Gym Factory Instrutores Nº4 Inverno 2014

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A informação profissional imprescindível Nº4

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La Feria del FITNESS e Instalaciones deportivas Madrid 29-30 de Maio 2015 www.gymfactoryfairs.com

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inverno 2014

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29-30 de Maio 2015 – Recinto Ferial Juan Carlos I – Feria de Madrid

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GYM FACTORY, La Feria del FITNESS e Instalaciones deportivas A única Feira de Fitness da península – 29-30 de Mayo 2015 - Madrid BODY MIND CONCEPTS

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A VERDADE

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Determina o ponto de partida da nossa liberdade

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4 GABRIEL HERNANDO CASTAÑEDA Director

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ANOS NÃO É NADA ... Queria aproveitar esta oportunidade para me despedir como Director da Gym Factory, agradecendo, em primeiro lugar, a confiança da Inés Ledo durante estes anos e, de seguida, a toda a equipa da revista que é excepcional. Além disso, obviamente, aos colaboradores pelos seus artigos que fazem da Gym Factory aquilo que ela é. Só posso ter palavras de agradecimento. Obrigado a todas as marcas pelo apoio ao longo dos anos e aos leitores, que com os seus comentários e feedback, levaram-nos pelo melhor caminho. Foram exactamente cinco anos apaixonantes, desde Janeiro de 2010, em torno da edição número 31 e muito antes como autor, a partir do número 12. Cinco anos de experiência, artigos excepcionais e colaboradores irrepetíveis. Reconheço que dirigir uma publicação exige muito: secções, revisões, fechos de edições impossíveis e imprevistos inimagináveis, mas sempre vividos com muita ilusão por uma equipa à altura das circunstâncias Apareceram novos projetos no horizonte, alguns ligados à revista, uma vez que não se pode dizer adeus para sempre à sua própria casa. Suponho que “Até já” porque não imagino dizer “Adeus” à Gym Factory. Obrigado a todos que nos leem e fizeram da Gym Fábrica a informação profissional imprescindível.

inverno 2014 número 4 EDITORA: Inés Ledo editora@gymfactory.net Equipa AGAP José Julio Castro Armando Moreira Fabio Lopes info@agap.pt Administração Teresa Carmona administracion@gymfactory.net

Redação Isabel Ojeda redaccion@gymfactory.net Design e layout JAMAIS redaccion@gymfactory.net Contribuições: Rui Abrantes Sara Faria Pablo Felipe Martín Guillermo Laich Filipe Martins

ARMANDO MOREIRA

Vice-presidente Executivo da AGAP

A Í ESTÁ ELE! O perfil profissional para o Técnico/a Especialista em Exercício Físico acabou de ser publicado. Ao fim de dois anos e meio após a publicação da Lei 39/2012, eis que finalmente foi dado a conhecer pelo Catálogo Nacional de Qualificações a nova via de acesso ao título profissional de técnico de exercício físico – consultar artigo 12º, 1. b) da referida Lei. Trata-se de um Curso de Especialização Tecnológica (CET), cujo referencial de formação se posiciona no Nível 5 do Quadro Nacional de Qualificações (por exemplo, a Licenciatura encontra-se no nível 6) e em que inclui uma carga de 725 horas em formação tecnológica, toda ela já definida e estruturada mas onde estão integradas áreas de primeiros-socorros, fisiologia, anatomia, técnicas de negociação e comunicação, gestão, nutrição, metodologias de treino, psicologia e muitas outras. O contexto prático desta formação (estágio) são 400 horas. Está, assim, respeitado mais um importante capítulo da legislação no que diz respeito às qualificações no fitness português, em articulação e sintonia com as exigências europeias no acesso ao mercado de trabalho. E termino: que o mercado português de fitness continue a prosperar em 2015! Felizmente Portugal é brindado com excelentes clubes, técnicos muito competentes e exemplos fora-de-série. A todos os leitores da Gym Factory / AGAP um Feliz Natal!

Pedro Mesquita Amancio Santos

Impressão: Artes Gráficas Villena

Edita: Inés Ledo Ramos

ISSN: 2174-6168

Domicilio social: Avda. del Monte, 25-1 Telf.: 911 274 774 info@gymfactory.net 28250 Torrelodones (Madrid) Espanha Publicidade Tel: +(34) 911 274 774

Depósito legal: M-675-2005 Proibida a reprodução total ou parcial de textos, desenhos, gráficos e fotos sem autorização prévia do editor. GYM FACTORY não se responsabiliza pelas opiniões expressas pelos autores, nem se identifica necessariamente com as mesmas.


resumo 65 63 61 57 55 53 51 49 47

EXERCÍCIO E MEDICINA

Notícias Nutrição e desporto Treinadores Exercício e medicina Body mind concepts Saúde Personal Training Panorâmica de nutrição Especialistas

Sinergia entre o Exercício e a Medicina

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I N V E R N O 2 014

O mundo mudou e com ele, toda uma mudança comportamental está a acontecer a cada dia que passa no ambiente de fitness. Cada vez mais surgem uma série de questões para as quais nem sempre é fácil obter a resposta certa, como sendo: O que aconteceu nos nossos clubes? O que procuram os nossos sócios?

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TREINADORES

Movimento humano consciente ativo ou inconsciente reativo…?

A multidireccionalidade do movimento sobre dois membros inferiores, é um ato de habilidade exímia, partindo do princípio, tal como a ciência designa o movimento e o seu resultado em “o acto de controlo constante de uma queda…depende da eficiência da reação em sentido oposto a ação iniciada”, podemos então afirmar que de forma inconsciente reagimos a uma instabilidade constante a qual apenas se torna consciente se essa mesma reação não for eficiente.

NUTRIÇÃO E DESPORTO

SAÚDE

A Legionella: desdramatizar mas não facilitar.

O recente surto de Legionella ocorrido em Vila Franca de Xira foi surpresa apenas para os menos atentos. A falta de legislação, aliada à consequente falta de controlo analítico por parte das autoridades de saúde, tinha inevitavelmente que terminar numa situação como aquela que vivemos recentemente, com perdas irreparáveis, tais como as 11 vidas ceifadas (dados obtidos na hora em que terminei de escrever este artigo).

instrutores

Creatina – um clássico que perdura

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A creatina é um composto produzido endogenamente, na quantidade de 1g por dia, através dos aminoácidos arginina, glicina e metionina. A sua síntese ocorre predominantemente no fígado, rins e, em menor escala, no pâncreas. A restante creatina é obtida pela dieta, através da ingestão de carne e peixe, pelo que os atletas vegetarianos apresentam reservas mais baixas.


E T N E C E R S I A M O O

IÇÃ R T U N EM

A D A Ç N A AV . . E C N A C L A U E S AO Tel. P or tugal: 00351 968535988


notícias AGAP

CERTIFICAÇÃO DE INSTALAÇÕES DESPORTIVAS?

Em Novembro, a AGAP teve uma reunião no Instituto Português da Qualidade para abordar o tema da NORMALIZAÇÃO (standards) para os centros de fitness. Este é um tema que está a desenvolver-se a nível europeu. Por agora é um processo de normalização voluntária dos vários países europeus mas nada impedirá que no futuro apareçam Directivas e legislação nacional que se apoie nestes standards.

NORMALIZAÇÃO – FATOR DE COMPETITIVIDADE (texto remetido pelo Instituto Português da Qualidade)

Os benefícios da normalização para o crescimento económico são gerados pela disseminação do conhecimento tecnológico pelo maior número possível de empresas, em especial as Pequenas e Médias Empresas (PME). Como resultado, a força inovadora da economia nacional e, consequentemente, a taxa do progresso técnico, aumentam, contribuindo para o crescimento sustentado da economia. Numa conjuntura económica desfavorável, as Normas podem contribuir para a conquista de novos clientes que procurem garantir, de forma sustentada, a saúde dos seus investimentos e a inovação dos seus produtos, assegurando a sua diferenciação no mercado, reduzindo custos, diminuindo o risco e contribuindo para a sobrevivência ou, até, para a prosperidade das empresas, apesar das condições económicas adversas. A Normalização, enquanto atividade que proporciona uma ferramenta idónea para o mercado, utilizável em questões de carácter repetitivo – a

entrenadores

Temos agora novo desafio em mãos! Neste momento já existe um Organismo de Normalização Setorial (ONS) que faz o acompanhamento do Comissão Técnica criada para este efeito pelo que a AGAP fez as devidas diligências para integrar um Grupo de Trabalho, composto por diferentes especialistas: operadores, fornecedores, técnicos de exercício, universidades e escola de formação. Embora as normas CEN sejam consultivas, elas substituem quaisquer normas nacionais, e, por exemplo, são usadas pelas companhias de seguros e referenciadas no caso de litígios. Possivelmente está familiarizado com o CEN ou logotipo CE em muitos aparelhos e equipamentos que usamos diariamente nos ginásios. Todavia, a proposta de

Norma - constitui um contributo essencial para a inovação e para a competitividade, facilitando o acesso aos mercados ou permitindo a interoperabilidade entre produtos e serviços novos ou já existentes. Potencia, ainda, os efeitos positivos económicos e estimula o desenvolvimento de novos e melhores produtos ou mercados e melhores condições de fornecimento, constituindo, assim, um claro e inestimável benefício para a economia em geral e para os consumidores em particular. A normalização tem também uma dimensão de interesse público, sobretudo quando estão em causa questões de segurança e saúde, ou questões relacionadas com o ambiente. As normas, aprovadas por um organismo de normalização reconhecido, são acordos documentados e voluntários, resultantes de um consenso entre as partes interessadas, que estabelecem regras, guias ou características de produtos ou serviços, assentes em resultados consolidados, científicos, técnicos ou experimentais. O Instituto Português da Qualidade (IPQ), na sua qualidade de Organismo Nacional de Normalização, representa Portugal como membro efetivo das

normalização de centros de fitness pelo CEN procura focar-se mais nos processos dos serviços que propriamente em produtos ou equipamentos. As normas poderão abranger questões como as condições ambientais, o tipo de equipamento, a saúde e segurança, limpeza, os contratos com os membros e os níveis de qualificação do staff. O ponto importante é garantir que a AGAP, na qualidade de associação representativa dos ginásios portugueses, possa participar, protegendo e promovendo os interesses dos seus membros no desenvolvimento destas normas CEN. A breve prazo mais informação será divulgada mas todos os especialistas que desejem colaborar nesta iniciativa deverão entrar em contacto com a AGAP.

estruturas normativas mais relevantes a nível europeu e internacional. Recorrendo a um modelo descentralizado, o IPQ delega nos diversos setores económicos o desenvolvimento normativo através dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), e nos Organismos Gestores de Comissão Técnica (OGCT) devidamente qualificados segundo critérios e requisitos específicos vertidos nas Regras e Procedimentos da Normalização Portuguesa. A rede compreende 55 (ONS), 3 (OGCT), 190 Comissões Técnicas e cerca de 3.700 peritos. O acervo normativo nacional é constituído por cerca de 25000 normas sendo 5 500 com versão portuguesa. A adoção das normas conduz à racionalização e à simplificação de processos, produtos e serviços e facilita a comunicação, ao criar uma linguagem comum e objetiva, estabelecendo, assim, as bases de referência necessárias ao exercício das atividades de certificação e regulação técnica, passos indispensáveis para a criação de uma cada vez melhor qualidade de vida, sustentada em produtos e serviços mais fiáveis e adequados às necessidades e desejos dos consumidores.



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nutrição e desporto CREATINA – um clássico que perdura O que é? Quais os seus efeitos? Que protocolos de suplementação existem? A suplementação é segura? A creatina c é um composto produzido endog en genamente, na quantidade de 1g por dia, a tr através dos aminoácidos arginina, glicina e me m metionina. A sua síntese ocorre predomin an nantemente no fígado, rins e, em menor es sc escala, no pâncreas. A restante creatina é obt o obtida pela dieta, através da ingestão de ca ar carne e peixe, pelo que os atletas vegetari ia rianos apresentam reservas mais baixas.

SARA FARIA LICENCIADA EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO E MESTRANDA EM NUTRIÇÃO CLÍNICA NUTRICIONISTA NO GINÁSIO GIMNOCEDRO.

A

creatina pode ser também o obtida através da suplementa ação oral, sendo considerada um tação do os suplementos mais populares dos e eest estudados em todo o mundo. A grande maioria das reservas dee cr creatina no corpo encontra-se no o m músculo esquelético e uma pe equ pequena parte encontra-se distribu uíd pelo cérebro, fígado, rins e buída te stíc testículos. Cerca de 60% da creatin na muscular total encontra-se tina naa fforma de fosfocreatina, e a re sta restante está na sua forma livre. Ef fei Efeitos da suplementação Ex xis forte evidência científica Existe dee q que a suplementação com creatina monohidratada leva ao crrea e t aaumento au um m do conteúdo de creati-

instrutores instruto inst rutores res

na no músculo esquelético e que existe uma relação positiva entre os níveis de creatina muscular e a performance e recuperação em diferentes modelos de exercício. Numerosos estudos indicam que a ingestão de creatina, em combinação com treino de força, potencia o aumento da massa muscular e o aumento da força. Vários estudos suportam também o efeito ergogénico da suplementação com creatina em exercícios intermitentes de alta intensidade e curta duração (<30s) e em repetição de sprints, com curtos períodos de recuperação. Responders vs Nonresponders Existe, no entanto, uma variabilidade inter-individual na resposta a este suplemento. Os “non-responders” não conseguem aumentar significativamente as suas reservas com a suplementação. Pensa-se que poderá ser devido a uma saturação prévia no músculo. Os “responders” são indivíduos com níveis iniciais de creatina no músculo mais baixos e com mais fibras musculares tipo II, pos-


suindo maior potencial para melhorar a performance com a suplementação. Tipos de suplementos comercializados Como suplemento oral, a forma mais comercializada e usada em trabalhos de investigação é o monohidrato de creatina. Têm também surgido outras formas de suplementação como o malato de creatina, piruvato de creatina, citrato de creatina ou creatina étil ester, alegando uma maior solubilidade, melhor absorção e biodisponibilidade e maior captação muscular, quando comparadas com o monohidrato de creatina. No entanto, não existe evidência científica que suporte estas alegações e os parâmetros de segurança ainda não foram estabelecidos. Protocolos de suplementação Existem dois protocolos de suplementação. O esquema clássico de suplementação consiste numa fase inicial de carga, de 20g por dia, dividido em 4 tomas diárias de 5g cada, durante 4 a 7 dias, seguida de uma fase de manutenção de 2 a 5g por dia. Outros protocolos de suplementação propõem uma dose única diária de 3-6g. No protocolo de suplementação com fase de carga há um rápido aumento dos valores intramusculares de creatina. No entanto, apesar da saturação muscular de creatina ser mais lenta sem fase de carga, ao fim de 4 semanas os valores intra-

musculares são semelhantes em ção da fosfocreatina no músculo, ambos os protocolos de suple- este aumento não é elevado o mentação. suficiente para causar danos na função renal em indivíduos saudáTiming da suplementação veis, desde que a dosagem recoNo que diz respeito ao timing da mendada seja respeitada. É suplementação não há consenso importante referir que a supleentre os especialistas. Uns consi- mentação com creatina parece deram que a suplementação deve diminuir a sua produção endógeser feita antes do treino, outros na, no entanto os níveis voltam ao após e outros afirmam ser indife- normal após um curto período de rente o horário. cessação. Um estudo publicado no Journal of the International Society Bibliografia ónio J, Ciccone V. The effects of pre versus of Sports Nutrition em 2013 procu- Antpost workout supplementation of creatine monohydrate on body composition and rou analisar as diferenças nos strength. Journal of the International efeitos da suplementação com Society of Sports Nutrition 2013, 10:36 creatina antes e após o treino, na Branch J: Effect of creatine supplementation on body composition and performance: a composição corporal e força dos meta-analysis. Int J Sport Nutr Exerc Metab 2003, 13:198–226. participantes. A dose foi de 5g/dia A, Greenhaff P: Does dietary creatine de monohidrato de creatina, por Casey supplementation play a role in skeletal muscle metabolism and performance? Am J Clin um período de 4 semanas. Foi Nutr 2000, 72:607S–617S. observado um maior ganho de Cooper R, Naclerio F, Allgrove J, Jimenez A. Creatine supplementation with specific massa magra e um aumento mais view to exercise/sports performance: an significativo de força no grupo update. Int Soc Sports Nut. 2012. 9:33. Hultman E, Söderlund K, Timmons JA, que suplementou após o treino. Efeitos secundários O único efeito colateral associado à suplementação é o aumento do peso corporal, sobretudo devido ao incremento da massa muscular e à retenção hídrica. O aumento de massa corporal resultante da suplementação poderá ser prejudicial à performance de atletas de modalidades que exigem um peso corporal baixo. Segurança da suplementação Relativamente à segurança da suplementação, estudos sugerem que apesar de se observar um ligeiro aumento dos níveis de creatinina, produto da degrada-

Cederblad G, Greenhaff PL. Muscle creatine loading in men. J Appl Physiol. 1996; 81(1):232-7 Jager R, Purpura M, Shao A, Inoue T, Kreider RB. Analysis of the efficacy, safety, and regulatory status of novel forms of creatine. Amino Acids. 2011; 40(5):1369-83 Kreider R, Almada A, Antonio J, Broeder C, Earnest C, Greenwood M, et al.ISSN Exercise and Sport Nutrition Review: Research and Recommendations Journal of the international Society of Sports Nutrition. 2007. 7:7 Maughan RJ , Greenhaff PL , Hespel P . Dietary supplements for athletes: emerging trends and recurring themes. J Sports Sci. 2011;29 Suppl 1:S57-66. Pline K, Smith C: The effect of creatine intake on renal function. Ann Pharmacother 2005, 39:1093–1096 Tarnopolsky MA . Caffeine and creatine use in sport. Ann Nutr Metab. 2010;57 Suppl 2:1-8. Volek J, Duncan N, Mazzetti S, Staron R, Putukian M, Gómez A, Pearson D, Fink W, Kraemer W: Performance and muscle fiber adaptations to creatine supplementation and heavy resistance training. Med Sci Sports Exerc 1999, 31:1147–1156

instrutores


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treinadores MOVIMENTO HUMANO CONSCIENTE ATIVO OU INCONSCIENTE REATIVO…? “… Para resolver um problema nada melhor do que caminhar…. no meio do percurso a solução aparece…” Gregory Mcnamee (escritor contemporâneo) A multidireccionalidade do movimento sobre dois membros inferiores, é um ato de habilidade exímia, partindo do princípio, tal como a ciência designa o movimento e o seu resultado em “o acto de controlo constante de uma queda…depende da eficiência da reação em sentido oposto a ação iniciada”, podemos então afirmar que de forma inconsciente reagimos a uma instabilidade constante a qual apenas se torna consciente se essa mesma reação não for eficiente.

RUI ABRANTES CERTIFICADO EM CIÊNCIA FUNCIONAL APLICADA

MASTER TRAINER VIPR

O

sucesso do Movimento humano consiste no resultado da integração de vários “microssistemas” dentro de um único sistema global… o Corpo Humano, deste modo é sensato definirmo-nos como um sistema neuro-mio-fáscia-esqueleto-próprio-vestibular, onde a cooperação da vasta rede fascial é determinante para o sucesso de qualquer ação desejada. Uma das mais recentes e inteligentes teorias dividiu o corpo humano em locomotor e passagei-

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ro, sendo a pélvis e membros inferiores os segmentos de locomoção e a cabeça tronco e membros superiores os segmentos transportados. (Perry e Burnfield 2010). Outra teoria defende que a contração alternada do músculo multifidus (musculo rotador e extensor da coluna vertebral) proporciona a rotação suficiente para nos propulsionar em qualquer direção (Gracovetsky) Contudo para James Earls (Bodyworker UK) ambas as teorias são válidas mas apresentam um raciocínio incompleto. Ao analisarmos todos os eventos em torno do universo no qual estamos inseridos constatamos que realidade usamos todo o corpo para nos movermos, onde a pélvis e os membros inferiores são assistidos pelo tronco e membros superiores, contribuindo para a estabilidade integrada, através da gestão de forças que incidem nos tecidos responsáveis pela contenção ativa do movimento.

Dentro destes tecidos destacamos os músculos e fáscia que transportam o esqueleto ósseo numa simbiose de forças que atravessam o corpo, como se tratasse de um rio onde a nascente se situa no complexo mecanismo do pé após o impacto no solo, levando o caudal energético a percorrer os diversos canais articulares até atingir o mar cervical. Numa reação perfeita no momento de impacto do calcâneo no solo, analisamos agora o contributo da musculatura anterior da perna, nomeadamente o musculo tibial anterior (Origem tubérculo de Gerdy, face externa da Tíbia e ligamento interósseo/ inserção 1º cuneiforme e 1º metatarso) que de forma consciente e ativa, ausente da força de reação do solo contribui para a dorsiflexão e inversão do pé, através do complexo articular do tornozelo, e durante a locomoção reage á interação do corpo com o solo prevenindo e controlando o abrandamento da rotação


medial do astrágalo durante o colapso da arcada medial do Pé. Este mecanismo de extensibilidade é totalmente passivo e inconsciente e apenas é proporcionado pela reação proprioceptiva fascial respetiva, através de um arco reflexo entre o o sistema nervoso central e um órgão sensorial que em resposta a uma força isométrica, através da inervação pelo nervo peroneal recebe a informação no respetivo motor neurónio para contrair, fruto de uma demonstração perfeita da harmonia do sistema neuro muscular. Durante a locomoção constantemente ajustamos a tensão deste músculo específico, bem como da musculatura envolvente, na resposta á quantidade de eventos que surgem no pé, inicialmente na eversão do calcâneo e de seguida a dorsiflexão passiva e consequente pronação e abdução no momento final de adaptação ao solo. Todo este mecanismo é totalmente inconsciente reativo. Ou será que somos conscientes deste mecanismo durante uma caminhada? Quando isto acontece é sinal que todo este processo está alterado e podemos neste caso afirmar que está instalado desconforto ou dor, iniciando um conjunto de ações compensatórias levando á disfunção global. Contudo o mecanismo da Dor, não será aprofundado neste artigo, iremos nos focar no movimento eficiente, deixando a interpretação da dor e suas consequências para uma próxima oportunidade. O Movimento humano surge entre a força da gravidade, onde ossos, alinhamento articular e um neuromiofascial continuum promovem movimentos graciosos e fluidos onde as articulações exploram toda a sua amplitude de movimento em diversas direções e o sistema mio fascial analisa e envia a informação apropriada, proveniente de um sistema nervoso

periférico eficiente. E a força de reação do solo descritas pelo físico Newton na sua 3ª lei “… Para cada Ação existe uma reação da mesma dimensão e sentido oposto. Concluímos que no momento de impacto no solo, a mesmo proporciona a força necessária para a propulsão do próximo passo. E assim a magia acontece, por feedback fascial, toda a musculatura contraí inicialmente de forma isométrica e excêntrica de modo a minimizar o impacto, como se de uma desaceleração global acontecesse. Recorrendo ao modelo miofascial, o potencial viscoelástico da fáscia pela necessidade de absorção de choque, proporciona ao corpo a possibilidade de regressar á posição inicial (ciclo do alongamento / encurtamento) tal como acontece a um elástico que após ser sujeito á deformação de uma força procede de igual modo. A Fáscia é mecanicamente sobrecarregada, tal como os elásticos de um trampolim, através do momentum gerado pelas forças rotacionais que surgem na locomoção, bem como á compressão e tração da força da Gravidade. Este mecanismo é realizado de forma totalmente passiva e coloca o tecido elástico fascial sob um estiramento tridimensional. Derivado às posições e aos Ângulos das articulações no corpo, estas forças não são recebidas por músculos específicos, mas sim por cadeias de mio fáscia que seguem as linhas de ANATOMY TRAINS, definidas por Thomas Myers em 1997. Myers construiu este modelo com base em trabalhos realizados por outros anatomistas, como Dart, Vleeming e Busquet e todos iniciaram esta abordagem, através da análise postural numa posição ereta, onde o individuo se encontrava parado. Myers evoluí para a análise do corpo na interação entre a For-

ça da Gravidade e a força de reação do solo na locomoção. Esta análise proporcionou a sustentação do termo Tensegridade (integridade sobre tensão que Fuller apresentou á comunidade cientifica. É nos possível assim entender a relação entre a força e a estabilidade do sistema esquelético e as propriedades de adaptabilidade á tensão do sistema mio-fascial. Esta nova visão do corpo humano abre-nos o caminho na compreensão da integração destes sistemas, e como eles colaboram para distribuir tensão e organizar uma resposta eficiente. Tensigridade esta presente sempre que nos movemos é inerente a todo o corpo atingindo o nível celular. O uso de elementos sólidos (ossos) e elementos elásticos (miofáscia) requer a presença de uma quantidade determinada de “pré-stress” (pre-loading), dado ser o contributo da “tensão” que promove a integridade da estrutura. Deste modo a melhoria da eficiência do movimento tem obrigatoriamente de lidar com forças superiores para de forma reativa proporcionar uma resposta eficiente. Esta necessidade abriu portas ao novo conceito de Treino: LOADED MOVEMENT TRAINING!!!

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treinadores O quadro 1.1 apresenta um exemplo da realidade do atual Treino. Loaded Movement Training® combina movimento multidirecional com sobrecarga. Movimento ágil e potente surge através da prática de várias ações mediante a força da gravidade e reação do solo, tirando partida desta interação a sobrecarga potencia a resposta á deformação dos tecidos, tornando a relação mio – esqueleto-fascial mais eficiente. Loaded Movement Training® efetivamente desafia e condiciona músculos, fáscia, sistema nervoso, derme e todos os outros sistemas do corpo humano, direta ou indiretamente. A ciência baseada na evidência, mostra que o movimento com carga melhora o equilíbrio, agilidade e força, determinantes fatores na performance humana. A presença de movimentos tridimensionais transicionais (Loaded Movement Training ®) em qualquer programa de exercício é de extrema importância. Deste modo garantimos que para além das várias modalidades válidas no aumento da performance, expomos e preparamos os nossos alunos/atletas para lidar com as forças inerentes ao movimento, incrementando o seu desempenho global. Em que consiste o termo Whole Body Integration (WBI)? Como pilar principal nos fundamentos para utilização do equipamento de treino VIPR (Vitalidade -Performance-Recondicionamento) encontra se a o termo WBI. WBI significa que para todas as ações realizadas o corpo funciona como uma unidade única (neuromúsculos-fáscia-ossos-derme-cardio-respiratório) para de forma eficaz criarmos movimento com qualidade. No quadro 1.2 podemos comparar o treino tradicional com WBI.

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Quadro 1.1

Quadro 1.2 Fundamentos VIPR Qual os fundamentos para desenvolver programas de exercício com base no conceito WBI? O quadro 1.3 mostra-nos os fundamentos para o movimento intencional. Estamos perante um período transitório no que diz respeito á forma como a comunidade do treino/exercício tem vindo a explorar o corpo humano e todo o seu potencial. O modo como observamos e interpretamos o corpo em movimento, a importância dada a relação das componentes Gravidade, Força de reação do solo, massa corporal e momentum, bem como a sequencia de eventos que se sucedem desde o momento do embate do pé no solo até a ação

Quadro 1.3 desejada ser terminada, vão garantidamente tomar o seu merecido lugar no contexto atual e futuro para o raciocínio do exercício orientado. Referências bibliográficas Gracovetsky - Spinal Engine Thomas Myers – Anatomy Trains James Earls – Structural Integration VIPR Master Trainer Manua



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exercício e medicina SINERGIA ENTRE O EXERCÍCIO E A MEDICINA O mundo mudou e com ele, toda uma mudança comportamental está a acontecer a cada dia que passa no ambiente de fitness. Cada vez mais surgem uma série de questões para as quais nem sempre é fácil obter a resposta certa, como sendo: • o que aconteceu nos nossos clubes? • o que procuram os nossos sócios?

AMÂNCIO NUNO FERREIRA SANTOS LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DO DESPORTO E OSTEOPATIA. L1 DE CROSSFIT E O COACH PREP COURSE (L2 DE CROSSFIT)

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os tempos que correm, os sócios procuram mais motivação, mais resultados e melhor serviço. Necessitam de boas razões para continuarem a pagar uma mensalidade. O mais importante actualmente é a capacidade de modificar hábitos nas pessoas, possibilitando aos nossos clientes praticar actividade física em casa, no trabalho, em regime indoor ou outdoor. A nova realidade para a industria do fitness situa-se no foco nos clientes 50+, isto porque: • há cada vez mais pessoas nesta condição • há muitas mais oportunidades para intervir

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• têm normalmente uma maior disponibilidade financeira • têm uma maior disponibiliadde de tempo

As tendências do mercado actual apostam fortemente em 3 grandes grupos:

Segundo a ACSM’s Health Fitness Journal, o questionário aplicado mundialmente, revela que as principais 20 tendências do fitness para 2014 são as seguintes:

• Investimento na saúde • Conectividade e monitorização de todo o processo de treino • Treino funcional e Small Group Training

1. High-Intensity Interval Training 2. Body Weight Training 3. Educated, Certified, and Experienced Fitness Professionals 4. Strength Training 5. Exercise and Weight Loss 6. Personal Training 7. Fitness Programs for Older Adults 8. Functional Fitness 9. Group Personal Training 10. Yoga 11. Children and Exercise for the Treatment/ Prevention of Obesity 12. Worksite Health Promotion 13. Core Training 14. Outdoor Activities 15. Circuit Training

Sob estas tendências assentam 3 grandes objectivos que todos os nossos sócios procuram: • Treino de combate à Obesidade • Treino para melhoria da Imagem • Treino para aumentar os níveis de Performance e Desafio Desta forma, existe um mercado muito grande por descobrir e explorar, sendo que a curva de oportunidade para a prática de actividade física situa-se nos 65%. Isto porque dados revelam que:

16. Outcome Measurements 17. Wellness Coaching 18. Sport-Specific Training 19. Worker Incentive Programs 20. Boot Camp

• 15 a 20% do mercado acredita realmente nos benefícios da actividade física • 20% dos utilizadores está numa posição indefinida


• referenciar doentes para um serviço mais personalizado – Personal Training

• Excesso de peso e obesidade • Diabetes • Perda de massa óssea • Patologia muscular esquelética • Catabolismo muscular • DPOC • Doenças oncológicas O exercício físico é a charneira para a mudança comportamental, sendo que o médico é o elemento mais bem posicionado para influenciar ao início da prática desportiva. Aliado a este, o profissional do exercício, é o mais bem posicionado para influenciar à manutenção da prática desportiva. Por isto ser evidente, os médicos têm de saber o que os profissionais do exercício fazem no dia a dia com os seus clientes, porque é que prescrevem determinadas rotinas de trabalho, e que pilares do movimento utilizam. Esta ligação do exercício a um médico é sempre benéfica pois permite: • apelar e influenciar a população para a adopção de estilos de vida mais activos • encaminhar doentes para os health clubs

Saúde

Através da análise do diagrama acima, é possível perceber a ligação directa entre o exercício física e a saúde Há um conjunto de factores de risco de saúde sob os quais o exercício torna-se o elemento mandatório para a sua redução e melhoria da qualidade de vida. São eles:

Wellnes

Fitness

Com a evolução do nosso mercado, uma buzz word muito utilizada é a palavra wellness, que quer exactamente conjugar a ligação do fitness à saúde e dotar os clientes e potenciais clientes da O foco deve toda a informação sobre o visível sempre ser na com- (fitness), mas também sobre tudo plementariedade aquilo que não se vê (saúde). destas duas áreas de trabalho, em que, o investimento será numa maior formação aos médicos sobre exercício físico aliada a uma maior conjugação entre médicos e profissionais de exercício. A actividade física para ter o sucesso desejado e a continuidade desejada por parte de quem prescreve determinada rotina de exerDeve estar presente nas mencícios deve ter sempre por base tes de toda a população, que as três aspectos fundamentais: guidelines da ACSM recomendam que: “30 minutos por dia de • Acompanhamento duran- actividade física de intensidade te a sessão de treino moderada 5 dias por semana, são • Monitorização dos desem- suficientes para uma melhoria evipenhos conseguidos pelos dente do nosso estado de saúde”. clientes O índice de participação des• Reavaliações planeadas e portiva do nosso país situa-se nos regulares para haver progres- 6% sendo a mais baixa de toda a são no treino europa. Torna-se por isso urgente, sensibilizar toda a nossa comuniO exercício à semelhança da dade para práticas regulares de medicina, tem de ser encarado actividade física, como forma de como uma substância activa, combate ao sedentarismo. em que cada tarefa que é prescriA medicina tem um papel ta ao sócio, tem um princípio fundamental nesta causa e cada activo como qualquer ingestão vez mais assistimos a médicos a prescrita pelo médico. No segui- recomendarem a prática regular mento desta ideia o exercício de exercício físico como terapia físico possui: para as chamadas “doenças da civilização”. • Prós e contras do exercício Por todas estas evidências é • Contra-indicações fundamental que o mercado do • Half lifetime (tempo médio fitness esteja cada vez mais próxide actuação do exercício) mo do campo da medicina pois só assim temos um só caminho a Se assim fôr entendido pelo percorrer, lado a lado no combate profissional do exercício e pelo ao sedentarismo e ao aumento sócio que realiza as várias tarefas crescente dos níveis de obesidade propostas, o exercício físico passa do nosso país. a actuar como coadjuvante Há que liderar esta mensagem terapêutico no dia a dia das da saúde e do bem estar por pessoas, e com isto conseguimos todos, pois esta é a nossa oportuter cada vez mais pessoas activas. nidade!

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Body-mind concepts

A VERDADE Muitas pessoas, especialmente as mais ignorantes, desejam castigar os honestos por falarem verdade, por serem correctos e autênticos. Quando estamos correctos e sabemos disso, que fala a razão. Verdade só existe uma e continuará a ser sempre a verdade. A verdade determina o ponto de partida da nossa liberdade.

GUILLERMO A. LAICH DE KOLLER LICENCIADO EM MEDICINA E CIRUGIA

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mbora a verdade esteja em minoria, continua a ser a verdade. Sem a verdade, a vida converte-nos em prisioneiros da nossa própria construção. Se não podemos dizer a verdade, mantém o silêncio, mas não devemos tomar os caminhos alheios à nossa natureza para não acabarmos onde não queremos ou precisamos de estar. No final, perde-se a humildade e o conhecimento de nós próprios. Isto, que é tão simples, a algumas pessoas custa muito, em especial aqueles que há muito tempo fogem das dificuldades e das responsabilidades, passando pela realidade apenas pela ponta dos pés. A verdade é o nosso amigo mais íntimo e aceita todas as outras verdades. É esse amigo que nos mantém em contato com a realidade e nos permite expressar a nossa identidade

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mais íntima e autêntica. Não há necessidade de temer ou lutar contra a verdade, pois ela só vai doer quando for caso para isso. A verdade é o melhor remédio para qualquer mal-entendido, distorção, tergiversão e confusão entre as pessoas. Também representa o que foi escrito atrás mas aplicado ao relacionamento consigo mesmo. Ser capaz de falar e ouvir a verdade significa ter a capacidade de compreender os pontos isolados, escuros e misteriosos da vida, e poder conectá-los na sua sequência real e autêntica. Finalmente chegou a hora de dizer a verdade ... o que dói mais, a mentira ou a verdade? Temos de admitir que somos seres humanos frágeis, imperfeitos, egoístas, agressivos, defensivos, e que, muitas vezes, causamos um dano consciente aos outros. As pessoas à nossa volta apenas nos dirão aquelas verdades que somos capazes de ouvir e admitir, e não mais. Só é possível que eles gostem ou nos amem se formos capazes de ouvir as suas verdades, sem desqualificar, menosprezar, ou pronunciar qualquer juízo sobre eles. Somos todos pessoas imperfeitas,

todos nos equivocamos e todos cometemos erros. A qualquer momento podemos padecer de uma ou mais doenças mentais, como sucede em qualquer outro órgão. Simplesmente, o stresse prolongado cria graves perturbações mentais, tais como ansiedade e depressão. No entanto, o termóstato dos nossos níveis de stresse estarão no seu nível mais baixo, sempre e quando estejamos dispostos a expressar a nossa verdade com maior facilidade e fluidez possível. Toda a dor emocional, qualquer que seja, desaparecerá no momento em que estejamos


O que importa é saber reconhecer e admitir plenamente a verdade, da forma mais honesta e como se de um currículo profissional se tratasse. Ou seja, sem subtrair ou acrescentar nada para as credenciais da realidade que cada um representa a si mesmo.

dispostos a enfrentar e admitir a verdade da qual estamos a fugir. Confessar que magoámos alguém é muito difícil de assimilar pelo ser humano. E isto acontece porque magoa ainda mais os outros quando nos recusamos a admitir o dano que fizemos. Neste caso, a negação da verdade constitui uma mentira que esconde o significado da realidade e interpõe a mentira. Dizer a verdade elimina a dor causada pela ferida emocional, que por sua vez tinha sido criada pela mentira. Só então, livre de mentiras, somos capazes de amar o mundo novamente. Os nossos pais tinham as suas falhas e não foram perfeitos. Eles nem sempre sabem tudo nem se comportam de uma forma compreensiva connosco. Para mais erros que tenham cometido, fizeram as coisas da melhor forma que sabiam, sem um manual de instruções para a criação de um filho ou filha.

Mas os nossos pais também não foram um casal de ogros, monstros, retrógrados ou perfeitos idiotas. Deram o melhor que podiam, a partir de um ponto de vista diferente do nosso. Além do mais, é muito provável que um dia nos comportemos da mesma maneira ou pior. Ao recordar as nossas memórias, temos de admitir que na última discussão com os nossos pais só tivemos parte da razão e, muito provavelmente, nos equivocamos, mesmo quando nos recusamos a admitir isso. Também, a última vez que alguém nos tratou como uma pessoa inteligente e brilhante, provavelmente deve-se ao facto que não nos conhecia muito bem. Podemos encolher ou esticar quando não temos certeza, retrair quando temos dúvidas e comportar como pessoas odiosas, ressentidas, insuportáveis e vingativas quando sentimos mágoa, desespero, ou uma mistura de ambos. Todos são sentimentos e comportamentos humanos. Por outro lado, também podemos demonstrar coragem e bravura, ser esplendidos e desprendidos, comportar-nos com amor e compreensão e, acima de tudo, podemos ter muita compaixão, sem nunca emitir juízos impulsivos, menosprezar ou julgar erroneamente os outros. Estes também são sentimentos e comportamentos humanos.

Seja o que for que somos, muito bons, menos bons, neutros, menos ruins ou francamente muito ruins, tudo corre ao longo de um amplo espectro que representa pensamentos, sentimentos e comportamento humano há milhões de anos. Um espectro onde o claro-escuro da vida se mistura e se sobrepõe com algumas curvas cheias de sombras, onde todas as realidades são parciais. O que importa é saber reconhecer e admitir plenamente a verdade, da forma mais honesta e como se de um currículo profissional se tratasse. Ou seja, sem subtrair ou acrescentar nada para as credenciais da realidade que cada um representa a si mesmo. A quem tem que gostar é a nos próprios. Cada um é como é, ponto. Ser capaz de por de lado as nossas defesas e admitir a nossa verdade constituirá sempre uma forte plataforma, como um sinal claro da força pessoal. Ao admitirmos as nossas fraquezas daremos aos outros uma pessoa a quem eles podem realmente gostar ou amar. Vale a pena investir na verdade. Olhemos para onde olhemos, admitir as nossas fraquezas mais frágeis e vulneráveis é, de longe, a nossa maior força e poder. Esse poder se manifesta no seu máximo potencial quando, com um sorriso nos lábios, somos capazes de dizer: “Critiquem-me com tudo o que queiram, desde que seja com a verdade… a verdade é que a única coisa que me importa”

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saúde A Legionella: desdramatizar mas não facilitar

O recente surto de Legionella ocorrido em Vila Franca de Xira foi surpresa apenas para os menos atentos. A falta de legislação, aliada à consequente falta de controlo analítico por parte das autoridades de saúde, tinha inevitavelmente que terminar numa situação como aquela que vivemos recentemente, com perdas irreparáveis, tais como as 11 vidas ceifadas (dados obtidos na hora em que terminei de escrever este artigo).

PEDRO MESQUITA FORMAÇÃO EM ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA DIRETOR GERAL CIMAI ENGENHARIA E QUÍMICA AVANÇADA, SA

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evidente que o mediatismo dado a este caso foi muito grande e, no imediato, as pessoas ficaram mais atentas, parecendo surgir uma vontade genuína de evitar que situações como as que foram vividas em Vila Franca voltem a ocorrer. No entanto, a realidade é bem diferente, pois o assunto voltou a passar para segundo plano, fruto da atual volatilidade da comunicação social, em que os assuntos morrem com a mesma velocidade com que surgem. A desculpa da crise económica que, como todos sabemos tem as costas largas, leva a que as empresas e instituições públicas não invistam efetivamente na prevenção. Também é verdade que, se é um facto que a população em geral ficou a conhecer melhor o que é a Legionella, nomeadamente onde vive, como nos contamina e quais os sintomas da doença (Legionelose), não é menos verdade que

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pouco ou nada se tem falado nas formas de prevenção. Uma coisa é certa, nos espaços desportivos e ginásios existe risco efetivo de proliferação da Legionella, caso não se façam os tratamento preventivos necessários. É verdade que as populações que frequentam ginásios não são em geral as de maior risco, atendendo ao facto de serem pessoas ativas, normalmente saudáveis e com hábitos de vida tendencialmente saudáveis. Todavia há um pequeno pormenor de que não se fala: no momento seguinte à prática desportiva intensa os utentes destes espaços estão mais propensos a contrair a doença. No caso dos espaços públicos, como piscinas ou pavilhões municipais, o risco é mais elevado, porque nestes espaços existem muitas vezes programas sociais específicos para idosos, facha etária caracterizada como população de risco elevado. Mas podemos então dizer que morrem muitos praticantes de deporto com Legionella? A perceção que temos é que não, mas também precisamos de ter consciência de que muitas da mortes não são associadas à Legionella, pela simples razão que o diagnóstico em meio hospitalar, muitas vezes mal feito, e normalmente associa a causa do óbito a uma simples pneumonia. Quantas

vezes ouvimos nos meios de comunicação dizer-se de determinado individuo, normalmente com idade avançada, “morreu na sequência de complicações no sistema respiratório”. É por essa razão que me tem espantado uma certa inércia dos agentes económicos do fitness em investirem o justo valor na prevenção desta bactéria mortal. As desculpas que tenho ouvido variam entre o facto de nunca terem tido um caso de Legionella e o facto estarmos a viver um mau momento na industria do fitness. Mas a minha pergunta é: o que acontece se tiverem uma contaminação generalizada e morrerem pessoas? A poupança obtida na falta de prevenção vai chegar para pagar eventuais indemnizações e suportar o desprestigio da marca? Mas a prevenção é assim tão cara e complicada? Sim pode ser cara e até ineficaz se for mal escolhida. Os pontos críticos num centro de saúde e bem estar como é um centro de fitness ou ginásio, com ou sem SPA, são os depósitos de água quente sanitária (DAQS), as unidades de tratamento de ar (UTAS), os sistemas de ar condicionado (AVAC) e os Jacuzzis. Já todos sabemos que a Legionella vive na água e só nos pode contaminar se entrar no nosso sis-


tema respiratório. Essa inalação pode acontecer nos chuveiros, abastecidos pelos DAQS, pode também haver infeção por gotículas de ar projetadas a partir das UTAS e dos AVAC. Nos Jacuzzis, havendo borbulhar e criação de gotículas de água, existe também o risco real de contaminação. Para prevenirmos essa infeção bastam alguns procedimentos relativamente simples que não são dispendiosos, exceto no caso dos DAQS, senão vejamos: • Jacuzzis – manter a água bem desinfetada, preferencialmente com Bromo, em concentrações entre os 3 - 6 mg/L. Manter o pH controlado entre 7,2 e os 7,8. Usar um anti-algas, pois sendo a legionella uma bactéria oportunista, devemos evitar que outros microrganismos estejam presentes na água. • AVAC – fazer limpeza periódica dos filtros e condutas, com desinfetante específico e homologado. • UTAS – Manter um plano de desinfeção periódico dos filtros e dos tabuleiro de condensação, sendo que devem ser utilizados os desinfetantes adequados. • DAQS – O procedimento mais comum de tratamento preventivo faz-se por choque térmico, que consiste na elevação periódica da temperatura das caldeiras, de forma a que se consiga aniquilar toda a Legionella presente no sistema de águas quentes de abastecimento aos chuveiros. Normalmente é também prática comum manter sempre a água nos DAQS a temperaturas elevadas, a rondar os 60º C. O problema do choque térmico é que além de caro, dado os elevados custos energéticos, não é tão eficaz como possamos pensar. Efetivamente abaixo dos 70 ºC o melhor que conseguimos é inativar a reprodução da Legionella, mas não destrui-la. A destruição

só se dá entre os 70-75 ºC, e apenas naquela que está livre no meio aquático. Nas pinhas dos chuveiros e nas torneiras misturadoras forma-se uma combinação de matéria orgânica e matéria inorgânica a que chamamos biofilme. Neste biofilme é frequentemente possível detetar-se Legionella escondida, normalmente dentro de Protozoários. O grave desta situação é que o choque térmico nada faz ao biofilme, sendo que em rigor até agrava a sua formação, porquanto a maior parte dos sais minerais presentes nas águas comuns, precipitam com o aumento de temperatura, dando origem a zonas mais extensas onde pode aderir mais biofilme. A situação é tanto mais preocupante porquanto numa análise à água dos chuveiros, havendo legionella alojada no biofilme, ela pode não ser detetada, já que se encontra escondida. Podemos assim apenas deteta-la através de uma análise chamada zaragatoa às zonas em que desconfiamos que possa existir o biofilme. Inferimos destas conclusões que o choque térmico, além de muito caro, não é uma solução 100% eficaz, porque aumenta a precipitação de sólidos, porque de certa forma a sujeição do sistema de águas quentes sanitárias a temperaturas tão elevadas (>70ºc) é prejudicial aos elementos constru-

tivos do próprio circuito. Importa também referir que dificilmente conseguiremos que em todos os terminais dos chuveiros chegue água à temperatura necessária (70º C), durante mais que 30 minutos, tempo necessário para aniquilarmos a Legionella. De facto o sistema que conheço mais eficaz para a destruição da Legionella e que, ao contrário do choque térmico, também destrói o biofilme é a injeção de dióxido de cloro no sistema de águas quentes sanitárias. Este composto além de não ter sabor e cheiro, não é corrosivo, nas concentrações em que é utilizado para esta aplicação, sendo importante referir que é comummente utilizado na desinfeção de redes públicas de água potável. O dióxido de cloro é produzido in sito na zona técnica e a sua eficácia está identificada pela Direção Geral de Saúde, que o recomenda como uma boa forma de prevenção para a Legionella. O payback para a instalação de um gerador de dióxido de cloro, já com os custos de manutenção e funcionamento, para quem faça atualmente um choque térmico mensal, é de apenas 12-18 meses. Uma coisa é certa, tenho poucas dúvidas de que o nosso governo vai fazer sair rapidamente legislação, semelhante à já existente noutros países da EU, obrigando os agentes económicos a proteger os seus clientes/utentes do risco de virem a ser contaminados com Legionella, por isso obrigando-os a fazerem tratamentos preventivos e um controlo analítico rigoroso. Recomendo assim vivamente que escolham as soluções eficazes com o menor custo de exploração possível, permitindo aos vossos utentes sentirem-se seguros e portanto valorizados, e todos sabemos como isso é decisivo nos dias de hoje.

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personal training

FACTURAÇÃO de MILHÕES em 4 PASSOS As Questões e as Dúvidas, em relação ao Verdadeiro Valor do Negócio de Personal Training ainda são muitas!! Os dois lados ainda existem e coabitam, à mais de duas décadas: 1. PROMOTORES: que sentem Mensalmente e Anualmente o seu negócio de Fitness em espiral crescente, com faturações Muito Acima da Média e Taxas de Retenção que evoluem Positivamente, a nível mensal; 2. DETRATORES: que defendem ter um Excelente serviço de Acompanhamento aos seus Sócios e que esta Gigante Forma de Profissionalização do Serviço Técnico não tem espaço no seu clube.

FILIPE MARTINS GENERAL MANAGER TRIBE HEALTH CLUBS CONSULTING COM UM VOLUME DE ACOMPANHAMENTO A MAIS DE 100 PLANOS DE CONSULTORIA AVANÇADA DE CRESCIMENTO DE HEALTH CLUBS

Alguns Dados Importantes Sendo o 2º mercado de fitness mais evoluído da Europa (seguido do Reino Unido) estima-se em Portugal, um Potencial de Negócio que pode atingir valores simpáticos e que acreditamos ajudar a resolver alguns dos desafios dos nossos clubes nacionais: 1. Potencial de Negócio, em Portugal: 9.600.389,40€ (volume mensal) com uma taxa de penetração de apenas 10%; 2. Performance das Melhores Marcas: no atual merca-

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do português existem marcas com performances acima de 23% de Taxa de Penetração em Sócios Activos (Live Members Penetration Rate) e 37% de Taxa de Penetração em Facturação (Revenue Penetration Rate) 3. As Melhores Marcas conseguem, neste mesmo mercado de 2014/2015, crescimentos mensais de 30% no valor médio pago por cada sócio (Yield per Member) 4. Número de Sessões Mensais a serem leccionadas por Profissionais: 274.297 sessões em volume mensal, equivalente a 63.348 sócios pagantes do serviço Personal Training 5. Estima-se que em 2015/2016 serão necessários cerca de mais 2500 Novos Profissionais Formados na Área de Personal Training Para que seja Simples, entender a mecânica deste negócio dentro do negócio de fitness, ficam aqueles que são sem dúvida

os 4 Fatores Determinantes para o Sucesso deste “pequeno” departamento: 1. A Nova Vaga de Gestores: Pertencem a um Grupo de Elite que rapidamente assimilaram o Conceito de PROFIT (Lucro) e adicionaram a variável de Equipas Profissionais. Aplicam esta Fórmula numa base diária e entendem que o Departamento de Fitness: Sala + Avaliações pode ser um Departamento Mais Profissionalizado (tecnicamente e onde diariamente aplicam todas as matérias nas quais se especializaram) criando um Serviço Altamente Especializado e Personalizado criando um Valor Altíssimo de Oferta aos seus Sócios e ao qual associam uma faturação mensal. Estes Gestores rapidamente entendem que ao elevarem a qualidade do seu Serviço Base (serviço de sala e acompanhamento) criam uma Legião de Promotores do seu serviço Premium, aumentando a procura junto dos seus sócios.


2. Processo: Se até 2009, as grandes marcas conseguiam volumes de faturação em Receita Secundária de Personal Training, apenas “mostrando” que têm o serviço, após o grande pico da Crise este processo Reactivo não é suficiente, sendo necessário acionar 6 Novas Linhas de Conversão. Cinco destas Linhas de Conversão, são totalmente assentes num Processo Proativo: • Experiência de Treino • Treino em Grupo • Up Sell2 • Interações de Valor • Coaching para Plateias Restando apenas uma Linha de Conversão Reativa

H - avaliação no dia de “Hoje” O - Objetivos em 4D P - Planeamento E - Execução do plano 4.A Consequência Natural: Quando se fala em equipas mais profissionais, o comportamento deste novo mercado empurra-nos, a todos, para análises que requerem investimento de tempo em ações de terreno de forma a poderem ser identificados Padrões de Sucesso. O maior Padrão de Sucesso, que se identifica em Equipas Top Performer e com o Serviço de Personal Training Totalmente alinhado é o da Influência. E neste ponto, consegue-se aferir um nível de influência muito elevado em três variáveis deste negócio de Fitness:

• Recepção ao Sócio (H.O.P.E) 3. A Receita em Formato Crescente Como qualquer processo de Venda, também o processo de Venda do Serviço de Personal Training está assente sobre duas premissas essenciais, nas quais se tornam diferenciadoras: a técnica e a profundidade, da mesma. Criação de Volume de Propostas Diárias, Semanais e Mensais, aumentando a “probabilidade” de Sucesso é “obrigatório” e que requer a qualquer gestor de Topo um exigente grau de acompanhamento, tanto na quantidade como na qualidade, pois esta dupla determina o tempo de “estadia” do sócio no clube. A segunda premissa é a Conversão, e esta cada vez mais assenta na profundidade do trabalho de cada técnico, e nos recursos que têm disponíveis em todos os momentos criados de 1 para 1 (Conversas Continuadas – Marketing Directo) O Sucesso de todas as Oportunidades tem por base 4 Simples Passos:

1. Aumento da Faturação da Unidade/ Marca Vimos que a relação é simples: quanto mais profundo, organizado e medido é o negócio de Personal Training, mais este influência a facturação total da Unidade/ Marca (positivamente). 2. Elevação da Qualidade de Serviço de Fitness Pela Especificidade e Profundidade do trabalho realizado com cada sócio, torna-se Importante garantir que todos os profissionais estão update em relação aos seus conhecimentos técnicos, torna-se Importante o acompanhamento e desenvolvimento destes profissionais (garantir que todos entregam o serviço de Personal Training ao mais alto nível).

O Processo de Influência acontece para os restantes momentos, e mais especificamente o trabalho desenvolvido diariamente na Sala de Exercício. Todas as Equipas, sem exceção, que tornam o serviço de Personal Training, um serviço de Elevada Qualidade, apresentam igualmente um aumento e um patamar Muito Elevado no Serviço de Diário de Sala, tendo como consequência o ponto seguinte. 3. Aumento da Taxa de Permanência Média de cada Sócio (RETENÇÃO) O tempo de permanência dos nossos sócios aumenta, pelo simples fator de existir um estrutura de acompanhamento (ao sócio) a partir do momento em que se inscreve! Não se trata de apenas uma avaliação e de um plano de treino, mas sim de uma estrutura pensada e organizada de forma a que o motivo pelo qual o sócio se inscreveu seja a Missão número 1 de todo o clube. Estima –se que com 4 ações simples e muito bem concertadas (intra clube) • Avaliação Inicial (agendada em 24/48H) • Plano de Treino Personalizado (com uma relação de 80/20...o que gosta de fazer vs o que precisa fazer) • Momento(s) de Follow Up (com o objetivo de analisar evolução de resultados vs visitas ao clube vs impedimentos) • Interações de Valor” (e este ponto é sem dúvida um dos mais importantes pois define cultura de marcas e transforma negócios).

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panorâmica da nutrição BEBIDAS DE RECUPERAÇÃO As grandes aliadas do desempenho desportivo Eu não diria que é mais importante que a alimentação e o próprio treino, mas está ao mesmo nível. Refiro-me à RECUPERAÇÃO. Sim, em letras maiúsculas, porque sempre nos preocupamos em equipar com o melhor material (roupas, bicicleta, GPS, etc.), comer relativamente bem, treinar duro ... mas ficamos por aí, isto é, esquecemos o que acontece depois, tal como disse anteriormente, é igualmente importante para o desempenho, porque sem recuperação não há treino com qualidade ...

PABLO FELIPE MARTÍN SANZ LICENCIADO EM CIÊNCIAS QUÍMICAS, LICENCIADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS ALIMENTOS sem treino com qualidade ...E não há melhoria, levando a uma estagnação. Quando falamos de recuperação devemos pensar em fazê-la a 2 níveis, em que ambas caminham lado-a-lado e são igualmente importantes, ou seja, há dois tipos de recuperação: a energética (reabastecer) e a estrutural (repor danos muscular). Então, qualquer pessoa que queira optimizar a sua recuperação deve “comer” e “beber” após o exercício. Sim, comer, ou melhor dizendo: ingerir nutrientes. Mas, quais nutrientes? Sempre água, hidratos de carbono e proteínas. E a grande questão: em que proporções? Aqui a resposta varia de acordo com o desporto praticado. Por exemplo, damos maior importância à recuperação energética em desportos que consomem mais gasolina, tipo os de

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fundo, e damos maior importância para a recuperação estrutural / muscular em desportos que têm um maior desgaste muscular, tipo os de força. Diz-se de maneira geral que comer e beber é o mais importante, mas se realmente procura otimizar, ou seja, fazê-lo de forma rápida e correcta, devemos pensar que o fornecimento de nutrientes na forma líquida é a melhor opção. Primeiro porque ingerimos água, fundamental para reidratar nos desportos de fundo e, segundo, porque o processo de digestão é mínimo e, portanto, os nutrientes entram muito mais rapidamente no sangue o que, por seu lado, acelera os processos de recuperação energéticos e musculares. Sim, podemos pensar em suplementos, porque há de facto boas soluções para este fim, mas não é necessário que estejam sempre presentes, já que temos os conhecimentos mínimos para fazermos o nosso próprio batido pós-treino. Uma vez que esta questão daria para um artigo muito extenso, nesta edição incidirei essencialmente sobre as bebidas de recuperação que pode encontrar na forma de suplementos desportivos. De uma

forma geral, direi quem deve usar essas bebidas para que possa encontrar ou combinar a melhor solução para o seu treino. O que deve conter uma bebida de recuperação? As características técnicas destas bebidas estão muito definidas. Vejamos de uma maneira geral o que devem conter: 1) Hidratos de Carbono (HC): devem estar sempre presentes porque a atividade física é catabólica e o stresse que gera faz com que aumentem os níveis de cortisol (hormona catabólica) e se reduzam os da insulina (hormona muito anabólica); temos de introduzir algo para reverter este equilíbrio e a melhor forma é adicionar HC de alto índice glicêmico (IG). Normalmente, o mais recomendado/utilizado é a glicose (dextrose), embora actualmente se comece também a usar HC de alto peso molecular (amilopectina). 2) Proteínas (P): devem estar sempre presentes. As mais recomendadas são as de rápida assimilação e rica em aminoácidos ramificados (BCAAs). Sabe-se que a toma destes nutrientes (HC e P) acelera tanto os processos de recuperação


AMIX

Nome do produto Iso-LynTM Isotonic Ingredientes Cálcio, potássio, fósforo, sódio, magnésio, frutose... Modo de utilização Bebida isotônica:1colher por 500 ml de água; hipotônica:1colher por 750 ml de água Conteúdo Contém minerais necessários para otimizar a recuperação desgaste físico Função Previne a desidratação e ajuda a estabilizar o nível de açúcar no sangue

AMIX

Nome do produto Ingredientes

Iso-Lyte Energy Sport Drink - Isotonic Potasio, cálcio, fósforo, sódio, magnésio, VitaminaC y B6, frucctosa. Modo de utilização 1 colher (30 g) de pó em 500 ml de água Conteúdo é uma solução eletrolítica, formulada com um suprimento de carboidratos Função Fornece hidratação ideal, sem negligenciar a ingestão de energia

Nome do produto Ingredientes

SFY PROFESSIONAL NUTRITION

SFY PROFESSIONAL NUTRITION

SFY PROFESSIONAL NUTRITION

NUTRISPORT

NUTRISPORT

NUTRISPORT

XCORE

WEIDER

ISO ENERGY Complexo carbo optimum ,acidulante, L-glutamina, ácido ascórbicoteno, adoçante. Modo de utilização Durante e após o exercício intenso,tomar 30 g com 350 ml de água. Conteúdo 900g Função Carboidratos fórmula,aminoácidos, antioxidantes e eletrólitos

Nome do produto Ingredientes Modo de utilização Conteúdo Função

INTENSITY PRE-WORK Vitargo®, creatina, beta-alanina, arginina, chá verde, vitaminas. Beber antes, durante e depois do exercício. 500 G limão Maior rentabilidade das tuas sequências e melhor recuperação.

Nome do produto Ingredientes

FitMireral Agua, Acidificante, Minerais, Vitaminas, Conservantes, Aroma, Edulcurantes Modo de utilização Tomar durante a actividade fisica, hidratacao diaria em fase de control de peso Conteúdo 500ml Função Hidratação sem calorias, minerais (Na+, K+, CL-, CA2+, P4+, MG2+) e Vit. B.

Nome do produto Ingredientes

Stimulred Energy 300 Agua , Sacarose,Glucose, L-Arginina ,Taurina, Guarana, Ginseng e vit. C Modo de utilização Cunsumo sempre que necessario uma aporte extra de energia. Conteúdo 300ml Função Bebida Estimulante , Pre-treino liquido.

de energia como muscular. Uma das P mais recomendadas/utilizadas, porque respeitam o que foi mencionado, são as do soro de leite (Whey), de preferência isoladas e/ ou hidrolisadas. 3) Minerais: presença quase obrigatória são o Sódio (Na) e o Potássio (K) porque aceleram a recuperação, favorecendo o equilíbrio hídrico no interior da célula. 4) BCAAs e Glutamina: aceleram a recuperação muscular e a reposição de glicogénio. Os BCAAs podem ser provenientes da fonte de proteína anteriormente referida ou serem adicionados se necessário, especialmente a Leucina que é o mais importante, pois ajuda a ativar os processos de síntese proteica.

Também podem ser adicionados outros minerais e, claro, vitaminas. Algo que podemos considerar, ainda que menos importante do que as bebidas isotónicas, é a osmolaridade e recomenda-se que não exceda 400 mOs / kg de água. Proporções entre nutrientes: Hidratos de Carbono e Proteínas Partindo desta base iremos modificando em função do tipo de desporto: • Desportos de fundo: proporção HC e P deve ser 4/1 ou 3/1. Ajustar a quantidade de HC para aprox. 1 g. / Kg de peso corporal.

Nome do produto SURVIVAL SPEED UP MINERALS Ingredientes Vitargo®, beta Alanina, electrolyte, vitaminas. Modo de utilização Diluir 20 g em 500-1000 ml de água e beber antes, durante e depois do exercício. Conteúdo 500 G limão Função Substitui a perda de sais minerais e atrasa a aparição do ácido lático.

Nome do produto Ingredientes Modo de utilização Conteúdo Função

Nome do produto Ingredientes Modo de utilização Conteúdo Função

SURVIVAL X-TREME ENERGY Vitargo®, antioxidantes, L-carnitina, taurina. Formação ao longo: duas porções por dia. 1000 G (limão e morango) ENERGIA mais rapida a permanecer por mais tempo.

SportDrink Isso Agua, Oligossacáridos, Dextrose, Minerais, Frutose, Vitaminas Consumir durante a pratica de exercicio fisico. 500ml em 4 sabores (Fresh, Limão, Laranja, Tropical) Hidracao, repoem os electrolitos perdidos pelo suor.

Nome do produto Xtreme Amino Liquid 17oz (500ml) Ingredientes Agua, Colâgeno Hidrolisado, Glicina, Ácido cítrico. Modo de utilização Misture bem uma dose (20ml) num copo de água, 1 dose por dia. Conteúdo 500 g Função recuperação mais rápida e maior crescimento muscular

• Desportos tipo anaeróbio/ aeróbio (artes marciais/contato, grupo, raquetes): proporção 2/1 é a mais comum. Dependendo do desporto e/ou fase da temporada pode chegar a 1/1. • Desportos de força: aqui nós iriamos para 1/1 e dependendo da fase da temporada (fase definição ou muito baixa em HC) poderia ser 1/2. Como e quando tomar bebidas de recuperação? Obviamente, a ideia é tomar após a prática de exercício, nos 30 minutos seguintes, para maximizar a “janela anabólica ou janela de oportunidade”. Embora se possa prolongar até 60 minutos mais tarde.

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especialistas A GYM FACTORY conta com colaboração dos melhores especialistas no panorama do Fitness em Portugal e Espanha, conhecedores profundos das diferentes áreas imprescindíveis para o bom funcionamento da instalação desportiva. Se deseja saber mais sobre estes especialistas, entra no nosso site: www.gymfactory.pt

RUI ABRANTES

SARA FARIA

■ Certificado em ciência funcional aplicada ■ Master Trainer VIPR ■ Diploma em osteopatia - DO (a Frequentar) ■ Diretor do centro de análise biomecânica e de recuperação e performance Bodylab ■ Diretor do centro de formação FunctionalLAB ■ Docente Manz/ Universidade Lusófona

■ Licenciada em Ciências da Nutrição pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto ■ Mestranda em Nutrição Clínica pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra ■ Membro efectivo da Ordem dos Nutricionistas ■ Trabalha na área clínica e desportiva em ginásios e clínicas privadas ■ Detentora do CAP – Certificado de Competências Pedagógicas de Formador

PABLO FELIPE MARTÍN SANZ

GUILLERMO A. LAICH DE KOLLER

■ Licenciado em Ciências Químicas, UAM (Colegiado Nº 7.674) ■ Licenciado em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, UAM ■ Personal Trainer Avançado ■ UCM Assessor técnico das principais marcas de nutrição desportiva em Espanha. ■ Formador de (futuros) Profissionais de Fitness na APECED ■ Autor de inúmeros artigos para a revista Mescle Stars! ■ Autor convidado em inúmeras revistas de desporto ■ Instrutor oficial TRX ■ Júri Nacional de Físico-Culturismo e Fitness (IFBB) ■ Quiromassagista Terapêutico e Desportivo (APECED) ■ Instrutor de Matt Pilates (APECED) ■ Diretor e Speaker da AMCFF (IFBB Madrid)

■ Licenciado em Medicina e Cirurgia (Universidade Complutense de Madrid) ■ Doutoramento em Medicina e Cirurgia (Universidade de Alcalá de Henares) ■ Especialista em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética Universidade do País Basco – MIR) ■ Especialista Universitário Europeu em Saúde Mental (Universidade de Léon) ■ Médico Especialista Associado (Clinica Mediterrânica de Neurociências de Alicante) ■ Especialização Internacional em Medicina e Ciências do Desporto ■ Diretor Clinico: Centro Médico Estético – Las Rozas – Madrid

pablo@fasnutrition.com

FILIPE MARTINS

PEDRO MESQUITA

■ General Manager TRIBE Health Clubs Consulting ■ filipe@fitness-tribe.com ■ Co-Autor do Estudo e Livro – 4 Grande Factores de Sucesso de Health Clubs ■ Responsavel pela Criação e Treino de Estratégias e Tácticas Comerciais para um Volume Anual de + de 90 000 horas de Personal Taining ■ Com um Volume de Acompanhamento a mais de 100 Planos de Consultoria Avançada de Crescimento de Health Clubs

■ Formação em Engenharia e Electrotécnica ■ Diretor Geral CIMAI - Engenharia e Química Avançada, SA ■ Empresário na area do fitness. ■ pedromesquita@grupo-cimai. com.

www.guillermolaich.com

AMÂNCIO NUNO FERREIRA SANTOS

amancio.nuno.santos@gmail.com

entrenadores

■ Licenciatura em ciências do desporto e Osteopatia. ■ L1 de Crossfit e o Coach Prep Course (L2 de crossfit) ■ Pós-Graduação em Marketing Management ■ Licenciatura em Ciências do Desporto ■ Club Manager Fitness Hut Amoreiras ■ Training Manager da Technogym em Portugal. ■ Responsável pelo departamento de Formação da Technogym e Formador ■ Instrutor de Rpm(01), Body Pump(01), Body Attack(03), Spinning(05), Power Jump(09) E Cx Worx(11)



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