Nesta Edição
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Entrevista
Leonardo Rocha, gerente do Inmetro, fala sobre a Portaria 481, publicada em dezembro de 2010, e os requisitos de conformidade que passarão a ser exigidos pela entidade.
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Especial
As datas comemorativas inspiram ações promocionais que garantem o interesse do consumidor em sua loja o ano inteiro.
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Mercado
Acompanhamos a movimentação da volta às aulas em todo o Brasil.
Papelarias na Web
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Construção de sites é o tema da primeira reportagem de uma série que vai te ajudar a dominar a web.
Consultoria
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CIRCULANDO
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PERFIL DO VAREJO D’ Longui Papelaria
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MERCADO GLOBAL
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VITRINE
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ONDE ENCONTRAR
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PONTO FINAL
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EDITORIAL
Conheça como empresários de papelaria têm implantado o uso de uniformes em suas equipes.
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Editorial
Feliz 2011! Em nosso primeiro encontro do ano, tenho a honra de poder tratar de um assunto que vai fortalecer o setor, profissionalizar o fornecimento e minimizar as grandes disparidades que existem entre a qualidade dos produtos de papelaria. O tema de capa desta edição tem todo esse poder sim. A determinação do Inmetro sobre a certificação compulsória para artigos de papelaria, no mínimo, indica que os consumidores, comerciantes e fornecedores terão agora uma mesma linguagem sobre o que é qualidade e segurança. O prazo final para todo o processo é apenas em abril de 2014. Até lá, todos os envolvidos neste setor da economia promoverão uma corrida para, primeiro, se informar detalhadamente sobre os requisitos e depois investir no que for necessário para se adequarem e conquistarem a certificação. Para algumas empresas, esta novidade não representará grande movimentação, visto que já têm a sua produção de acordo com algumas das normas da ABNT que o Inmetro usará como padrão. Mas para muitos fabricantes e importadores, a exigência representará um intenso exercício de revisão da produção ou de contratos com fornecedores internacionais. Em uma ou outra situação, o mercado de papelaria foi colocado à prova no quesito responsabilidade. A REVISTA DA PAPELARIA está de prontidão torcendo por uma nota 10. Além do assunto de capa, a jornalista Renata Medeiros esteve à frente também da reportagem cheia de dicas para quem quer manter o interesse de sua loja em alta por parte do consumidor. Com a ajuda dos entrevistados, ela montou um calendário anual de promoções para auxiliar o varejista a promover ações para movimentar a loja durante todo o ano. Já Carolina Berger está trazendo uma prévia de como está sendo a volta às aulas em vários estados do país. Ela conseguiu registrar que o empenho do varejo, em grandes redes ou pequenas lojas, é atender aos desejos do consumidor. Foi inevitável, a chegada de um novo ano funcionou como pretexto para eu colocar em prática algumas idéias que já vinha amadurecendo há algum tempo. Então preparem-se para ver uma REVISTA DA PAPELARIA um pouco diferente. Algumas seções deixaram de existir, outras surgiram ou foram modificadas. Este é o caso de Circulando, que agora tem mais páginas e sempre trará um perfil de uma licença, de um representante comercial e de um consumidor de produtos de papelaria. A intenção é evidenciar os diferentes modos de relacionamento com o mercado de papelaria. Outra novidade é a Série Papelarias na Web. Alguns levantamentos em cadastros e a nossa vivência diária com papelarias de todo o país mostram que a internet ainda não é devidamente explorada pelo varejo do setor. A repórter Luciana D’Aulizio fala sobre a criação de site para a papelaria. Mídias sociais, comércio eletrônico, posicionamento em sites de busca e as melhores práticas serão os temas das próximas edições. Uma ótima leitura e bons negócios. &
Rosangela Feitosa - EDITORA rosangela@hamaeditora.com.br
ANO XVIII JANEIRO/2011 Nº 161 ISSN 15162354 DIREÇÃO GERAL Jorge Vieira Gonzaga e Rosangela Feitosa de Souza direcao@revistadapapelaria.com.br JORNALISMO Edição: Rosangela Feitosa Reportagem: Luciana D’Aulizio e Renata Medeiros Estagiária: Carolina Berger Revisão: Rita de Cassia Carelli Ilustração: Uri Adriano jornalismo@revistadapapelaria.com.br ARTE Direção: Claudio Albuquerque Programação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra, Stanley Gonzaga e Tatiane Albuquerque ATENDIMENTO AO LEITOR Luanna Coutinho atendimento@revistadapapelaria.com.br ADMINISTRAÇÃO Caroline Barros adm@revistadapapelaria.com.br CONSELHO EDITORIAL • Regina Célia Zogheib Bertonha, Libanesa Center (Brasilândia/MS) • Ildomar da Costa Vieira, PaperBlue (João Pessoa/PB) • Beatriz Inês Lisboa, IB Papelaria e Presentes (Capanema/PA) • André Costa, Duplapel Papelaria (Rio de Janeiro/RJ) • Heidi Stock, Papier Haus (Guarapuava/PR) conselhoeditorial@revistadapapelaria.com.br PUBLICIDADE Direção comercial: Jorge Vieira publicidade@revistadapapelaria.com.br ATENDIMENTO COMERCIAL EM SÃO PAULO Ericson Ortelan – (11) 2978-8841 e (11) 9145-4181 Ivo Trevisan – (11) 2099-4356 e (11) 8215-8322 SEDE Av. das Américas, 5001 – coberturas 309 e 310 Rio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004 Tel./fax: (21) 2431-2112 DISTRIBUIÇÃO MENSAL E NACIONAL Para diretores e compradores de papelarias, atacadistas, distribuidores, representações e indústrias do setor e departamento de compras de corporações. PUBLICAÇÃO MENSAL
ASSOCIADA A
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Entrevista Leonardo Rocha - Inmetro
Entrando
na linha
Publicada no último mês, mais precisamente no dia 7 de dezembro de 2010, a Portaria nº 481, do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), promete mexer com o ramo de papelaria. É ela que define a regulamentação compulsória do material escolar, e os papeleiros têm até 2014 para se adequarem e passarem a oferecer em suas lojas somente produtos com o chamado Selo de Identificação da Conformidade. Se três anos parece muito tempo, Leonardo Rocha, gerente substituto da Divisão de Programa de Avaliação da Conformidade do Inmetro, afirma que já é o momento do lojista passar a ficar atento à essa questão se não pretende ter problemas futuros.
Como e quando surgiu a necessidade de regulamentar o material escolar? Leonardo Rocha: O Inmetro faz periodicamente consultas à sociedade para saber em que áreas ela entende ser importante a intervenção do instituto. Além disso, em função do risco associado ao público-alvo que utiliza esse tipo de produto, entendemos que era pertinente desenvolver uma regulamentação levando em conta a questão da toxidez das merendeiras, da tinta da caneta, da canetinha, entre outros itens. Qual é a importância dessa medida? Leonardo Rocha: O consumidor é extremamente beneficiado porque passa a ter à sua disposição somente produtos que cumprem requisitos de segurança. Ganha o consumidor, mas ganha também o setor produtivo. A importância dessa atividade é que ela protege a justa concorrência, o cidadão, o usuário. Na verdade, considero que ganha a sociedade como um todo. Como foi estabelecida essa regulamentação? Leonardo Rocha: As normas a serem seguidas são estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que as elabora por meio de
suas comissões de estudo. Uma norma técnica traz requisitos que o produto deve seguir, mas ela tem caráter voluntário, ou seja, somente segue quem quer. Quando o objeto dessa norma tem um potencial significativo, o órgão regulamentador torna seu cumprimento compulsório, como foi o caso do material escolar. A partir da Portaria Inmetro 481, os fabricantes deverão obedecer obrigatoriamente à Norma 15236 da ABNT (que especifica requisitos a serem atendidos por produtos destinados a crianças menores de 14 anos), criada há mais tempo. Enquanto a norma traz requisitos técnicos, a regulamentação traz ainda uma série de outras exigências. Como o produto devidamente regulamentado será identificado pelo papeleiro e pelo consumidor? Leonardo Rocha: O material passará a ostentar um selo que chamamos de Selo de Identificação da Conformidade. Ele será composto pela marca do Inmetro e pela marca de um Organismo de Certificação. Ao Inmetro cabe estabelecer a regulamentação, torná-la pública, mas a certificação propriamente dita é função de tais organismos, avaliados e acreditados pelo instituto. E qual é o prazo para que indústria e comércio se adequem a essa nova realidade? Leonardo Rocha: Não se estabelece uma obrigatoriedade desse porte de um dia para o outro. Dessa maneira, a partir de 7 de junho de 2012, os fabricantes não poderão produzir materiais que desobedeçam à regulamen-
POR RENATA MEDEIROS
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Como essa regulamentação afeta a vida do papeleiro? Leonardo Rocha: O proprietário da papelaria deve ficar atento porque, a partir de 7 de abril de 2014, ele estará passível de fiscalização por parte do Inmetro. Isso significa que um profissional do instituto poderá entrar no estabelecimento e verificar se o lojista oferece aos seus clientes produtos com o selo de conformidade. Isso vai fazer com que o material escolar comercializado dentro das papelarias tenha uma melhor qualidade, e isso é benéfico para o proprietário do estabelecimento, já que a mercadoria por ele vendida não oferecerá risco e possuirá melhor qualidade.
E qual é a penalidade para a papelaria que não respeitar essa Portaria do Inmetro? Leonardo Rocha: O lojista que for pego descumprindo essa regulamentação poderá sofrer com a interdição e apreensão de mercadoria, além do pagamento de multa, que vai variar de acordo com a quantidade de material que está sendo vendido e com a reincidência do caso. É importante que o papeleiro tenha em mente essas datas, pois a partir de um determinado momento terá que exigir de seus fornecedores material escolar certificado. Se o lojista adquirir produtos não regulamentados em cima do prazo e correr o risco de disponibilizá-los em sua loja, ele tem que estar ciente de que pode perder a mercadoria e ser penalizado com multa, que pode ir de R$ 100,00 a R$ 1,5 milhão. O que acontecerá com os fabricantes que não adotarem a regulamentação? Leonardo Rocha: Eles também estarão passíveis de fiscalização e podem até sair do mercado caso não a cumpram. Nesse caso, também há interdição e apreensão de mercadoria, assim como a aplicação de multa. É válido lembrar que toda regulamentação vale tanto para produtos fabricados no Brasil quanto para materiais vindos do exterior. O prazo estabelecido para os importados é o mesmo dos nacionais. Como o Inmetro vai garantir que a medida seja cumprida? Leonardo Rocha: A partir do prazo estabelecido, o Inmetro vai poder fazer expedições em fábricas e em lojas. O instituto atua em todos os Estados da Federação
O lojista que for pego descumprindo essa regulamentação poderá sofrer com a interdição e apreensão de mercadoria, além do pagamento de multa. por meio de institutos estaduais de pesos e medidas. Quando sair para fiscalizar os produtos passíveis de regulamentação, o profissional responsável por essa tarefa terá também o material escolar em sua lista. A partir de abril de 2014, a qualquer momento, um fiscal pode entrar na papelaria e, após se identificar, dar início ao seu trabalho.
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tação. De 7 de junho de 2013 em diante, eles não poderão mais comercializar produtos que ainda não tenham sido certificados. Já o comércio em geral, varejistas e atacadistas, tem até 7 de abril de 2014 para se adequarem. Esses prazos são necessários porque, muitas vezes, é preciso fazer adaptações no processo produtivo, rever o projeto daquele material, passando a fabricá-lo de outra forma. O comércio também precisa de tempo para escoar aquilo que já foi comprado. O varejista e o atacadista não podem ser penalizados por terem adquirido e formado estoque sem que haja tempo para vendê-lo. Todos esses prazos são necessários para que os atores envolvidos consigam se adaptar sem grandes traumas e sem grandes problemas. Considero que tais períodos são suficientes para a adequação. Trabalhamos em média com 12 ou 24 meses e, nesse caso, foram estipulados 18, ou seja, dentro da medida daquilo que praticamos.
Quais produtos deverão ser certificados? Leonardo Rocha: São vários. Entre eles, destacamos merendeiras, estojos, pastas, mochilas, todos os tipos de caneta, lápis, lapiseira, giz de cera, pincel, borracha, cola, régua, corretor,
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Entrevista Leonardo Rocha - Inmetro adesivo, tinta e tesoura. Não passarão por essa certificação livros, revistas, gibis, giz para quadro negro, além de outros produtos que já estão enquadrados em outras regulamentações. A certificação de brinquedos, por exemplo, é muito antiga. A gente vem agora com a certificação de artigos escolares, e brevemente será publicada a regulamentação para artigos de festa. Pretendemos deixar claro o que é cada coisa nesse universo de produtos destinados para crianças. Algumas empresas já seguem a Norma 15236 da ABNT. Esse fato agiliza o processo de regulamentação? Leonardo Rocha: Para essas empresas, o processo será muito tranquilo, porque elas já vinham seguindo a norma voluntariamente. A parcela que não tinha esse compromisso vai enfrentar mais obstáculos. Na verdade, todos os fabricantes já deveriam ter aderido à norma, mas como isso não aconteceu, foi preciso a ação do Estado. A experiência com outros produtos mostra que os preços podem aumentar devido à regulamentação, mas essa situação tende a se normalizar com o tempo. No caso dessas empresas que já atendem às normas voluntariamente, não haverá motivo para a elevação de preço, diferente do que pode acontecer com aquelas que terão que se adequar. O produto muito mais barato geralmente possui essa característica porque não atende a tais requisitos. Mas se o consumidor compra só pelo preço, coloca em risco a saúde e a segurança do usuário. &
Veja o documento completo Requisitos de Avaliação da Conformidade para Artigos Escolares, publicado pelo Inmetro no dia 07/12/2010, no site www.revistadapapelaria.com.br
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Circulando NA ESTANTE
As canetas no Brasil
Reprodução da Edição 214 da Revista Distribuição
A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD) e a Nielsen se uniram para realizar um importante levantamento sobre o mercado varejista brasileiro que abrange desde mercearias até supermercados, baseado no faturamento das marcas entre julho de 2009 e junho de 2010. O resultado foi divulgado na edição de novembro da Revista Distribuição e revela importantes informações para o mercado de papelaria nas sete regiões analisadas: área I (Estados do Ceará à Bahia, excluindo Maranhão e Piauí), área II (Minas Gerais, Espírito Santo e interior do Rio de Janeiro), área III (que engloba Rio de Janeiro e Grande Rio), área IV (a capital de São Paulo e cidade da Grande SP), área
V (interior e litoral do Estado de São Paulo), área VI (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) e área VII (Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás). Foram organizadas 95 categorias, alocadas dentro de 11 “cestas”. Na cesta Bazar, destacamos a categoria Instrumento para Escrita, cujo primeiro lugar ficou com a marca BIC, vencedora em todas as regiões. Em seguida, aparecem as marcas Faber-Castell, Compactor, Labra e Pilot. Essas cinco primeiras fabricantes representam 79,5% do mercado na categoria. Também apareceram no resultado a Pentel, que ficou em 4º lugar na área IV, a Cis, 5º lugar nas áreas V e VII, e a Neopen, que ficou em 5º lugar na área II. “Essa pesquisa tem
três públicos: o atacadista distribuidor, que poderá avaliar se trabalha com as marcas mais vendidas; os fabricantes, que vão verificar o posicionamento de sua marca nessas regiões; e os varejistas, que conheceram melhor as preferências de seus consumidores”, explicou Guilherme Simon, analista de mercado da Nielsen, à revista Distribuição. Na mesma publicação, Reynaldo Saad, sócio-líder no atendimento às empresas do setor varejista da empresa de auditoria e consultoria Deloitte, analisou o setor. “O varejo de vizinhança precisa verificar se vale a pena vender produtos de bazar e, em caso positivo, quais itens, pois ele atenderá, em princípio, a uma demanda pequena.” &
O livro aponta a “epidemia de subgerenciamento” como o maior problema das empresas atuais. Por isso, Não tenha medo de ser chefe propõe uma nova visão sobre a função de gerente, orientando os profissionais nesse cargo a se tornarem os líderes que suas equipes precisam. O autor, Bruce Tulgan, identifica as principais dificuldades enfrentadas pelos gerentes, relata casos reais e apresenta soluções para lidar com os problemas do dia a dia. Além disso, o livro se propõe a destruir os mitos que cercam a função de chefe, como os conceitos de que ser justo é tratar todo mundo da mesma maneira e de que deixar cada um fazer o que quiser é ser legal. Bruce Tulgan / Editora Sextante/Gmt – 192 páginas
Da Itália sem escalas lusividaA VSP Papéis ampliou sua linha de produtos, trazendo com exclusividagoni. de, para São Paulo, papéis da tradicional fabricante italiana Fedrigoni. us Os papéis da marca são referência no mercado europeu pelos seus diferenciais sofisticados, como texturas e cores diferenciadas. Essass características atendem a muitos profissionais do mercado gráfico e de design. Todos os itens possuem PH neutro, o que evita o amarela-mento e proporciona maior durabilidade aos trabalhos. A novidadee já está disponível para comercialização nas lojas da companhia. &
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Um conto sem fadas Uma moça de cabelos longos que passou a vida toda presa em uma torre. Apesar da história peculiar, a personagem é uma antiga conhecida do público que aguarda o retorno de Rapunzel. Agora, com 21 metros de cabelo! Antes mesmo da estreia, a princesa e seus novos companheiros já estampavam muitos produtos licenciados, de diversas marcas. Em Enrolados, da Disney, Rapunzel já não é uma donzela tão meiga e frágil. A jovem se torna companheira do bandido Flynn Rider, quando ele invade sua torre para se esconder durante uma fuga. A partir daí, os dois se unem em uma história de aventura, romance e humor. Este é o 50º filme de animação da Walt Disney e já foi indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor animação e melhor música original, pela canção “I See the Light”, de Alan Menken e Glenn Slater. E conta com várias curiosidades em sua produção, entre elas, o fato de que dez mulheres da ENROLADOS NA PAPELARIA Dermiwil – estojo, lancheira, mochila, mo- produção deixaram o cabelo creschilete e nécessaire cer durante a realização do filme. Molin – apontador, borracha, canetas, caneta No final, cada uma cortou mais de hidrográfica, lápis preto, lápis de cor, lapiseira 25 centímetros de cabelo e doou a e maleta de pintura uma organização que confecciona Norma – agendas e cadernos perucas com cabelo humano para Piffer – artigos para decoração em EVA pessoas que perderam cabelo devido Regina Festas – artigos descartáveis a doenças. &
COM A PALAVRA O CONSUMIDOR
Paixão por papel
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Todo mundo gosta de receber uma lembrancinha personalizada e feita com carinho. A cada data comemorativa, os familiares, amigos e alunos de Celi da Silva Alves são surpreendidos por algo criativo. Com as coisas que compra nas papelarias da cidade, ela confecciona as próprias mensagens de Natal, cartazes para a igreja que frequenta e até os convites de casamento da filha. “Sempre gostei de procurar grampeadores com formas diferentes e novas cores de canetinhas, marcadores e lápis de cor“, conta a catequista. E quem acha que essa criatividade pode não ter espaço no mundo da informática está enganado. Celi revela que ficou mais próxima do material de papelaria depois que passou a utilizar o computador. “Consigo unir as duas coisas, imprimindo o texto em diferentes tipos de papel”, explica. Aliás, esse produto é sua atual paixão. “Descobri a Diplomata, uma loja em São Cristóvão que vende só papel. Estou encantada!”, comemora a carioca que vai à papelaria toda semana. &
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Circulando
REPRESENTANTE DO MÊS
Atento ao mercado e ao cliente Ações na internet Além de investir na equipe e em estratégias tradicionais de vendas e promoções, o Bazar Cruzeiro (Flórida Paulista/SP) está ampliando suas ações de marketing para os contatos online. Todo dia, são divulgadas duas mensagens no Orkut e por e-mail com informações sobre a papelaria. O proprietário Mauro Koga Jr. revela que desenvolveu as ações por meio de cursos, revistas e textos na internet. “Uma iniciativa não surge do nada. Para ter ideias, devemos procurar por elas”, afirma o empresário. Em cada volta às aulas, Mauro seleciona um produto fundamental nas listas de material para ser vendido a preço imbatível. Este ano, utilizará também suas novas estratégias. “Na volta às aulas, podemos atingir diretamente o público ligado à internet”, constata. Por isso, conforme as novidades forem chegando à loja, ele divulgará as imagens via marketing viral. &
Novidade em consultoria Ao identificar algumas dificuldades das indústrias que servem ao mercado de material escolar, os empresários Ricardo Frederico, Anselmo Lima e Cristiano Clemente se uniram para abrir a Exitus Consult (exitusconsult.com.br). “Nosso principal serviço é orientar os clientes sobre a sazonalidade deste segmento, que é muito peculiar”, afirma Frederico. Quando há necessidade, a equipe ainda participa por alguns dias da
gestão do cliente, oferecendo um contato ainda mais próximo. O conhecimento compartilhado no trabalho da nova consultoria foi adquirido em grandes empresas do ramo. O Ricardo e o Anselmo se conheceram trabalhando na Tilibra e, posteriormente, os três trabalharam na Polibrás. Cristiano já tinha passado também pela Jandaia. Assim, os empresários já atuavam no ramo e conhecem bem as demandas da indústria. Entre seus maiores clientes atuais estão a Credeal, a Polionda e a Labra. &
Anselmo Lima, Ricardo Frederico e Cristiano Clemente estão à frente da nova consultoria.
Enquanto muitos profissionais do mercado de papelaria se desesperavam com a crise econômica que afetou o mundo cerca de dois anos atrás, Matheus Cunha Oliveira entrava no setor com disposição para conquistar clientes na região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais. Ele trabalhava vendendo automóveis e motos, antes de seu pai o indicar para a empresa Atacado Ideal, fornecedora de produtos de papelaria, brinquedos e material de escritório. Matheus aceitou o desafio e agiu com persistência. “Para superar o momento difícil, eu tentava motivar o comprador. Dizia que as coisas logo melhorariam e levava pensamentos positivos”, lembra o representante, que precisou ir mais de cinco vezes a algumas lojas para conseguir a primeira venda. “Insisti porque sabia que em algum momento iriam comprar”, afirma. A tática funcionou. Hoje, o vendedor considera os clientes como seus amigos e diz que o trabalho é uma parceria. Ele revela ainda que uma das primeiras coisas que procura saber sobre o comprador é o time de futebol. “Assim, começo a puxar assunto e me aproximar. Além disso, quando entro na loja, observo o que está faltando nas prateleiras para já oferecer o que o lojista está precisando.” Sua boa relação com os varejistas é resultado de um tratamento atencioso. “Venda é como namoro. Tem que por lenha no fogo”, compara ao dizer que está sempre atento às necessidades do cliente. “Acompanho todo o processo, desde a negociação até o recebimento da mercadoria, e entro em contato para dar assistência no pós-venda”, conta o representante, que também dá dicas de mercado e moda. “A Ideal realiza duas convenções por ano, na qual são apresentadas pesquisas de mercado. Com essas informações e atenção na mídia, consigo me atualizar e indicar ao cliente o que ele deve comprar em maior ou menor quantidade.” Ele também evita “empurrar” produto novo. “Falo para comprar menos itens e observar a receptividade. Prefiro vender pouco e vender toda semana”, afirma Matheus. &
Lugar de comprar e de aprender Quem está em Sorocaba, São Paulo, e gosta de scrapbook não pode deixar de conhecer a Cerrado Papelaria. Além de vender material para essa arte tão carismática, a loja investe em aulas para que os consumidores possam personalizar seus álbuns. Nas aulas de página, Vanessa Guazzelli, professora e diretora comercial da papelaria, ensina a criar duas páginas de scrapbook, enquanto nas de agenda e fichário, os alunos podem personalizar as capas. É possível conhecer mais sobre o trabalho de Vanessa em seu blog www. vanessaguazzelli.blogspot.com. A programação de janeiro já está pronta: agendas (11), páginas (14), fichário (19) e páginas (21). &
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Perfil do Varejo D’ Longui Papelaria (Tarauacá /AC)
Direto da revenda
Orgulho de
vender bem
A professora se tornou empresária vendendo cosméticos, mas confessa: “sempre quis vender material de papelaria porque é o tipo de produto que ninguém vive sem”.
A proprietária Celiames (de branco) entre seu braço direito, Elissandra, e seus filhos Marceli e Vinícius. À esquerda, os funcionários Beto, Adenilson e Cléber
“No interior, as pessoas são muito atraídas pelo que veem na televisão.” Foi com essa percepção que Celiames Longui fez a D’Longui se diferenciar em relação às outras papelarias da cidade, com a venda de produtos licenciados. A loja de Tarauacá, no Acre, é a papelaria mais completa da cidade, segundo a proprietária. Mas até chegar aí, foi um longo caminho... Em 1988, a empresária começou a revender cosméticos em casa. O negócio deu certo, e ela abriu uma franquia da marca L’Acqua di Fiori. No ano 2000, ela e o marido, Manuel Longui, compraram um terreno e construíram o próprio prédio. A expansão física possibilitou a venda de artigos
de papelaria, que há muito atraía o casal. Atualmente, o primeiro andar é dividido entre a loja de perfumes e a de material escolar, que tem maior destaque. O segundo andar é ocupado apenas com produtos de decoração. Quando a D’Longui foi aberta, as lojas da cidade vendiam apenas o básico, e Celiames se destacou. “Para comprar cadernos com personagens, as pessoas tinham que percorrer 440 km até a capital Rio Branco. Hoje, encontram tudo aqui.”, comemora a empresária. Para alcançar essa conquista, foi preciso esforço. No início, Celiames entrava em contato com os fornecedores e solicitava o catálogo, que chegava pelos Correios, então, ela selecionava o que tinha interesse e enviava o pedido por fax. Entre o primeiro contato e o recebimento, passavam-se, pelo menos, dois meses. A internet facilitou esse processo, mas o acesso à cidade ainda é restrito. Sem asfalto, a estrada de chão só pode ser utilizada entre junho e outubro, meses em que a chuva ainda não atrapalha. De novembro a maio, as transportadoras levam o material para Porto Velho, em Rondônia.
Nome: D’ Longui Papelaria. Localização: Tarauacá, no Acre, a 440 km da capital Rio Branco. E-mail: dlongui2004@yahoo.com.br Data da fundação: dezembro de 2000. Funcionários: 15. Região que abrange: toda a cidade de Tarauacá e a cidade vizinha Feijó. Filiais: não tem. Área: 800 m². Serviços oferecidos: “Nenhum. Tentei trabalhar com cópia, mas não temos assistência técnica para os equipamentos na cidade.” Perfil do cliente: escolas estaduais e municipais, além do mercado corporativo. A vitrine precisa ter: “Vi no Espírito Santo que a moda é colocar cortina na vitrine. Apliquei a ideia no segundo andar. No primeiro, é possível visualizar o interior da loja pelo vidro. Então, monto quatro pontos estratégicos para expor itens das datas comemorativas.” Produto mais vendido: EVA. Melhores fornecedores: Pilot, FaberCastell e São Domingos. Produto que gostaria de trabalhar: “Não tenho. Sempre que quero vender algo novo, logo corro atrás para conseguir.” Gostaria de mais atenção: Para os altos custos com impostos. COMO CHEGAR Rua Cel. Juvêncio de Menezes, 198 Tarauacá – AC CEP: 69970-000 Telefone: (68) 34621633
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De lá para Manaus e, então, a mercadoria vai para Tarauacá de balsa pelo Rio Amazonas. Esse percurso pode demorar um mês e meio, “se a balsa não quebrar”, enfatiza Celiames. “Este ano, um fornecedor atrasou o envio do pedido. Para atender aos clientes, serão R$ 3,00 por quilo de material para ser transportado de avião de Rio Branco até aqui”, lamenta a lojista, que pretende negociar a divisão deste gasto com o fornecedor. &
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Especial Calendário promocional
Um 2011 inteiro
para celebrar
O Natal e o Réveillon ficaram para trás, mas o período de festas não chegou ao fim. Um ano novinho em folha acaba de começar, trazendo com ele várias datas importantes que merecem ser lembradas e celebradas também pelas papelarias. Garantir que essas festividades não passem em branco é uma alternativa para chamar a atenção do público e garantir que a loja está pronta para fazer parte da vida do cliente de janeiro a dezembro. POR RENATA MEDEIROS Ruas lotadas, filas nos caixas, pessoas desfilando com sacolas cheias. Durante os dias que antecedem as grandes festas, esse é o cenário da maioria das cidades, sejam elas grandes ou pequenas. Estar preparado para as datas comemorativas é essencial, já que,
Além do Natal e do Dia das Mães, a Papelaria Jambo também celebra datas como o Dia da Secretária e o aniversário da cidade. A iniciativa é bem vista pela clientela.
além de representarem uma fatia considerável do faturamento da loja, elas são as responsáveis por compensar as épocas de baixo consumo. “A sazonalidade do varejo varia de acordo com esses períodos. Não aproveitá-los é o mesmo que comprometer a
rentabilidade do ano.”, afirma o presidente do Conselho do Provar (Programa de Administração de Varejo, da Fundação Instituto de Administração), Cláudio Felisoni. Ele lembra ainda que, durante tais épocas, o público está propenso a comprar e, dessa maneira, é aconselhável aproveitar a oportunidade. Mesma opinião possui a especialista em marketing e estratégia e sócia-diretora da divisão de consultoria da empresa GS&MD – Gouvêa de Souza, Cristiane Osso. “Em tais ocasiões, o lojista não precisa convencer o cliente a comprar. Eles já estão estimulados a isso.”, diz. Apostar na decoração e na ambientação da loja é uma das opções para entrar no clima. Papai Noel pendurado nas prateleiras, confete e serpentina jogados no chão ou corações vermelhos de pelúcia espalhados por todo o local, a ordem é atrair o público.
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Preparação Antecedência é a palavrachave para o lojista que pretende apostar nas datas comemorativas. Segundo especialistas, o ideal é que já no início do ano seja traçado um plano de estratégias definindo em quais datas haverá investimento e como isso deverá ser feito. Entre três e dois meses antes da data, é aconselhável estabelecer um planejamento de compra, definindo a mercadoria mais viável para ser oferecida ao cliente naquele determinado evento. “Nesse caso, o trabalho junto ao fornecedor é fundamental. É importante tê-lo como uma espécie de parceiro.”, orienta Matizonkas. Como no resto do ano, a preocupação com o estoque não poderia ser deixada de lado, e, segundo Cristiane, o segredo para abastecer as lojas em momentos sazonais é ficar atento em como foi a saída daquele determinado produto em anos anteriores naquele mesmo período. “Para a aquisição da mercadoria, o lojista deve se basear em seu histórico de vendas.”, diz. De acordo com Felisoni, outra dica para não comprometer o estoque é fazer com que “nem todos os ovos fiquem em uma única cesta”. “Se o papeleiro pretende vender
papel de presente no final do ano, 50% deles devem vir estampados com bolas de Natal e os outros 50% devem ser lisos, podendo ser aproveitados em outros períodos. Se ele aposta somente no primeiro produto, poderá ficar com a mercadoria encalhada.”, orienta. De acordo com a vitrinista Iza Bárbara, a loja deve estar decorada para receber os clientes pelo menos um mês e meio antes da data comemorativa. Ela afirma que é preciso imaginação no momento de arrumar a vitrine, mas pondera dizendo ser preciso também cautela durante sua ornamentação. “A vitrine é o cartão de visita da loja. É ela que provoca a primeira emoção no consumidor. O lojista, porém, deve ficar atento em relação aos excessos. Ele deve evitar uma vitrine carregada, que misture mercadorias. Durante uma data comemorativa, o varejista deve procurar destacar na vitrine o produto que tenha mais a ver com aquele momento.”, esclarece. Segundo a profissional, para se montar uma vitrine organizada e que case bem com a ocasião, não é necessário um alto investimento. Para as papelarias, ela sugere inclusive que sejam utilizados os próprios artigos ali comercializados. “O papeleiro tem toda a matéria-prima para apostar em uma bela decoração, como cola, tintas e papéis. Ele só precisa saber como utilizar isso. Uma folha A4 pode se transformar em um belo origami.”, comenta. Para o período de festas, as promoções são outra maneira de cativar quem vai às compras. “O momento é propício para deixar os preços de alguns produtos mais atrativos. Ou-
CLÁUDIO FELISONI PROVAR
tra ideia para deixar o cliente satisfeito é investir na distribuição de brinde na compra de uma certa mercadoria”, opina Cristiane. Para incrementar ainda mais os negócios durante períodos que antecedem as datas comemorativas, vale ainda apostar em “promoções relâmpagos”, como sugere Matizonkas. “Nesse caso, o cliente volta para casa satisfeito e fala sobre a novidade para amigos e familiares, levando mais gente para a loja, mesmo que a promoção relâmpago tenha chegado ao fim.”, comenta. Além de visibilidade, o lojista que decide se preparar para as datas comemorativas pode, na maioria das vezes, esperar por retorno financeiro, como afirma Matizonkas. “Apostar nessas festas não significa gasto extra, mas investimento.”, alerta. “Certa vez decorei a vitrine de um salão de beleza para o período da Páscoa usando um ovo de chocolate, de dois metros de altura, embrulhado em papel alumínio. Ele chamou a atenção das pessoas e acabou aumentando o movimento.”, ilustra Iza.
Dinamismo
www.revistadapapelaria.com.br
Mais que deixar a loja bonita, os enfeites interagem com o cliente, fazendo com que ele se sinta ainda mais imerso na magia da data. “Quando arrumo a loja para um momento especial, mostro que não estou isolado. Mostro que estou presente na vida da comunidade.”, diz o professor de marketing e consultor em varejo Pedro Matizonkas, do Núcleo de Estudos de Varejo da ESPM-SP.
É natural que um determinado comércio explore também datas condizentes com o seu negócio.
O Natal e o Dia das Mães, como afirmam os especialistas, são as datas comemorativas que mais agitam e aquecem o comércio. Para aproveitar a primeira, a dica para o papeleiro é dar destaque a agendas e mochilas, já que elas podem ser bons presentes na época em que a volta às aulas bate à porta. Já no Dia das Mães,
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Especial Calendário promocional
Se o consumidor passa todo dia em frente àquele estabelecimento e nunca há novidade, ele não visita o local. CRISTIANE OSSO GS&MD
o investimento em cartões e embalagens fica como alternativa para a loja que pretende lembrar a data. Apesar de ovos de chocolate não serem vendidos em papelarias, a Páscoa também não precisa passar em branco, sendo possível apostar em cartões e pequenos mimos, como coelhos de pelúcia e adesivos. Investir nessas grandes festas é importante, mas se engana quem imagina serem elas as únicas oportunidades para movimentar a loja. Se a secretária e o estudante são dois importantes consumidores de produtos de papelaria, por que não celebrar também o dia deles? “É natural que um determinado comércio explore também datas condizentes com o seu negócio, que nem sempre são lembradas pela maioria.”, avalia Felisoni. De acordo com Matizonkas, o lojista pode e deve explorar dat as como, por exemplo, o dia da padroeira da cidade, sendo essa uma
Quando arrumo a loja para um momento especial, mostro que estou presente na vida da comunidade. PEDRO MATIZONKAS ESPM
maneira de conquistar o consumidor. “O gostoso do varejo é que ele é dinâmico, sendo impossível ficar parado. São essas pequenas ações que fazem toda a diferença.”, avalia. “Esse investimento vai aguçar a curiosidade do cliente, fazendo com que ele entre na loja. Se o consumidor passa todo dia em frente àquele estabelecimento e nunca há novidade, ele não visita o local. O varejo tem que se reinventar e pode aproveitar essas datas para isso.”, completa Cristiane. Os especialistas ponderam, porém, dizendo que antes de escolher as festas contempladas pela loja, o papeleiro precisa estar atento ao seu público, percebendo em que datas os clientes daquela determinada região são mais sensíveis.
Investimento Com três lojas em Santos e uma em São Vicente, no Estado de São Paulo, a Papelaria Jambo sempre se preocupou em celebrar datas tradicionais como Dia das Mães, Páscoa, Dia dos Namorados e Natal, mas sem deixar de lado festividades não tão tradicionais. “Percebemos que outras datas importantes acabavam sendo esquecidas. Dessa maneira, passamos a fazer uma publicidade maior em cima delas para que as pessoas pudessem retribuir o carinho do médico, do professor, do amigo, entre outros.”, explica uma das proprietárias da Papelaria Jambo, Maria Luiza Lima Dadá. As datas comemorativas são tão importantes para a empresa, que em seu website é possível inclusive pesquisar a origem de algumas delas.
Para incentivar o consumidor, a papelaria conta com o auxílio de uma agência de publicidade e com outro forte aliado: o Jambinho, mascote que, estampado em cartazes espalhados pelas lojas, chama a atenção do público para festas e celebrações. A Papelaria Jambo investe também na decoração do ambiente, em promoções e na capacitação de seus funcionários. “Ao se deparar com cartazes, em pontos estratégicos da loja, lembrando, por exemplo, o Dia da Secretária, e vendo sugestões de presentes próximos a eles, o cliente, que antes não se lembrava daquela data, acaba entrando no clima e comprando algo para aquela pessoa especial.”, comenta. A Papelaria Jambo também festeja o aniversário da cidade que as acolhe, além de prestar homenagem aos bairros onde está localizada, e, segundo Maria Luiza, ações como essas são importantes para estar próximo e agradar o público. “Lembrar o cliente de algo tem um grande poder de cativá-lo.”, garante. Ela afirma ainda que a reação dos consumidores em relação à iniciativa é bastante positiva, e como o ramo de papelaria é marcado pela sazonalidade no primeiro trimestre do ano, o investimento nessas outras datas acabam impulsionando o faturamento nos meses restantes. “Sem dúvida esse é um bom investimento, pois temos a oportunidade de vender produtos diferenciados o ano todo, além de ser uma satisfação ver o rosto feliz do cliente ao sair da loja carregando um pacote bonito para agradar quem ele gosta”, afirma Maria Luiza. &
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Programe-se, promova e fature em 2011 Selecionamos algumas datas que podem ser usadas como ótimos argumentos para reacender o interesse do consumidor pelo seu ponto de venda. Analise quais se adequam ao perfil de sua loja e mãos à obra. De janeiro a março, o comércio, especializado ou não, volta-se para o movimento da volta às aulas. O início da preparação para este momento começa basicamente em agosto do ano anterior com a visitação da feira Office Paper Brasil Escolar, no Anhembi, em São Paulo. Lá, os varejistas conferem em primeira mão as novidades da temporada escolar do ano seguinte. Dia do Leitor (7 de janeiro) e Dia Nacional do Livro Didático (27 de fevereiro) – é viável o investimento nessa data, porém a papelaria tem que atuar fortemente na área de livros. Carnaval (8 de março) – para que a papelaria invista nessa data é importante ter conhecimento sobre como o evento acontece em sua cidade e em municípios vizinhos, atuando junto aos clubes, às escolas de samba, aos blocos carnavalescos ou à prefeitura, que normalmente tem verba disponível para esse evento.
Recorte e palstifique esta página para sua consulta durante todo o ano.
Dia Internacional da Mulher (8 de março) – essa data não tem efeito direto nas vendas, mas o papeleiro pode utilizá-la para fidelizar o cliente, utilizando o mailling da papelaria para emitir uma mensagem cumprimentando as mulheres. Outra alternativa é fazer uma faixa parabenizando-as, colocando-a em lugar de destaque, dentro da loja ou em colégios parceiros. Dia do Bibliotecário (12 de março) – o investimento nessa data vai depender da cidade onde a papelaria se encontra e de quantas bibliotecas ela possui. Dia Nacional da Poesia (14 de março) – é uma data que qualquer loja pode fazer uma divulgação junto a escolas e clubes. A papelaria pode até mesmo desenvolver na cidade um concurso de poesia oferecendo pequenos prêmios. Páscoa (24 de abril) – algumas lojas desenvolvem concursos de pintura do coelhinho, distribuem receitas de ovos de Páscoa e vendem papéis e derivados para pessoas que nesta época do ano fabricam ovos de chocolate para aumentar a renda. Dia das Mães (8 de maio) – essa é uma data que a maioria dos lojistas faz um forte trabalho de divulgação e investimento na venda de presentes e cartões, pois ela é bastante representativa para o comércio em geral. Dia da Ecologia e Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) – a papelaria deve procurar uma maneira de fazer uma ação nessa data levando em consideração que a cada dia o assunto meio ambiente fica mais forte e relevante. Dia da Língua Portuguesa (10 de junho) – é viável investir caso a papelaria atue fortemente na área de livraria. Pode inspirar gincanas. Dia dos Namorados (12 de junho) – é uma data bastante significativa, que pode ser aproveitada para a venda de presentes e cartões. Dependendo da loja, essa data pode significar um bom percentual da venda do mês. São João (24 de junho) – a loja precisa se preparar com bastante antecedência, além de entrar em contato com colégios e clubes que promovem essa festa para não fazer investimentos sem a devida garantia de venda. Se forem fechadas boas parcerias, essa festa pode lhe trazer bons resultados.
Dia Internacional da Amizade (20 de julho) – assim como o Dia das Mulheres, a data não tem efeito direto nas vendas, mas vale mais uma vez utilizar o mailling para emitir mensagens cumprimentando os clientes, assim como fazer uma faixa lembrando esse dia. Dia do Estudante (11 de agosto) – normalmente essa não é uma data celebrada pelos lojistas, mas seria interessante promover uma ação junto às escolas premiando os melhores alunos com material escolar. Vale ainda divulgar essa premiação em algum jornal da cidade, valorizando assim os alunos premiados. Dia dos Pais (14 de agosto) – na maioria das vezes já é realizada alguma ação para o Dia dos Pais. A data não é muito forte, mas com um investimento bem feito ela pode trazer resultados. Dia da Secretária (30 de setembro) – se a loja faz bastante trabalho com empresas, vale enviar à profissional uma caneta de lembrança. Isso ficará gravado, e toda vez que ela precisar de algo, a loja será beneficiada. Dia das Crianças (12 de outubro) – para as lojas que já trabalham com brinquedo, é uma data muito importante e expressiva que vale a pena investir. Dia do Professor (15 de outubro) – para as papelarias é interessante lembrar a data com faixas ou por meio do envio de cartões de felicitações aos professores que fazem parte do mailling da loja. A iniciativa pode dar um bom retorno, pois são esses profissionais que, na maioria das vezes, indicam as papelarias para os alunos. Além disso, eles também a utilizam para comprar o material escolar dos filhos. Dia Nacional do Livro (29 de outubro) – é viável investir caso a papelaria atue fortemente na área de livraria. Dia Nacional da Alfabetização (14 de novembro) – esse é um trabalho muito direcionado, e o retorno vai depender do investimento do papeleiro. Natal (25 de dezembro) – muitas lojas trabalham com essa data investindo em enfeites, brinquedos e presentes em geral. Essa é uma festa bastante significativa e que pode render bons frutos. Fonte: Antonio Sereno - diretor comercial da Rede Nacional de Papelarias Brasil Escolar
Dicas para usar as datas a favor da sua loja Q Q Q Q Q Q Q Q
Boa exposição dos produtos é fundamental para estimular as vendas. Mostre ao seu cliente o que você tem a oferecer. No caso dos eventos menos conhecidos, coloque cartazes avisando que sua loja oferece produtos para aquela data. Separe uma das vitrines para as datas comemorativas. Se sua loja tem apenas uma vitrine, separe parte dela. Tenha sempre novidades para oferecer aos clientes. Frequente feiras para conhecer fornecedores e criar boas oportunidades de negócios. Use e abuse da criatividade na hora de montar a vitrine e decorar a loja. Faça um cronograma de compras e vendas, bem como de promoções e publicidade. Faça uma pesquisa de tendências, principalmente de produtos com valor agregado mais alto. Compre de forma equilibrada. Fonte: 6º Guia Brasileiro da Papelaria
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Mercado
O segredo é oferecer o que os pais procuram Para mostrar tudo o que acontece na época que gera mais expectativa em lojistas e fabricantes do setor de papelaria, o Plantão Volta às Aulas apresenta como está o movimento de compra e venda pelo Brasil e o que cada papelaria está oferecendo para seu cliente este ano. POR CAROLINA BERGER Mesmo quem ainda não realizou muitas vendas de material escolar em 2011 não pode dizer que o movimento de volta às aulas não começou. Afinal, tão importante quanto receber o cliente para as compras é abrir as portas para as pesquisas de preço, pois são elas que ajudam os pais a determinar em que loja farão o maior volume de compras. Bruno Leonardo, sócio-proprietário da novata Papelaria Universitária (Coromandel/MG), conta que o movimento de volta às aulas chegou a se misturar com o de Natal. “No final de dezembro, algumas mães já procuraram material. Há mais pesquisa que compra, mas algumas aproveitaram o 13º salário”, constata. Na Dona Neguinha Papel e Presentes (Fortaleza/CE), a pesquisa veio acompanhada
da venda de materiais de uso individual, como mochilas e estojos. “Os outros produtos devem sair depois da matrícula, quando as escolas entregam as listas de material”, essa é a expectativa da sócia-proprietária da loja, Cynthia Lorena de Melo. Já em Jundiaí, São Paulo, a Papelaria Horizonte registrou movimentação de volta às aulas ainda em dezembro. “Tenho observado que, a cada ano, há uma antecipação nas compras, principalmente pelas famílias que pretendem viajar em janeiro. Além disso, quem compra antes enfrenta menos filas e encontra maior variedade de produtos”, analisa o proprietário Ivan Siqueira. Ele ainda afirma que é possível oferecer melhor atendimento quando a loja está mais tranquila. Na Kalunga, o consumo de volta às aulas começa com força. “O movimento está bem intenso nesses primeiros dias de janeiro e deve continuar assim até fevereiro”, conta Manuel Dornelles, assessor de imprensa da empresa. De Coromandel, em Minas, o empresário Bruno destaca outra vantagem para quem antecipa as compras. “Eu já tinha alguns produtos em estoque, como o lápis de cor, e pude manter o preço mais baixo. Quando eu precisar repor, é possível que o preço aumente”, analisa. Já José Ricardo Brito, pro-
Plantão VOLTA ÀS
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prietário da Papelaria Principal (Manaus/AM), percebe vantagens também para quem adia um pouco as compras. “Depois do auge das vendas, muitas papelarias e livrarias diminuem os preços de produtos como agendas e lancheiras para não sobrar em estoque”, revela. Brito também tem recebido pais fazendo pesquisa de preço e espera um aquecimento nas vendas para a partir da segunda quinzena de janeiro.
Facilitando as compras Ações para oferecer vantagens ao consumidor nesta época são muito importantes devido aos altos custos de todo o material. Dornelles contou que a Kalunga possibilita parcelamento em até dez vezes para compras acima de R$ 100,00. Um dos produtos com maior saída nesse período é o caderno. Por isso mesmo, o item tem direito a uma ação especial na rede: a cada quilo de caderno usado, o consumidor ganha R$ 1,00 de desconto na compra de um novo, e os cadernos antigos são encaminhados para reciclagem. A Papelaria Universitária foi inaugurada no segundo semestre de 2010. Para enfrentar a primeira volta às aulas, os proprietários têm investido em divulgação, além de oferecer vantagens para grandes compras. “De acordo com o volume, damos descontos e maior número de parcelas”, explica Bruno Leonardo. Com os consumidores exigin-
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do o parcelamento, José Ricardo Brito optou por dar destaque ao cliente corporativo. “Só vendo material escolar nessa época. O que atraía o consumo desses produtos eram os livros didáticos e paradidáticos, mas interrompi a venda deles porque as editoras oferecem um prazo curto para o pagamento, incompatível com o parcelamento que o cliente final espera”, explica o lojista, que também deixou de trabalhar com produtos licenciados, considerados os queridinhos das crianças. “Quando sobrava alguma coisa, não conseguia vender depois porque já não estava na moda”, lamenta. A equipe da Dona Neguinha encontrou uma alternativa para
a falta de espaço na loja. “Como não temos onde expor o grande volume de material exigido nessa época, estabelecemos parcerias com as escolas e entregamos cada pedido lá mesmo, o que também é vantajoso para os pais, que não precisam carregar tudo”, conta Cynthia, que lamentou a baixa venda de agendas em dezembro. “Costumava ser presente de amigo secreto, mas acho que a informática está fazendo as pessoas perderem o hábito de usar agenda de papel”, contou a papeleira de Fortaleza, cidade cujo comércio foi analisado pelo Procon local. A instituição divulgou uma pesquisa que apresenta a variação de preço no material escolar no centro da cidade, que pode
Como não temos onde expor o grande volume de material exigido nessa época, estabelecemos parcerias com as escolas e entregamos cada pedido lá mesmo. CYNTHIA LORENA DE MELO, DONA NEGUINHA PAPEL E PRESENTES
chegar a 285%. Cynthia confirmou essa grande diferença. “Além da variação entre os fornecedores e os descontos para papelarias que compram maior volume, acredito que isso pode acontecer devido à diferença de qualidade entre marcas diferentes. Os produtos chineses, por exemplo, chegam com condições inferiores e menor preço.” &
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Papelarias na Web Como construir seu site?
Tenho site,
Acima, alguns exemplos das várias papelarias que são promovidas pela internet através de sites. Mas ainda há muito para ser feito no setor
logo existo A cada dia, cresce o número de brasileiros que acessam a web para se divertir e fazer compras. De olho neles, vários nichos do varejo – inclusive o de papelaria – partem para a web. Para que sua loja não faça feio, reunimos dicas de especialistas para estrear na rede com uma página atrativa e sobretudo eficaz para os negócios. POR LUCIANA D’AULIZIO. COLABORARAM CAROLINA BERGER E RENATA MEDEIROS.
Para termos uma noção mais precisa do potencial da internet para as empresas, a Ebit – empresa especializada em pesquisas de mercado – estima que só o Dia das Mães do ano passado tenha movimentado R$ 625 milhões apenas pela internet, quantia 42% superior aos R$ 440 milhões registrados em 2009. O crescimento é bem mais expressivo que os 9,43% atribuídos no mesmo período ao varejo tradicional pela Confe-
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deração Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O cenário só comprova a necessidade de o varejista se capacitar para atender as necessidades desse consumidor cada vez mais exigente e high tech. No ramo de papelaria, as potencialidades são ainda maiores, até porque muitos lojistas parecem ainda não ter acordado para essa nova realidade. Pelo menos, é o que atesta a análise feita pela REVISTA DA PAPELARIA sobre o cadastro de 8.000 compradores que participaram da última edição da Office PaperBrasil Escolar. Entre eles, 80,97% declaram usar e-mail para os negócios, sendo que, deste universo, 72,1% fazem uso de e-mails com domínio de empresas fornecedoras de serviços de internet. Para termos uma ideia, 1.884 pessoas têm uma conta no Hotmail; 576, no Yahoo!; 520, no UOL; 517, no Terra; 451, no IG; 435, no Gmail; 284, no Bol; e 64, na Globo.com. Apenas 27,9% têm um endereço de e-mail que contém referência ao nome de sua empresa. Para Marco Antônio Gaspar, diretor da Câmara Setorial de Livrarias e Papelarias da CDLBH e proprietário da Brasiluza, os dados comprovam um certo amadorismo do setor. “Há muitas empresas pequenas, e, até há pouco tempo, muitos papeleiros nem tinham e-mail! Isso tem que mudar. Em países de primeiro mundo, as papelarias passaram a vender celular e artigos de informática logo que eles surgiram. Aqui, demorou mais para isso acontecer”, afirma o empresário, que também é defensor do domínio institucional. “Ele funciona como um cartão de visitas virtual e transmite confiabilidade ao cliente,
além de facilitar a busca pela loja na internet”, opina o empresário que desde 2000 divulga o seu e-mail assim: magaspar@ brasilusa.com.br. Na tentativa de ajudar os que ainda não estão completamente adaptados a esta nova realidade a melhorarem seu desempenho no mundo virtual, publicaremos a partir desta edição a série de reportagens “Papelarias na Web”. As práticas de e-commerce, participação e relacionamento no mundo virtual e, por fim, as badaladas mídias sociais são alguns dos temas já pautados para a série. A primeira reportagem vai elencar algumas dicas para que sua empresa conquiste um espaço na internet, ou seja, a criação de um website para sua loja. Não vamos nos aprofundar se este site vai realizar vendas ou não (este é o assunto da próxima edição). O que importa neste momento é que sua empresa esteja na internet, mesmo que seja apenas uma divulgação institucional. 1. O primeiro passo para ter uma página na internet é registrar um domínio. Diferente do e-mail (que nada mais é que um endereço para envio e recebimento de mensagens via internet e é caracterizado pela presença de uma @), o domínio é iniciado pela sigla “www”, uma abreviação de World Wide Web. Ele representa o endereço de um site na internet, onde idéias, serviços e produtos são divulgados em alcance mundial. O ideal é que o domínio seja o nome de sua papelaria se ela não tiver um nome grande ou de grafia difícil. No Brasil, a licença concedida tanto a pessoas físicas quanto jurídicas para obter um
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Papelarias na Web Como construir seu site? domínio é emitida pelo www.registro.br, mediante o pagamento de R$ 30,00 ao ano. 2. Faça você mesmo ou contrate alguém. No www.registro.br, você mesmo pode fazer previamente a busca para saber se o endereço que você deseja já foi registrado. Em caso positivo, apele para a criatividade para conseguir um nome que remeta diretamente ao seu negócio. Caso resolva delegar esta tarefa a terceiros, especialistas chamam a atenção para tomar cuidado contra práticas abusivas. “Alguns registram os domínios dos clientes em nome deles mesmos para tentar segurá-los. Outros fazem o registro corretamente, mas se recusam a transferir os dados se houver interesse em mudar de provedor”, alerta Rudinei Modezejewski, diretor da E-marcas. Para se assegurar de que os serviços prestados pela empresa são satisfatórios, além de procurar valores, peça referência a outros lojistas e faça uma investigação prévia pela internet. Acesse tanto sites de buscas como as páginas mais direcionadas a reclamações de clientes, como o Reclame Aqui, Portal do Consumidor, Denuncio e Nunca Mais. Elas ajudarão a ter uma boa base para não acabar “caindo no conto do vigário”. 3. “O maior erro de um site é ser produzido para agradar o dono da empresa. Um bom site deve estar focado nos gostos do público-alvo”, afirma categoricamente Paulo Gomes, porta-voz da Codeorama, empresa desenvolvedora de sites. Entre as falhas cometidas com maior frequência, ele destaca links para páginas
em construção. Para não errar na dose, não deixe de incluir informações básicas como: Quem somos? (apresentação da empresa), Onde estamos? (lista dos pontos de venda), Agenda de eventos (caso a loja promova cursos ou faça atividades para a divulgação de seus serviços), Produtos (separados por categorias, como uma vitrine), Fale conosco (divulgação de telefone e de cupom onde o usuário registra sua dúvida ou sugestão) e Serviços oferecidos (se for o caso). 4. Quer fisgar os internautas? Como a rede oferece informação em vasta quantidade e, muitas vezes, redundante, eles dedicam apenas de 5 a 10 segundos para decidir se vale a pena ler uma página. Logo, é importante causar uma boa impressão através de um layout claro. “É necessário apresentar um texto com boa leitura, títulos compreensíveis e fotos de qualidade”, recomenda Guilhermo Reis, especialista em arquitetura de informação e usabilidade. A designer Carolina Fulep lembra de outro ponto a ser levado em conta: a essência de cada empresa. “Para começar um projeto, é preciso saber se ela tem um guia com aplicações da marca e restrições. Quando isso não existe, a criação é livre, mas é imprescindível que esteja em sintonia com o seu perfil”, salienta. 5. Pesquise bastante antes de fechar com a empresa ou profissional que desenvolverá o site da sua empresa. Faça orçamentos em vários lugares, avalie a experiência dos profissionais que você tem em vista e corra atrás de referências. Visi-
te os sites feitos por eles e entre em contato com os contratantes para saber o que eles acharam do suporte. Calcular o custo médio de um site não é das tarefas mais fáceis, até porque dependerá da quantidade de recursos requisitados. Segundo a atual tabela da Associação Paulista das Agências Digitais, um modelo padrão fica em torno de R$ 20 mil. Este valor inclui todo o desenvolvimento, desde a aprovação do layout até a programação e testes, e só pode ser cobrado por profissionais qualificados. Por outro lado, existem também profissionais autônomos que podem oferecer um serviço básico, porém eficiente, a partir de R$ 2 mil.
Custos e benefícios Pesquisamos em quatro das maiores empresas que atuam no Brasil e fornecem serviços de e-mails e hospedagem de sites. As características dos serviços mudam um pouco entre cada uma delas, mas todas têm em comum custos mensais muito razoáveis para uma papelaria até mesmo de pequeno porte. IG Negócios – Oferece um construtor de sites com mais de 1.500 modelos, assim como, ferramentas de otimização de site e suporte técnico telefônico especializado. O Plano I, que sai a R$ 18,90 ao mês, dá direito a criação de 30 endereços de e-mails (caixas postais). Telefone: 0800-642 3090 Locaweb – Possui quatro diferentes planos, capazes de atender a diferentes tipos de público. O Profissional I sai por R$ 29,00 ao mês, com direito a 40 caixas postais. A empresa também oferece ferramentas para construir sites institucionais com vários modelos de layouts. Telefone: 0800-555-932. Terra – Os planos de hospedagem incluem registro de domínio, e-mail e divulgação no Portal e no Guia de Serviços Terra. Entre os pacotes, o Bronze é o segundo mais simples dos cinco oferecidos e custa R$ 46,90 por mês. Ele dá direito a 25 caixas postais de e-mail, entre outras coisas. Telefone: 0800-777 9797 UOL Host – O Plano Profissional I sai a R$ 226,80 por ano ou R$ 26,00 por mês. Nesse valor, estão incluídas, entre outras coisas, 50 contas de e-mail cada e 10 GB para web. Telefone: 4003 9011, para capitais e regiões metropolitanas, e 0800-881 9011 para as demais localidades.
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Esta pode ser uma boa opção para quem quer logo marcar presença no mundo virtual. 6. Faça a sua página ser encontrada. O caminho inicial para isso é cadastrá-la gratuitamente em sites de busca, como Bing, Yahoo! e Google. Outra iniciativa é acompanhar a receptividade de seu site por ferramentas como a oferecida gratuitamente pelo Google, o Google Analytics (www.google. com/intl/pt-BR/analytics/). Ele tem uma série de recursos que permite analisar como tem sido as visitas à sua página. A partir desses dados, há como estudar o comportamento do
Há muitas empresas pequenas, e, até há pouco tempo, muitos papeleiros nem tinham e-mail! Isso tem que mudar. MARCO ANTÔNIO GASPAR, CDLBH E PAPELARIA BRASILUZA
consumidor e, se for o caso, rever as estratégias usadas. 7. Atualize o site com frequência e atenda o consumidor com agilidade. A internet é cada vez mais cheia de novidades, e o consumidor cada vez mais exigente. Para atraí-lo, não há como passar meses com o mesmo conteúdo no site, é interessante usar e abusar da criatividade e ter
sempre alguma coisa nova para mostrar, alguma promoção ou registrar alguma iniciativa da loja. Para que as dúvidas dos consumidores sejam respondidas em até, no máximo, 24 h, é importante atribuir à alguém da loja essa responsabilidade.Lembre-se de que seu site deverá funcionar como um vendedor, e que ninguém gosta de ir até a loja e ficar esperando. &
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Consultoria Uniformes para funcionários
Padronização que faz a diferença Para dar agilidade ao atendimento e facilitar identificação da equipe, vários empresários adotam o uso de uniformes. A medida geralmente é bem recebida pelos funcionários que passam a gastar menos com vestuário e dão fim à célebre dúvida: “com que roupa eu vou?”. POR LUCIANA D’AULIZIO Jaleco, avental, tailleur, colete ou apenas uma simples camisa. Os modelos são variados, mas a função dos uniformes é a mesma: ajudar a identificar os membros de uma equipe. No varejo, este recurso não é só um luxo, mas também um artifício válido para transmitir credibilidade e organização ao consumidor e dar agilidade ao atendimento.
Na Luarte Papelaria, uniformes ajudaram a diferenciar funcionários e consumidores, agilizando o atendimento
Pensando nisso, há oito anos, Kelsimar Leal Duarte, proprietária da Luarte Papelaria (Picos/PI), adotou as peças e não se arrependeu. “Antes, notava que o cliente não sabia com quem deveria falar. Então, apresentei a ideia para os funcionários e mostrei quatro modelos para que eles escolhessem um”, afirma. Hoje, ao ingressar na firma, cada vendedor recebe
duas camisetas que podem ser usadas com calça jeans ou saia na altura dos joelhos. “Geralmente, eles compram duas por fora. E ainda há uma outra camisa branca fornecida pela Nagem, usada geralmente nos fins de semana. Na frente, ela tem o logo da papelaria e, nas costas, o do fabricante”, descreve. Os uniformes também se tornaram marca registrada da Casa Cruz (Rio de Janeiro/RJ). Centenária, a papelaria incorporou há cerca de 20 anos as roupas à sua rotina. “Começou com um jaleco azul. Depois veio a camisa cinza, a amarela e a atual, que é laranja. Agora, ela tem detalhes azuis nas mangas, na gola e na logomarca”, detalha o gerente de marketing Paulo Cesar do Bem. Segundo ele, o traje não foi logo adotado em todas as lojas. “Começou nas filiais do Centro, Madureira, Campo Grande e Niterói. Só depois foi levado para Copacabana, Nova Iguaçu e Tijuca. Em todas, foi muito bem aceito até porque evita que nossos funcionários tenham gastos com roupas. E somos nós mesmos que arcamos com os custos das peças. Preferimos não contar com a ajuda de um fornecedor para não nos tornarmos reféns de uma marca”, explica Bem. A cada seis meses, os vendedores da papelaria recebem
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ECONOMIA E ESTILO Há também casos em que a decisão de adotar roupas padronizadas para toda a equipe parte dos próprios funcionários. Foi o que ocorreu na Livraria Paulista (São Carlos/SP). Há 60 anos à frente do negócio, Horácio Duarte de Souza nunca escondeu a simpatia pela ideia. No entanto, a iniciativa de propor as peças partiu das vendedoras, entre elas, a gerente Vânia Cavallaro Sigoli. “Quase não tínhamos peças para sair fora do expediente. Como temos o costume de carregar vários produtos, elas logo ficavam sujas. Então, tinham que ser lavadas muitas vezes e não duravam muito. Ficou muito mais prático, até por termos escolhido um tecido fácil de secar e passar”, analisa Vânia. A decisão foi tão acertada que, anos depois de tomada, a versão original – camiseta e calça – foi substituída por outra bem mais elegante: calça social,
blazer com corte bem feminino e camisete em tom de areia. Para as novatas no time, uma camiseta básica e calça jeans. “Tomamos a decisão depois que Edilene (filha de Horácio) passou a acompanhar a papelaria mais de perto e a fazer um trabalho de conscientização junto às funcionárias. Ela sempre reforçava a necessidade de termos uma apresentação impecável”, justifica Vânia. De acordo com ela, a mudança gerou frutos de imediato. “Vários clientes nos elogiaram, dizendo que estávamos muito bonitas. Além disso, algumas lojas da região gostaram tanto da ideia que adotaram trajes parecidos com os nossos”, comenta. Para conseguir as roupas por um bom preço, Vânia sempre tem o costume de pedir cotação de, pelo menos, três empresas. “A que nos atende tem um corte muito bom. Ela conta com um estilista que desenha as peças, envia alguém para tirar nossas medidas, oferece duas provas e, depois, ainda nos dá uma assistência para fazer alguns ajustes”, detalha Vânia. A livraria adquire para cada funcionária um kit composto de uma calça, um blazer e duas camisetes, renovado a cada dois anos. “Mas
para que as roupas durem mais, várias de nós encomendamos por conta própria mais algumas peças”, completa.
JOGO DE CINTURA Apesar de a maior parte dos varejistas ter êxito com os uniformes, é importante ter em mente que nem tudo são flores, e a mudança pode sim vir acompanhada de alguma resistência por parte de alguns membros da equipe. Se o papeleiro se deparar com tal situação, é crucial saber dosar firmeza e jogo de cintura para administrar a fase de transição. A dica é dada por Lussana Soares de Souza, proprietária da Livraria & Editora (Porto Alegre/RS). De início, ela admite que ouviu uma ou outra reclamação relacionada às roupas, mas com o tempo, a poeira se assentou e o impasse foi solucionado. Hoje, para evitar qualquer tipo de problema, a varejista já deixa claro na seleção as regras da sua loja. “Explico como cada novato tem que tratar o cliente e falo sobre suas obrigações, entre elas, o uso do uniforme e de um crachá de identificação. Desta forma, o freguês tem como saber com quem está falando e fica mais à vontade para pedir
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duas camisas, feitas com tecido de fácil lavagem e que não desbota à toa. “Se acontece algum problema com uma delas, nós oferecemos outra para nossos colaboradores e não cobramos por isso”, afirma João Abel Pinto Nogueira, responsável pelos Recursos Humanos da Casa Cruz. Para ele, o uniforme também deve estar adequado às atividades desenvolvidas por seus usuários e ao perfil da empresa. “O nosso atende todas as nossas necessidades, e não pensamos em modificá-lo tão cedo. No entanto, se fosse uma loja de shopping, possivelmente ele teria que ser diferente, com um design melhor e uma cor mais suave”, opina.
Na centenária Casa Cruz, toda a equipe já usou vários modelos de peça. Distribuídos a cada seis meses, eles são custeados pela empresa
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Consultoria Uniformes para funcionários informações e depositar um elogio ou crítica em nossa caixa de sugestões”, afirma Lussana. No momento, ela fornece para cada membro da equipe duas camisas ou duas no estilo baby look e dois moletons, usados com calça jeans. Em geral, eles duram por um ano – só depende do capricho do funcionário. Ainda assim, vez ou outra, aparece um sem a roupa na loja. “O papeleiro sempre deve estar preparado para ouvir um ‘esqueci’ ou ‘não secou a tempo’. Às vezes, o problema é resolvido com a ajuda dos próprios colegas que emprestam uma blusa. De qualquer forma, sempre que acontece, chamo a pessoa e dou uma advertência”, relata a empresária, caprichosa também com outros detalhes do figurino. “Há algum tempo, não permitia o tênis por achar informal demais, mas depois mudei de ideia. Incentivo também as meninas a sempre usarem um batom e virem de sandália com um saltinho. Elas ficam mais elegantes, ajuda a melhorar a autoestima”, diz.
DECISÃO DEMOCRÁTICA Para Marisa Karam, diretora da Alliage Consultoria em Recursos Humanos, os uniformes são muito bemvindos e o primeiro passo para implementá-los da melhor forma possível é conscientizar os funcionários dos benefícios que eles poderão gerar para todos. “O lojista pode aproveitar esse momento para colher opiniões sobre os aspectos que os funcionários consideram importantes nas roupas que vestirão e, depois, desenvolver três modelos completos, deixá-los
Todo o time da Livraria Paulista posa com o uniforme de inverno. Peças escolhidas pelas vendedoras fizeram sucesso entre clientes e outras lojas do bairro
expostos por alguns dias para que todos tenham condições de analisá-los”, sugere. Em seguida, é promovida uma votação feita por sistema eletrônico, pela intranet da empresa ou por urnas. Neste caso, a apuração é feita manualmente, supervisionada por alguns empregados. “É uma forma de participação mais democrática e que evita grandes confusões”, salienta. Catia Gaelzer, consultora da Clássica Uniformes Finos – empresa que desenvolve trajes para diversas empresas do sul do país – também é a favor da votação. “O ideal é que o empresário consulte funcionários de todos os níveis hierárquicos para então definir o padrão do uniforme. Porém, recomenda-se realizar este processo por amostragem, para ter noção das necessidades dos variados setores e conhecer melhor a diversidade de ideias e conceitos que compõem a cultura da firma no quesito vestuário”, indica. Feito isto, cabe à diretoria optar pelo modelo, tecido e corte, levando sempre em conta a identidade da empresa e os elementos que ela deseja comunicar aos seus públicos.
QUEM PAGA? Outra dúvida comum entre os empresários é a quem cabe arcar com os custos dos trajes. Neste quesito, a resposta depende de uma série de fatores, entre eles, o porte da loja e a prédisposição da equipe em adotar as roupas padronizadas. “Nas empresas cujos funcionários apoiam e desejam a uniformização, arcar com apenas parte do custo é viável e bem aceito. Porém, quando eles são contra, é mais indicado custear todas as peças e realizar um trabalho de esclarecimento sobre seu uso, até para romper com ‘pré-conceitos’ que possam ter devido a experiências anteriores negativas, acarretadas por fatores como falta de conforto e qualidade”, ressalta Cátia Gaelzer. Assim, pouco a pouco, o varejista fará com que as más impressões fiquem para trás. Já para Marisa Karam, o papeleiro deve arcar com os gastos e fornecer dois conjuntos completos por semestre, contabilizando quatro por ano. “O vendedor só deverá arcar com a despesa se a peça sofrer algum dano fora do período previsto de reposição.
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Muito além da roupa
A ROUPA IDEAL E como escolher o melhor modelo, o tecido e a cor mais adequados? Segundo Silvana, para chegar a esta resposta, o papeleiro deve levar em conta o tipo de público que a loja atende e as suas condições de trabalho. “Há ar-condicionado no ponto de venda? O vendedor tem que se movimentar muito para pegar vários produtos? Todos estes aspectos devem ser lem-
Lussana Soares de Souza (à esquerda) se preocupa com a elegância da equipe da Livraria & Editora. As mulheres devem usar, pelo menos, batom e, de preferência, sapatos de salto baixo
brados para que o uniforme seja prático e proporcione conforto. Ele não pode atrapalhar a desenvoltura da pessoa”, enfatiza. O tipo de freguesia, bem como o local onde a loja se encontra, será crucial também para determinar a periodicidade de troca das peças. “Se é um negócio mais tradicional, não há problema em passar anos vestindo o mesmo perfil de roupa. Porém, se é uma papelaria que trabalha com artigos mais modernos, deve investir em peças mais diferenciadas ou trocá-las a cada ano”, opina ela, que ainda dá algumas instruções para montar um “kit de sobrevivência”
para os doze meses do ano. “Recomendo três blusas, um agasalho e duas calças. Acho que estas também devem ser confeccionadas para seguir uma certa identidade visual, do contrário, não compensa todo investimento”, defende. A rotatividade de pessoas é outro aspecto a ser levado em consideração para evitar desperdícios. O alerta é feito por Catia Gaelzer, que recomenda uma quantidade parecida de peças: dois conjuntos completos. “Assim eles podem ser alternados e não sofrerão excessivo desgaste pelas constantes lavagens”, explica. Por fim, o último passo para obter êxito é não economizar no tecido e optar por uma boa modelagem. O recado é dado por Lussana Soares de Souza, que considera um bom uniforme aquele que faz com que o funcionário tenha vontade de usá-lo. “Não adianta colocar uma menina magrinha para colocar uma camisa tamanho G, senão, ela ficará chateada de usá-la. A roupa também tem que ser bonita e ter um bom corte. Afinal, todo mundo gosta de estar bem-vestido”, conclui. &
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É de extrema importância que ele seja comunicado sobre essa regra”, destaca a especialista em Recursos Humanos. Uma estratégia usada por alguns varejistas para baratear o custo é estabelecer parcerias com fornecedores, a exemplo da que foi firmada entre a Luarte Papelaria e a Nagem. A consultora de imagem da Fino Trajes, Silvana Lages, acha válida a medida, mas lembra que alguns cuidados devem ser tomados para que o traje não fique muito poluído visualmente. “O logo da papelaria deve ficar sempre no lado esquerdo do peito, onde fica o coração. O do patrocinador deve ficar nas mangas. Assim, não corre o risco de ser coberta pelos cabelos”, justifica a opção.
De nada adianta investir na uniformização de toda a equipe, se volta e meia, os homens aparecem com barba e cabelos demasiadamente longos, e as mulheres com unhas lascadas, maquiagem exagerada e cabelos sem serem lavados para manter a escova do fim de semana. Isto sem falar no exagero – ou na falta – de perfume. O lembrete é dado por Silvana Lages, da Fino Trajes, que salienta a importância de cuidar da imagem pessoal no dia a dia da empresa. “O funcionário precisa estar de acordo com a cultura da empresa. As meninas, por exemplo, só devem usar esmalte de tonalidades sóbrias ou clarinhas e sombras branca, bege ou dourada. Nada de cores fortes, como azul ou verde, a menos que o público da loja tenha a ver com uma postura mais descontraída e original”, sinaliza. Para a consultora Marisa Karam, da Alliage, uma boa tática para prevenir e dar fim a essas saias justas é promover treinamentos que tratem de assuntos como técnicas de vendas; atendimento ao cliente; valores, objetivos e missão da empresa; e marketing pessoal. “Este último tema poderá englobar desde estratégias de comunicação até aspectos de higiene e saúde e cuidados estéticos”, propõe ela, que ainda recomenda deixar supervisores e gerentes preparados para lidar com condutas inadequadas. “Eles devem aprender a dar feedback e tornar essa ação sistemática”, acrescenta.
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Produto Caneta hidrocor
Apostando
no momento certo
Finas ou grossas, com 6, 12 ou 24 unidades, as canetas hidrocor passaram por várias modificações nos últimos anos para agradar não somente seu público alvo, as crianças, como os pais delas, responsáveis pela compra do produto e pela segurança dos pequenos. Material com mais porosidade, tinta lavável e tampa com furo antissufocante são somente alguns exemplos de como a hidrocor evoluiu ao longo do tempo. “Essas canetas possuíam vida útil de poucos meses secando logo, quebrando tanto o corpo quanto a ponta. Seu custo era bem maior que hoje em dia”, lembra Nádia Lúcia Norberto, do setor de marketing da Yes. Se as canetas hidrocor estão cada vez mais inovadoras, isso acontece porque o consumidor também está mais exigente, cobrando dos fornecedores, principalmente, durabilidade e resistência da ponta. “A questão do design também ganhou importância, e a segurança é um fator que deve ser levado em consideração pelos pais no momento da compra”, orienta a gerente de marketing da Faber-Castell, Marta Aymard. Item sazonal, o produto tem grande saída durante a volta às aulas, sendo que durante o resto do ano a procura pela caneta hidrocor acaba sendo menor, como explica a coordenadora de
Elas são coloridas, divertidas, fazem a alegria da garotada, e a volta às aulas é o momento ideal para garantir que as canetas hidrocor, um dos itens pedidos na maioria das listas de material escolar, tenha uma boa saída. POR RENATA MEDEIROS
marketing da Maped do Brasil, Fernanda Madalloni. “Esse é o período de pico de vendas. A saída do hidrocor diminui durante os outros meses, mas isso já é algo esperado pelo mercado”, garante. De acordo com a proprietária da ABC Papelaria (Picos/PI), Gilmara Bonfim Gonçalves, essa é uma realidade que ela enfrenta. Com o estabelecimento próximo a quatro escolas, ela percebe que, geralmente, o produto é comprado pelos pais somente uma vez ao ano, e o preço é o principal,
elemento que faz com que eles escolham entre uma e outra. “Percebo que há preferência em relação às canetinhas nacionais, mas o que pesa é realmente quanto o consumidor vai pagar por elas. Às vezes, acontece dos pais comprarem uma hidrocor de melhor qualidade na volta às aulas e outro bem mais barato já no final do período escolar só para a criança terminar o ano letivo”, conta. Por ser um produto perecível, a estocagem em grande
Na ABC Papelaria, a saída das canetinhas concentra-se na volta às aulas. O preço é o principal elemento avaliado pelos pais no momento da compra. Foto: Genilson Rodrigues
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Produto Caneta hidrocor
quantidade desse material não é aconselhável, e quem dá a dica é o papeleiro Renato Pereira Camargo, proprietário da Livrapel Livraria e Papelaria (Nova Mutum/MT). Certa vez, ao apostar alto no estoque da mercadoria, ele acabou ficando com o produto encalhado, sendo preciso doar as canetinhas, que já estavam quase perdendo a validade. “Agora adquiro as canetas hidrocor uma vez para a volta às aulas e outra no meio do ano”, orienta. O fato da procura pelas canetinhas se concentrar no período de volta às aulas faz com que esse seja o momento ideal para o investimento no produto, e saber como expor esse material na loja é algo essencial. “É aconselhável que o papeleiro deixe o produto visível ao cliente, já que muitas vezes ele é consumido por impulso e pelo desejo da criança. O contato também é importante, portanto, deixar a caneta hidrocor de uma forma que o consumidor possa tocá-la e até mesmo experimentála, ali na loja, é muito importante”, garante o gerente de produtos para a categoria de papelaria da BIC, Anderson Gallo. A variedade de cores das canetinhas também é algo que chama a atenção. Com o passar do tempo foram surgindo diferentes tonalidades, e hoje é possível encontrar no mercado estojos com até 48 cores. “A diversidade é importante para encantar as crianças, para tornar o produto mais atrativo aos olhos dos pequenos consumidores”, comenta a gerente de marketing da Maped do Brasil. “Utilizar cores é a forma mais simples de chamar a atenção do consumidor, nesse caso
as crianças”, completa o gerente de produtos para a categoria de papelaria da BIC.
Novidades e campeãs de venda
Tradição Apesar de alguns fabricantes e importadores afirmarem que os lançamentos citados podem ser considerados carros-chefes das empresas, outros dizem que o tradicional estojo de 12 cores ainda é o produto de maior saída, principalmente por ser ele o mais pedido nas listas de material escolar. Mesma opinião possuem os papeleiros. Na Papelaria e Informática Praia da Costa (Vila Velha/ES), o consumidor encontra uma variedade de produtos. São canetas hidrocor de ponta fina, grossa, estojos de 12 e 24 cores e, de acordo com a gerente da loja Gislaine Almeida Guimarães, o consumidor deixa nítida a sua preferência. “As canetinhas em 12 cores são as mais vendidas. Acredito que isso acontece pelo fato do preço deste estojo ser mais acessível”, opina. Apesar da procura maior pelo estojo com 12 cores, fornecedores afirmam que o papeleiro está preparado para atender um público diverso. “É importante possuir um mix de produtos que atenda diferentes tipos de consumidores, aqueles que vão usar poucas cores e querem preço mais baixo, até aqueles que não se importam com o quanto vão pagar, mas desejam um estojo com diversos tons”, avalia Nádia, da Yes. “O cliente quer variedade e temos que dar essa opção a ele. Não vale investir somente em um produto porque ele tem uma maior saída. É válido e aconselhável ter materiais variados”, conclui a papeleira Gislaine. &
Acrilex Na Acrilex, a preferida do público é a Big Caneta Hidrocor 12 cores. Sua ponta mais grossa e resistente permite que a criança escreva e também pinte com as canetinhas.
Yes A linha Bismark Fine, voltada para crianças com mais de 10 anos, é a mais vendida pela empresa. Em destaque, o estojo em tecido Bismark Fine com 25 canetinhas. A empresa aposta também na canetinha 2 em 1, que traz em uma de suas extremidades o hidrocor e na outra um carimbo divertido.
Maped do Brasil O carro-chefe da Maped do Brasil é o estojo Color Peps com 12 unidades. As canetinhas possuem formato triangular, proporcionando melhor aderência às mãos, e tampa de segurança com área ventilada.
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BIC A caneta hidrográfica BIC Color Mini é o destaque da empresa. As principais características do produto são a ponta, que permite o desenho de traços finos e grossos, e seus 10 centímetros de comprimento.
Summit A hidrocor de ponta fina é o carro-chefe da Summit, e entre elas, está a Tris Classic, indicada para crianças em idade préescolar ou séries iniciais. Já a novidade é a Color Top. Com tampa ventilada e tinta lavável, ela é embalada num estojo com zíper.
Faber-Castell A canetinha hidrocor regular 12 cores é a que tem mais saída, principalmente por ser uma das mais indicadas nas listas de materiais escolares. No entanto, merecem destaque a Metallic Ponta Pincel, em cores metálicas, que provocam efeitos brilhantes principalmente sobre papéis escuros, e a Canetinha Pinta Vidro, ideal para fazer desenhos coloridos em vidros e espelhos.
Fotos: Pietro Sutera
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Mercado Global Criatividade ganha cada vez mais espaços nas feiras promovidas pela Messe Frankfurt No final deste mês, a Alemanha será mais uma vez palco da Paperworld Frankfurt, e a novidade este ano é que a Paperworld Creative, plataforma de exposição de produtos para hobby e artistas, vai se transformar em uma feira independente, que será chamada de Creativeworld – The World of Art and Craft Supplies. “Com a autonomia da Creativeworld, pretendemos oferecer às indústrias ainda mais espaço para que ali elas possam expor seus produtos e chamar a atenção do público.”, explica o diretor da Paperworld e da Creativeworld, Michael Reichhold. A feira ganhou inclusive um site próprio - www.creativeworld. messefrankfurt.com – e será realizada simultaneamente à PaperWorld Frankfurt. No último ano, 220 expositores, sendo 141 deles de outros países, apresentaram seus produtos para milhares de visitantes na antiga Paperworld Creative. A expectativa é a de que, em 2011, a PaperWorld Frankfurt, que acontece entre os dias 29 de janeiro e 1 de fevereiro, reúna
cerca de 2.100 expositores e 45 mil visitantes. Ainda este mês, a Messe Frankfurt, organizadora da Paperworld Frankfurt, realizará outra feira, a Hong Kong Stationery Fair, na China, entre os dias 10 e 13 de janeiro. Em 2011, 237 expositores de 12 países, entre eles França, Alemanha, Indonésia, Estados Unidos, Malásia e Japão, estarão presentes no evento que, entre outros visitantes, vai receber 45 grupos de compradores de 48 diferentes países e regiões. Pelo segundo ano consecutivo, acontecerá durante a feira o Hong Kong Stationery Award, prêmio que tem como objetivo promover a criatividade. “Essa premiação oferece aos designers uma chance excepcional para que eles mostrem sua criatividade e originalidade para profissionais da indústria. A 11ª edição da Hong Kong Stationery Fair tem tudo para responder às expectativas da indústria.”, garante Evan Sha, diretor geral adjunto da Messe Frankfurt Shanghai. &
Na Paperworld Frankfurt 2011, os visitantes poderão participar da Creativeworld, antiga plataforma da feira que ganhou autonomia, abrindo ainda mais espaço para a criatividade.
CONEXÃO* FRANÇA A BIC ganhou um prêmio na França por sua transparência de informação – Grand Prix de la Transparence de l’ Information Réglementée. No país, foram examinados, documentos, informações financeiras e websites das empresas que compõem o
SBF 120 ( Índice da Bolsa de Paris), sendo a BIC uma delas. CHINA Fabricantes chineses de canetas esferográficas e em gel estão mostrando sua preocupação com o meio ambiente no momento de escolher
como anunciado no Wall Street Journal, no início deste mês. Mendenhall entrou na HP em 2007, depois de 17 anos na Disney, como vice-presidente executivo de marketing global da empresa. Ainda segundo o jornal, ESTADOS UNIDOS O chefe de marketing da HP, é esperado que mais funcionários Michael Mendenhall, deixou o cargo, deixem a HP. & o material para a fabricação do corpo do produto. O termoplástico, altamente reciclável, vem ganhando cada vez mais destaque no país.
* Com a colaboração das revistas associadas à Ispa (International Stationery Press Association).
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Vitrine
FAZENDO ARTE Misturando caneta esferográfica e pincel, a linha Sign Pen da Pentel chega ao Brasil nas cores violeta, verde, laranja, amarela, rosa e azul-céu. Sua ponta fibrosa de 2 mm permite que elas sejam utilizadas em atividades que variam de pequenas anotações até trabalhos artísticos. (11) 4072-1423 &
NA PASSARELA... Babelle é inspirada na modelo canadense Linda Evangelista e fará diferença nas prateleiras em 2011. A personagem está em cadernos e agendas da Jandaia, sendo mais um componente da onda fashion no mercado de papelaria. A linha une glamour ao conceito “Cherry Pop”, que inclui elementos como pedras preciosas, frutas cítricas e florais, atingindo jovens mulheres ligadas à moda. Complementando a proposta, as agendas são acompanhadas por um gloss labial da marca Vult. (11) 4442-8300 & FORMIGAS DE PELÚCIA Sucesso em capas de cadernos e livros infantis da Luz e Vida, parte da Turma do Smilinguido também está disponível em pelúcia. O mais novo membro desta versão é Forfo, que estará nas prateleiras ao lado de Smilinguido, Pildas, Piriá e Faniquita. O personagem mais fofo da coleção é sensível, alegre, ingênuo e está sempre pronto para ajudar. 0800-7014445 &
AGRADA COMO JEANS Voltada tanto para homens quanto para mulheres, o material desta agenda também remete a algo que agrada aos dois gêneros: jeans. A linha Tony, da Teca, possui capas feitas do mesmo material flexível e macio utilizado nas etiquetas de calças jeans. Essa confecção ainda proporciona leveza ao produto, que pode ser facilmente transportado. O estilo é completado pelas páginas internas, feitas de papel reciclado. Os modos diário e semanal estão disponíveis em diversos tamanhos e cores. (11) 3081-4311 & janeiro de 2011
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Alliage Consultoria em Recursos Humanos (11) 3286-3300 www.alliage.com.br
DMP.BR (21) 3982-2751 www.dmpbr.com.br
Atacado Ideal 0800 7708050
Dona Neguinha Papel e Presentes (85) 3291-2139
Bazar Cruzeiro (18) 3581-1257
E-marcas (11) 4063-9606 www.e-marcas.com.br
BIC 0800-0252959 www.bic.com.br
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Livraria Paulista (16) 3371-9439
Regina Festas www.reginafestas.com.br
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Abrin – página 33 Acrimet – página 44 AF – página 27 Atco Plástico – página 35 BIC – página 2 e 5
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VSP Papéis (11) 2714-2222 www.vsppapeis.com.br Yes www.yesbrasil.com.br
Visitex – página 11 VMP – página 21 Waleu – página 13 Zagarollo – página 35
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Ponto Final
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