Henrique Delarue - Portfólio de Arquitetura 2021

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Henrique C· Delarue Arquitetura & Co(nceito)


Índice

Arquitetura Galeria de arte e ateliês...................................................................4 Escola modular..................................................................................10 Escola infantil....................................................................................16 Biblioteca de roteiristas................................................................22 Escola de arquitetura......................................................................28 Edifício residencial multifamiliar..............................................36 Museu de Arte Contemporânea..................................................44

Urbanismo Workshop - Territórios Enlaçados..............................................50 Metodologia de projeto para vazios urbanos......................56


Design Jahra - abajur.......................................................................................64 Atlas - carrinho para livros...........................................................68

Desenhos & Croquis..........................................................72 Explorações Conceituais..............................................82 Fotografia......................................................................................92 Pesquisa & Escrita............................................................102


Galeria e Ateliês | 2012 Reinterpretando o contexto Lapa, Rio de Janeiro, RJ Em colaboração com Rhaísa Capella Trabalho selecionado para exposição e site da disciplina



Terreno Contexto histórico

Sobrados.

Vazios (prismas de iluminação).

Separação volumétrica.

Vazios apr ventilação nação nat Manipulação volumétrica.

Re-combinação para criar novos vazios.

Volumes d salas de e


primoram o e ilumitural.

definem exposição.

Piso superior


Volume em reflete toldo Toldos expandem o espaço interior de lojas locais e bares para a rua.

Calçada é usada para mostra de produtos e mesas.

Textura da c da é trazida dentro.


Circulação livre conecta ruas dos dois lados.

balanço os.

calçaa para

Piso inferior

Acesso direto aos ateliês e espaço externo privado para artistas.


Escola Modular | 2013 Estimulando a exploração do espaço Gávea, Rio de Janeiro, RJ Em colaboração com Rhaísa Capella



Unidade

Bloco

Distribuiçã

Módulo de 8x10m com estrutura de concreto pré-fabricado segue o tamanho definido para uma sala de aula padrão com uma circulação externa adjacente.

Módulos acoplados formam uma estrutura independente e linear, podendo ser dimensionada para atender ao programa e se adaptar ao terreno.

Blocos são para criar acentuada a percepçã criando um de explora ção no ter


ão

Paisagismo

o posicionados perspectivas as, desafiando ão espacial e ma atmosfera ação e circularreno.

Eixos desenhados no chão comunicam a lógica de distribuição dos blocos e definem o paisagismo. Conectam pontos da escola e direcionam a visão a pontos de fuga imaginários.


Implantação


Paredes duplas de bloco de concreto fornecem isolamento térmico.

Cobertura verde aumenta área permeável e fornece isolamento térmico. Painéis de madeira delimitam a circulação.

Espaço público A entrada da escola é recuada, cedendo espaço à cidade. Bancos de concreto e canteiros são dispostos de maneira similar aos edifícios em blocos.

Diferentes fenestrações para salas com diferentes usos e níveis de insolação.

Fenestrações em paredes opostas possibilitam ventilação cruzada.


Escola Infantil | 2014 Investigando “arquitetura líquida” Leicester, Inglaterra Trabalho selecionado para o site do professor



formação definida

Materiais sem

Educação Regio Emilia:

“Arquitetura líquida” evita solidez, reflete o efêmero e permite manipulações espaciais dentro de um ambiente maior e fixo. A arquitetura é sem forma definida e pode ser ajustada ao uso.

“terceiro educador” para experimentação

atuando

Ambiente é “Ateliês” são espaços

Aprendendo e

Pa

Fachada


Paestum, “sólido” em massa

Duas águas da cobertura triangular são elevadas em áreas de maior concentração de pessoas, criando claraboias.

Instalação por Julio Le Parc, “líquida” em massa

Revestimento em bronze e posicionamento de janelas contextualizam a fachada na rua de casas de tijolos.


Do lado de fora, casas vizinhas; d invólucro das pa

Janelas do tipo c o interior com ex

Partições de alta nam o invólucro

Partições de dividem espa

Organização para encontro da vizinhança

Organização para peças teatrais


a cobertura lembra os telhados das dentro, tem o efeito de desconectar o artições internas (o “líquido”).

camarão em sistema vertical integram xterior, liberando o plano horizontal.

a densidade: paredes fixas determiexterno e espaços de uso fixo.

densidade média: curtinas de lona aços de usos esporádicos.

Partições de baixa densidade: módulos de tubos de papelão (inspirados por Shigeru Ban) dividem espaços livremente.

Organização para ateliês


Biblioteca de Roteiristas | 2015 Escrevendo arquitetura, um percurso por cenas Edimburgo, Escócia Trabalho premiado



O percurso pelo jardim de Dunbar’s Close é como andar ao lado de cenários de um teatro, cada jardim é uma “cena”.


O programa é distribuído verticalmente: usos mais públicos próximos ao solo e usos mais individuais, elevados.

Terraço

Biblioteca

Videoteca

Recepção | Administração

Teatro

O teatro é a continuação do jardim dentro do edifício, uma área para relaxar e abrigar eventos durante o período de festivais da cidade, como com projeções, palestras e performances.


Um padrão derivado do estudo fotogr getação no jardim é aplicado nas jane externas que recebem revestimento d

Espaços são projetados em uma escal tinuando o efeito de “andar por cenas jardim.

Painéis de LED são instalados tanto do tro do edifício quanto no jardim. As im tem ao vivo no exterior o que acontec vice-versa, criando um efeito de cenár

Entrada do jardim (Dunbar’s Close)

Jardim


ráfico da veelas e paredes de concreto.

la pessoal, cons” já presente no

o lado de denmagens transmice no interior e rios vivos.

Biblioteca


Escola de Arquitetura | 2016 Arquitetura orientada por objetos Leicester, Inglaterra Campus da De Montfort University



A arquitetura tem como objetivo provocar o corpo e acordá-lo por meio de sen sações físicas que aguçam a percepção de sua presença em relação ao espaço.

Objetos cabem em um módulo de 2m, a medida mínima escolhida para o corpo se relacionar.

Objetos são submetidos a regras de manipulação para criar diferentes sensações quando agrupados e configurar a “linguagem” arquitetônica.


Os objetos básicos que constituem a arquitetura junto ao corpo vertical:

n-

Linha (a réplica do corpo); Plano (a noção de limite); Volume (do qual se anda ao redor).

Uma malha de 2x2m e variações múltiplas de 6m e 12m revestem o terreno e guiam onde objetos são posicionados.

“Campos” são criados onde o espaço é definido entre objetos, pela escrita da linguagem, e não por uma fronteira precisa.


A linguagem é disposta em todo o terreno, também determinando o paisagismo.

Campos de efeitos específicos criam uma reinterpretação do programa tradicional.

Objetos são organizados respondendo à insolação, circulação e posição de objetos vizinhos.


A fachada é o resultado de aglomerações de objetos, evitando sua condição de “pele” que fecha um volume.

Objetos são organizados de maneira livre, tanto horizontal quanto verticalmente; não há divisão formal de pavimentos e vazios enfatizam a complexidade espacial.

Rampas e passarelas conectam campos enquanto o corpo é constantemente colocado em diferentes condições de “entre.”




Edifício Residencial Multifamiliar | 2017 Tornando arqueologias habitáveis Centro, Rio de Janeiro, RJ Em colaboração com Eduardo Romano



O projeto se constitui como a sobreposição de camadas históricas que já caracterizaram o terreno, como a marca de uma memória apagada. Ao mesmo tempo, aparece como mais uma camada, determinando uma nova ocupação.

1880 1860 1850

Linhas de aterro

Alteração de níveis

Loteamentos

As três linhas de aterro que já passaram pelo local foram tomadas como definições geográficas.

As linhas foram adaptadas para demarcarem uma depressão (espaço público) e uma elevação (espaço privado comum) no terreno.

No século XIX, o lo ocupado por edifica sobre trapiches; no lo XX, recebeu o pri loteamento que de quadra como é hoje


ocal era ações o sécuimeiro efiniu a e.

1932

1867

Derivação de ocupação

Sobreposição volumétrica

Os blocos verticais do edifício foram derivados da sobreposição dos traçados de ocupação e elevados do solo, criando uma outra camada.

Como as edificações sobre trapiches que avançam sobre o mar, os blocos são dispostos em balanço e ligeiramente apoiados sobre o bloco horizontal.


Blocos elevados em concreto branco e chapa expandida

Circulações verticais em concreto preto

Bloco horizontal em concreto branco

Lojas no térreo público

Praça arborizada

Mobiliário de níveis variados

Arquibancada

Área sombreada com cadeiras Mesas e cadeiras


Coberturas ocupadas com usos comuns

Blocos de apartamento são independentes, porém interligados por passarelas nas coberturas, criando circulações em diferentes níveis e sentidos.

Bloco horizontal acomoda apartamentos sobre térreo comercial e cobertura é tratada como térreo elevado, com áreas de estar e jardim por onde se acessa os blocos elevados.

Térreo público é tratado como pequenas praças de diferentes identidades. Praça com guichos d’água

Praça com bancos e canteiros

Tênis de mesa


As plantas com núcleos centrais e circulação ao seu redor possibilitam mais de um acesso a cada ambiente, rompendo com hierarquias convencionais, flexibilizando o uso do espaço e acomodando apropriações não previstas.

Tipologia 50m2

Apt + consultório psicanalista

Tipologia 70m2

Apt + escritório comercial

Planta no nível do té


érreo elevado

30m2

70m2

50m2

0

0

5

5

10

10

15m

15m


Museu de Arte Contemporânea | 2020 Revitalização de ruína romana Bacoli, Itália Em colaboração com Luana Farias, Fernanda Leite e Mariana Vieira Concurso de ideias promovido por Reuse Italy



Ruína de um antigo reservatório romano construído no século I para abastecer o exército do Imperador Augusto com água potável.

Ação das intempéries abriu claraboias no teto abobadado e desgastaram pilares.

Os corredores arcados e intenso contraste entre feixes de luz e penumbra atraem turistas pela atmosfera criada.

A intervenção co da ruína como pa atmosfera em um


contemporânea respeita as cicatrizes parte de sua história e cria uma nova uma coexistência entre novo e velho.

O novo piso se afasta das paredes e do piso original em um gesto de preservação e reverência à ruína.

Fachadas são mantidas opacas para manter o caráter secreto da ruína, porém com indicações de que algo novo acontece ali.

Os quatro pilares centrais são removidos e um átrio é criado como ponto focal para congregações e obras maiores.


Cobertura é tratada como praça elevada e extensão do museu, dando espaço para obras e performances.

Livraria e café são posicionados antes do espaço expositivo para servirem a moradores da região.

Salão de conferência pode ser adaptado para acomodar eventos da comunidade local ou exposições.


O espelho d’água na cobertura faz referência ao reservatório que a ruína já foi; as claraboias ora são redefinidas como bancos que levam luz indireta ao interior, ora revelam o interior como um piso de vidro.

A vala que divide a ruína ao meio é repensada como uma plataforma elevatória que pode reconfigurar o espaço do museu.

O espaço homogêneo é redefinido pela nova circulação que redireciona o olhar e as tensões espaciais criadas. A exposição é explorada como encontros casuais durante a visitação da ruína.


Workshop - Territórios Enlaçados | 2014

Masterplan para Macaé, relacionando “natureza” e “aberto Macaé, RJ Em colaboração com Nicoli Ferraz, Philip Shores e Guilherme Rizzo


o”


Macaé recebeu forte influencia da indústria do petróleo nas primeiras duas décadas do século XXI, tendo sua população aumentada gradualmente. O plano tem como objetivo aprimorar a conexão entre o tecido construído e natural, coordenando o impacto de novas edificações na natureza.

O centro da cidad pode mais acom aumento da pop previsto que área densas serão ocu próximos anos.


de não modar o pulação. É as menos upadas nos

O projeto adota a paisagem natural como modelo a ser multiplicado em áreas “abertas” ao longo do litoral, preservando o ecossistema natural.

Uma reserva natural ao lado da cidade proporciona pistas da condição natural da paisagem.


Natureza

Tendo como base estudos de espaços naturais por Richard Forman, uma matriz é desenvolvida entre ocupação urbana e tipologias naturais para guiar como a proposta será implantada em áreas vagas do tecido urbano.

Construído

Ano 1

Ano 40

Módulos de vege almente em espa aumenta e a ocu unifamiliares par


etação nativa são inseridos graduaços abertos enquanto a população upação urbana muda de residências ra edifícios de quatro pavimentos.

Ano 20

Ano 60

Ao decorrer do tempo, a vegetação cresce e os módulos se unem, dando forma à paisagem projetada.


Plano de Ocupação para Vazios Urbanos | 2017 Adaptando a paisagem ao uso espontâneo Leblon, Rio de Janeiro, RJ (caso de estudo) Em colaboração com Bárbara Cabral


7


“Vazios urbanos” são considerados áreas de grande escala, de uso exclusivo e excluídas da cidade.

O objetivo deste meta-projeto é potencializar a atuação de agentes urbanos (elementos da paisagem e dinâmicas urbanas) para reinserir de maneira ativa a área escolhida à cidade.

O terreno é considerado um campo de oportunidades, sendo tratado de maneira a acomodar apropriações espontâneas.


A estratégia conceitual a ser adotada se dá como um sistema de retroalimentação, pelo qual o projeto da paisagem é constantemente adaptado ao cenário em mudança.


Presenças

Estratégia operacional do plano se baseia em uma matriz de situações, cada uma dada pela combinação de agentes urbanos e que somadas configuram as características de um lugar.

Matriz é acompanhada de um caderno de parâmetros de espacialização que indica possíveis aplicações e aplicações indesejadas de cada situação.

Pro


ogramas e eventos

Objetos

Estruturas da paisagem


No caso de estudo em questão, a condição atual do lugar foi mantida ao máximo, aproveitando as situações existentes. Modificações propostas se limitaram aos agentes estruturais (objetos e estruturas da paisagem), que foram adaptados de acordo com seus parâmetros e as hipóteses iniciais para o projeto.

Objetos

Vegetação


Água

Pavimentação

Topografia


Abajur Jahra | 2010 IGCSE Design & Technology Repton School Dubai Projeto premiado



O desenho do abajur foi inspirado pela arquitetura árabe, incorporando também os temas geométricos e vestimenta da cultura local. O processo de produção foi direcionado para o aprendizado da manufatura de produtos de madeira no torno e na pesquisa de mercado, adaptando elementos industrializados.



Carrinho para livros Atlas | 2011 IB Design & Technology Repton School Dubai Projeto para a biblioteca da escola



Atlas é um carrinho para livros projetado para substituir o modelo ineficiente da biblioteca da escola. Sua forma é o resultado de um processo evolutivo a partir de desenhos convencionais, pesquisa de métodos de manufatura e adaptação para atender à demanda do uso. Tamanho, materiais e rodízios foram escolhidos a fim de atenderem às especificações necessárias para ser leve e silencioso durante o uso. O processo de produção passou por testes de diferentes tamanhos e desenhos do perfil. O produto final foi realizado com chapas de compensado flexível e cantoneiras de MDF.



Desenhos & Croquis



Vitória de Samotráci


ia

Parc Güell, Barcelona


Sequência de visadas em Edimburgo



Alfama, Lisboa

La Pedrera, Barcelon


na


V


Vistas em Amsterdã


Explorações Conceituais




Estudos espaciais para projeto de biblioteca


Experimento com técnica mista


Experimento com recortes de texto


Sobre o valor simbólico na arquitetura clássica

Sobre a abstra


ação na arquitetura Moderna

Sobre a abstração na arquitetura de Eisenman


Composição modular Cabides, mesa e fio de nylon

Performance: a influência do som na pintura Materiais variados


Estudo sobre o ponto Livro e espelho

Invólucro e conteúdo — “Memórias” Botas e fotografias


Fotografia











Pesquisa & Escrita



Spatial Design in Vertical Housing and the Phenomenology of the Home | 2015 Pesquisa de verão, De Montfort University

Em meio ao debate contemporâneo referente à densificação das cidades, uma das questões mais pertinentes a serem enfrentadas é em relação à moradia e qual é a melhor forma, programa, relação com seu contexto e altura a ser adotada. Desde que o bloco de apartamentos na forma do arranha-céu foi adotado como a principal tipologia arquitetônica para acomodar moradia, estudos teóricos apontaram para seus efeitos nas cidades e sociedade, diagnosticando-o como problemático. Apesar de edifícios de baixo gabarito serem considerados a melhor solução para acomodar o crescimento da população de grandes cidades, a falta de terra, o mercado, ou até mesmo a competição para ser a torre mais alta são fatores que insistem na produção de formas de morar longe das ruas. A questão que está por trás, no entanto, talvez não seja o edifício em si, mas como desenhamos nossos lares. Este ensaio tenta entender o arranha-céu por um viés crítico de sua espacialidade, e assim propõe a discussão sobre como o desenho pode mudar para que os problemas associados com essa tipologia em particular sejam mitigados.



Estudo Histórico sobre Escolas de Arquitetura

Sendo uma breve análise, este estudo busca entender como os projetos programático, educacional e do próprio edifício constituem de uma maneira integrada as dez escolas de arquitetura selecionadas. Para tanto, foi desenvolvida uma metodologia de análise chamada Estudo Histórico sobre Evolução de Tipologia, onde projetos são analisados pelo ponto de vista de como o edifício reflete valores e ideias de sua época, os princípios que regem a instituição, o sistema adotado para o seu funcionamento e como o edifício em si é desenho e a que necessidades atende.


a | 2016


A Poststructuralist Analysis on Built Performat from gender to architecture | 2016 Monografia premiada

Por um lado, a arquitetura é colocada em categorias de tipologia e programa, por outro lado, edifícios exercem influências específicas relacionadas às interações que proporcionam. Ao se classificar um edifício, projetistas imediatamente têm em mente o que é necessário para o projeto, e as pessoas que o desfrutam sabem o que esperar e o que encontrar. O programa representa a arquitetura em nossas mentes, e antes de vivenciá-la, prevemos nosso comportamento e interações em seu interior. Um fenômeno similar é observado quanto à identidade de gênero das pessoas, campo este de interesse de Judith Butler, que argumenta sobre a imposição cultural de um gênero ao corpo. A identidade, portanto, é intrínseca ao gênero, e ao passo que o corpo vive, esta mesma identidade é constantemente reafirmada pelo seu respectivo comportamento de acordo com a norma sociocultural. Em arquitetura, estudos teóricos, incluindo os de Bernard Tschumi, se aproximaram do problema da identidade diagnosticando sua redução a um exercício formal, desconsiderando a relação entre corpos e espaço. Em uma série de ensaios, Tschumi investiga a condição presente da arquitetura em função da forma e do programa e como é reconhecida e ocupada, chegando a afirmar que “não há arquitetura sem programa”. Ao confrontar textos de Tschumi (1975–1983) e Butler (1990–1993), esta monografia questiona como a arquitetura pode ser pensada do ponto de vista da teoria de gênero, ou seja, como a sua identidade é construída e mantida. Além disso, explora a relação entre programa, arquitetura e identidade para investigar o que se pode aprender na arquitetura com discussões contemporâneas de identidade de gênero.


ativity,


The “Meta-Imaginary” Dubai Mall | 2017 Artigo publicado em UIA 2017 Seoul World Architects Congress

Assim como muitas cidades no Golfo Pérsico, Dubai cresceu como uma miragem verdadeiramente construída a partir da segunda metade do século XX, quando a indústria do petróleo mudou radicalmente a economia local. Sua condição natural, o deserto, somada ao seu novo poder econômico foram a chave para a cidade fabricar sua própria interpretação do que deveria ser. Em meio ao ritmo frenético de construção, mudanças no estilo de vida local e a importação de outras culturas, o patrimônio histórico de Dubai foi preservado nos estilos arquitetônicos tradicionais. Replicada em shoppings e hotéis, esta imagem se fez como uma lembrança de seu passado, a despeito de sua desconexão de qualquer senso de evolução histórica natural, como visto em cidades antigas. Sendo influenciada pelo pós-modernismo ocidental, Dubai se desenvolveu incorporando elementos de cidades europeias e representações visuais da cidade tradicional árabe (medina), assim estabelecendo um ambiente urbano reconhecível. Com base em textos de Jean Baudrillard e Frederic Jameson sobre a identidade pósmoderna nos Estados Unidos da América, o shopping Dubai Mall é percebido como uma duplicata da imagem da nova identidade de Dubai. Este artigo discute como o shopping reflete a condição pós-moderna da cidade e como pode ser usado para entender a identidade configurada por Dubai por meio de referências visuais.



Decodificando o Diagrama: Notas sobre a abstração na arquitetura | 2019 Trabalho de Conclusão de Curso, PUC-Rio

Desde a última década do século XX, o uso de diagramas na arquitetura se popularizou a ponto de serem usados como justificativas imagéticas e versões explicativas de projetos. No entanto, em meio ao cenário atual, onde o diagrama é amplamente incentivado e se encontra com certa naturalidade no vocabulário arquitetônico, pouco se parece discutir sobre suas propriedades como instrumento de concepção e desenvolvimento no projeto. É por conta disso que este trabalho toma o diagrama como um tema a ser investigado, buscando aprender sobre outras potencialidades para seu uso. Ao se ignorar uma visão operativa, a aproximação — seja analítica ou prática — ao diagrama tende a se tornar meramente pictórica, sem incitar métodos de projeto. Definindo assim a problemática ao redor do tema, o trabalho tem como principal objeto de estudo o que é identificado como “diagrama conceitual,” “generativo” ou “processual” — aquele que provém da ideia inicial e é responsável por transpor e/ ou manipular intenções mais do que definir e retratar uma resolução formal precisa, portanto, dependendo mais de suas qualidades abstratas. O trabalho é estruturado em quatro frentes de pesquisa: uma contextualização do campo temático da representação na arquitetura, uma definição básica de como a abstração é percebida, uma compreensão do diagrama como conceito e uma busca por suas potencialidades em discursos existentes. Cada abordagem é explorada em um capítulo independente no texto, contendo, porém, assuntos inter-relacionados e servindo de subsídio para o entendimento das questões levantadas. Os capítulos podem ser lidos como quatro perspectivas sobre o diagrama, cada uma abordando uma temática relevante para a compreensão e aproximação do objeto de estudo.



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