Gest達o de riscos nas megacidades: riscos, vulnerabilidades e perspectivas no Brasil
A história das cidades e os riscos naturais Passado remoto: a busca de proteção e segurança contra os elementos da natureza (o homem das cavernas)
A história das cidades e os riscos naturais a percepção de riscos
A história das cidades e os riscos naturais a percepção inequívoca do risco
A hist贸ria das cidades e os riscos naturais
- passado recente: as cidades como p贸lo de atra莽茫o do desenvolvimento humano
A história das cidades e os riscos
O pano de fundo do passado de desastres: a) desconhecimento das ameaças c) cidades tecnologicamente vulneráveis c) ausência de políticas específicas: percepção individual, percepção coletiva e percepção política do risco
A história das cidades e os riscos naturais
- situação atual: a urbanização acelerada, o advento das megacidades e o desafio na gestão dos recursos naturais
IMPACTO DAS AÇÕES HUMANAS 1. O uso humano de terras, águas e recursos minerais tem aumentado continuamente. 2. Crescimento adicional da população e atividade econômica irão intensificar ainda mais estas pressões. 3. A composição química do ar, água e solo está mudando, assim como a estrutura e funcionamento de ecossistemas naturais. 4. Desde o advento da historia, os assentamentos humanos tem-se desenvolvidos perto da borda entre a terra e o mar. Hoje, mais de metade da população mundial vive numa faixa de 50 km do mar.
Megacidades no mundo em 2015
MEGACIDADES
- Em 1950, 30% da população mundial vivia nas cidades. - Em 2000, esse número já era de 47%. - Este total pode alcançar os 60% por volta de 2030. Hoje, no Brasil, 80% da população mora em áreas urbanas. - Por volta de 2015 poderão existir cerca de 60 megacidades em todo o mundo, abrigando mais de 600 milhões de pessoas.
A histĂłria das cidades e os riscos naturais
- perspectiva futura: as oportunidades estĂŁo nas cidades, principalmente em paĂses emergentes >>> crescimento das megacidades
Megacidades e suas mazelas
MEGACIDADES - Alta concentração populacional - Vulnerabilidade inversamente proporcional ao grau de desenvolvimento econômico, social e de infraestrutura urbana - Populações e infraestruturas mais vulneráveis nos países emergentes
Riscos no Brasil
Movimentos de massa
Ocorrem a cada ano no territĂłrio brasileiro deflagrado por chuvas. Atingem a regiĂŁo costeira mais povoada e mais rica em investimentos pĂşblicos e privados.
Riscos Tecnológicos
Riscos tecnológicos são intrínsecos aos processos industriais e a obras de engenharia. A gestão de riscos tecnológicos é fundamental para a prevenção e controle de acidentes.
A gestão das cidades e dos riscos Situação atual, tendências e desafios - alta concentração populacional - diversidade de atividades humanas - ocupação de terrenos cada vez mais impróprios - diversidade de riscos presentes e aparecimento de novos tipos e condições de risco - diferentes graus de vulnerabilidade e de conhecimento sobre a vulnerabilidade
Riscos no Brasil
A cidade formal e consolidada
O QUE É RISCO no contexto das Ameaças Naturais? <RISCO é a estimativa numérica de perdas e danos devidos a um fenômeno natural com dada severidade e probabilidade de ocorrência atingindo uma comunidade com dada condição de vulnerabilidade> Quantas pessoas podem morrer, sofrer lesões? Qual o montante de perdas econômicas e danos a propriedades e o custo de socorro e reconstrução? Qual o custo de uma paralisação das atividades econômicas por um dado período de tempo?
A equação de riscos R=P(A)XD(V) RISCOS (R) => PROBABILIDADE e SEVERIDADE (A) RISCOS (R) => VULNERABILIDADES (V) R = f(A) X (V) A GESTÃO DE RISCOS nas cidades: conhecer e evitar as ameaças e conhecer e reduzir as vulnerabilidades sociais, econômicas e ambientais.
Conhecemos realmente as ameaรงas?
Conhecemos realmente as vulnerabilidades?
Caracterização de cenários de risco
Caracterização de cenários de risco
Severidade e frequĂŞncia dos processos
Caracterização de cenários de risco
Vulnerabilidade social â&#x20AC;&#x201C; ĂĄreas de riscos
S達o Bernardo do Campo, 2005 A
VULNERABILIDADE URBANA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: Desenvolvimento sustentável de áreas urbanas requer uma abordagem baseada em critérios econômicos, sociais e ambientais (Munasinghe, 1993). 1. ASPECTOS ECONÔMICOS Desastres são relativamente mais danosos em países em desenvolvimento porque as perdas são maiores por terem infraestrutura mais vulnerável. 2. ASPECTOS SOCIAIS Crescimento populacional e adensamento urbano intensificando a vulnerabilidade nas cidades 3. ASPECTOS AMBIENTAIS Interconexão entre a degradação dos recursos naturais e aumento da vulnerabilidade a desastres naturais.
Sistemas de Gestão Municipal de Riscos - Identificação e análise dos perigos e respectivos cenários de riscos naturais e tecnológicos no município; - Identificação dos planos e programas de controle de riscos existentes; - Elaboração de bancos de dados para a gestão de riscos; - Articulações inter inter--institucionais para a melhoria da capacidade de gestão de riscos; - Gestão dos cenários de risco através da implantação e controle de medidas estruturais e não estruturais; - Elaboração de rede de informações e montagem e operação de sistema de gestão de riscos.
O futuro das cidades: construindo cidades mais seguras Metas no âmbito da gestão de riscos para as cidades: - reduzir os riscos: eliminar áreas de risco, reduzir a probabilidade de ocorrência, reduzir a vulnerabilidade de uma dada situação de risco, evitar o aparecimento de novas áreas de risco - aumentar intervenções em áreas de risco (medidas estruturais e não estruturais) - melhorar a nossa capacidade técnica e política de realizar mudanças efetivas nas áreas de risco
O futuro das cidades: construindo cidades mais seguras Metas no âmbito da gestão de riscos para as cidades brasileiras: - melhorar a capacidade de fazer a gestão de riscos de forma a aumentar o nosso poder de previsão, preparação e atendimento de desastres - melhorar a percepção e capacidade de gerir novos riscos advindos ou não de mudanças climáticas, aprendendo inclusive com a percepção do público
Desafios para gestão de riscos no século 21 Conseqüências para políticas de gestão de risco; - melhorar as avaliações de risco e vulnerabilidade; - responsabilidade individual e coletiva - dividir os riscos (risk sharing) - risk sharing mechanisms - temas estratégicos
Gest達o Urbana e Gest達o de Riscos
ABORDAGEM DA UNDRO (1990) PARA O GERENCIAMENTO DE ÁREAS DE RISCO
1. Identificação de ameaças 2. Mapeamento e Análise de riscos 3. Medidas de prevenção 4. Planejamento para situações de emergência 5. Informações públicas e treinamento
UNDRO - (Office of the United Nations Disasters Relief Co-Ordinator)
MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
SITUAÇÕES DE RISCO ATUAL
AÇÃO SOBRE AS CONSEQÜÊNCIAS
ELIMINAR O RISCO INSTALADO
CONVIVER COM O RISCO INSTALADO
ELIMINAR CONSEQÜÊNCIAS SOCIAIS E ECONÔMICAS
EVITAR CONSEQÜÊNCIAS SOCIAIS
RELOCAR A OCUPAÇÃO PARA LOCAL SEGURO
PLANOS PREVENTIVOS PARA ESCORREGAMENTOS
SITUAÇÕES DE RISCOS POTENCIAL
AÇÃO SOBRE PROCESSOS
AÇÃO SOBRE PROCESSOS E CONSEQÜÊNCIAS
REDUZIR O RISCO INSTALADO
EVITAR INSTALAÇÃO DE NOVAS SITUAÇÕES DE RISCO
EVITAR OCORRÊNCIA DO PROCESSO
REDUZIR MAGNITUDE DO PROCESSO
URBANIZAÇÃO E OBRAS DE ESTABILIZAÇÃO
EVITAR OCORRÊNCIA DO PROCESSO
EVITAR CONSEQÜÊNCIAS SOCIAIS E ECONÔMICAS
CONTROLAR A EXPANSÃO E O ADENSAMENTO DA OCUPAÇÃO
A
S達o Paulo, Brasil
A
S達o Paulo, Brasil
S達o Paulo, Brasil
ESCORREGAMENTOS EM ÁREAS DE ENCOSTAS E SOLAPAMENTOS
A
DE MARGENS DE CÓRREGOS EM ÁREAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ESCORREGAMENTOS EM ÁREAS DE ENCOSTAS E SOLAPAMENTOS DE MARGENS DE CÓRREGOS EM ÁREAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
S達o Paulo, Brasil
MAPA DA EVOLUÇÃO URBANA NA RMSP 2001 E 2008
PROJEÇÃO DA MANCHA URBANA EM 2030
Avanço em direção ao Sul
Avanço em direção a Cantareira (Norte)
Risco atual
Chuva atual
Se chover mais
Risco, em caso de manutenção do padrão de ocupação
FATALIDADES HUMANAS
Periodicidade de Eventos Severos
Fonte: IPT 2009
RISCOS (R) => AMEAÇAS (A) RISCOS (R) => VULNERABILIDADES (V)
R = f(A) X (V)
Os fenômenos naturais deflagrados por eventos meteorológicos estão mais frequentes e severos ou as cidades estão mais vulneráveis?
Vulnerabilidade
Grau de perda ou dano de elemento(s) sob risco de ocorrência de uma ameaça com uma dada severidade.
Aumento da vulnerabilidade
INDICADORES E METAS REDUZIR EM 5% /ANO ÁREAS DE RISCO DE ESCORREGAMENTOS
INDICADORES E METAS REDUZIR EM 5% AO ANO ÁREAS DE RISCO DE ENCHENTES
Construção de cidades menos vulneráveis, mais seguras
Riscos nas cidades brasileiras
Riscos nas cidades brasileiras
Riscos nas cidades brasileiras
REDUZIR AS VULNERABILIDADES CONSTRUTIVAS
Reduzir as vulnerabilidades construtivas
REDUZIR AS VULNERABILIDADES CONSTRUTIVAS
Gestão de Riscos no Brasil • Criar centros de excelência para investigação, análise e monitoramento de riscos naturais. • Operação de sistemas de monitoramento e alerta em tempo real, principalmente em relação à base de dados de riscos e vulnerabilidades da ocupação. • Formação de gestores de risco.
Gest達o de riscos nas cidades
GESTÃO DE RISCOS NAS CIDADES - reconhecer de forma ampla e mais detalhada possível as situações de vulnerabilidade e respectivos cenários de risco ou cenários de futuros acidentes - adaptação a mudanças climáticas: reduzir vulnerabilidades a eventos cada vez mais severos e fora de padrão - políticas para a construção de cidades mais seguras com o uso de indicadores e políticas de planejamento e controle baseadas em metas quantitativas de redução de riscos
AGOSTINHO OGURA LABORATÓRIO DE RISCOS AMBIENTAIS TEL. (11) 3767- 4352 FAX (11) 3767- 4767 email atogura@ipt.br
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