.
"O Gil Vicente é o meu clube. Estou aqui há pouco mais de um ano e já sinto o peso da camisola" "o Adriano Fachinni é o melhor guardaredes a atuar em Portugal. vai jogar até aos 40 anos" "Desde muito cedo decidi que queria jogar à bola. queria jogar na Europa e ponto final"
A história de vida de Ivan está recheada de aventuras. O jovem cabo-verdiano mudou-se para Portugal aos 14 anos em busca do sonho de tornar-se jogador de futebol. A primeira tentativa não correu bem, mas persistente por natureza Ivan encontrou o Gil Vicente. Aqui, o guardião promissor, de 16 anos, é comandado pelo sonho gilista.
desenvolvido nos treinos podem ser a chave mestra do sucesso. “Acho que tenho boas caraterísticas de guarda-redes. Não sou muito alto, mas ainda tenho 16 anos e vou crescer mais. Também sou ágil e rápido a sair dos postes por isso consigo compensar. Além disso, trabalho muito para estar bem, procuro ouvir os conselhos dos meus colegas e dos mais velhos, pois sei que só assim poderei evoluir”, explica. É em Barcelos que tem a sua maior inspiração. “Acho que o Adriano Fachinni é o melhor guarda-redes a atuar em Portugal”, atira, para de seguida formular um desejo: “Há uns dias vi no site do Gil Vicente que ele renovou por mais dois anos. Como tenho mais três de contrato espero chegar à equipa principal e aprender com ele. É um guarda-redes com muitas qualidades e de certeza vai jogar até aos 40 anos”, reforça.
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Por professor ilídio torres Com a liberdade que me é facultada, embalo na tentativa e na esperança de conseguir partilhar com muitos barcelenses, e gilistas da minha geração, as emoções que por vezes brotam lá das entranhas, bem do fundo nostálgico da minha essência. Com essa intenção vou tentar olhar o passado e viajar, sem pagar bilhete, ao encontro de vivências idas, através de um proveitoso exercício de memória. No cerne desse mesmo exercício estará, obviamente, o Gil Vicente, veículo e combustível dessa mesma viagem capaz de nos conduzir a registos substancialmente diferentes do tempo que agora vamos cumprindo. Intemerato, vou mesmo, tentar sacudir a memória colectiva de muitos barcelenses desse tempo sobre o que ainda guardo da tarde de domingo do fim da década de quarenta e até da de cinquenta do século ido – o futebol domingueiro barcelense. A segunda metade de um qualquer domingo tinha um significado muito especial para nós, crianças, já que a fruição desportiva, mais concretamente a assistência aos jogos de futebol era um privilégio dos “grandes”… dos homens. Aos pequenos estava-lhes interdita e na melhor das hipóteses, restava-lhes a tarefa de esfolar as biqueiras num qualquer logradouro, na satisfação de um “timinho” onde as balizas nasciam de dois calhaus ou duas peças de roupa. Mas nem sempre todas as tentativas saíam goradas. Os mais desempoeirados só paravam em frente das
portas de acesso ao Campo do Gil onde os homens do boné, serventes da Associação de Futebol de Braga, exerciam uma actividade fiscalizadora. Sempre com a esperança de podermos entrar, nós, os mais pequenos só nos restava desafiar a insensibilidade da lei ou dos próprios dirigentes gilistas que barravam a entrada à miudagem no campo. Valia o estratagema de nos abeirarmos de um qualquer “homem”, solicitar uma paternidade momentânea, emprestada, deitar as mãos pelas suas costas, esperar que ele afagasse a nossa cabeça e corajoso, dissesse aos porteiros que éramos seu filho – assim conseguíamos entrar, crianças tenras, dispostas a gritar GIL! Consumada a entrada no campo, fugíamos a bom fugir desse pai emprestado, impacientes, à espera que o jogo tivesse início a fim de gozar o espectáculo à borla – também no fundo dos bolsos, nenhuma moeda a lamber o cotão! Não vale a pena deitar culpas a ninguém porque a única desculpa que me atrevo a aceitar era a de que esse procedimento advinha da insensibilidade de então onde o espectáculo do futebol era tido e visto na tal óptica adulta, esquecendo aqueles que um dia poderiam dar gente e servir o Clube. Era assim o futebol domingueiro! O Largo da Calçada regurgitava de gente tanto na ida como na vinda para o Campo do Gil. Magotes esperavam, pacientes, a hora de zarpar, aguçando a língua e preenchendo o tempo com prognósticos que nem sempre
batiam certo. Nós, a canalhada, estávamos condenados a lutar por um mundo que ainda era muito adulto e em que a única vingança teria que ser realizada na próxima quarta-feira no treino de conjunto e esperar que os jogadores acabassem o castigo! Era um soltar de incontidas emoções aceites e compreendidas pelo responsável da manutenção do campo que deixava sempre uma bola solta, intencionalmente esquecida, à espera que “ tudo ao monte”, vinte contra vinte, numa correria louca até enfiar o esférico numa baliza que até nem tinha ninguém a guardá-la. Obrigado às famílias Palheiras e Fiúza pela sua generosidade e por esses momentos inesquecíveis. Todo o mundo tinha esperança que o seu Gilinho se batia sempre pela vitória, coisa nem sempre conseguida. Quando não sorria, era ver todo o mundo regressar a casa com a “beiça”, um termo que jaz no túmulo dessa mesma vivência desportiva. Alguns ainda conseguiam afogar a mágoa, emborcando meio quartilho na Palheiras ou na Sêmea, locais de peregrinação obrigatórios. Os grandes … claro porque o único luxo dos pequenos esvaía-se nos outros dias de semana e quando a sorte fosse amiga, era buscar um quarto de sêmea no Gomes ou no João Luís e enganar o bandulho com dois tostões de figos, conseguidos no Figueiredo e Silva! Futebol domingueiro que jamais esqueceremos apesar das mordomias que, hoje, temos à nossa disposição.
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RESULTADOS 2012-13
CALENDÁRIO COMPETITIVO
2-1 SPORTING
GIL VICENTE
4ª Jornada Liga Zon Sagres
4-3 GIL VICENTE
MOREIRENSE
5ª Jornada Liga Zon Sagres
KIT GIL NATAL
-1 N CION L
GIL VICENTE
55 EUR
25 EUR
15 EUR
15 EUR
ª Jornada Liga Zon Sagres
1-2 GIL VICENTE
N V L
2ª M o da 2ª ase da Ta a da Liga
KIT GIL NATAL
-2 GON OM R 3ª E i ina
GIL VICENTE ria da Ta a de Por
ga
-3 GIL VICENTE
EN IC
ª Jornada Liga Zon Sagres
GIL NATAL galo
3-1 R G
GIL VICENTE
ª Jornada Liga Zon Sagres
35 EUR -1 GIL VICENTE
P
OS E ERREIR
ª Jornada Liga Zon Sagres
2-2 C
MIC
GIL VICENTE
35 EUR
1 ª Jornada Liga Zon Sagres
1GIL VICENTE
OLIVEIRENSE
Oi a os de ina da Ta a de Por
ga
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