Revista da Papelaria 164

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ano XVIII – abril de 2011 – nº 164 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br

Papelaria REVISTA DA

VOLTA ÀS AULAS 2011

Chegou a hora do balanço Papelarias de todo o Brasil analisam o período mais esperado por quem atua no segmento escolar. Boas vendas e a atuação das grandes redes e do governo são destaque em pesquisa realizada com mais de 100 varejistas TECNOLOGIA Incremente as vendas de mouses conhecendo mais o produto

REDES SOCIAIS Atualize-se sobre o tema na série Papelarias na Web

MERCADO GLOBAL Feiras na Europa e na Ásia aquecem o setor no mundo



Nesta Edição

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Entrevista

Pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas, Lia Valls, avalia as medidas que o governo brasileiro pretende tomar para diminuir a entrada de produtos chineses no país.

Papelarias na Web Saiba como e por que fazer de sua papelaria uma integrante das redes sociais.

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Lojistas e indústria comemoram os resultados da volta às aulas 2011 que, marcada pelo aumento nas vendas, trouxe saldo positivo ao mercado.

EDITORIAL

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CIRCULANDO

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PERFIL DO VAREJO Papelaria Formosa

Tecnologia Conheça mais sobre o mouse: artigo que mistura alta tecnologia e simplicidade.

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TREINAMENTO Gerando Demanda pelo Conhecimento 2011

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MERCADO GLOBAL

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VITRINE

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ONDE ENCONTRAR

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PONTO FINAL

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Especial

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Editorial

Estava preparado? Passada toda a intensa movimentação da volta às aulas, a sensação é de que a habilidade e a competência do varejo de papelaria foram colocadas à prova. Comprar bem, promover-se, atrair o público, oferecer serviços diferenciados e destacar-se da concorrência foram alguns dos exercícios arduamente praticados neste período. E nós, como veículo de comunicação do setor, perguntamos: como você se saiu? Preparou-se como era necessário? Estas perguntas nortearam o trabalho da jornalista Renata Medeiros para registrar o mais fiel retrato do desempenho do varejo de papelaria na volta às aulas 2011. O resultado é a reportagem de capa desta edição que felizmente revela que a movimentação de negócios no período foi positiva e até acima do esperado para grande parte dos lojistas, ou seja, a maioria das papelarias estava preparada para a volta às aulas e por isso puderam usufruir do bom momento econômico do país no início do ano. A constatação está baseada no resultado da pesquisa que a REVISTA DA PAPELARIA realizou junto aos varejistas e que foi respondida por 114 empresários do setor em 19 estados. Pela sondagem, 70,3% dos lojistas avaliaram como ótima ou boa a movimentação da volta às aulas 2011, e 62,9% deles registram aumento no faturamento em relação a 2010. Além disso, a pesquisa indica que driblar a concorrência e atrair a atenção dos consumidores são os principais desafios do varejo de papelaria na volta às aulas. Sobre a concorrência, a já conhecida atuação do varejo generalista ainda é um entrave para o desempenho pleno das lojas especializadas. Mas não há como esperar que Lojas Americanas e supermercados deixem de explorar o filão da volta às aulas, então o caminho é planejar com antecedência e criar estratégias para minimizar o impacto delas na sua loja. Mas uma nova concorrência está tirando o sono, principalmente de empresários de São Paulo, estado onde há distribuição de material escolar para os estudantes da rede pública. Nesta área, o desafio é ainda maior porque requer do empresário o mínimo de organização política para garantir a participação do varejo nesta distribuição. E então, o assunto é mais complexo, visto que o setor ainda não conseguiu fortalecer suas representatividades a ponto de partir para uma briga deste porte com agilidade e eficiência que o assunto merece. O varejo vive o sentimento de desassistência também por parte da indústria. É o que mostra a pesquisa no item em que os lojistas indicam os melhores aspectos dos fornecedores nesta volta às aulas. O aspecto “qualidade dos produtos” ganhou nota máxima por unanimidade, enquanto que “apoio ao ponto de venda” obteve a pior qualificação. É, o varejo deu o seu recado! Aproveite esta edição que, além da volta às aulas 2011, traz a última reportagem da série Papelarias na Web, na qual a repórter Carolina Berger reúne várias dicas para que sua papelaria explore ao máximo a presença na internet, fazendo uso planejado das redes sociais. A série chega ao fim, mas já sinto saudades diante do tanto que há para se fazer no varejo de papelaria quando o assunto é a presença do setor na internet, em contraponto a casos específicos de bom aproveitamento deste canal de divulgação. Boa leitura e ótimos negócios! &

Rosangela Feitosa - EDITORA rosangela@hamaeditora.com.br

ANO XVIII  ABRIL/2011  Nº 164 ISSN 15162354 DIREÇÃO GERAL Jorge Vieira Gonzaga e Rosangela Feitosa de Souza direcao@revistadapapelaria.com.br JORNALISMO Edição: Rosangela Feitosa Reportagem: Carolina Berger e Renata Medeiros Revisão: Rita de Cassia Carelli Ilustração: Uri Adriano jornalismo@revistadapapelaria.com.br ARTE Direção: Claudio Albuquerque Programação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra, Stanley Gonzaga e Tatiane Albuquerque ATENDIMENTO AO LEITOR Luanna Coutinho atendimento@revistadapapelaria.com.br ADMINISTRAÇÃO Caroline Barros adm@revistadapapelaria.com.br CONSELHO EDITORIAL • Regina Célia Zogheib Bertonha, Libanesa Center (Brasilândia/MS) • Ildomar da Costa Vieira, PaperBlue (João Pessoa/PB) • Beatriz Inês Lisboa, IB Papelaria e Presentes (Capanema/PA) • André Costa, Duplapel Papelaria (Rio de Janeiro/RJ) • Heidi Stock, Papier Haus (Guarapuava/PR) conselhoeditorial@revistadapapelaria.com.br PUBLICIDADE Direção comercial: Jorge Vieira publicidade@revistadapapelaria.com.br ATENDIMENTO COMERCIAL EM SÃO PAULO Ericson Ortelan – (11) 2978-8841 e (11) 9145-4181 Ivo Trevisan – (11) 2099-4356 e (11) 8215-8322 SEDE Av. das Américas, 5001 – coberturas 309 e 310 Rio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004 Tel./fax: (21) 2431-2112 DISTRIBUIÇÃO MENSAL E NACIONAL Para diretores e compradores de papelarias, atacadistas, distribuidores, representações e indústrias do setor e departamento de compras de corporações.

PUBLICAÇÃO MENSAL

ASSOCIADA A

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Entrevista Lia Valls, FGV/RJ

Fecha-se o cerco De acordo com uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no início deste ano, quase a metade das indústrias brasileiras que competem com companhias chinesas perdeu participação no mercado doméstico em 2010. Quais consequências esse fato traz ao Brasil? Lia Valls: O fato de existir um grande surto de importação que chegue ao ponto de prejudicar empresas brasileiras, fazendo com que elas tenham queda no lucro, diminuição na produção e demissões, traz uma consequência negativa. A situação fica ainda mais complicada agora, além de distorcida, devido ao câmbio muito valorizado. Como separar devidamente a simples concorrência daquela gerada pela valorização cambial? Acredito que vivemos um momento em que a questão da concorrência é exacerbada devido ao câmbio. A atual entrada de produtos chineses em nosso país representa uma ameaça à economia brasileira? Lia Valls: O Brasil enfrenta a concorrência de outros países, mas a discussão geralmente envolve a China porque ela trabalha com uma gama muito diversa de artigos e, há tempos, deixou de ser uma exportadora de “quinquilharia”. Hoje, ela investe também em artigos de alto valor agregado, como é o caso dos eletrônicos.

contra a China Quando o assunto é proteger a indústria brasileira de produtos importados, principalmente da China, o Brasil parece não medir esforços. Incentivar a utilização de selos de qualidade, aumentar as taxas de importação e o rigor na aplicação do direito antidumping são apenas algumas alternativas que o governo pretende adotar como escudo contra a chamada “invasão chinesa”. Em entrevista à REVISTA DA PAPELARIA, Lia Valls Pereira, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), avalia os impactos dessas medidas, mostra como elas podem refletir no setor papeleiro, e deixou um alerta: “A questão não é apenas se proteger, mas investir na indústria nacional”. POR RENATA MEDEIROS Além disso, essa nação possui economia de escala enorme e competir com o seu preço é complicado. A discussão é, até que ponto essa concorrência acaba prejudicando determinados setores? Dizer que uma empresa ou outra não aguenta a concorrência é uma coisa. Outra diferente é constatar que essa concorrência é capaz de provocar uma desindustrialização e que, por isso, setores inteiros tendem a desaparecer. Esse, porém, não é o caso. Além disso, é muito pouco provável que isso um dia aconteça.

Quais são as medidas que o governo brasileiro toma quando pretende diminuir a entrada de produtos importados no país? Lia Valls: Uma maneira de se defender dessa importação é a investigação de práticas desleais de dumping e de subsídio. Isso acontece se uma empresa brasileira reclama que está sofrendo danos devido à entrada de um determinado produto no país. Outra forma é a Cláusula de Salvaguarda, que o Brasil já aplicou em relação a brinquedos

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Uma proteção excessiva pode trazer algum tipo de consequência? Lia Valls: Com o aumento do câmbio, por exemplo, a mercadoria importada fica mais barata e acessível. A proteção excessiva prejudica o consumidor, já que ele não terá acesso àquele determinado artigo procedente de outro país. Além disso, a proteção excessiva pode fazer com que o setor interno, devido à falta de concorrência, acomode-se e torne-se menos eficiente. A questão não é apenas se proteger, mas investir na indústria nacional. Outra alternativa que o governo pretende adotar é a utilização de selos de qualidade, por meio de programas de certificação do Inmetro, em diversos produtos. A regulamentação do material escolar, que entra em vigor em 2014, pode diminuir a entrada de estojos, mochilas e outros artigos chineses desse mesmo nicho em nosso país? Lia Valls: A imposição de bar-

reiras técnicas é algo que toda nação pode adotar, desde que elas tenham fundamento e não sejam questionadas pela OMC ou por outras nações. Com a certificação, o país que pretende exportar para o Brasil terá que se adequar. Se foi estabelecido, por exemplo, que caneta com tinta tóxica não entra em território nacional porque faz mal à população, o fato vai impedir a importação do produto com tal característica. Nesse caso, a medida é bem-vinda. Todo artigo que não se adequar será barrado, mas a diminuição da entrada de material importado no Brasil vai depender se os outros países se adequarem ou não às normas brasileiras. Vale lembrar que o selo de qualidade é importante porque protege o consumidor, mas não é certo afirmar que todos os produtos chineses são de má qualidade. A China consegue entrar em países que possuem exigências muito altas. Desde 2010, o direito antidumping é aplicado sobre a caneta esferográfica produzida na China com o intuito de dificultar a entrada do produto no Brasil. O governo pretende agir com mais rigor em relação a essa medida, que se estende também a outros produtos que entram em nosso mercado. Essa é uma alternativa viável? Lia Valls: O antidumping é uma medida temporária e aplicada quando verifica-se que um produto importado está sendo vendido no Brasil a um preço menor que o praticado no mercado doméstico. A China é a campeã no mundo de investigações de dumping. Se a aplicação da medida sobre a caneta esfe-

O Brasil enfrenta a concorrência de outros países, mas a discussão geralmente envolve a China porque ela trabalha com uma gama muito diversa de artigos e, há tempos, deixou de ser uma exportadora de ‘quinquilharia’. rográfica é correta, não posso afirmar. Porém, não acredito que isso afete o mercado papeleiro diretamente. O custo final que se tem não é sobre o setor, mas sobre o consumidor final, caso ele passe a ter que comprar essa caneta por um preço maior. Porém, quem for afetado pela medida, e considerar-se prejudicado, pode contestar. No caso da caneta, por exemplo, quem questionaria essa questão seria a empresa chinesa que sofreu o antidumping. Às empresas importadoras brasileiras cabe aceitar, negociar ou cobrar um preço mais alto pelo produto. Certamente, essas companhias são as que mais sofrem quando o governo adota medidas para dificultar a entrada de artigos importados no Brasil. &

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em 1994. A Cláusula de Salvaguarda é uma medida temporária de proteção normalmente na forma de aumento da tarifa de importação. No Brasil, essa tarifa pode ser aumentada em até 35% no caso de produtos industriais, valor consolidado na Organização Mundial do Comércio (OMC). Se o país enfrenta uma situação de concorrência muito acirrada, o governo tem que perceber isso e dar uma resposta. Mas é preciso avaliar a profundidade dessa concorrência, analisar se ela é temporária, se é provocada por um câmbio que não está correto.

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Circulando NA ESTANTE

Atacadista em destaque O prêmio Destaque 2011, promovido pela 3M foi entregue no dia 25 de março aos 23 melhores parceiros da companhia, um em cada categoria. O objetivo da premiação, que está em sua 21ª edição, é reconhecer o trabalho de atacadistas, convertedores e distribuidores para os negócios do fabricante. Comemorando 25 anos, o vencedor da categoria Atacadista Mercado de Papelaria foi a Inforshop. Este ano foi a primeira vez que com-

À direita, a gerente da 3M no Brasil, Márcia Teixeira. No meio, pela Inforshop, Thiago Britto, sua namorada e João Gabassi (com o troféu). À esquerda, Rogério Cilento e Fábio Rafael (na ponta), também da 3M.

petiu porque, até então, não atendia os critérios exigidos, que são: o tempo mínimo de parceria (três anos), valor e crescimento de vendas no ano e adequação às políticas da 3M. “Essa conquista foi um desafio porque, pela 3M, distribuímos material de escritório, mas 80% dos nossos produtos são de tecnologia”,

conta João Gabassi, gerente da companhia. “Desenvolvemos uma estratégia que teve como pilares o freguês, os funcionários e o fornecedor. Também investimos na aproximação entre a 3M e nossa equipe de vendas. Assim, superamos o faturamento exigido pelo prêmio e vencemos”, explica. &

Sustentabilidade na prática e na escola A Companhia Melhoramentos desenvolveu um projeto com ciclo de palestras sobre sustentabilidade que tem o objetivo de conscientizar as crianças e, por intermédio delas, levar informações aos seus familiares. Por enquanto, o projeto está em prática apenas na Escola Rural Particular Alice Weiszflog, mas a ideia é levar as informações também para outras escolas de Camanducaia (MG). Esta escola é gratuita e foi criada pela empresa para atender os filhos de quem trabalha na Fazenda Levantina, propriedade da companhia para a produção de fibras e celulose. &

Apoio a pedaladas O grupo de ciclismo Urutu, que existe desde 2004 e é composto por cinco ciclistas, recebe apoio da DAC. A equipe já esteve no pódio de

importantes competições, como Enduranse Bike, Campeonato Paulista, Volta de Santa Catarina, Big Biker, GP Ravelli e Iron Bike. &

Considerando o varejo um dos setores mais produtivos do país, a editora Campus/Elsevier lançou o livro Administração de Varejo, um manual que auxilia profissionais e estudantes a conhecer melhor a prática de gestão de varejo e fundamentar suas decisões. Cada um dos 14 capítulos possui, além de textos, ilustrações, fotos e exercícios que complementam os casos que servem de exemplo. Cada exemplar vem acompanhado de um código, com o qual é possível acessar artigos e pesquisas relacionados ao tema no site da editora (www.elsevier.com.br). Fauze Najib / Editora Campus/ Elsevier – 648 páginas

Empenho certificado No início deste ano, a Parque Distribuidora (foto), empresa do Grupo Parque que trabalha com suprimentos para escritório, foi certificada na ISO 9001:2008. A conquista é resultado de um processo rigoroso que incluiu palestras de conscientização e treinamento da equipe sobre esta norma.

Para implementar todas as regras exigidas, a empresa mapeou processos, definiu os procedimentos, e avaliou recursos para infraestrutura e indicadores de desempenho. Depois disso, foram várias etapas de análise e certificação. “Todos os nossos colaboradores estão de parabéns pelo envolvimento

nesta conquista. Trabalharemos por essa continuidade, galgando sempre novos horizontes na qualidade de nossos processos”, contou Cilene Farias, diretora da companhia, que está localizada no bairro Altos da Boa Vista, em Sorocaba e atende 23 cidades das regiões de Sorocaba, Campinas e Jundiaí. &

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Circulando

REPRESENTANTE COMERCIAL

Marca própria Para os ciclistas curitibanos Mês passado, o portal Paran@shop divulgou a contribuição da PaperLab (Curitiba/ PR) para a substituição do carro pela bicicleta, ao disponibilizar uma área para um bicicletário. Segundo o site, Curitiba possui 100 km de ciclovias, mas ainda é difícil ligar todos os pontos. Um dos motivos é a falta de local para estacionar as bicicletas, como afirma a proprietária da papelaria, Thelma Souza Goulart. “Todo ciclista é bemvindo! Sejam clientes ou não. Pessoas preocupadas com o planeta fazem parte do nosso público-alvo”, anuncia a empresária que também dá preferência a produtos ecologicamente responsáveis e realiza entregas apenas com “bike boys”. &

Um passo para a Papelaria do Povo O portal odiario.com divulgou, em março, que a Câmara de Maringá aprovou, em primeira discussão, o projeto que altera a redação da Lei 6.519/2004, referente à Papelaria do Povo na cidade paranaense. A proposta é do vereador Manoel Sobrinho (PC do B) e tem como objetivo facilitar o acesso de material escolar, livros didáticos e

jogos educativos para a população de baixa renda. Os produtos seriam vendidos a preço de custo. O texto prevê exigência da comprovação de renda pelos interessados. Segundo o site, o vereador afirma que o valor cobrirá as despesas administrativas, financeiras e a manutenção da papelaria, isentando a administração municipal de gastos. &

Ainda jovem, Carla Maria Jenné de Assis trabalhava na Faber-Castell como secretária do gerente de vendas do nordeste, em Recife. Sem tanta facilidade de comunicação como há hoje, frequentemente ela ficava no escritório atendendo telefonemas, enquanto o chefe viajava por toda a região. Quando ele voltava, em vez de simplesmente receber recados, deparava-se com solicitações praticamente solucionadas. “Comecei a pesquisar, estudar promoções, tabelas de preço, etc.”, lembra. Quando surgiu uma vaga de vendedor na cidade, o gerente entrevistou vários candidatos e, por fim, falou à secretária: “Não tem ninguém melhor que você.” Carla trabalhou durante 14 anos na empresa, sendo oito como representante. Atualmente, ela atende às empresas Sistem, Multilaser, VMP e Stalo. “Tento me diferenciar pelo estudo”, diz a administradora, com pós-graduação em gerenciamento e curso técnico em oratória. “Costumo estudar e utilizar os produtos que vendo para oferecer treinamento ao cliente”, conta. Essa é uma forma de se adaptar às exigências do mercado atual. “Há 25 anos, um bom relacionamento era o principal para o sucesso do vendedor. Hoje, é preciso oferecer consultoria e serviço especializado”, compara. Tudo isso resulta no que Carla chama de “marca pessoal”. “Independente da empresa que você atende e dos produtos que vende, é possível se destacar individualmente”, acredita. Até 2010, Carla era a única representante de sua própria empresa, e contava com a ajuda da secretária Delza Abreu, que foi contratada como vendedora este ano. “Eu tive a felicidade de retribuir o que fizeram por mim”, observa, contando como contribuiu para a entrada de mais uma mulher no mercado de representação comercial. Por que há poucas representantes mulheres? “Porque é um trabalho pesado!”, responde. “Você sai cedo, chega tarde, carrega uma pasta pesada e não tem hora para almoçar”, explica. &

Um monstro de sucesso Os jovens mais antenados, provavelmente, já conhecem Domo, personagem criado pela maior emissora de TV do Japão, no final da década de 1990. Os episódios do monstrinho rodaram o mundo pelas redes sociais e, hoje, fazem sucesso em diversos países, como Estados Unidos, México e Brasil. Por aqui, a licença existe desde 2009

pela agência BLG – Brand and Licensing Group. A criatura felpuda nasceu de um ovo, tem dentes afiados e vive em uma caverna com o sábio coelho Mr. Usaji. Domo não fala, é fã da banda Guitar Wolf e sonha em voar. Suas aventuras costumam incluir outros personagens, como morcegos, ursos e gnomos. Sem a imagem meiga, comum em personagens

infantis, ele agrada, principalmente, a criativos e tecnológicos adolescentes de 13 a 18 anos. Essa é a faixa etária predominante entre os 250 mil fãs de Domo no Facebook e os que postam seus mais de 3.400 vídeos disponíveis no Youtube. & DOMO NA PAPELARIA Cordez – Bolsas, estojos e mochilas Tilibra – Cadernos

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Circulando Casa Ribeiro reinaugura loja No dia 25 de março, a Casa Ribeiro, uma das mais tradicionais papelarias do Rio de Janeiro, estava em festa. A data marcou a reinauguração da loja localizada no Shopping Tijuca, na zona Norte da capital fluminense. Além de mais amplo e arejado, o estabelecimento recebeu ainda alguns toques especiais, que fizeram toda a diferença na decoração e ambientalização do espaço. “Nosso objetivo é fazer com que os clientes sintam-se bem. Além disso, se você não investe em algo diferente, que chame a atenção do público, o fluxo de pessoas

na loja tende a diminuir. Quem muda agrega valor ao seu negócio”, afirmou seu proprietário, Antônio Carlos da Costa Barroso. A história da Casa Ribeiro teve início em 1910, e, hoje, 101 anos após a sua fundação, são seis os estabelecimentos espalhados pela cidade. A Casa Ribeiro do Shopping Tijuca foi totalmente reestruturada. Teto, fachada, localização da logomarca, prateleiras - tudo foi modificado com o intuito de deixar o ambiente mais agradável para o cliente. A vitrine, é claro, também passou por mudanças. Toda

em vidro, ela foi projetada por Esmeralda Barroso. “Já são 20 anos montando as vitrines da papelaria, trabalho que exige carinho e dedicação. Nesta loja, além da tradicional, temos também a ‘vitrine top’, onde daremos destaque a produtos finos e diferenciados”, comentou. A clientela parece ter gostado das transformações, já que a papelaria recebeu várias visitas no dia de sua reinauguração. Márcia Rodrigues, cliente assídua do estabelecimento, era só elogios à “nova loja”. “Sempre venho à Casa Ribeiro quando preciso de canetas, cartões ou presentes. Depois da reforma, o ambiente está ainda mais

agradável. Ele está mais iluminado, e a atual disposição dos produtos tornou mais fácil a visualização dos mesmos. Se eu já gostava daqui antes, agora gosto mais ainda”, comenta. Os funcionários também mostraram-se satisfeitos em relação à reforma. Responsável pela Casa Ribeiro do Shopping Tijuca, João Batista Brito disse que a reinauguração funcionou como incentivo. “Quando o ambiente de trabalho se trasnforma, você cresce. Se não há investimento, o funcionário se acomoda. Mas quando há novidades, ele se sente valorizado, estimulado e pronto para dar o melhor de si”, avaliou. &

CONSUMO

Entre traços e pinceladas Amante de pintura e desenho desde criança, Caroline Azulay não sabe dizer desde quando frequenta papelarias. “Desde sempre, não tem data”, afirma. Formada em desenho industrial e estudante de moda, ela procura material para a faculdade e para uso pessoal. Para responder sobre quais produtos ela mais compra, Caroline pega fôlego e dispara uma enorme lista: “conjunto de lápis de cor, pastel seco, marcador, papéis diferentes...” Quando chega ao item bloco de desenho, não hesita: “Com certeza, este é o que mais compro”. Porém, o alto preço faz diminuir a frequência com que vai a papelarias, o que acontece apenas quando o material está acabando e precisa de mais. “Fico babando nos produtos que não posso comprar”, lamenta. Ela diz que procura exatamente o que quer até encontrar e, aos 22 anos, já adquiriu experiência suficiente para eleger seu ranking de lojas favoritas, que inclui algumas das grandes empresas do Rio de Janeiro: Casa Cruz, Jou Jou e Caçula. “Sinto falta do setor de desenho da Papel Picado, que acabou”, lamenta. &

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Aqui e lá...

Alejandro Rodolfo, do departamento de exportação da Acrimet, no estande da companhia, na Feria Nacional de Escolares y Oficina 2011, no México.

Os últimos meses foram de muitos eventos para a Acrimet. Em março, a empresa, presente em 28 países, solidificou sua atuação internacional, participando da Feria Nacional de Escolares y Oficina 2011, no México, e da Home & Housewares 2011, nos Estados Unidos. O outro evento foi em terras brasileiras e não menos importante. A companhia patrocinou atletas que competiram na Travessia dos Fortes, maratona aquática realizada no Rio de Janeiro, dia 03 de abril. Entre os vencedores, estiveram Mara Serrano e Desire Schalk Cevales, que conquistaram, respectivamente, o 1º lugar na categoria F e o 2º na categoria E. Ainda tiveram destaque Lucas Kamada Ramalho, que ficou em 2º lugar na categoria Júnior e Regiane Nunes Silva, da categoria PNE. &

Comemorando com elegância

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Em comemoração aos 250 anos da marca, a Faber Castell lançou algumas linhas especiais com edições limitadas em quantidade que remetem ao ano de fundação, 1761. Um desses produtos é o estojo de madeira feito à mão que vem com mais de 430 itens profissionais que incluem nuanças únicas com alta proporção de pigmento. Foram fabricados 1.761 itens deste produto, e apenas cinco virão para o Brasil. &

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Perfil do Varejo Papelaria Formosa (Formosa/GO)

Direto da revenda

Ultrapassando

obstáculos

A papelaria nasceu para suprir a falta de alguns produtos na cidade e logo enfrentou a inflação. A informática fez seu mix de produtos ser alterado, e, hoje, ela desenvolve alternativas para superar a grande concorrência. Tantos desafios têm sido o combustível para almejar o sucesso.

A vitrine da Papelaria Formosa recebe grande atenção, mesmo com o público corporativo sendo o principal alvo do negócio.

Quando largou o emprego de funcionário público para se dedicar a uma papelaria, onze anos trás, Daby Souza Calaca não imaginava que os produtos que o fizeram entrar no ramo seriam os mais transformados com o passar do tempo. Seu irmão, Davis, abriu a Papelaria Formosa em 1989, pensando em vender formulários impressos para empresas, pois percebeu que o produto era pouco comercializado na cidade. Um ano depois, Daby foi trabalhar com ele e teve que conhecer melhor alguns artigos que não faziam parte do seu dia a dia e não sabia exatamente quanto comprar de cada item. “Eu

percebia os produtos que saíam mais, anotava em uma lista”, conta. “Meu irmão já conhecia um pouco do funcionamento de uma empresa privada, e eu tinha noção de atendimento, pois já tinha trabalhado em loja. Unimos os dois conhecimentos”, lembra Daby. Os formulários quase não são mais usados, e o investimento é voltado para periféricos de informática. Além de todas as dificuldades normais de um novo negócio, ele conta que os dois primeiros anos foram ainda mais complicados. “Tínhamos que driblar a inflação. Comprávamos grandes estoques com medo de o preço aumentar, mas havia o risco de eles ficarem encalhados”, explica o empresário. Como solução, os sócios recorreram aos serviços. “Começamos a oferecer encadernação, cópia e plastificação”, exemplifica. Em 2003, Davis recebeu uma proposta de emprego e Daby passou a assumir o negócio completamente, em outro ponto de Formosa. “Não quis largar. Achei que o negócio deu certo, e gosto, principalmente, de atender ao público”, afirma.

Nome: Papelaria Formosa. Localização: Formosa, em Goiás, a cerca de 300 km da capital Goiânia. E-mail: papelariaformosa@yahoo. com.br Data da fundação: Maio de 1989. Quantidade de funcionários: Três. Região que abrange: Toda a cidade de Formosa. Filiais: Não. Área: 120 m². Serviços oferecidos: Encadernação tradicional e de capa dura, cópia, impressão, escaneamento e entrega. Perfil do cliente: Corporativo. A vitrine precisa ter: Um pouco de tudo e muitos itens coloridos. Produtos mais vendidos: Papel A4 e cadernos. Melhores fornecedores: Acrimet, Compactor, Tilibra. Produto que gostaria de trabalhar: Notebook. Que aspectos do mercado precisam ser discutidos: “O ideal para os lojistas seria comprar direto da indústria, mas estas exigem um valor mínimo muito alto para os pequenos empresários, e acabamos recorrendo aos atacadistas. As indústrias deveriam investir mais na venda para papelarias menores.” COMO CHEGAR Av. Ângelo Chaves, 29 – Centro Formosa – GO CEP: 73801-290

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Para quem começou com três concorrentes na cidade, as atuais 18 papelarias atrapalham um pouco os negócios. Para se diferenciar, Daby começou a investir em telemarketing. “Ofereço os produtos por telefone para empresas há cerca de um ano e já tive retorno. Atualmente, temos apenas uma profissional nesta atividade, mas pretendo aumentar essa equipe ano que vem”, conta o proprietário, que também pensa em investir na construção de um site ainda no segundo semestre de 2011. &

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Gerando Demanda pelo Conhecimento 2011

Investimento que traz retorno Foi dada a largada para o Gerando Demanda pelo Conhecimento 2011, e a primeira cidade a receber o projeto foi o Rio de Janeiro. Realizado no dia 22 de março, ele reuniu, entre outros profissionais, funcionários e donos de papelarias que, por meio de palestras e workshops, puderam se reciclar e adquirir conhecimento. POR RENATA MEDEIROS

A primeira edição do Gerando Demanda, realizada este ano, reuniu, no Rio de Janeiro, 130 participantes, entre papeleiros e outros profissionais da área.

“Quase perdi uma ótima oportunidade.” Essas são palavras de Enéas Nicacio, proprietário da distribuidora, papelaria e livraria Páginas Vivas (Rio de Janeiro/RJ). Em entrevista à REVISTA DA PAPELARIA, ele revelou que, em um primeiro momento, deu pouca importância ao convite recebido por e-mail para participar do Gerando Demanda. Porém, voltou atrás e preencheu

a ficha de inscrição, algo de que o papeleiro não se arrepende. “Foi uma experiência muito válida. Durante as palestras, percebi alguns pontos em que posso melhorar. No próximo ano, pretendo fazer com que todos os meus funcionários participem”, afirma. Essa também foi a primeira vez que a assistente administrativa da Papelaria Nobel (Rio de

Janeiro/RJ), Marisa Alves Marmelo, participou do projeto. Ela conta que durante o evento foi possível não somente aprimorar seus conhecimentos como aprender mais sobre a área de vendas. “Em uma das palestras, percebi que o profissional tem que ser mais ‘agressivo’ no momento de fechar um negócio. O indicado é mostrar-se firme e decidido frente ao cliente que realiza a compra, e pretendo aplicar isso no meu dia a dia”, conta. Outro motivo também deixou Marisa bastante satisfeita. Além do aprendizado, ela ganhou ainda um fim de semana em Paraty, brinde sorteado no final do evento. Diferente de Nicacio e Marisa, Ademilson Pereira Maciel,

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propagandista da Dello, já perdeu as contas de quantas vezes esteve presente no Gerando Demanda, mas, segundo ele, a sensação é a de que cada participação é sempre a primeira. “Em todos os eventos, colho novas informações. Sempre me identifico com os temas abordados, sendo essa uma reciclagem tremenda”, avalia.

Palestras A Programação Neurolinguística (PNL) foi um dos assuntos abordados durante o primeiro Gerando Demanda do ano. De acordo com o co-autor do projeto e autor da palestra sobre o tema, Júnior Portare, poucas pessoas conhecem esse termo, apesar dele ser importante se o desejo é alavancar os negócios. “As técnicas de Programação Neurolinguística podem ser definidas como a capacidade de se reconhecer o lado emocional do cliente por meio de seus comportamentos e ações. Atualmente, a venda não deve ser baseada no produto, mas na abordagem do vendedor. A partir daí, o profissional estará apto a transformar o objeto de desejo do consumidor em necessidade”, explica. “O assunto chamou a atenção do público. Muitas pessoas, após a palestra, procuraram-me com o intuito de buscar mais informações sobre a PNL”, completa. Já na palestra “Prazer em fazer o que eu faço”, Alexandre Guedes, de maneira irreverente, mostrou que nenhum esforço adianta se o indivíduo não possui paixão por aquilo que faz. “Isso serve tanto para a vida profissional quanto para a pessoal. No primeiro caso, se o funcionário desempenha sua função com prazer, fica mais fácil dele se destacar, e, dessa maneira, suas chances dentro da empresa aumentam”, comenta. Uma das participantes que aprovou os ensinamentos de Guedes foi a auxiliar de compras das Lojas Bandeirantes (Rio de Janeiro/RJ), Cristina Doralici de Souza. “Percebi como é importante

Em todos os eventos, colho novas informações. Sempre me identifico com os temas abordados, sendo essa uma reciclagem tremenda. ADEMILSON PEREIRA MACIEL, PROPAGANDISTA DA DELLO


Treinamento 18

Gerando Demanda pelo Conhecimento 2011 desempenhar nosso trabalho com dedicação e amor. É preciso chegar ao trabalho acreditando que aquele dia será o melhor de todos. Manter a alegria, o bom humor, e deixar má vontade de lado são outras dicas para ter um melhor desempenho”, garante.

Investimento

Na foto (da esq. para dir.), Alexandrina Le Souza, da Lufthansa City Center Guia do Mundo; Marisa, ganhadora da viagem para Paraty; Marilia Maciel, da coordenação do Gerando Demanda; e Luís Abdala, da Lare Comunicação.

Neste ano, 130 pessoas participaram do Gerando Demanda pelo Conhecimento na capital fluminense, 30 a mais que em 2010. Colocado em prática em 2008, o projeto, que tem como objetivo capacitar e propor soluções ao empresário e aos seus colaboradores, vem ganhando cada vez mais espaço e adeptos, como garante seu diretor executivo, Lucas Huang. Porém, o evento ainda encontra certa resistência, apesar de trazer benefícios aos participantes e de ser gratuito. “No mercado, existem três tipos de papeleiros: os que acreditam ser importante a capacitação de seus funcionários e, dessa maneira, investem nisso; os que entendem essa necessidade, mas não investem; e os que não consideram essa

uma questão importante. O primeiro caso são os daquelas papelarias que destacam-se no mercado e tornam-se referência. Isso é nítido principalmente nas pequenas cidades”, alerta. O Gerando Demanda pelo Conhecimento é realizado pela CHTech, e, como afirma Huang, as portas estão abertas para outras empresas que desejem fazer parte desse empreendimento. Segundo o diretor executivo, elas só têm a ganhar. “As vendas da CHTech aumentaram 40% nas regiões onde o projeto foi realizado”, ilustra. O evento conta também com o patrocínio de várias companhias que, em um workshop, têm a chance de expor seus produtos e exibi-los aos participantes. “No último ano, aumentamos nossas vendas em Curitiba, no Paraná, e encontramos um novo cliente em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Neste primeiro Gerando Demanda 2011, fizemos vários contatos com diversas papelarias”, comemora Márcia Pereira Soares, supervisora de vendas da Mediatech. Outra patrocinadora é a AF

International, e, segundo Natalia Bordon Dacaro, da área de marketing da empresa, a participação no evento é essencial para estar próximo tanto do proprietário quanto dos funcionários da papelaria. “Nessa ocasião, temos a oportunidade de ouvir as sugestões deles, de tirar dúvidas”, comenta. “Esse contato com o balconista, com o dono da loja é muito importante, pois são eles que trabalham com o nosso consumidor final. Outro ponto que nos leva a ser um dos patrocinadores do projeto é o fato de acreditarmos em sua proposta de levar o conhecimento, que vai totalmente de acordo com a filosofia da nossa empresa”, finaliza o gerente comercial da Imex do Brasil, Cleber Krichinak. Neste mês, o Rio Grande do Sul será palco do evento, que acontecerá na capital do estado, Porto Alegre, no dia 12, e em Caxias do Sul, no dia 14. Ainda em 2011, o Gerando Demanda pelo Conhecimento vai acontecer em outras sete cidades brasileiras. Para participar faça sua inscrição pelo site www.gerandodemanda.com.br. &

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Papelarias na Web Redes Sociais

Para falar e,

principalmente, ouvir As redes sociais mudaram o modo de empresas se relacionarem com seus clientes. A linguagem informal está presente mesmo em relações profissionais, e as manifestações – positivas ou negativas – ganham grande repercussão. É preciso estar atento ao que é falado e ir aonde o cliente está. POR CAROLINA BERGER “Já teve cliente que comentou foto do nosso perfil no Orkut perguntando o preço do produto na imagem. Respondi pelo Google Talk e disse que entregava em casa. Venda realizada”, conta Natália Almeida de Paula Prezoto, gerente da Papelaria Stoke (Santa Cruz do Rio Pardo/SP), exemplificando a importância das redes sociais* para as vendas da loja. Observando casos assim parece que as redes sociais são garantia de sucesso para uma empresa, mas é preciso tomar alguns cuidados e planejar antes de se aventurar em contatos desse tipo. O professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Estadual Paulista, Marcos ‘Tuca’ Américo, pondera a obrigatoriedade de se estar nas redes: “As agências especializadas vendem que as empresas ‘tem que estar’ nas redes sociais. Mas é preciso se perguntar por que alguém gostaria de acessar essas páginas.” Luís Felipe Cota, gerente de atendimento da Goomark – empresa de marketing online – sugere que seja feita uma

pesquisa offline com os consumidores da loja física. “Quando a empresa faz o mapeamento do mercado, consegue falar diretamente com seu público e estar presente nos mesmos locais que ele”, explica Cota. Silvio Tanabe, consultor da Magoweb Marketing Digital, concorda que não basta criar perfis e páginas. “Deve-se estudar o público-alvo, estabelecer objetivos, estratégias e plano de ação”, afirma. E deixa um alerta: “Um dos maiores erros cometidos pelas empresas é não se preparar para atuar nas redes sociais.” Na Goomark, Cota propõe que seus clientes façam, junto com a agência, duas listas chamadas “Fazer” e “Não Fazer”. “Assim, quando surge uma dúvida, o empresário recorre às listas e verifica se deve publicar determinado post”, explica. Então, qual seria a melhor forma de se aproximar dos consumidores nesse ambiente virtual? Natália, da Stoke, conta que a atuação da loja nas redes está sempre ligada a promoções e lançamentos. Mas, para Joyce

Jane, CEO do iDigo – Núcleo de Inteligência Digital, essa participação deve ir além: “Ficar vendendo o produto o tempo todo não é garantia de uma boa estratégia. É preciso ouvir, falar e interagir com os fãs da sua marca”. O professor Tuca Américo acredita que é preciso estar atento para este relacionamento não deixar de ser social e se tornar econômico. “As empresas não podem ser invasivas”, enfatiza. Ele sugere a criação dos chamados adverames, jogos online desenvolvidos por empresas, que possibilitam o reforço da marca simultâneo ao entretenimento. Já Felipe Cota sugere a união de conteúdo, jogo, promoção e serviço. Ele conta o caso de um aplicativo de sucesso desenvolvido por uma marca de cerveja que ficou temporariamente disponível no site e foi divulgado * Especialistas divergem sobre a utilização das expressões Redes Sociais e Mídias Sociais. Por ser a opção mais utilizada popularmente no Brasil, a REVISTA DA PAPELARIA optou por adotar a expressão mais familiar aos leitores: Redes Sociais.

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As papelarias na rede Para ver, na prática, sobre o que estamos falando, encontre as papelarias entrevistadas nas principais redes sociais:

Cicero Papelaria Site: www.ciceropapelaria.com.br Facebook: Cicero-Papelaria Twitter: twitter.com/ciceropapelaria Orkut: Cicero Papelaria

Papel de Papel Si www.papeldepapel.com.br Site: Facebook: Papel de Papel Fa Twitter: twitter.com/PapeldePapel Tw Orkut: Papel de Papel Papelaria O

Stoke Papelaria Site: www.stokepapelaria.com.br Facebook: stoke.livraria Twitter: twitter.com/STOKEpapelaria Orkut: STOKE Papelaria

Zeze Coimbra Neto, gerente de comunicação da Papel de Papel (Londrina/PR), investe em informações positivas: “Sempre publico o que está acontecendo de bom no país, no Paraná e em Londrina”. “O ponto-chave para conquistar seus consumidores é descobrir do que ele gosta e como gosta de ser tratado. Ouvir nas redes sociais é o melhor ca-

minho para conseguir sucesso”, afirma Joyce do iDigo. Tudo isso deve ser por meio de uma linguagem compatível com o meio e o público. Seguindo a preocupação com os clientes, Joyce explica: “A rede social, por si só, é um ambiente mais informal. A linguagem e o conteúdo devem seguir o seu público-alvo”. O diretor

www.revistadapapelaria.com.br

na página do Facebook. Nesse exemplo, o usuário preenchia os dados referentes ao churrasco que pretendia fazer, e o aplicativo calculava todas as coisas que precisavam ser compradas, incluindo a quantidade de cerveja. Usando uma analogia, Cota supõe a possibilidade de oferecer para escritórios o cálculo de papel utilizado por mês. Jorge

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Papelarias na Web Redes Sociais da Cicero Papelaria (Rio de Janeiro/RJ), Cicero Pedrosa, contou que opta pela linguagem coloquial nas redes sociais, diferentemente do site, no qual é mantido um texto mais formal. O professor Américo concorda e acha que uma linguagem formal nas redes pode até causar certo estranhamento ao leitor, por se diferenciar deste contexto. Porém, a primeira dúvida pode surgir antes mesmo de digitar o endereço de uma rede social no navegador. Devo investir nas redes antes de ter um site? As papelarias Stoke, Cicero e Papel de Papel possuem site, além das páginas nas redes sociais. Para os especialistas, esta é a atitude correta. Cota é enfático: “Mesmo pequena, uma empresa sem site é abominável”. Tanabe reconhece a importância das redes, mas diz que o site deve ter prioridade: “Embora algumas empresas estejam radicalizando para se dedicar somente às redes sociais, o site ainda é a principal referência para uma empresa na internet”.

Como se comportar Nas redes, há várias formas de marcar presença. No Twitter, empresas e pessoas criam perfis com o mesmo formato. A diferença está no conteúdo postado. Já no Facebook, há um espaço voltado para empresas, no qual as companhias criam páginas e não perfis como as pessoas. Nessas páginas, é possível publicar textos, fotos, criar discussões. Tudo pode ser comentado e curtido pelas pessoas, inclusive a própria página. “O recomendado é que uma marca nunca crie um perfil em redes sociais”, indica Joyce, que defende a utilização

dos recursos específicos para empresas. No Orkut, o equivalente seriam as comunidades, que representam um espaço para interação e debates. Cota também recomenda que não sejam criados perfis no Facebook, pois as páginas já foram desenvolvidas com o objetivo de posicionar as empresas na rede. A popularidade das redes sociais provoca questões relacionadas ao posicionamento dos perfis pessoais. Grande parte dos proprietários e gerentes de papelarias possui perfis próprios e ainda controla a atividade de suas lojas nas redes, o que pode gerar uma grande aproximação entre as duas participações. Há casos em que existe até um único perfil, no qual são mantidas fotos pessoais e publicações comerciais. Tudo depende da estratégia adotada, mas, se houver dúvidas, é melhor separar as coisas. O professor Américo acha que a aproximação dos dois tipos de relação pode parecer oportunismo. “Utilizar um perfil pessoal para divulgar uma empresa pode parecer que a pessoa finge que é amigo para promover o negócio”, argumenta. Há quem opte por utilizar os dois formatos. Principalmente, no Orkut, em que não é possível que a comunidade divulgue conteúdo, ela é apenas um ambiente. Porém, no Facebook, as próprias páginas podem se manifestar, e não é necessário haver um perfil por trás. Pensando nisso, surge outra decisão importante a ser tomada, quem terá a responsabilidade de controlar a empresa nas redes sociais. Para tudo funcionar da melhor maneira, é preciso unir tempo e conhe-

cimento. Felipe Cota considera agências especializadas a opção mais eficiente para papelarias de médio a grande porte. Para as pequenas, sugere um profissional de marketing exclusivo para atuar nas redes em vez do gerente do negócio. “São muitas atividades para uma pessoa só”, justifica. Joyce acredita que as duas formas podem ser efetivas e avalia os benefícios de terceirizar a atividade: “Muitas vezes o gerente não tem tempo e depois abandona as redes. O que não acontece quando a opção é terceirizar o serviço, pois o profissional já sabe como atuar neste ambiente, encontrar o target do negócio e atingir os objetivos traçados”.

Natália Prezoto, gerente da Papelaria Stoke, já realizou vendas graças à atuação em redes sociais.

O professor Marcos ‘Tuca’ Américo defende a integração entre as papelarias: “Qualquer forma de sinergia é salutar”.

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Acima, Joyce Jane, do iDigo, sugere a integração sutil entre pessoal e profissional: “O proprietário pode colocar o link do site no seu perfil”. Do lado esquerdo, Felipe Cota, da Goomark, diz que se deve ter cuidado para o texto informal nas redes não ficar chato.

Se a alternativa escolhida for chamar um profissional, Tanabe indica o que deve ser considerado: “O importante é que a pessoa tenha, não só conhecimentos sobre redes sociais, como também de comunicação. Além disso, ela deve ter autonomia para falar em nome da empresa e estar preparada para lidar com imprevistos, como reclamações e críticas”. Atualmente, o controle das redes sociais da Papel de Papel é dividido entre dois profissionais, mas Jorge, pai do proprietário da loja, está se especializando no assunto e logo pretende assumir a função por completo. “Meu filho Fernando percebeu meu interesse pela internet e sugeriu que eu entrasse nas redes sociais. Fiquei um tempo em casa por problemas de saúde e comecei a brincar no Twitter. Aos poucos, fui vendo o mundo de possibilidades”, diz Jorge, contando como começou a atuar nas redes.

Mantendo contato Redes sociais não podem ser tratadas como uma única ferramenta. São várias opções e é preciso saber como usá-las.

Cota indica quais não podem ser deixadas de lado: Facebook e Twitter. “São as que mais crescem atualmente. E existem aplicativos que permitem compartilhar informações entre as redes”, justifica. Américo explica que a limitação de caracteres nos posts do Twitter, por exemplo, faz com que os textos sejam simples e diretos: “É uma boa opção fazer grandes ofertas que atraiam seguidores”, sugere. A Papel de Papel já realizou um sorteio com inscrições no microblog, por exemplo. A papelaria está presente nas duas redes, mas ainda não há conteúdo criado especialmente para o Facebook. “Posto no Twitter e a mesma publicação vai para o Facebook, que uso para ter retorno dos clientes e conversar com eles. Não utilizo diretamente porque ainda não domino”, conta o gerente que tem feito cursos para monitorar as redes e o site da loja. O Facebook possui mais ferramentas, como aplicativos, jogos e acesso a páginas de companhias e grupos de discussão, funções também presentes no Orkut, porém a quantidade de usuários


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Papelarias na Web Redes Sociais

Perfis: Os perfis são divididos em pessoas e páginas. Estas são voltadas para instituições e marcas de todos os tipos. Visualização: A página principal é chamada de mural, na qual o próprio dono e seus amigos podem publicar informações. É também onde aparecem atualizações dos seus contatos. O que criar: É possível desenvolver aplicativos, criar grupos com temas variados e eventos, com convidados. Interação: A forma mais popular nesta rede para demonstrar que gostou de algo é clicar no botão “curti”. Também é possível comentar as publicações dos murais e enviar mensagens privadas aos usuários. Privacidade: A publicação das informações pode ser limitada a apenas seus amigos. Quem não tem conta na rede pode acessar poucas informações dos usuários, como alguns amigos e interesses.

Perfis: Existe apenas um formato de perfil. Porém, no início de abril, foi divulgada a intenção de empresários da rede criarem páginas para marcas, como no Facebook. Visualização: A página principal exibe as últimas atualizações dos perfis seguidos. O que criar: É possível publicar textos com até 140 caracteres. As mensagens podem ser acompanhadas de links para outras páginas online ou para fotos publicadas no aplicativo twitpic. Também é possível criar listas de perfis favoritos ou que agrupem perfis semelhantes. Interação: As publicações podem mencionar outros perfis. Todas podem ser respondidas e retwitadas (repetidas). Privacidade: Tudo o que é publicado na página principal do Twitter torna-se público. A única maneira de ocultar uma informação é apagá-la, mas alguém já pode ter copiado... Porém, é possível optar por enviar uma Mensagem Direta, privada, a algum usuário.

Perfis: Para participar desta rede, é preciso ter um perfil. Visualização: Na página inicial, são exibidas as atualizações de amigos, além da lista de amigos e de comunidades que participa. O que criar: Quem tem uma conta pode criar uma “comunidade” para reunir pessoas interessadas em determinado tema e, dentro dela, criar fóruns de discussão. As comunidades podem ser abertas a todos ou exigir aprovação a cada novo membro. Pode-se publicar álbuns de fotos, recados e depoimentos sobre amigos. Estes são publicados no perfil do destinatário mediante autorização dele. Interação: A principal interação é por meio de comentários em fotos e troca de recados. Privacidade: Tudo o que é publicado pode ser exibido para todos ou apenas a amigos selecionados, passando por alguns níveis intermediários, como “amigos de amigos”. Há a opção de restringir os recados para serem exibidos apenas para o remetente e o destinatário.

A Papel de Papel começou sua participação em redes sociais pelo Twitter, no qual tem mais de 450 seguidores.

nessa rede tem diminuído. Cota lembra ainda do Formspring, rede voltada para a comunicação por meio de perguntas e respostas. Ou seja, válido para focar em tirar dúvidas, se houver considerável demanda. Não adianta participar nas redes, se não houver interação com o público. O site pode ser um bom meio de divulgação dentro do próprio ambiente virtual. É possível colocar, na página oficial da empresa, ícones do Facebook, Twitter, Orkut, Blogs, etc. com links que levam diretamente à página da loja em cada uma das redes. Mas antes de pensar em qualquer forma de divulgação é preciso lembrar que, nas redes sociais, as atualizações são exibidas para seguidores e amigos. E quando alguém comentar, curtir ou repetir uma informação, os amigos dele também verão, o que colocará em prática o sentido da palavra “rede”, aumentando a visibilidade. Um bom exemplo disso é o caso da Cicero Papelaria, que não precisou buscar contatos nas redes sociais. “As pessoas simplesmente começaram a aparecer. No início, eram só os amigos, depois vieram fãs da marca e de papelaria em geral. Começamos a publicar com mais frequência, e o público nos recebeu bem”, conta Pedrosa. A frequência com que as atualizações serão feitas depen-

de de quão ativa é sua atuação, assim como a reação de quem participa com você da rede. “Não adianta falar para ninguém”, destaca Cota, ou seja, pode-se postar de três vezes por dia a duas vezes por semana. Mas as atualizações não podem diminuir demais e correr o risco de transmitir uma impressão ruim. “Se a pessoa vai à página de uma empresa que está desatualizada é como se estivesse ligando para a loja e ninguém atendesse o telefone”, compara Cota. Se ela estiver, de fato, abandonada, as consequências podem ser ainda maiores, e a recuperação mais difícil. “O mais prejudicial é que, se alguém perguntar ou reclamar de alguma coisa, você não estará lá para responder”, destaca Joyce. Se isso causar perda de contatos nas redes sociais, o trabalho para recuperá-los será ainda maior, já que seria necessário mudar a imagem negativa com a qual o usuário teve contato direto. “Dificilmente, um eventual seguidor voltará a visitar o seu perfil, mesmo que ele seja retomado ou recriado. A empresa precisa ter consciência de que participar das redes sociais é um compromisso com as pessoas que estão do outro lado”, define Tanabe. Apesar de o objetivo final ser conquistar os clientes, o contato com os fornecedores

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A Cicero Papelaria possui perfis em todas as redes sociais, que são administradas pelo criador da marca, Cicero Pedrosa.

também costuma representar uma importante relação para as papelarias. As lojas aderiram à comunicação menos formal também para fazer seus pedidos. Na Stoke, muitas conversas de negócios acontecem pelo MSN. “Temos um profissional conectado no programa durante todo o expediente. Além disso, ele é responsável por atender o telefone e responder e-mails”, conta Natália. Joyce aprova: “O e-mail não é mais a única opção de comunicação no mundo corporativo. Quantas vezes começo uma discussão no e-mail, passo para o chat no Facebook e termino no Skype!” Cicero explica a adesão: “As redes sociais são rápidas, e estamos em um mundo em que tempo significa muito”. Se as redes sociais estão se popularizando, nada mais normal que, em meio a tanta interação, papelarias encontrem umas às outras. Será preciso escolher entre tratá-las como concorrentes ou manter contato. Essa prática não é muito comum, mas Cota defende a ideia: “Uma relação amigável gera um bom clima no mercado e surpreende o cliente positivamente. Mas é preciso selecionar. Deve-se ficar longe das empresas ruins!”

No final das contas... Como o resultado final é o que realmente importa, é preciso saber se as táticas estão sendo eficientes. Isso pode ser medido principalmente pelas reações dos membros das redes. No Facebook, por exemplo, devese analisar se os comentários são positivos ou negativos, e se há muitos cliques em “curti” nas publicações. No Twitter, é possível responder tweets, receber mensagens diretas – que não são publicadas para os seguidores –, além dos retweets (conhecidos como RT), que são a repetição de uma determinada mensagem. Esta ação, geralmente, é feita por alguém que gostou ou concorda com o que foi escrito e, por isso, também quer compartilhar com seus próprios seguidores. Os RTs podem ser acompanhados por comentários. Então, é importante analisar se realmente foi uma ação positiva. O proprietário da Cicero Papelaria mede o retorno de suas ações por meio da “frequência de visitantes no site, do conteúdo dos e-mails e mensagens nas redes.” Também é possível recorrer ao Google Analytics para verificar se os acessos ao site vêm através dos links nas redes sociais. &


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Especial Volta às aulas 2011

Na N Desigraff Papelaria, foi Pa observado que a o classe C deixou cl de d tratar o baixo preço como p prioridade, p dando d preferência à p qualidade dos q produtos. p A Papelaria Primavera investiu pesado em divulgação para esta volta às aulas, apostando em carro de som e colocando anúncio em emissoras de rádio.

Investimento na loja aumentou as vendas da Casa do Caderno em 60% nesta volta às aulas.

Tempo de conquista

e aprendizado

Ela é considerada a época mais importante do ano, sendo chamada por alguns de “natal dos papeleiros”, e com razão. É durante a volta às aulas que o mercado ganha fôlego, e, neste ano, o período agradou tanto a indústria quanto boa parte do varejo. O aumento nas vendas foi significativo para várias papelarias, chegando até mesmo a surpreender alguns lojistas. Porém, nem tudo são flores. As reclamações continuam as mesmas dos anos anteriores, e algumas iniciativas governamentais vêm, cada vez mais, sendo uma pedra no sapato desse setor. POR RENATA MEDEIROS abril de 2011


Funcionários da Papelaria Central comemoram o resultado desta volta às aulas. aulas O crescimento nas vendas foi de quase 29%, se comparado ao mesmo período de 2010.

A Primavera Papelaria sofreu devido à concorrência com lojas não especializadas em artigos de papelaria, tendo queda de 10% nas vendas.

O bom resultado, porém, não veio da noite para o dia. Nos últimos meses, a papelaria passou por uma série de melhorias. O visual da loja foi modificado, e o quadro de funcionários remanejado. “A antiga gerente estava desmotivada, e isso acabou refletindo nos negócios. Quando assumi o cargo, vi que era preciso realizar uma série de mudanças e acredito que o investimento rendeu bons frutos”, diz Andreza, que é também filha da proprietária da Casa do Caderno. Para o dono da Papelaria Central (Araguaína/TO), Sávio Brito, a volta às aulas de ano também foi animadora. O estabelecimento, que passou

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Na Casa do Caderno (Curitiba/PR), o que não falta é motivo para comemorar, pelo menos quando o assunto é a volta às aulas. Se, em 2010, o objetivo traçado para esse período não foi alcançado, a realidade atual é bem diferente. O aumento nas vendas da papelaria chegou a 60% em relação ao ano anterior, número que superou as expectativas, rendendo até uma viagem a proprietários e funcionários. “Combinamos que, se a meta estipulada fosse cumprida, iríamos passar um dia no parque Beto Carreiro, em Santa Catarina. Foi isso o que aconteceu, já que, na verdade, essa meta foi ultrapassada”, conta a gerente da loja, Andreza Campestrini.

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Especial Volta às aulas 2011

Se antes a papelaria trabalhava com um ou dois fornecedores, hoje, ela é abastecida por diversos deles, atendendo assim a necessidade dos mais variados consumidores. ANTONIO MARTINS NOGUEIRA  PRESIDENTE DO SIMPA

por reformas em sua estrutura ao longo do segundo semestre de 2010, foi preparado para o período, fato que, segundo ele, fez toda a diferença. “Creio que esse investimento tenha chamado a atenção do público. As vendas aumentaram quase 29%, se comparadas ao ano passado. Em 10 anos, essa é a minha melhor volta às aulas”, comemora. O período, assim como para Andreza e Brito, também agradou outros profissionais do ramo. Uma pesquisa realizada

Brasil Escolar divulga dados Uma pesquisa divulgada pela rede de papelarias Brasil Escolar também mostra como a Volta às Aulas 2011 foi positiva para o setor. De acordo com o resultado, 87% dos entrevistados registrou aumento entre 50,1% e 60% nas vendas, em comparação ao ano anterior. O momento favorável da economia brasileira foi indicado como um dos principais fatores que alavancaram a saída de produtos das lojas, assim como o bom atendimento, destacado por 34,8% dos papeleiros como importante para o desenvolvimento dos negócios. Em relação ao estoque, a pesquisa mostrou que 43,5% dos lojistas apostou na variedade de artigos e no aumento do mix de produtos oferecidos em suas prateleiras nesta Volta às Aulas. O atraso na entrega das encomendas foi considerado ponto negativo do período por 13% dos entrevistados, e 6,5% deles sentiram-se incomodados em relação à doação de kits escolares aos alunos da rede pública. A maior insatisfação, porém, esteve relacionada à concorrência, principalmente contra supermercados, atacarejos e lojas de R$1,99. O problema foi apontado por 26,1% dos papeleiros. A pesquisa da Brasil Escolar, realizada durante a última semana de março e a primeira semana de abril, foi respondida por 16,9% de seus 270 associados.

pela R EVISTA DA PAPELARIA durante o mês de março, com 114 papeleiros de todo o país, mostrou que 70% deles consideram como boa ou ótima a volta às aulas 2011. Ela também revelou que, em 62,5% desses estabelecimentos, as vendas, este ano, foram mais intensas que em 2010. Membros do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região (Simpa) e da rede de papelarias Brasil Escolar também não deixam dúvidas, essa última volta às aulas trouxe saldo positivo para o mercado. Reestruturação da equipe e investimento no layout da loja podem chamar a atenção do público e alavancar vendas, como aconteceu na Casa do Caderno e na Papelaria Central, mas para a maioria das lojas foram outros os motivos que garantiram o sucesso dessa volta às aulas. O maior poder de compra da população é um deles. “Percebi que o público pertencente à classe C passou a dar preferência não ao produto mais barato, como acontecia antes, mas ao artigo de mais qualidade”, comenta a proprietária da Desigraff Papelaria (Campo Largo/PR), Andrea Pedron Cecato. Vera Lúcia dos Santos, dona da Livraria e Papelaria Santos Variedades (São Luís/MA), também observou a mudança de comportamento do consu-

midor. “Nos últimos dois anos, os pais estavam cortando itens que eram pedidos na lista de material escolar. Em 2011, essa situação foi diferente. Alguns deles não somente compraram tudo o que era pedido, como levaram coisa a mais”, relata. Outro motivo que ajudou a alavancar as vendas foi o investimento em publicidade. Em entrevista à REVISTA DA PAPELARIA, muitos papeleiros revelaram que, neste ano, apostaram ainda mais nessa estratégia, como foi o caso de Heitor Ribeiro, um dos sócios da Papelaria Primavera (Quirinópolis/GO). “Colocamos carros de som nas ruas e também fizemos anúncio em emissoras de rádio. Investir mais na propaganda trouxe um ótimo retorno”, revela. O fortalecimento na divulgação também foi estratégia utilizada pela Desigraff, como conta Andrea. “Nosso nome estava em toda a cidade por meio de panfletos, rádio, jornal e até outdoor”. O presidente do Simpa, Antonio Martins Nogueira, destaca outro motivo que também colaborou para o sucesso dessa volta às aulas. Segundo ele, mais papeleiros estão trabalhando com um número maior de fornecedores, deixando as lojas mais atrativas. “Todos os nossos associados tiveram crescimento nas vendas. Isso porque houve uma mudança de comportamento. Se antes a papelaria trabalhava com um ou dois fornecedores, hoje, ela é abastecida por diversos deles, atendendo assim a necessidade dos mais variados consumidores”, avalia. A indústria também beneficiou-se com a volta às aulas 2011. De acordo com a gerente

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de marketing da Faber-Castell, Elaine Mandado, o período foi positivo para a empresa, e uma forte tendência este ano foi o aumento no consumo de produtos de maior valor agregado. O gerente comercial da São Domingos, João Antonio Corniani, revela que o período superou as expectativas dos funcionários, que esperavam aumento de 15% nas vendas em relação ao ano passado. “Nosso desempenho foi surpreendente, pois atingimos crescimento de 25%, 10% a mais do número que tínhamos em mente”, comemora. Na DAC, a volta às aulas 2011 também foi motivo para comemorar. “Atingimos em cheio nosso público-alvo e conseguimos vender toda a nossa produção”,

diz a assistente de marketing da empresa, Michelle Cicera.

Concorrência Apesar do clima de otimismo, a volta às aulas 2011 não agradou a todos. Impasses acabaram fazendo com que algumas papelarias amargassem queda nas vendas, e um deles já é velho conhecido dos papeleiros, a concorrência com as lojas de departamentos e grandes redes de supermercado. A proprietária da Primavera Papelaria (Santo André/ SP), Marli da Costa, reclama da situação. “Com a venda de material escolar nesses espaços, quem é do ramo acaba saindo prejudicado”, comenta a pape-

leira, que viu as vendas em sua loja caírem 10% este ano. A alegação é a de que essa concorrência é desleal principalmente porque a indústria venderia seus produtos a essas grandes lojas a preços promocionais, já que, geralmente, elas fazem encomendas em grandes quantidades, diferentemente das micros e pequenas papelarias. Brito, da Papelaria Central, chama ainda a atenção para a forma de pagamento oferecida pela indústria, que segundo ele, deveria estar mais de acordo com a realidade dos papeleiros. Ele diz que precisa quitar sua dívida com os fornecedores durante os primeiros três meses do ano e, se tivesse mais tempo


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Especial Volta às aulas 2011

Impressões do varejo “O varejo oferece hoje uma excelente divercidade. O problema é que os fornecedores deixam a desejar em relação aos seus clientes mais distantes”. MÔNICA CANTO  PAPELARIA RABISCANDO  ORIXIMINÁ/PA

“O volta as aulas 2011 foi bom, mas sempre pode ser melhor. Às vezes nos faltam ferramentas, como apoio das indústrias, material de merchandising e treinamento especializado”. LUIS GUSTAVO DA SILVA BARREIRA PAPELARIA CAPRICHO  CACHOEIRA PAULISTA/SP

“O consumidor final tem procurado pelas melhores marcas, independentemente do preço, e continua deixando a compra do material escolar para a última hora”. SANDRA ARADZENKA  PAPELARIA BUTTERFLY  SÃO PAULO/SP

“Precisamos nos unir contra a investida do governo em relação ao fornecimento de material escolar para a rede pública. A longo prazo, isso vai tirar nosso mais forte período de vendas – a volta às aulas”. WAISLAN P. DE CASTRO GRÁFICA PRUDENTINA  PRESIDENTE PRUDENTE/SP

“Os produtos chineses, exceto as mochilas, vêm perdendo espaço para os artigos nacionais de qualidade”. LUIZ SERGIO F. P. JÚNIOR BAZAR NOVIDADES  ANGRA DOS REIS/RJ

“A palavra de ordem hoje é investimento em tecnologia e capacitação da equipe. É preciso fazer uso da criatividade, sem limites”. VITOR TAVARES  LIVRARIA E PAPELARIA LOYOLA  SÃO PAULO/SP

“A nossa maior dificuldade foi encontrar materiais para o final da volta às aulas. Muitos pais deixaram para fazer suas compras na última hora”. LEANDRO APARECIDO GUIZI PAPELARIA IDEIA CRIATIVA  SÃO PAULO/SP

para pagar pelo material encomendado para a volta às aulas, poderia oferecer mais prazo ao consumidor. “Não tenho como parcelar os pagamentos dos clientes em 10 vezes como os supermercados, por exemplo. Se houvesse a colaboração da indústria, grande parte dos pequenos papeleiros também poderia fazer isso e, dessa maneira, chamar a atenção do público”, avalia. “A indústria deveria ser parceira das papelarias, mas não é isso o que acontece”, acrescenta Andrea, da Desigraff. Por outro lado, os fornecedores consideram equivocadas as reclamações feitas pelos papeleiros. O gerente de marketing do Grupo Bignardi, Fabricio Pardo, alega que recentemente a empresa vem encontrando dificuldades em negociar com o autosserviço, o que faz com que os preços praticados subam significativamente nesses pontos de venda. Já o porta-voz e gerente de desenvolvimento do canal de papelaria da BIC Brasil, Luciano Santos, lembra que o autosserviço trabalha com mix reduzido de produtos. É nas papelarias que a empresa disponibiliza sua linha completa e artigos a granel, um dos grandes diferenciais desses estabelecimentos. Outro ponto que ele destaca é o treinamento dado pela BIC aos balconistas das lojas, especialização que o cliente não vai encontrar em lojas de departamentos ou supermercados. A REVISTA DA PAPELARIA entrou em contato com as Lojas Americanas, o Carrefour e o Walmart, que possuem material escolar em suas prateleiras, para discutir também com eles

a reclamação levantada pelos papeleiros e entender o que o período volta às aulas representa para essas grandes redes. Porém não obtivemos retorno de nenhuma delas em relação a tais questionamentos. Outro problema são as lojas não especializadas em produtos de papelaria que teimam em vender esse tipo de produto durante a volta às aulas. Em algumas cidades brasileiras, é possível encontrar cadernos e canetas, entre outros artigos, em mercearias e, até mesmo, em lojas de roupas. “Só falta encontrar material escolar em açougue”, exagera Marli. De acordo com Nogueira, esse é um problema que vem se agravando, sendo impossível ignorálo. “O Simpa estuda fazer um trabalho junto às autoridades com o intuito de diminuir essa tendência”, declara. Mesmo afetada por toda essa concorrência, Vera Lúcia, da Papelaria e Livraria Santos Variedades, consegue enxergar nela um ponto positivo. “Essa situação faz com que nós, papeleiros, busquemos outras alternativas para atrair os clientes. É assim que vamos, cada vez mais, atrás de novidades e serviços especializados”, alega. Apesar das reclamações, os papeleiros também fizeram elogios à indústria, destacando a qualidade e a diversidade dos produtos por ela oferecidos como o seu principal ponto positivo.

Kit escolar Em Jundiaí, no estado de São Paulo, teve muita loja tendo prejuízo devido à entrega de material escolar aos alunos da rede municipal de ensino realizada

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pelo governo. De acordo com Daniel de Souza, proprietário da Toka do Lápis (Jundiaí/ SP), em dezembro, a prefeitura informou que faria a distribuição dos kits volta às aulas, mês em que os estabelecimentos já tinham feito todos os seus pedidos para o período junto aos fornecedores. “Não sou contra o fornecimento de material escolar aos estudantes, mas acho que a iniciativa deveria ter sido divulgada mais cedo, pois, dessa maneira, eu teria feito outro planejamento de estoque. Boa parte dos artigos que comprei para serem oferecidos ao público na volta às aulas não saiu da loja, fazendo com que minhas vendas caíssem 45%, se comparadas

ao ano passado”, lamenta. Em Porto Ferreira, também em São Paulo, o governo é o responsável pela entrega dos kits volta às aulas a alunos da rede pública de ensino. A distribuição realizada pelo município, de acordo com o supervisor de vendas da Papelaria Ideal (Porto Ferreira/ SP), Vander Luiz Genomi, teve início há três anos, o que fez com que os papeleiros tivessem que se adequar à nova realidade. “Tive que diversificar o material vendido na loja, passando a investir também na linha de informática e em presentes”, conta. Tanto Souza quanto Genomi concordam que uma maneira viável para resolver esse problema seria a adoção do

“Em 2011, os fornecedores apresentaram um empenho melhor que em 2010, embora tenha acontecido atraso na entrega de mercadorias. Com relação às vendas, foi um ano melhor que o anterior”. RINALDO PAGANELO ABC LIVRARIA E PAPELARIA  SÃO CAETANO DO SUL/SP

“Essa é a época em que todo mundo vira papelaria: a loja de confecção, a loja de informática, a loja de presentes. Mochilas escolares chegam a adornar avenidas. São várias delas penduradas em portas de lojas que não são do segmento de papelaria”. ADEMIR SPITZER  SPITZER PAPELARIA  NOVA FATIMA/PR

vale-educação ou vale-material escolar, já adotado em cidades como Votorantim e Bariri, ambas também em São Paulo. “O procedimento é perfeitamente


80

32

Especial

70

AS VENDAS EM RELAÇÃO A 2010 62,9%

60

Volta às aulas 2011

50 40

Raio X da volta às aulas 2011

30

Durante o mês de março, a REVISTA DA PAPELARIA realizou uma pesquisa com o objetivo de traçar o perfil da Volta às Aulas 2011. As questões foram respondidas por 114 papeleiros de 19 estados, sendo que 79,3% deles são de cidades do interior. Confira abaixo o resultado: A VOLTA ÀS AULAS 2011 FOI

23,8%

20

13,3%

10 0 Aumentaram

Estabilizaram

Diminuiram

INÍCIO DA PREPARAÇÃO

Boa 36,9%

Agosto 2010 - 28,0%

Ótima 33,4%

Setembro 2010 - 24,3%

Regular 18,9%

Outubro 2010 - 16,2%

Excelente 6,3% Ruim 4,5%

Dezembro 2010 - 12,6% Novembro 2010 - 11,7% Outros 7,2%

80 70

PERÍODO DE MAIOR MOVIMENTO FUNCIONÁRIOS EXTRAS CONTRATADOS

66,7%

60 50

De 1 a 5 - 66,3%

40

Nenhum - 21,2%

30

De 6 a 10 - 8,7%

20

16,2%

De 11 a 20 - 1,9% 8,1%

10

7,2% 0,9%

0 De 15/1 a 15/2/2011 a

1 quinzena de janeiro Março/2011

0,9%

Acima de 20 - 1,9%

2a quinzena de fevereiro Dezembro/2010 Outros

Estratégias para atrair o público 1º – Desconto para pagamentos à vista 2º – Parceria com escolas 3º – Carros de som 4º – Distribuição de brindes 5º – Encapamento de livros e cadernos

OS PRINCIPAIS DESAFIOS DO VAREJO

Produtos campeões de venda 1º – Cadernos 2º – Canetas 3º – Papel Sulfite 4º – Lápis grafite preto ou lapiseira 5º – Lápis de cor

Aspectos positivos da indústria

Driblar concorrência - 25,2% Atenção dos consumidores - 22,5%

Capacitar equipe - 10%

Gerenciar estoque - 20,7%

Outros - 6,3%

Negociar com fornecedor - 11,7%

Evitar inadimplência - 3,6%

1º – Qualidade dos produtos 2º – Pontualidade na entrega 3º – Forma de pagamento 4º – Apoio ao ponto de venda

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viável, desde que todas as partes envolvidas se comprometam a fazer com que ele funcione”, declara Antonio Sereno, um dos diretores da Brasil Escolar. Outra cidade paulista onde a iniciativa vem dando certo é Fernandópolis, como já informado pela REVISTA DA PAPELARIA em sua última edição de setembro. O procedimento foi adotado pelo município em 2010 e funciona de maneira simples, os pais dos alunos da rede municipal de ensino recebem o vale-educação junto à lista de material escolar e vão até uma papelaria credenciada adquirir os itens pedidos. “A medida foi aprovada por pais, alunos e papeleiros. Ela vem

dando tão certo que secretarias de educação de outras cidades já nos procuraram para saber mais sobre o projeto”, afirma a assistente técnica pedagógica de ensino fundamental da secretaria municipal de educação de Fernandópolis, Claudinéia Tozzo dos Santos.

União De acordo com a papeleira Andrea, para driblar todos esses impasses, o setor deveria ser mais unido. “Nunca sei a quem recorrer quando estou frente a esses problemas que perturbam a maioria dos profissionais desse ramo”, lamenta. Paulo Sbragi Júnior, um dos diretores da Brasil Escolar, explica que um dos

trabalhos da rede é exatamente lutar pela classe por meio de entidades como o Simpa e a Francal. Já Gabriel Idiomar Busato, também diretor da Brasil Escolar, reclama dizendo que esse é realmente um problema, e, se a classe fosse mais unida, o ramo papeleiro teria muito mais força. “O ideal seria que cada estado brasileiro tivesse um sindicato, mas como isso não acontece, gostaria de deixar claro que o Simpa, apesar de focado em São Paulo, está aberto aos papeleiros de outros estados que tenham críticas ou sugestões em relação ao mercado. É com essa troca de experiência que conseguiremos fortalecer o setor”, garante Nogueira.


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Especial Volta às aulas 2011

A força dos licenciados Que a maioria das crianças gosta mesmo é de cadernos e mochilas estampados com seus personagens prediletos todo mundo sabe, e essa é uma tendência que, segundo os papeleiros, vem crescendo. De acordo com a pesquisa realizada pela REVISTA DA PAPELARIA em março, com 114 profissionais do ramo, em 46,2% das papelarias, a saída de artigos licenciados foi maior que a de não licenciados. Proprietária da Desigraff Papelaria (Campo Largo/PR), Andrea Cecato conta que, este ano, decidiu investir mais nesses artigos devido à grande procura pelos licenciados na volta às aulas 2010. “O ideal é ter o mix completo daquele determinado personagem”, afirma. Sávio Brito, dono da Papelaria Central (Araguaína/TO), garante ser impossível deixar os licenciados de lado durante a volta às aulas, e, para escolher em quais personagens e personalidades investir, ele conta com a ajuda de dois especialistas no

assunto, o filho de quatro anos e a filha de 13. “Após a última Office Paper Brasil Escolar, minha filha perguntou se eu havia comprado cadernos do grupo Restart, que eu nem conhecia. A procura por produtos da banda, porém, foi grande, mas, infelizmente, não havia esse material na minha papelaria”, lamenta. Andressa Martins tem nove anos e não abre mão de fazer companhia à mãe quando chega o momento de comprar o material escolar. Neste ano, as principais aquisições da menina foram uma mochila das Meninas Super Poderosas e um caderno estampado com a foto de um de seus cantores preferidos. “Os personagens são engraçados e gosto de tê-los comigo. Sou também fã do Justin Bieber”, alega a estudante. A mãe da menina, Francis Martins, não mede esforços para agradar a filha, mas, antes de entrarem na papelaria, elas fazem um acordo. “Deixo que ela escolha um ou outro produto e

A mochila das Meninas Super Poderosas foi uma das aquisições de Andressa.

explico que não é possível levar tudo o que ela deseja”, conta. Os produtos licenciados possuem preço maior se comparados aos não licenciados por questões de royalties, como explica o gerente de desenvolvimento do canal de papelaria da BIC Brasil, Luciano Santos. Ele, porém, garante que esse não é um impasse para a saída desses artigos. “A questão do preço não é um problema importante, pois o consumidor, quando procura um personagem, está disposto a pagar por esse produto”, completa o diretor comercial da Tilibra, Wagner Jacob.

Fila é problema para todos É entre os dias 15 de janeiro e 15 de fevereiro que grande parte das papelarias recebe o maior número de pais de alunos em busca do material escolar para os filhos. Em muitas delas, o Para fugir do corre-corre das grandes redes, Sarina Mizrahi comprou o material de Daniel na papelaria da escola.

corre-corre e as filas intermináveis podem acabar espantando os clientes que, cada vez mais exigentes, procuram tranquilidade e bom atendimento. Daniel Mizrahi tem nove anos e, apesar da pouca idade, já aponta suas preferências, quando o assunto é material escolar.

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Hoslei Pimenta, da Kalunga, aposta na abertura de novas lojas para diminuir o problema das filas. Neste ano, serão quatro novas filiais só no Rio de Janeiro.

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“Gosto daquela borracha verde, grossa, e da caixa de lápis de cor com 24 cores. Isso porque eu adoro desenhar. Quando desenho, minha imaginação flutua”, conta. Mãe de Daniel, Sarina Mizrahi sempre faz uma pesquisa antes de decidir onde comprar o material escolar do filho. Ao constatar que os preços na papelaria localizada dentro da escola de Daniel eram compatíveis com os das grandes redes, ela não pensou duas vezes antes de decidir onde fechar o negócio. “Optei pelo estabelecimento dentro da escola visando ao conforto e à praticidade. Fiz o pedido por telefone e peguei o material mais tarde, sem complicações. Fazer compras em grandes papelarias durante a volta às aulas é complicado. Elas ficam muito cheias e há filas enormes. Esses estabelecimentos deveriam se organizar melhor para receber o público nessa época do ano”, opina. O consumidor atual não tem mais tempo nem paciência para gastar horas adquirindo o material escolar, e uma das evidências que ilustra a afirmativa é o aumento das compras pela internet registrado pela Kalunga, como afirma o gerente comercial da

rede de papelarias, Hoslei Pimenta. “O consumo pela internet vem crescendo mais que nas lojas físicas”, comenta. Ele reconhece que o grande número de clientes que movimenta a papelaria durante a volta às aulas acaba provocando os problemas relatados por Sarina, mas garante que a Kalunga vem tomando medidas para facilitar a vida de seus clientes. “Nosso centro de distribuição, antes unificado, foi dividido. Enquanto um atende as lojas físicas, o outro fica responsável pela internet e o canal de televendas”, explica. Já para diminuir o fluxo de pessoas nas lojas, a solução, segundo ele, é abertura de mais estabelecimentos. “Só no Rio de Janeiro, serão quatro novas papelarias Kalunga este ano”, revela. Durante a volta às aulas, a Saraiva contrata mais de 500 funcionários temporários para suas 100 lojas. Algumas delas tiveram ainda o layout modificado para a montagem de um espaço especial destinado aos livros didáticos, com o intuito de garantir a organização e o conforto dos clientes. Apesar das medidas tomadas, o diretor comercial da rede, Frederico Indiani, afirma que alguns estabelecimentos também enfrentaram o problema das intermináveis filas. “A volta às aulas é um período ‘nervoso’, e, para facilitar a vida do cliente, a Saraiva entrega a encomenda em domicílio e orienta os pais a anteciparem suas compras ou a deixarem a lista de material escolar na loja para retirada da mercadoria posteriormente”, alega. &

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Tecnologia 36

Mouse

Muito mais

que um clique

Ninguém discute a função do mouse como facilitador da informática. Porém, o acessório que simplifica é tecnologicamente complexo e diversificado, já que utilizado por todos os públicos. Por isso, é importante conhecer as especificidades do dispositivo utilizado para mexer aquela setinha no monitor, mesmo quando não estamos fazendo nada. POR CAROLINA BERGER

Para o jogador não precisar parar para trocar pilhas durante o jogo, os modelos para games da Clone possuem conexão por fio

Seguindo a tendência de ir em direção à praticidade, há algum tempo, os mouses abandonaram o sistema mecânico que os faziam deslizar com uma esfera. De consumidores a fabricantes, ninguém sente saudades da bolinha, que acumulava poeira, atrapalhando os movimentos. Gustavo Padovan Longo, gerente de marketing da Clone, explica a evolução, tecnicamente: “Nos mouses mecânicos, a movimentação se dava por meio de uma esfera que girava dois roletes internos. Assim, entrava sujeira no dispositivo, prejudicando o atrito das peças e a tradução dos movimentos. Nos mouses ópticos, o acúmulo de sujeira é praticamente nulo por não haver partes móveis”. O tradutor Matheus Castro considera que essa facilidade com a manutenção já faz da tecnologia óptica uma opção melhor, mas destaca outras vantagens: “O mouse óptico tem um movimento mais suave, com menos fricção”. A estudante de publicidade Thais Portella também avalia a versatilidade da nova tecnologia: “Ele pode ser usado em diversos lugares em que não era possível utilizar o de esfera, como na cama sobre um tecido”. A popularidade dos computadores portáteis faz com que os modelos sem fio ou os de tamanho míni, com fio retrátil,

ganhem preferência. Mas por que comprar mouse, se os laptops possuem o touchpad, região sensível ao toque que possui a mesma função dos mouses? O gerente de produto da Multilaser, Danilo Angi, explica: “Os touchpads dos notebooks são desconfortáveis de usar por um longo período. Além disso, uma simples apresentação no PowerPoint, por exemplo, pode demorar dez vezes mais para ser montada, se feita apenas com o acessório do laptop”. Thais concorda: “O touchpad exige uma coordenação motora muito grande para certas coisas. O mouse é muito melhor para atividades como jogar e edições no Photoshop”. Rafael Salomão, desenvolvedor de sistemas da Marinha, também prefere o tradicional: “O mouse abrange uma área maior, enquanto o touchpad faz com que sua mão tenha que realizar mais movimentos, contribuindo para o surgimento de tendinite”. É preciso estar atento a todas as novidades do mercado e às diferentes necessidades de cada cliente. Adquirir o mouse de um fabricante confiável dá segurança ao consumidor. Por isso, a marca é o aspecto mais levado em consideração no momento da compra. “Eu comprei meu último mouse em 2003 e não gastei pouco, mas ele é tão

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Os computadores portáteis podem ser guardados sem que o nanorreceptor, como este da Multilaser, seja desconectado

Tecnologia por todos os lados A luz emitida pelos mouses ópticos funciona como uma fotografia. Ela é responsável pela leitura de cada um dos movimentos, que serão transmitidos ao cursor, na tela do computador. O mouse a laser é baseado nesse mesmo processo, mas sua grande vantagem é a maior precisão do movimento. O gerente da Clone, Gustavo Longo, explica que “esta luz pode se dispersar causando pequenos erros de leitura na movimentação”. Como solução, a companhia substituiu, em alguns modelos, a iluminação em LED (condutor de luz utilizado no sistema óptico comum) por um feixe de laser incolor, aumentando a precisão em até 20 vezes. A equipe responsável pelos mouses da Maxprint especificou que, enquanto o óptico tradicional lê 800 dpis, o laser é capaz de ler 1600 pontos no mesmo trajeto. “É devido à diferença

de precisão que os jogadores ou quem trabalha com edição de imagem preferem o mouse a laser”, justifica Adelaide Anzolin, diretora comercial da empresa. Mas há modelos que permitem alteração. É o caso do Mouse Sem Fio Infinity, da NewLink, que pode ter a resolução alterada entre 500 ou 1000 dpis. Os itens voltados especificamente para jogos costumam apresentar outros diferenciais, como maior quantidade de botões, além dos dois tradicionais e do scroll (aquele que facilita a rolagem das páginas), como os modelos Mouse Game (cinco botões) e Mouse Laser Game (nove botões). Ambos da Clone, possuem alta resolução e fio para evitar que o usuário precise trocar as pilhas durante algum jogo. Esta é a principal vantagem da conexão pelo fio tradicional, destacada por Roberta Carlini, analista de produto da Integris: “Ele é recomendado para utilização em computadores não portáteis e não exige a preocupação em recarregar ou trocar pilhas”.

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durável que eu passei esse tempo todo sem precisar trocar, ou seja, foi um caro que saiu barato”, avalia Castro. Ele também fala da importância de cada comprador saber o que precisa: “Não vale a pena gastar mais dinheiro em um mouse de alta qualidade para quem acha que todos são a mesma coisa. Assim como não se deve economizar demais e adquirir um produto que pode quebrar facilmente”.

O mouse da Maxprint aberto parece um telefone e facilita a comunicação online

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Tecnologia 38

Mouse

O Mouse Sem Fio Infinity (branco) pode ter sua resolução alterada conforme a necessidade. Já a bateria do Mini Mouse Sem Fio Style pode ser recarregada em porta USB

Sua entrada varia entre os tipos USB - a porta mais utilizada atualmente - e PS/2, aquela redonda com vários pininhos, comum na parte de trás dos computadores tradicionais. No caso do fio retrátil, a distância do mouse é ajustável, e a entrada utilizada é a USB. Esse tipo é ideal para o transporte por ser compacto. Por isso, é o mais procurado por usuários de note e netbooks. Aumentando a portabilidade, a Integris desenvolveu o Mouse Óptico Emborrachado Retrátil USB, cujo fio é embutido, sendo enrolado

O fio retrátil do modelo emborrachado, desenvolvido pela Integris, não fica exposto, pois é enrolado dentro do próprio mouse

dentro do próprio mouse. “Já os mouses sem fio são itens procurados por pessoas que prezam por mais liberdade nos movimentos, ambientes clean e praticidade em transportar o produto”, conta Ligia Pretel Eimantas, gerente de marketing da NewLink. Os modelos sem fio funcionam a pilha ou bateria, que devem ser trocadas ou recarregadas, conforme a necessidade. Porém, a empresa possui o Mini Mouse Sem Fio Style como alternativa. Ele funciona com bateria de lítio, que é recarregável via USB. Quando a bateria acaba, é possível recarregá-la enquanto o dispositivo é utilizado com fio. As conexões dos mouses sem fio ao computador são por um receptor ou via bluetooth. Neste caso, é dispensável o uso de um dispositivo ligado à máquina, mas o acessório pode ser adquirido como forma alternativa. “Seu diferencial em relação aos outros mouses sem fio é o reconhecimento automático, se o computador tiver a tecnologia bluetooh”, explica Danilo Angi, da Multilaser. As outras opções wireless exigem um receptor, que é conectado ao computador através de uma porta USB. A co-

municação é feita com tecnologia de radiofrequência. A opção mais barata é a que tem frequência de 27 MHz, porém seu alcance tem limite em torno de 2 metros, e a conexão é prejudicada, se houver barreiras. “Porém os modelos com 2,4 GHz, que equivale a 2.400 MHz, estão cada vez mais baratos”, afirma Angi. Esta opção tem alcance de até 10 metros e conexão mais estável, ou seja, é a grande promessa do mercado de mouses. Outra vantagem é o nanorreceptor que acompanha alguns modelos. “Ele é tão pequeno que pode ficar ligado constantemente no computador, mesmo se não estiver sendo utilizado”, ressalta o gerente da Multilaser. O mercado também conta com modelos desenvolvidos para usuários com necessidades mais específicas. A Maxprint, por exemplo, desenvolveu o Mouse Óptico VoIP, que se transforma em uma espécie de telefone, voltado para quem utiliza conversação via internet e ligações VoIP, como por Skype ou MSN. Na parte interna do mouse, há teclas numéricas, display em LCD que reproduz textos em diversas línguas e caixa de som embutida. A empresa fabrica ainda o Mouse Apresentador sem fio 2.4 GHz, muito utilizado em exibições de slides por professores e palestrantes. Visando públicos específicos e modernos, a Multilaser possui modelos temáticos com formatos diferenciados, como Love Mouse, que é rosa e tem formato de coração, específico para as meninas românticas.

Cuidado nunca é demais Fabricantes, lojistas e consumidores devem tomar alguns

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cuidados específicos para preservar o produto. Como primeiras responsáveis por essa tarefa, os fornecedores desenvolvem embalagens para proteger e valorizar seus mouses. A NewLink, por exemplo, preocupa-se com o destaque no ponto de venda, procurando despertar o interesse no consumidor por meio de informações relevantes para a tomada de decisão, como o tipo de conexão, a resolução e a frequência. A gerente Ligia destaca dois pontos que merecem atenção do consumidor no momento da compra: “Os computadores mais novos não possuem a entrada do tipo PS/2. E a resolução deve ser compatível com a necessidade. 1000 dpis é o recomendável para uso doméstico, por exemplo. Para jogos, a resolução deve ser maior.” Reforçando esse objetivo, ela indica gancheiras como a melhor maneira de expor esse tipo de mercadoria. “Assim, os produtos não são colocados um sobre o outro, evitando possíveis danos às embalagens, além de permitir que o comprador analise todos os lados”, justifica. Preocupada com a preservação, as embalagens da Maxprint são lacradas com prensa quente. Sem deixar de lado a parte visual, as mesmas são atrativas e possuem formato blister, facilitando a exposição. Já a Multilaser utiliza as embalagens para atender a diferentes demandas. A opção supereconômica, que consiste em uma caixa branca, sem janela nem apelo visual, é a que agrega menor custo e é indicada para quem compra peças separadas e monta seu próprio computador. Segundo a companhia, o modelo com melhores características comer-

ciais é a embalagem blistada, pois contribui com a exposição, valorizando o produto, além de ser inviolável. A opção intermediária é a econômica, que é colorida, com janela e fácil de armazenar. A empresa também oferece expositores aos clientes, mas o gerente Danilo Angi sugere: “O ideal é fazer uma análise do espaço disponível e considerando questões como visibilidade e segurança antes de definir o modelo do expositor.” Ao chegar à loja, todo esse cuidado dever ter continuidade para atrair os consumidores, mesmo que não seja na frente deles, como ressalta Gustavo Longo, da Clone: “Os produtos devem estar bem estocados, de acordo com o empilhamento máximo recomendado a fim de evitar danos nas embalagens que serão expostas na loja futuramente”. Além disso, todos os fabricantes recomendam que se evite umidade e altas temperaturas. “Também é recomendada a limpeza das embalagens, evitando o acúmulo de pó”, lembra Ligia. E para esse trabalho não ir por água a baixo, é importante orientar os clientes sobre cuidados básicos, como limpar a parte de baixo do mouse. “Inclusive o mousepad deve estar sempre limpo”, ressalta o técnico em informática André Luis Maurell de Araújo. Aliás, a utilização de mousepad é outra recomendação de Longo: “O item diminui a dispersão da luz vermelha emitida pelo mouse, tornando a movimentação ainda mais precisa”, justifica, indicando também a limpeza do orifício por onde a luz é emitida.&


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Mercado Global Primeira edição da Paperworld Middle East aquece o mercado Do dia sete ao dia nove de março, o Oriente Médio foi palco da primeira edição da Paperworld Middle East. Mais de seis mil pessoas visitaram o evento em busca de novidades relacionadas ao mercado de papelaria, e, no que depender de seus organizadores, a feira, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tem tudo para se tornar referência no mercado. O fortalecimento da economia no Oriente Médio e o crescimento do setor papeleiro local foram alguns dos motivos que levaram a Messe Frankfurt, organizadora da Paperworld Middle East, a apostar no evento. De acordo com dados por ela divulgados, a previsão é a de que esse ramo movimente, naquela região, US$ 155,4 bilhões até 2015. “Fizemos muitas pesquisas, e elas nos deixaram confiantes de que o investimento seria um sucesso. Isso foi comprovado quando, ao andar pelos

pavilhões, era possível ver profissionais trocando experiências, além de negócios sendo fechados”, comemora o diretor executivo da Messe Frankfurt, Ahmed Pauwels. Apesar do caráter regional, a feira reuniu 6.246 visitantes de 108 países, sendo a maioria dos estrangeiros procedentes da Arábia Saudita, da Índia, do Kuwait e do Paquistão. “Observamos que 45% dos participantes eram de outras nações”, revela a gerente da Paperworld Middle East, Monica Kubik. Entre os expositores, a realidade não foi diferente, já que os 203 estandes ali presentes pertenciam a 34 diferentes nacionalidades. Organizadora do pavilhão egípcio, Rola Rashed não somente aprovou a feira, como garantiu seu retorno no próximo ano. “Estamos satisfeitos com a nossa participação e vamos voltar em 2012 com um pavilhão ainda maior”, promete. Karl Vytiska, diretor da

austríaca VOS Vienna Office Supplies, distribuidora de marcas européias no Oriente Médio há 30 anos, também mostrou-se satisfeito. “Estamos impressionados com a Paperworld Middle East. Essa foi uma grande oportunidade para encontrarmos mais parceiros”, avalia. De acordo com Monica, a feira traz benefícios tanto para os empresários do Oriente Médio quanto para as companhias que não possuem sede na região, funcionando como uma espécie de ponte. “O mercado naquela área é cheio de oportunidades, mas, às vezes, de difícil acesso. A Paperworld Middle East chega para ser uma espécie de facilitador desse processo”, comenta. Ela destaca ainda que o evento funciona também como uma vitrine para exposição de novidades. “Um produto interessante encontrado em um dos estandes foi um papel feito com folhas de palmeiras. Essa é uma ótima

Mais de seis mil pessoas visitaram a Paperworld Middle East, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Troca de experiências e fechamento de negócios marcaram essa primeira edição do evento.

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ideia para os países do Golfo, onde a árvore é encontrada em abundância”, acrescenta. Para o próximo ano, segundo os organizadores do evento, o intuito, como não poderia ser diferente, é atrair ainda mais expositores e visitantes. “Neste ano, estávamos focados no lançamento da feira, e acredito que fizemos isso muito bem. Agora, vamos trabalhar em seu aperfeiçoamento”, comenta Monica. A Paperworld Middle East 2012 será realizada de seis a oito de março.

Investimento na região vale a pena Esta edição da Paperworld Middle East não contou com a presença de expositores brasileiros, mas essa é uma realidade que pode mudar. Isso porque, como afirma o professor de História Contemporânea da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Murilo Meity, e doutorando em Estudos Árabes e Islâmicos, o investimento no Oriente Médio, atualmente, pode ser algo bastante rentável, inclusive para quem faz parte do setor papeleiro.

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Nos 203 estandes da feira, visitantes de diversas partes do mundo puderam encontrar várias novidades.

Desde a primeira visita do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva ao Oriente Médio, ainda em seu primeiro mandato, as relações diplomáticas e econômicas entre o Brasil e vários países daquela região estreitaram-se, trazendo mais oportunidades, inclusive relacionadas ao fechamento de negócios para ambos os lados. Aliado a esse fato, o professor lembra que as nações que compõem o Oriente Médio são potenciais importadoras.“Aquela é uma região rica, mas pouco produtiva. Os artigos de papelaria, por exemplo, são bem-vindos, já que a maioria daqueles países não possui matéria-prima para a fabricação dos mesmos”, comenta. Apesar de ser uma região de economia aberta, Meity pondera dizendo que alguns cuidados são necessários caso haja interesse na região. Segundo ele, o investimento deve ser acompanhado de ações diplomáticas e estratégicas bem elaboradas. “O procedimento deve ser realizado a médio prazo, tendo em mente qual produto vender e em quais condições”, alerta. Sobre os constantes conflitos que assolam a região, como a atual guerra civil na Líbia, o professor não acredita que essa seja uma ameaça para quem já investe ou deseja investir no Oriente Médio. “O que assistimos ali são crises políticas pontuais. Além disso, aquela é uma área conturbada há anos e nem por isso os países que compõem a região deixaram de ter relações comerciais com outras nações. Apostar no Oriente Médio é viável”, afirma. &

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Mercado Global CONEXÃO* COLÔMBIA A alemã Edding abriu uma fábrica em Medellín, na Colômbia, onde a empresa já possui escritórios administrativos. A nova filial é a terceira localizada na América Latina: a primeira encontra-se na Argentina e a segunda no México.

ÍNDIA A 3M, na Índia, planeja investir 200 crore (unidade do sistema numérico indiano que equivale a US$ 10 milhões) com o objetivo de expandir seus negócios naquele país. A metade desse montante já vem sendo aplicada

em um novo centro de pesquisa e desenvolvimento, como informou o diretor da empresa na Índia, Ajay Navati. TURQUIA Em 2011, a Faber-Castell completa 250 anos, e as

cele,brações têm início na Turquia, já que as vendas da empresa em solo turco, no último ano, aumentaram em 27%. “Esse crescimento é espetacular”, declarou o conde Anton Wolfgang Von Faber-Castell, em visita ao país. &

* Com a colaboração das revistas associadas à Ispa (International Stationery Press Association) e ISG-Guide.

Eventos relacionados ao setor papeleiro movimentam o mês de abril PORTUGAL Tédio não é palavra

que pode ser associada ao mercado papeleiro internacional em abril. Só neste mês, serão realizadas quatro grandes feiras voltadas para o setor. A primeira delas acontecerá em terras lusitanas, do dia sete ao dez. Realizada em Lisboa, capital portuguesa, a Paper Gift completa, em 2011, seu 30° aniversário. Para comemorar a data, além da aposta em material escolar, artigos de escritório, presentes e festas, o evento vai exaltar a criatividade, abrindo mais espaço aos produtos utilizados para pintar, esculpir e talhar. O setor dedicado aos brinquedos é outro destaque da Paper Gift. TURQUIA Com início marcado para o dia 13 e término para o dia 17, a International Istanbul Stationery chega este ano à sua 17ª edição. Realizada em Istambul, na Turquia, a expectativa para 2011 é a de que 25 mil visitantes, entre turcos e estrangeiros, circulem por mais de 250 estandes, onde serão exibidos os mais variados artigos de papelaria. “Novas coleções e produtos serão apresentados, assim como novas licenças”, comenta a gerente de projeto do evento, Günay Arslan.

A International Istanbul Stationery é hoje uma importante feira para o mercado. O interesse nela é tão grande que, antes mesmo de sua realização em 2011, já existe uma lista de espera para empresas que desejam participar do evento como expositoras no próximo ano. Günay alega que o fato é justificável, já que o setor papeleiro turco está cada vez mais forte. O país vem fechando acordos internacionais com o intuito de exportar seus artigos de papelaria a diversas nações, e, além disso, várias empresas ligadas ao ramo estão sendo abertas na Turquia. “O governo vem dando apoio ao mercado papeleiro interno, decretando, inclusive, leis de proteção aos produtores nacionais”, acrescenta Günay. CHINA E TAIWAN No continente asiático, a Sourcing Fair: Gifts & Premiums e a Giftionery Taipei acontecem, respectivamente, na China e em Taiwan. O primeiro evento será realizado em Hong Kong, de 20 a 23 de abril, enquanto o segundo, com sede na capital do país, Taipei, tem o início marcado para o dia 21 e o término para o dia 24. &

Os organizadores da International Istanbul Stationery esperam que cerca de 25 mil pessoas, entre turcos e estrangeiros, circulem pela feira este ano.

Para saber mais... Paper Gift – www.papergift.fil.pt International Istanbul Stationery - www.ite-turkey.com Sourcing Fair: Gifts & Premiums - tradeshow.globalsources.com Giftionery Taipei - www.giftionery.net

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Vitrine Praticidade feminina Pensando em mulheres com muitas tarefas ao longo do dia e que precisam de organização, a Case Logic desenvolveu a linha NBS, que combina uma espaçosa bolsa com um sleeve para notebooks de até 16 polegadas. O laptop pode ser levado dentro ou fora da bolsa, que possui compartimentos para celulares, iPod, MP3 e chaves. Leve e almofadada, o produto está disponível nas cores cinza com rosa e cinza com azul. (11) 2166-8888 &

Ouvindo bem O novo fone Headset Digital Bass, lançado pela Multilaser, proporciona qualidade de som e conforto para ouvir música, assistir a filmes ou jogar, pois é compatível com videogames, incluindo o PlayStation 3. A parte superior é almofadada, o fone é macio, e a haste, flexível. A praticidade é proporcionada pela conexão USB e os controles de volume e liga/desliga, que ficam no cabo do acessório. (11) 3616-8600 &

As cores do verão Acompanhando a moda das cores vibrantes, a linha Summer, da Integris, traz caixas de som e mini-hub em tons diferenciados. O design moderno permite que as compactas caixas sejam posicionadas de diversas formas. Já o mini-hub é um acessório que transforma uma porta de conexão USB em quatro. Medindo 60 cm, ele é portátil e facilita o trabalho em equipamentos que não têm muitas portas USB. (11) 3392-1018 &

Sem fios e sob controle Valorizando os ambientes clean e com menos fios, a Pixxo lançou o kit combo teclado e mouse, com frequência de 2,4 GHz. O led indicador de bateria está presente nos dois itens e permite monitorar quando é necessário trocar as pilhas, que podem ser economizadas com a utilização do botão liga/desliga. O teclado é multimídia e possui teclas slim. O mouse é leve e vem com minirreceptor que pode ser guardado dentro do próprio mouse, facilitando o transporte. O design em black piano proporciona um visual moderno. www.hometechpc.com.br &

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Vitrine Apostando no bom humor Os cartões de expressão social ganham força no Dia das Mães. Sabendo disso, a Smile House desenvolveu uma linha com cinco modelos que seguem o estilo divertido da empresa. Como diferencial, a companhia oferece a possibilidade de troca dos itens desta coleção que não forem vendidos por itens da coleção Dia a Dia. (41) 3585-5763 &

Tons e formas A Tilibra uniu cores vibrantes a ícones do universo feminino – como estrelas, corações, flores e borboletas – para formar a linha Rouge. Os quatro modelos possuem uma característica em comum: o tom pink em todas as estampas. A novidade agrada ao público feminino de todas as idades e estilos. 0800-120766 &

Educação divertida O público infantil ganhou mais 15 modelos de brinquedos educativos desenvolvidos pela Editora Luz e Vida em parceria com Ciabrink. A maior parte é confeccionada em MDF e todos são ilustrados com o personagem Smilinguido e sua turma. Entre as opções, estão dominós, jogos da memória e quebra-cabeças, entre outras atividades. 0800-7014445 &

Nos pequenos detalhes Acreditando que a utilização correta de pincéis contribui paraa que pintores menos experientes consigam resultados mais complexos, a Condor desenvolveu a linha Sintética-Suave Rosa. Os pincéis possuem filamento estético com imitação de pelo de orelha de boi, podendo ser utilizados sobre diversas superfícies, como madeira, metal, vidro, papel e emborrachados. O destaque da linha é o pincel em formato liner, que facilita o desenho de detalhes. 0800-476767 &

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Onde Encontrar Entrevistados e anunciantes Acrimet (11) 4343-5577 www.acrimet.com.br

Dello (35) 3435-8900 www.dello.com.br

Lojas Bandeirantes (21) 3281-6167

AF International (11) 3621-6800 www.af-online.com.br

Desigraff Papelaria (41) 3032-4392

Magoweb Marketing Digital (11) 3711-7496 www.magoweb.com

Editora Luz e Vida 0800-701-4445 www.luzevida.com.br

Maxprint 0800-7017252 www.maxprint.com.br

Faber-Castell 0800-701-7068 www.faber-castell.com.br

Mediatech (11) 3352-1199 www.mediatech.com.br

Primavera Papelaria (11) 2228-0561

Messe Frankfurt www.messefrankfurt.com

PUC-Rio (21) 3527-1001 www.puc-rio.br

Multilaser (11) 3616-8600 www.multilaser.com.br

São Domingos (17) 3524-9000 www.saodomingos.ind.br

NewLink 0800-772-5015 www.newlink.com.br

Saraiva 4003-3390 www.livrariasaraiva.com.br

Páginas Vivas (21) 3650-8525

Simpa (11) 3255-3587 www.simpasp.com.br

Papelaria Central (63) 3414-3934

Smile House (41) 3585-5763 www.smilehouse.com.br

BIC 0800-282-62 www.bic.com.br BLG – Brand and Licensing Group (11) 3171-3030 www.blgroup.com.br Brasil Escolar (11) 3854-6210 www.brasilescolar.com.br Casa do Caderno (41) 3076-7101 Casa Ribeiro (21) 2568-6089 Case Logic (11) 2166-8888 www.caselogic.net.br CHTech (12)3932-0191 www.chtech.com.br

Fundação Getúlio Vargas (FGV) portal.fgv.br Francal Feiras (11) 2226-3100 www.francal.com.br Goomark (11) 2772-6584 www.goomarkpublicidade.com.br Grupo Bignardi (11) 4442-8300 www.bignardi.com.br iDigo (21) 2494-9478 www.idigo.com.br

Papelaria Formosa (61) 3432-1517

PaperLab (41) 3538-8004 www.paperlabonline.com.br Parque Distribuidora (15) 3238-5000 www.parquedistribuidora.com.br Pixxo (11) 5094-0018 www.hometechpc.com.br

Cicero Papelaria (21) 2201-2255 www.ciceropapelaria.com.br

Imex do Brasil (11) 2227-0155 www.imexdobrasil.com.br

Clone (11) 2141-6000 www.clone.com.br

Inforshop (11) 5682-2525 www.inforshop.com.br

Condor 0800-47-6666 www.condor.ind.br

Integris (11) 3392-2295 www.integrisbrasil.com.br

Papelaria Primavera (64) 3615-2297

Universidade Estadual de São Paulo (11) 5627-0233 www.unesp.br

Companhia Melhoramentos (35) 3433-8248 www.melhoramentos.com.br

Kalunga 0800-019-5566 www.kalunga.com.br

Papelaria Stoke (14) 3372-2334 www.stokepapelaria.com.br

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) www.uerj.br

DAC (11) 2404-9000 www.dac.com.br

Livraria e Papelaria Santos Variedades (98) 3247-4717

Papel de Papel (43) 3323-1064 www.papeldepapel.com.br

Waleu (11) 4071-1142 www.waleu.com.br

Papelaria Ideal (19) 3589-8000 Papelaria Nobel (21) 3083-1595

Tilibra (14) 3235-4003 www.tilibra.com.br Toca do Lápis (11) 4492-4376

Acrimet – página 52

Dello – página 9

Office PaperBrasil Escolar –

Adelbras – página 2

Ecologic – página 29

página 43

Aztec – página 51

Ernest Reiner – página 17

Pimaco – página 13

BNK – página 27

Fenapel – página 47

Raber – página 12

Brasil Escolar – página 45

Imex – páginas 35, 37, 39 e 41

Visitex – página 23

Carbrink – página 25

Ispa – página 49

VMP – página 11

Cromus – página 15

Libreria Editora – página 31

Waleu – página 5

Dallec – página 33

Natal Show – página 19

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Ponto Final

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