Papelaria
ano XIX – julho de 2012 – nº 179 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br
REVISTA DA
Papelaria e informática em total interação Sucessão: a sua papelaria continua depois de você?
Coisa do passado? De jeito nenhum. De acordo com varejistas e consumidores, as várias soluções eletrônicas para a organização das tarefas diárias ainda não são suficientes para abalar a indústria de agendas, que acabou de lançar a coleção 2013
Nesta Edição
Entrevista
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Dicas essenciais de José Luis Lopez Cortes, da ActionCoach, para todo empresário que vislumbra a família dando continuidade à administração da papelaria.
Feira
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Visitantes revelam como a Office PaperBrasil Escolar já contribui para a evolução dos negócios em suas empresas.
Produto Fabricantes investem na diversidade de públicos consumidores na coleção 2013 de agendas.
Tecnologia Fornecedores de tecnologia se aproximam de varejistas do setor de papelaria, enquanto revendas de informática aprovam a venda de produtos de papelaria.
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EDITORIAL
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CIRCULANDO
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PERFIL DO VAREJO Palimontes (Montes Claros/MG)
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ARTIGO
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MERCADO GLOBAL
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VITRINE
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ONDE ENCONTRAR
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NA WEB
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criado a empresa, qual é a visão e a missão daquele negócio. A visão é atemporal e pode ser, por exemplo, que a empresa seja a principal geradora de trabalho na área de papelaria da região em que atua. Já a missão é um objetivo para daqui a 10 ou 15 anos, por exemplo. O terceiro cuidado é realizar a transferência de maneira gradual. Com qual idade é recomendável aproximar o herdeiro do negócio?
Em geral, quando a pessoa tem 21 ou 22 anos é uma boa idade para iniciar essa aproximação. Se o herdeiro estiver estudando uma área relacionada a isso, como economia ou administração, o 2º período da faculdade é um bom momento para começar o processo de transferência. Se o herdeiro não demonstrar interesse, deve-se insistir para que ele assuma a companhia?
Nunca se deve forçar, pois, assim, a pessoa vai herdar o negócio, mas a empresa seria mais bem comandada por outra pessoa. O setor de atuação da empresa pode interferir no interesse do herdeiro pelo negócio?
O ramo não influencia. O mais importante é cuidar para que o herdeiro tenha instrução em quatro áreas básicas, que são marketing, vendas, administração e finanças. Elas funcionam
como as quatro rodas de um carro. Essa orientação deve acontecer previamente para não levar a pessoa ao comando da empresa “na marra”. A preparação não precisa ser com uma graduação, necessariamente, pode ser por meio de cursos específicos nas quatro tarefas básicas, e na ordem, pois uma empresa que precisa ser administrada financeiramente é porque tem um faturamento. Este só existe se houver vendas, que ocorrerão a partir do investimento em marketing. Então, esse deve ser o primeiro pilar a ser aprendido. Quanto tempo dura o processo de transferência do comando?
Em geral, o processo de transferência de uma empresa demora cerca de dois anos. O primeiro é o de preparação, para o herdeiro aprender como funcionam todas as áreas da empresa. E o segundo é o de transição, para ele assumir o comando gradativamente. Como agir se mais de um herdeiro tiver interesse em administrar a papelaria?
Deve-se dividir o poder da maneira mais equilibrada possível de acordo com as habilidades de cada um. Se forem dois, o ideal é que um fique responsável pelo marketing e pelas vendas, enquanto o outro assuma a administração e a parte financeira, pois são áreas diretamente conectadas.
O ramo não influencia. O mais importante é cuidar para que o herdeiro tenha instrução em quatro áreas básicas, que são marketing, vendas, administração e finanças. Há casos em que os herdeiros querem se envolver com o negócio, mas não liderá-lo em todas as áreas?
Isso é muito comum de acontecer. É importante que o herdeiro tenha noções básicas das quatro áreas para que seja capaz de contratar alguém para exercer as funções das quais ele não gosta. julho de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br
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Circulando Papeleiros de Sorocaba reivindicam vale educação O vale educação voltou a ser colocado em pauta em Sorocaba, interior de São Paulo. A proposta foi apresentada pelos vereadores João Donizeti Silvestre (PSDB) e Rozendo de Oliveira (PV) em 2009, mas não teve a aprovação do prefeito. Em maio deste ano, porém, o assunto foi discutido novamente após atraso na entrega dos kits escolares aos alunos das escolas municipais, distribuição praticada desde 2008. Como informado no blog do vereador João Donizeti, a reunião foi realizada dia 23 de maio no Paço Municipal e contou com a presença dos vereadores autores do projeto, da secretária de Educação, Maria Teresinha Del Cístia, do secretário de Administração, Mário Pustiglione, e do vereador Izídio de Brito (PT). Ainda segundo o site, estiveram no encontro proprietários de papelaria e livrarias de Sorocaba e representantes da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e da Associação Comercial. Uma das varejistas presentes era Rosa Cristina Nicolete, dona da Papelaria Nat Art e uma das fundadoras da Comissão dos Papeleiros de Soroca-
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ba. Ela afirma que o atual prefeito não compareceu a nenhuma reunião sobre o tema, mas que têm ocorrido encontros com outros candidatos ao cargo. Na reunião, foi discutido o atraso na entrega do kit escolar deste ano, doado pelo governo, assim como os pontos positivos e negativos do projeto Bolsa Material Escolar. A assessoria da Secretaria de Educação alega que o material já foi entregue, porém Rosa Cristina diz que isso não aconteceu totalmente. “Antes, a prefeitura fazia licitação do kit completo. Agora, compra cada item separadamente com diferentes fornecedores. Então, alguns já chegaram e outros, não”, explica a empresária. A comissão tem o apoio da Abigraf – Associação Brasileira da Indústria Gráfica e da Tilibra. Ricardo Carrijo, gerente de relações institucionais da fabricante e vice-presidente da seccional Abigraf em Bauru, tem participado de reuniões em cidades do estado de São Paulo, esclarecendo e incentivando os varejistas a reivindicarem a distribuição do material escolar por meio do vale educação. “Em Sorocaba, conversamos com cerca de 30 papeleiros para compartilhar experiên-
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Em 23 de maio, o vereador João Donizeti (de camisa azul) participou da reunião que discutiu o Vale Educação, na qual a Comissão de Papeleiros de Sorocaba propôs que o projeto fosse aplicado para a Educação Infantil como fase de teste.
cias bem-sucedidas com o cartão educação em outras cidades e mostrar como ele pode ser viabilizado. Há soluções em outros setores, como o de remédio e o de alimentos, basta querer aplicar no setor de papelaria também”, comenta Carrijo. Rosa Cristina ainda relata desvantagens do kit escolar: “Sem a participação ativa das escolas e dos pais, alguns materiais são comprados desnecessariamente. Já vi escola receber baldinho de areia sem ter espaço com areia, e crianças de cinco anos receberem caneta esferográfica mesmo sem utilizar esse material, por exemplo.” E completa: “Por outro lado, se tiverem o cartão, os pais vão poder adquirir o material que preferirem em diversas papelarias, além de poderem trocar, se houver algum problema. Se algum item do kit escolar apresenta defeito, com quem os pais podem reclamar para substituí-lo?” Essa opinião é compartilhada por Ricardo
Carrijo: “O cartão educação confere a livre escolha do material ao consumidor, o que fortalece a cadeia de distribuição de papelaria.” Nivaldo Madureira, varejista que também estava na reunião de maio, critica a origem dos artigos escolares. “Tem fornecedor até de outros estados. Acredito que o melhor para Sorocaba seria manter os impostos na cidade, atendendo tanto aos alunos quanto aos papeleiros”, opina o proprietário da Livraria Pedagógica. A comissão propôs um teste aos presentes na reunião: “adotar o cartão apenas para a Educação Infantil, a partir do ano que vem. E, se der certo, ampliar para o Ensino Fundamental”, contou Rosa Cristina. Os representantes do Poder Executivo ficaram responsáveis por apresentar a proposta ao prefeito Vitor Lippi (PSDB).
Luta de sucesso O destaque de atletas brasileiros em Artes Marciais Mistas (MMA) popularizou a luta no país e, hoje, a Ultimate Fighting Championship (UFC) – organização que promove eventos de MMA no mundo inteiro – é uma marca de sucesso entre os fãs do esporte. Lançada em 1993, a UFC passou a ser licenciada no Brasil, em 2010, pela Exim Licensing, atendendo ao público acima de 18 anos.
UFC NA PAPELARIA Foroni – cadernos, blocos de fichário, fichário e agenda Kalunga – agendas, cadernos, blocos, fichários Xeryu’s – mochilas e malas de viagem
Além dos eventos esportivos – que são assistidos em 19 idiomas por pessoas de 140 países, a marca está presente em reality shows, jogos de videogame e revistas, por exemplo. p
Parceria em linha romântica Inspirado pelo Dia dos Namorados – comemorado no dia 12 do mês passado, o departamento comercial da Livraria Cultura idealizou produtos de papelaria fina que tivessem como tema o “amor”. O resultado foi a linha Amor em Paris, desenvolvida em parceria com a Teca. A fabricante foi a opção escolhida depois da experiência bem-sucedida com as caixinhas de cartões de Natal criadas ano passado pelas duas empresas, em parceria. A nova linha, voltada para mulheres adultas, tem as ilustrações de Marcelo Cípis estampadas em caixa de cartões, kit de cadernos e álbum de fotos. “Pensamos em produtos relacionados ao tema. Quem está apaixonado gosta de enviar cartões, escrever sua história e registrá-la em fotos”, comenta o analista de negócios da Livraria Cultura, Alex Olobardi. Amor em Paris foi lançada em um evento com direito a show da paulista Michele Wankene – que cantou músicas em francês - e já gera expectativas positivas ao analista. Segundo ele, a novidade tem apresentado boas vendas, principalmente nas lojas de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
Circulando REPRESENTANTE COMERCIAL
Luta por menos impostos
Em setembro de 1997, Antonino Antunes Martins fundava a Lady Di Representações, empresa que atende a região da Zona da Mata e a cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, trabalhando com produtos das companhias Isomil, Colas Hero, Rendicolla, Piffer, PKZ, Romeu e Julieta, Crepil Comercial, FestaCamp, Borrachão Artefatos de Borracha e Pincéis Cássia. Assim como a maioria dos empreendedores, Antonino teve muitas dificuldades no começo da carreira. “Precisei investir minhas economias para abrir a empresa e só após dois anos de trabalho é que comecei a colher os frutos”, conta. Antes de se aventurar nesta profissão, Antonino trabalhou por cinco anos como balconista na Papelaria Marone, o que o ajudou a conhecer o mercado. Hoje, apesar de enfrentar uma rotina puxada de 15 dias do mês no escritório e a outra quinzena viajando para visitar a clientela, o representante exalta algumas vantagens do trabalho. “Você passa a conhecer muita gente diferente e sempre cria uma
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relação de amizade com os clientes”, explica. Porém, na opinião de Antonino, ainda existem muitas questões que precisam ser discutidas sobre o mercado de representação. Sua maior reclamação é com o regime de substituição tributária, adotado pelo estado de Minas Gerais em meados de 2009. “Antigamente vendíamos bem mais. Hoje, quando o papeleiro faz a compra ele precisa pagar o imposto antes de vender o produto. Alguns não podem arcar com essa taxa e precisam fazer caixa primeiro, para então conseguir pagar a receita estadual”, reclama. Ele completa dizendo que o Imposto Sobre Serviços (ISS) no valor de 5% é muito alto e que o governo precisa reconhecer os representantes comerciais como parceiros. “Nós trazemos muitos produtos de empresas de outros estados para o mercado local, injetando impostos para o município. Sem nosso trabalho, a mercadoria não chegaria nas grandes e pequenas cidades”, explica. Devido a todos esses problemas, o representante é cauteloso ao deixar um recado para aqueles que estão entrando no ramo da representação comercial. “Pagamos muitos impostos, as despesas do trabalho são altas e o retorno não vem de imediato. É preciso ter muita persistência para se aventurar como representante”, finaliza.
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Arte em caixas A partir do ano que vem, as papelarias terão mais uma opção de fornecedor de caixas rígidas para presente. A nova linha do produto será lançada pela inPaper e foi desenvolvida em parceria com a artista plástica Karla Bratfisch. Tanto os produtos como a artista poderão ser conhecidos no estande da fabricante na Office PaperBrasil Escolar 2012, no qual serão distribuídas cadernetas de anotação estampadas pelos traços e cores de Karla. Já atuante no mercado de embalagens de luxo para o setor promocional e corporativo, a companhia pretende popularizar a arte no Brasil, inserindo seus produtos no varejo de papelaria.
Começou novo projeto de treinamento em São Paulo No dia 24 de maio, mais de 30 participantes estiveram no primeiro treinamento do projeto Transformando Atitudes. Organizado pelo Simpa-SP, o programa é composto por palestras sobre marketing pessoal. “É preciso que o balconista esteja motivado para atender bem os clientes e auxiliar no crescimento das vendas”, afirma o consultor João Gabassi, responsável pelas apresentações. Patrocinado pelas empresas BIC/Pimaco, Dello, Multilaser e Tilibra, o projeto tem como proposta aprimorar as técnicas de trabalho dos profissionais de papelaria, como balconistas, supervisores e gerentes. Uma das pessoas presentes na estreia foi Viviane Azevedo Marques,
que trabalha há 12 anos na Papelaria Polgrymas (São Paulo/SP). Ela disse que o treinamento acrescentou novos valores ao seu conceito de atendimento. “Achei interessante a tese de construção de pontes no relacionamento. São dicas que levamos para todos os aspectos de nossas vidas”, elogiou. As próximas palestras estão agendadas para os dias 19 de julho, 23 de agosto, 20 de setembro, 18 de outubro, 13 de novembro e 13 de dezembro, sempre das 9 às 11 horas no auditório da sede do sindicato. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (11) 3255-3587. Ao final de cada treinamento são sorteados dois celulares, além de brindes das marcas patrocinadoras.
Circulando
NA ESTANTE
Papelaria e educação na Rio+20 A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que aconteceu no Rio de Janeiro (RJ) mês passado, também mobilizou a sociedade e as empresas. Entre as companhias que estão fazendo sua parte, estão a Suzano, a Maped do Brasil e a Faber-Castell. Esta última foi a fornecedora exclusiva do evento, distribuindo 70 mil unidades de EcoLápis, além de canetas sustentáveis. A companhia também foi a patrocinadora do Workshop Negócios e Biodiversidade, cujo conteúdo está relacionado ao Programa de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente da Alemanha, do qual a Faber-Castell é uma das empresas signatárias. Já a Maped levou seu Projeto Escola Genial à conferência. O programa nasceu
em 2010, aplicado pela educadora Leila Grillo e desenvolvido pela fornecedora de material escolar, e realiza oficinas de capacitação de educadores em escolas de São Paulo para despertar a criatividade das crianças a partir da reutilização de materiais. Durante a Rio+20, o projeto contou com a parceria da Escola Bosque, associada à Unesco, e ofereceu oficinas para estudantes entre 4 a 15 anos. “Utilizamos a arte como recurso interdisciplinar a partir da reciclagem e de conceitos da reutilização, valorizando o meio ambiente, despertando o lado lúdico das crianças e, ao mesmo tempo, transmitindo conceitos do consumo consciente”, diz Leila. As atividades foram realizadas no Planetário do Rio de Janeiro e tiveram 1.500 lápis e outros
produtos da linha Black Pep’s da Maped disponíveis, além de itens da linha Greenlogic. Para viabilizar a proposta da Infraero para seu Relatório Ambiental, documento que registra todas as suas iniciativas voltadas para o meio ambiente, a empresa contou com a atuação da Suzano. O material – distribuído na Conferência – foi impresso em papel reciclado, produzido a partir dos descartes do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A ação do projeto de sustentabilidade da companhia na Rio+20 foi colocada em prática pela fabricante, que processou cerca de quatro toneladas de papel. Os relatórios foram embalados em caixas de papel de reflorestamento, e a sobra foi utilizada na sobrecapa desenvolvida pela agência Staff Brasil.
Aprender com os próprios erros pode ser positivo. Com os dos outros também, segundo Antônio Celso Webber. Esse foi o método do consultor empresarial ao escrever O líder em xeque. O autor partiu das experiências de diversos líderes com os quais teve contato ao longo de seus 30 anos de experiência para descrever o que é poder, detalhar como lidar com a inveja, indicar maneiras mais fáceis para delegar tarefas, além de como agir em situações em que negócios e afetividade se cruzam. Uma das premissas que permeiam o livro é a de que “o poder é a capacidade de exercer influência sobre as pessoas”. Antônio Celso Mendes Webber | Bookman Editora – 260 páginas
CONSUMO
Arte em papel
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Quando chega em casa da papelaria com a sacola cheia de pincéis, betume, papelão e tinta PVA, Sílvia Godoy procura outros materiais menos triviais para montar suas esculturas. Elas são feitas, principalmente, de diversos tipos de papel, mas não só: “Uso garrafas pet, tubo de papel higiênico, filtro de café e chip de toner, por exemplo”. As esculturas feitas de material reciclado são inspiradas em pessoas reais e surgiram a partir da “vontade de criar”, que motivava Sílvia a catar o que achava pelo caminho na praia em que morava, em Bertioga, São Paulo, no final dos anos 80 e início dos 90. A artista diz que naquela época “não tinha a
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pretensão de vender” suas obras. “Isso começou quando me mudei para a capital paulista. As pessoas começaram a elogiar, quando viam na minha casa. Então, uma amiga sugeriu que eu colocasse as peças à venda no pet shop que ela tinha”, lembra. Além do material para confeccionar seus trabalhos, Sílvia entra em todas as papelarias pelas quais passa para comprar etiquetas, plástico bolha para embalar as esculturas e pinturas, marcadores para assinar as peças, canetas, papel sulfite e lápis. Antes de concretizar algumas obras, Sílvia desenha um leve esboço de suas ideias e as transfere para o computador para visualizar como elas ficarão na versão final.
Há mais de cinco décadas no ramo de papelaria, o empresário Laécio Rodrigues transformou seu pequeno comércio em uma grande rede de lojas que, atualmente, emprega mais de 300 funcionários.
Juiz de Fora. As demais lojas são investimentos no ramo de copiadoras, celulares e até motocicletas, além de um centro de logística localizado em Vitória da Conquista, na Bahia. “Abrimos esse ponto no Nordeste há quatro anos para dar mais agilidade às vendas, já que nossa distribuição é muito direcionada para aquela região”, conta. Apesar de já estar consolidada no mercado, a rede continua crescendo. No fim de 2011, o empresário recebeu o convite para se unir à Adispa – Associação dos Distribuidores de Papelaria. Já este ano, ele conta que
realizou pela primeira vez, importações de produtos diretamente da China. “Buscamos adquirir itens mais competitivos. Agora que já abrimos os canais, pretendo importar mais vezes”, diz o empresário. Com mais de 40 anos de estrada, Laércio aposta na capacitação de seus funcionários e em um mix diversificado, além de se manter sempre atento às tendências e novidades do mercado. “Quando aparece algo novo, nós corremos atrás. Estamos preparados para acompanhar e nos adaptar às evoluções”, completa.
Mercado Alguns itens não chegam aqui e a única oportunidade para comprá-los é na feira. Os clientes adoram quando encontram itens com personagens e personalidades que eles veem na TV. HELENA SILVA, BRUNA PAPELARIA E AVIAMENTOS PONTES DE LACERDA/MT
Incentivo é importante
Ainda para 2012, a proprietária da Bruna Papelaria e Aviamentos (Pontes de Lacerda/MT), Helena Silva, pretende fechar negócio com mais de 20 empresas durante os quatros dias de feira. Frequentadora do evento há 15 anos, ela conta que sua papelaria, de 26, é a única da região com produtos diferenciados. “Alguns itens não chegam aqui e a única oportunidade para comprá-los é na feira. Os clientes adoram quando encontram itens com licenciamentos de personagens e personalidades que eles veem na TV”, afirma. Outra estratégia da empresária é tirar fotos com as celebridades que vão à feira divulgar seus produtos licenciados e expor as mesmas na loja. “É um sucesso, o pessoal sempre comenta sobre as minhas fotos”, diz.
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Paulo Luz, da Suape Papelaria, vai de Pernambuco a São Paulo todos os anos com o objetivo de conhecer as novidades do setor papeleiro.
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Ronaldo Rufino, por outro lado, não fechou negócios para a RK Sucesso (Garanhuns/ PE) durante sua primeira visita à Office PaperBrasil Escolar, em 2011. “Como as empresas começam a vender um mês antes de a feira acontecer, eu já tinha fechado pedidos quando fui ao evento”, explica o proprietário da loja de atacadista, inaugurada há três anos. Este ano, porém, ele conta que será diferente: “Já organizei as compras e pretendo fechar muitos negócios no evento, pois percebi vendedores dispostos para negociar”. Ter ido ao evento em 2011, porém, foi importante para Rufino: “Fiquei encantado! Eu achava que tudo o que tinha ao meu redor era todo o universo de papelaria, mas percebi que ele é muito maior”. Esse é um dos argumentos usados pelo representante comercial na Região Nordeste, Gabriel Ribeiro de Andrade, que incentiva a ida de seus clientes ao evento. Ele acredita que ir à Office PaperBrasil Escolar faz com que os visitantes vejam novas possibilidades de negócios. Após aceitar o convite e, durante a feira, abrir um novo horizonte para os artigos de informática, Rufino percebeu que o representante tinha razão. “Não vendo esses itens ainda,
mas, na Escolar, notei que a minha loja é um ambiente propício para trabalhar com eles e tenho a intenção de focar nisso”, indica. Para estimular a visita de varejistas que não costumam ir ao evento em São Paulo, Andrade organiza um grupo para o qual reserva hotéis por preços mais baratos e viabiliza a partilha de corridas de táxi pela capital paulista. “Este ano, vou levar um grupo de 30 pessoas”, comemora o representante. Outro cliente de Andrade que não abre mão de visitar a feira é Paulo Luz, que marca presença na Office Paper há oito anos. Proprietário da Suape Papelaria (Cabo de Santo Agostinho/PE), ele aponta algumas diferenças da época em começou a frequentar a feira: “Até quatro ou cinco anos atrás, quem ia ao Anhembi tinha vantagens com descontos nas compras. Hoje os expositores não dão mais esse atrativo”, lamenta. O empresário continua frequentando o evento apenas para ver novidades, “já que quem não vai à feira compra pelo mesmo preço”, justifica. “Além disso, eu junto o útil ao agradável, pois assisto palestras apresentadas na feira e aproveito para passear em São Paulo com a família”, completa.
Produto | Agendas 2013
A hora e a vez das
Chegou o momento de conhecer os
agendas
afirmam que, apesar do avanço da
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Apesar do mercado nacional de agendas já ter sido mais representativo, Fábio Mortara defende que esse segmento tem a capacidade de se renovar e de trazer novidades a cada ano.
Foto Andrea Ribeiro/Divulgação
segundo semestre de 2012 está no início, mas tem muito varejista com os olhos voltados para 2013. Isso porque, nesta época do ano, grande parte dos fabricantes está com as suas novas coleções de agendas disponíveis no mercado, e o papeleiro já pode escolher quais delas vão para a prateleira da loja. Proprietário da Sun Marina (São Paulo/SP), Giogi Kamiha pretende apostar em um mix variado, capaz de agradar adultos, adolescentes e crianças. Os pedidos já começarão a ser feitos.
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lançamentos e avaliar quais deles melhor se adequam ao seu público. Entre a polêmica sobre o rumo que o produto vem tomando, alguns consumidores tecnologia, a agenda ainda é insubstituível. POR RENATA MEDEIROS
Segundo ele, essa antecedência é essencial para garantir preços mais acessíveis junto aos fornecedores. “Além disso, efetuando o pagamento antecipadamente, evito que a dívida se estenda até janeiro, quando há muitas contas a pagar”, revela. À frente da Interlig Papelaria (Curitiba/PR), Janilce Verza Picinin acrescenta que, ao adiantar as encomendas, é possível conseguir descontos e, muitas vezes, melhores prazos de pagamento. Porém, essas não são as únicas preocupações dos varejistas. Fazer com que esse produto esteja disponível na loja ainda no segundo semestre do ano anterior ao da agenda é essencial. “As pessoas costumam comprar esse artigo para presentear amigos e familiares no fim do ano”, afirma. Na Papelaria Atalaia (Tangará da Serra/MT), os lançamentos são disponibilizados aos clientes a partir de setembro, mas é em janeiro e fevereiro do ano referente ao da agenda que o produto ganha destaque, sendo levado para a frente da loja. “Essa estratégia rende bons resulta-
dos, pois a mercadoria fica em evidência”, garante a proprietária da loja, Kamila Etienne Umann. Na Papelbom Papelaria (Iuiú/BA), as agendas também são levadas para a frente do estabelecimento em janeiro, onde ficam até o final de março, ao lado dos cadernos. “Aproveitamos a volta às aulas para incentivar a saída do produto”, conta a dona da papelaria, Maria Selma dos Santos. De acordo com os varejistas entrevistados para esta matéria, a agenda comercial – básica, de tamanho aproximado ao de meia folha A4 e com capa de cores neutras – é a queridinha do público. Na Papelaria Atalaia, por exemplo, 80% da venda de agendas está relacionada ao produto que apresenta essas características. Em contrapartida, eles garantem que, para a escolha das agendas que farão parte do mix oferecido na loja, é importante estar atento aos seus frequentadores. “Com o tempo, percebi o que o público queria, e fui adequandome a ele. Atualmente, sei que na minha papelaria não
podem faltar agendas que possuam uma página por dia e espaço para o registro de números de telefone”, ilustra Kamila. “Para acertar na escolha, é preciso observar a saída do produto ano a ano”, completa o proprietário da Graffit’s Papelaria e Informática (Cruzeiro do Sul/AC), Eulo Negreiros Lima Verde. As agendas licenciadas também não podem ser deixadas de lado, segundo os varejistas, apesar das reclamações sobre o preço do produto. “Por serem caras, elas não dão um retorno tão positivo quanto às demais. Para não ficar com o item no estoque, procuro investir em personagens que estejam em evidência ou naqueles que nunca saem de moda, como a Barbie”, declara Kamila. Já na Interlig Papelaria é a licença Capricho que não pode ficar de fora do mix da loja. “Estou perto de várias escolas e essa agenda é muito procurada pelas meninas”, comemora Janilce. De acordo com o presidente da Abigraf Nacional – Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Fabio Arruda Mortara, o mercado nacional de agendas é forte, mas já foi mais representativo. Ele alega que o produto sofre devido à concorrência com os equipamentos eletrônicos, mas o que realmente traz impactos negativos para a indústria brasileira do setor é a importação. Em 2011, o volume de agendas vindas de países como Itália, China e Estados Unidos cresceu
43% em comparação ao ano anterior. Por outro lado, Mortara mostra-se otimista, já que, de janeiro a maio de 2012, o volume de agendas importadas foi 23% menor em relação ao mesmo período de 2011. “Acredito que isso seja reflexo do aumento da taxa de câmbio”, diz. Além disso, a produção de agendas no Brasil vem aumentando, segundo informações da Abrigraf Nacional, baseadas em dados do IBGE. Os últimos números divulgados mostram que, em 2009, foram produzidas no país 1.986.711 agendas, contra 641.552 em 2007. Esses números levaram em conta a produção de 27 empresas, em 2009, e de 26 fabricantes, em 2007. “Este é um mercado que investe em inovação, trazendo sempre novos modelos, novas texturas. A capacidade de criação dentro dessa área é infinita”, diz Mortara.
Consumidores Independentemente da avaliação dos profissionais do ramo, a questão é: algumas pessoas não abrem mão da agenda, como é o caso da estudante de artes cênicas Jerusa Livramento Pereira, 23 anos, que leva o acessório para todos os lugares onde vai. Para ela, o item precisa trazer uma página por dia e algumas folhas em branco para anotações diversas. Já o espiral a estudante dispensa. “É horrível quando preciso pegar a agenda dentro da bolsa e ela fica presa em alguma coisa”, brinca. Outra universitária que tem sempre o objeto por
Com profissões e idades diferentes, (1) Shirley Furtado, (2) Luiz Parreiras, (3) Luisa Monteiro e (4) Isabela Soares tem um ponto em comum: é na agenda que eles anotam os compromissos e as atividades do dia a dia.
perto é Isabela Soares, 21 anos. Quando começou a trabalhar, em 2009, ela costumava escrever as tarefas em pequenos pedaços de papel e, dessa maneira, uma coisa ou outra acabava sendo esquecida. Por sugestão do seu então chefe, ela adotou a agenda, e não vive mais sem ela. “Passei a utilizá-la para anotar datas de provas, de viagens, o horário do salão, enfim, tudo”, comenta. Antes de adquirir o produto, Isabela fica atenta ao julho de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br
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Mercado recebe coleção 2013 de agendas Diversidade. Essa é uma das palavras que pode definir o mercado brasileiro de agendas. Isso porque são vários os modelos disponibilizados pelos fornecedores, entre costurados ou em espiral, simples ou sofisticados, diários ou permanentes. Entre tantas opções, a REVISTA DA PAPELARIA reúne aqui alguns dos lançamentos para 2013.
Tudo combinando Na Jandaia, a linha de agendas é uma extensão da de cadernos, o que possibilita ao consumidor adquirir os dois artigos com o mesmo visual. “É importante trabalhar o design dos produtos de forma que eles se completem. Os itens não necessariamente devem ter as mesmas artes e cores, mas podem apresentar uma certa coordenação, formando um jogo”, comenta o gerente de marketing da empresa, Fabricio Pardo. Dessa maneira, as capas das agendas 2013 trazem a turma do Angry Birds (destaque) e os palhaços Patati Patatá (acima), que já estampam os cadernos da empresa e, como afirma Pardo, foram sucesso na volta às aulas 2012. A agenda que traz a licença Pretorian (ao lado), marca de equipamentos esportivos para luta, é outro lançamento da Jandaia.
Só permanente Para 2013, a Grafset tem uma novidade: a empresa passa a oferecer, exclusivamente, agendas no modelo permanente. “Tomamos a decisão ao detectarmos a grande procura por esse item”, explica seu diretor comercial, Téo Ramos. As agendas da Grafset continuam trazendo um dia por página e capas com acabamento diferenciado, em glitter ou em verniz. Além da tradicional agenda executiva, a companhia lança novas linhas, como a Spring e a Owlet (ao lado), voltadas para o público jovem.
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Produto | Agendas 2013 Opções para vários estilos A São Domingos ingressou no mercado de agendas em 1996, disponibilizando nove modelos. Atualmente, o portfólio da empresa conta com mais de 60 deles, sendo capaz de agradar os mais diferentes gostos, como garante o seu gerente comercial, João Antonio Corniani. “Essa evolução foi gradual e, ao mesmo tempo, surpreendente. Hoje, oferecemos a agenda mais básica à mais sofisticada”, comenta. As linhas Pânico (ao lado) e Turma da Mônica DNA (destaque) são alguns dos lançamentos da São Domingos. Outra novidade é a licenciada Speedo (acima), marca referência quando o assunto é a moda esportiva. “Além de capas modernas, essa agenda traz conteúdo útil aos jovens, como espaço para planejamento de treinos e tabelas de conversão de pesos e medidas”, conta Corniani.
Em busca de inovação Desde a sua fundação, há 27 anos, a Ótima Gráfica produz agendas e, segundo a sua assistente de marketing, Aline Bellei Marchese, elas passam por constantes evoluções, seja na forma de encadernação, no tipo de fechamento ou nos acessórios. “A cada ano, a Ótima Gráfica procura trazer um diferencial aos seus produtos”, afirma. Para 2013, a empresa lança a linha Botanicals e também apresenta ao mercado coleções repaginadas, como a Cool Gang (ao lado) e a Linha de Agendas.
Costuradas em evidência Para as mulheres, a Teca traz a coleção Floral, e, ao consumidor que dá preferência às agendas com cores sóbrias, ela disponibiliza a linha Tony. Ambas são costuradas, sendo esse modelo a grande aposta da empresa. “Percebemos que esse tipo de agenda estava saindo mais, e, hoje, a maioria das nossas coleções é oferecida nesse formato”, diz a gerente comercial da companhia, Maria Andrade. Com capa em papel impermeável, a linha Canvas (ao lado) é outro investimento da Teca.
De olho no mundo da moda A Maio Gráfica fabrica agendas há 32 anos e, nos últimos 10, a produção da empresa cresceu 50%, como afirma a sua gerente de vendas e marketing, Michelle Tristão. Para ela, isso acontece devido à aposta em modelos desenvolvidos sob o olhar da moda. “O mercado fashion dita novas cores e novos estilos, que trazemos para as nossas agendas”, conta. Um dos lançamentos da empresa é a agenda Night, que possui uma alça e se transforma em bolsa. Outros destaques são a linhas Teen e Cristã (ao lado), que ganharam novos modelos.
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Via de mão dupla Se papelarias se movimentam para atender as demandas por itens de informática, o inverso também acontece e pode ser constatado no evento da All Nations. A distribuidora de artigos de informática criou, em 2010, o All Nations Opportunity. Já levado para cidades como Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS), a mais recente edição do evento aconteceu no Rio de Janeiro (RJ), em maio, reunindo aproximadamente 400 pessoas, entre fabricantes, atacadistas e varejistas. “O nosso objetivo é promover a integração entre a indústria e os nossos clientes, tornando
o relacionamento entre ambos ainda mais sólido”, explica o diretor financeiro da All Nations, Marcelo Santos. Durante o evento realizado na capital fluminense, atacadistas e varejistas conheceram lançamentos e conversaram com fabricantes. Eles ainda tiveram momentos de descontração ao assistirem ao show de stand up comedy do humorista Fernando Strombeck e ao degustarem o bufê do restaurante onde aconteceu o encontro. “O All Nations Opportunity traz novidades, proporcionando um clima agradável aos seus participantes”, diz Santos. Proprietário da Meet In-
Marcelo Martinez conta que a Epson do Brasil vem desenvolvendo estratégias com o intuito de fortalecer sua presença nas papelarias.
formática e Papelaria (Paraíba do Sul/RJ), Fred Teixeira Vieira é um dos varejistas que participou do evento. Ele conta ter aprovado a iniciativa da All Nations, pois, por meio dela, foi possível ter acesso a novos produtos e atualizar-se frente ao mercado. “Encontrei muitos artigos que combinam com o perfil da loja”, comemora.
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Tecnologia
Para Wanderley Parizotto, da Golden, a aposta em artigos de informática pode significar a garantia de sobrevivência para muitas papelarias.
tecnologia, o caminho inverso, trilhado pela Meet, vem se tornando cada vez mais comum. No mercado há 19 anos como loja de informática, a Radar Informática, do Rio de Janeiro, é outro exemplo disso. “Pretendemos ampliar o nosso leque de mercadorias, comercializando também cadernos, lápis e canetas, com o intuito de conquistarmos novos clientes”, conta o proprietário do estabelecimento, Rômulo de Melo Pereira.
Projeto A história da Meet teve início em 2006, quando Vieira abriu o estabelecimento que, na época, era totalmente voltado para o ramo de informática. Três anos mais tarde, toners, mouses, cartuchos de tinta, notebooks e impressoras passaram a dividir o espaço com cadernos, lápis e canetas. “Quando nossos clientes corporativos começaram a solicitar produtos de papelaria, vimos que seria viável investir nesse setor”, conta. Atualmente, os artigos de informática são responsáveis por 30% do faturamento anual da Meet e, segundo Vieira, apesar desses produtos não serem mais o carro-chefe do negócio, não há como deixá-los de lado. “A pessoa vai até a loja para comprar um envelope e acaba levando uma mídia digital. O consumidor quer adquirir uma impressora e aproveita para levar o papel. Acredito que um segmento completa o outro”, argumenta. De acordo com Vissotto, da HP, se hoje muitas papelarias apostam no mundo da
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Atenta às pequenas e médias papelarias que desejam ingressar no universo tecnológico, ou ampliar o mix já existente na loja, a Golden Distribuidora lançou, no primeiro semestre de 2012, um projeto, intitulado Ilha de Informática, que tem como objetivo auxiliá-las nesse processo. “Para driblar a concorrência, as papelarias vêm buscando soluções, mas ainda de forma tímida no que tange aos produtos de informática. É importante que os proprietários desses estabelecimentos ousem e enxerguem a tecnologia como uma aliada. Ela pode ser essencial para garantir a sobrevivência do negócio”, defende o diretor da Golden, Wanderley Parizotto. A papelaria que participa do projeto conta com uma “ilha”, onde são expostos os produtos distribuídos pela Golden, entre eles, impressoras e projetores. Antes, porém, a empresa faz um estudo junto ao varejista para identificar qual artigo se adequa mais à papelaria e ao seu público.
Além disso, os funcionários da loja recebem treinamento, não só sobre cada um dos itens que serão comercializados, mas também sobre a tática para vendê-los. Há cerca de dois meses, a Sharpel Papelaria e Informática (Osasco/SP) participa da Ilha de Informática o projeto, sendo a primeira loja a ingressar no projeto. Ao seu mix foram agregados produtos como roteadores e monitores. “Já vendemos algumas peças e as expectativas são as melhores possíveis. A linha de informática representa entre 25% a 30% do nosso faturamento anual e, até o final de 2012, pretendemos aumentar esse montante para 40%”, comenta o gerente de compras da papelaria, Jorge Luis Águas. Segundo ele, o material escolar começou a perder espaço para os equipamentos tecnológicos, e, dessa maneira, o investimento em produtos de informática torna-se cada vez mais necessário. “Existem escolas trabalhando com tablets e esse fato já traz consequências para a papelaria. Em 2012, vendemos menos cadernos que em 2011. A estimativa é que em 2013 a saída desse produto seja menor se comparada a deste ano. A papelaria não vive mais só da venda de material escolar. Ela precisa se diversificar”, afirma. De acordo com o diretor da Golden, a Ilha de Informática atende hoje, em média, 40 lojas, a maioria localizada no estado de São Paulo. A estimativa é que, até o final deste ano, o projeto atinja 3,8 mil papelarias em todo o país.
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Mercado Global Campanha doa canetas a estudantes carentes
Imagem utilizada pela BIC para divulgar a campanha para a volta às aulas na África do Sul
No início do ano escolar de 2012, a BIC da África do Sul realizou a campanha Choose BIC and Change a Future (Escolha BIC e Mude o Futuro, em tradução livre). Mais de 20 produtos da marca foram identificados com o adesivo da campanha e cada um desses que fosse vendido corresponderia a uma caneta doada para uma criança carente. A iniciativa alcançou a marca de 1 milhão de canetas, que serão distribuídas pela ONG sul–africana Read Education Trust. Segundo o gerente de marketing da divi-
são de papelaria da fabricante, Millicent Quoilin, 1.259 escolas do país receberão o benefício. Quoilin decidiu implantar a proposta diante da falta de material escolar (inclusive canetas) a mais de 12 milhões de estudantes do país em 2011. Em contrapartida, durante a volta às aulas do ano passado, os alunos mais privilegiados compraram 52,1 milhões de unidades do produto. “Sabemos que algo simples como uma caneta é uma peça-chave para a educação”, afirmou o gerente.
Expositores são reposicionados na maior feira de papelaria A Paperworld 2013 terá nova estrutura. As mudanças nos pavilhões do centro de exposições e a reorganização das categorias de produtos foram definidas depois de discussões da Messe Frankfurt, organizadora do evento, com expositores e de uma pesquisa realizada com visitantes. Ano que vem o segmento de artigos escolares, que costumava ser exposto no hall 3.1, estará no hall 5.0, ocupando todo o pavilhão com mochilas, estojos, cadernos, agendas, além de artigos para crianças no início da vida escolar e produtos licenciados. Uma das vantagens dessa nova localização é a proximidade com o hall 5.1, ocupado por expositores de gifts, o que inclui etiquetas, agendas e conjuntos de papel de carta, itens que também têm o público jovem como alvo. Já os fabricantes de instrumentos de escrita e desenho, que também ocupavam o 3.1, vão expor em um hall mais central, o 4.0, mais próximo da nova localização da Creativeworld, que saiu do hall 4.2 para o 4.1. “Assim, os instrumentos de escrita serão mostrados de maneira independente, obtendo mais destaque na feira”, diz Michael Reichhold, diretor da Paperworld. A organização do evento acredita que a proximidade entre seções relacionadas facilitará a circulação dos visitantes, que buscam fornecedores para seus segmentos de atuação. Os fornecedores de produtos de escritório passarão a ocupar os dois andares do hall 3 com a mudança dos artigos dessa categoria do hall 4.1 para 3.1, pavilhão que será compartilhado com a Remanexpo.
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Vitrine Hello Kitty para decoração A I-Stick traz para o mercado uma linha completa de adesivos de umas das personagens mais famosas do mundo, a Hello Kitty. Voltados para a personalização de celulares, smartphones, tablets e notebooks, os produtos estão disponíveis em diversas cores e modelos diferentes. Preço sugerido ao consumidor: R$ 28,00, para celular; R$ 69,00 para tablet e notebook Televendas: 0800-778-3131
Mais capacidade de armazenamento Com 32Gb de espaço, o novo cartão de memória micro SD da Multilaser oferece muito mais facilidade para salvar arquivos e utilizá-los em aparelhos celulares, GPS, rádio automotivo e câmeras digitais. O produto já vem com adaptador e possui trava de segurança, interface de sincronismo serial de alta velocidade e uma taxa de transmissão de dados de 11,7 MB/s (80x). Preço sugerido ao consumidor: R$ 129,90 Televendas: (11) 4003-5200
Mais praticidade com minimouses Com tamanho compacto, a linha Shiny de minimouses da NewLink é voltada para usuários de notebooks. Disponível em cinco modelos diferentes, os produtos possuem um cabo retrátil que dá ainda mais praticidade para o usuário. Os itens também acompanham uma capa adicional, que permite variar seu mouse entre dois visuais. Preço sugerido ao consumidor: R$ 24,90 Televendas: 0800-772-5015
Acessório para iPhone A Macally apresenta o FlexFitP4S, acessório para iPhone 4 e 4S que, além de proteção, oferece bastante estilo para o aparelho. Disponível nas cores rosa e branco, o item é flexível e mantém o acesso a todos os controles e conexões do smartphone. Ele tem garantia de 12 meses e é feito de material reciclável, atóxico e biodegradável. Preço sugerido ao consumidor: R$ 69,00 Televendas: (11) 5567-0070
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