Lucas dos Santos Silva

Page 1

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO – CAMPUS SÃO ROQUE Lucas dos Santos Silva

PLANTIO DE CÚRCUMA EM ESPAÇOS REDUZIDOS E SUA UTILIZAÇÃO NA DIETA PARA ATENUAÇÃO DOS SINTOMAS DO DIABETES MELLITUS.

São Roque – SP 2016


2

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO – CAMPUS SÃO ROQUE Lucas dos Santos Silva

PLANTIO DE CÚRCUMA EM ESPAÇOS REDUZIDOS E SUA UTILIZAÇÃO NA DIETA PARA ATENUAÇÃO DOS SINTOMAS DO DIABETES MELLITUS.

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito para obtenção do título de tecnólogo em gestão ambiental sob orientação do professor mestre Vanderlei José Ildefonso Silva.

São Roque – SP 2016


3

FOLHA DE APROVAÇÃO Nome: Lucas dos Santos Silva. Título: Plantio de cúrcuma em espaços reduzidos e sua utilização na dieta para atenuação dos sintomas do diabetes mellitus.

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito para obtenção do título de tecnólogo em gestão ambiental.

Aprovado em: _____/_____/_____

Banca examinadora Prof. _____________________________________ Instituição: _________________ Julgamento _______________________________ Assinatura:_________________ Prof. _____________________________________ Instituição:_________________ Julgamento _______________________________ Assinatura:_________________ Prof. ____________________________________ Instituição:_________________ Julgamento _______________________________ Assinatura:_________________


4

Dedico este trabalho a todos que me apoiaram nesta jornada de trabalho.


5

AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a minha família, minha mãe, meu pai, por seus conselhos, e a minha noiva pela ajuda e carinho dispensados, e para o meu orientador por toda ajuda e conselhos nesta segunda etapa, e também para o servidores Lucas Ramiére e Maira, pelos favores indispensáveis para a execução da metodologia desse trabalho.


6

Um país se faz de homens e livros. (MONTEIRO LOBATO)


7

RESUMO Com o avanço de doenças na sociedade brasileira, a fitoterapia é usada na maioria das vezes para mitigar os gastos com remédios manipulados por algumas pessoas, sendo que o uso de produtos naturais faz parte dos costumes, cultura e religião de uma sociedade. Vale ressaltar, que uma das doenças que está presente cada vez mais na população brasileira é a Diabetes Mellitus tipo 1 e 2, sendo que ainda não há cura, apenas tratamento. No intuito de encontrar uma saída para quem quer buscar um tratamento natural, este trabalho acadêmico busca confirmar a efetividade da planta Curcuma zedoaria Roscoe mais conhecida como cúrcuma, para auxiliar no tratamento da doença, com a incorporação do composto na dieta. Além disso, o trabalho propõe o cultivo confinado da cúrcuma em vasos de plástico sendo que podem ser utilizados outros recipientes para que o possível tratamento não represente um custo elevado à população. Com base nos dados obtidos, dentre os resultados mais relevantes, pode-se destacar o plantio em ambiente confinado, sendo que o mesmo se desenvolveu bem, tendo em vista que o plantio foi feito em vasos de aproximadamente 20 litros cada. Os levantamentos bibliográficos comprovaram a utilização da planta como fitoterápica, entre outras utilidades. Assim, a comprovação do plantio da planta Curcuma zedoaria roscoe em ambiente confinado para tratamento de Diabetes mellitus é sanada por este trabalho acadêmico.

PALAVRAS – CHAVE: Fitoterapia; cultivo; Espaço confinado; Tratamento; Cúrcuma.


8

ABSTRACT

Diseases are increasing in brazilian society, so, phytotherapy is often used to mitigate the costs of manipulated remedies, and these natural products and its use are part of the customs, culture and religion of a society. It is noteworthy that one of the diseases that currently more increases among Brazilian population is Diabetes Mellitus Type 1 and 2, and there is no cure yet, it only has a treatment. In order to find a solution to everyone who is seeking a natural treatment, this academic paper claims to confirm the effectiveness of the Zedoary roscoe plant, better known as Turmeric, to help in the disease treatment, with the incorporation of the compound in their diet. Furthermore, this work intends to propose the Turmeric cultivation in plastic vessels. This way, the possible treatment would represent less money spending to people. Based on obtained data, from the most relevant results we can highlight the confined environment

plantation, and it has developed perfectly, considering that this

plantation was done in 20 liters vessels. The literature has proven this plant is used as medicine and other utilities. So, the plantation of Zedoary roscoe in a confined environment to the Diabetes Mellitus treatment is contemplated in this academic work.

KEY WORDS: Turmeric.

Phytotherapy;

Plantation;

Confined

Environment; Treatment;


9

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Rizomas da cúrcuma...................................................................................17 Figura 2: Representação do turmérico.......................................................................20 Figura 3: Demonstração do rizoma primário da cúrcuma...........................................29 Figura 4: Demonstração dos rizomas secundários da cúrcuma................................30 Figura 5: Rizomas primários após a higienização......................................................31 Figura 6: Rizomas secundários após a higienização.................................................32 Figura 7: Pesagem dos rizomas já cortados...............................................................32 Figura 8: Rizomas durante a secagem.......................................................................33 Figura 9: Turmérico logo após a moagem..................................................................33 Figura 10: Turmérico no recipiente final......................................................................34


10

SUMÁRIO

1 1.1 1.2

INTRODUÇÃO

11

Objetivo geral............................................................................................... 11 Objetivos específicos..................................................................................12 2

REFERENCIAL TEÓRICO

13

2.1 2.2

Relação homem x plantas......................................................................... 13 Curcuma zedoaria roscoe...........................................................................15

2.2.1 2.2.2

Utilização......................................................................................................18 Cultivo...........................................................................................................20

2.3

Diabetes Mellitus......................................................................................... 22

2.3.1 2.3.2

Diabetes tipo 1.............................................................................................24 Diabetes tipo 2.............................................................................................25

3 3.1

METODOLOGIA

27

Aplicação do método em escolas públicas..............................................34 4 5

1

INTRODUÇÃO

RESULTADOS considerações finais

36 38


11

A diabetes mellitus é uma das principais doenças presentes na população do Brasil, no que se refere tanto ao número de pessoas afetadas, podendo gerar incapacidade e mortalidade, quanto ao elevado investimento do governo para o controle e tratamento de suas complicações. Sendo que, a diabete já é a quarta causa de morte no Brasil. Considerando a atual saúde brasileira pode-se relatar que a mesma em alguns estados sofre com a falta de medicamentos manipulados para o tratamento de Diabetes, tornando assim a fitoterapia uma saída para minimizar a falta de remédios para o tratamento de Diabetes Mellitus em alguns municípios. (BRASIL, 2006 apud MACHADO et al., 2014). A utilização de plantas medicinais para o tratamento de algumas doenças foi um dos primeiros enfoques da botânica, pelos naturalistas. Assim com o passar do tempo surgiram estudos que comprovaram a “ação terapêutica de várias plantas utilizadas popularmente, a fitoterapia representa parte importante da cultura de um povo, sendo também parte de um saber utilizado e difundido pelas populações ao longo de várias gerações” (TOMAZZONI; NEGRELLE; CENTA, 2006)

1.1

Objetivo geral Analisar o uso de cúrcuma, em plantio alternativo, com a intenção de

atenuação dos sintomas de diabetes mellitus, através de produtos naturais.

1.2

Objetivos específicos

 Levantar material bibliográfico sobre a importância e aplicação da fitoterapia;  Verificar quais são os princípios ativos da cúrcuma;  Estabelecer uma metodologia para cultivo de cúrcuma em espaço confinado 

Avaliar qual a sua importância para o tratamento de Diabetes Mellitus;


12

 Elaborar projeto para ser executado em escolas públicas do município de São Roque.


13

2

REFERENCIAL TEÓRICO

2.1

Relação homem x plantas A relação exercida entre os diversos efeitos das plantas nos homens é algo

estudado há muito tempo, sendo difícil precisar quando a mesma se iniciou. Contudo os vegetais tiveram participação constante na história humana, como decorações, mobiliários, alimentos, e principalmente como remédios (SANTOS, 2009). O uso de plantas medicinais no começo não era algo formulado, sendo que na maioria das vezes eram descobertas por acaso, as populações usavam as plantas medicinais para tratamentos de diferentes enfermidades. (SANTIAGO et al., 2015) O pouco conhecimento de manipulação de medicamentos formulados, tornou as plantas medicinais as primeiras matérias primas a tratar doenças. (TOMAZZONI; NEGRELLE; CENTA, 2006)

Nas últimas décadas, tentativas de se entender melhor os mecanismos de atuação de compostos naturais, a fim de aliá-los à medicina moderna, têm contribuído para o sucesso de pesquisas sobre a utilização farmacológica de princípios ativos de origem vegetal, colocando os produtos naturais em posição de destaque na área de desenvolvimento de fármacos. (SANTIAGO et al., 2015)

A inserção das plantas medicinais americanas na Europa se deu por volta do século XVI, sendo considerado por diversos autores um fato histórico e de reconhecimento do potencial botânico do novo continente, principalmente brasileiro, pois, é um erro conceitual dizer que os primeiros povos detinham um sistema primitivo de plantas medicinais. (SANTOS, 2009)

“O fato é que os silvícolas americanos tratavam suas doenças fazendo uso, além da magia ritual, das plantas medicinais, muito antes da chegada dos colonizadores europeus com suas malas cheias de remédios e receitas á base de plantas medicinais empregadas na Europa de então.” (SANTOS, 2009)


14

Segundo Tomazzoni, Negrelle e Centa (2006), as plantas medicinais tem um papel muito importante para a medicina brasileira, podendo minimizar a utilização de remédios manipulados, já que o país detém uma grande diversidade de espécies. “O Brasil, em termos de biodiversidade, é considerado o país com maior número de espécies no mundo.” (SANTOS, 2009)

Além da comprovação da ação terapêutica de várias plantas utilizadas popularmente, a fitoterapia representa parte importante da cultura de um povo, sendo também parte de um saber utilizado e difundido pelas populações ao longo de várias gerações. (TOMAZZONI; NEGRELLE; CENTA, 2006)

Segundo Pavan-Fruehauf (2000) apud Santos (2009) o Brasil detém realmente a maior riqueza da flora do planeta, sendo o maior potencial de exploração comercial de plantas medicinais, cujo mercado já envolve mais de 80% da população em países em desenvolvimento. Segundo Brasil (2006) apud Machado et al (2014) apesar do avanço da medicina, a Organização Mundial da Saúde (OMS) admite que alguns países em desenvolvimento dependem da fitoterapia para minimizar a falta de remédios. Denotando assim um crescente interesse pela eficácia das plantas medicinais. (YUNES; PEDROSA; CECHINEL FILHO, 2001 apud SILVA FILHO, 2009) Pode-se relatar que alguns municípios do Brasil sofrem com a precariedade da saúde pública, e com a falta de médicos dispostos a trabalhar com poucos recursos, assim os médicos que exercem suas atividades nestas condições não tem uma demanda de remédios disponíveis para a população. Como na maioria das vezes estes municípios possuem uma rica biodiversidade, os médicos acabam usando as plantas medicinais para a fitoterapia, já que estas estão á disposição. “Ao reconhecer a importância do uso de plantas medicinais junto à população brasileira, o governo federal legalizou a fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS), em 2005.” (PIRES, et al., 2014)


15

Além disso, Segundo Koehn e Carter (2005) referenciados em Silva Filho (2009) aproximadamente 30% das drogas fabricadas hoje, provêm de produtos naturais, compostos semissintéticos, ou sintéticos com ativos naturais. A utilização dos rizomas da cúrcuma em tratamentos remetem a antiguidade ásiatica, começando com os povos indígenas e que são atualmente corroborados pela ciência. Em praticamente todos os casos do consumo da planta podemos destacar a utilização dos rizomas da cúrcuma, cujo ativo denominado curcumina é destaque em várias pesquisas sobre a sua eficácia. “Devido ao perfil estrutural da curcumina, relacionado à sua natureza fenólica e à extensão de conjugação existente, vários trabalhos têm explorado a sua ação como agente antioxidante em diferentes modelos” (SANTIAGO et al., 2015)

2.2

Curcuma zedoaria Roscoe

Com a utilização de plantas medicinais para a fitoterapia no Brasil, vários estudos foram voltados para a regularização e comprovação da eficácia de ervas medicinais para o tratamento de doenças. Com várias pesquisas voltadas para a fitoterapia, diversos pesquisadores conseguiram provar a eficiência da utilização de plantas medicinais, assim pode-se destacar a Cúrcuma. “[...] Espécie originária do sudeste asiático, é considerada uma preciosa especiaria (CECILIO FILHO et al.; 2000). Segundo Santiago et al. (2015) a cúrcuma é uma planta perene, natural da Índia. Há registros de seu uso desde 100 anos antes de Cristo e há referências gregas do uso da substância desde o século IV antes de Cristo. Hoje essa espécie encontra-se domesticada, ou seja, o desenvolvimento selvagem da planta é de difícil acesso. Segundo Mello, Amaral e Melo (2000):

Curcuma zedoaria roscoe, planta

pertencente à família Zingiberaceae que se propaga vegetativamente, tem sido utilizada amplamente por suas propriedades terapêuticas.”


16

A utilização da cúrcuma começou como uso principal em tempero, em dois países, Índia e China. Na medicina ayurvédica e chinesa a utilização da curcumina está ligada diretamente na utilização de compostos antioxidantes, anti-inflamatórios, anticarcinogênicos, anti-hepatóxicos e anticoagulantes. Segundo Matos (2000) apud Silva Filho (2009) a cúrcuma é uma erva aromática, ou seja, é apreciada por seus óleos e aromas únicos; a planta possui um rizoma principal bem definido e rizomas secundários menores. O rizoma principal em média apresenta 10 cm na planta adulta, tendo uma coloração laranja escuro, caracterizada pela curcumina presente.

A cúrcuma [...] é rica em curcuminóides, em óleos essenciais, em lactonas, em polissacarídeos, em fibras e em proteínas. Os curcuminóides são potentes antioxidantes que protegem o núcleo da célula e possuem ação anti-inflamatória. Os polissacarídeos da zedoária conferem uma forte atividade estimulante de linfócitos e macrófagos, aumentando a resposta imunológica. O extrato diminui a formação de óxido nítrico e prostaglandinas. (NAVES, 2009)

Segundo Berni et al. (2014) relata que a cúrcuma é uma:

Planta herbácea, 120-150cm de altura; rizomas tuberculosos, o central alongado e os laterais arrendondados, duros, de cor variável interiormente, predominando a laranjada; folhas, grandes (pecíolo tão comprido como o limbo), oblongo-lanceoladas, reunidas na base, oblíquo-nervadas, aromáticas quando contusas; flores amareladas, longo-pedunculadas, dispostas em espigas compridas e com brácteas côncavas verde-pálidas, as superiores também com uma mancha rósea; fruto capsula bivalve, com três lóculos.


17

Figura 1: Rizomas da cúrcuma

FONTE:https://www.google.com.br/search? q=rizomas+da+curcuma&biw=1440&bih=765&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi4qaW5vDMAhXMG5AKHf5nA1kQ_AUIBigB#imgrc=JYkxQ8c7C0PZsM%3A

Carvalho et al. (2001) referenciado em Orsolin e Nepomuceno (2009) afirma que: “é comum deparar com a regionalização do nome comum da espécie, conhecida também por: batatinha amarela, gengibre dourada e mangarataia.” Estudos mostram que a curcumina apresenta diversos efeitos benéficos, todavia esses efeitos podem ser diferentes diante da via de aplicação desse composto, seja por uso tópico ou cutâneo. Segundo Santiago et al. (2015) não há estudos que provem a ação tóxica da cúrcuma sobre humanos, mesmo ingerindo até 12g do composto diariamente. Mesmo com tantas ações benéficas ao uso do composto em humanos, o uso clínico da curcumina não é adotado por sua indisponibilidade no mercado brasileiro. (SANTIAGO et al., 2015) Segundo Globo rural (1994) referenciado em Cecílio Filho et al. (2004):


18 “Acredita-se que a Índia seja o principal país produtor, consumidor e exportador. No Brasil, Mara Rosa-GO é o município que apresenta o maior plantio comercial, cuja produção se destina em quase sua totalidade às indústrias nacionais de corantes e alimentos. Entretanto, a exploração feita com baixa tecnologia tem dificultado o crescimento da área de cultivo e, certamente, comprometido a produtividade.”

Uma das propriedades da cúrcuma é a função antioxidante que tem como característica principal minimizar os danos de componentes celulares, e prevenir o câncer de pele e de mama. (COSTA; ROSA, 2010)

2.2.1 Utilização A cúrcuma além de largamente utilizada na medicina popular no tratamento de diversas doenças, é também muito citada na literatura pela variedade de atividades que apresenta. (SILVA FILHO, 2009) As aplicações de uso da cúrcuma estão nas áreas de cosméticos, têxtil, alimentícia e medicinal, além de ser usada nestas áreas relacionadas, a cúrcuma apresenta substâncias antioxidante, antimicrobianas, cicatrizante, e antioxidante. (CECÍLIO FILHO et al., 2000) (ORSOLIN; NEPOMUCENO, 2009) 2.2.1.1

Indústria têxtil

A indústria têxtil necessita de vários corantes, todavia o uso de pigmentos sintéticos foi proibido, tornando assim o uso da cúrcuma uma alternativa interessante. “Com a proibição do uso de pigmentos sintéticos nos principais países da América do Norte e Europa, têm sido procuradas alternativas naturais.” (CECÍLIO FILHO et al., 2000) 2.2.1.2

Alimentos

A curcumina é muito usada como tempero, sendo mais consumida no seu país de origem, especialmente na região da Índia. Uma das formas de consumir a curcumina na alimentação, é na forma de pó seco, e também para a coloração em temperos de alimentos devido à sua cor amarelada. (SANTIAGO et al., 2015) Por sua coloração, é amplamente utilizada em produtos de padaria, bolos, tortas e etc.


19

2.2.1.3

MEDICINAL

Segundo Silva Filho (2009) os compostos principais responsáveis pela bioatividade medicinal da cúrcuma, são os chamados curcuminóides e seus derivados. Segundo Santiago et al. (2015), a curcumina tem substâncias que podem ser utilizadas como antioxidante e anticarcinogênica.

“Antioxidantes de ocorrência natural têm sido exaustivamente estudados quanto a sua capacidade de proteger organismos de células contra danos oxidativos. Muitos constituintes das plantas, incluindo curcumina, parecem ser potentes antimutagênicos e antioxidantes” (ARAUJO et al., 1999)

Dentre suas diversas funções, há estudos que apontam a cúrcuma, como agente no tratamento de diabetes:

“Para avaliar os efeitos da curcumina em indivíduos diabéticos com disfunção endotelial, um grupo de pesquisadores indianos comparou os efeitos da curcumina com a atrovastatina na função endotelial e seus marcadores em 67 pacientes. Os indivíduos receberam 150 mg de curcumina duas vezes por dia ou 10mg de atrovastatina ou placebo durante oito semanas. Após esse período os resultados indicam que a curcumina promoveu efeitos benéficos na função endotelial de forma similar ao fármaco, com redução significante nos níveis de malondialdeído”. (NAVES,2009)

Há alguns registros de eficiência da cúrcuma na forma de pó, sendo conhecida como turmérico, sendo muito utilizado em tratamentos de ferimentos e no tratamento de doenças tais como: Alzheimer, doenças parasitárias, alguns tipos de câncer. Já em ferimentos e também utilizada como cicatrizante na pele e sistema digestivo, dentre outros.(SANTIAGO et al., 2015)


20 A composição química do turmérico é bastante variada, tendo como principais classes de compostos os terpenos voláteis, presentes no óleo essencial de diferentes partes do vegetal, além dos curcuminoides, componentes majoritários da fração não-volátil. Estes ocorrem em maior proporção nos rizomas da planta, com destaque para curcumina (CUR), desmetoxicurcumina (DMC) e bisdesmetoxicurcumina (BDMC), além de curcuminoides. (Santiago et al., 2015)

Figura 2: representação do turmérico FONTE:https://www.google.com.br/search? q=rizomas+da+curcuma&biw=1440&bih=765&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi4qaW5vDMAhXMG5AKHf5nA1kQ_AUIBigB#tbm=isch&q=curcuma&imgrc=TEAuX5W6n7dpEM%3A

2.2.2 Cultivo O cultivo da cúrcuma no Brasil para fins comerciais é significativo tendo como destaque os estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais como maiores produtores, todavia os quais não conseguem suprir a demanda do país, pois acabam produzindo muito pouco, comparado à demanda, já que o plantio da cúrcuma tem que competir com o plantio de produtos mais utilizados, como é o caso da batata inglesa.


21 “Na parte econômica ainda não se tem estudos que mostrem claramente o consumo mundial de cúrcuma, mas sabe-se que a Índia é o maior produtor sendo responsável por cerca de 50 % da produção mundial, o Chile aparece como maior produtor da America do Sul. A produção brasileira é cerca de 1% da produção mundial e tem a vantagem de sua safra ser na entressafra indiana, ou seja, as colheitas ocorrem em épocas diferentes. Os maiores importadores de cúrcuma são os Estados Unidos, Alemanha, Japão, Holanda. O Brasil também importa de 100 a 200 toneladas, por ano (SEBRAE, 2008 apud SOUZA; OLIVEIRA FILHO, 2009)”.

Segundo Matos (1994) referenciado em LU (2013) os meses de agosto e setembro, são os mais propícios para o plantio da cúrcuma nas regiões tropicais e de clima temperado, podendo adentrar em outubro de acordo com as condições climáticas. A planta possui dois tipos de rizomas, um principal e maior, o qual apresenta maior rentabilidade ao produtor e os secundários, menores, todavia mais numerosos. A qualidade desses rizomas é avaliada através da quantidade de curcumina e óleos essenciais presentes na estrutura (MATOS, 1994 apud LU, 2013). A cúrcuma, é uma espécie exótica de baixa produção, todavia o uso de seus rizomas, por motivo de suas diversas atividades, vem aumentando gradativamente, influenciando no aumento do plantio. Todavia com poucos estudos técnicos de plantio, poucos se empenham em sua produção, pela falta de suporte técnico. (CECÍLIO FILHO; SOUZA, 1999) Para o plantio da cúrcuma, e necessário que a profundidade de cada cova tenha em torno de quatro centímetros, sendo colocado um rizoma em cada cova. Os rizomas devem ser plantados após seu brotamento. (CECILIO FILHO et al., 2000) Segundo Cecílio Filho et al. (2000), é muito importante que os rizomas sejam plantados no estágio de brotamento, para prevenir e controlar os gastos no combate com as ervas daninhas, tornando assim os gastos de manutenção mais acessível. “É procedente a seleção de rizomas-semente por tipo e tamanho para homogeneização de áreas de plantio, a fim de que se tenha otimização dos tratos culturais, especialmente adubação.” (CECILIO FILHO et al., 2000) Segundo Lucchesi et al. (1976) e Larcher (1986) referenciados em Cecílio Filho e Souza (1999) um importante fator do plantio da cúrcuma, é a diminuição da


22

competição, pois ao ser domesticada a espécie não se adapta a densidades altas de plantio, sendo que a prática influencia no crescimento da planta e em deformidades em sua estrutura. O plantio pode ser feito em sulcos, leiras ou em canteiros, tornando a colheita mais fácil. Estas práticas de plantio e muito benéfica para regiões de boa e alta pluviometria, sendo que o plantio recomendado e em canteiros ou leiras, com o objetivo de facilitar a drenagem e a aeração, tendo como função principal armazenar e reservar o sistema radicular. (CECILIO FILHO et al., 2000)

A profundidade de plantio é de aproximadamente quatro centímetros, devendo-se colocar um rizoma por cova, preferencialmente, recém brotado. O plantio do rizoma não brotado determina aumento no custo de produção, devido a maiores gastos com o controle de plantas daninhas e maior período de ocupação do terreno, decorrente dos morosos estádios de brotação e emergência da plântula. É procedente a seleção de rizomassemente por tipo e tamanho para homogeneização de áreas de plantio, a fim de que se tenha otimização dos tratos culturais, especialmente adubação. (CECILIO FILHO et al., 2000)

2.3

Diabetes Mellitus O Diabetes mellitus é considerado hoje uma doença de extrema relevância no

Brasil, já sendo apontado como um grande problema de saúde pública. (BISPO SILVA et al., 2011) “O Diabetes Mellitus (DM) é um conjunto de alterações metabólicas caracterizadas por hiperglicemia crônica, em decorrência da destruição das células beta do pâncreas, resistência à ação e/ou distúrbios da secreção da insulina.” (TAVARES et al., 2012) Trata-se de uma doença, na qual o mau controle metabólico culmina em complicações crônicas e que não é transmissível, todavia causa incapacidades funcionais, culminando em aposentadorias, as quais representam perdas econômicas ao país. Além dos gastos onerosos para controlar os sintomas. (SANTOS; TORRES, 2012) (SANTOS et al., 2011)“Nesse sentido, em 29 de setembro de 2007, entrou em vigor a Lei Federal nº 11.347/06, que dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos e insumos necessários à aplicação de insulina e à monitorização da glicemia capilar


23 aos usuários acometidos pela doença e inscritos em programas de educação em diabetes. Para detalhar e regulamentar a distribuição gratuita dos benefícios advindos da Lei Federal nº 11.347/06, a Portaria nº 2.583/07 definiu o elenco de medicamentos e insumos disponibilizados aos usuários com DM, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). “(SANTOS et al., 2011)

“No Brasil, 12,4 milhões de pessoas são acometidas por DM no ano de 2011, e a previsão é que este número aumente para 19,6 milhões de pessoas até 2030.” (SANTOS; TORRES, 2012) Os sintomas do Diabetes mellitus evoluem lentamente, isso leva à descoberta tardia da doença, a qual só é notada após os sintomas mais graves, como os cardiovasculares. (TAVARES et al., 2012)

“Entre as doenças crônicas não transmissíveis, o Diabetes Mellitus tem se destacado como uma das mais relevantes. Estima-se que sua prevalência esteja em torno de 8% na população brasileira de 30 a 69 anos, sendo que metade dos pacientes acometidos pela doença desconhece a condição.” (COSTA et al., 2012)

“Essa doença figura entre as quatro principais causas de morte no país, além de ser a principal causa de cegueira adquirida e de estar fortemente associada às doenças coronarianas, renais e amputações de membros inferiores” (XAVIER et al, 2012). O tratamento de diabetes requer a manutenção dos índices glicêmicos e em alguns casos, doses de insulina diárias são necessárias. A manutenção dos índices glicêmicos ajuda na prevenção dos sintomas mais agudos da doença. Todavia, manter os índices em condições normais não é tarefa fácil, principalmente se o autocuidado não é tratado como rotina. (VARASCHIM et al., 2012)

“Nessa direção, o Ministério da Saúde recomenda que as intervenções em saúde devam ocorrer antes da manifestação clínica do DM. Assim, são


24 indicadas medidas preventivas, aliadas às ações assistenciais que demandem práticas de saúde mais abrangentes para a população, a fim de identificar e/ou combater os fatores de risco, ou reduzir a oportunidade de exposição das pessoas.” (SILVA et al., 2011)

O diabetes mellitus e dividido de acordo com os sintomas em diabetes do tipo 1 e tipo 2. (FOSS et al., 2005) Nas duas formas é descrito um aumento de infecções, por motivos não esclarecidos, todavia estudos tentam associar à presença de um defeito imunológico e também à neuropatias e angiopatias nos diabéticos. (FOSS et al., 2005)

2.3.1 Diabetes tipo 1 Segundo dados da organização Internacional de Diabetes, a cada ano mais de 70 mil crianças e adolescentes desenvolvem Diabetes Mellitus do tipo 1. Com esta estimativa que não para de aumentar, podemos citar grande importância por parte das famílias dos portadores de Diabetes tipo, para começar a viver de uma maneiras mais saudável, tendo em vista que portadores de Diabetes tem várias limitações a respeito de como se alimentar adequadamente .(FRAGOSO et al., 2012) Para os portadores de Diabetes tipo 1, no caso dos adolescentes é muito mais difícil a aceitação, sendo que há uma mudança de hábitos muito drástica para um adolescente, como o uso de insulina e de glicemia e tendo que fazer atividades físicas obrigatoriamente, com este aspecto o portador de Diabetes tipo 1 tende a se adequar da melhor maneira possível, pois e uma situação que o indivíduo vai ter pelo resto de sua vida.

“O DM tipo 1 é, geralmente, um distúrbio auto-imune, com produção de auto-anticorpos contra as células das ilhotas de Langerhans, e consequentemente, leva à diminuição na produção de insulina. Desenvolvese em indivíduos geneticamente suscetíveis e pode estar associado a variados fatores ambientais.” (FOSS et al., 2005)


25 “O diabetes mellitus do tipo 1, corresponde a 5% do total de casos de diabetes, é a forma mais comum entre crianças, adolescentes e adultos jovens e representa a segunda doença crônica mais comum nestas faixas etárias. Caracteriza-se pela perda da capacidade do pâncreas em produzir insulina por destruição completa das células beta das ilhotas de Langerhans (2 - 5) . A destruição auto imune das células beta pode ser evidenciada pela presença de anticorpos antiilhotas (ICA), anticorpos contra a enzima descarboxilase do ácido glutâmico (GAD) e anticorpos contra a própria insulina (IAA). Os fatores responsáveis por esta destruição são pouco conhecidos e embora as viroses e agentes químicos estejam sendo considerados como agentes desencadeantes iniciais da reação autoimune, agentes específicos são raramente identificados como causa do diabetes do tipo 1 . Nas pessoas acometidas deste tipo de diabetes, o tratamento insulínico é essencial à vida e previne a cetoacidose “ (GROSSI; CIANCIARULLO; MANNA, 2002)

2.3.2 Diabetes tipo 2 O Diabetes Mellitus tipo 2, se tornou uma doença frequente, e que apresenta um crescimento exponencial, com previsões de aumento número de casos em 50% até 2025. Além disso, dados também apontam que a incidência da doença em crianças e jovens aumentam em todo o mundo, por estar ligada diretamente à obesidade, seja ela causada por fatores genéticos, ou pela ingestão em excesso de alimentos não saudáveis. (SILVA et al., 2011)

“A associação entre obesidade e diabetes melito tipo 2 (DM2) é bem definida. A gordura, principalmente a localizada na região abdominal, pode elevar o risco de desenvolver DM2 em 10 vezes. Para cada aumento de 10% no peso corporal, há aumento de 2 mg/dL na glicemia em jejum 2. Cerca de 90% dos portadores de DM2 estão acima do peso ou são considerados obesos.” (VARASCHIM et al., 2012)

“No DM tipo 2 [...] a hiperglicemia crônica é causada, predominantemente, por resistência da célula alvo (muscular, adiposa e hepática) à ação da insulina circulante.” (FOSS et al., 2005) “A DM tipo 2 é freqüentemente associada à deficiência quantitativa e qualitativa da secreção de insulina para o controle dos níveis glicêmicos normais.” (FOSS et al., 2005)


26

A doença provoca problema no sistema renal, cardiovascular e neurológico, podendo levar o paciente à problemas de incapacidade física.

“Pacientes com DM2 são considerados de risco para quedas e seus agravos, principalmente por apresentarem desenvolvimento de neuropatia periférica, visão reduzida, uso de polifarmácia, tonturas, distúrbio auditivo, hipoglicemia decorrente do mau uso de medicação, entre outros. Além disso, existem evidências de que mulheres diabéticas possuem maior probabilidade de quedas independente da existência de outros fatores de risco.” (OLIVEIRA et al., 2012)

3

METODOLOGIA O plantio foi realizado no dia 03/12/2015, pois segundo alguns autores, a

melhor época para o plantio da cúrcuma é entre os meses de novembro e dezembro no hemisfério sul.


27

Cecílio Filho e Souza (1999) afirmam que a época de plantio altera diretamente a quantidade de dias que a planta leva para completar seu ciclo, que tem em média 180 dias, e que embora a planta seja descrita como perene, as condições ambientais do Brasil, fazem com que a planta se torne metabolicamente anual, sendo que os meses de novembro, dezembro e janeiro são os mais propícios para o plantio dos rizomas, pois a temperatura influi no brotamento. Os autores ainda afirmam que o melhor mês para colheita no Brasil, é o mês de Julho, pois as baixas na temperatura fazem com que as folhas da planta se tornem amareladas e caiam, facilitando a colheita dos rizomas. Peron et al. (2010) também descrevem a melhor época de plantio entre os meses de novembro e dezembro, explicitando um ciclo médio de seis meses para colheita dos rizomas da cúrcuma; O plantio se faz com pedaços dos rizomas novos, mas cada pedaço contendo uma ou duas gemas. O processo de plantio começou com a escolha da muda de cúrcuma, para ser utilizada como material propagativo.

“No cultivo, a escolha do melhor material propagativo, quer seja semente ou estruturas vegetativas deve levar em consideração o material genético, o peso, tamanho, idade, capacidade de reserva acumulada, sanidade, dentre outros fatores.” (BERNI et al., 2014)

A planta escolhida era uma planta de solo, a qual recebia um tratamento orgânico, à base de esterco curtido de galinha, apresentava-se em boas condições e com aparência saudável. Após a escolha da planta, foi realizada preparação do substrato que recebeu a planta, decidiu-se manter o tratamento orgânico, por esse motivo, o composto apresentou os seguintes componentes: 60% de serapilheira, 30% de adubo orgânico e 10% de areia. Segundo Cecílio Filho (1996): “Reproduz-se por pedaços do rizoma que apresentam gemas (parte propagativa da planta, local no rizomas onde o novo individuo vai se desenvolver), devendo ser cultivada em solo argiloso, fértil e de fácil


28

drenagem.” Sendo assim, a serapilheira garante que a planta seja alocada em material argiloso e a areia estabelece uma drenagem mais fácil, diminuindo também a compactação. Após a escolha da muda e preparação do substrato, foi realizada a separação de um rizoma secundário da muda original. Esse rizoma foi plantado em um vaso de 20 litros de capacidade, no substrato previamente preparado. Menezes et al. (2005) referenciado em Berni et al. (2014) mostrou em seu trabalho que o tipo de rizoma empregado, rizoma central e secundário, influi na quantidade de rizomas secos ao final do plantio, segundo o autor, os rizomas centrais chegam a superar em 30%, em quantidade de biomassa, os rizomas secundários. Maia et al. (1995) referenciado em Berni et al. (2014), vai além, afirmando que o plantio de rizomas primários, produz 50% mais biomassa que os rizomas secundários. A escolha de utilizar um rizoma secundário se deu pois, as folhas da planta estão diretamente ligadas ao rizoma primário, sendo assim seria necessário desfolhar a planta para sua divisão. Já os rizomas secundários podem ser retirados sem alterar a estrutura foliar da planta, como é demonstrado na Figura 3.


29

Figura 3: Rizoma primário da cúrcuma.

Fonte:https://www.google.com.br/search? q=rizoma+da+curcuma&biw=1440&bih=765&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwif1pSi5_D MAhUDx5AKHURpCzQQ_AUIBygC#imgrc=MJXlf6khvIXBTM%3ª (Adaptado)


30

Figura 4: Demonstração dos rizomas secundários da cúrcuma.

Fonte:https://www.google.com.br/search? q=rizoma+da+curcuma&biw=1440&bih=765&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwif1pSi5_D MAhUDx5AKHURpCzQQ_AUIBygC#imgrc=MJXlf6khvIXBTM%3ª (Adaptado)

O cronograma do plantio da cúrcuma é apresentado na Tabela 1. Tabela 1: Cronograma para plantio.

FONTE: Do autor.

MÊS Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

FASE DO DESENVOLVIMENTO Mês mais propício para o plantio dos rizomas. Começo do aparecimento de folhas. A planta já encontra-se desenvolvida, todavia com pequeno porte. Desenvolvimento do tamanho dos rizomas e folhas. Desenvolvimento do tamanho dos rizomas e folhas. Planta atinge o tamanho adulto. As folhas começam a amarelar e cair, indícios da época de colheita.

Para utilizar o rizoma é necessário uma preparação prévia, que constitui a secagem do material e moagem, obtendo assim o turmérico.


31

Segundo Cecílio Filho et al. (2000) referenciado em Vilela e Artur (2008):

Na área alimentícia, os rizomas da cúrcuma depois de secos são moídos e transformados em pó, ou são extraídos deles óleos essenciais, que podem ser utilizados como corantes naturais, antioxidantes e antimicrobianos, qualidades presentes no seu principal composto, a curcumina.

A secagem dos rizomas ocorreu da seguinte maneira: primeiro foi realizada a higienização dos rizomas, retirando a terra que os envolviam, em água corrente e após com água destilada. Após a higienização, os rizomas foram cortados em pedaços de aproximadamente três milímetros, e dispostos em placas de Petri, e pesados para posteriormente ser levados à estufa de secagem.

Figura 5: Rizomas primários após a higienização.

Fonte: Do autor.


32

Figura 6: Rizomas secundários após a higienização.

Fonte: Do autor.

Figura 7: Pesagem dos rizomas já cortados.

Fonte: Do autor.

Os rizomas cortados foram levados à estufa de secagem por 10 horas, com temperatura de 70 °C, até perderem totalmente sua umidade. Após esfriar, foram triturados no homogeneizador á 21500 RPM, até se obter o turmérico.


33

Figura 8: rizomas durante a secagem.

Fonte: Do autor.

Figura 9: Turmérico logo após a moagem.

Fonte: Do autor.

Após a moagem o pó foi acondicionado em um vidro hermeticamente fechado.


34

Figura 10: Turmérico no recipiente final.

Fonte: Do autor.

As etapas de secagem na estufa e moagem no homogeneizador, podem ser substituídas respectivamente, pela secagem no forno e trituração no liquidificador, obtendo assim o pó caseiro da cúrcuma. 3.1

Aplicação do método em escolas públicas

Uma das melhores maneiras de conscientizar essa parcela da população, é através de projetos nas escolas. Segundo Queiros (2012) uma das maneiras de mudar e conscientizar os jovens nas escolas, é através de práticas pedagógicas fora das salas de aula, assim o aluno pode ter uma visão sistêmica do assunto que está sendo abordado. Assim, esta proposta de mostrar aos alunos uma forma diferente de aprendizado, tem também o intuito de mostrar a importância de preservar os ecossistemas, tornando assim o ambiente escolar um ponto de partida para a realização de novas vivências, tanto por parte dos professores como dos alunos. (Queiros, 2012) Na maioria das escolas o aprendizado se limita praticamente só as salas de aula, tornando assim o contato quase que inexistente com a natureza. Quebrando


35

este axioma, algumas escolas estão buscando maneiras de aprimorar as aulas didáticas. (Queiros, 2012) Abaixo é apresentado um cronograma de implantação do plantio de cúrcuma em espaço confinado para escolas: Tabela 2: Cronograma para implantação do plantio em escolas.

Fonte: Do autor.

PASSOS 1° passo

EXECUÇÃO Fazer uma apresentação sobre a importância de preservar o meio ambiente e falar da Diabetes Mellitus tipo 1 e 2. Explicar o porquê do plantio em ambiente confinado, etc.

2° passo

Fazer uma divisão das tarefas entre os alunos. (Quem vai ficar encarregado de preparar o substrato, de fazer o plantio, entre outros.)

3° passo

Escolher o mês mais propicio para o plantio.

4° passo

Preparar o substrato.

5° passo

Escolher o vaso correto para o plantio da mesma.

6° passo

Executar o plantio.

7° passo

Fazer uma tabela, com os dias que cada aluno terá que fazer a irrigação da planta.

8° passo

Mostrar para os alunos a importância de manter a planta fora do alcance de pragas, que possam danificar a cúrcuma e também ensinar sobre a quantidade de insolação necessária que é diferente para cada espécie de planta.

9° passo

Com os alunos, fazer a colheita e moagem, após fazer a degustação. Para a degustação há a possibilidade da elaboração de um prato, pelos alunos. (Em anexo, seguem algumas receitas que podem ser utilizadas.)

4

RESULTADOS


36

O levantamento bibliográfico mostrou que a cúrcuma tem diversos ativos, para o tratamento de diversas doenças, principalmente aquela que é o foco desse trabalho: a diabete. Dentre os princípios ativos, destaca-se a curcumina, cuja eficácia já foi comprovada por diversos estudos científicos. Seus benefícios vão desde antioxidantes até anticarcinogênicos. O trabalho também comprovou que é extremamente viável a produção em baixa escala em ambientes confinados, da cúrcuma, a planta se desenvolve bem e obtém uma produção razoável de turmérico. Segundo Berni et al. (2014), a massa de rizomas obtidas após o plantio da cúrcuma depende muito do tamanho e da estrutura do rizoma plantado. Berni et al. (2014) relatou a produção de 0,142; 0,138 e 0,196 kg/planta com o plantio de rizomas sementes variando de tamanho (pequenos, médios e grandes), em plantio direto no solo. Silva, Sonnenberg, e Borges (2004), relatam uma produção média de 0,210 Kg/planta, em espaçamentos variados, sem adição de adubação mineral no solo. Menezes et al. (2005), afirma que seu plantio utilizando cobertura morta no solo, com espaçamento previamente definido produziu uma média de 0,133 Kg/planta de rizomas secos de cúrcuma. A planta utilizada no experimento, utilizando serapilheira e em espaço confinado, após a secagem e moagem dos rizomas, produziu 0,04565 Kg/planta de rizomas secos de cúrcuma. Segundo Lucchesi et al. (1976) e Larcher (1986), dos fatores do meio que podem influir na produtividade final, qualitativa e quantitativamente, a densidade de plantio é um dos mais importantes e decisivos. Por esse motivo a escolha de vasos de 20 litros, parece acertada, pois não há competição por nutrientes, favorecendo um maior crescimento da planta. Além disso, a diminuição dos espaços para cultivo é evidente, principalmente nos grandes centros urbanos. Assim, utilizando vasos, o plantio se torna viável em qualquer modalidade de moradia e até mesmo escolas. Como apontado anteriormente, a cúrcuma é utilizada como fitoterápico para o tratamento de Diabetes mellitus tipo 1 e 2, sua ação foi comprovada como aponta


37

Naves (2009) em seu trabalho, no qual eles afirmam que após o período de uso, a cúrcuma produziu efeitos semelhantes aos fármacos no tratamento da doença.

5

CONCLUSÃO O plantio de cúrcuma é extremamente viável em espaço confinado e seu uso

se provou eficaz no tratamento de Diabetes mellitus do tipo 1 e 2.


38

Deve-se adotar ações de disseminação da prática de plantio e consumo da planta, por motivo dos seus diversos efeitos benéficos à saúde, principalmente com crianças e adolescentes, pois como citado no trabalho, hoje são grandes alvos da doença, por motivo da alimentação. Com base nos levantamentos feitos no trabalho, podemos destacar a importância de que as pessoas tenham acesso, e busquem por informações a respeito do uso de plantas medicinais, sendo que na maioria das vezes as pessoas não buscam alternativas naturais para o tratamento de Diabetes mellitus tipo 1 e 2, e como comprovado no trabalho, dependendo da maneira que é feito o cultivo da planta, o nível de eficiência no tratamento pode ser maior que dos remédios manipulados, assim sendo de grande importância a continuação de pesquisas acerca do tema. Com base nos levantamentos sobre a planta cúrcuma, a proposta de plantio da mesma em escolas se torna extremamente viável, no intuito de mostrar a sua importância nutricional e a maneiras de cultivo em pequenos espaços para os alunos, e também com a possibilidade de os mesmo levarem a ideia para os seus familiares, tendo em vista, que a planta Zedoaria roscoe tem propriedades antioxidantes, antinflamatórias, anticarcinogênicas, entre outras.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


39

ARAÚJO, M. C. P. et al. Effects of turmeric and its active principle, curcumin, on bleomycin-induced chromosome aberrations in Chinese hamster ovary cells. Genetics Mololecular Biology.Vol.22, no.3, p.407-413. 1999. BERNI, R.F. et al. Produção de açafrão em função de acessos e do peso de rizomas-semente. Revista brasileira de plantas medicinais Vol.16, no.3, suppl.1, p.765-770. 2014. BISPO SILVA, A. S. B. et al. Avaliação da atenção emdiabetes mellitus em uma unidade básica distrital de saúde. Texto contexto – enfermagem. vol.20, no.3, p.512-518. 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

CARVALHO, C. M; CECÍLIO FILHO, A. B, SOUZA, R.J. Produtividade da cúrcuma (Curcuma longa L.) cultivada em diferentes densidades de plantio. Ciências agrotécnicas. Lavras, v.25, n.2, p.330-335, 2001.

CECÍLIO FILHO, A.B. Época e densidade de plantio sobre a fenologia e rendimento da cúrcuma (Curcuma longa). Tese (Doutorado em Fitotecnia) - Universidade Federal de Lavras. Lavras-MG, 1996. CECíLIO FILHO, A. B; SOUZA, R. J. Caracterização dos estádios fenológicos da cúrcuma, em função da época e densidade de plantio. Horticultura Brasileira. vol.17 no.3. 1999. CECíLIO FILHO, A. B. et al. Cúrcuma: planta medicinal, condimentar e de outros usos potenciais. Ciência Rural, vol.30. 2000. CECíLIO FILHO, A. B; SOUZA, R. J; FAQUIN, V; CARVALHO, C. M. Época e densidade de plantio na produção de cúrcuma. Ciência Rural, v. 34, n.4, 2004.


40

COSTA, J. S. D. et al. Prevalência de Diabetes Mellitus em Pelotas, RS: um estudo de base populacional. Revista de Saúde Pública. vol.40, no.3, p.542-545. 2012. COSTA, N. M. B; ROSA, C. O. B. Alimentos funcionais: componentes bioativos e efeitos fisiológicos. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2010. FOSS, N. T. et al. Dermatoses em pacientes com diabetes mellitus. Revista de Saúde Pública. vol.39, no.4, p.677-682. 2005. FRAGOSO,

L.

V.

C.

et

al. Vivências

cotidianas

de

adolescentes

com

diabetes mellitus tipo 1. Texto contexto – enfermagem. Vol.19, no.3, p.443-451. 2012. GLOBO RURAL. Açafrão - O ouro da cozinha. Rio de Janeiro: Globo. n.110. p.3843. 1994. GROSSI, S. A. A; CIANCIARULLO, T. I; MANNA, T. D. Avaliação de dois esquemas de monitorização domiciliar em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1. Revista da escola de enfermagem da USP. vol.36, no.4, p.317-323. 2002. KOEHN, F.E; CARTER, G.T. The evolving role of natural products in drug discovery. Nat Rev Drug Discov 3: 206-220. 2005. LARCHER, W. Utilização de carbono e produção de matéria seca. In: Larcher, W. Ecofisiologia Vegetal, São Paulo: EPU, 1986. LU, D.L. Efeito da irradiação gama nas propriedades tecnológicas de féculas extraídas de cúrcuma longa l. Universidade Federal de Goiás, 2013. LUCCHESI, A. A; MINAMI, K; KALIL FILHO, A. N; KIRYU, J. N; PERRI JUNIOR, J. Produtividade do rabanete (Raphanus sativus L.) relacionado com a densidade de população. Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, v. 33, p. 577-83.1976. MACHADO, H.L. et al. Pesquisa e atividades de extensão em fitoterapia desenvolvidas pela Rede FitoCerrado: uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos por idosos em Uberlândia-MG. Revista Brasileira de Medicina, v.16, n.3, p.527-533, 2014.


41

MAIA, N. B; BOVI, O. A; DUARTE, F. R; SORIA, L. G; ALMEIDA, J. A. R. Influência de tipos de rizomas de multiplicação no crescimento de cúrcuma. Bragantia, 54:33-37, 1995. MATOS, F. J. A. Farmácias vivas: sistema de utilização de plantas medicinais projetados para pequenas comunidades. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1994. MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. Fortaleza: Imprensa universitária UFC. 2000. MELLO, M. O; AMARAL, A. F. C; MELO, M. Quantificação da micropropagação de Curcuma zedoaria Roscoe. Ciência agrícola. Vol.57, no.4, p.703-707. 2000. MENEZES, J. R. A; BORELLA, J.C; FRANÇA, S.C; MASCA, M.G.C.C. Efeitos do tipo de rizoma de multiplicação e da cobertura morta no desenvolvimento e produtividade de cúrcuma (Curcuma longa L.). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 8(1):30-34, 2005. NAVES, A. Nutrição clínica funcional: obesidade. São Paulo: Valeria Paschoal Editora Ltda, 2009. OLIVEIRA, P. P. et al. Análise comparativa do risco de quedas entre pacientes com e sem diabetes mellitustipo 2. Revista da Associação Medica Brasileira. vol.58, no.2, p.234-239. 2012. ORSOLIN, P. C; NEPOMUCENO, J. C.

Potencial carcinogênico do açafrão

(Curcuma longa L.) identificado por meio do teste para detecção de clones de tumor em Drosophila melanogaster. Revista do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão do UNIPAM. Patos de Minas: UNIPAM, (6): 55-69, out. 2009. PAVAN- FRUEHAUF, S. Plantas medicinais da mata atlântica: manejo sustentado e amostragem. São Paulo: anablume/fapesp, 2000. PERON, L. I.; CARVALHO P. R. N; SILVA, M. G; AZEVEDO FILHO, J. A.; PINHEIRO, J. B; SIGRIST; M. I; ZUCCHI, I. Avaliação dos teores de curcumina em diferentes acessos de cúrcuma (curcuma longa, l.). Instituto agronômico de campinas, 2010.

PIRES, I. F. B. et al. Plantas medicinais como opção terapêutica em comunidade de Montes Claros, Minas Gerais. Revista Brasileira de Medicina, 2014.


42

QUEIROZ, A. A. Cultivo de plantas medicinais em escolas públicas do município de Seropédica. [TCC - Especialização]. Rio de Janeiro: Instituto de Tecnologia em Fármacos/Farmanguinhos, Fundação Oswaldo cruz, 2012.

SANTOS, F. S. As plantas brasileiras, os jesuítas e os indígenas do Brasil: história e ciência na Triaga Brasílica (séc. XVII – XVIII). São Paulo: Casa do novo auditor, 2009.

SANTOS, E. C. B; et al. A efetivação dos direitos dos usuários de saúde com diabetes mellitus:co-responsabilidades entre poder público, profissionais de saúde e usuários. Texto contexto - enfermagem Vol.20, no.3, p.461-470. 2011. SANTOS,

L;

TORRES,

diabetes mellitus: compreendendo

H. as

C. Práticas competências

educativas dos

profissionais

em da

saúde. Texto contexto – enfermagem. Vol.21, no.3, p.574-580. 2012. SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Agencia sebrae

de

noticias.

Goiânia,

GO,

2007.

Disponível

em:

http://www.sebraego.com.br/site/site.do?idArtigo=3098. Acesso em: 29/09/2008. SILVA, A. R. V. et al. Avaliação de duas intervenções educativas para a prevenção do Diabetes Mellitus tipo 2 em adolescentes. Texto contexto – enfermagem. Vol.20, no.4, p.782-787, 2011. SILVA, N. F; SONNENBERG, P. E; BORGES, J. D. Crescimento e produção de cúrcuma (Curcuma longa L.) em função de adubação mineral e densidade de plantio. Horticultura Brasileira. vol.22, no.1, p.61-65, 2004.

SILVA FILHO, C. R. M. et al. Avaliação da bioatividade dos extratos de cúrcuma (Curcuma

longa L.,

Zingiberaceae)

em Artemia

salina e Biomphalaria

glabrata. Revista brasileira de farmacologia. Vol.19, no.4, p.919-923. 2009. SOUZA, T. S; OLIVEIRA FILHO, A. C. Introdução e incentivo da cultura do açafrão -daterra (curcuma longa l.) no município de cassilândia MS. Anais do Semex, no 2, 2009.


43

SANTIAGO, V. S; SILVA, G. P. M; DECOTÉ, D. R; LIMA, M. E. F. Curcumina, o pó dourado do açafrão-da-terra: introspecções sobre química e atividades biológicas. Química Nova, vol. 38, no. 4, 538-552, 2015. TAVARES, B. C. et al. Resiliência de pessoas com Diabetes Mellitus. Texto contexto – enfermagem. Vol.20, no.4, p.751-757. 2012. TOMAZZONI, M. I; NEGRELLE, R. R. B; CENTA, M. L. Fitoterapia popular: a busca instrumental enquanto prática terapêutica. Texto contexto – enfermagem. vol.15 no.1, 2006. VARASCHIM, M. et al. Alterações dos parâmetros clínicos e laboratoriais em pacientes obesos com diabetes melito tipo 2 submetidos à derivação gastrojejunal em y de Roux sem anel. Rev. Col. Bras. Cir. vol.39, no.3, p.178-182. 2012. VILELA, C. A. A; ARTUR, P. O.Secagem do açafrão (Curcuma longa L.) em diferentes cortes geométricos. Ciências Tecnológicas de Alimentos [online]. vol.28, n.2, pp.387-394, 2008. XAVIER, A. T. F; BITTAR, D. B; ATAÍDE, M. B. C. Crenças no autocuidado em diabetes: implicações para a prática. Texto contexto – enfermagem. vol.18, no.1, p.124-130. 2012. YUNES, R. A; PEDROSA, R. C; CECHINEL FILHO, V. Fármacos e fitoterápicos: A necessidade do desenvolvimento de fitoterápicos e fitofármacos no Brasil. Química Nova 1: 147-152. 2001.

ANEXOS


44

Receitas com cúrcuma: ARROZ COM CÚRCUMA Ingredientes: 2 colheres (sopa) de manteiga; 2 dentes de alho esmagados; 1 colher (café) de cúrcuma; 2 xícaras (chá) de arroz cru; 4 xícaras (chá) de água; 1 colher (café) de sal; Modo de preparo: Refogue o alho na manteiga, junte o arroz e a cúrcuma. Em seguida, coloque a água, acerte o sal e cozinhe em fogo moderado com a tampa semi-aberta. Quando estiver “al dente”, tire do fogo e mantenha a tampa fechada até terminar de cozer. ESCALOPES DE FRANGO ORIENTAL (rendimento 2 porções) Ingredientes: 500 gramas de peito de frango cortado em escalopes; 2 cebolas em rodelas; 1 colher de chá de gordura de coco; 1 colher de sopa de cúrcuma em pó; 1 colher de sopa de leite de coco; 1 colher de chá de mel; 100ml de leite; 1 colher de café de amido de milho ou fécula de mandioca; 1 dente de alho amassado; 1 pimenta dedo de moça fatiada sem as sementes; (opcional) 1 colher de café de óleo vegetal; Sumo de ½ limão; Sal a gosto; (pode ser uma pitada)


45

Modo de preparo: Sempre em fogo muito alto, e usando preferencialmente uma wok ou frigideira funda. Tempere o frango em escalopes com o alho amassado, pimenta do reino, sal, sumo do limão e o óleo e deixe descansar por alguns minutos. Aqueça uma frigideira ante aderente

e

grelhe

rapidamente

o

frango

(reserve)

Na mesma frigideira acrescente a gordura de coco, a cúrcuma, o mel e a pimenta fatiada, refogue por 1 minuto, acrescente então as cebolas. Refogue por mais 2 minutos, retorne com o frango e acrescente os demais ingredientes. Cozinhe por mais 2 ou 3 minutos, até que o molho tome corpo.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.