ano XVIII – maio de 2011 – nº 165 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br
Papelaria REVISTA DA
Papelarias do Brasil Nova série de reportagens vai traçar um perfil do varejo de papelaria no Brasil. Nossa viagem começa, nesta edição, pela Região Norte MERCADO Abrin 2011 mostra oportunidades em brinquedos para papelarias
MEIO AMBIENTE Lei tira sacolas plásticas de circulação em Belo Horizonte
FINANÇAS Você tem o controle financeiro de sua empresa?
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Nesta Edição Entrevista Arnaldo Di Giuseppe, do Grupo EkoBio, conta como surgiu a ideia da primeira caneta biodegradável do Brasil.
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Consultoria
Realizado de maneira correta, o controle financeiro pode garantir o futuro da sua loja.
Papelarias do Brasil
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A primeira reportagem da série mostra as estratégias de mercado adotadas pelas papelarias da região Norte.
Mercado Investir em brinquedos pode ser uma boa alternativa, mas, antes de tomar essa decisão, é preciso ficar atento a alguns cuidados.
Meio Ambiente
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Papelarias em BH se adequam à nova lei da capital mineira, que proíbe o uso de sacolas plásticas convencionais no varejo.
EDITORIAL
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CIRCULANDO
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PERFIL DO VAREJO Papelaria Popy
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ARTIGO Antônio Nogueira – Simpa
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GIRO Cartões de expressão social
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MERCADO GLOBAL
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VITRINE
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ONDE ENCONTRAR
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PONTO FINAL
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Nesta Edição
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Editorial
Sirva-se de
informação
Levando em conta que escrevo este texto depois que toda a revista já está pronta, confesso que fiquei um pouco sem fôlego diante da diversidade de assuntos que conseguimos reunir nesta edição. A sensação surgiu após analisar o “conjunto da obra” e constatar que apresentamos desde oportunidades de negócios até a uma viagem de autoconhecimento do varejo especializado na região Norte, passando ainda por atitudes e produtos sustentáveis e por um aconselhamento financeiro. Na área de oportunidades, Renata Medeiros tratou do potencial de venda de brinquedos nas papelarias. A jornalista cobriu a 28ª Feira Brasileira de Brinquedos para responder ao seguinte questionamento: que tipo de brinquedo é apropriado para participar do mix de produtos de uma papelaria? De pedagógicos a eletrônicos, há um brinquedo adequado para cada tipo de papelaria. Acredite e confira na reportagem. A mesma repórter identificou também o potencial de venda de um produto que, diferente dos brinquedos, é tradicionalíssimo em papelaria, mas que diante de hábitos modernos teve sua unanimidade discutida. Escolhemos os cartões de expressão social para a seção Giro deste mês. Sobre este produto, reunimos depoimentos de profissionais de papelaria que trabalham intensamente com ele e outros que sentiram a queda da procura. Nada como a experiência dos outros para inspirar nossas decisões, não é? Então, aproveite as dicas aqui reunidas. O autoconhecimento mencionado fica por conta da nova série de reportagens que iniciamos nesta edição. Chamada Papelarias do Brasil, ela pretende traçar o perfil do varejo de papelaria no país do ponto de vista de cada região. Assim teremos, em cinco edições, um retrato dos problemas e das virtudes específicas das papelarias em cada região do país. Começamos esta nossa “viagem” pelo Norte do país guiados pela jornalista Carolina Berger, que identificou o desafio do transporte e os benefícios fiscais como grandes características do varejo na região. Pegue carona e descubra as soluções adotadas por empresários que podem ter que esperar até um mês para receber uma encomenda. No quesito atualidade, fomos presenteados com dois assuntos relevantes. Um está sendo publicado na seção Entrevista, trata-se de uma caneta esferográfica que tem o corpo feito de um material de origem vegetal que é biodegradável e pode ser assimilado pelo meio ambiente em até 180 dias no processo de compostagem de lixo. O outro assunto superatual que tratamos nesta edição, dentro da pauta de responsabilidade ecológica, veio de Belo Horizonte, estado em que entrou em vigor a lei que proíbe o comércio de distribuir sacolas plásticas aos clientes. A lei inclui o comércio de qualquer natureza, por isso fomos ouvir entidades e empresários de papelarias de BH para entender como eles estão se saindo diante de tal determinação. Uau! Mesmo com tanta informação, conseguimos tratar de controle financeiro e voltamos ao assunto volta às aulas 2011 com o artigo do presidente do Simpa, Antonio Nogueira. Ainda há as notícias de Circulando e as novidades em Vitrine. Bem, o espaço acabou. Só me resta desejar: boa leitura e ótimos negócios! &
Rosangela Feitosa - EDITORA rosangela@hamaeditora.com.br
ANO XVIII MAIO/2011 Nº 165 ISSN 15162354 DIREÇÃO GERAL Jorge Vieira Gonzaga e Rosangela Feitosa de Souza direcao@revistadapapelaria.com.br JORNALISMO Edição: Rosangela Feitosa Reportagem: Carolina Berger e Renata Medeiros Revisão: Rita de Cassia Carelli Ilustração: Uri Adriano Fotos da capa: Marcelo Moscardi e Stock.xchng jornalismo@revistadapapelaria.com.br ARTE Direção: Claudio Albuquerque Programação visual: Claudio Albuquerque, Marinês Seabra, Stanley Gonzaga e Tatiane Albuquerque ATENDIMENTO AO LEITOR Luanna Coutinho atendimento@revistadapapelaria.com.br ADMINISTRAÇÃO Caroline Barros adm@revistadapapelaria.com.br CONSELHO EDITORIAL • Regina Célia Zogheib Bertonha, Libanesa Center (Brasilândia/MS) • Ildomar da Costa Vieira, PaperBlue (João Pessoa/PB) • Beatriz Inês Lisboa, IB Papelaria e Presentes (Capanema/PA) • André Costa, Duplapel Papelaria (Rio de Janeiro/RJ) • Heidi Stock, Papier Haus (Guarapuava/PR) conselhoeditorial@revistadapapelaria.com.br PUBLICIDADE Direção comercial: Jorge Vieira publicidade@revistadapapelaria.com.br ATENDIMENTO COMERCIAL EM SÃO PAULO Ericson Ortelan – (11) 2978-8841 e (11) 9145-4181 Ivo Trevisan – (11) 2099-4356 e (11) 8215-8322 SEDE Av. das Américas, 5001 – coberturas 309 e 310 Rio de Janeiro – RJ – CEP 22631-004 Tel./fax: (21) 2431-2112 DISTRIBUIÇÃO MENSAL E NACIONAL Para diretores e compradores de papelarias, atacadistas, distribuidores, representações e indústrias do setor e departamento de compras de corporações. PUBLICAÇÃO MENSAL
ASSOCIADA A
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Entrevista Arnaldo Di Giuseppe – Grupo EkoBio
Caneta biodegradável chega ao mercado
Tanto tem-se falado em sustentabilidade como uma ferramenta de marketing que, muitas vezes, parece que o objetivo original – preservar o meio ambiente – ficou em segundo plano. Prova disso é a pesquisa realizada pela GS&MD – Gouvêa de Souza – e divulgada na edição 218 da revista Distribuição, que revelou que apenas 8% da população brasileira pagariam mais por produtos sustentáveis. Mesmo assim, a oferta de itens ecologicamente corretos não para de crescer. No Brasil, a EkoBio, a primeira caneta biodegradável fabricada no país, foi lançada ano passado e está chegando agora às papelarias. Arnaldo Di Giuseppe, diretor de desenvolvimento institucional do Grupo EkoBio, contou como surgiu a ideia e como o produto se destaca dentre e os outros produtos com apelo sustentável. POR CAROLINA BERGER Como é fabricada a caneta EkoBio? A matéria-prima é o Biopolímero PLA (Ácido Polilático), uma biorresina extraída a partir da fermentação do amido de milho. Importamos essa substância dos Estados Unidos, mas a produção da caneta é feita aqui. Nossa fábrica possui a tecnologia e os aditivos necessários para injetar a caneta. Também estamos desenvolvendo réguas com a mesma técnica para compor o mix de produtos de papelaria, para as quais começamos
a distribuir em abril deste ano. Por enquanto, disponibilizamos apenas nosso tradicional modelo com tampa, mas pretendemos expandir a linha, conforme a empresa for crescendo. Quais são as vantagens dos produtos feitos com Biopolímero? A diminuição do impacto no meio ambiente. A caneta EkoBio demora até 180 dias para se decompor em condições de compostagem – conjunto de técnicas para o controle da decomposição
de materiais através da ação de microrganismos. Ela se transforma em húmus e fertiliza o solo. Há canetas que demoram até 500 anos para se decompor. Muitas pessoas veem a expressão “ecologicamente correta” como uma coisa só, mas produtos feitos com material reciclado, pet ou que são oxibiodegradáveis, por exemplo, possuem princípios e consequências diferentes. Alguns ainda precisam passar pelo processo de reciclagem, o que os torna ainda mais caros para o governo. Como surgiu a ideia de produzir a primeira caneta de Biopolímero do Brasil? Trabalhei durante 16 anos na Lecce Pen, fabricante italiana de canetas para marketing promocional que atuava no Brasil. Ela perdeu espaço, muito devido à entrada das canetas chinesas, e acabou fechando as portas aqui. Precisei encontrar uma maneira de permanecer no mercado. Viajei muito procurando algo novo, e essa técnica me chamou a atenção. O custo de importação seria muito alto, o que aumentaria o valor de venda do produto e acabaria não dando retorno. Então, comecei a pesquisar tecnologia para produzi-la no Brasil, com menor valor agregado. Pensei também em um produto que tivesse grande procura pelo consumidor. Nada melhor que uma caneta, todo mundo precisa e usa! Outra questão é que a caneta é um dos produtos mais difíceis de fabricar com esta matériaprima, pois os chamados fios capilares que a compõem são muito
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Infelizmente, a maior parte das pessoas considera o preço acima de tudo e não pensa no meio ambiente. Essa é uma preocupação de poucos, mas que deveria ser de muitos.
pequenos, o que dificulta a produção. Assim, se já tenho técnica desenvolvida para o produto mais complexo, é mais seguro começar a produção de outros itens para compor a linha. Quando foi lançada a primeira EkoBio? Ficamos três anos fazendo testes e lançamos a caneta ano passado na Feira do Empreendedor Sebrae. Começamos vendendo para todo o país, voltados para o mercado de marketing promocional, no qual eu tinha know how. Já expandimos nossa atuação para o mercado corporativo, licitações públicas, e mês passado começamos a atender papelarias de São Paulo e demais metrópoles da região sudeste. O gerente comercial Rogério Ruiz tem 25 anos de experiência no setor papeleiro e sugeriu o desenvolvimento de um enxoval linkado que incluísse diversos produtos voltados para este segmento. Estamos com expectativa positiva para conseguirmos uma participação razoável no mercado, que é imenso, e logo distribuir para todo o Brasil. O que falta é atenção tanto dos empresários quanto dos consumidores para a questão ecológica. Fala-se muito, mas a ação é pouca. Infelizmente, a maior parte das pessoas consi-
Como deve agir o lojista que pretende incluir a EkoBio no mix de produtos de sua papelaria? O primeiro passo é entrar em contato com nosso departamento de vendas pelo site ou por telefone e realizar o cadastro para a primeira compra. Outra atitude importante é destacar na loja os diferenciais do produto e suas vantagens ecológicas. Para isso, desenvolvemos material promocional, como banners, que podem ser adquiridos mediante solicitação prévia. Também nos preocupamos com a preservação do produto depois que ele estiver na papelaria. Então, investimos muito na embalagem e fornecemos uma bula informativa, que contém orientações para melhor aproveitamento e descarte. A caneta pode ser repassada para o consumidor final por um preço em torno de R$ 1,00, dando de 30% a 40% de lucro para o papeleiro, ou seja, é um investimento viável e com preço competitivo. Qual é o posicionamento da empresa diante de marcas já consolidadas no mercado de canetas? Estamos investindo muito em ações de marketing e destacando nosso diferencial, que é a preocupação ecológica. Para reforçarmos nossa marca, es-
taremos na BrasilPlast – Feira Internacional da Indústria do Plástico - em maio, e, em agosto, na Office PaperBrasil Escolar. Além de divulgar, queremos enfatizar a prática. Para isso, temos o projeto de implantar papa-canetas, recipientes que serão colocados em diversos pontos para a população descartar canetas que serão encaminhadas para reciclagem. É importante ressaltar que essa coleta não é voltada apenas para as canetas EkoBio, mas para quaisquer canetas. O projeto começará apenas em São Paulo, mas deve ser expandido para todo o país. Em relação às outras fabricantes de canetas, gostaria de destacar que não somos uma empresa fechada para parcerias, estamos dispostos a nos aliar a companhias mais experientes no mercado. Acredito que nós, que lançamos o projeto, é que devemos ser procurados e não o contrário. Todos os produtos da marca são fabricados com Biopolímero? Não. Temos alguns modelos de canetas e chaveiros que são fabricados com matéria-prima tradicional, mas este não é o ideal. O plano é conseguir manter a empresa apenas com produtos ecologicamente corretos e de rápida decomposição, mas tenho que esperar a empresa crescer. Afinal, ninguém vive de conceito. Por enquanto, temos que vender esses outros produtos para sobreviver. &
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dera o preço acima de tudo e não pensa no meio ambiente. Essa é uma preocupação de poucos, mas que deveria ser de muitos.
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Circulando NA ESTANTE
Aniversário de 10 anos
Os três primeiros dias de abril foram de comemoração para a empresa Maxcolor, que completou dez anos. Os distribuidores da companhia na América Latina foram convidados a celebrar o aniversário com o fundador, Gustavo Epsztein. O evento aconteceu na fazenda Estância La Candelária, na Argentina, a 115 km de Buenos Ai-
Equipe da Maxcolor na frente do castelo da Estância La Candelária
res. O primeiro dia foi de apresentações, estratégias e balanço, além do jantar comemorativo. Os outros
dois foram de lazer, incluindo esportes ao ar livre, passeios de carruagem e de bicicleta. &
Na expectativa do Natal No final do ano, muitas papelarias voltam seu foco
para o Natal. Uma boa oportunidade para conhecer as
novidades de 2011 é visitar a Natal Show, que acontecerá de 18 a 21 de junho, no Expo Center Norte, em São Paulo. Além de ver produtos, é possível ter contato com ideias criativas para a decoração da loja (foto). As empresas participantes ainda oferecem aos varejistas noções de treinamento e atendimento ao cliente. &
“Coaching” é um tipo de consultoria em que o coach (treinador) apoia o cliente para alcançar uma meta desejada, por meio da superação de pontos fracos. Em Ser + com Coaching é possível aprender a colocar a técnica em prática e conhecer seus benefícios. Contando com 48 especialistas no assunto, o livro possibilita aprofundamento do tema unindo as diferentes abordagens dos wautores. DR. JÔ FURLAN E MAURICIO SITA / EDITORA SER MAIS – 400 PÁGINAS.
Cheque com mais segurança A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas aprovou as medidas adotadas pelo Conselho Monetário Nacional com o objetivo de prevenir o mau uso de cheques. A CNDL participou de diversas discussões em audiência pública sobre o tema e avaliou que várias reivindicações dos lojistas foram atendidas. Uma das mais significativas foi a proibição da sustação voluntária por suspeita de roubo ou furto sem apresentar boletim de ocorrência.
“Isso fortalece o cheque e reduz o risco contraordem (devolução por falta de fundos)”, diz o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior. Ele também destacou como positivas a norma que faz com que o cliente responda por falsa comunicação de crime, se fizer um falso boletim de ocorrência, e a decisão de obrigar os bancos a imprimirem nas folhas de cheque a data em que o talonário foi expedido pela instituição financeira. &
Papelaria tricampeã Mês passado, foi realizado o 21º Campeonato de Inverno de Guajará-Mirim (RO), patrocinado pelo governo do estado em comemoração do aniversário da cidade. Foram 40 equipes de fute-
bol disputando os prêmios em três categorias. A equipe da Papelaria Arco-Íris foi a campeã pelo terceiro ano consecutivo na categoria aberto (masculino adulto). Alexandre Albuquerque,
proprietário da loja, conta como começaram a participar há cerca de dez anos. “A iniciativa foi dos próprios funcionários, que já eram atletas e quiseram começar a competir. Eles chamaram
outros colegas, montaram o time e trouxeram a proposta. Gostei da ideia e aceitei patrocinar porque este é o campeonato mais disputado e mais bem organizado da cidade”, explica. &
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Circulando REPRESENTANTE COMERCIAL
Para vender e atender Para pais e filhos Um personagem da ficção que remete a uma personalidade bem-sucedida no mundo real parece ser a fórmula certa para atrair a admiração de pais e filhos. Senninha agrada tanto a crianças de quatro a nove anos, como aos adultos fãs de Ayrton Senna. O personagem foi idealizado pelo próprio piloto, em 1993, que buscava se aproximar do público infantil. A licença foi criada no ano seguinte, quando os ilustradores Ridaut Dias Jr. e Rogério Martins deram forma ao menino de oito anos. Como não podia deixar de ser, ele gosta de correr e sonha em ser piloto de Fórmula 1. As histórias do personagem e sua turma são contadas nos quadrinhos de uma revista trimestral vendida em bancas de jornal e pela internet. Os fãs também podem interagir por meio de jogos online e atividades que podem ser baixa-
SENNINHA NA PAPELARIA Kalunga – Cadernos, agendas, lápis, lápis de cor, colas e massinhas. MexBras – Squeezes. Republic Vix – Mochilas e lancheiras. Suzano Report – Papel e cartolina.
das no site www.senninha. com.br. A licença chegou ao mercado de papelaria em 1999 e, atualmente, estampa um total de 25 produtos. O Instituto Ayrton Senna destina os royalties da marca a programas educacionais, o que ocorre, desde sua fundação, em novembro 1994, quando recebeu os direitos da licença, doados pela família Senna. &
Na idade em que muitos jovens ainda não sabem com o que querem trabalhar, Evandro Márcio Fernandes dos Santos descobriu sua vocação por acaso. Ele tinha acabado de servir ao exército, em Bauru, São Paulo, e estava com 19 anos, quando foi visitar a irmã, que morava em Brasília. Sem planos para os anos seguintes, aceitou a proposta do cunhado para que começasse a trabalhar na mesma profissão que ele, como representante comercial da Tilibra. “Tudo aconteceu muito rápido. Eu tinha a vida toda pelwwa frente e não tive receio de arriscar. Cheguei a Brasília numa segunda-feira, e, na quarta, já estava decidido a morar lá. Um ano depois, sabia que tinha achado o que gosto de fazer: vender”, lembra. Hoje, com 20 anos de carreira, Evandro continua trabalhando para a mesma empresa em que começou e atende a todo o Distrito Federal, além de algumas cidades de Goiás, localizadas no entorno. Ele destaca a importância de se adaptar às alterações diariamente. “O mercado muda muito, e a gente precisa se reinventar todos os dias”, afirma o representante, cujo trabalho é realizado a partir de três pilares, citados por ele: “humildade, compromisso e honestidade”. Evandro conta que dificilmente tira pedido de compra na primeira vez que vai a uma papelaria - “Não pressiono o cliente a comprar. Na primeira visita, vou para conversar, apresentar os produtos e conhecer a loja. Costumo dizer que deixo o lojista ‘namorar’ o catálogo”. “O mais importante é que o cliente confie em você. Por isso, o que mais gosto é de ter a certeza que ele vai vender o que ofereço”, completa. &
Atuação internacional A Acrimet reforçou sua atuação na Colômbia e no Panamá por meio do apoio de grandes empresas nos pa-
íses. No Panamá, os produtos estão sendo vendidos na Panamá Ultracom e nas 25 lojas da Papelero Myorista
Tauro, na Colômbia. Marcando presença na América Latina, a equipe de futebol Master Boys, patrocinada
pela companhia, ainda participou de um jogo de confraternização contra o time da Tai Loy, no Peru. &
Rápidas Os produtos da Chies chegaram ao Peru com distribuição da Unisa, empresa que distribui diversas marcas de material de escritório no país e poderá oferecer uma linha mais completa a seus clientes. Caneta-tinteiro é coisa antiga, mas a fabricante holandesa Bruynzeel-Sakura lançou o produto voltado especificamente para as crianças. A My Grip é customizável, e o design foi elaborado pela empresa WAACS, inspirada pelas ideias de 81 crianças que desenharam como seria sua caneta ideal. A caneta é formada por peças curvilíneas que podem ser encaixadas como um verdadeiro brinquedo. &
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Novidades para Fenapel de ser realizada em outubro como no último ano, a Fenapel 2011 será em setembro, mais precisamente do dia 15 ao 17. “Decidimos fazer o evento em uma data mais próxima à Office Paper Brasil 2011, que será realizada em agosto. Essa foi uma sugestão dos próprios lojistas”, conta Chiatti. A Fenapel vai contar também com um seminário voltado para o varejo, uma parceria da L&C Eventos com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e a Agência de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário (Sebrae MG).
Mudança de local e de data são as principais novidades da L&C Eventos na organização da Fenapel 2011.
Em 2010, a Fenapel reuniu 3500 visitantes, e a expectativa este ano, de acordo com Chiatti, é levar entre sete e oito mil pessoas à feira. Para mais informações sobre a Fenapel acesse www.fenapel.com.br. Outro evento realizado
pela L&C no segundo semestre será a Fenabags, marcado para os dias 9 e 10 de agosto, também no Minascentro. “Esse será um showroom voltado para o setor mochileiro, em que os expositores poderão mostrar seus lançamentos”, adianta. &
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Para chamar a atenção do público e levar mais visitantes à Feira Nacional de Papelaria, Escritório, Informática e Livraria (Fenapel), em Belo Horizonte, sua empresa organizadora, a L&C Eventos, traçou algumas estratégias, como a mudança do local de realização da feira. “Levaremos a Fenapel para o Minascentro, no centro da cidade. Ali, há concentração de muitas papelarias, além de ser um lugar de fácil acesso”, destaca o diretor da L&C Eventos, Luiz André Chiatti. Diferentemente de 2010, serão três dias de feira, e não quatro. Além disso, em vez
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CONSUMO
Consumidor colecionador Alexandre Laguna é o exemplo prático de como as gerações mudam rápido. Aos 30 anos, o colecionador – palavra usada como seu codinome no Orkut – tem dificuldade para encontrar as borrachas com formatos diferenciados que faziam sua alegria na infância. Quando as borrachas inusitadas eram mais frequentes, suas preferidas tinham formas de animais, ferramentas e comida. “Mas, principalmente, as que tinham cheiro!”, destaca Alexandre. “Quando vou procurá-las em papelarias, escuto que não vendem mais porque as crianças de hoje não procuram. Elas são mais práticas, querem uma borracha que apague. Nos anos 80, as crianças eram mais fantasiosas”, compara o publicitário, que tem várias coleções e resolveu começar a ganhar dinheiro com isso. “Descobri que essas coisas ainda fazem sucesso e comecei a vender alguns itens de colecionador que eu não queria mais”, conta. É isto que o faz ir a uma papelaria atualmente: comprar envelopes e material de embrulho para enviar o que vende pelo correio. As borrachas que ainda fazem sua coleção crescer costumam vir por meio de trocas com pessoas que conheceu na internet. Sua mãe, que incentivava a paixão do filho quando menino, hoje pergunta: “Ainda está com esses negócios? Tem dado dinheiro, pelo menos?” Ele afirma que sim, mas complementa – “Não faço isso por dinheiro, é minha paixão.” Os modelos quadrados que ele encontra atualmente também fizeram parte de sua infância com a função de apagar. Já, as que tinham formas diferentes... “Até hoje estão na embalagem!”, revela. &
Papelarias recebem prêmios Foto Patricia Cecatti
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Circulando
Na foto, as promotoras da campanha entregam prêmios a Carlos Régio Gomes e Daniel Luongo Gomes (pai e filho), sócios da Papelaria MCR.
No dia 28 de abril, terminou a campanha Volta às Aulas 2011, realizada pela Suzano Papel e Celulose, com a premiação de
três papelarias da Grande São Paulo. O objetivo foi reforçar o relacionamento com o lojista durante este importante período
de vendas. Os donos das papelarias precisavam se cadastrar no hotsite da campanha, e quanto mais compravam, participavam de ações promocionais e promoviam a marca Report junto aos clientes, mais cupons eles recebiam para participar do sorteio, auditado pela AudiBras. Cada loja sorteada ganhou um caminhão de prêmios, incluindo eletroeletrônicos e eletrodomésticos. As papelarias contempladas foram:
LuPapel (São Caetano do Sul/SP), Papelaria MCR (São Paulo/SP) e Supritec (Santo André/SP). A equipe de promotores foi reforçada para avaliar o empenho e distribuir cupons, além de estimular e ajudar os participantes, como conta Ricardo Tamassia, da Supritec – “Os promotores nos auxiliaram com a decoração da loja explicando como poderíamos expor os produtos para atrair mais a atenção dos consumidores”. &
prefeito, mas adiantou que a lei é inconstitucional – “A prefeitura cumpre com a sua obrigação de fornecer material escolar para os alunos de 1ª a 4ª série. Com esta lei, querem transferir para o município a responsabili-
dade do Estado de atender os alunos da 5ª série até o 2º grau”. Ele também fala sobre a concorrência. “Existem tantas livrarias na cidade, não vejo a necessidade de se criar mais uma”, completou. &
Veto derrubado em Maringá No dia 5 de maio, os vereadores de Maringá (PR) derrubaram por nove votos a dois o veto do prefeito Silvio Barros (PP) ao projeto de lei do vereador Manoel Álvares Sobrinho (PCdoB). A proposta é conhecida como
Papelaria do Povo e prevê o fornecimento de material escolar, livros didáticos e jogos educativos à população de baixa renda. O procurador geral do município, Luiz Carlos Manzato, informou que irá conversar com o
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Associados ao Simpa-SP e o presidente do sindicato, Antônio Nogueira, no encontro com diretoria da BIC.
A relação com o varejo No final do mês passado, a diretoria e associados do Simpa (Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região) se reuniram com executivos da BIC Brasil, na sede da empresa, em Cajamar, interior de São Paulo. Cerca de 35 proprietários de papelaria participaram do encontro e discutiram o relacionamento da companhia com os varejistas. O 2º tesoureiro do Simpa, Cláudio Thies, apresentou uma
pesquisa demonstrando que alguns atacadistas vendiam a caixa de canetas BIC Cristal para o público corporativo com valor muito menor que o revendido ao comércio varejista. O presidente da BIC no Brasil, Horácio Balciero, afirmou que a reaproximação é um dos objetivos do grupo no país – “Já abrimos relacionamento comercial com mais de 1,5 mil novas papelarias. E avalio que o Simpa pode dinamizar esse processo”. &
Bravus mostra coleção 2012 devidamente”, completa Fernando Dias, diretor comercial da Bravus. A primeira cidade a receber o evento será o Rio de Janeiro, de 6 a 10 de junho. Depois, a empresa segue para São Paulo (13 a 17 de junho), Belo Horizonte (20 a 24 de junho) e Porto Alegre (27 de junho a 1° de julho). A Bravus também pretende ir até Vitória, Cuiabá, Manaus e Belém. Os interessados em participar devem entrar em contato pelo telefone (21) 2426-4069. Para saber mais sobre a companhia, acesse www.bravuspacks. com.br. &
Alguns itens da coleção 2012 da Bravus.
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Com o objetivo de apresentar sua coleção de mochilas 2012, a Bravus vai visitar algumas capitais do Brasil, promovendo um evento voltado aos responsáveis pelo setor de compras de lojas, redes e magazines. “Vamos mostrar a nova coleção com exclusividade, num ambiente propício para realização de negócios e com atendimento personalizado. As visitas serão agendadas, e, dessa maneira, cada empresa será recebida individualmente”, diz o diretor financeiro da companhia, Victor Boueri. “Serão apresentados cerca de 120 novos modelos. O comprador vai poder sentir o material, conhecendo-o
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Perfil do Varejo Direto da revenda
Papelaria Popy (Araripina/PE)
Um sonho, Desde menino, empresário nutria
uma realidade
o desejo de ter uma papelaria. Há 31 anos isso é uma realidade. Foi ainda muito jovem que Francisco de Assis Souza definiu seu destino: seria dono de uma papelaria. A ideia surgiu quando ele, aos 14 anos, saiu de sua terra natal, Araripina, em Pernambuco, para trabalhar na capital paulista. “Uma das minhas funções era ir à papelaria comprar material de escritório. Naquele ambiente, eu ficava impressionado com a diversidade dos produtos”, lembra. De volta a Araripina, Souza concretizou seu sonho. Aos 19 anos, ele deu início ao negócio por meio da extinta Fundação Nacional do Material Escolar (Fename). “O governo passava o material escolar ao lojista, que o oferecia ao consumidor final, ganhando comissão em cima da venda”, explica. Dois anos mais
tarde, ele abriu um estabelecimento independente da fundação, nascendo assim, no dia 19 de maio de 1980, a Papelaria Popy. A loja, que começou com 48m², possui hoje dois andares de 304m² cada. No primeiro é possível encontrar artigos de papelaria, informática, material de escritório, e no segundo utilidades para o lar. Para conquistar os clientes, Souza utiliza o mesmo artifício desde a inauguração do estabelecimento: fazer o cadastro de cada um deles para o envio de cartões de expressão social em época de festividades. Ele diz que também não abre mão de agradar as crianças, segundo ele, sua clientela mais fiel. “A garotada que conhece a papelaria sempre volta”, garante. O sucesso do negócio, de acordo com seu proprietário, também está relacionado à dedicação de outros membros da família. Souza conta com o apoio da esposa, da filha, que recentemente assumiu o departamento de compras
Nome: Papelaria Popy. Localização: Araripina, a 685 km da capital de Pernambuco. E-mail: papelariapopy@gmail.com Site: www. papelariapopy.com.br Fundação: 19 de maio 1980. Funcionários: nove. Região que atende: sertão do Araripe. Filiais: Não. Área: 608 m². Perfil do cliente: jovens entre 9 e 18 anos. A papelaria também atende 110 indústrias na região que trabalham com gipsita (matéria prima para a produção de gesso). A vitrine precisa ter: produtos novos. Produtos mais vendidos: cadernos, canetas, tinta para impressora e grampeadores. Melhores fornecedores: Credeal, Leonora e Masterprint. Produtos que gostaria de trabalhar: computadores. Aspectos do mercado que precisam ser discutidos: a carga tributária sobre o material escolar. COMO CHEGAR: Rua Hortêncio Pereira Lima, 114, Centro Araripina – PE CEP: 56280-000 Telefone: (87) 3873-1701
O sonho que surgiu na adolescência se concretizou, e, neste mês, o proprietário da Papelaria Popy comemora os 31 anos de sua loja.
Fotos Luizito Ferreira
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da loja, e do filho, responsável por cuidar do site da empresa e sua presença nas redes sociais. Também com o auxílio da famíla, o papeleiro criou em Araripina, há seis anos, uma instituição chamada Fabulinus, que cuida dos mananciais da cidade, realiza campanhas de preservação do meio ambiente junto às escolas e faz doação de material escolar. São também eles que mantêm na internet o portal da cidade (www. araripina.com.br). Para Souza, nada se compara ao trabalho realizado com prazer, mas, apesar do amor pela profissão, algo incomoda o papeleiro: o imposto sobre o material escolar. “A carga tributária incidente sobre esses artigos é muito alta. Espero que essa realidade mude”, finaliza. &
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Artigo
Verdades e lendas sobre a volta às aulas Muito se fala da época da volta às aulas. E, já há alguns anos, pouco se faz nessa que é uma das principais épocas para o segmento de varejo de papelaria. Explico, de uns anos para cá, mais precisamente desde 2006 – nós empresários e profissionais desse segmento, vimos o setor definhar a cada dia. Primeiro por conta de um famigerado projeto que – pasmem – tirou o comércio varejista de material de escritório, escolar e papelaria do processo de venda para o consumidor final, o Governo Estadual passou a comprar direto dos fabricantes, com total isenção de impostos, e a doar os produtos para os alunos da rede pública. Não somos contra os alunos receberem gratuitamente esses materiais. Mas quando o Governo passou a comprar esses produtos direto dos fabricantes – a experiência foi seguida por outras Prefeituras –, simplesmente tirou o cliente de dentro da papelaria. O reflexo dessa sandice foi imediato: o fechamento de mais de 30 mil postos de trabalhos diretos e indiretos, devido à queda vertiginosa em nossas vendas. Temos ainda que competir com atacadistas que vendem para o varejo; e – pasmem ainda mais – lojas de roupas, calçados, doces, en-
tre outras, passaram a vender produtos que compõem a cesta básica do material escolar, somente nessa época. E com preço que nos levam a duvidar da procedência desses produtos. E ninguém fiscaliza, autua ou simplesmente corrige essa distorção. É como se pudéssemos – nós do setor de papelaria – vender bacalhau na Semana Santa. Prova de um total descontrole ou desleixo das autoridades competentes. Por outro lado, institutos de pesquisas e órgãos do Estado apresentam levantamentos de preços que revelam ao mundo que nós, micros, pequenos, médios e grandes comerciantes do segmento de papelaria, somos os novos “tubarões” da economia brasileira. Não levam em consideração condições de compra – se o comerciante tem condições de realizar grandes compras, o que diminui preço –, tamanho de equipe de atendimento, despesas como aluguel do imóvel onde está instalado o negócio. Nada. Apenas preço pelo preço. E muito menos os altíssimos impostos que incidem sobre os produtos como é o caso da caneta, cuja carga tributária chega a 47,49%, ou borracha que é de 43,19%, ou de um simples tubo de 42,71%. Além, é claro, da temida Substituição Tributária – que traz consigo o tal de IVA – Índice de Valor Agregado – que em alguns casos chega há 70%. Para esses institutos e órgãos, lembramos que a lista completa do material escolar adquirida
no começo do ano não é – nem de longe – a vilã dos orçamentos familiares como se propala a quatro ventos. Ela não representa nem 10% dos valores investidos com a lista de livros didáticos e pagamentos de matrículas e rematrículas dos colégios particulares. E se formos computar as despesas normais de começo de ano então, ela cai para 5% do total, se incluirmos IPTU, IPVA, entre outros impostos cobrados pelos próprios governantes que tiram de nossas lojas o cliente sazonal. Lembrando, é claro, que muitos de nós também temos filhos em idade escolar. E olha que nem falamos dos curiosos, palpiteiros, aprendizes de feiticeiros que se arvoram como porta-voz do segmento, sem ao menos conhecerem nossa realidade, vivida anos a fio atrás de um balcão. Mas mesmo assim chegam a afirmar que nossos ganhos na volta às aulas foram de 10%. E pior, afirmam que esse índice é alcançado mesmo que o setor tenha vendido menos. Uma equação surreal, válida apenas para aqueles que não sabem o que é vender material escolar num ambiente nocivo como o narrado acima. Diante do exposto, deixamos o leitor deduzir por si, quais as verdades e quais as lendas de um segmento formado por pais e mães de família que gera, verdadeiramente, empregos e renda, paga seus tributos e, ainda, tem que sobreviver para ouvir as sandices que falam do nosso setor. &
ANTÔNIO MARTINS NOGUEIRA – PRESIDENTE DO SIMPA maio de 2011
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Consultoria Controle Financeiro
A alma de qualquer Contas a pagar e a receber, fluxo de caixa, faturamento anual.
negócio
Ter tudo isso registrado e em dia parece tarefa difícil, mas se engana quem possui tal opinião. Atualmente, o mercado oferece várias opções para auxiliar o lojista a colocar as finanças em ordem. Esse controle, se realizado de maneira correta, é capaz de diminuir riscos, evitar surpresas desagradáveis e até mesmo de garantir o futuro da empresa. POR RENATA MEDEIROS
O primeiro passo para quem pretende contar com o controle financeiro como aliado é ter determinação e disciplina, como afirmam especialistas. O segundo é entender porque ele é essencial para o desenvolvimento de todo e qualquer negócio, seja ele micro, pequeno, médio ou grande. “Controle financeiro significa vantagem competitiva e ganho em todas as frentes da empresa”, diz Henrique Ronne Grodiski, especialista em gestão empresarial. Tal controle permite mudar a postura frente a gastos excessivos, verificar em qual produto é mais viável investir e, como lembra Hélio Alves da Silva, autor do livro Planejamento e Controle Financeiro, da Editora Atlas, é ele um dos fatores determinantes para que a empresa trilhe um caminho promissor. “Quando aposto nesse controle, eu consigo traçar melhor os planos para o futuro. É a partir dele que vou saber quanto e em que poderei investir neste e no próximo ano”, exemplifica. Iara de Brito Nunes, uma das proprietárias da Papelaria Dunorte (Cuiabá/MT), sabe
que só tem a ganhar investindo no controle financeiro de sua loja. Desde a década de 90, o estabelecimento conta com um software de gerenciamento financeiro e contábil que, segundo ela, torna mais fácil, inclusive, sua maneira de trabalhar. “É muito importante acompanhar a saúde de nosso negócio. Não é possível viver sem esse controle”, afirma.
Alternativas Assim como a Papelaria Dunorte, outros estabelecimentos também apostam nos softwares especializados com o objetivo de garantirem a organização das finanças. A Cia. do Software é uma das empresas existentes no mercado que tem soluções, principalmente, para quem possui um pequeno negócio. O Mr. Financeiro Gold, produto por ela oferecido, permite, entre outros serviços, controlar as contas a pagar, a receber, e gerar relatórios de fluxo de caixa. “Em um único clique é possível ter na tela do computador toda a estatística financeira da empresa. A informatização agiliza a vida do varejista”, afirma Cláudio Hi-
Controle financeiro significa vantagem competitiva e ganho em todas as frentes da empresa. HENRIQUE RONNE GRODISKI ESPECIALISTA EM GESTÃO EMPRESARIAL
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Adaptação Mesmo com tantas opções, ainda existem estabelecimentos que não modernizaram a sua maneira de cuidar das finanças. Esse é o caso da Papelaria Três Rios (João Pessoa/PB), aberta há seis anos. Na loja, as contas a pagar são anotadas em um caderno por uma funcionária, enquanto as a receber são impressas e colocadas dentro de uma pasta. É só quando ela está cheia que chega o momento de
Grande parte das pessoas acha que entende de finanças, o que não é verdade, e recusa-se a pedir auxílio ou a informar-se. PEDRO LOTTI DIRETOR DA PLL CONSULTORIA EMPRESARIAL
verificar se os devedores cumpriram os prazos estipulados, começando aí a corrida atrás dos inadimplentes. Responsável pela parte de compras da papelaria, Ilderlandio Plameira da Silva sabe que o controle financeiro, além de importante para o desenvolvimento do negócio, facilita a vida do lojista e, devido a esse fato, pretende mudar a realidade dentro da empresa o mais rápido possível. “A gente se preocupa em comprar e vender, comprar e vender, e acabamos deixando outras prioridades de lado. Mas ainda este ano queremos melhorar o processo adotado atualmente, inclusive aposentando o caderno em que são anotados os gastos”, comenta. Segundo a diretora da Fha-
ros Assessoria Empresarial, Dora Ramos, o controle financeiro é importante tanto para a grande quanto para a pequena empresa. O problema, como ela afirma, é que nesse segundo grupo ainda há empresário colocando essa prática em segundo plano. “Muitos ainda trabalham com as informações que tem armazenadas na cabeça e o único controle que possuem é o extrato bancário. A falta de informação financeira sobre o próprio negócio ainda é um problema”, lamenta. Diretor da PLL Consultoria Empresarial, Pedro Lotti concorda com Dora e aponta outro impasse relacionado à questão financeira de muitas empresas. “Grande parte das pessoas acha que entende de finanças e de contabilidade, o que não é verdade, e recusa-se a pedir auxílio ou a informar-se sobre o tema. Elas só percebem que não sabem sobre o assunto
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O especialista em gestão empresarial, Henrique Ronne Grodiski, indica o endereço de internet www. artigos.com/components/com_mtree/attachment.php?link_id=3265&cf_id=24 para baixar uma planilha eletrônica gratuitamente e dar início, mesmo que básico, ao controle financeiro de sua loja.
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rayama, desenvolvedor de softwares da companhia. O valor do software é R$ 69, e o suporte técnico oferecido pela empresa é gratuito nos primeiros 60 dias após a compra. Já quem prefere fazer o controle com custo zero, vale buscar na internet planilhas eletrônicas que, segundo Grodiski, em muitos casos, são disponibilizadas gratuitamente. “Elas auxiliarão o entrelaçamento de informações possibilitando mais efetividade às ações do empresário”, garante. Procurar uma empresa especializada em gestão empresarial é outro caminho, sendo que muitas delas possuem serviços compatíveis com os orçamentos de pequenos e médios empreendedores. “O problema é que muitos ainda não enxergam isso como investimento, mas como um gasto a mais. A maioria das pessoas só procura o serviço dessas companhias quando seu negócio já está comprometido financeiramente”, critica Silva. O professor lembra ainda que entidades governamentais como o Sebrae e o Senac oferecem, além de cursos sobre o tema, serviços de consultoria financeira.
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Consultoria Controle Financeiro
Muitos ainda trabalham com as informações que tem armazenadas na cabeça e o único controle que possuem é o extrato bancário. DORA RAMOS DIRETORA DA FHAROS ASSESSORIA EMPRESARIAL
quando as coisas começam a dar errado”, critica. De acordo com Silva, o indicado é que o pequeno papeleiro tenha, pelo menos, uma planilha em um programa como o Excel, em que ele possa colocar suas contas a pagar e a receber. “Com isso ele vai ter noção dos seus principais gastos. Esse não é o método
Dicas de especialistas Informe-se sobre o tema, seja por meio de palestras, cursos, livros, revistas ou internet. É necessário ter consciência da importância do controle financeiro para o sucesso de um determinado negócio. Informatize sua loja. Esse processo agiliza a vida do empresário e ajuda a garantir a organização do estabelecimento. Tenha todos os seus gastos registrados, mesmo que de maneira simples. Tenha controladas as contas a pagar, e também a receber. Em caso de dificuldades, não hesite em procurar a ajuda de um profissional. Apenas utilize crédito bancário se tiver certeza de que esse procedimento não irá comprometer o seu negócio. Confie em seu contador, pois ele poderá ajudá-lo na análise da situação da empresa e na tomada de decisões. Se a comunicação entre o empresário e esse profissional não for constante, muitas ações podem ser efetuadas de forma errônea. Comprar bem e vender bem garantem o lucro. O planejamento e o controle financeiro são responsáveis por perpetuá-lo.
mais indicado, e pode trazer algumas dificuldades, mas já ajuda”, diz. “A caderneta é algo que funcionou muito bem no passado. Hoje ela não é mais viável. Ignorar os benefícios da informatização pode ser um risco, pois a falta de domínio e entrelaçamento de informações ligadas às finanças da empresa não permitem ao empresário o controle de suas ações e a tomada de decisões rápidas e eficientes”, completa Grodiski.
No vermelho Às vezes, não há como fugir, o comprometimento financeiro acaba batendo à porta, trazendo uma série de problemas para a empresa e muita dor de cabeça para o seu proprietário. Nesse caso, segundo Grodiski, as vendas devem ser priorizadas e mantidas. “Enquanto existir cliente comprando haverá entrada de recursos e promessas de pagamento, que possibilitam as negociações junto aos fornecedores”, afirma. Evitar a realização de vendas por meio de cheques e títulos bancários também é aconselhável, assim como priorizar a compra de produtos de alto giro. Outra dica é não manter relacionamento com apenas um fornecedor. O empresário deve estar seguro de que terá outras opções de fornecimento no caso de dificuldades. “Em momentos de
crise, procure sempre olhar a empresa como um todo. Não se limite aos custos. É importante identificar oportunidades de negócios, e não reduzilas”, orienta o especialista em gestão empresarial. Ele acrescenta ainda que a busca imediata de recursos financeiros em instituições bancárias ou outras entidades de crédito devem ser evitadas e, de acordo com Dora, o empresário deve estar atento a essa questão mesmo se o seu negócio não estiver passando por um momento de crise. “Antes de utilizar o crédito oferecido, é preciso analisar onde o valor será aplicado, se realmente essa é a melhor saída e, principalmente, se a dívida assumida será paga sem maiores dificuldades”, alerta. Procurar um profissional especializado também é uma alternativa e, como afirma Lotti, é ainda importante, dependendo da situação em que a empresa comprometida se encontra, fazer um estudo quantitativo e qualitativo com o intuito de analisar a viabilidade do negócio. “Se não for gerado caixa para pagamento da dívida, infelizmente é o momento de fechar as portas, ou o problema pode se tornar ainda maior. É preciso lembrar que, até para encerrar a atividade de uma empresa é indispensável um planejamento”, finaliza. &
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Cartões de expressão social
Carinho que nunca Eles podem ser grandes ou pequenos, simples ou sofisticados, mas têm o mesmo objetivo: surpreender e encantar quem os recebe. Os cartões de expressão social estão cada vez mais modernos e, segundo seus fabricantes, cheios de diferenciais que os tornam aptos a enfrentar a concorrência contra as mensagens de felicitações enviadas pela internet. POR RENATA MEDEIROS
Geralmente, o desenvolvimento de uma linha de cartões da Grafon’s leva três meses, passando por várias etapas.
sai de moda Quem nunca recebeu um cartão com dizeres carinhosos ou presenteou alguém com o mesmo mimo? Os cartões de expressão social fazem parte da vida da maioria das pessoas, e se engana quem imagina que o caminho para se chegar ao resultado final – aquela página decorada e cheia de mensagens românticas, carinhosas ou engraçadas – é tarefa simples. De acordo com a gerente de produtos da Grafon’s, Danielle Medina, o processo de fabricação do produto passa por várias etapas como pesquisa de mercado, desenvolvimento, criação de arte, finalização e impressão. “De modo geral, a produção de uma linha de cartões gira em torno de três meses”, diz. Criatividade é algo que não pode faltar quando o assunto é cartão de expressão social. Para oferecer ao público aquilo que ele deseja, o proprietário da Fofi, André Franchi de Souza, fica atento ao retorno dado por lojistas e representantes, além de estar sempre presente em congressos e feiras relacionados ao tema. “Nesse ramo é sempre importante investir em algo novo”, afirma. Danielle concorda com Souza e lembra que os cartões de expressão social passaram por uma grande evolução nos últimos anos. “O que antes resumia-se em cartão postal com impressão simples e acabamen-
tos limitados, atualmente apresenta-se de forma cada vez mais inovadora. Hoje, os cartões de felicitações possuem acabamento refinado, papéis diferenciados e apliques”, comenta. O tamanho dos cartões também sofreu modificação, e se alguns deles cabem na palma da mão, outros chegam a medir cerca de meio metro de comprimento. Porém, como afirmam os fabricantes, o preferido do público ainda é o tradicional, aquele com medidas próximas ao de meia folha de papel A4. “Nosso cartão mais consumido é o que possui, aproximadamente, 12 centímetros de largura por 18 de altura”, ilustra Lucibel Ogrodowski, gerente comercial da Zenir Disarz Cartões e Presentes, empresa que lança, por ano, oito linhas desse produto. Ainda de acordo com a indústria, os cartões que remetem ao Natal, ao Dia dos Namorados, ao Dia das Mães, ao Dia dos Pais e à Páscoa são os queridinhos dos consumidores.
Diferencial A Teca Produtos de Papelaria é outra empresa que investe em cartões de expressão social. De acordo com a gerente comercial da companhia, Maria Andrade, a maioria deles é criada pela proprietária da empresa, Theresa Cristina Leopoldo Sil-
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Dando asas à imaginação
va, que também conta com a colaboração de designers e ilustradores. Os cartões Fabriano e Mini Fabriano, que levam o nome do papel utilizado na fabricação dos mesmos, são os mais vendidos pela companhia. “‘Parabéns’, ‘Sucesso’, ‘Felicidades’ e ‘Obrigado’ são impressos em dourado ou prateado e dão ideia de que foram escritos à mão”, diz Maria. Já a linha Enjoy, possui aplique colocado após a impressão do cartão, dando a ideia de que o produto é tridimensional. Os cartões Handmade, da Grafon’s, segundo a gerente de produtos da empresa, têm
A linha para o Dia dos Namorados da Smile House traz cartões que unem romantismo e irreverência.
feito sucesso frente ao público o e agradam, principalmente, porr conterem penduricalhos e ade-reços. A companhia vem aindaa tentando atender aos maiss variados públicos com a linha Todas as Ocasiões, que traz, além de novos acabamentos, temas como reconciliação e os cartões Ele/Ele e Ela/Ela. Como investe em designs cada vez mais modernos, a Fofi lançou durante a Office Paper Brasil Escolar 2010, realizada de 30 de agosto a 2 de setembro, a Coleção Amarradinhos que, de acordo com o proprietário da empresa, continua chamando a atenção dos consumidores. “O cartão é fechado com uma cordinha. Na verdade, o cartão é o próprio envelope”, explica. O destaque da Zenir Disarz Cartões e Presentes vai para os produtos que possuem peças de resina pintadas à mão. Já a aposta da Dallec é em produtos que variam do clássico ao moderno, com mensagens diferenciadas e cores intensas, visando atender as expectativas de diferentes públicos. A linha Everyday, composta de, aproximadamente, 300 modelos, traz vários formatos, recortes e acabamentos especiais. Os cartões são divididos em diversos temas, como, por exemplo, “Aniversário”, “Amor”, “Mãe”, “Amizade” e “15 Anos”. A Natal e Boas Festas, composta por mais de 150 modelos, é outra linha oferecida pela compahia. “O cartão não só acompanha o presente, como, em muitos casos, o substitui”, declara a diretora da Dallec, Elaine de Oliveira. Outra empresa que vem trazendo novidades é a Smile House. Para o Dia dos Namorados,
A Fofi investe em cartões coloridos e com c designs cada vez mais modernos.
ela oferece seis modelos focados na diversão e no bom humor. Os cartões não poderiam deixar o romantismo de lado, mas, segundo seu proprietário, Gustavo Gubert, a Smile House deixou para trás as declarações de amor extremamente sentimentais e sem graça, prometendo esquentar o clima entre os casais apaixonados. “Em pesquisa realizada com lojistas e consumidores, percebemos que muitos deles consideram os cartões de expressão social melosos. Dessa maneira, nos propusemos a criar produtos com mensagens atuais, modernas e divertidas”, conta o proprietário da empresa, que ingressou este ano no mercado.
Polêmica Na Papelaria do Mágico (São Paulo/SP), a venda de cartões de expressão social é comparada à de canetas, produ-
Os cartões da Dallec são produzidos em vários formatos, possuindo diferentes recortes e acabamentos especiais.
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Como alternativa para expressar o carinho à pessoa querida, a Pimaco oferece outra opção: os Cartões de Ocasião da Linha Expressions. Para ter acesso ao produto, basta acessar o site www.pimaco.com.br e fazer o download de artes prontas para impressão. De acordo com a gerente de produto da categoria de papelaria da BIC Brasil, Carina Narciso, outra proposta é permitir que o internauta crie sua própria arte. “A Pimaco decidiu lançar um cartão cujo diferencial fosse a interação com o usuário e que fugisse da padronização do mercado, permitindo uma expressão customizada”, alega. Para a impressão, a empresa disponibiliza uma linha de papéis com qualidade fotográfica e folhas em formatos variados, que vão de 10 x 15 ao Super A3.
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Cartões artões de expressão social
Durante o ano, a Zenir Cartões lança no mercado oito novas coleções.
A maioria dos cartões da Teca são criados pela proprietária da empresa.
to de alto giro. “Esses são dois artigos que têm saída todos os dias. Por mês, vendo cerca de 50 cartões”, conta a gerente da loja, Mariane Pereira. Ela garante que o investimento é essencial, pois traz bom retorno ao seu negócio. “A maioria dos clientes prefere os cartões mais sofisticados e não se importa em pagar um pouco mais por eles. Além disso, quando entra na loja para comprar um cartão, o consumidor acaba levando um item a mais, seja um artigo de papelaria ou um gift”, comemora. A situação na Papelaria do Mágico ilustra a afirmativa dos fabricantes – a venda de cartões sociais vem crescendo, e, cada vez mais, o mimo cai no gosto do público. Porém, essa é uma realidade diferente em algumas pequenas papelarias não localizadas nas capitais brasileiras. Funcionária da Sanbig Papelaria e Armarinho (Estância/SE), Fernanda Marinn diz que, nos
últimos cinco anos, a venda do produto caiu 50%. “Ainda temos vários cartões adquiridos no ano passado”, conta. Como causadora do problema, ela aponta a internet. “Atualmente, as pessoas acabam enviando felicitações por e-mail, redes sociais, além de também utilizarem os cartões virtuais”, reclama. A Papelaria Rabisco (Itapemirim/ES) vende menos de 10 cartões por mês. Como sabe que a procura é pequena, a proprietária do estabelecimento, Alda Martins, sempre avalia em que cartão investir para não ficar com o produto encalhado no estoque. “Demoro a vender os cartões, mas eles acabam saindo”, comenta. O problema também é observado na Aquarela Livraria e Papelaria (Coxim/MS). “Uma vez ou outra aparece um cliente à procura de cartões. O giro é baixo”, avalia a funcionária do estabelecimento, Onice Pereira. Apesar das reclamações, Fernanda, Alda e Onice não cogitam a possibilidade de deixarem de possuir o artigo na loja. “Toda papelaria precisa trabalhar com o cartão de expressão social. Quando o cliente imagina comprar esse produto, pensa logo em tal estabelecimento”, pondera Alda. De acordo com o proprietário da Fofi, a queda na venda de cartões de expressão social pode estar relacionado à comercialização desse produto em outros estabelecimentos, como floriculturas e lojas de presentes. “O consumidor não vai até a papelaria para comprar somente o cartão. Ele aproveita o local onde se encontra para fazer isso. Dessa maneira, é importante
que as papelarias invistam em gifts, dando mais essa opção aos seus clientes”, sugere. Diferente do alegado pelas papelarias localizadas no interior, Maria conta que a Teca Produtos de Papelaria vem não somente aumentado a venda de cartões de expressão social, como seu número de clientes. A companhia, segundo ela, vem ainda conquistando um público cada vez mais diversificado. “Com o aquecimento da economia brasileira, passamos a ser muito bem recebidos também na classe C”, conta a gerente comercial da empresa, que tem 60% de seu faturamento representado pela venda desse artigo. Na Zenir Disarz Cartões e Presentes, esse número chega a 70%, e, diferentemente do afirmado por Fernanda, da Sanbig Papelaria e Armarinho, ela não acredita que a internet seja capaz de tomar o lugar dos cartões de expressão social. “A internet não substituirá o cartão, pois ele demonstra atitude, o tempo, o sentimento que a pessoa dedicou ao outro escolhendo, escrevendo e enviando aquela mensagem”, opina Lucibel. “O cartão físico tem o seu lugar garantido, pois é mais pessoal”, completa Danielle, da Grafon’s. Para incentivar o cliente a levar o produto, vale também a pena seguir algumas sugestões dos fornecedores em relação à exposição dos mesmos. Segundo eles, é aconselhável que o papeleiro tenha um mix variado de cartões, que devem ser colocados em expositores giratórios. Deixá-los em local bem visível, de preferência próximo ao caixa ou à entrada da loja, é outra dica dos fabricantes. &
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Papelarias do Brasil 28
Região gião Norte
Cada papelaria com sua solução Com o desafio de traçar um perfil do varejo de papelaria do país, lançamos a série Papelarias do Brasil, começando pelo mercado da região Norte. A maior região brasileira é uma significativa amostra do país, com destaque para recursos naturais, desenvolvimento econômico, população atuante e alguns problemas... Muitas características que, é claro, influenciam o dia a dia das papelarias. POR CAROLINA BERGER maio de 2011
lojista. “Mesmo tendo que pagar o frete, é mais barato comprar da indústria que dos distribuidores”, afirma Manoel Longui, proprietário da D’Longui Papelaria (Tarauacá/AC). O que representa uma vantagem está ligado a um dos maiores problemas da região. São poucos os fornecedores que realizam entregas diretamente às papelarias, que acabam arcando com o custo de transporte. Mesmo nas capitais, a logística não é fácil. “Contrato uma transportadora para trazer os produtos das regiões sul ou sudeste até Belém (PA) e, de lá, eles vêm de balsa para Manaus. Esse percurso demora 20 dias”, explica Rosangela Cunha, administradora de compras da Livraria Concorde (Manaus/AM). Na região sul da mesma cidade, Marcos Cesar Oliveira da Silva, gerente da Conveniente Comércio de Papelaria, valoriza os benefícios da Suframa, mas também sofre com a demora da mercadoria – “Quando os produtos chegam, o boleto já está vencendo e ainda não tivemos tempo de vender”. Ele acredita que este não é um problema exclusivo do setor. “Qualquer ramo depende das regiões sul e sudeste”, afirma, mas sem isentar a responsabilidade dos fornecedores. “Conhecendo a dificuldade logística da região, as empresas deveriam dar mais atenção às papelarias do Norte, em vez de exigir compras com volume alto. Muitas adotam uma política de trabalho que te ‘empurra’ para comprar do distribuidor”, argumenta.
Fábio Barbosa de Andrade, proprietário da Shalom Livraria e Papelaria (Rolim de Moura/RO), compra a maior parte de seus produtos diretamente da indústria, pois costuma estocar grande quantidade de material. Porém, essa possibilidade era mínima quando abriu a papelaria, 11 anos atrás. “Havia poucas empresas de representação, e os distribuidores cobravam preços muito maiores”, compara. Depois de dois anos convivendo com o problema, Fábio encontrou sua própria solução abrindo uma empresa de representação. Hoje, ele administra os dois negócios. Em muitos pontos da região, o problema de logística é agravado pelo clima. O estado do Pará, por exemplo, não é beneficiado pela Zona Franca de Manaus. Mesmo assim, Maricília Canto, gerente do departamento de compras da Piau Formulários (Santarém/PA), realiza 70% das compras com a indústria e precisa lidar com os problemas logísticos. “Temos um período de chuva forte que vai de maio a outubro, mais ou menos. Nessa época, o acesso às rodovias é prejudicado, e o material demora
Quando Miguel Sampaio criou o setor de papelaria na Forte Center, não havia concorrentes na região, apesar de estar próxima de colégios, bancos e correio.
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A região mais extensa do país ocupa 42,27% do território nacional, mas é habitada por apenas 8,3% da população brasileira, segundo dados obtidos pelo IBGE no Censo Demográfico 2010. É neste cenário, com algumas proporções tão grandes e outras tão pequenas, que estão localizadas as 17.815 micros e pequenas empresas de comércio; dentre elas, as 12 papelarias que participaram desta matéria. Privilegiados pela proximidade com Manaus, os proprietários de papelarias na Amazônia Ocidental – composta pelos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, além das cidades de Macapá e Santana (AP) – optam por comprar seus produtos diretamente com a indústria. Dentro desta região, há a Zona Franca de Manaus – circunferência de 10 mil km² em torno de Manaus –, e as Áreas de Livre Comércio*. As papelarias ali localizadas devem se cadastrar na Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e, no momento da compra, informar seu número de inscrição ao fornecedor e à transportadora. Com esta informação, ambas indicam que o produto é destinado a uma região que tem direito ao benefício, por meio do aplicativo disponível no site da Suframa. Assim, ao longo do processo de venda e entrega, os fornecedores têm direito à redução de alguns impostos, possibilitando que os produtos possam ser vendidos a preços menores ao
* Os municípios considerados Áreas de Livre Comércio são: Brasileia, Epitaciolândia e Cruzeiro do Sul (AC); Macapá e Santana (AP); Guajará-Mirim (RO); Pacaraima e Bonfim (RR). No Amanozas, além da ALC de Tabatinga, o município de Presidente Figueiredo recebe os mesmo benefícios.
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Papelarias do Brasil 30
Região Norte
A Shalom Livraria e Papelaria investe em presentes para sustentar o dia a dia.
de 18 a 22 dias para chegar. Enquanto que, no restante do ano, o tempo normal varia de oito a 12 dias”, conta Maricília. No mesmo estado, a capital Belém é atingida pela chuva com hora marcada. “Chove todos os dias em torno das 14 horas. A chuva não é fina e dura uma hora”, conta Miguel Sampaio, diretor da Associação Comercial do Pará e proprietário da Forte Center (Belém/PA). “No período de chuva, o volume e a frequência aumentam, principalmente em março, quando ocorrem inundações”, completa. O clima também atinge a D’Longui Papelaria, em Tarauacá e a Graffit’s – Papelaria e Informática, em Cruzeiro do Sul, ambas no Acre. “Não tenho problemas em comprar grandes quantidades com a indústria porque preciso guardar bastante estoque e compensar a época de
O caminho dos produtos A única rodovia que liga diretamente o Sudeste ao Norte é a BR-364, que vai de Limeira (SP) a Mâncio Lima (AC). Com 4.310,9 km de extensão, ela passa ainda pelos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Rondônia. Segundo informações publicadas no site do Ministério dos Transportes, a estrada ainda não foi pavimentada no trecho entre as cidades de Manoel Urbano e Feijó – ambas no Acre –, o que impede a ligação da capital Rio Branco a outras cidades do estado, como Tarauacá e Cruzeiro do Sul.
chuva, durante a qual não consigo receber produtos. Estão asfaltando a estrada de chão que dá acesso à cidade. A previsão é que fique pronta em até dois anos. Espero que isso seja cumprido!”, revela Eulo Negreiros Lima Verde, proprietário da Graffit’s. Manoel Longui e sua esposa, Celiames, contribuíram para a aproximação de Tarauacá ao consumo do sudeste do país, pelo menos no que diz respeito ao ramo de papelaria, pois eles fizeram questão de inserir na loja – inaugurada em 1989 – material de qualidade e licenciados. O contato com personagens de sucesso aumentou ainda mais com a chegada da TV por assinatura, que, segundo Manoel, também contribuiu para que “a população da cidade conhecesse o país”. Hoje, os alunos das cerca de seis escolas públicas próximas não só compram material na D’Longui como também ganham alguns produtos. “Não temos escolas particulares por perto, então, é positivo para nosso negócio participar das licitações e vender para o governo, que repassa os produtos para os estudantes. Não acho que esteja perdendo venda, pois se o governo não doasse, muitos alunos não teriam como comprar e, simplesmente, ficariam sem material”, analisa Manoel. Além dos alunos, boa parte das vendas da Holanda Papelaria (Porto Velho/RO) é feita diretamente para escolas, sem intermédio do governo. A sócia proprietária da loja, Márcia de Holanda Cavalcante, conta que já participou de licitações públicas para vender material, mas não aprovou o resultado – “Já
Atenção aos ponteiros Os estados nortistas Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima marcam uma hora a menos em seus relógios, em relação ao horário de Brasília. Além disso, a região Norte, assim como a Nordeste, não sofre alteração pelo horário de verão.
ganhei pelo pregão eletrônico, mas o governo demora muito para pagar”. Seu diferencial está na parte da loja que é voltada especificamente para quem trabalha no ramo da educação, como professores e diretores, que lá encontram quadro-negro, pincel e apagador, entre outros itens. Ela acredita que este setor seja o principal responsável por destacar sua loja em relação aos cerca de dez concorrentes que estão no Centro de Porto Velho.
Empresas consumidoras A região Norte tem fatores importantes para aquecer a economia, mas Miguel Sampaio (Forte Center) acredita que a situação da população poderia ser melhor – “O Pará é um estado rico, mas o povo é pobre, em geral. Fornecemos muito minério, mas não recebemos os benefícios dos royalties devido à Lei Kandir, que incentiva a exportação sem cobrar ICMS”. O diretor faz questão de destacar os pontos positivos do Pará – “Não sofremos com falta de energia devido às hidrelétricas existentes no estado, além de sermos importantes para o comércio na região, pois o Pará é a ‘porta’ da Amazônia.” Sampaio é conselheiro de 16 entidades em Belém e lamenta o fato de não existir um sindicato ou
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e tenho mais rentabilidade”, explica. Outra escolha é desviar um pouco o foco de vendas. Seu mix de produtos é formado predominantemente por itens de papelaria e informática, mas ele vende também produtos de limpeza. “Todo mundo usa material de papelaria, porém o de limpeza é mais essencial. Preciso vendêlo para sobreviver”, justifica o empresário que concorre com mais seis papelarias no bairro Crespo, além das existentes nos shoppings próximos. “São dois shoppings. Cada um tem duas papelarias”, comenta.
Concorrência Em Rolim de Moura (RO), a papelaria de Fábio de Andrade possui quatro concorrentes na cidade, sendo duas de porte maior que a sua. O proprietário encontrou uma forma de concorrer com as grandes, mas de maneira indireta. “Observo os itens vendidos nas lojas maiores e compro produtos diferentes. Assim, o consumidor que gosta do produto que ofereço irá encontrá-lo apenas aqui”, explica. Visando à fidelização dos clientes e buscando não depender da época de volta às aulas, Fábio investe nas datas comemorativas e em artigos de presentes, que são vendidos durante todo o ano, como relógios, carteiras e kits de canetas. Ele valoriza a localização de sua papelaria. “Há dois anos, abriu uma filial das Lojas Americanas na capital, Porto Velho. Mas aqui, não há grandes redes, e as papelarias conseguem estabelecer uma relação de parceria. Quando falta algum produto, às vezes consigo comprá-lo mais barato em uma papelaria conhecida e garantir o
cliente”, conta o empresário. Débora Viana Coelho César, proprietária da Filuka Papelaria (Boa Vista/RR), não se incomoda com a venda de material escolar em supermercados da cidade. “Eles vendem só o material básico. Aqui, temos variedade. Quem procura produtos diferentes, acaba comprando na papelaria”, conta a empresária que conquistou consumidores de diferentes gerações. “Estou há 22 anos no mercado. Os pais que vinham à loja quando comecei compravam para seus filhos, que eram os consumidores do material. Hoje, essas crianças cresceram, tornaram-se as compradoras, e os atuais con-
Maricília Canto diz que vai a feiras do setor para encontrar ideias de organização para a Piau Formulários.
Um pouco de geografia A região Norte ocupa uma área de 3.869.637,9 km², fazendo fronteira ao sul com a Bolívia e com os estados brasileiros de Mato Grosso e Goiás; a leste com o Maranhão, Piauí e Bahia; a oeste com o Peru e Colômbia; e ao norte com a Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Sua população total é de 15.865.678 habitantes, e o Produto Interno Bruto representa 4,5% do nacional, a menor porcentagem, seguida pelos 7% do Nordeste. Na região Norte, o clima é, predominantemente, equatorial com áreas de clima tropical. Como a temperatura é quente durante todo o ano, não é possível diferenciar as estações. O termo “inverno” é utilizado apenas em algumas cidades do interior, principalmente no Acre. A classificação é referente ao período chuvoso, em contrapartida, o “verão”, nomeia a época de seca. Dados do IBGE e do Censo 2010
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uma instituição que represente as papelarias. Márcia Cavalcante (Holanda Papelaria) já nota as consequências das usinas hidrelétricas Jirau e Santo Antônio, que estão sendo construídas no Rio Madeira, a 150 km da capital de Rondônia, com previsão para começar a funcionar em 2012. “Nos últimos anos, muitas empresas vieram para cá, principalmente de engenharia, e tenho vendido muito material para esses escritórios”, comemora. O público corporativo também representa parte considerável dos consumidores da Papel & Cia (Araguaina/TO), desde a inauguração, há oito anos. A sócia-proprietária, Soraya Alencar, conta que, quando se preparava para entrar no mercado, visitou diversas empresas, como escritórios de contabilidade e advocacia para conhecer o que realmente era usado pelo público corporativo. Porém, o fator fundamental para que a empresária decidisse abrir seu negócio foi o crescimento do ensino superior na cidade. “Na mesma época, abriram muitas faculdades particulares, e as públicas criaram novos cursos, o que fez a cidade crescer e atraiu muita gente de outros estados, como São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Vendo as modificações da cidade, buscamos inovar no mercado. Então, buscamos marcas variadas e produtos com design moderno para atender a novo público que chegava”, lembra Soraya. Marcos Cesar da Silva, de Manaus, optou pelo público corporativo como estratégia. “Para empresas, consigo fazer vendas com volumes maiores
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Região Norte
Campeões de vendas O popular caderno não poderia ter ficado de fora da lista de produtos mais vendidos nas papelarias da Região Norte, porém, ele ficou em segundo lugar. O produto mais citado foi o papel A4, consequência da grande quantidade de escolas e escritórios clientes das papelarias entrevistadas. O terceiro mais mencionado foi um item menos tradicional: o EVA. Segundo os lojistas, sua versatilidade permite que ele substitua outros artigos, como o papel-crepom.
sumidores são os filhos delas”, completa, destacando atendimento e preço competitivo como principais fatores de destaque na concorrência. “Quem vende tem que ter um pouco da função de psicólogo, muitos dos meus clientes precisam de alguém que os escute com paciência. Eles não precisam de conselhos, só precisam ser ouvidos”. A Papelaria Lucena (Manaus/AM) existe desde 1955 e dá preferência aos consumidores antigos. “Sempre oferecemos brindes e descontos aos clientes mais fiéis”, revela Haroldo
Débora César, da Filuka Papelaria faz cursos de administração e passa seus conhecimentos aos funcionários.
Na Papelaria Lucena, os clientes procuram, principalmente, os menores preços.
Lucena, bisneto do fundador da loja. Investir em atendimento é uma tática comum entre as papelarias e costuma trazer bons resultados. Mas não só no que diz respeito ao relacionamento, também são importantes as opções de comodidade. Grande parte das lojas realiza entregas e vendas por telefone. Na Conveniente Papelaria, 80% das compras são entregues ao cliente. Além disso, são recebidos pedidos por televendas e por e-mail. “Só não temos site porque falta mão de obra especializada”, justifica Marcos Cesar da Silva. A página online está nos planos de Maricília Canto, da Piau, em Santarém. “Já compramos o domínio e pretendemos colocar o site no ar ano que vem”, afirmou a gerente. Em Manaus, Haroldo Lucena não pretende aderir ao e-commerce. “Mesmo vendo o produto na loja, recebemos muitas solicitações de troca, imagina comprando pela internet! É diferente das televendas. Neste caso, conseguimos conversar com o cliente e entender o que ele quer. No site, não teríamos esse contato”, justifica.
Vendendo livros Os livros foram importantes para o início da Papelaria Tropical (Macapá/AP), que abriu
como uma livraria católica há 27 anos. “Aos poucos, fomos observando as demandas da região e aumentando o mix de produtos escolares. Há 20 anos, inauguramos a papelaria, e há 10, comecei a perceber que estamos sendo respeitados”, relata Silvio Porto, supervisor da loja. Ele conta que as quatro escolas particulares próximas à papelaria formam o principal público da loja. “Nosso consumidor é, principalmente, das classes média e média alta. Começamos a investir neste público quando percebemos que a população das classes mais baixas dão preferência às lojas de departamento), pois compram produtos mais baratos e de qualidade inferior. Trabalhamos predominantemente com produtos nacionais”, declara Silvio. Já a Livraria Concorde, de Manaus, lançou uma nova concepção, quando foi inaugurada há 35 anos. “Aqui em Manaus, não havia modelo de loja que unia livraria e papelaria”, lembra Rosangela Cunha. Ela conta que, quando o governo começou a dar livros aos estudantes das escolas públicas, precisou procurar soluções. “Aumentamos o investimento em material de papelaria, escritório, brinquedos e presentes. A gente tem que buscar alternativas e procurar evoluir”, opina.
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Referência em fornecimento Enquanto os pedidos de outras regiões são despachados em cerca de 5 horas após a aprovação do crédito, liberamos as mercadorias que vão para a região Norte em apenas duas horas”, explica Wagner Jacob, diretor comercial da companhia localizada em Bauru, São Paulo. Outra empresa que teve destaque foi a Faber-Castell, que atende a cerca de 500 papelarias na região e foi indicada como a única que entrega diretamente em algumas cidades, evitando maiores despesas com transporte de mercadoria. Além disso, Márcia de Holanda Cavalcante, de Porto Velho (RO), destacou o atendimento – “Recebemos assistência do representante
comercial, além de treinamento, que resulta em motivação dos funcionários. Muitas vezes, a empresa envia também expositores que auxiliam na organização da loja”. O gerente nacional de vendas da companhia, Ricardo Baena, contou como algumas dificuldades da região foram superadas – “O deslocamento e as condições viárias são, em muitos lugares, desfavoráveis. Tivemos que nos adaptar e exigir maior qualificação da operação logística para suportar o recente crescimento de vendas. Em comparação às outras regiões, as vendas no Norte foram as que mais aumentaram em consequência do crescimento da renda média nas classes C e D”. &
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Usando critérios como o bom atendimento, as facilidades de pagamento e a rapidez na entrega, os lojistas destacaram os fornecedores que mais contribuem para o sucesso de suas vendas. A Tilibra foi uma das empresas mais citadas entre os melhores fornecedores. Eulo Negreiros Lima Verde, de Cruzeiro do Sul (AC), explica por que citou a fabricante de cadernos – “É uma empresa que une variedade de produtos ao bom preço e facilidade de compra.” A equipe da fabricante não se surpreendeu com o destaque. “Estamos colhendo os frutos de um longo trabalho. Atendemos ao Norte há cerca de 30 anos e nos adaptamos por conhecer as restrições logísticas.
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O que cabe às papelarias? De 13 a 16 de abril, foi realizada na capital paulista a 28ª Feira Brasileira de Brinquedos (Abrin). A REVISTA DA PAPELARIA esteve no evento e aproveitou para lançar a seguinte discussão: o papeleiro deve apostar nesses produtos? Os fabricantes afirmam que sim, mas é preciso ficar atento para escolher o mix de brinquedos que se encaixe adequadamente ao seu negócio. POR RENATA MEDEIROS
Realizada em abril, a Abrin reuniu grandes nomes da indústria nacional de brinquedos, assim como vários profissionais do ramo.
Ao andar pelos corredores da Abrin, organizada pela Francal Feiras, era possível encontrar os mais variados brinquedos. Alguns deles, poderiam deixar também muito adulto de boca aberta. A cada ano, surgem mais novidades no mercado, e, de acordo com levantamento da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), a indústria brasileira de brinquedos faturou R$ 3,1 bilhões em 2010. A meta para este ano é de que o setor cresça 15%, com o investimento de R$ 200 milhões
em lançamentos de produtos e modernização das fábricas. A Brinquedos Carimbras esteve presente na feira. Em seu estande, era possível encontrar jogos da memória, dominó, entre outros brinquedos que seguem a linha educativa pedagógica. “Trabalhamos com muitos produtos que são pedidos nas listas de material escolar”, conta o gerente nacional de vendas da companhia, Alexandre Almeida. “O brinquedo é um diferencial nas papelarias, e acredito que elas devam investir nos educativos. O
foco desse estabelecimento deve ser diferente do foco da loja de brinquedos tradicional”, opina. Presidente da Estrela, Carlos Tilkian também acredita que as papelarias devam apostar em uma linha pedagógica. “Procuramos respeitar o perfil do consumidor que entra em um determinado varejo. Quando o cliente vai à papelaria, procura, geralmente, um brinquedo que seja uma espécie de complemento do material escolar”, alega. Os produtos Estrela mais procurados para a venda nesses estabelecimentos, segundo Tilkian, são os da linha Super Massa e os jogos de tabuleiro. Outra empresa que segue o estilo educativo pedagógico é a Atto Brinquedos. Participando pela primeira vez da Abrin, a empresa lança este ano um brinquedo de montar que, segundo o proprietário da companhia, Fernando Vianna, visa ao desenvolvimento infantil. “As papelarias precisam ter produtos diferenciados, e não somente aquilo que é encontrado nas tradicionais lojas de brinquedos”, sugere. Gerente de marketing da Xalingo Brinquedos, Tamára Campos acredita que a papelaria
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é local adequado para a venda de brinquedos, mas faz ponderações. “Aqueles que necessitem demonstração ou que ocupem muito espaço não são viáveis, uma vez que grande parte delas possui ambiente reduzido para esse tipo de ação”, diz. Para 2011, a empresa lançou 138 produtos, e, segundo Tamára, muitos deles são adequados para a venda em papelarias, principalmente os de pequeno porte e os jogos. Ela também sugere o investimento em brinquedos em blister, por serem de fácil exposição.
Mais alternativas Se para alguns fabricantes o ideal é que as papelarias optem pela linha educativa pedagógica, para outros, esses estabelecimentos também são vistos como ambiente propício para a venda de outros brinquedos como, por exemplo, carrinhos e bonecas. Diretor da Alpha Brinquedos, Giovani Inácio de Souza garante que essa é uma opção, principalmente, para as lojas localizadas em cidades do interior. “Geralmente, nas capitais, as papelarias são mais focadas em seu próprio ramo. Já no interior, existem mais papelarias que buscam atender às diferentes necessidades do público”, comenta. De acordo com o diretor comercial da Bang Toys, Paulo de Tarso, há uma grande procura das papelarias pelos tapetes em EVA oferecidos pela empresa, e, segundo ele, o produto se encaixa perfeitamente ao mix desse estabelecimento devido ao caráter educativo. “Esse é um artigo muito comprado pelas escolas”, comenta. A Bang Toys comercializa ainda jogos
eletrônicos, videogames, e Tarso acredita que esses produtos também podem ser oferecidos pelas papelarias. Por outro lado, ele afirma que o papeleiro deve escolher brinquedos que se adequem ao perfil de seu estabelecimento. “Se a papelaria for tradicional, é viável que ela invista nos educativos. Mas se ela for moderna e voltada para a venda de itens eletrônicos, por que não oferecer ao público jogos eletrônicos, e até mesmo videogames?”, indaga. Esse é o caso da Leitura. Com 29 lojas espalhadas por sete estados brasileiros, 26 delas em shoppings, a rede de papelaria, que também tem CDs e DVDs, aposta nos games para computadores e videogames. De acordo com o diretor geral da empresa, Marcus Teles, a venda de brinquedos é realizada desde a década de 90, mas o carro-chefe da rede continua sendo os livros e os artigos de papelaria. “Os brinquedos representam pouco mais de 10% do nosso faturamento”, revela Teles. A Barão Distribuidor atua em todo o Brasil e, como afirma seu analista de marketing, Diego Deranian, possui um mix especial para papelarias formado, geralmente, por carrinhos e bonecas. “Hot Wheels e Barbie são os campeões de venda”, comenta Deranian, chamando a atenção para as licenças, segundo ele, preferidas dos meninos e das meninas, respectivamente. O bicho de pelúcia é outro artigo encontrado nas papelarias, potenciais clientes da Maxtone, como garante a designer da empresa, Patrícia Martins. “Acreditamos nesse comércio,
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Mercado Brinquedos pois a papelaria possui um público diferenciado, e é nesse estabelecimento que, muitas vezes, o cliente vai em busca de presentes”, diz. “A pelúcia combina com qualquer tipo de varejo”, acredita Davi Candi, diretor da Lovely Toys, também fabricante do produto.
Para incrementar o mix de brinquedos da sua papelaria O brinquedo de montar da Atto Brinquedos é capaz de originar peças incríveis. A brincadeira promete incentivar a imaginação dos pequenos.
Avaliando o investimento Em alguns pontos, todos os fabricantes concordam, assim como os papeleiros que já apostam na venda de brinquedos – é necessário traçar um plano antes de levar esse tipo de produto para as prateleiras da papelaria. Ficar atento ao perfil do cliente é o primeiro passo para não errar. “Por ter brinquedo na loja, percebo que há um certo afastamento por parte dos adolescentes. Quem atende esse público deve tomar cuidado para não distanciá-lo”, orienta o proprietário da BIG Z Papelaria e Brinquedos (Belo Horizonte/ MG), estabelecimento que desde sua fundação, em 2003, trabalha com os dois segmentos. A concorrência com as lojas especializadas e shoppings é outro problema. Dessa maneira, o varejista deve garantir que não haja esse tipo de comércio próximo ao seu estabelecimento. Há cinco anos, a Scooby Doo Papelaria, Brinquedos e Presentes (Rio de Janeiro/RJ) deixou de investir em bonecas e carrinhos, passando a oferecer aos clientes somente brinquedos pedagógicos. “Hoje, as pessoas procuram os shoppings”, lamenta um de seus sócios, Gilmar Cunha. “A concorrência está bastante acirrada. As grandes redes conseguem melhores condições junto aos
Os tapetes emborrachados em EVA são destaque da Bang Toys. A empresa oferece o produto em diversos tamanhos e estilos. Por meio deles fica fácil aprender os números e também o alfabeto.
O Ursinho Pinta e Brinca, da Bate Bumbo, é opção para a criança que gosta de desenhar e pintar. Depois de colorir o amiguinho, é só laválo e, novamente, dar início à brincadeira. Lançamento da Xalingo, as Teacup Piggies Xalingo vão fazer as meninas se apaixonarem. A linha é composta por seis amáveis porquinhas, que trazem com elas, entre outros itens, mamadeira e certidão de nascimento. Além de emitirem 20 sons e frases diferentes, elas ainda roncam quando colocadas para dormir.
Com foco na linha educativa pedagógica, a Brinquedos Carimbras lançou um série de produtos voltados à aprendizagem infantil.
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A Estrela lançou a linha FaçArte, trazendo, entre outros produtos, um kit que permite às meninas criarem suas próprias borrachas. Depois de escolher as cores e moldar o formato, é só deixar a peça por sete minutos no micro-ondas. Em algumas horas de brincadeira, as garotas estarão cheias de novidades no estojo.
A Flau é a mais nova amiguinha do Smilinguido, tradicional personagem da Editora Luz e Vida. A formiga em pelúcia esbanja simpatia e delicadeza.
A criançada vai se divertir muito e se surpreender com a máquina de fazer bolhas de sabão da Brasilflex.
Os ursinhos lançados pela Maxtone vão conquistar as garotinhas. Eles podem agradar também quem não é mais criança, sendo uma opção de presente para o Dia dos Namorados.
Em parceria, a Tot Toys e a Mundo da Bola Brasil (MDB Brasil) lançam ponteiras de lápis que levam o rosto de cada um dos integrantes do Restart. O intuito é atender aos fãs do grupo, ávidos por produtos da banda.
O baralho infantil da Copag traz os personagens do filme Carros, sucesso principalmente entre os meninos. O brinquedo é garantia de diversão para toda a família.
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1. Com espaço destinado ao público infantil, a Leitura trabalha com brinquedos desde a década de 90. A venda desse produto representa pouco mais de 10% do faturamento da rede de papelarias. 2. A BIG Z investe em brinquedos e artigos de papelaria desde que abriu as portas, em 2003. 3. Carlos Roberto acredita que os brinquedos devem ficar em local visível e ao alcance dos pequenos.
fabricantes e importadores. Além disso, elas possuem grande capital de giro, conseguindo dividir as compras em várias parcelas, o que chama a atenção do cliente”, completa Meyer, da BIG Z. Para não deixar o consumidor confuso, é também preciso que a loja tenha espaço suficiente tanto para os brinque-
Da papelaria ao brinquedo Duranta a 28ª Feira Brasileira de Brinquedos (Abrin), realizada de 13 a 16 de abril na capital paulista, a Editora Luz e Vida lançou a Flau, companheira do Smilinguido, tradicional personagem da empresa. Em 2011, ele completou seu 31° aniversário, e já estampou vários artigos de papelaria como cartões de expressão social, agendas e cadernos, ganhando há 10 anos uma linha de brinquedos. Segundo o coordenador comercial da companhia, Márcio Farinas, essa é uma característica que aproxima das papelarias os quebra-cabeças, os dominós, as pelúcias e os jogos de memória e gramática da famosa formiguinha. “Os brinquedos da empresa identificam-se com a papelaria, pois seu personagem já é figura presente em outros artigos ali encontrados. A criança que leva a agenda do Smilinguido pode também querer levar a pelúcia, como se tudo fizesse parte de uma mesma linha”, exemplifica. A Brasilflex foi outra empresa que se inspirou na papelaria. A companhia que, entre outros artigos, investe em recipientes para a produção de bolhas de sabão pelas crianças, escolheu a licença Jolie, da Tilibra, para estampá-los. “Há 10 anos, começamos a vender para esses estabelecimentos, que hoje representam 14% da nossa clientela”, revela a proprietária da empresa, Eliana Mason.
dos quanto para os artigos de papelaria, que, de acordo com a maioria dos fabricantes, devem ficar em áreas distintas, como na Redepel Loja Jardim Cupece (São Paulo/SP). Seu proprietário, e também diretor de comunicação da Redepel (Associação das Papelarias da Grande São Paulo), Carlos Roberto Araújo, conta que separou em seu estabelecimento um ambiente específico para os brinquedos visando ao conforto dos clientes. “É preciso setorizar, por menor que seja a loja”, garante. Proprietário da Loja Mini Preço (Canoas/RS), Nelson Lima, além dos produtos de papelaria, trabalha com carrinhos, bonecas e até mesmo brinquedos eletrônicos, e é no final do ano que ele passa a dar mais destaque a esses artigos. “A partir de outubro, aumento a quantidade de brinquedos na loja”, revela. A Kompary Presentes (Simões Filho/BA) segue a dica à risca. O estabelecimento foi inaugurado há pouco mais de dois anos como loja de brinquedos, mas depois que cadernos foram colocados à venda, trazendo um grande retorno,
bonecas, carrinhos e velotrol passaram a dividir o espaço com artigos de papelaria. Responsável pela Kompary Presentes, Maria das Dores Pereira conta que, em janeiro, fevereiro e março, todos os brinquedos são retirados da loja, que passa a oferecer ao público somente material escolar. Em maio, a Barbie e as bicicletas voltam para a porta do estabelecimento, enquanto o mix de artigos de papelaria é diminuído. Segundo Maria das Dores, a iniciativa vem dando certo. “Essa foi a maneira que encontramos para trabalharmos com esses dois nichos de produtos. A loja é pequena, e, durante a volta às aulas, é impossível atender ao público de maneira confortável sem a retirada dos brinquedos. Não tivemos nenhuma reclamação dos clientes depois de adotarmos essa postura”, comenta. “Como estamos em uma cidade pequena, precisamos diversificar ao máximo nossa variedade de produtos. Aqui em Simões Filho, não temos lojas de brinquedos especializadas, por exemplo”, completa. &
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Sacolas plásticas
Um sim ao meio ambiente No último mês, o varejista de Belo Horizonte deu adeus à sacola plástica convencional. No dia 18 de abril, entrou em vigor uma lei municipal que proíbe o uso do utensílio, com aplicação de multa para a loja que desobedecer a norma. A REVISTA DA PAPELARIA mostra como os papeleiros da capital mineira se adaptaram à iniciativa, que vem gerando polêmica, e destaca opções caso você também decida apostar no embrulho ecologicamente correto. O meio ambiente agradece. POR RENATA MEDEIROS
Quatrocentos anos. Esse é o tempo que uma sacola plástica convencional demora para se decompor. O tema chama a atenção dos ambientalistas e, desde 2008, parece vir preocupando também as autoridades em Belo Horizonte. Naquele ano, foi criada a lei que proíbe a utilização do material pelos varejistas da cidade, e também estipulado que eles teriam três anos para se adaptar. As sacolas convencionais deveriam ser então substituídas pelas biodegradáveis ou compostáveis, produzidas com material orgânico, retornáveis, feitas de palha ou tecido, ou recicladas. No dia 12 de abril, porém, a lei foi modificada por um novo decreto. “Por meio dele, as lojas precisam oferecer sacolas compostáveis com menção visível de que ela atende às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Além
disso, a utilização das recicladas também foi proibida”, explica Renato Faria Rodrigues, consultor jurídico da Fecomércio Minas (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais). Proprietário da Toque Mágico (Belo Horizonte/MG), Elder Luiz da Silva não aprovou a lei, que, segundo ele, prejudica o comércio e o consumidor. Segundo ele, o governo deveria investir em projetos ambientais, mas sem que isso reflita de maneira brusca nos hábitos e costumes da população. “O uso das sacolas ecológicas poderia ter sido incentivado por meio de campanhas educativas, e não colocado como imposição. Esse é um ato abusivo”, reclama. Para se adequar, ele investiu em sacos de papel e em sacolas recicladas. Apesar do decreto de 12 de abril, a utilização desse último item continua permitida
por 120 dias, a contar do dia 15 do mesmo mês, a pedido da Fecomércio Minas à prefeitura de Belo Horizonte para nova adequação do varejo. Ao contrário de Silva, Fábio Prota, proprietário da Paper House (Belo Horizonte/MG), aprovou a lei, mas confessa que o período de adaptação não vem sendo nada fácil. Ele também substituiu a sacola plástica convencional pelo saco de papel, porém, sente dificuldades em encontrá-los em tamanhos que atendam suas necessidades. “Estou trabalhando com seis diferentes medidas, mas o maior deles cabe apenas um pacote de folha A4”, lamenta. De acordo com Prota, o saco de papel é um pouco mais caro que a sacola plástica convencional, e sua aquisição gerou custo adicional à papelaria. Além disso, devido à nova lei, ele acabou levando prejuízo, já que não conseguiu acabar com seu estoque de sacolas, ficando com duas mil delas em sua loja. “Ainda não sei o que fazer com esse material, já que não posso mais utilizá-lo”, lamenta. O papeleiro gastou ainda R$ 200 em outro instrumento para substituição da sacola: uma bobina de papel, utilizada antigamente pelo comércio para empacotar as compras dos clientes. “Essa foi outra alternativa encontrada, mas ela não agradou aos apressadinhos. Alguns consumidores não gostam de ficar esperando o funcionário embrulhar a compra. Eles ficam impacientes”, afirma.
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Para se adequar à nova realidade, a Paper House passou a investir também na sacola retornável. Após a lei ser decretada, o papeleiro passou a vender o produto em sua loja a R$ 3. Nas compras acima de R$ 50, o cliente leva o produto de brinde. “Com o tempo, o comércio e os clientes vão se adaptando. Só acho que a imposição dessa lei deveria ter sido melhor planejada. Além disso, acredito que outras medidas deveriam ser tomadas. Por que o governo não incentiva os produtores de sacolas plásticas a investirem em produtos ecológicos? Poderiam ser cobrados menos impostos das empresas que se propusessem a apostar nesse tipo de produto”, sugere. Na Papelaria Miramar (Belo Horizonte/MG), a nova lei fez a saída de sacolas de papel kraft, antes vendidas para carregar presentes, aumentar. Apesar da boa notícia, o período de adaptação para Laila Ribeiro Nazar, proprietária da loja, também está sendo complicado. Ela continua utilizando sacolas plásticas recicladas e pretende substituí-las pelas compostáveis. O problema é que, devido
à alta procura pelo produto, está sendo difícil fazer o pedido do material. “Estou correndo atrás dos fornecedores, mas eles alegam estarem sobrecarregados. Isso vem acontecendo não só com as compostáveis, mas também com as retornáveis”, revela. Enquanto as sacolas ecológicas não chegam à loja, Laila, assim como Prota, vem fazendo alguns embrulhos com papel da bobina, que ela já possuía na papelaria. “O meu pai trabalhava com esse material. Estou voltando ao passado”, brinca. Apesar dos contratempos, a papeleira diz que está de acordo com a lei. “A iniciativa vale a pena. O planeta precisa de ajuda”, afirma.
Impacto Para o presidente da CDL/ BH (Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte), Marco Antônio Gaspar, toda iniciativa que tem como intuito proteger o meio ambiente é válida. Porém, ele considera exagerada a lei adotada na capital mineira. “As sacolas recicladas poderiam ser utilizadas, como foi primeiramente estipulado”, reclama.
Um dos pontos negativos que a regulamentação trouxe ao varejo, segundo Gaspar, foi a diminuição da venda por impulso. Isso porque, em certas ocasiões, o consumidor, por ter que pagar pela embalagem ou levar a mercadoria na mão, acaba desistindo da compra. “A pessoa vai ao supermercado porque precisa comprar uma caixa de leite, mas, ao chegar lá, acha melhor levar cinco de uma vez. Quando ela lembra que não terá como carregar a mercadoria, acaba comprando só aquilo que realmente precisa”, exemplifica. Por
A nova lei fez com que a saída de sacolas de papel kraft, antes destinada aos presentes, aumentasse na Papelaria Miramar.
Um projeto lançado em Xanxerê, município de Santa Catarina com cerca de 50 mil habitantes e apoiado pela prefeitura, pela a Agenda 21 local e pelos mercadistas da cidade, diminuiu a utilização de sacolas plásticas convencionais na região em 80%. “Fizemos um trabalho educativo com o intuito de mostrar como o uso de sacolas plásticas convencionais trazem impactos negativos ao meio ambiente. No início, alguns consumidores reclamaram, mas, atualmente, a maioria da população abraça a causa”, conta o fundador da Agenda 21 local, Alceu Lorenzon. O projeto foi lançado há dois anos, fazendo com que o varejo passasse a oferecer aos clientes, entre outras alternativas, caixas
de papelão e sacolas retornáveis. Já o cliente que não abre mão da convencional, pode utilizá-la, pois ela continua disponível em alguns estabelecimentos. Porém, esse consumidor terá que pagar R$ 0,10 por um pacote com cinco unidades do produto. “Todos os supermercados em Xanxerê aderiram à causa, assim como grande parte do varejo. Pode-se dizer que 60% das lojas abraçaram a iniciativa”, comemora Lorenzon. Desde agosto de 2010, por meio de um projeto, as sacolas plásticas convencionais foram banidas dos supermercados de Jundiaí, São Paulo. A Associação Paulista de Supermercados (Apas) assinou um acordo com o governo estadual, cujo objetivo é estender a iniciativa a todo o estado de São Paulo.
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Fique por dentro
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Sacolas plásticas outro lado, Gaspar acredita que “esse é só um mal-estar inicial. Com o tempo a situação vai se ajeitando”. Vice-presidente do Sindilojas-BH (Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belo Horizonte), Paulo Cançado Gonçalves, acredita que o comércio não estava totalmente preparado para se adequar à nova lei, apesar dela ter sido criada em 2008. “Muita gente achou que ela não iria realmente entrar em vigor, e, dessa maneira, alguns lojistas foram pegos de surpresa”, conta. Porém, assim como o presidente da CDL/ BH, ele diz estar confiante na versatilidade do varejo e na capacidade que ele possui de se adaptar às mudanças.
Responsabilidade A sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente já são assuntos que estão em pauta no mercado varejista, e a discussão em relação ao uso das sacolas plásticas é realidade
tanto em pequenos quanto em grandes municípios. Segundo o pesquisador do Programa de Responsabilidade Social e Sustentabilidade no Varejo da Fundação Getúlio Vargas, Luiz Macedo, a substituição da sacola convencional é um processo natural que, mais cedo ou mais tarde, será adotado em todo o país. “Cada vez mais, cidades e estados vão procurar ter leis e regulamentações em relação ao uso desse utensílio”, acredita. Em relação à lei decretada em Belo Horizonte, Macedo alega que uma iniciativa como essa precisa tanto de uma “experiência piloto” quanto de um processo de sensibilização, o que ele não enxergou na capital mineira. “É complicado criar uma lei em 2008 e cobrar seu cumprimento três anos depois, sem que durante esse tempo não tenha sido realizado nenhum processo de conscientização. Esse tipo de legislação é importante a partir do momento que o
comerciante e o consumidor estejam cientes disso”, alerta. Com ou sem lei, ele lembra que o varejo precisa promover o consumo consciente, pois o consumidor valoriza essa ação. Além disso, o pesquisador destaca que o varejo, unido, possui força suficiente para para estimular a indústria, levando-a a mudar seus hábitos e fazendo com que ela também repense a questão do meio ambiente.
Para Luiz Macedo, do Programa de Responsabilidade Social e Sustentabilidade no Varejo da FGV, a tendência é que, aos poucos, a sacola plástica convencional seja substituída em todo o varejo brasileiro.
Cobrança pela compostável não é unânime Com o decreto que proíbe o uso de sacolas plásticas no comércio de Belo Horizonte, o lojista da capital mineira ficou autorizado a oferecer aos seus clientes as seguintes opções de embalagens: sacos e embrulhos de papel, assim como sacolas retornáveis e biodegradáveis, chamadas também de compostáveis. A utilização dessa última, porém, vem gerando discussão na capital mineira. Isso porque, apesar da lei não impor tal iniciativa, as lojas passaram a cobrar do consumidor R$ 0,19 por unidade do produto. Presidente da CDL/BH, Marco Antônio Gaspar concorda com a medida. Ele lembra que se a sacola compostável for fornecida gratuitamente pelo varejo, seu valor, na verdade, estará embutido nos preços dos produtos vendidos nas lojas. “Isso seria injusto, por exemplo, com quem utiliza a retornável”, avalia. Gaspar destaca ainda que a cobrança pela sacola compostável é uma maneira de incentivar a população a aderir à retornável. Por
outro lado, o vice-presidente do Sindilojas-BH, Paulo Cançado Gonçalves, acredita que essa realidade precisa ser mudada. “O consumidor deve ser tratado como rei. É de péssimo gosto cobrar dele a embalagem”, alega. No último mês, a Câmara Municipal de Belo Horizonte realizou uma audiência pública com o objetivo de discutir a cobrança de R$ 0,19 por sacola compostável. Foi então pedido que o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon Municipal) se posicionasse em relação ao assunto e investigasse ainda uma suposta formação de cartel, já que o produto está sendo comprado de um único fabricante e vendido pelo mesmo preço em todos os estabelecimentos. O instituto também enviou amostras da sacola compostável ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) com o objetivo de testar a qualidade das mesmas. Até o fechamento desta edição, o resultado não havia sido divulgado.
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Entenda a polêmica mineira Não espere a substituição da sacola plástica se transformar em lei em sua cidade ou estado. Conheça e opte agora mesmo pelas embalagens ecologicamente corretas:
SACOLA RETORNÁVEL - Produzida de materiais como TNT, palha e tecido, ela não é descartável. Uma opção para a loja que optar por esse artigo é a Argos Brasil (www.argosbrasil.com.br)
SACOLA BIODEGRADÁVEL OU COMPOSTÁVEL - Produzida com material orgânico, geralmente amido de milho, ela degradase em 180 dias pela ação de microorganismos presentes em ambientes de compostagem de lixo. Após o processo pode ser utilizada na adubação. Extrusa Pack (www. extrusa.com.br) é um fornecedor.
SACOLA DE PAPEL - Outra opção é o produto produzido com papel. As embalagens produzidas pela Imballaggio (www.imballaggio.com.br), por exemplo, são sócio-ambientalmente corretas, fabricadas a partir de celulose extraída de florestas renováveis e certificadas.
SACOLA OXIBIODEGRADÁVEL - É feita de polímero de petróleo com aditivo D2W (com manganês na composição), que acelera a decomposição e transforma a sacola em pó. Esse processo acontece naturalmente, em cerca de 18 meses. A Emplasmyl Embalagens (www.emplasmyl.com.br) é um dos fabricantes do produto.
SACOLAS RECICLADAS - Produzidas a partir de materiais plásticos reciclados. A utilização do produto gera polêmica, pois, segundo ambientalistas, quando descartada ela provoca os mesmos impactos ambientais da sacola convencional.
De volta à polêmica que envolve a utilização das sacolas plásticas convencionais, ele orienta os lojistas a deixá-las de lado, se possível, mesmo que essa não seja ainda uma obrigação em seu estado ou município. “Esse seria um diferencial fantástico, que, com certeza, chamaria a atenção do público. “Para o grande varejo, a responsabilidade em relação ao meio ambiente vai somente nivelá-lo aos demais. Para a pequena loja, porém, a preocupação com o mundo em que vivemos é capaz de fazer com que ela se destaque no mercado”, alerta. &
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Você não precisa esperar virar lei...
Em fevereiro de 2008, foi criada a Lei Municipal 5.929 que proíbe o uso de sacolas plásticas pelos estabelecimentos comerciais de Belo Horizonte. Em dezembro do mesmo ano, ficou estabelecido, por meio do Decreto 13.446, que os lojistas teriam três anos para se adequar. As lojas deveriam passar a oferecer aos clientes sacolas compostáveis, retornáveis ou recicladas. Em 2011, a Lei, que passaria a valer no dia 18 de abril foi revogada pelo decreto 14.367, de 12 de abril. Por meio dele, o uso da sacola plástica reciclada também fica proibido. Além disso, as compostáveis precisam trazer a menção de que estão de acordo com normas da ABNT. Como algumas lojas já haviam se adaptado à Lei 5.929, a Fecomércio Minas pediu à prefeitura a extensão do prazo para adequação ao decreto 14.367. Dessa maneira, as sacolas plásticas recicladas podem ser utilizadas por mais 120 dias, de acordo com o decreto 14.381, de 15 de abril. Em abril, a Câmara Municipal realizou audiência pública e estipulou que seria pedido ao prefeito a revisão do decreto. A reunião com o executivo, porém, não havia sido marcada até o fechamento desta edição. Há uma movimentação de entidades como a Sindilojas para que o Decreto 14.381 seja anulado, passando a valer na capital mineira a Lei 5.929, que permite o uso de sacolas recicladas. Apesar da polêmica, varejistas afirmam que alguns consumidores não aceitaram bem a nova Lei, porém, a maioria parece ter abraçado a causa. Minas Gerais pode ser o primeiro estado a banir, por lei, o uso de sacolas plásticas do comércio. O projeto que prevê o fim das sacolas convencionais já está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
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Mercado Global Tradicional feira japonesa pode ajudar a economia do país após catástrofe Em março, o Japão foi notícia nos jornais em todo o mundo. Naquele mês, mais precisamente no dia 11, um terremoto, seguido de tsunami, devastou a costa leste do país, deixando o Oriente e o Ocidente apreensivos e de olho na terra do sol nascente. O incidente acabou gerando dúvidas sobre a realização da International Stationery & Office Products Fair Tokyo (Isot) este ano, mas, em comunicado oficial à imprensa, a Reed Exhibitions, organizadora da feira, afirmou que, apesar do ocorrido, a Isot não sofrerá alterações, e, como nos anos anteriores, ela promete agitar o setor e aquecer o mercado. Em 2011, a feira japonesa chega à sua 22ª edição, reunindo, junto a eventos paralelos, 1.850 expositores. A expectativa é a de que 75 mil visitantes compareçam à Isot, que acontecerá em Tóquio, capital do país. Apesar dos problemas que o arquipélago ainda enfrenta devido à catástrofe natural, a data de realização da feira não foi alterada, e, como informou o presidente da Reed Exhibitions Japan, Tad Ishizumi, ela continua marcada para acontecer de 6 a 8 de julho – “Tóquio está localizada a 400 quilômetros do epicentro do terremoto. Além disso, já passamos por essa experiência no passado. Os negócios no país foram retomados duas semanas após o incidente”. No mesmo comunicado à imprensa, ele lembrou que o tsunami não trouxe consequências à cidade e alegou serem poucos os prédios afetados pelo terremoto. O transporte público em Tóquio também já opera normalmente. Em relação à usina nuclear de
Para a Isot 2011, os organizadores do evento esperam receber 75 mil visitantes. O terremoto seguido de tsunami, que atingiu o Japão em março, não trouxe consequências diretas à realização da feira.
Fukushima, que sofreu com os impactos do incidente tornandose uma ameaça à região onde ela se encontra, Ishizumi esclarece que o nível de radiação liberado por ela é baixo para causar qualquer dano à saúde das pessoas que se encontram na capital do país. “Todas essas informações foram coletadas junto ao governo e à mídia. Dessa maneira, pedimos que os interessados continuem a se preparar para a feira. Estamos recebendo várias mensagens de profissionais de todo o mundo relatando suas expectativas em relação à Isot. Não há dúvidas de que serão muitos os visitantes”. O presidente da Reed Exhibitions Japan também informou que a empresa expressa condolências às vítimas da catástrofe e acredita que a feira será uma das ferramentas utilizadas para ajudar na recuperação da economia
japonesa. “Estamos mais determinados que nunca a fazer um evento de sucesso, que contribua para a revitalização da indústria, para a criação de negócios, ajudando assim na recuperação das áreas mais atingidas pelo terremoto seguido de tsunami”. Em entrevista à REVISTA DA PAPELARIA, a relações públicas internacional da Reed Exhibitions, Chiharu Nishiura, adiantou que, para 2011, os visitantes da Isot podem aguardar várias surpresas, entre elas a criação de duas novas áreas dentro da feira. Uma delas, a Gift Wrapping Zone, será voltada para as mais diversas e diferentes embalagens. Já na Office Consumables Zone, será possível encontrar artigos como tinta, toners e outros acessórios para computadores. Para mais informações sobre a Isot 2011, acesse www.isot-fair.jp/en. &
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Evento realizado em Istambul terá novo setor em 2012 De 13 a 17 de abril, 22.500 pessoas visitaram a International Istanbul Stationery, feira voltada ao setor papeleiro realizada em Istambul, na Turquia. O evento contou com a presença de 250 expositores, que levaram para a feira lançamentos e novidades. Os setores Pre-School and School and Educational Publications e Technology Section, onde era possível encontrar produtos voltados para crianças e artigos de informática, respectivamente, destacaram-se, e, segundo o gerente de projeto do evento,
Günay Arslan, a ideia para o próximo ano é a criação de um novo setor. “Há muitos profissionais interessados em participar da International Istanbul Stationery, e, dessa maneira, pretendemos criar um novo espaço para atender essa demanda. Já temos uma enorme lista de interessados em participar do evento em 2012”, comenta. Ele destaca ainda que o mercado papeleiro turco vem se fortalecendo e, cada vez mais, oferecendo produtos de
boa qualidade a preços competitivos. “A feira é uma perfeita plataforma para o encontro de grandes nomes do setor papeleiro. O evento consegue suprir tanto as necessidades dos compradores quanto dos vendedores”, avalia. Até o fechamento desta edição, a data oficial da International Istanbul Stationery 2012 não havia sido divulgada, mas, de acordo com Günay, a previsão é que o evento do próximo ano tenha início marcado para a segunda semana de abril. &
A International Istanbul Stationery vem ganhando cada vez mais espaço e destacandose no cenário internacional.
MÉXICO A filial mexicana da Pentel vem ampliando seu espaço de vendas e distribuição. A Pentel do México opera no país desde 1997, sendo a distribuidora exclusiva da companhia em território mexicano. COLÔMBIA A filial da Kores na Colôm-
bia desenvolve atividades no país com o inuito de prevenir o mau trato infantil. Entre elas, destacam-se a relização de uma peça de teatro sobre o tema e o apoio à Fundácion Niña María. ESTADOS UNIDOS Do dia 15 ao dia 18 deste mês, acontece, em Nova York, nos Estados Unidos, a Paper
Power – National Stationery Show. A feira promete reunir todos os setores envolvidos com o mercado de papelaria, assim como designers e profissionais de licenciamento. Mais detalhes em www.nationalstationeryshow.com. ALEMANHA A Messe Frankfurt, orga-
nizadora da Paperworld Frankfurt, anunciou mudanças para o evento em 2012. A Hair and Beauty não será uma feira paralela à Paperworld e acontecerá em maio. Dessa maneira, os profissionais que trabalham com cartões, calendários álbuns e presentes ocuparão o hall que antes era destinado ao evento voltado à indústria de cosméticos. &
* Com a colaboração das revistas associadas à Ispa (International Stationery Press Association) e ISG-Guide.
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CONEXÃO*
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Vitrine Nova versão o Investindo cada vez mais no público feminino, a Acri-met ampliou a linha Rosé, incluindo o Maxi Office. O produto, já conhecido no mercado por estar presentee em outras linhas, possui base giratória e acompanhaa os principais itens de escritório, como lápis, caneta,, tesoura e grampeador. (11) 4343-5577 &
Periféricos no estojo Quem usa notebook, costuma sentir falta de alguns acessórios. O Notebook Travel Kit 4 em 1, da Multilaser, traz uma prática solução. Dentro de um estojo com zíper vem um súper minimouse e um miniteclado numérico retráteis, um leitor de cartão USB 2.0 universal e um fone de ouvido com microfone. (11) 3616-8600 &
Agora, é menina Acompanhando o crescimento das fãs, a boneca Polly ganhou traços humanos e virou menina. Agora, a personagem agrada a uma faixa etária mais ampla. A novidade pode ser encontrada em cadernos, fichários, papel A4 e jogo da memória da Jandaia. (11) 4442-8300 &
Velocidade de transferência Com os equipamentos de informática, nenhuma informação é jogada fora, e é preciso cada vez mais espaço de armazenamento. Por isso, muitas pessoas optam pelos HDs externos que costumam oferecer grande capacidade de memória. Para otimizar a transferência de dados, a Mtek lançou o case para HD de 2,5”, com USB 3.0, tecnologia que permite transferência até 10 vezes mais rápida que a convencional 2.0. (11) 5567-0070 &
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Inovando com sofisticação A Credeal antecipou o lançamento das coleções 2012, já está com 18 novas linhas para diversos públicos. Entre elas, a linha Gift, que tem como tema principal a moda internacional. As capas artísticas dão tom sofisticado aos cadernos, permitindo que sejam usados como presente. Dois itens são exclusivos para o Brasil: as estampas da estilista espanhola Agatha Ruis de La Prada e do ilustrador uruguaio Jordi Labanda. 0800-7041366 &
Arquitetura na capa A linha Cairo, da Tilibra, é inspirada na arquitetura árabe muxarabiê, marcada por treliças de madeira e presente na fachada de grandes prédios. Na adaptação para os quatro modelos de caderno, cores neutras e vibrantes se misturam resultando em estampas modernas. 0800-12766 &
Literatura infantil
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Inspirada em publicações infantis francesas, a Editora Magia de Ler lançou duas séries que enriquecem o conhecimento e incentivam a leitura, com conteúdo e autores nacionais. Os livros Toca e Peteca são voltados para crianças de 1 a 4 anos e de 5 a 8 anos, respectivamente. Além de histórias, os livros trazem seções fixas de brincadeiras, artesanato, culinária, ciências, história, geografia e cultura. (11) 3512-9436 &
Útil e fashion Para as mulheres que se preocupam com os detalhes, a Pado lançou cadeados com estampas de oncinha e zebrinha, que além da utilidade podem servir como acessórios estilosos. As hastes são coloridas, combinando com a estampa, além de flexíveis, podendo ser usadas em armários, bolsas e malas, por exemplo. 0800-7014224 &
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Onde Encontrar Entrevistados e anunciantes Acrimet (11) 4343-5577 www.acrimet.com.br Alpha Brinquedos (11) 2482-6571 www.alphabrinquedos.com.br Aquarela Livraria e Papelaria (67) 3291-2298 Associação Comercial do Pará (91) 4005-3900 www.acp.com.br Atto Brinquedos www.attobrinquedos.com.br Bang Toys (11) 5522-6395 www.bangtoys.com.br Barão Distribuidor (11) 3305-1010 www.centroatacadista.com.br
Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (61) 3213-2000 www.cndl.org.br
Instituto Ayrton Senna (11) 2974-3000 senna.globo.com/ institutoayrtonsenna
Conveniente Comércio de Papelaria (92) 3613-8634
L&C Eventos (31) 3332-2074
D´Longui Papelaria (68) 3462-1633 Editora Atlas 0800-171944 www.editoraatlas.com.br Editora Ser Mais (11) 2659-0964 www.revistasermais.com.br Estrela 0800-7045520 www.estrela.com.br
Bic 0800-0252959 www.bic.com.br
Faber-Castell 0800-7017068 www.faber-castell.com.br
BIG Z Papelaria e Brinquedos (31) 33779600
Filuka Papelaria (95) 3626-2435
Bravus (21) 3325-6833 www.bravuspacks.com.br
Fofi (41) 3076-3306 www.fofi.com.br
Brinquedos Carimbras (42) 3222-7077 www.carimbras.com.br
Forte Center (91)3264-5100
Bruynzeel-Sakura www.bruynzeel-sakura.com
Francal Feiras (11) 2226-3100 www.francal.com.br
Carbrink (11) 3555-8666 www.carbrink.com.br
Graffit´s – Papelaria e Informática (68) 3322-1366
CDL/BH (31) 3249-1666 www.cdlbh.com.br Chies (51) 2131-4200 www.chies.com.br Cia. do Software (11) 4122-6855 www.ciadosoftware.com.br
Grafon’s (11) 4152-0800 www.grafons.com.br
Paper House (31) 3287-6601 Piau Formulários (93) 3523-2240 Pimaco 0800-0252959 www.pimaco.com.br
Leitura (31) 3287-2002 Livraria Concorde (92) 3215-3636 www.livrariaconcorde.com.br
Programa de Responsabilidade Social e Sustentabilidade no Varejo/FGV www.varejosustentavel.com.br
Loja Mini Preço (51) 3463-5797
Redepel Loja Jardim Cupece (11) 5679-5200
Lovely Toys (11) 3824-0339 www.lovelytoys.com.br
Reed Exhibitions web.reedexpo.co.jp Sanbig Papelaria e Armarinho (79) 3522-1283
Kompary Presentes (71) 3296-5300
Scooby Doo Papelaria, Brinquedos e Presentes (21) 2751-2444
Maxcolor www.max-color.com
Shalom Livraria e Papelaria (69) 3442-2777
Maxtone (21) 2560-9604 www.maxtone.com.br
Sindilojas-BH (31) 3272-5987 www.sindilojasbh.com.br
Papel & Cia (63) 3421-2277
Smile House (41) 3585-5763 www.smilehouse.com.br
Papelaria Arco-Íris (69) 3541-2166 Papelaria do Mágico (11)2208-0207 Papelaria Dunorte (65) 2121-4455 www.papelariadunorte.com.br Papelaria Lucena (92) 3633-1603 Papelaria Miramar (31) 3201-0544 Papelaria Rabisco (28) 3529-1759
Suzano Papel e Celulose 0800-05505100 www.suzano.com.br Teca Produtos de Papelaria (11) 3081-4311 www.teca.com.br Tilibra (14) 3235-4003 www.tilibra.com.br Toque Mágico (31) 3284-2208
Grupo EkoBio (11) 2638-0040 www.grupoekobio.com.br
Papelaria Três Rios (83) 3513-8867
Xalingo Brinquedos (51) 3719-1009 www.xalingo.com.br
Holanda Papelaria (69) 3043-2047
Papelaria Tropical (96) 3223-2039
Zenir Disarz Cartões e Presentes (54) 3391-1141
Acrimet – páginas 2, 3 e 5
Ecologic – página 13
Natal Show – página 7
Bic –páginas 52
Fenabags – página 27
Office PaperBrasil Escolar – página 17
BNK – página 15
Fenapel – página 49
Visitex – página 35
Brasil Escolar – página 23
Ispa – página 51
VMP – página 19
Carbrink – página 37
Libreria Editora – página 33
Waleu – página 11
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Ponto Final
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