Informativo do Hospital das Clínicas da FMUSP - Disponível na Intranet - nº 8280 -
Fevereiro de 2016
Centro de Inovações: compromisso com a tecnologia - pg.03
Dedicação profissional em hospitais conquista público de séries de TV - pg.06
Creche do HC aplica pedagogia avançada para futuro da criança - pg.08
Garanta seus direitos: atualize seu cadastro funcional - pg.02
Árvores revelam valores da História da Medicina - pg.05
HC em Notícias
FIQUE POR DENTRO
Atualização Cadastral
Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da FMUSP HC em Notícias é uma publicação do Núcleo de Comunicação Institucional da Chefia de Gabinete da Superintendência do HCFMUSP
Presidente do Conselho Deliberativo: Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Junior Diretora Clínica: Profa. Dra. Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá Superintendente: Eng° Antonio José Rodrigues Pereira Conselho Editorial: NCI e CCIs Jornalistas responsáveis: Ana Cláudia O. Ananias Mtb 43448/SP Fernando Zamith Mtb 11286/SP Fotos: Agnaldo Dias Correia Mtb 65339/SP CTP Diagramação: Ricardo Alves Revisão: Solange Cirelo
Fique atento ao calendário para a Atualização Cadastral de todos os funcionários do Hospital das Clínicas (HC), da Fundação Faculdade de Medicina (FFM), da Fundação Zerbini (FZ) e Residentes da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). • Março: Prédio da Administração e Anexos, Hospital Auxiliar de Cotoxó, InCor, Hospital Auxiliar de Suzano e IOT. • Abril: IPq e ICr.
Para mais informações acesse o link disponível no site do HC e nas intranets do HC, das Fundações e dos Institutos. Ao atualizar seus dados, você está garantindo seus direitos trabalhistas e previdenciários. Faça parte deste processo!
Projeto Cuidando do Cuidador
Impressão e acabamento: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Tiragem: 10 mil exemplares Endereço: Prédio da Administração - 3º andar Telefone: 2661-6818 - Fax: 2661-7036 Disponível na intranet: www.phcnet.usp.br Site: www.hc.fm.usp.br Twitter: twitter.com/hospitalHCFMUSP e-mail: hcemnoticiasnci.adm@hc.fm.usp.br HC em Notícias se reserva o direito de editar e-mails e cartas encaminhadas à redação.
O projeto do AMS/SAMSS consiste em visitar os servidores internados no IOT, InCor e ICHC, oferecendo melhor assistência para a sua recuperação e bem-estar. A seguir, depoimento de quem já foi beneficiado com a visita social:
“O atendimento na Obstetrícia superou minhas expectativas. Meu filho está na UTI Neonatal, bem assistido. Estou confiante em sua recuperação.”
Laressa Marques
“Agradeço pelo cuidado prestado por todos os profissionais da Urologia e pelo sucesso da cirurgia.”
Francilene de Maria Santos Jesus
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Fevereiro de 2016
Inova HC: um centro de inovações
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o longo do mês de fevereiro, o Inova HC - membro da Rede Inova São Paulo que visa capacitar e interconectar expertises do Estado e do País - sediou, no auditório do Instituto de Radiologia (InRad), evento sobre soluções em saúde e a primeira formação das Startups de Saúde do Brasil. O HCFMUSP é reconhecido como Instituição Científica e Tecnológica do Estado de São Paulo (ICTESP), o que o habilita a concorrer a fundos e financiamentos (estaduais e federais) específicos para pesquisa, desenvolvimento e inovação. E ainda permite que seu parceiro privado obtenha dedução de impostos e incentivos fiscais. O evento - Syte eHealth Summit Brazil 2016 – marcou o início de atuação como um centro de inovação tecnológica, contando com representantes da indústria e instituições parceiras com expertise em soluções de eHealth. Participaram empreendedores, inovadores e investidores.
E-Health é qualquer aplicação de Internet, utilizada em conjunto com outras tecnologias de informação e comunicação, voltada para a melhoria do acesso, da eficiência, da efetividade e da qualidade dos processos clínicos e assistenciais necessários a toda a cadeia de prestação de serviços da saúde. Há um conjunto de ferramentas e serviços capazes de sustentar o atendimento ao paciente de forma integrada e através da Web. Entre elas, o Electronic Health Records (Prontuário Digital), Hospital Information Systems (Gestão Hospitalar), National Electronic Registries (Registro Nacional de Saúde), National Drug Registries (Controle Nacional de Medicamentos), Decision Support Systems (Suporte a Tomada de Decisão), Community Health Management (Gestão das Comunidades de Saúde) e Telehealth (Telessaude). A discussão no encontro no Inrad teve como objetivo avaliar o papel da saúde digital no Brasil e no mundo, buscando a melhor estratégia para esse segmento. No evento, além da apresentação de cases, destacou-se a formação pioneira de Startups de Saúde no Brasil. O ritmo de evolução das novas tecnologias e a dinâmica do mercado exigem adequação rápida por parte de instituições das dimensões do HCFMUSP, que atende 2,5 milhões de pacientes por ano e dispõe de 62 Laboratórios de Investigação Médica (LIMs). Ao atuar com parceiros-chave do Sistema de Saúde (principalmente, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), a Instituição se compromete a implementar novas políticas e abrir caminhos às parcerias com o setor privado para atrair empreendedores e investidores capazes de impulsionar soluções tecnológicas na área da saúde.
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HC em Notícias
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Círculos de Diálogo
preparam grande conferência do Projeto 2020
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rês reuniões – os Círculos de Diálogo, em 18 de fevereiro e nos dias 3 e 23 de março – iniciam o andamento preparatório à Conferência Busca do Futuro – Fazer Mais do Mesmo ou Mudar Paradigmas, do Projeto FMUSP 2020, a ser realizada no próximo dia 20 de maio. O Projeto – iniciado seis anos atrás - vem consolidando o objetivo de modernizar a gestão do Sistema FMUSP-HC. O ano 2020 foi escolhido por marcar os 100 anos do lançamento da pedra fundamental da Faculdade de Medicina da USP. Na primeira reunião, o Círculo de Diálogo tratou do assunto Humanização; a segunda reunião cuida do eixo Sustentabilidade. Já a terceira do tema Inovação e Tecnologia. “Muito já foi realizado” – destaca o Prof. Dr. Yassuhiko Okay, Vice-Diretor Geral da Fundação Faculdade de Medicina. “Todos, sem exceção, em suas mais diferentes categorias profissionais, têm muito a contribuir para as políticas da Instituição” – diz o Professor. O Projeto concentra as discussões em seis eixos temáticos: Integração; Humanização; Sustentabilidade; Internacionalização; Excelência de Ensino e Incorporação de novas tecnologias em ensino, pesquisa e assistência. “Todos os seis eixos e convidados vão refletir sobre o que já foi alcançado. Uma instituição são pessoas, que trabalham em diferentes categorias, têm muito a sugerir e melhorar. O importante do ponto de vista institucional é a continuidade de um processo” – diz o Prof. Dr. Yassuhiko Okay. Os Círculos de Diálogo reúnem informações, demandas e histórias relevantes para detalhar a agenda para a Conferência principal. “Estamos aqui na Instituição para servir. Servimos a nós mesmos, colaboradores, alunos e pacientes. Em muitas situações, preenchemos necessidades das pessoas. É preciso compromisso, adesão e responsabilidade.” – destaca o Professor Okay.
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NOSSA GENTE
Árvores da saúde Duas árvores destacam-se no Quadrilátero da Saúde. À exceção de placas com a sua breve história, podem não chamar a atenção de quem passa. Mas, essas duas espécies expressam a mais sólida ligação com o exercício da Medicina e guardam em si símbolos da história da saúde do homem.
Árvore de Hipócrates:
Árvore de Nicolas Andry:
Esse plátano (Platanus orientalis) fica nos jardins da Faculdade de Medicina da USP. A muda foi doada pelo prefeito da ilha grega de Cós, onde, conta a tradição, Hipócrates (460 aC-377 aC) ensinava Medicina a seus discípulos à sombra de um arvoredo. Está plantada na FMUSP desde 1997. Simboliza as lições e preceitos formulados pelo Pai da Medicina.
Essa espécie está plantada nos jardins do Instituto de Ortopedia e Traumatologia. Tornou-se o símbolo da especialidade. Aliás, ortopedia foi um termo criado pelo médico francês Andry (1658-1742). Seus estudos concluíram que desvios posturais são determinados por causas ósseas. E fez, em 1741, o famoso desenho da árvore que leva seu nome.
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HC em Notícias
ARTE, CULTURA E LAZER
Por que hospitais conquistam público de séries de TV
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o início dos anos 90, o escritor Michael Crichton (1942-2008), então já dono de sólido sucesso literário, atendeu convite do diretor Steven Spielberg, cujo projeto era realizar um filme sobre o cotidiano de um grande hospital. Crichton era a escolha ideal. Médico formado em Harvard, ele tivera uma experiência muito rica como residente do Massachusets General Hospital, em Boston. E assim, os dois mergulharam no trabalho do roteiro para a tela grande. Mas, durante as reuniões, o escritor falou de seu romance em finalização sobre engenharia genética e dinossauros. Spielberg ficou tão empolgado que trocou o projeto. O filme sobre médicos cedeu lugar a “Jurassic Park”, que se tornou um dos grandes recordistas de bilheteria do cinema. E o roteiro do filme sobre médicos? Transformou-se em série de TV de igual sucesso. “E.R: Plantão Médico” (1994-2009) ficou 15 anos no ar. E.R é a sigla em inglês de Sala de Emergência. Qual a razão de as séries de televisão sobre hospitais, médicos e enfermeiras ganharem tanto a afeição do público? No Brasil dos anos 60, dois médicos conquistaram os telespectadores. “Dr. Kildare” (19611966) era um jovem residente (Richard Chamberlain) e “Ben Casey” (1961-1966), um neurocirurgião (o ator Vince Edwards) de extrema dedicação aos pacientes. Entre os anos 60 e 70, mais séries surgiam sobre a temática saúde e hospital como “As Enfermeiras” e “Ponto Crítico” (sobre um médico psiquiatra), ambas exibidas no Brasil. No entanto, ficou inédita por aqui “General Hospital”, que começou em 1963 e até hoje – 43 anos ininterruptos - é exibida na TV americana.
Com o tempo vieram “Marcus Welby, Médico” (1969-1976) sobre um clínico-geral (Robert Young) e seu assistente. Outras dezenas de séries médicas não vieram para a TV brasileira. Entre elas, “St Elsewhere” (1982-1988), sobre jovens residentes. Na Rede Globo, entre 1998 e 1999, “Mulher” foi uma série nacional com Eva Wilma e Patrícia Pillar no papel de duas médicas de uma clínica só para atendimento feminino. Recentemente, as duas temporadas foram reexibidas pelo Canal Viva, da TV por assinatura. “Grey´s Anatomy” - outra série americana - está no ar desde 2005 (o título é referência a um notável manual médico nos Estados Unidos). Já “House” (2004-2012) ganhou público fiel graças a um decifrador de diagnósticos tal qual um Sherlock Holmes da Medicina: Dr. House, instigante infectologista e nefrologista (Hugh Laurie). Há ainda séries médicas de época como a recém-lançada “Mercy Street” (2016) que trata de duas enfermeiras de Santas Casas de Misericórdia em campos opostos na Guerra Civil Americana (1860-1865). Já os ingleses produzem, desde 2012 o drama “Call the Midwife”, cujas histórias se passam nos anos 50 sobre o trabalho da “midwife” (parteira ou obstetriz). A lista reúne centenas e centenas de produções. Mas, a pergunta – “qual a razão de tantas séries médicas?” – tem resposta. O veterano médico Dr. Gillespie, preceptor do Dr. Kildare já dizia: “Nosso trabalho é manter as pessoas vivas, não dizer a elas como viver”. E só mesmo um hospital pode reunir tantas paixões humanas com a mais generosa das missões: doar-se pela vida dos outros. O cinema e a TV sabem disso.
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AGENDA
Fevereiro de 2016
Simpósio Internacional de Embolia Datas: 4 e 5/3/2016 Local: Centro de Convenções Rebouças Informações e inscrições: 2661-5318 | simposiotep2016@gmail.com
Terapia cognitivo-comportamental focada no tratamento da dependência química Datas: De abril a julho de 2016 (dois sábados por mês), das 8h30 às 13h30. Realizado pelo Programa Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria (IPq), o curso é coordenado pelo Prof. Dr. André Malbergier e Psicóloga Claudia Camargo. Destinado a médicos e psicólogos. Programa completo e inscrições: www.grea.org.br/grea-midia-022.php
Neuropsicologia do idoso: interface cognição X emoção Data: 30 de abril (sábado), das 8h às 12h. Organizado pelo Serviço de Psicologia e Neuropsicologia do Instituto de Psiquiatria (IPq), o curso tem como público alvo psicólogos e estudantes de psicologia. Informações e inscrições: 2661-8011 | ceipadm.ipq@hc.fm.usp. br | www.ceip.org.br
Ciclo de Palestras
Atualização em transtorno do espectro autista Datas: 28, 29 e 30 de abril (quintafeira a sábado). Local: Teatro Paraíso - Universidade Paulista (UNIP) - Rua Vergueiro, 1211 Organizado pelo Programa de Transtornos do Espectro Autista (PROTEA) do Instituto de Psiquiatria (IPq). Público-alvo profissionais da saúde, educação e pesquisadores. Informações e inscrições: 2661-6977 | 8011 | 6986 encontro.protea@gmail.com
Atualidades em Neuroreabilitação: Princípios teóricos e aplicabilidade clínica Horário: 19h15 às 21h30 | Local: IMREA - Vila Mariana (Rua Domingos de Soto, 100) Inscrições: cursos.imrea@hc.fm.usp.br ou 5180-7813 (Rodrigo Sanches) Alterações funcionais e dos sistemas nos pacientes neurológicos: uma visão sistêmica aplicada à reabilitação Data: 21/3/2016, com Ana Akerman Fatores que afetam a aprendizagem motora de pacientes neurológicos Data: 13/4/2016, com Camila Torriani Teorias de controle motor e sua aplicabilidade na reabilitação Data: 18/4/2016, com Ana Akerman Neuroplasticidade e a Reabilitação Data: 11/5/2016, com Camila Torriani Abordagem sistêmica do Balance objetivando um tratamento específico Data: 19/5/2016, c om Ana Akerman Princípios do tratamento baseados no Conceito Bobath: aplicabilidade e evidências científicas Data: 1/6/2016, com Camila Torriani
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CIÊNCIA E SAÚDE
A importância do olhar da pedagogia no desenvolvimento infantil de 0 a 3 anos Interagir com os bebês significa construir sentidos e compreender significados de suas ações. É preciso educar os sentidos, os movimentos e as linguagens, uma vez que a interação com o outro é considerada na pedagogia a mola propulsora do desenvolvimento.
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onstruir uma proposta pedagógica para atender os bebês de 0 a 3 anos de idade na Creche do HC (CEDEI-HC) tem sido um grande desafio, desde que tal faixa etária foi inserida no sistema de ensino com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. A LDB estabelece que “a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” (Art. 29). O Art. 30 complementa que “a educação infantil será oferecida em creches para crianças de até três anos...” A partir de então, construímos um projeto pedagógico voltado ao desenvolvimento integral das crianças, ultrapassando as propostas assistencialistas às necessidades biológicas e a simples transmissão de hábitos e costumes. A pedagogia do CEDEI compreende que educar bebês dessa faixa etária exige a construção de novas propostas e formas de exercitar a pedagogia, uma vez que as creches têm uma clientela muito específica (bebês) que necessita de um conhecimento em desenvolvimento infantil.
Um projeto para bebês não trata propriamente da aprendizagem de um educando, mas do desenvolvimento de uma criança. A avaliação do processo ensino-aprendizagem na creche não trata propriamente da “aprendizagem”, em si, de conteúdos formais, mas da avaliação do desenvolvimento infantil conforme suas etapas. Ou seja, na creche, trata-se da “educação infantil”. Assim, tudo na creche é algo muito “singular”, diferente do restante do sistema educacional. Com a inserção do olhar da pedagogia na creche, os cuidados básicos devem tornar-se indissociáveis dos objetivos educacionais, que precisam ser claros e precisos, a fim de proporcionar a construção de seres humanos capazes de viver em sociedade, com autonomia e solidariedade. Talvez o principal enfoque da pedagogia seja mesmo a construção de relacionamentos através de ricas experiências e variadas linguagens (corporais, cognitivas, afetivas e emocionais) que promovem o desenvolvimento infantil, oferecendo aos bebês tanto as tradições culturais como as vivências cotidianas. A creche educa não somente pelo conteúdo, mas principalmente através de uma postura corporal, cultural e relacional.
Comentários para: silmara.ligiera@ hc.fm.usp.br do CEDEI-HC Referências: Vygotski,L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1996. (Psicologia e Pedagogia) LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Diário Oficial, 23/12/1996, D.F