Papelaria
ano XVIII – outubro de 2011 – nº 170 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br
REVISTA DA
Papelaria para presente Que tal fazer da sua loja um ponto de venda daqueles pequenos e irresistíveis objetos capazes de fazer bonito na hora de presentear? Descubra agora como investir em gifts.
PLANTÃO VOLTA ÀS AULAS TECNOLOGIA A demanda por limpadores de tela Antecipamos os planos para o período mais esperado do ano está em plena ascenção
PAPELARIAS DO BRASIL Os desafios da região Sudeste fecham a série de reportagens
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Nesta Edição Entrevista
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Vanessa Pasquini dá dicas sobre como escolher e tornar conhecido o nome da sua empresa.
Plantão Volta às Aulas Conheça as principais ações de lojistas e fabricantes para o período de volta às aulas 2012.
22 ano XVIII – outubro de 2011 – nº 170 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br
Papelaria REVISTA DA
Papelaria para presente
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Produto
Que tal fazer da sua loja um ponto de venda daqueles pequenos e irresistíveis objetos capazes de fazer bonito na hora de presentear? Descubra agora como investir em gifts
Presentinho, lembrancinha ou gift: seja qual for o nome que você use, veja aqui porque esses objetos “cheios de bossa” têm tudo a ver com papelaria.
TECNOLOGIA PLANTÃO VOLTA ÀS AULAS A demanda por limpadores de tela Antecipamos os planos para o está em plena ascensão período mais esperado do ano
Tecnologia
PAPELARIAS DO BRASIL Os desafios da região Sudeste fecham a série de reportagens
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A disseminação de objetos eletrônicos touch screen fazem aumentar procura por limpadores de tela.
Papelarias do Brasil
EDITORIAL
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A última reportagem da série mostra como a região Sudeste é a que tem mais facilidades e também os maiores desafios.
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CIRCULANDO
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PERFIL DO VAREJO Bacal Papelaria
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CLÍNICA EMPRESARIAL
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MERCADO Feiras regionais
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ATUALIDADE
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VITRINE
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MERCADO GLOBAL
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ONDE ENCONTRAR
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PONTO FINAL
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Editorial
Todo dia é dia de presentear Na primeira hora do dia 13 de outubro, passado o Dia das Crianças, todo o varejo deixa para trás o apelo infantil para as vendas e se transveste de Papai Noel. O vermelho e dourado tomam conta de shoppings e vitrines de qualquer tipo de loja, do armarinho à loja de departamentos. Essa lição é básica na dinâmica do comércio e nos inspirou no assunto de capa desta edição. A venda de lembrancinhas, os chamados gifts, em papelarias é ou não um bom negócio? A jornalista Carolina Berger ouviu fornecedores e lojistas para te dar a resposta. Eu adianto que a afinidade é enorme e que o tamanho do mix dos pequenos presentes deve variar de acordo com o público. Mas o melhor de tudo é que a venda de gifts em papelaria independe da proximidade do Natal. O apelo de venda está presente em pontuais datas comemorativas, mas também nos aniversários, que, neste caso, acontecem todo o dia, o tempo todo. Abordamos outra oportunidade de negócios para as papelarias. Desta vez, foi a repórter Renata Medeiros que pesquisou o tema: venda de kit de limpeza de telas. O crescente aumento de venda de tablets, netbooks e smartphones, com tecnologia touch screen, tem alavancado também a procura por tais produtos. Oferecidos em forma de spray ou lenços umedecidos, tais produtos têm tudo para ter alta procura no varejo. Higiene e busca pela durabilidade das telas são os grandes apelos para a demanda. É, nesta edição, também que chega ao fim a série de reportagens Papelarias do Brasil. Durante cinco edições, retratamos as características específicas e desafios do mercado de papelaria em cada uma das regiões do país. A região Sudeste fecha a série mostrando o confronto entre os benefícios da logística e da comunicação em contraponto ao alto custo de vida e elevada carga tributária. No Plantão Volta às Aulas, você já vai se envolvendo com as expectativas da volta às aulas, e, na Clínica Empresarial, conhece o desafio do empresário em ser atendido diretamente pelos fornecedores. Aproveite essas e outras reportagens preparadas para você se atualizar e se inspirar. Bons negócios e ótima leitura. &
ANO XVIII OUTUBRO/2011 Nº 170 ISSN 15162354 DIREÇÃO GERAL Jorge Vieira Gonzaga e Rosangela Feitosa de Souza direcao@revistadapapelaria.com.br JORNALISMO Edição: Rosangela Feitosa Reportagem: Carolina Berger e Renata Medeiros Revisão: Rita de Cassia Carelli Ilustração: Uri Adriano jornalismo@revistadapapelaria.com.br ARTE Direção: Claudio Albuquerque Programação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra, Stanley Gonzaga e Tatiane Albuquerque ATENDIMENTO AO LEITOR Luanna Coutinho atendimento@revistadapapelaria.com.br ADMINISTRAÇÃO Caroline Barros adm@revistadapapelaria.com.br CONSELHO EDITORIAL • Regina Célia Zogheib Bertonha, Libanesa Center (Brasilândia/MS) • Ildomar da Costa Vieira, PaperBlue (João Pessoa/PB) • Beatriz Inês Lisboa, IB Papelaria e Presentes (Capanema/PA) • André Costa, Duplapel Papelaria (Rio de Janeiro/RJ) • Heidi Stock, Papier Haus (Guarapuava/PR) conselhoeditorial@revistadapapelaria.com.br PUBLICIDADE Direção comercial: Jorge Vieira publicidade@revistadapapelaria.com.br ATENDIMENTO COMERCIAL EM SÃO PAULO Ericson Ortelan – (11) 2978-8841 e (11) 9145-4181 Ivo Trevisan – (11) 2099-4356 e (11) 8215-8322 SEDE Av. das Américas, 5001 – coberturas 309 e 310 Rio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004 Tel./fax: (21) 2431-2112 DISTRIBUIÇÃO MENSAL E NACIONAL Para diretores e compradores de papelarias, atacadistas, distribuidores, representações e indústrias do setor e departamento de compras de corporações.
PUBLICAÇÃO MENSAL
ASSOCIADA A
Rosangela Feitosa - EDITORA rosangela@hamaeditora.com.br
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Entrevista Vanessa Pasquini – Especialista em naming
O que há por trás do nome O nome de uma loja funciona como sua identidade, e, se bem trabalhado, ele pode se tornar referência no mercado. Em entrevista à REVISTA DA PAPELARIA, a proprietária da Novetà Criatividade e especialista em naming, metodologia utilizada para criar descrições de negócios ou produtos, além de slogans ou palavras-chave para a comunicação das empresas, Vanessa Pasquini, reúne dicas para ajudar você a divulgar e preservar a sua marca. POR RENATA MEDEIROS Qual é a importância de se escolher devidamente o nome de uma loja? Vanessa Pasquini: É enorme,
pois é ele que torna-se depositário do reconhecimento e da identificação por parte dos clientes. O nome malescolhido não é aquele difícil de escrever ou irreverente, mas o que não forma uma solução carismática. Kopenhagen e Häggen Dazs não são fáceis de escrever, mas são sucesso. Já usar um nome registrado por outrem é receita de fracasso, configurando-se em crime de marca. Como o especialista em naming pode ajudar o empresário a não cometer esse tipo de erro? Vanessa Pasquini: Esse profis-
sional, que precisa ter noções de linguística, fonética, direito de propriedade industrial
e posicionamento estratégico aplicado à construção das marcas, cria enormes listas de possíveis nomes para o seu cliente. Depois, é necessário comprovar se eles são passíveis de uso, ou seja, que se adaptam à Lei 9.279/96, não ferindo o direito adquirido de terceiros. Complexa, ela estabelece, por exemplo, que brasões, datas, termos técnicos e siglas de órgãos públicos não podem ser usados como marca. É ainda preciso estar atento à Lei de Direitos Autorais (9.610/98), já que títulos de obras não podem ser usados como nome fantasia. O que deve ser levado em consideração no momento de criar o nome de uma empresa? Vanessa Pasquini: Esse não é
um processo simples. Pelo contrário, é bastante comple-
xo. Usar nomes parecidos ou que se confundam com a concorrência não ajuda. Deve-se evitar copiar o vizinho, pois o cliente vê isso como expressão de qualidade inferior. Quando várias empresas têm nomes iguais ou similares, todo mundo perde. O correto é buscar a unicidade e a originalidade, muitas vezes utilizando termos cunhados ou neologismos. Uma papelaria pode até chamar-se Paco, se ali houver um papagaio com nome Paco que cante no meio da loja. É a irreverência e a diferenciação que fazem do nome um elemento memorável sobre o qual o comércio se capitaliza, pois é dele que os clientes se lembram. E como o lojista pode “proteger” o nome do seu estabelecimento? Vanessa Pasquini: Eu recomenoutubro de 2011
Qual é a principal dica para fazer com que o nome de uma loja seja conhecido e “fique na cabeça” das pessoas? Vanessa Pasquini: Construir
uma solução articulada e coerente é a questão. Muitas vezes, é por meio da fonética e da linguística que o sucesso de um nome se torna fixo na cabeça do consumidor. Músicas e slogans são excelentes ferramentas de marketing. Porém, não basta apenas criar essas obras. É preciso usá-las de maneira correta. Utilizar a surpresa e o encantamento na publicidade também são formas de obter memorização para construir o referenciamento. Vale acoplar a palavra “papelaria” ao nome escolhido, indicando assim do que se trata aquele determinado negócio? Vanessa Pasquini: Isso pode ser
feito caso a palavra “papelaria” combine com o nome escolhido, mas não é essencial. Esse descritivo não precisa necessariamente fazer parte do nome
do estabelecimento, podendo ser colocado sem muito destaque no cartão de visita, no site ou na fachada da loja, caso haja necessidade. É aconselhável que o nome da loja esteja relacionado ao seu público-alvo? Vanessa Pasquini: Mais que falar
com o público-alvo, o nome precisa emocioná-lo. Por outro lado, focar excessivamente pode segregar o negócio. Mas se uma papelaria possui a palavra “estudante” acoplada ao seu nome e surja o desejo desse estabelecimento atender também o público corporativo, não seria necessário trocá-lo. Nesse caso, bastaria o papeleiro fazer algo ligado à publicidade por meio de imagens ou um slogan especial para o novo cliente que ele deseja atingir. Ele poderia ainda colocar no cartão de visita um telefone para “atendimento especial a empresas”, mostrando que a sua loja também oferece esse serviço. É aconselhável a troca do nome de uma empresa? Vanessa Pasquini: Geralmente,
troca-se de nome ao se receber uma notificação extrajudicial de uso desautorizado do nominativo pertencente a outrem. Preservar o antigo é sempre mais lucrativo, especialmente se houver registro deferido no INPI. Ficar mudando de nome é loucura, pois ele é o R.G. de um business. Em vez da troca, é melhor criar uma forma nova de usá-lo, e, para isso, o trabalho
O nome mal-escolhido não é aquele difícil de escrever ou irreverente, mas o que não forma uma solução carismática. do profissional de branding/ design, que conheça naming, é o indicado. Pode-se, por exemplo, unir nome e humor para chamar um estabelecimento de Hamburguer aplicando esse nominativo de marca a uma fachada ou arquitetura típica da cidade de Hamburgo, na Alemanha. Lembro ainda que o nome de fundação de uma papelaria há muito tempo no mercado deve ser mantido, porque atualmente não é fácil ter uma marca que não seja propriedade de outrem. Além disso, a mudança pode causar confusão para o cliente. Uma filial deve ter o mesmo nome do primeiro ou ganhar um novo? Vanessa Pasquini: Manter o
mesmo nome é melhor, pois o cliente encontra a empresa com referência prévia mais facilmente. Caso o varejista resolva criar um nome fantasia diferenciado para o segundo estabelecimento, é aconselhável que ele mostre ao consumidor, por meio de um símbolo ou ícone, por exemplo, que ambas as lojas pertencem a uma mesma empresa. Essa é uma vantagem, pois mostra ao público que aquele determinado negócio é sério, está em crescimento e alcançando sucesso. &
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do que ele busque o registro do nome no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Para isso, o mais indicado é contar com o serviço de um escritório de marcas, pois esse é um processo complexo, especialmente quando o empresário já usa o nome há algum tempo e nunca se preocupou em registrá-lo. Hoje em dia, há várias empresas que perdem seus nomes porque não se interessaram em realizar essa burocracia inteligente e barata.
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Circulando Inforshop promove ações A sustentabilidade nos negócios é um dos temas do marketing da Inforshop, e, dentro deste programa, ela levou 17 clientes para uma visita à fábrica da Suzano, realizada em 20 de setembro. Duas caravanas, uma de São Paulo e outra do município de Itu, se uniram na capital paulista e seguiram para a fábrica de papel e celulose, onde foram recepcionadas pela área de comunicação da empresa. No local, os visitantes puderam conhecer todo o processo de produção e logística da companhia e ainda entender os diferenciais da sustentabilidade ambiental da Suzano. No mesmo mês, a Inforshop promoveu importantes ações de
endomarketing, ainda em comemoração aos 25 anos de sua fundação. No dia 23, aconteceu em Itu um evento chamado de “Scrity Day”. Durante a sua realização, o gerente nacional da Scrity, Eduardo Ruiz, assim como o assessor de marketing da empresa, Daniel Luis da Silva, estiveram na filial da Inforshop, onde, além de treinamento, realizaram uma campanha de vendas, que premiou os colaboradores a cada pedido com envelopes Scrity feitos naquela ocasião. Já no dia 24, grandes iniciativas foram colocadas em prática por dois parceiros da Inforshop: a Dello e a Okidata. Dois ônibus saíram de São Paulo para uma visita à fábrica da primeira
NA ESTANTE empresa, onde os funcionários da Inforshop foram recebidos pelo presidente da Dello, Elson Di Célio. Junto à sua equipe de marketing, ele acompanhou os visitantes pelas instalações da companhia, localizada em Extrema, no sul de Minas Gerais. Mais tarde, o grupo se dirigiu à cidade vizinha de Bragança Paulista, no estado de São Paulo, onde foram recepcionados em um sítio, com direito a dupla caipira, show de prêmios, jogos e brincadeiras. Na mesma data, outra parte da equipe Inforshop esteve no show de patinação artística Luzes de Hollywood, patrocinado pela Okidata e realizado no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. &
Equipe da Inforshop em dois momentos: na Suzano, em São Paulo; e na Dello, em Minas.
O objetivo do livro Todos os clientes são irracionais é ajudar empresários, gerentes e comerciantes a desenvolver estratégias emocionais, mantendo o público ligado aos produtos e serviços por um longo prazo. Ao longo dos 12 capítulos, são abordadas as maneiras como os clientes percebem o mundo e como eles processam as informações recebidas, por exemplo. Assim, é possível que o leitor aprenda maneiras de reter informações significativas sobre seu público-alvo, analisando dados e observando comportamentos. William J. Cusick / Editora Campus/Elsevier – 224 páginas
Varejo também deve se qualificar para a Copa do Mundo de 2014 Em setembro, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apresentou uma proposta para operacionalizar projetos de qualificação profissional, que serão lançados pelo Ministério do Trabalho e Emprego como forma de capacitar trabalhadores para
a Copa do Mundo de 2014. A ideia é que os programas contemplem não só taxistas e profissionais de hotelaria, mas também trabalhadores do comércio e empresários do setor de serviços. “Existe muito lojista sem qualificação para receber o turista estrangeiro.
Temos que pensar em como desenvolver projetos que contemplem todas as frentes do setor de serviços”, disse o vice-presidente da CNDL, Vitor Augusto Koch. A proposta foi apresentada ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Ele
solicitou que a liderança formalizasse o projeto técnico para concorrer em licitações e concorrências públicas. “Quanto mais gente executando os programas de qualificação, melhor para o Ministério. Temos interesse nessa parceria”, disse o ministro. &
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Circulando CONSUMO
Crescimento e satisfação A Cadersil foi eleita como uma das 250 empresas que mais crescem no país. O resultado foi baseado em uma pesquisa feita pela revista Exame, da Editora Abril, publicada em setembro. Localizada na Paraíba, a empresa foi a única fabricante brasileira de cadernos a ser franqueada. Para a realização do estudo, foram utilizadas como referência as demonstrações financeiras de 2008, 2009 e 2010, além de terem sido apontadas as estimativas para a receita obtida em 2011. &
Crescimento contínuo de 2008 para cá garantiu à Cadersil a presença no ranking da revista Exame, que destaca as 250 empresas que mais crescem no país.
Visita em busca de novidades Cláudia Urman dá aula para crianças de cinco anos e, para isso, conta com a ajuda de muitos tipos de papéis. “Uso cartolina, papel lustroso, laminado, crepom, pardo, 40 quilos”, enumera. Tantas cores e texturas permitem que a professora explore diversas percepções dos alunos, como o reconhecimento de formas e espaços. “Aproveito o material para fazer tiras e bolinhas, que podem ser utilizadas no preenchimento de uma área determinada, por exemplo”, conta. Valorizando a criatividade, há vezes em que recorre até a forminhas de papel. “Tenho o privilégio de trabalhar em um colégio particular, que me permite ter acesso a bastante material”, comenta. A utilização de artigos de papelaria, porém, não se restringe ao trabalho na escola. A professora conta que utiliza outros produtos, como a caneta hidrocor, durante as aulas particulares que ministra. “Destaco observações e exercícios com cores diferentes para chamar a atenção e estimular a criança”, conta. Borrachas, lápis, lapiseiras e Post-it também agradam Cláudia, que, geralmente, visita papelarias por curiosidade. “Esses estabelecimentos possuem uma grande variedade de artigos. Quando tenho oportunidade, entro para ver o que há de novo”, diz. &
Evento beneficia Museu da Caneta Sheaffer A Sheaffer realizou, em setembro, um coquetel para a captação de recursos, que serão destinados ao Museu da Caneta Sheaffer, localizado em Fort Madison, nos Estados Unidos. Criada e
patenteada em 1908, ele conta a história da marca no mundo da fabricação de luxuosos instrumentos de escrita. “É importante manter essa trajetória como parte da herança do local e compartilhar isso
com o público. Grande parte da história da Sheaffer tem relação com o mundo, como no caso das canetas dessa marca utilizadas para assinar o Tratado de Paz dos japoneses e a Carta das
Nações Unidas”, destaca o presidente do museu, Richard Canella. O Museu da Caneta Sheaffer é uma organização sem fins lucrativos, totalmente administrada por trabalhadores voluntários. &
Sebrae prepara nova versão de biblioteca online para 2012 No início de 2012, o Sebrae irá disponibilizar em seu portal na internet a Biblioteca Interativa Sebrae. Trata-se de uma versão mais ampla e moderna da Biblioteca Online (www.biblioteca.sebrae.com.br), disponível para internautas de todo o país. Uma das novidades é o aumento dos atuais quatro mil
títulos para aproximadamente 100 mil. “Essa expansão de conteúdo colocará a biblioteca entre os maiores acervos sobre empreendedorismo da América Latina”, ressalta o coordenador nacional do projeto no Sebrae, Geraldo Magela. É possível procurar o título de interesse por áreas
temáticas, documentos recentes ou palavra-chave. Entre o material disponível hoje, estão diagnósticos, monografias e artigos relacionados ao tema empreendedorismo. O acesso é gratuito e não é necessária a realização de cadastro. “Há uma diversidade de fontes de informação e de conhecimento
que o visitante pode escolher”, informa Geraldo Magela. Na Biblioteca Online, já foram realizados quase 17 milhões de downloads. Entre os conteúdos mais baixados estão: Como Elaborar um Plano de Negócio, Planejamento Empresarial, Gestão Financeira e conteúdos de mercado segmentados. &
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Circulando REPRESENTANTE COMERCIAL
Vocação que vem de berço
O cão que é criança Em 2005, quando passava por uma reestruturação, a emissora de TV paga Discovery Kids identificou a necessidade de criar um personagem que a representasse. Foi assim que nasceu Doki, o cão que é como seus telespectadores: ele adora aprender, subir em árvores, andar de bicicleta, jogar futebol, ler e desenhar. Ele vive dentro do canal, na companhia dos amigos Mundi, Fico, Anabela, Gabi e Oto. Agradando a crianças e pais, em 2007, o personagem já era licenciado e, em 2010, cresceu 25%. Para
DOKI NA PAPELARIA Dermiwil: mochila, lancheira e estojo. Molin: caneta hidrográfica, maleta para pintura, lápis de cor, giz de cera, apontador com depósito, kit de pastilha para aquarela. Tilibra: caderno brochura e pasta com aba elástico.
ampliar a influência da marca, há a preocupação de que Doki esteja sempre relacionado a produtos e atividades que colaborem com o desenvolvimento infantil. &
A paixão pelas vendas teve início na infância. Aos oito anos de idade, Wagner Silveira de Souza já comercializava picolé, amendoim e cocada, esforço que lhe rendeu frutos. “Devido a esse trabalho consegui comprar, ainda criança, o meu primeiro relógio”, lembra. O tino para os negócios foi herança do pai, vendedor de uma empresa especializada em produtos alimentícios. Na adolescência, Souza não abria mão de viajar com ele, visitando clientes pelo interior do Pará. “Eu gostava de ver como o meu pai era respeitado e como recebia carinho. Ele é o meu ícone, um grande exemplo”, comenta. Por influência da mãe e dos quatro irmãos, todos graduados na área de educação, Souza formou-se em pedagogia, chegando a atuar no ramo. O gosto pelas vendas, porém, falou mais alto. “Não me identifiquei com o trabalho, e então ingressei na equipe de uma empresa que representava a Johnson&Johnson no Pará”, conta. No setor papeleiro, ele ingressou há quatro anos e é representante da Tilibra, ele atende principalmente cidades do interior paraense. Um das características de Souza é o seu empenho em ir ao encontro dos clientes, no mínimo, uma vez por mês. “Algumas papelarias recebiam a visita do representante duas vezes por ano. Foi preciso mudar isso. É fundamental manter a interatividade e o contato com aqueles que defino não como clientes, mas como parceiros”, diz. “O segredo para o sucesso nessa, e também nas demais profissões, é realização do trabalho com dedicação e amor. Um não pode viver sem o outro”, completa. &
Inadimplência cresce pelo oitavo mês consecutivo A inadimplência do consumidor registrou alta de 5,8% em setembro de 2011, na comparação com o nono mês de 2010, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Essa foi a oitava elevação seguida nessa base de comparação em 2011, um indicativo de que o cenário inflacionário persistente ainda exerce pressão negativa sobre o poder de compra do consumidor e sobre o nível de endividamento das famílias, conforme avaliação do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior. &
Sindigraf doa livros para biblioteca do interior de São Paulo Em mais uma ação para estimular o gosto pela leitura entre os brasileiros, o Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado de São Paulo (Sindigraf) doou, no último mês, uma biblioteca completa ao município de Arealva (SP). A cerimônia de doa-
ção aconteceu no dia 22 de setembro e contou com a presença do presidente do Sindigraf-SP e da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional), Fabio Arruda Mortara. O prefeito de Arealva, Elson Banuth Barreto, além
de autoridades locais, também participou da solenidade. O evento marcou ainda a inauguração do novo endereço da biblioteca, no centro cultural da cidade. “Esse é um exercício de responsabilidade social que procuramos colocar
em prática”, declarou Mortara. Desde 2005, a Abigraf doou livros para bibliotecas localizadas em locais como Gastão Vidigal, Taquaral, Jardinópolis, Monte Castelo, Tanabi, Santo Antônio do Pinhal, Monteiro Lobato e Osasco. & outubro de 2011
Perfil do Varejo 18
Bacal Papelaria (São Paulo/SP)
Tradição atuante Eduardo Bacal largou a engenharia agronômica quando descobriu a paixão por papelaria. Formado também em direito, além de trabalhar na Bacal Papelaria, hoje, ele pratica a advocacia em prol das empresas varejistas do setor. Eduardo Strachman Bacal tinha voltado recentemente à sua cidade natal, São Paulo (SP), quando o amigo da família, Januário Fuoco, lhe ofereceu uma das cinco papelarias que possuía no centro de São Paulo. Depois de muitos anos atuando na área, Fuoco decidia se afastar do trabalho. Então, vendeu algumas e deixou outras para o respectivo sócio de cada estabelecimento. Porém, Joana Bezerra dos Santos, sócia de Januário na Papelaria Barão, abriu mão do negócio. Para não acabar com sua primeira loja, inaugurada em 1933, ele sugeriu que Eduardo Bacal e sua
esposa, Sheila Bacal, assumissem a papelaria. Eduardo trabalhava como engenheiro agrônomo na Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp), mas Sheila, fonoaudióloga, ainda não estava empregada. O casal ficou receoso em assumir um negócio que não conhecia, mas Januário garantiu que Joana os ajudaria no início. Assim foi. Em 1988, Sheila assumiu a papelaria integralmente, enquanto Eduardo se dividia entre a loja e a Codasp. Mas isso durou apenas seis meses. “Papelaria é um negócio apaixonante. Logo quis me dedicar a ela”, lembra
o empresário. Além disso, ele sentiu necessidade de trabalhar mais na papelaria, quando precisou enfrentar o Primeiro Plano Collor, em 1990. “Foi um baque porque não sabíamos como lidar”, afirma Eduardo. A estratégia escolhida – aumentar o investimento em estoque – deu certo e serviu para incertezas futuras. “Naquele ano, houve falta de produtos, mas nós tínhamos itens guardados. Então, passamos a adotar esta prática nas outras situações em que havia risco. Era melhor que ‘segurar’ dinheiro e ficar sem vender”, avalia. Atualmente, grande parte
Direto da revenda Nome: Bacal Papelaria. Localização: São Paulo, SP. E-mail: bacal.pap.doce@zipmail.com.br Site da papelaria: www.bacalpapelaria. com.br Data da fundação: a Papelaria Barão foi inaugurada em 1933. Eduardo Bacal assumiu o negócio, em 1988, e mudou o nome para Bacal Papelaria, em maio de 1994. Quantidade de funcionários: 3. Região que abrange: Centro de São Paulo, além dos bairros Ipiranga e São Luiz. Filiais: Não. Área: 167 m², incluindo o estoque. Serviços oferecidos: cópia, encadernação e
entrega, além de recarga de cartuchos e toner. Perfil do cliente: público corporativo da região, secretárias e transeuntes. A vitrine precisa ter lançamentos. “Beleza é fundamental na vitrine. Costumo colocar bibelôs para compor um ambiente agradável. O consumidor não pode se sentir agredido por uma quantidade exagerada de produtos. Isso pode fazê-lo perder o foco do que foi buscar. Também coloco banner para divulgar os serviços de recarga de cartucho e toner”. Produtos mais vendidos: cadernos, agendas, envelopes, máquinas de calcular, caixas de presentes, papel sulfite.
Melhores fornecedores: ACC, International Paper, Tilibra. Que aspectos do mercado precisam ser discutidos: tributação em geral e, em especial, a desigualdade entre a cobrança para grandes e pequenas papelarias, que compram produtos com preços diferentes dos mesmos fornecedores.
Como chegar Av. São Luis, 140, loja. 2, República – São Paulo – SP – CEP: 01046-000 Telefone: (11) 3231-2350
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de seus produtos são comprados na Office PaperBrasil Escolar, evento do qual participa desde a primeira edição. “Lá, eu vejo as novidades e posso exigir melhores preços. As empresas estão mais propensas a dar descontos porque já investiram para estar ali e há muitos varejistas juntos”, analisa. Em 1994, Eduardo precisou encerrar a empresa Papelaria Barão. Mas a loja foi mantida com a criação de uma nova razão social, passando a ser conhecida como Bacal Papelaria. “Essa mudança não afetou o negócio, pois os consumidores nos conheciam e viram que ainda era a mesma papelaria, localizada no mesmo lugar”, conta. Muitos destes clientes, como
bancos e agência de turismo da região, ainda são herança da Papelaria Barão, que atendia o público corporativo. Realmente só o nome foi alterado. Localização, clientela e até funcionários continuam os mesmos. “Os empregados são meu patrimônio, muitos trabalhavam aqui antes de a papelaria ser minha. Valorizo o atendimento tradicional. Ao contrário do que falam sobre as vendas na internet, não existe uma pessoa que não goste de entrar em um estabelecimento e receber atenção”, acredita Bacal, que aproveita os cursos sobre produtos e atendimento, oferecidos pelo Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São
Paulo e Região (Simpa). Desde que entrou no ramo de papelaria, Bacal se envolveu ao máximo no setor, associando-se ao Simpa, do qual, atualmente, faz parte da diretoria. “Junto com outras papelarias e com o sindicato, eu ganho força. Não dá para brigar sozinho pelo que preciso. Sozinho, eu sou fraco”, declara. Além disso, o empresário exerce sua segunda profissão – ele é advogado – dando suporte a papelarias que participam ou não da associação. &
Há dois anos, a Bacal Papelaria é uma revenda autorizada da marca Tilibra, obtendo atendimento preferencial da empresa e oferecendo aos clientes a linha completa da fabricante.
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Clínica Empresarial
Para ter a atenção dos fornecedores Apesar do interesse em comprar, empresários de papelaria têm dificuldades em lidar com os fornecedores, principalmente no início. Os atacadistas aparecem como alternativa, mas não solucionam o problema. POR CAROLINA BERGER Com tantas papelarias em todos os lugares do país, muitos representantes comerciais não dão a mesma
atenção a varejistas de portes maiores e menores. Apesar da experiência em varejo, Cleber Oliveira tem passado
os últimos cinco anos com dificuldades no relacionamento com fornecedores de produtos de papelaria.
Situação problema “Como eu vendia produtos relacionados a escritório, meus clientes começaram a procurar itens de papelaria, e passei a incluí-los no meu negócio. Porém, estou tendo dificuldades no relacionamento com os fornecedores. Vejo representantes passarem pela minha loja e não entrarem, visitam apenas os concorrentes de maior porte. Fui à Office PaperBrasil Escolar, mas foram exigidos valores mínimos muito altos. Uma fabricante de cadernos, por exemplo, queria que eu comprasse um kit de R$ 15 mil. Não vendo isso tudo em uma cidade pequena. Podiam desenvolver um “kit interior”, com valor mais baixo. Tenho ido à capital, Belo Horizonte, comprar os produtos, mas é ruim porque acabo perdendo o dia todo e preciso realizar o transporte de tudo também. Quando procurei editoras para investir em livro didático, uma delas falou que eu vendi mais que meus três maiores concorrentes. A partir daí, as editoras passaram a me procurar. Apesar disso, continuo comprando pelo televendas porque já conheço a atendente e a achei mais atenciosa.” CLEBER OLIVEIRA Perfil da Strata Informática: vende artigos de informática há 13 anos, em Ouro Branco, cidade com 34.643 habitantes, situada em Minas Gerais, a 95 km da capital, Belo Horizonte. Os clientes da loja começaram a procurar material de papelaria, e, há cinco anos, os proprietários, Cleber Oliveira e Fabiana Silva, decidiram investir nesses itens, apesar dos dez concorrentes na cidade.
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Meios de comunicação “Quando comecei, esse problema também era frequente porque não havia sequer representante comercial no meu estado. Sugiro que o Cleber entre em contato com as fabricantes por telefone e pela internet. Foi o que fiz no início. Todas as empresas possuem valor mínimo para a compra, mas nunca me exigiram um preço tão alto. Hoje, Araguaína é a segunda maior cidade do Tocantins, e já não tenho esse problema. Muitos representantes comerciais moram aqui e visitam as papelarias.” SÁVIO BRITO, proprietário da Papelaria Central (Araguaína/TO)
Comprar de longe “Quando eu ainda não tinha volume de compra, os representantes também não vinham me visitar. Comecei a frequentar a feira para conhecer os fornecedores. No início, eu também comprava em atacado e ainda faço isso porque, em alguns casos, sai mais barato. Muitas vezes, os atacadistas possuem metas de venda de papel A4, por exemplo. Então, no final do mês, muitos reduzem o preço do item para atingir a quantidade que precisam vender. Porém, não preciso ir até o atacado para comprar. Tanto com esses fornecedores como com a indústria, solicito cotações de acordo com o que vejo no catálogo.” JOSÉ PAULO DE BETTIO, proprietário da Lipaper Livraria Informática e Papel (Criciúma/SC)
Atacado em conta “Tive esse problema, sobretudo com fabricantes de mochilas. A maioria exige a compra mínima de quatro itens do mesmo modelo. Muitas vezes, não quero arriscar muito no mesmo personagem e correr o risco de não vender. Prefiro optar pela variedade, e se eu quiser comprar dez modelos, tenho que comprar, pelo menos, 40 mochilas. Acabei recorrendo apenas às empresas que não exigem essa quantidade mínima. Compro muito em atacadistas. Muitas vezes, sai mais barato, mesmo pagando a transportadora, porque eles já estão no mesmo estado que eu. Quando o produto vem do fabricante, preciso pagar mais imposto pelo deslocamento entre estados. Não vou ao atacadista porque costumo pedir produtos que eu conheço. Tenho a papelaria há apenas três anos. Com um ano, fui à Office PaperBrasil Escolar pela primeira vez e conheci os fornecedores. Tem que ir e manter contato porque as empresas não procuram quem está começando. Então, fiz cadastros no site, o que resultou em algumas visitas de representantes.” GILMARA BONFIM GONÇALVES, sócia-proprietária da ABC Papelaria (Picos/PI)
Distribuidores como opção “Também estou em uma cidade pequena, que tem 15 mil habitantes. Como já estou no mercado há bastante tempo, os representantes comerciais me conhecem e eu possuo volume de compras que atende a exigência de volume mínimo dos fornecedores. Porém, no início, recorri aos distribuidores, mas solicitava por telefone e internet, e eles entregavam. Há dois distribuidores na capital, Vitória, que entregam os produtos aqui uma vez por semana, um na segunda-feira e outro na sexta-feira. Houve casos, no início, em que um único representante passou na papelaria. Comprei apenas com eles os produtos oferecidos, mesmo sabendo que isso restringiria as marcas disponibilizadas na loja.” ANDERSELY SURLO, proprietária da Pinte e Borde Papelaria e Armarinho (Itaguaçu/ES)
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Expectativas para 2012
Para conquistar o consumidor Os fornecedores apresentaram as novas coleções, e os lojistas já realizaram grande parte dos pedidos para a volta às aulas 2012. Empresários da indústria e do varejo contam os planos e expectativas para o período de maior movimento nas papelarias. POR CAROLINA BERGER
Celso Pires Raposo, da Millenium (Colinas do Tocantins/ TO), faz uso de displays e outros materiais cedidos pela indústria para incrementar a fachada de sua loja no período da volta às aulas.
Enquanto o Dia das Crianças ainda orienta os destaques e a decoração das papelarias, e os consumidores esperam a chegada do Natal, os empresários do varejo e os fornecedores já estão pensando na volta às aulas 2012. Cada um com suas estratégias, os papeleiros têm expectativas de crescimento em relação à mesma época de 2011. Este ano foi o
primeiro em que Vanessa Ribeiro Rios, proprietária da Papelaria União (Cruzeiro/ DF), investiu na parceria com escolas próximas. A partir do resultado positivo, ela já aumentou de cinco para sete o número de colégios parceiros, e pretende chegar a 15 ainda antes da próxima volta às aulas. “Cada escola recebe um valor em crédito válido para o ano todo. Assim, a equipe pedagógica pode vir retirar material, conforme a necessidade”, explica a empresária. Além disso, todos os pais que adquirirem a lista completa de material na loja de Cruzeiro poderão levar uma peça do uniforme para ser bordada com o nome do filho. “É a primeira vez que oferecemos esta promoção. Tive a ideia conversando com clientes que comentaram o desejo de colocar o nome das crianças principalmente em casacos para reduzir a perda
do item”, conta Vanessa, que contratou uma profissional especialmente para realizar os bordados. Sortear brindes é uma estratégia comum em diversos lugares do país. A bicicleta está entre as preferências da garotada, mas Júlia Ferreira de Melo Soares agradou aos pais quando sorteou um consumidor da Papelaria Meu Fofão (Duque de Caxias/RJ) para ganhar a lista de material completa ou o pagamento de uma mensalidade. Os clientes da Drika Bazar e Papelaria (Indaial/SC) não sabem ainda ao que vão concorrer na próxima volta às aulas, mas, provavelmente, vão gostar da novidade, enquanto em 2011, apenas quem pagou à vista participou do sorteio, este ano, todos poderão concorrer. “Queria estimular a compra à vista. Porém, percebi que fui injusta com alguns clientes outubro de 2011
fiéis que nunca atrasaram suas parcelas”, avaliou Adriana Raquel Martins Rezini, proprietária da loja. O parcelamento ainda é uma questão complicada para a empresária. Em 2010, todas as vendas para a volta às aulas foram realizadas à vista. Devido à solicitação dos clientes, Adriana permitiu a divisão em até três parcelas, em 2011. Ano que vem, o pagamento será dividido em até duas vezes. “Como o governo dá os livros, vendo apenas material de papelaria, que costuma chegar até cerca de R$ 100,00. O consumidor tem que conseguir pagar duas parcelas de R$ 50,00!”, comenta Adriana, que já co-
locou aproximadamente 20 nomes no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) por inadimplência, além de ter recorrido ao serviço de cobrança da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Indaial (CDL–Indaial). “Algumas pessoas acertaram as dívidas após a ação da CDL. Porém, estou com medo da crise financeira internacional. Não posso reduzir as vendas, mas também não espero grande aumento”, pondera. Júlia Soares espera consumo um pouco mais contido, em 2012, como consequência da crise. Apesar disso, a proprietária está otimista e teve a preocupação de adquirir os produtos com antecedência para conseguir
os melhores preços. “Em novembro, já recebo pedidos de orçamento. Muitas pessoas aproveitam o 13º salário para comprar material escolar”, conta. Para Marici Foroni, diretora de marketing da Foroni, o melhor momento para solicitar material para a volta às aulas é entre os meses de setembro e outubro. “Quem deixa para fazer os pedidos após esta data pode perder as melhores opções da indústria”, alerta a diretora. Tayara Sihnei Russi, gerente de marketing da Dello, concorda e afirma que este é o momento em que é possível elaborar condições especiais de venda.
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Expectativas para 2012
Luciano Santos, gerente de desenvolvimento do canal papeleiro da BIC, empresa que deve vender, nesta volta às aulas, pelo menos, 20% a mais que no mesmo período de 2011.
Alexsandro Nascimento aproveitou os descontos oferecidos na Office PaperBrasil Escolar 2011 para abastecer a Papelaria Ponto do Estudante (Ribeirópolis/SE): “Na feira, os produtos são mais baratos e podemos vê-los de perto. Além disso, se não comprar lá, corro o risco de acabar e não chegar aqui na cidade”. Conforme os pedidos são entregues na papelaria, o proprietário já expõe na vitrine, como estratégia para criar expectativa no consumidor. Celso Pires Raposo costuma usar o material publicitário oferecido pelas empresas, além de produzir panfletos que são deixados nas caixas postais de residências. “Coloco banners na entrada e próximo aos produtos correspondentes. Também percebi aumento de vendas em produtos da Faber-Castell quando comecei a utilizar o mostruário da companhia”, conta o
proprietário da Millenium Papelaria e Megazine (Colinas do Tocantins/TO). A BIC está investindo em demonstradores para destacar os atributos da linha de marcadores BIC Marking, que a empresa quer fortalecer nesta volta às aulas. A AIG Campestre disponibiliza expositores para estojos, e o gerente de marketing da empresa, Sidney Rodrigues, sugere que a organização de produtos, além de atrair os clientes, ajude o trabalho dos vendedores: “Produto embaixo de balcão, onde o cliente não pode visualizar, é prejuízo na certa. No período de grande movimento, o balconista dificilmente vai se lembrar de apresentar estes itens”. Para 2012, a empresa aposta na diversidade de produtos com o objetivo de ampliar o target da empresa. Com foco no público infantil, Alexsandro Nascimento investiu, principalmente, em produtos com os palhaços Patati Patatá, tendência identificada a partir de conversas com os pais. Já Adriana Rezini ainda não encontrou o personagem de destaque para os consumidores de Indaial, em Santa Catarina. “A papelaria está ao lado de uma escola, e costumo conversar com as crianças. Ainda não encontrei nenhuma licença tão forte como foi o Ben 10 em 2011”, afirma. Da última volta às aulas
para a próxima, Celso Raposo decidiu aumentar em 30% seu investimento em mochilas. “O produto é muito procurado como presente de Natal. Nesta volta às aulas, pretendo vender R$ 70 mil do produto”, contou o empresário. Já o papeleiro que atende o público mais velho pode contar com as Maletas A3, da Dello, indicadas para universitários, arquitetos, publicitários, projetistas e cartunistas por acomodar material em tamanho A3. “Ao criar estes produtos, a empresa se baseou nos pontos fracos do mercado e apostou em atendê-los”, explicou Tayara Russi. Com base nas vendas durante a época de volta às aulas, o maior investimento da BIC é em produtos de colorir. “85% desses itens são vendidos na volta às aulas e 15% no período de minivolta às aulas”, afirmou Luciano Santos, gerente de desenvolvimento do canal papeleiro da BIC, empresa que deve vender, nesta volta às aulas, pelo menos, 20% a mais que no mesmo período de 2011. O mesmo crescimento é esperado pela Kajoma, que tem passado por uma reestruturação. “A empresa está mais atenta à demanda de volta às aulas. Por isso, investimos em equipamentos, elevando sua capacidade de produção ao dobro”, disse Tatiana Belleza, gerente de marketing da fornecedora de cadernos. & outubro de 2011
Produto 26
Gifts
Pequenos presentes, grandes negócios Para o empresário de papelaria, gifts. Para seus clientes, uma lembrancinha. Pequenos objetos que podem agradar a quem recebe, sem custar caro a quem compra, são comuns em papelarias por todo o Brasil. São muitas as opções disponibilizadas e é preciso saber exatamente em que se deve investir. POR CAROLINA BERGER Muitas papelarias investem em presentes para as datas comemorativas, buscando faturar durante os meses que não estão inseridos no período de volta às aulas. Levando esta ideia ainda mais a sério, alguns empresários investem em celebrações que ocorrem todos os dias – os aniversários. Para isso, incluem nas prateleiras os gifts, aqueles itens que motivam os convidados a chegarem às festas dizendo que levaram “só uma lembrancinha”. “Os aniversários são as ocasiões para as quais eu
mais vendo presentes, pois há aniversariantes todos os dias”, afirma Valéria Silva Duarte, auxiliar administrativa da Planeta Papel (Cotia/ SP). Seu principal público é formado por crianças e pais, já que a loja está localizada próxima a escolas. Já, a Na Graça Multiloja (Sapiranga/RS) possui o principal público comprador de gifts formado por adolescentes do sexo feminino. Entre os itens que elas mais levam para aniversários, formaturas ou simplesmente para agradar
Há papelarias mais focadas em informática. Nesses casos, há capas e bandejas para laptop... Outras investem na linha de escritório e escolar, e podem incluir estojos, blocos , almofadas, etc. É importante que o lojista aumente o mix gradativamente até encontrar o mais adequado ALEXANDRE LIMA, MARKETING DA LUDI PRESENTES
uma amiga, estão peças de decoração, quadros de fotos e velas com essências. Alexandre Lima, gerente comercial de varejo da Ludi Presentes, acredita que as mulheres de 15 a 30 anos representam 80% do público consumidor dos produtos da marca. Talita Lieven, gerente de marketing da Mig&Meg, confirma que o público feminino compõe a maior parcela dos consumidores de gifts, porém destaca que os homens também recorrem aos presentinhos: “O público masculino gosta da praticidade de encontrar um presente atrativo e com preço acessível”. Hamilton Chen, diretor comercial da Bensia, lembra da importância de avaliar o perfil dos clientes que já frequentam a loja para investir em gifts direcionados a ele, e destaca alguns cuidados outubro de 2011
Produto 28
Gifts
Na Lápis de Cor os produtos considerados gifts representam 20% de todo o mix. Segundo o proprietário, Heliezer Vieira, a margem desses itens chegam a 80%.
O público feminino é o foco da Na Graça Multiloja com os produtos para presentes oferecidos na loja.
iniciais: “A compra de novos itens representa sempre um risco, com aumento do capital de giro, mercadoria encalhada por falta de conhecimento e principalmente a possibilidade de perder o foco do negócio”. Heliezer Henrique Vieira definiu o mix de “mimos” – como ele gosta de chamar os pequenos presentes – que vende na Papelaria Lápis de Cor (Pouso Alegre/MG), a partir de muita observação. O antigo proprietário da loja, que existe há 30 anos, havia realizado testes bem sucedidos com a venda de presentes. Quando Heliezer comprou o negócio, em 2009, ocupou metade da loja com os itens.
Aos poucos, ele percebeu em que realmente deveria investir. “A concorrência com grandes lojas de presentes e de R$ 1,99 fizeram com que a venda de presentes diminuísse. Percebi que eu só vendia aqueles que custavam até R$ 50,00. Esse é o valor máximo dos produtos que ofereço hoje”, garante. Alexandre Lima, da Ludi Presentes, sugere que o investimento em gifts seja iniciado por produtos que se encaixem no perfil da loja. “Há papelarias mais focadas em informática. Nesses casos, há capas e bandejas para laptop, além de cases para câmera digital. Já os estabelecimentos que investem mais em materiais de escritórios e escolar, podem incluir estojos, blocos de anotações, mochilas, almofadas, etc. É importante que o lojista aumente o mix gradativamente até encontrar o adequado para o seu negócio”, afirma. Fabiana Antunes Rocha, diretora da Papel e Tudo, aposta que os gifts temáticos com mensagens inteligentes e divertidas são os mais adequados para a venda em papelaria. “É importante investir também em preços atraentes, que é o que todo consumidor busca”, complementa. Atualmente, o principal público da Lápis de Cor é o corporativo, e os gifts representam 20% de sua venda. Em geral, estes itens são comprados por jovens que querem presentear mãe,
amigas e namorado, permitindo que Heliezer obtenha lucro de 50% a 80% sobre os presentes vendidos. Sua principal aposta costuma ser em artigos com licença de times, para os quais ele reserva uma parede inteira. Enquanto os outros gifts e os materiais de papelaria são expostos lado a lado, intercalando as prateleiras. A exposição de gifts na Planeta Papel é alterada de acordo com a época do ano. A proprietária, Valéria Duarte, conta que investe muito em sugestões para seus clientes. “Tento mostrar ao consumidor opções inesperadas. Assim, ele leva mais do que pretendia e fica satisfeito. No dia das mães, por exemplo, costumo colocar na vitrine um kit de presente montado, com pelúcia e outros itens em uma caixa bonita”, exemplifica. Esta ideia está presente no mix oferecido pela Carpe Diem. Segundo Priscila Rigoni, gerente de produto da empresa, as seis estampas da marca estão em todos os produtos da linha. “Para uma melhor exposição, é interessante que todos os itens da mesma estampa estejam juntos, possibilitando que o cliente enxergue toda a coleção”, sugere Priscila. Maria Eugenia De Franceschi, publicitária da Geguton, lista alguns fatores que devem ser considerados na disposição dos gifts: “Linha de produtos, cor, público-alvo e fácil acesso para os clientes”. outubro de 2011
Produto 30
Gifts
Sugestões para experimentar o potencial Os fornecedores entrevistados nesta reportagem selecionaram, dentre tantas opções de suas linhas, os produtos considerados como de venda certa no varejo de papelaria. Eles podem ser uma boa opção para quem pretende investir no mix, mas ainda está em fase de estudo do mercado.
O produto mais vendido da Ludi é a Caneca de Estimação. Irreverente, o produto faz menção a um gato, de um lado, e ao dono da caneca, de outro.
A Moringa da Carpe Diem mistura diferentes estampas, como gueixas, flores e bolinhas em único produto.
As garrafinhas squeeze da Mig&Meg foram as campeãs de vendas da marca no último ano, pois agradam as crianças que se identificam com os personagens, que vêm estampados no produto.
Um dos destaques da Papel e Tudo é a latinha, de apenas 5,5 cm de diâmetro, que possui um espelho dentro. O produto é uma opção para as mulheres carregarem na bolsa.
Estampada com bonecas russas coloridas, a Nécessaire Viagem P, da Carpe Diem, é um ótimo presente para jovens modernas.
A linha de nécessaires é o mais recente lançamento da Mig&Meg. Com desenhos e frases, as bolsinhas são voltadas para as meninas meigas e organizadas.
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As meninas que gostam da Jolie podem colocar fotos no tamanho 10 X 15 cm no porta-retrato fornecido pela Bensia. O porta-joias da Bensia abre como um pequeno armário e possui três gavetas para guardar brincos, pulseiras, cordões, anéis, etc. A licença vai agradar as meninas fãs das princesas da Disney.
O Porta-controle Remoto Fora do Ar, da Geguton, é irreverente, útil e decorativo. O produto é preto com estampa colorida e mede 12,5 X 12 X 12,5 cm.
O Kit Maquiagem, da Geguton, é composto por três caixinhas organizadoras. A “Olhos” é para colocar os delineadores, rímel e pincéis; a “Lábios” é para colocar os batons e gloss; e a “Make Up” é para colocar as sombras e o blush.
O Porta-retrato Chopp ‘Lembra?... Nem eu’ parece um copo de chopp. A sugestão da Geguton é que o consumidor coloque uma foto “daquele dia que você só lembra por fotos mesmo”. Produzido em acrílico, o item comporta foto no tamanho 10 X 12 cm, na vertical.
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A Almofada Massageadora Lacinho, da Ludi, faz bastante sucesso, assim como o Conjunto de Blocos Lacinho, que traz, dentro de uma caixinha, três bloquinhos de papel, com aproximadamente 50 folhas cada, para anotações. Na mesma linha há ainda o porta-retratos.
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Produto 32
Gifts
Acho que a papelaria é um bom lugar para vender estes itens porque há grande fluxo de gente. Geralmente, as pessoas vêm em busca de algum serviço, como cópia, e acabam levando um gift LUCIANO NOGUEIRA MACIEL, PROPRIETÁRIO DA INFOLOCK PAPELARIA E PRESENTES
Além dos aniversários, Maria Eugênia cita a decoração de quartos como uma das funções mais atribuídas aos produtos da empresa. Maristela Weber, proprietária da Na Graça Multiloja, organiza o estabelecimento de maneira setorizada. Porém, arrisca expor alguns brinquedos junto a itens escolares. “Há vezes em que produtos desses dois segmentos possuem licença do mesmo personagem. Então, coloco-os próximos para estimular a venda de mais itens”, explica. Ela acredita que as papelarias são bons pontos para a venda de presentes e que o fato de estar em uma cidade pequena contribui para a inclusão de produtos diversos na loja. “O fato de sermos referência em bazar é um conceito regional. Tenho essa possibilidade porque não há shopping por perto”, analisa.
Fabiana Rocha, da Papel e Tudo, apoia a ideia: “Toda papelaria precisa se adequar aos hábitos do consumidor, que tem pouco tempo e quer usá-lo melhor, preferindo comprar tudo o que precisa em um mesmo lugar”. A Planeta Papel não sofre muito com a concorrência, e a proprietária, Valéria Duarte, tenta não competir com o estabelecimento especializado em lembranças, localizado próximo à papelaria. “Respeito o ramo deles e dou preferência por produtos que não são vendidos lá. Assim, quando um cliente procura algo que não ofereço, indico a loja concorrente e viceversa”, comenta. Na linha de produtos da Carpe Diem, estão incluídos itens de papelaria que podem ser presentes, como blocos e cadernos diferenciados. “Também produzimos utilitários e itens de uso pessoal
Presentes para aprender No início de outubro, Deise Bernardo da Silva adquiriu a Lollypop Presentes e Papelaria (Criciúma/SC), que vende gifts. Porém, ela pretende mudar esse conceito: “Como a loja está localizada dentro de um colégio, pretendo incluir presentes com foco educativo, como jogos instrutivos, por exemplo”. Seu objetivo é não estimular o consumismo nas crianças. Deise tem a intenção de atingir os pais, que estão dispostos a gastar mais dinheiro com esses presentes. “Acho que os alunos preferem os brinquedos, mas não concordo com esse tipo de estímulo”, afirma.
que são adequados para a comercialização em papelarias, como canecas, squeezes, bolsas e nécessaires”, completa a gerente Priscila Rigoni. Enquanto os clientes da Na Graça vão à loja com o objetivo de encontrar gifts, os de Luciano Nogueira Maciel, proprietário da Infolock Papelaria e Presentes (Cruzília/MG), costumam levar os presentinhos por impulso. “Acho que a papelaria é um bom lugar para vender estes itens porque há grande fluxo de gente. Geralmente, as pessoas vêm em busca de algum serviço, como cópia, e acabam levando um gift”, conta. Talita, da Mig&Meg, sugere que as lembranças também podem estimular a venda de alguns itens de papelaria, como cartões de expressão social. A Infolock existe há 12 anos, mas os gifts só chegaram às prateleiras da loja há cerca de dois. “Desde o início, trabalho com o chamado ‘caderno de falta’, no qual oriento meus funcionários a escrever os produtos que não vendo, mas que são procurados pelos clientes. Então, quando há um item com procura frequente, passo a incluí-lo. Foi assim que decidi vender gifts”, conta Luciano. Hoje, 60% de seu mix é composto por gifts, e o empresário orgulha-se do comentário que ouviu de um cliente: “Ele falou que minha loja parece o Google, porque aqui consegue encontrar o que procura”. & outubro de 2011
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Limpadores de tela
Tudo “clean” Os kits de limpeza de telas e monitores vêm ganhando espaço, tornando-se uma alternativa para as papelarias que desejam aumentar o mix de artigos para computadores e celulares. POR RENATA MEDEIROS A tecnologia invadiu o dia a dia da maioria das pessoas, e, com isso, a quantidade de acessórios voltados para esse mercado desenvolvese cada vez mais. Produtos fabricados para deixar a tela de notebooks, tablets e smartphones como um espelho, geralmente comercializados em spray, são exemplo disso. E os fabricantes garantem: a ação deles vai muito além do pano úmido usado para limpar os aparelhos eletrônicos. A utilização de um material específico para a limpeza de telas é algo mais comum
em países da Europa e da América do Norte. Porém, de acordo com a gerente geral das operações da AF International no Brasil, Carolina Cesetti Kina, essa realidade passa por transformações. “Esse é um mercado pequeno em nosso país, mas que vem crescendo, principalmente devido ao aumento nas vendas de televisores de plasma, LCD e LED, assim como de smartphones e tablets”, comenta. Gerente comercial da Implastec, Gide Fernandes lembra ainda que, atualmente, muitos equipamentos possuem tela do tipo touch screen, aquela sensível à pressão e que dispensa a necessidade de outro periférico, como o mouse ou o teclado. O fato, segundo ele, incentiva a utilização do produto. “O contato com o dedo do usuário traz sujeira e oleosidade
natural da pele para a tela, sendo necessária a limpeza constante para manter o bom aspecto do equipamento”, declara. Há cerca de dois anos, a Multilaser oferece o seu limpador de tela ao consumidor. De acordo com o gerente de produtos da companhia, Danilo Angi Luiz, em 2010, as vendas desse artigo cresceram 60%, se comparadas às do ano anterior. “A maioria dos notebooks, smartphones, tablets, entre outros aparelhos, possui alto valor agregado. Isso faz com que as pessoas procurem produtos específicos para não correrem o risco de manchá-los ou danificá-los”, afirma.
Proteção Mas o que difere o limpador de tela de um simples pano úmido utilizado para a limpeza de um equipa-
Esse é um mercado pequeno em nosso país, mas que vem crescendo, devido ao aumento nas vendas de smartphones e tablets CAROLINA CESETTI KINA, GERENTE GERAL DAS OPERAÇÕES DA AF INTERNATIONAL NO BRASIL
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Conheça algumas opções de limpadores de tela oferecidos IMPLASTEC O Clean Limpa Telas, versão spray, é o destaque da empresa, que, ainda este mês, lança o mesmo produto acompanhado de um lenço antirrisco, que não deixa resíduos de tecido após a limpeza.
MULTILASER O spray Clean, 200 ml, vem com uma flanela de microfibra que limpa sem deixar resíduos.
RENDICOLLA O Renditela é oferecido na versão spray com 18 ml ou 60 ml. A flanela que vem junto ao produto auxilia na limpeza e na secagem da tela, evitando manchas.
SMART COMPANY A companhia oferece o Smart Clean, versão spray, além de flanelas laváveis, confeccionadas com fibra de viscose e poliéster, estabilizadas e tratadas com agentes antibacterianos. Elas vêm blistadas em kits com 10 ou 25 unidades.
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AF INTERNATIONAL Em spray de 25 ml, o AF Screen-Protector traz uma flanela de microfibra. Já o AF Multi-Screen Clene, comercializado em frasco spray de 200 ml, pode ser acompanhado de um pequeno lenço de microfibra ou de uma grande toalha do mesmo material.
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Limpadores de tela mento? Se interrogado pelo cliente, o lojista não precisa titubear, pois, para essa questão, os fabricantes possuem a resposta na ponta da língua. O diretor comercial da Rendicolla, Carlos Olimpio Malucelli, explica que o produto comercializado pela empresa possui um tensoativo que remove a sujeira e o pó, criando
É preciso atenção no momento de montar o seu mix Verificar se um determinado limpador de tela está de acordo com as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o primeiro passo que o varejista deve dar antes de adquirir o artigo e comercializá-lo em sua loja. A área técnica da Anvisa informou à R EVISTA DA PAPELARIA que qualquer produto destinado à limpeza ou à desinfecção de superfícies e objetos inanimados é considerado um produto saneante, conforme a Lei 6.360, de 23 de setembro de 1976, e, portanto, necessita de registro ou notificação compulsórios em sua Gerência Geral de Saneantes. A Anvisa frisa que produtos saneantes não podem ser fabricados ou comercializados no país sem registro ou notificação. Caso isso aconteça, fica caracterizada a infração sanitária, passível de aplicação das penalidades previstas na Lei 6.437, de 20 de agosto de 1977. Os representantes de todas as empresas entrevistadas para esta matéria garantiram que os seus limpadores de tela estão devidamente registrados ou notificados.
uma camada capaz de deixar brilho e impedir que a poeira grude. “Ele propicia uma melhor visualização, além de garantir maior tempo de vida útil da tela”, comenta. Os sprays comercializados pela AF International também trazem aditivos que conservam a tela e eliminam a energia estática da superfície, fazendo com que a sujeira não seja atraída por ela. Luiz destaca ainda que um pano úmido não retira gordura e pode manchar a tela. “Limpadores possuem agentes que não deixam resíduos”, destaca. Esse artigo, porém, não tem a limpeza e a proteção da tela como únicas funções. Como afirmam os fabricantes, a sua utilização ajuda a preservar a saúde do usuário. “Nosso produto possui fórmula que elimina os germes e as bactérias presentes nos aparelhos eletrônicos”, ilustra o diretor comercial da Smart Company, Arthur Soberanis. “O limpador da Implastec possui álcool isopropílico, que minimiza o risco de celulares e outros equipamentos que passam de mão em mão se transformarem em veículos de transmissão de doenças”, completa Fernandes.
Oportunidade Segundo a indústria, o investimento em limpadores de tela é uma boa opção para as papelarias, principalmente para aquelas que já possuem
artigos de informática em seu mix. “O futuro do varejo é a diversificação, pois ela proporciona mais conveniência ao consumidor”, avalia Soberanis. “É sempre viável oferecer uma solução completa ao cliente”, completa Luiz. Carolina acredita que, em alguns anos, o limpador de tela será um acessório indispensável na vida das pessoas, e sai na frente quem apostar nele já neste momento. “O produto tende a se tornar um aliado importante para o usuário de equipamentos eletrônicos. Quantas pessoas possuem telas em casa ou no escritório, e não sabem como limpá-las?” Indaga. Para a exposição, os displays e as gôndolas são os mais indicados. É também aconselhável que os limpadores estejam em local visível e de fácil acesso. Outro ponto destacado pelos fornecedores é a necessidade do próprio papeleiro, ou balconista, incentivar a venda do produto. “Dificilmente uma pessoa sai de casa para adquirir um limpador de tela. Essa é uma compra por impulso, sendo viável oferecer o artigo ao cliente, explicando e demonstrando os seus benefícios”, conclui Fernandes. &
Nicho promissor: segundo Danilo Angi Luiz, gerente da Multilaser, as vendas de limpadores de telas em 2010 cresceram 60% em relação ao ano anterior.
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Papelarias do Brasil 38
Região Sudeste
Vantagens
que custam caro
A última matéria da série Papelarias do Brasil chegou à região mais desenvolvida do país, mostrando os pontos positivos e negativos que são enfrentados pelo mercado de papelaria do Sudeste. Varejistas, atacadistas e fabricantes aproveitam as riquezas e as boas condições locais, mas reclamam do alto preço que pagam por isso – impostos caros e concorrência acirrada. POR CAROLINA BERGER
Uma região com amplo mercado consumidor e alto poder aquisitivo. Essa é a definição positiva sobre o Sudeste do Brasil, de acordo com a maioria dos empresários que possuem papelarias instaladas na região. O elevado poder de compra não é mera hipótese. Uma pesquisa divulgada pelo Ibope Inteligência mostrou que o potencial de consumo para livros e artigos de papelaria do Sudeste em
2 2011 é de R$ 7,01 bilhões. E Enquanto as outras regiões n não chegam a R$ 2 bilhões. N Natural que muitos varejistas q queiram usufruir dessa condiçção favorável, o que nos leva a u um elevado número de lojas e à grande concorrência, princip pal ponto negativo apontado p pelos papeleiros. A concorrência – explica C Carlos Roberto Araújo de O Oliveira, diretor comercial da A Associação das Papelarias Independentes da Grande São Paulo (Redepel) – não está limitada a outras papelarias. “Não há regulamentação em relação ao tipo de produto que cada estabelecimento pode comercializar. O supermercado vende arroz, feijão, flores e papelaria. Uma papelaria não pode começar a vender alimentos”, compara Oliveira. Em relação à concorrência com os chamados “atacarejos”, Giogi Kamiha, proprietário da Sun Marina Pape-
laria e Presentes (São Paulo/ SP), explica os argumentos dos atacadistas: “Eles dizem que compravam os produtos da indústria e revendiam para o varejo. Porém, a indústria passou a vender diretamente para as papelarias. Para compensar as vendas perdidas desta maneira, os atacados passaram a abrir lojas e vender diretamente ao consumidor final”. Com o objetivo de se destacar na venda para as escolas, Giogi tenta equiparar seus preços com os do atacado e investe em produtos que estes concorrentes não vendem, mas que são procurados pelos colégios, como itens de armarinho. “As escolas procuram muito esses produtos para comemorações, como festa junina. Assim, podem encontrar tudo na mesma loja”, explica. Carlos Roberto de Oliveira também destaca a grande outubro de 2011
faz com que mantenhamos um atendimento mais focado e presente, comparado a clientes de outras regiões”, disse Tarrone. Edson Cardoso, gerente regional da DAC, concorda: “Como somos bem abastecidos por rodovias e meios de transporte, a maioria dos clientes do Sudeste costuma trabalhar confiando na agilidade de nossa entrega”. Tarrone acredita também que o fácil acesso aos fornecedores e à concorrência aumenta a preocupação do varejo do Sudeste em estar sempre atualizado em relação ao mix de produtos. Antônio Nogueira, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa-SP),
identifica uma diferença entre capitais e cidades menores dentro da região. “Quando o empresário está próximo, há certo comodismo porque se sabe que o representante vai à loja com frequência. Porém, há deficiência nesse atendimento nas cidades do interior”,
De itens de armarinho para escolas a artigos de informática, a papelaria Sun Marina, em São Paulo, segue atenta às oportunidades e aos desafios da concorrência.
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quantidade de empresas localizadas no Sudeste como contribuição para o vasto mercado consumidor, já que o mercado corporativo representa, atualmente, uma parcela significativa na clientela das papelarias. Segundo ele, as vendas a este público também mudaram nos últimos anos. “Antes, os escritórios compravam com uma papelaria próxima ou uma grande distribuidora. Hoje, eles podem solicitar a cotação pela internet com diversos fornecedores de portes variados”, analisa. Iriz Braz Cesconetto, proprietário da Cesconetto Atacado de Papéis (Serra/ES), atende o público corporativo há 20 anos e valoriza a localização de seu negócio. “Estou perto do porto, o que atrai muitas empresas que trabalham com importação”, afirma Iriz. Entre as empresas que estão no Sudeste, há grande parte das fornecedoras de material de papelaria. Glauco Tarrone, gerente de vendas da Pentel, observa, como consequência dessa proximidade, o costume dos varejistas não estocarem grande quantidade de material, pois a entrega é mais rápida. “Isso
A proximidade entre fornecedores e varejistas faz com que mantenhamos um atendimento mais focado e presente, comparado a clientes de outras regiões. GLAUCO TARRONE, GERENTE DE VENDAS DA PENTEL
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Região Sudeste
O atacado Cesconetto convive com o aspecto positivo de sua localização: “estou perto do porto, o que atrai muitas empresas”, afirma Iriz Braz .
afirma. Outra vantagem, relatada por Nogueira, é a facilidade de as papelarias organizarem-se em associações e trocar experiências. “Toda papelaria começa como um pequeno ponto de venda. Então, é preciso investir no contato com outras pequenas e médias empresas do ramo”, afirma Nogueira. Ele também aponta um problema que vem sendo enfrentado por vários papeleiros – a dificuldade em encontrar mão de obra. “O comércio exige dedicação e
integração com o trabalho. É preciso que os profissionais participem de cursos para a formação de novos balconistas. O consumidor quer qualidade no atendimento. Há mais de 100 itens na linha de papel, por exemplo. É preciso que o atendente conheça a utilização de cada um”, exemplifica. Tal necessidade por capacitação é uma consequência marcante da definição de funções, uma das características da região Sudeste apontada por Adriano Boscatte, diretor da Câmara Setorial de Papelarias da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte. “Em geral, é necessário alto nível de profissionalização para ocupar cargos específicos. As papelarias aqui costumam ter gerentes, vendedores, profissionais de informática, etc.”, observa. Elenilson Ferreira, sócioproprietário da Contexto
Livraria e Papelaria (Janaúba/MG), vê o baixo custo da mão de obra em sua cidade como ponto positivo. Porém, reconhece que a qualificação dos profissionais poderia ser melhor. “Estou em uma região carente de faculdades e cursos técnicos”, afirma. Para amenizar o problema, ele costuma levar os funcionários à Office PaperBrasil Escolar, estimulando que descubram as funções dos produtos, e às palestras oferecidas pela Associação Comercial e Empresarial de Janúba (Acijan). Boscatte, da CDL-BH, acredita que o crescimento do mercado de trabalho no setor de construção civil fez com que mais profissionais procurassem qualificação nesta área, o que pode ter reduzido a oferta de mão de obra para o comércio. Já no setor industrial, encontrar funcionários não representa um obstáculo. outubro de 2011
Osvaldo Martins de Souza, diretor comercial da Estojos Zum, cita a mão de obra especializada e a facilidade de acesso à matéria-prima como características importantes de a empresa estar localizada em Uberlândia, Minas Gerais. Apesar de ser gerente de vendas de uma fabricante que está em outro estado, Glauco Tarrone, da Pentel, concorda com a agilidade no fornecimento de matériaprima e afirma que a infraestrutura do estado de São Paulo proporciona efetividade nos serviços necessários para diversas operações, inclusive a logística. “Estamos em um estado estratégico
Eu gostaria de dobrar o número de funcionários na papelaria. Poderia fazer isso, se houvesse menor carga tributária ADRIANO BOSCATTE, DIRETOR DA CDLBH E PROPRIETÁRIO DA MIXPEL PAPELARIA
para nossas operações de importação e exportação e, principalmente, perto da maioria dos nossos clientes atuais”, avalia. Se as fabricantes, localizadas, em sua maioria, na região Sudeste, possuem clientes por todo o Brasil, é esperado que sofram com as dificuldades de todas as regiões do país. “Nem todas as empresas de logística atendem todo o Brasil”, destaca
Jaime Ma, sócio da Bravus, empresa localizada no Rio de Janeiro e que conta com as distribuidoras para atender o pequeno comércio, que não está incluído na política comercial da empresa. Porém, as condições e opções oferecidas no Sudeste agradam a muitas empresas localizadas na região. Elaine Mandado é gerente de serviços e marketing da FaberCastell, companhia que, no
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Região Sudeste
Como somos bem abastecidos por rodovias e meios de transporte, a maioria dos clientes do Sudeste costuma trabalhar confiando na agilidade de nossa entrega. EDSON CARDOSO, GERENTE REGIONAL DA DAC
Brasil, possui fábricas em São Carlos (SP), Prata (MG) e Manaus (AM). Ela afirma que “estar na região Sudeste permite melhor gestão da distribuição, uma vez que, geograficamente, há acesso fácil e rápido a todos os estados do país”. Elaine conta ainda que, nos 81 anos em que a em-
presa está no Brasil, a região Sudeste passou por melhorias que acompanharam o desenvolvimento de todo o país, como a ampliação da malha rodoviária e a modernização dos meios de transporte e da tecnologia. Adriano Boscatte, da CDL-BH, acredita que o espaço físico do Sudeste está próximo da saturação devido à grande quantidade de companhias na região, porém percebe que a economia ainda cresce. “Qualquer empresa que quer entrar no Brasil, ainda começa por São Paulo, mesmo havendo um maior mercado a ser explorado em outras regiões do país”, analisa. Com duas lojas no Rio de Janeiro (RJ), o proprietário da Papelzinho Bazar e Papelaria, Carlos Eduardo Tenório dos Santos, tem boas expectativas para os eventos esportivos esperados
na cidade nos próximos anos. “Acredito que vai aumentar a oferta de empregos e, consequentemente, a renda. Porém, tenho receio em relação à época depois desse ‘boom’”, contou Carlos Eduardo. Ele analisa recentes mudanças entre seus consumidores e como tem se adaptado a elas: “Eu estava acostumado a atender à classe média baixa, mas acho que o aumento de renda deste público fez com que ele passasse a realizar compras em shoppings e lojas mais sofisticadas. Ao mesmo tempo, a classe baixa passou a consumir produtos de papelaria, que não procuravam anteriormente. Para atender esse novo público, tenho investido em itens mais baratos, pois as marcas são menos valorizadas pelos meus novos consumidores.” A venda de artigos com menores preços contribui
Estar na região Sudeste permite melhor gestão da distribuição, uma vez que, geograficamente, há acesso fácil e rápido a todos os estados do país. ELAINE MANDADO É GERENTE DE SERVIÇOS E MARKETING DA FABERCASTELL
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Região Sudeste
O dono da Papelzinho, Carlos Eduardo, vive a expectativa do movimento nos negócios que podem ser gerados com os grandes eventos esportivos previstos para acontecer na cidade.
Raio-X da região População: 80.364.410 habitantes, que representam 42,1% da população do Brasil. Área: 924.511.292 km² PIB: 56% Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
para que Carlos Eduardo não veja futuro em um possível ecommerce, apesar da ideia de criar um site para a papelaria. “É mais barato adquirir o produto no balcão, não compensaria pagar frete para comprar pela internet”, afirma.
O preço que se paga Um dos problemas enfrentados dentro da região é indicado por Adriano Boscatte – a diferença entre o valor do ICMS cobrado nos estados de São Paulo e Minas Gerais. “O ICMS cobrado em São Paulo é de 12%, enquanto, em Minas, é de 18%. Então, a mercadoria encarece quando é transportada de um estado para outro. Por isso, algumas indústrias têm mudado daqui para São Paulo”, justifica. Os altos impostos são causas de frequente reclamação e geram consequências. “Eu gostaria de dobrar o número de funcionários na papelaria. Poderia fazer isso, se houvesse menor
carga tributária”, alega Boscatte, que, além de diretor da Câmara de Papelaria da CDL–BH, é proprietário da Mixpel Papelaria (Belo Horizonte/MG). A elevada carga tributária não causa insatisfação apenas no varejo. Edson Cardoso, da DAC, acredita que o alto custo com impostos seja a grande desvantagem de estar em São Paulo. “Na região Sudeste, estão localizadas as melhores estradas do Brasil, mas, ao mesmo tempo, os pedágios são extremamente caros, onerando diretamente o custo do produto”, analisa. Além do pagamento direto de impostos, Iriz Cesconetto, do Espírito Santo, mostra como isso onera a mão de obra na Cesconetto Atacado de Papéis. “Deveriam simplificar a cobrança de impostos para que os próprios empresários entendessem. A burocracia fiscal faz com que eu invista
Campeão de venda* Papel sulfite
Fornecedores de destaque* A grande maioria dos entrevistados preferiu não indicar apenas alguns fornecedores, afirmando que nenhum se destacava significativamente em relação aos outros. *Com base em entrevistas realizadas para a matéria
em profissionais específicos para controlar sistemas e contabilidade”, argumenta.
Vendo também... Analisando o Sudeste do Brasil, Antônio Sereno, diretor comercial da Brasil Escolar, observou o aumento na venda de brinquedos em papelarias nos últimos dois anos. “Esses produtos tinham sido afastados do nosso mercado devido ao baixo valor agregado dos outubro de 2011
itens importados, que eram maioria. Com o crescimento da produção nacional de brinquedos, a qualidade dos itens melhorou, e as papelarias voltaram a se interessar em vendê-los”, conta. “Eu invisto em brinquedos porque acho coerente com a parte pedagógica, mas não vejo muitas papelarias próximas fazendo isso”, conta Elenilson Ferreira, da Contexto Livraria e Papelaria, de Janaúba, Minas Gerais. Na pesquisa realizada pela R EVISTA DA P APELARIA , os brinquedos apareceram em segundo lugar entre os produtos fora
do segmento de papelaria, f icando atrás apenas de mochilas e produtos de informática, que empataram em primeiro lugar. Uma das consequências disso é o fato de a Cesconetto Atacado de Papéis, do Espírito Santo, sempre ter trabalhado com o item, atendendo papelarias de bairro. Apesar da grande parcela de papelarias que afirmaram comercializar itens de informática, Giogi Kamiha, de São Paulo, acredita que essa fatia deveria ser maior. “Visito papelarias de outros bairros para trocar experiências e percebo que os em-
presários mais antigos não acompanham a evolução do mercado como deveriam, acham que não vale a pena. Porém, hoje, os produtos de informática representam de 30% a 40% das vendas das papelarias”, analisa. &
Elenilson Ferreira, da Contexto, no interior de Minas, avalia que o setor da construção civil atrai mais a mão de obra do que o comércio.
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Feiras regionais
Oportunidades em Minas e no Espírito Santo No último mês, o Sudeste foi palco de duas feiras voltadas para o setor papeleiro. Elas movimentaram o mercado na região, funcionando como alternativa para o fechamento de negócios ou local de integração, principalmente, entre o representante comercial e o lojista. POR RENATA MEDEIROS
Este ano, a Fenapel foi realizada no MinasCentro: aposta numa localização mais central para atrair o público.
Foi de 15 a 17 de setembro que o Minascentro, local destinado à realização de eventos em Belo Horizonte, Minas Gerais, abriu as portas para receber a quinta edição da Fenapel. Cerca de 50 expositores mostraram ali novidades e lançamentos, entre eles a Waleu. “Nesse ambiente, o lojista conhece a linha da empresa. Nossa presença na feira proporciona o aumento das vendas na região”, comenta a analista comercial Graziele Silva. A Sulamericana também participou do evento. Além
de apresentar sua coleção 2012, ela teve como intuito fortalecer a marca do caderno para alfabetização Alibombom, que não somente nasceu em Belo Horizonte, como tornou-se popular em Minas Gerais, de acordo com o gerente nacional de vendas da companhia, Antonio Carlos Mirim. “O Alibombom foi idealizado pela psicopedagoga mineira Maria das Graças Silva e caiu no gosto do público. Viemos prestigiar este estado que nos acolhe tão bem”, diz. Para o diretor de desenvolvimento do Grupo EkoBio, Arnaldo Di Giuseppe, sua estreia na feira rendeu bons frutos. Foi no ano passado que a empresa passou a apostar na Ekobio, primeira caneta biodegradável produzida em território nacional, e, após atingir o mercado corporativo e as licitações públicas, chegou o momento de conquistar as papelarias. “São Paulo foi o nosso principal
palco de atuação. Agora, queremos levar o nosso produto a outros estados”, afirma. O desejo de Giuseppe deu certo. No segundo dia de feira, ele já havia fechado quatro negócios. Um deles foi com o Cruzeiro Esporte Clube, time de futebol mineiro que vai passar a utilizar a caneta biodegradável. E foi em Minas Gerais que ele encontrou a chance de levar o seu produto para o Nordeste, por meio de duas empresas da região. “Fiquei muito satisfeito com o evento. Desejo sucesso à Fenapel e, no próximo ano, estarei de volta”, promete. Foi com o proprietário da Mec Informática e Serviços (Paulista/PE), Mércio Fábio Tavares de Melo, que Giuseppe estabeleceu uma das parcerias. Em um programa de televisão, o papeleiro conheceu a caneta biodegradável e, ao chegar ao evento mineiro, ficou satisfeito de encontrar ali o fabricante outubro de 2011
Graziele Silva, analista comercial da Waleu, acredita que a participação em eventos regionais possibilita um incremento nos negócios locais.
Fernanda Severo, dona da Moriá Empreendimentos, está há dois meses no mercado e reconhece a importância de participar de feiras.
do produto que chamou a sua atenção há alguns meses. “Além de vender a caneta na loja, pretendo indicá-la para fazer parte do kit escolar oferecido às crianças de escolas públicas, já que também trabalho com licitação. É importante conscientizar os alunos sobre a importância de uma caneta ecologicamente correta”, avalia. Melo soube da realização da Fenapel por meio de propaganda divulgada em um veículo de comunicação voltado para o setor papeleiro, e diz que valeu a pena ter atravessado pouco mais de dois mil quilômetros com o intuito de visitá-la. “Se o papeleiro deseja crescer, é preciso participar de eventos voltados para esse mercado. Eu não espero o fornecedor vir até mim. Eu é que vou atrás dele”, diz. A proprietária da Moriá Empreendimentos (Belo Horizonte/MG), Fernanda
Severo, não perdeu a oportunidade de visitar a feira. Ela conta que, apesar de ter adquirido a papelaria há apenas dois meses, já enxerga a importância em participar de eventos destinados ao setor. “Soube da feira por meio do site da CDL-BH e decidi visitá-la com o intuito de levar novidades para a loja”, conta. A papeleira diz ainda que pretende participar de futuras edições, mas faz uma ressalva: “Espero que nos próximos anos haja ainda mais expositores”. A feira mineira surgiu como alternativa para suprir a necessidade do mercado na região, e, de acordo com Luiz André Chiatti, diretor da L&C Eventos, organizadora da Fenapel, esse tipo de evento é essencial para o setor papeleiro. “A proliferação das feiras regionais é uma realidade crescente em nosso país”, afirma. Além da indústria e do
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Feiras regionais
Neste ano, a feira de papelaria do Espírito Santo foi realizada no Hotel Canto do Sol, em Vitória: 500 empresários passaram pelo local.
varejista, o representante comercial também é peçachave nesses eventos. É ele que, geralmente, faz a ponte entre a empresa e os organizadores do evento, como é o caso de Batista Reis, da Organizações Reis (Contagem/MG), representante da Waleu. “Colocamos o organizador em contato com a pessoa certa dentro da companhia e incentivamos a indústria a participar, caso seja viável. Esse profissional precisa enxergar que o sucesso de uma feira também depende dele”, alerta. O trabalho do representante comercial, porém, não para por aí. Por meio da entrega de convites ou do famoso boca a boca, ele pode ser a ponte entre o organizador do evento regional e o varejista. Proprietário da Loja do Eder (Belo Horizonte/MG), Eder do Nascimento Domingos visitou a Fenapel após uma conversa com David de Sales, da R&S Representações, representante comercial da Kajoma. “Costumo participar
de feiras onde é possível, na maioria das vezes, comprar com desconto e ficar por dentro das novidades. É nítida a diferença entre a papelaria do varejista que prestigia esses eventos e aquela cujo proprietário é alheio a eles”, acredita.
Feira capixaba A carioca Kajoma esteve ainda presente na Feira de Material Escolar, Papelaria, Brinquedos e Artigos de Escritório do Espírito Santo, realizada em Vitória, capital do estado, de 16 a 18 do último mês. O trabalho do representante comercial Marconi Simoura de Carvalho, da M2C Mercantil (Vitória/ES), influenciou a visitação ao estande. “Ele chamou entre 150 e 200 clientes”, conta o representante comercial da região Leste do estado do Rio de Janeiro, Mário Sérgio Ferreira Tostes, que esteve no evento capixaba. De acordo com a gerente de marketing da Kajoma, Tatiana Belleza, a participação em ambas as feiras mostra a
preocupação da companhia em estar perto dos antigos clientes e o seu desejo de prospectar outros. “Queremos conquistar novos mercados”, declara. Foi por meio do representante comercial Isaías de Souza Oliveria, da Isamar Representações (Vitória/ ES), que a AIG Campestre tomou conhecimento da feira. A empresa já mostrava interesse em participar de eventos regionais, uma vez que, de acordo com o gerente de marketing da companhia, Sidney Campestre, elas são sinônimo de oportunidade. “Nesses encontros, buscamos ainda interagir com os clientes para analisarmos as necessidades de cada região e, dessa maneira, desenvolvermos uma coleção com qualidade e diversidade de produtos, atingindo diferentes públicos”, declara. Essa foi a quarta participação da Dermiwil na feira do Espírito Santo, que chegou este ano à sua quinta edição. A companhia é outra que não abre mão de partici-
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Feiras regionais
O desafio de conquistar o público Apesar dos bons resultados colhidos por expositores e papeleiros, tanto na Fenapel, realizada em Minas Gerais, quanto na Feira de Material Escolar, Papelaria, Brinquedos e Artigos de Escritório do Espírito Santo, ambas têm um desafio nas próximas edições – fazer com que mais varejistas compareçam e entendam a importância desses eventos. A maioria dos fornecedores entrevistados para esta matéria revelou que tinha mais expectativas em relação à quantidade de visitantes. Alguns deles alegaram que seria necessário atuação mais expressiva dos representantes comerciais frente aos lojistas, cabendo também a esses profissionais o papel de incentivar os varejistas a participarem dos eventos. Outros afirmaram que seria necessário investimento mais intenso em publicidade, assim como, a presença maciça de grandes nomes da indústria papeleira como expositora. De acordo com Luiz André Chiatti (foto), diretor da L&C Eventos, organizadora da Fenapel, a feira recebeu cerca de 1.800 visitantes. Ele conta que não deixou a publicidade de lado, colocando anúncios em revistas, investindo na entrega de convites porta a porta em diversas papelarias da Grande BH, entre outras ações. Para 2012, Chiatti pretende apostar ainda mais em divulgação, levar mais expositores ao evento, além de fazer um trabalho junto aos representantes comercias com o intuito de mostrar a relevância da feira para a região. “As pessoas precisam acreditar mais nos eventos regionais. Eles são uma boa opção tanto para a indústria quanto para o varejista”, diz. Sérgio Borgo também promete investir em várias ações para levar mais visitantes à feira capixaba. Segundo ele, todos os expositores presentes, este ano, no evento já confirmaram a participação em 2012, e, em março, será iniciado o contato com demais empresas do ramo e os representantes comerciais do Espírito Santo. “Em 2011, recebemos quase 500 papeleiros e queremos aumentar esse número. Outra inciativa para chamar a atenção do público é conceder descontos de, no mínimo, 5% para todos os varejistas que fecharem negócios durante a feira”, diz Sérgio Borgo, diretor da Maxi Eventos.
par de eventos regionais, e, paralelamente ao capixaba, foi realizado um showroom no Nordeste com o intuito de apresentar aos papeleiros os lançamentos da empresa. “Dessa maneira, é possível receber o cliente com mais tranquilidade. Há mais tempo para conversar e trocar experiências”, avalia o gerente de vendas da companhia, Nelson Ganut. Há apenas um mês no ramo, Alcides Fernandes, dono da Karisma Papelaria (Vitória/ES), marcou
presença no evento, aproveitando a oportunidade para distribuir o seu cartão de visita e fazer contato com a indústria. “Cheguei à conclusão de que é mais barato comprar diretamente com o fornecedor. Ao andar pela feira, consegui ‘sentir’ o mercado”, avalia. Para o proprietário da Euda Papelaria (São Roque do Canaã/ES), a visita ao evento é essencial. Ele explica que, como vive em área rural a 150 quilômetros de Vitória, os representantes
Sidney Campestre, gerente de marketing da AIG Campestre, avalia que esses eventos possibilitam um conhecimento mais peculiar da região.
comerciais não visitam a região com muita frequência. “Ali, encontro vários deles, o que facilita bastante. Da mercadoria que adquiri para a volta às aulas 2012, 15% foram compradas na feira do Espírito Santo”, conta. Para o próximo ano, ele deixa uma dica: “Durante o evento, deveriam ser realizadas palestras voltadas para o mercado de papelaria”. Além dos capixabas, a feira recebeu visitantes de Brasília, do Sul da Bahia, entre outros. Realizada no Hotel Canto do Sol, a ideia para o próximo ano é levá-la para um local maior, como afirma o diretor da Maxi Eventos, empresa organizadora, Sérgio Borgo. “Além de movimentar o mercado papeleiro, a feira regional mexe com a economia do estado onde ela é realizada, trazendo uma série de benefícios. Neste ano, a média de vendas por estande ficou entre R$ 200 mil e R$ 300 mil”, afirma. & outubro de 2011
Atualidade
Perto dos clientes Atuando desde a década de 90 no Brasil, a Trodat promove eventos com o
No alto, a equipe de distribuidores da Trodat no encontro de São Paulo. Os eventos abordam as características dos produtos, como o Original Printy 4.0, e as oportunidades de negócios da máquina a laser Rayjet.
Proprietária da Marca Carimbos (Belo Horizonte/ MG), Leila Parreiras não perde os eventos promovidos em sua cidade pela Trodat. Para ela, essa participação é importante, pois assim é possível ficar por dentro das novidades e mais perto da empresa, com quem tem parceria desde a fundação de sua loja, há oito anos. “Essa aproximação é ótima para os negócios”, afirma. Quem também não abre mão de estar presente nesses encontros é o dono da Carimbos Flórida (Belo Horizonte/MG), Helton Gonçalves. “Acho muito interessante essa iniciativa. Além de oferecer novas conquistas de aperfeiçoamento no ramo de carimbos, ela permite o encontro entre vários carimbeiros”, avalia. Tanto Leila quanto Gonçalves marcaram presença no evento realizado pela companhia em setembro, na capital mineira. Após uma dinâmica palestra ministrada pelo gerente de vendas da Trodat para a América Latina, Rei-
nhard Kulterer, eles, com mais cerca de 60 clientes, aprenderam mais sobre a empresa e o seu lançamento destaque: o carimbo Original Printy 4.0. “A existência desse modelo atende a exigência do mercado quanto à simplificação no uso de autoentintados. Devido às suas vantagens, acredito que ele possa auxiliar no aumento das vendas”, declara Gonçalves. “A Trodat sempre inova, trazendo produtos de primeira qualidade”, completa Leila. Para a criação do Original Printy 4.0, a Trodat esteve atenta, principalmente, à necessidade de seus clientes e do consumidor final. Kulterer conta que uma série de pesquisas foram realizadas, entre elas, uma em nosso país, envolvendo várias secretárias. “Ao observarmos o comportamento dessas profissionais, percebemos que elas queriam um carimbo com design moderno, extremamente pequeno, de fácil manuseio e que não sujasse as mãos quando utilizado”, conta. O Original Printy 4.0 não
é o único assunto abordado durante os eventos realizados em 2011 nas diversas capitais brasileiras. Outro destaque é a máquina a laser Rayjet. Ela é capaz não somente de produzir carimbos como de cortar papéis, plásticos e ainda personalizar uma série de artigos como agendas e canetas. Foi há dois meses que o proprietário da Lasergrav (Belo Horizonte/MG), Nolivaldo Galdino, adquiriu a Rayjet com o intuito de aprimorar e modernizar o seu negócio, que esteve principalmente focado na área de encadernação de livro fiscal. “Quero oferecer um maior leque de serviços. Já tenho retorno e acredito que o produto será responsável por uma guinada na loja”, diz. Ainda este mês, a empresa promove novo encontro em Manaus, de 26 a 28. Já em novembro, Belém, no Pará, e a cidade do Rio de Janeiro serão palcos desse encontro entre a indústria e os seus parceiros, nos dias 18 e 25, respectivamente. & outubro de 2011
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intuito de apresentar lançamentos e fortalecer a relação com os seus parceiros.
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Vitrine Já é Natal Para a festa de fim de ano, a Paloni Embalagens oferece variados produtos com motivos natalinos. Entre eles, destacam-se caixas de montar, disponíveis em quatro tamanhos, caixas rígidas, com aplique de Papai Noel e elástico, etiquetas adesivas, sacos metalizados e papéis de presente, em folhas grandes, 64 x 94 cm, ou pequenas, 61 x 47 cm. (11) 3932-8833 &
Para presentear e encantar A Coleção de Natal da Smile House conta com nove modelos de cartões e envelopes personalizados. Para o lojista, a empresa oferece, gratuitamente, um expositor de mesa especial para essa linha, garantindo mais visibilidade ao produto e, consequentemente, aumento nas vendas. Os clientes da Smile House podem ainda fazer a devolução dos cartões que, eventualmente, não forem vendidos, e ganhar um crédito no valor correspondente para a compra da próxima coleção sazonal. (41) 3585-5763 &
Com foco nas mulheres Voltada para o público feminino, a caneta esferográfica BIC For Her, da BIC, está disponível nos corpos de cores rosa e roxa. Decorado com flores em alto relevo, seu grip texturizado dá um toque especial à caneta. A tinta azul do produto conta com o sistema EasyGlide Ink, capaz de proporcionar uma escrita de deslize ultrafácil. 0800-0252959 &
Decorando com facilidade A Vulcan investe na linha fashion de Con-Tact, adesivo plástico decorativo. O produto, com estampas criativas e modernas, é uma alternativa para encapar cadernos, esconder pequenas imperfeições de um móvel, decorar paredes e caixinhas de presente, entre outras utilidades. A aplicação é simples: basta colar o Con-Tact no local desejado com o auxílio de uma espátula ou régua para não criar bolhas. www.vulcan.com.br ou comercial@vulcan.com.br &
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Novidade em memória A NewLink começa a distribuir no mercado varejista brasileiro os cartões de memória e os pen drives com aroma da marca Smart. Compatível com os principais modelos de câmeras e filmadoras digitais, entre outros dispositivos móveis, o primeiro produto possui capacidade de dois, quatro ou 8 GB. Os pen drives, nas versões 4 GB e 8 GB, com conexão USB 2.0, compatíveis com Windows e MAC, possuem aroma de morango, menta ou chocolate. Todos os artigos possuem cinco anos de garantia. 0800-772 5015 &
Transparência e praticidade A Henkel lança no Brasil a cola Pritt Hobby. Transparente e multiuso, o produto apresenta particularidades que melhoram o desempenho nas atividades manuais e artísticas. Sua transparência é ideal para acabamentos e sua fórmula permite colar diferentes materiais, como isopor, goma EVA, madeiras leves, cortiça, papelão, tecido, entre outros. 0800-7042334 &
A coleção Blue Bear é uma das apostas da Norma para 2012. O ursinho azul já conquistou consumidores no mundo inteiro e está presente em mais de 500 produtos de papelaria e gifts licenciados. Além de lindas capas, os cadernos destacam-se pela página de adesivos, bolsa cartão e encartes coloridos. Os cadernos estão disponíveis nos formatos ¼ brochura, ¼ espiral, universitário brochura de uma matéria e espiral universitário de uma, 10 ou 12 matérias. 0800-7019410 &
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Fofura e estilo
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Mercado Global CONEXÃO* CHINA
Acontece este mês, em Hong Kong, de 20 a 23, a China Sourcing Fair: Gifts & Premiums. Essa será a segunda edição da feira em 2011. A primeira, realizada em abril, reuniu mais de dois mil expositores dos ramos de papelaria, gifts, entre outros. Para mais informações, acesse www.chinasourcingfair. com. ESTADOS UNIDOS
Com o intuito de promover o encontro entre fabricantes e compradores, será realizado este mês, de 28 a 31, o Market Place. Organizado pela revista latino-americana El Papel, voltada para o setor papeleiro, o evento acontecerá em Miami por ser esse um local de convergência entre as regiões que ele pretende atingir: América do Norte, Central e do Sul. Saiba mais em www.marketplace-americas.com. ITÁLIA
De 23 a 25 de novembro, Bolonha será palco para a BIG Buyer, feira em que fabricantes europeus têm a oportunidade de participar de rodadas de negócios. Tradicional, o evento chega, este ano, à sua 16ª edição. Conheça mais sobre ele em www.bigbuyer. info. * Com a colaboração das revistas associadas à Ispa (International Stationery Press Association) e ISG-Guide.
Mercado papeleiro russo ganha reforço com realização de feira De 27 a 30 de setembro, aconteceu em Moscou a primeira edição da Paperworld Rússia. Aposta da Messe Frankfurt, ela reuniu 110 expositores. Desse montante, 53 eram companhias locais e o restante procedentes de países, como Alemanha, Portugal, França, Itália, Indonésia, Japão, Líbano, Cingapura, Estados Unidos, entre outros. “Começamos muito bem. A feira se tornará uma das principais para a indústria papeleira”, acredita a chefe do departamento de marketing do evento, Nadia Fomina. A Paperworld Rússia surgiu para atender ao pedido de expositores que, durante edições da alemã Paperworld Frankfurt, maior feira do mundo voltada para o ramo de papelaria, revelaram à sua empresa organizadora o interesse em explorar o mercado daquela nação, que possui parte de seu território na Europa e outro na Ásia. De acordo com Nadia, o público aprovou o evento, e, em quatro dias, ele recebeu 4.300 visitantes. “O número é bastante expressivo para uma primeira edição”, avalia. Além dos russos, austríacos, chineses, indianos, egípcios, iranianos, italianos, norteamericanos, pessoas de outras nacionalidades visitaram a Paperworld Rússia, que já tem data marcada para 2012 – de 25 a 28 de setembro.
Outra feira também organizada pela Messe Frankfurt que marcou o último mês foi a Paperworld China. De 21 a 23, o Shanghai New International Expo Centre, em Xangai, foi palco para o tradicional evento asiático, que contou com uma extensa programação, com direito a mesas-redondas, fóruns e conferências. “Essas atividades são vistas como oportunidade pelos profissionais do ramo de papelaria e material de escritório. Elas são capazes de ajudá-los a entender melhor o setor, possibilitando ainda a troca de experiências”, defendeu, em nota divulgada à imprensa, o diretor geral da Messe Frankfurt em Xangai, Evan Sha. Neste ano, 517 empresas apresentaram seus lançamentos durante a Paperworld China 2011, e, em sua sétima edição, a feira trouxe uma novidade. Pela primeira vez, ela foi palco do Remax, evento já tradicional na Paperworld Frankfurt, que tem como intuito incentivar a reciclagem de toners e cartuchos de impressão. &
No final do mês passado, a Messe Frankfurt realizou a 1a Paperworld Rússia. O evento reuniu 110 expositores e 4.300 visitantes em torno de lançamentos de produtos e palestras.
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Onde Encontrar Entrevistados e anunciantes Dermiwil
Ludi Presentes
(48) 3205-6200 www.ludipresentes.com.br
www.patrus.com.br
(11) 3232-4500 www.abigraf.org.br
Drika Bazar e Papelaria
M2C Mercantil
(11) 4072-1423 www.pentel.com.br
Acijan
Estojos Zum
(89) 3422-3666
Abigraf Nacional
(38) 3821-1028 www.acijan.com.br
AF International (11) 3621-6800
AIG Campestre
(41) 4048-2975 www.aigcampestre.com.br
Anvisa
0800-642-9782 www.anvisa.org.br
Bensia
(11) 4191-4666 www.bensia.com.br
BIC
0800-0252959 www.bic.com.br
Bravus
(21) 3325-6833 www.bravuspacks.com.br
Cadersil
(83) 3331-5151
Carimbos Flórida (31) 3332-0277
Carpe Diem
(11) 4072-2600 www.carpediembrasil.com.br
CDL-BH
(11) 2797-9797 www.dermiwil.com.br (47) 3333-2874
(34) 3238-3040 www.estojoszum.com.br
Euda Papelaria (27) 3729-2133
Faber-Castell
0800-7017068 www.faber-castell.com.br
Foroni
(11) 2067-2000 www.foroni.com.br
Geguton
(51) 3723 4314 www.geguton.com
Grupo EkoBio
(27) 3722-4488
Contexto Livraria e Papelaria (38) 3821-2703
DAC
(11) 2402-9000 www.dac.com.br
Dello
(35) 3435-8900 www.dello.com.br
(27) 3361-5505
Mec Informática e Serviços (81) 3433-0355
Messe Frankfurt
www.messefrankfurt.com
Mig&Meg
www.migmeg.com.br
Millenium Papelaria e Megazine (63) 3476-2828
Holly
(31) 3245-2257
Pentel
Pinte e Borde Papelaria e Armarinho (27) 3725-1427
Planeta Papel (11) 4702-9060
Redepel
(11) 3473-8330
Rendicolla
(42) 3252-3051 www.rendicolla.com.br
R&S Representações (31) 2515-8914
Scrity
(11) 4058-8300 www.scrity.com.br
Sebrae
0800-5700800 www.sebrae.com.br
(11) 4689-4199 www.hollywu.com.br
(11) 3616-8600
Implastec
(51) 3599-2855
0800-7044533 www.sheaffer.com.br
Novetà Criatividade
Simpa-SP
(15) 3243-3788 www.implastec.com.br
Infolock Papelaria e Presentes (35) 3346-2658
Inforshop
(11) 5682-2525 www.inforshop.com.br
JC Cenário Comércio
Comercial Papelaria
Maxi Eventos
Multilaser
Cesconetto Atacado de Papeis (61) 3213-2009 www.cndl.org.br
(31) 3273-9702
(11) 2683-0040 www.grupoekobio.com.br
Isamar Representações
CNDL
Marca Carimbos
Moriá Empreendimentos
(31) 3249-1666 www.cdlbh.com.br (27) 3226-1008
(27) 3369- 4888
Patrus Transportes
(27) 3332-1935 (81) 3372-5874
Kajoma
(21) 3636-4500
Karisma Papelaria (27) 3233-6610
Na Graça Multiloja
(11) 2384-5227 www.noveta.com.br
Okidata
www.okidata.com.br
Organizações Reis (31) 3351-9813
Papel e Tudo
(31) 3261-2147 www.papeletudo.com.br
Papelaria Lápis de Cor (35) 3421-9638
Papelaria Meu Fofão (21) 2778-4154
Sheaffer
(11) 3255-3587 www.simpasp.com.br
Sindigraf
(11) 3232-4500 www.sindigraf.org.br
Smart Company
(11) 2526 - 5999 www.smartcompanyonline.com
SPC Brasil
www.spc.org.br
Strata Informática (31) 3741-3961
Sulamericana
Lasergrav
Papelaria Ponto do Estudante
(15) 3275-9696 www.sulamericananet.com.br
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L&C Eventos
Papelaria Rainha
Sun Marina Papelaria e Presentes
(31) 3332-2074
(27) 3329-1346
(11) 2203-8874
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Papelaria União
Trodat
(31) 3397-3067
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Acrilex – página 59
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Paper Mate – página 13
Tramontina – página 15
Acrimet – páginas 2, 3 e 5
Libreria Editora – página 19
Pentel – página 29
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Plavitec – página 45
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Rendicolla – página 23
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Royal Paper – página 33
Waleu – página 17
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