The Book Zine nº8

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Entrevistas Resenhas Shows

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Editorial

Índice

É isso aí, pessoal. Depois de uma Entrevista ­ Oskure ­ 03 longa ausência, de uma noite que aparentava não ter mais fim, aqui Resenhas ­ 06 estamos de volta com o The Book Zine, algo que eu cheguei a pensar Entrevista ­ Endimion ­ 10 que nunca mais faria. Shows ­ 12 Claro que os tempos são outros e uma abordagem diferenciada deve RPG 4 Free ­ 14 ser tomada para sobrevivermos Ideias ­ 15 neles. É evoluir ou morrer. E como é a tal abordagem diferenciada? Simplesmente disponibilizar todo o material do zine na Internet em formato blog, e periodicamente (vou tentar mensalmente, num primeiro momento) montar o fanzine no formato clássico para distribuição em shows e eventos. Esse fanzine no formato clássico também ficará disponível para download no blog (hhtp://thebookzine.blogspot.com), Envie seu material para resenha e então você pode baixar, imprimir, divulgação! Demos, CDs, fanzines, tirar cópias e distribuí­lo em eventos livros, RPGs, todos são bem vindos e da sua cena local, caso você more terão a devida atenção! O endereço em algum lugar distante (olá, leitores para envios, contatos, dúvidas, críticas e sugestões é: heder.osny@gmail.com russos!) E vamos continuar assim! Animados pela força e pelo EXCELENTE retorno que tivemos com o site em menos de um mês, sempre Buscando novo material de qualidade para nossos leitores! Diversão e respeito pra todos!

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Obskure Entrevista: Obskure (Brasil) Salve, pessoal! Aqui estamos, começando com o pé direito essa nova fase do The Book Zine com uma banda tradicional e sólida no cenário nordestino, prestes a lançar seu novo álbum. Com vocês, Obskure, do Ceará!

até as músicas mais recentes que estão no Myspace da banda. Podemos esperar essa faceta mais Em primeiro lugar, o básico do agressiva para o próximo álbum? básico: Quando o Obskure foi Amaudson Ximenes – O novo álbum formado e qual sua formação é bem mais extremo do que o atual? “Overcasting”. Tem músicas bastante Amaudson Ximenes – O grupo foi concebido em maio de 1989, no bairro trabalhadas, intensas, extremas que vão do death atmosférico passando do Parque Araxá, tradicional reduto pelo grind core. Existem composições roqueiro na cidade de Fortaleza. inéditas e uma gravação da primeira Atualmente, o grupo é formado: Amaudson Ximenes (guitarra), Daniel Demo­tape “Uterus and Grave”, gravado em 1990. O novo álbum teve Boyadjian (guitarra solo), Jolson seu lançamento adiado diversas Ximenes (baixo), Wilker D’ângelo vezes por conta da instabilidade da (bateria), Fábio Barros (teclado) e Germano Monteiro (vocal). Os quatro formação. Com a formação primeiros integrantes estão na banda estabilizada desde 2006, finalmente conseguimos terminar as desde o primeiro CD “Overcasting”. Fábio entrou para o grupo em 2003, e composições, gravá­las e materializá­ las. Germano em 2006. Com essa formação gravamos o novo álbum Tocando na questão do álbum, há “Dense Shades of Mankind”, que planos ou previsão para um neste momento encontra­se na relançamento do Overcasting? fábrica para prensagem. Amaudson Ximenes – No momento Quais são as influências presentes não, a nossa preocupação é com a divulgação do novo trabalho “Dense no som da banda? Shades of Mankind”. Divulgá­lo o Amaudson Ximenes – Death metal, máximo, tocando nos mais diferentes heavy metal, grind core, literatura locais do Brasil e do exterior. marginal, cotidiano etc. Houve uma evolução de estilo bem perceptível desde o Overcasting

Apesar do tempo de carreira da banda, vocês tocaram pouco por


aqui até o momento. Há planos ou possibilidades para passar por aqui para promover o novo álbum? Amaudson Ximenes – Como havia dito anteriormente, se tivermos oportunidade estaremos novamente nos apresentando na cidade de São Paulo. A última vez que tivemos por ai foi em 2008, ocasião da seletiva do Metal Battle. A apresentação ocorreu em julho de 2008 no Manifesto Bar.

dia possamos vencer essas dificuldades.

Existe uma boa mobilização entre as bandas underground locais? Ou as coisas acabam sendo mesmo na base do "cada um por si"? Amaudson Ximenes – No caso do Ceará, existem muitas experiências coletivas que acabam contribuindo bastante para o crescimento da cena A região underground. Norte Aqui em sempre teve nossa cidade uma cena existe a bem Associação saudável e Cultural fértil, embora Cearense do muito do que Rock (ACR), seja feito por a qual somos aí não um dos chegue ao grupos resto do fundadores que tem conseguido abrir país. O que, em sua opinião falta diversas portas junto ao poder público, para que haja uma melhor principalmente. Existe o ForCaos, divulgação das cenas locais ao festival tradicional responsável pelo longo do país? Amaudson Ximenes – Acredito que foi intercâmbio de grupos de diversas regiões do país região Nordeste que quis dizer. Na (www.youtube.com/forcaostv). O verdade, a divulgação dos grupos do evento existe há 14 anos. E diversos Nordeste tem até melhorado com o grupos já passaram pelo evento: advento das redes sociais e da internet. O que falta na minha opinião Taurus, Krisiun, Stress, Vulcano, são mais eventos nas duas regiões em Decomposed God, Headhunter D.C, que os grupos possam interagir mais. Violator, Funeratus entre muitos outros do gênero. Sei que o Brasil é um país de Festivais como BNB do Rock Cordel, dimensões continentais e acaba por inviabilizar muitos desses projetos por promovido pela rede de Centro conta das distâncias, da precariedade Culturais do Banco do Nordeste, também é outra experiência bem dos acessos e do alto custo de deslocamento, seja de forma terrestre sucedida. São mais de 150 grupos por ou aérea. Entretanto, acredito que um edição, o festival acontece de forma


gratuita, sempre no mês de janeiro. Diversos gêneros do rock são contemplados indo desde o alternativo, passando pelo heavy metal ao metal extremo.

“clientela”. Uma estrutura monstruosa de igrejas e muito dinheiro injetado. A música, em particular o metal e suas variações, é uma forma eficiente de fazer a cooptação de músicos e do público. Não concordo com essa E quanto à interação entre prática, entretanto, não dá pra diferentes cenas? Ocorre combater utilizando­se da força física, tranquilamente, ou existem atritos da intimidação, como vejo acontecer entre metal e hardcore, por normalmente. Esse tipo de prática se exemplo? combate com inteligência, com uma Amaudson Ximenes – No estado do crítica bem fundamentada. Conheço Ceará, esse tipo de atrito, de diferença alguns músicos que dizem se sentir não é empecilho entre os grupos, entre felizes tocando e levando as o público existe em alguns momentos mensagens cristãs para o seus fiéis. acontece estranhamento quando se Assim como existe a opção dos mistura demais os estilos, mas entre satanistas por louvarem o satanás, os grupos normalmente não existem os cristãos em louvar a deus. acontecesse, pelo menos no pessoal Acaba sendo fanatismo, acaba sendo ligado a ACR, que é onde dou mais religião do mesmo jeito. Acaba sendo atenção. O pessoal se respeita a música, o metal, um veículo de bastante, sai para conversar, beber louvação, de arrebanhamento de fiéis, junto etc. O ambiente é tranquilo. O da formação de pequenos grupos, de respeito é fundamental nesses fanatismo, verdadeiras fábricas de momentos, uma vez que temos um conservadorismo. inimigo maior que é o preconceito do chamado senso comum, da grande Obrigado pela colaboração e pelas mídia e do conservadorismo. Se respostas, Amaudson. Fique à ficarmos nos matando e digladiando vontade para dar sua mensagem não vai sobrar nada e só vamos fazer para os leitores. o jogo do sistema. Amaudson Ximenes – Obrigado pelo espaço, esperamos em breve está Uma questão que não pode ser presenteando a todos com o novo CD deixada de lado: qual é a sua “Dense Shades of Mankind”, que opinião a respeito do cristianismo e apesar do atraso de mais de três anos, do metal cristão? Você considera deve sair ainda este ano. possível uma banda manter Um forte abraço a você Heder e a sinceridade com relação ao metal e todos os leitores. com relação às suas crenças religiosas simultaneamente? Contatos: Amaudson Ximenes – A gente sabe http://obskure.zip.net/ que existe muito oportunismo por parte http://www.myspace.com/obskuredeath das igrejas que se utilizam desse metal mecanismo para atrair a sua


Resenhas Aggelos ­ Mantos Purpúreos Este é o primeiro álbum completo desta banda cristã colombiana de gothic metal. O estilo, em geral, lembra uma mescla entre Theatre of Tragedy, The 3rd and The Mortal e um pouco de Tristania, mas com ênfase nos elementos mais leves das bandas citadas, o que acaba criando um pouco de expectativas e não as cumprindo. Não entendam mal, a banda é bem afiada e coesa, mas o elemento de peso acaba fazendo falta demais. Os vocais guturais são usados de forma um tanto quanto esparsa (embora os vocais líricos sejam realmente de primeira categoria) e falta um pouco de peso na distorção da guitarra. Não chega a ser decepcionante, longe disso, mas eu realmente fiquei com uma expectativa diferente do que foi apresentado. Ou seja, mais problema do ouvinte do que da banda, na verdade. Apreciadores das bandas referidas não terão problema algum com este play, mas se estiverem esperando algo mais pesado ou aproximado ao doom metal, talvez seja melhor procurarem um pouco mais. Faixas de destaque: Cruel Silence, Muriendo e Labu Reatum. http://www.myspace.com/aggelosband

RDP em seu clássico álbum Brasil. De fato, a banda brasileira é a referência que surge de forma mais evidente nessas 16 faixas, graças à guitarra com aquela distorção "ardida" típica do hardcore clássico dos anos 80. O principal diferencial que percebe­se em relação ao citado RDP é o estilo do vocal, mais limpo e compreensível, porém nem um pouco menos agressivo. Se o estilo das bandas mencionadas te agrada, tire alguns minutinhos para ouvir este play, serão poucos (cerca de 25) e será tempo MUITO bem investido. http://www.myspace.com/nacaocorrompida

Rest Eternal ­ Rest Eternal Eu gosto de encontrar materiais que fogem do lugar comum. Eles forçam minha percepção e compreensão da arte apresentada e fazem com que ao fim da audição eu tenha desenvolvido um melhor senso de aceitação do diferente. É a falta dessa aceitação do diferente a causa para tantas guerras e violência no mundo. Mas estou divagando. Vamos à resenha. O Rest Eternal é um projeto de Dave L., do Grave Abandoned, Wretched Humanity e Departing Dusk. Definitivamente um sujeito que gosta de se manter ocupado. O som apresentado é uma Nação Corrompida ­ Sem chapas de espécie de funeral doom com MUITA ênfase campanha no teclado. De fato, chega a ser como se o Saudações! Temos teclado fosse usado no lugar da guitarra, para aqui o EP dos todas as harmonias e bases, acompanhado pernambucanos do de passagens discretas ao violão, meio que Nação Corrompida, invertendo o conceito clássico de banda destilando um doom pesada com passagens discretas de hardcore crossover teclado. O resultado é, como já deixei claro, veloz e agressivo, com instrumental bem fora do comum, primando mais pelo clima coeso, aos moldes de DRI, SOD, e mesmo do sombrio do que pelo peso, e tendo como


destaque a penúltima faixa, Cold Winter, que foge um pouco do funeral doom apresentado Link para download do EP no resto do disco e se mostra uma http://www.mediafire.com/?eerxlnjf8x19ekp improvável mistura de Hellhammer com Joy Division com um órgão no lugar da guitarra. Sistema Sangria ­ Pois é, você também vai precisar ouvir para Brasileiro de acreditar. Um bom disco, mas sofre um verdade não tem pouco pela voz ter ficado um pouco distante medo não na mixagem. Nada que trabalhos futuros não E aqui estamos com possam resolver. o Sistema Sangria http://www.myspace.com/resteternalmetal novamente. Este é seu EP de 2005, Senandioma ­ lançado via Order and Hardcaos discos, e apresenta uma evolução Progres... Lies and óbvia em comparação à demo anterior. Aqui Death! o som manteve e aprimorou as melhores de A capa deste EP nos suas características. O que antes era um traz impressões um veloz hardcore com pitadas punk tornou­se tanto conflitantes à um crust com pitadas grind, lembrando por primeira vista. O vezes Extreme Noise Terror e por outras o estilo cartunesco Dorsal Atlântica na fase do Straight. Assim, com motivo político faz pensar em uma foram­se as partes de cantar junto e as banda hardcore, enquanto o logotipo sugere influências de Agnostic Front, substituídas uma banda de death metal tradicional. E ao por um trabalho de bateria que chega a se colocar o trabalho para rodar, o que aproximar do death metal, como na faixa­ ouvimos? Um ótimo thrash 100% brasileiro, título de abertura, e uma ferocidade reminiscente do Sepultura de Schizophrenia, redobrada do vocal. Previsivelmente, gostei Dorsal Atlântica de Searching for the Light e bem mais deste segundo trabalho. O Ratos de Porão de Brasil. Guitarras bem exemplo perfeito do que significa trabalhadas, baixo pulsante, backing vocals REALMENTE a palavra "evolução" aplicada monstruosos e bateria com ritmo preciso, a uma banda de som pesado! fazendo a festa da galera que ama o som http://www.myspace.com/sistemasangria/ oitentista, mas sem soar datado de forma http://www.reverbnation.com/sistemasangria alguma. Atribuo isso à ótima e cristalina produção, que deixa claro se tratar de um Semblant ­ Behind the Mask produto do século XXI, não de uma nostalgia Temos aqui o EP da forçada dos anos 80. Ponto para a banda por banda curitibana ter resistido à tentação de fazer algo que Semblant, lançado seria o equivalente musical ao jornalismo virtualmente no dia sensacionalista. Enfim, um EP que vale cada 11/11/11, segundo da audição e que fará a alegria dos aproveitando uma thrashers de plantão. Corra e baixe o seu, data que já estava que está disponibilizado na íntegra pela causando bastante própria banda! Destaque para as faixas movimentação nos Democrashit, Be Stupid and Die e Death meios virtuais. Uma boa sacada. E o que Comes to Everyone. temos aqui, então? Quatro faixas de um metal gótico moderno, aliando vocais http://www.myspace.com/senandioma guturais com vocais femininos, ora líricos, http://www.reverbnation.com/senandioma ora mais naturais. Inicialmente, vêm à mente


influências da escola holandesa do metal, mais especificamente do After Forever, mas uma audição mais atenta revela uma abordagem um tanto quanto menos melódica por estes brasileiros. Há uma quantidade desejável de técnica, mas nada que se torne um show de exibicionismo. Realmente são músicos usando suas habilidades em favor da música, e não do ego. E tendo a coragem de, em um gênero tradicionalmente dominado por bandas extremamente melódicas, apostar um pouco mais na agressividade, como é mostrado de forma magistral na última faixa, 11:11. Ótima banda, aguardo pelo álbum completo! www.myspace.com/semblant www.semblant.com.br Sistema Sangria ­ Alienação Esta é a demo de 2002 do Sistema Sangria, apresentando um hardcore bem influenciado por punk, com doses generosas de agressividade. Há uma saudável influência de Ratos de Porão, principalmente nos vocais, além de algo que não consigo definir precisamente que me fez pensar em Agnostic Front. A demo segue uma linha estável até suas duas últimas faixas, onde começamos a ver uma inventividade maior: La­la­la, com sua letra e levada para cantar junto e Manipulação, com umas levadas de guitarra um pouco mais trabalhadas que te pegam de surpresa. Não chega a ser um Megadeth, e nem precisaria, obviamente. Eles fazem esses pequenos experimentos mas não se afastam da ideia central de estilo da banda. Sem dúvida foi uma demo certeira, na medida perfeita para fãs de um HC bem furioso e sem concessões. http://www.myspace.com/sistemasangria/ http://www.reverbnation.com/sistemasangria Pospolite Ruszenie ­ Świebodność

Temos aqui uma banda interessante, oriunda da Polônia, com um som mesclando metal pesado, mas não muito veloz, com instrumentos típicos da Europa medieval (como flautas, gaitas de fole, viola da gamba e por aí vai). O resultado obtido é interessante, no sentido que não se tentou forçar uma aproximação do enfoque mais brutal do metal. Na verdade, são os instrumentos medievais que constroem a música e o conjunto guitarra/bateria/baixo comparece em segundo plano, bem como o vocal gutural, que surge apenas em determinados trechos e deixa a direção a cargo de um vocal masculino limpo e grave. Não chega a ser folk como um Eluveitie, Ensiferum ou Moonsorrow, na realidade, soa de certa forma "urbano", mas urbano do século 14, digamos, uma abordagem um tanto quanto semelhante ao velho Dark Reality. Enfim, um single legal, direto ao ponto. Não é nada de muito extremo, portanto é uma boa porta de entrada para quem não é acostumado com o gênero e está disposto a conhecer coisas novas. Ah, e para esclarecer algo que eu fiquei em dúvida com relação à banda: Não se trata de uma banda cristã, como pensaram alguns, mas simplesmente eles seguem a temática de musicar poesias polonesas medievais, e na época medieval, goste ou não, a arte e a religião andavam juntas. Fica o aviso, tanto para o cristão que se recusa a ouvir bandas seculares quanto para o não cristão que passa longe de qualquer coisa cristã. http://pospolite.ruszenie.pl/home.html http://www.myspace.com/pospoliteruszenie Ódio Social ­ Na derrocada Violência. A única palavra que define este disquinho com a simpática capinha ao lado. Aqui estão 7 sons em cerca de 10 minutos, trazendo um belo crust/grind direto ao ponto, que ao mesmo tempo em que lembra algo do


Extreme Noise Terror em Holocaust in your head (cortesia do baixo e principalmente do vocal) consegue ter a consciência de estar em pleno século XXI e não tentar viver copiando estilos dos anos 80. Ponto certeiro para a banda, que faz assim um som cativante, sem invenções malucas, mas sem gosto de coisa requentada. Muito bom e recomendado, principalmente as faixas Muito Obrigado e Ditados do Kaos. http://www.odiosocial.com/ https://www.reverbnation.com/odiosocial666 http://www.myspace.com/odiosocial666 Hawthorn ­ Thorns and Blood Olá, pessoal! Hoje estamos aqui com o play de estréia do curitibano Hawthorn, que já chega cuspindo fogo logo de cara, com um black metal sinfônico sem exageros melódicos. Mais semelhante a o que Emperor e Limbonic Art faziam bilhões de anos atrás do que aos Dimmu Borgires da vida. Assim, temos um som brutal e feroz, com um jogo muito bem trabalhado de alternância de vocais, predominância dos teclados e da bateria na mixagem (muito caprichada, por sinal), uma influência marcial, arriscaria até dizer wagneriana e objetividade. MUITA objetividade. O álbum, como um todo, dura cerca de 35 minutos (a versão que eu tenho, lançada pelo selo americano Sullen Records, inclui o EP Dawn of Blood, ampliando a duração para pouco mais de 49 minutos). É difícil listar melhores ou piores faixas, elas realmente estão niveladas por cima, mas há um certo destaque para Thorns, Master of Lies e Eternal Lord. Recomendo tranquilamente para quem curte o som das bandas citadas. Qualidade, agressividade, clima sombrio, tudo na medida certa. O único ponto que pode ser um porém para alguns é que esta é uma banda cristã. Se isso não for algo que te incomode, então sirva­se. http://www.thornsandblood.blogspot.com/ Endimion ­ Canción desde la voz primera E aqui estamos com um material de alta qualidade despontando da cena doom chilena. O Endimion já é uma banda com uma boa experiência e este álbum prova ter chegado no momento certo. O entrosamento entre os instrumentos é evidente, inclusive com uma seção rítmica mais agressiva do que estou acostumado a ver em outras bandas chilenas, como Poema Arcanvs e Mar de Grises, e isso dá uma personalidade bem interessante à banda. Seções mais agressivas, como as de Lady of my dreams ou Naked in the sun, misturam­se naturalmente a arranjos de guitarra como os de We are the sky, que apresenta um clima meio semelhante à fase mais gótica do Rotting Christ, novamente, sem perder a identidade agressiva do baixo e da bateria. Um efeito de fato interessante! Some­se a isso o fato das músicas não serem exageradamente longas (para os padrões do doom metal, pelo menos) e temos em mãos um álbum que consegue ser direto e bem­ trabalhado ao mesmo tempo. Uma pedida certa para fãs de doom e uma boa porta de entrada para o pessoal mais acostumado a estilos como death e black que não esteja muito familiarizado com o doom.


Endimion

Olá, Matias! Em primeiro lugar, gostaria de apresentar a banda aos nossos leitores? Bom, o Endimion é uma banda Doom Death do Chile, nascida em 2005. Nossa música se encaixa no antigo Doom Death, como o trio da Peaceville no começo, mas com várias influências do Black, Death e Doom Metal mais recente, além de um pouco de rock ... é uma convergência de vários elementos!

que um processo de fechamento, quisemos capturar as músicas que originaram a banda, que são como hinos que soaram 5 ou 6 anos atrás, quando acabávamos de sonhar em fazer um show… uma vez. Quanto a uma turnê com este álbum, me parece difícil; planejamos alguns shows em nossa cidade (Concepción) e mais alguns em Santiago. Nós não temos os meios de sair do país para promover nosso material. Se alguém quiser nos ajudar a ir para o Brasil, não teremos problemas! É só avisar, hehehehe.

O Chile parece ter uma cena metálica bem saudável, especialmente com relação ao doom metal. Como você vê essa cena em comparação com países vizinhos como Brasil, Argentina, Peru, etc? Creio que a cena Doom Metal na América Latina está ganhando cada vez mais força, porém, os países que causam esse Quais são as principais influências da movimento são o Chile, o Peru e o Brasil; banda? esses três países possuem uma cena bem Mmmmh, é difícil dizer... Como já falei, há forte! Em outros países há outras cenas fortes muita influência do que faziam o My Dying Bride e o Anathema no início, nossas primeiras de metal, a Argentina não tem muito Doom, nem a Venezuela, a Bolívia, etc. músicas (as que aparecem no álbum) são notavelmente influenciadas por essas bandas, Eu não sei como funciona no Brasil, mas no essas músicas têm mais de 5 anos cada! Mas Peru, a comunidade atualmente estamos explorando outros sons; doom metal extraindo elementos do punk, do prog metal, é bem sem perder a essência Death Doom que nos levou a criar o Endimion, isso é algo que será organizada, e aqui no refletido em um próximo álbum. Chile também há A banda está lançando o seu primeiro organizaçõe álbum completo, Cancion desde la voz primera. Fale um pouco sobre o álbum. Há s que fazem planos de sair em turnê com ele? Talvez até festivais de doom metal tocar no Brasil? que podem É isso mesmo, nosso primeiro álbum é meio


se tornar referência para a América do Sul, temos a sorte de ter muitas bandas do estilo em nosso país, algumas das quais são reconhecidas internacionalmente, como o Mar de Grises, Poema Arcanus, Lapsus Dei… entre muitas outras. Como funciona a cena chilena? Há um senso de união entre as bandas ou eles são cada uma por si? Como eu disse, somos um pouco organizados, fazemos shows médios, onde podemos divulgar novas bandas e curtir as clássicas. Há comunicação entre várias bandas, muitas delas são amigas, também há uma comunidade chilena de doom metal, onde temos um cadastro bem completo da cena doom metal nacional. Ele está temporariamente hospedado em www.doomdeathanddarkness.tk... . Dê uma passada por lá!! Você também tinha um projeto de poesia, o Gruntode. Ele ainda está na ativa? Sim, o Gruntode permanece na ativa, apenas está dando uma respirada, logo uma nova coletânea de poesias urradas com som acústico (talvez não tão acústico) verá a luz do dia. Ela surpreenderá os poucos que conhecem o projeto... O que você vê como as principais dificuldades aqui na América do Sul para que tenhamos uma cena mais forte e participativa? Acho que a principal dificuldade é a distância geográfica entre um país e o outro... e mesmo dentro dos países, a distância entre as cidades. Esses fatores podem influenciar um movimento como o da Europa, onde cada país é como uma cidade em um país latino­ americano, então é bem fácil fazer um show internacional. Por exemplo, se o Endimion fosse tocar no Brasil, viajando por terra levaríamos mais de 36 horas! E de avião,

seria terrivelmente caro! Creio que a primeira coisa seja fortalecer as cenas locais, fazendo com que cada país tenha seu próprio circuito, e depois disso, começar a expandir, juntos. Se não houver cenas locais organizadas, dificilmente haverá uma cena latino­americana unida. Você pode dar suas opiniões sobre o cristianismo e o metal cristão? Você acha possível que uma banda seja sincera ao mesmo tempo sobre o metal e sua fé? Pessoalmente, eu não tenho nada contra o cristianismo, embora eu não concorde com

suas crenças; cada pessoa é livre para seguir o que mais lhe satisfaz. Quanto ao metal cristão, eu creio que uma banda pode expressar sua fé através do metal, creio que a música, o que quer que seja, é a melhor maneira de expressar um pensamento, uma ideologia ou sentimentos. E se existe um metal satânico, supõe­se que também haja um metal cristão. Bom, Matias, obrigado pelo seu tempo e sua atenção, fique à vontade para deixar algumas palavras para nossos leitores! Ok! Obrigado pelo seu tempo e tudo de bom para os leitores do The Book Zine, e espero que curtam nossa música. Doom On! www.myspace.com/endimionband www.endimion.tk


Resenhas de Shows Test, Cyco Pit, Brain Dead e Nação Corrompida ­ 15 de novembro de 2011

surpreende com breakdowns típicos do metalcore moderno), sem nunca soar forçado ou inadequado. Em resumo, um show muito legal, que teria sido melhor se não fosse pelo lugar ser tão escuro que... Bom, as fotos falam por si. Outro ponto negativo foi o pessoal indo embora em peso após o Braindead em vez de permanecer para prestigiar a banda que veio mais de longe para o som, mas paciência, algum dia o povo aprende a respeitar o trabalho de quem se esforça pela cena. Leather Faces ­ 12 de novembro de 2011

Essa foi uma tarde chuvosa no Sattva Bordô que logo tornou­se noite. Logo ao entrar na casa, o Test já estava desfiando seu death/grind/crust experimental, garantindo um começo certeiro para a noite. Após um breve intervalo, tivemos o Cyco Pit no palco, mandando ver um hardcore new school bem certeiro e agradável. Não se mexe em time que está ganhando, como se diz. A seguir, tivemos a iniciante Braindead, que também fez um bom som calcado no hardcore new school, mas algo me parecia fora do lugar, talvez seja apenas questão da banda se "soltar" mais, deixar a energia fluir naturalmente, pois potencial não faltou. Por fim, tivemos o Nação Corrompida de Pernambuco, encerrando sua pocket tour pela região sudeste. Legal ver que a banda trouxe seu próprio CD, materiais de outras bandas parceiras, camisetas... Até mesmo FITAS demo! Nem lembro a última vez que vi uma! Com relação à sua apresentação, os caras capricharam em um crossover nitidamente inspirado pelas bandas clássicas dos anos 80 (como Ratos de Porão, English Dogs, DRI, Slayer), com guitarras bem faiscantes, flertando descaradamente com o metal, mas com alguns toques mais modernos aqui e ali (especificamente, uma ou outra música que

Nesse último sábado, 12 de novembro, tive a grata oportunidade de ver a banda Leather Face apresentar­se gratuitamente no vão livre do MASP, e tive uma experiência além da esperada! Me surpreendi e muito ao ver a qualidade da instalação de som montada ao ar livre e quase que no improviso pela banda! Duas guitarras com efeitos distintos e claramente fáceis de distinguir entre uma e outra, vocal bem audível, sem ser sufocado pelo som elétrico e bateria com o som que não se perdia, apesar de estarmos em um lugar aberto! Não vejo essa qualidade na maioria dos shows em lugares fechados (ou seja, ambiente controlado)! Ponto pra banda! E, claro, nada disso seria grande coisa se o som não fosse à altura, né? Mas foi. A banda começou sem demora, já emendando os dois


sons, a extremamente energética Leather Face e Stand up and Rise (com o infalível refrão pra multidão gritar junto). O som da banda é um metal tradicionalzão, estilo Saxon/Judas Priest, com um pé fincado no power metal dos anos 80 (um pouco de Accept, Rage...). Destaque para a sensação de ver um show de metal que conseguiu recuperar um pouco da sensação de som underground, para os excluídos, pois além dos montes de headbangers assistindo, havia vários moradores de rua que obviamente não eram fãs de metal, mas ficava visível em seus rostos e suas reações a alegria de estarem por parte de um evento cultural sem serem enxotados e escorraçados. Pois é... Um show em um local aberto, juntando uma pequena multidão e com uma baita qualidade de som. E tem gente que diz que o metal brasileiro está morrendo... Test, Sistema Sangria e Pés Sujus ­ 02 de novembro de 2011

Feriado no meio da semana. Acaba sendo difícil pensar em algo legal para fazer, sabendo que no dia seguinte voltamos ao cotidiano. Felizmente eu já estava programado para ver esse show do Test, Sistema Sangria e Pés Sujus (estava agendada também a banda paraense Derci Gonçalves, mas eles tiveram problemas de viagem e não puderam comparecer). O som começou com a dupla Test, que mandou ver um death/grind/crust violento com algumas breves passagens experimentais, lembrando um pouco de Are You God?, Cause for Effect e (bem pouco) VoiVod. O barzinho onde rolou o som não tinha nada para comer (APENAS batatas fritas) e eu não tinha almoçado, então saí à caça de alimentos no espaço entre uma banda e outra. Não só não encontrei nada (feriado, né?), como também cheguei e a segunda banda, Sistema Sangria, já tinha começado a fazer seu barulho. E QUE BARULHO, minha gente, que barulho! Uma bela de uma mistura de crust com hardcore nova­iorquino, alternando partes velozes com outras mais cadenciadas, todas elas, sem exceção, recheadas de peso e agressividade! Para terminar a tarde, tivemos o Pé Sujus (esse sim, demorou para começar a tocar), executando um bom punk rock tradicional com pitadas de hardcore. No geral, um dia muito bem aproveitado, novas amizades, som pesado, mosh animadíssimo, conhecer um lugar novo, reencontrar camaradas das antigas... Enfim, é disso que o underground é feito!


RPG 4 Free

Saudações, prezados leitores! Depois de um prolongado silêncio, cá estamos novamente, desta vez apresentando um sistema gratuito. Cabe uma breve explicação: RPG 4 Free é também o nome de meu outro blog de RPG que foi iniciado em algum momento durante o silêncio das atividades do The Book Zine, voltado a divulgar sistemas de RPG gratuitos. Com o retorno do The Book Zine, é apenas natural que o RPG 4 Free continue a ser parte dele, agora assumindo sua identidade própria.

Pois bem, depois dessa explicação, o que apresentamos aqui é o Swords and Wizardry,um jogo que segue a tendência dos retroclones, ou seja, jogos novos buscando resgatar a mecânica e o estilo das versões mais clássicas do D&D, além de adicionarem seu próprio toque pessoal. Coisas como a modernização de algumas regras aqui e ali, reorganização de conteúdo para fácil consulta, ou mesmo alterações mais drásticas (nunca vou deixar de pensar no Mazes and Minotaurs, o jogo que reimagina o RPG com uma ambientação da mitologia grega!). Como vêm sendo a regra entre os produtos que seguem essa tendência, este também apresenta uma bela estrutura de suporte ao módulo básico do jogo. No próprio site do desenvolvedor vemos diversos materiais de apoio, como classes novas, geradores de NPCs e diversas formas de conteúdo adicional, garantindo uma bela durabilidade para o sistema. Por fim, mais uma nota positiva: há uma versão traduzida para o português brasileiro com uma diagramação caprichada rodando internet afora! O responsável por esse autêntico presente à comunidade atende pelo nome de Gilvan Gouvêa, e realmente lamento não ter conseguido encontrar nenhum link ou menção a um site, blog, e­mail, qualquer coisa para um contato, esse cara merece todos os nossos cumprimentos por sua contribuição à causa do RPG gratuito entre os falantes de português! Uma vez que não encontrei um endereço oficial do tradutor, segue o link para download no 4shared, obtido via Dragão Banguela e vamos torcer para que mais gente adote essa iniciativa! Download: http://www.4shared.com/document/nXyXruI_/Swords_and_Wizardry_3ed_Traduo.html Matéria no Dragão Banguela: http://dragaobanguela.blogspot.com/2010/07/downloads­swords­wizardry­3­edicao.html E, para quem quiser ver o material original e quem sabe até se embrenhar nessa iniciativa tradutória com o material de suporte adicional, segue aqui está o link dos desenvolvedores, Mythmere Games:

http://www.swordsandwizardry.com/


Ideia: Abrindo portas

Olá, pessoal! Aqui estamos com nossa primeira coluna de ideias. Fiquem à vontade para dar suas opiniões e termos uma discussão bem aberta, ninguém aqui é dono da verdade, ok? E é nessa mentalidade que segue o post de hoje: a questão de respeito ao espaço do outro. Como devem saber ou pelo menos ter desconfiado, eu sou cristão e busco dar igual espaço a bandas cristãs e não­cristãs no zine, e faço o que está ao meu alcance para que essa igualdade de espaço se estenda a outros fatores da cultura underground. E devo dizer, se por um lado fico feliz em ver que as bandas cristãs têm conseguido se integrar nos espaços do cenário underground, por outro lado lamento ver que tem faltado uma certa reciprocidade das mesmas; sempre que fico sabendo de bandas cristãs tocando com bandas não­cristãs, acaba sendo por iniciativa dessas últimas, que abrem os espaços onde normalmente tocam, mas em troca, não ocorre das bandas cristãs abrirem as portas de suas igrejas para que bandas não­ cristãs toquem. Isso é totalmente errado! A força da cena é feita do conceito de cada um ter algo a acrescentar ao outro. As bandas cristãs precisam parar de tentar viver uma cena à parte, tocando apenas refugiadas em seus guetos, onde impedem a entrada dos que não partilham da fé. Em linhas gerais, a ideia é essa: não adianta bandas cristãs quererem que a cena underground, em geral, abra suas portas para elas, se elas não estiverem dispostas a abrir suas portas para a mesma cena. Vamos respeitar para sermos respeitados e compartilhar o que temos com aqueles que compartilham conosco. Concordam? Discordam? Falei besteira? Faltou algo? Comentem e vamos discutir!

Release: Maua

[Maua] é uma banda de thrash metal / technical death metal formada em Aracaju / SE­Brasil por Erico Groman (vocal), André Cabral (guitarra), Maha Feitosa (guitarra), Jess Webb (baixo), Diego Gonçalves (bateria). Em meados de 2009, o EP intitulado "Conscience" foi lançado, trazendo cinco faixas pesadas mescladas com trabalho de pesquisa rítmico/groove. Desde então, a banda tem tocado em muitos locais e também em todo o Nordeste do Brasil tendo uma recepção muito boa na cena rock / metal. Agora [maua] está trabalhando em um álbum novo e completo que não tem data de lançamento ainda, mas planejando para o final de 2011 ou início de 2012, portanto, fique atento. http://www.myspace.com/mauabr Contato: André Cabral andmaua@msn.com


O fanzine “meus amigos bebem muito café” está organizando uma coletânea totalmente no espírito “diy”­ “faça você mesmo”. Bandas interessadas em participar, enviem seu material (até 2 músicas no formato mp3, release, fotos da banda, myspace e contato), que estaremos selecionando. O cd sera disponibilizado virtualmente nos blogs COFFEEBOY­ (http://coffeeboylivinginacup.blogspot.com/), aqui no tumblr. e em sites de parceiros, alem de ser distribuído em eventos alternativos, junto com o fanzine, com preços simbólicos, sem visar nenhuma margem de lucro, apenas a divulgação das bandas, da cena, da musica de verdade, feita com real sentimento, e não para o “MERCADO”. A exemplo de tantas outras iniciativas undergrounds, como coletâneas de blogs, de selos independentes, de outros tantos fanzines, viemos dar o nosso grito e apoio a cena underground e artistas independentes. Alem de bandas, se você é artista plastico, produz street art, desenha,enviem seus materiais para arte da capa e encarte do cd. Para suas ilustrações, utilize como tema, o título do fanzine. Não é necessário ser um web designer fodão nem o “pelé” das artes gráficas, basta usar sua criatividade. Se ficou curioso quanto ao fanzine, acabou de sair a última edição. Como todo bom e velho fanzine, ele é feito em xerox, mas vc pode vê­lo on line, salvá­lo em seu pc e imprimir depois. Esta disponível em http://coffeealot.blogspot.com/. Para enviar seu material, o contato é blackflagladoleste@gmail.com , a/c luis “coffee” sigam no twitter: http://twitter.com/@coffeeboyxxx

Gambiar ra Blog, blog de cinema, games, quadrin hos, RPG e cultura pop em geral! Visite o blog, conheça as matérias e aproveite para participar do sorteio do livro "A batalha do Apocalipse", de Eduardo Spohr! Como? Acesse a fanpage do blog no Facebook e clique em "curtir". Após completar 100 "curtir", o livro será sorteado entre os participantes! Não perca essa! É a oportunidade para conhecer o trabalho de um dos mais férteis autores da literatura fantástica brasileira da atualidade! Blog: http://gambiarrablog.blogspot.com/ Fanpage: https://www.facebook.com/pages/Gambi arras­Blog/294182563928958


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