Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia
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Paixão Pelas
essoas P
8 Esclarecimentos Sobre Serviço Militar
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A Terceira Pessoa
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Ministério Atrás das Grades
Março 2008 A
IGREJA
EM
AÇÃO
Editorial ....................... 3 Notícias 3 Imagens & Notícias
Janela
7 Sri Lanka por Dentro
A D R A / A F R I C A
Visão Mundial
ARTIGO
DE
C A PA
Paixão Pelas Pessoas
Por Kimberly Luste Maran .......................................................... 16 Birgit Philipsen, primeira mulher a ser diretora da Agência Adventista de Recursos Assistenciais (ADRA) em um país, preocupa-se pelas pessoas de uma forma evidente. DEVOCIONAL
Igrejas Milagrosas Por Nathan Brown ................................ 12 O que devemos saber sobre as igrejas que experimentam crescimento explosivo? VIDA
ADVENTISTA
Esperança em Meio à Dor Por Josephine Akarue .............. 14 Por vezes, o único controle que temos sobre nossa situação é a maneira como reagimos a ela. CRENÇAS
FUNDAMENTAIS
A Terceira Pessoa Por Roy Adams ........................................ 20 O Espírito Santo pode ser sempre um mistério, mas isso não quer dizer que não podemos ser beneficiados com Sua presença. ESPÍRITO
DE
PROFECIA
Minha Missão, Meu Mundo Por Ellen G. White .............. 22 Deus nos equipou para fazermos a diferença em nosso mundo. SERVIÇO
Ministério Atrás das Grades Por Daniel Weber ............... 24 Um pastor que não se esquece dos que a sociedade procura esquecer.
Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 4, nº 3, Março 2008.
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8 Esclarecimentos Sobre Serviço Militar SAÚDE
Como a Pobreza Pode Afetar a Saúde? ......... 11 Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless PERGUNTAS
BÍBLICAS
Nomes, Datas e Lugares ....................... 26 Por Angel Manuel Rodríguez ESTUDO
BÍBLICO
Um Sinal do Verdadeiro Culto........ 27 Por Mark A. Finley INTERCÂMBIO
MUNDIAL
29 Cartas 30 O Lugar de Oração 31 Intercâmbio de Idéias
O Lugar das Pessoas... 32 NA SELVA: Birgit Philipsen prepara-se para visitar, usando veículo antigo, norte de Karamoja, Costa emMagalhães uma localidade Tradução: Sonete Uganda. Na capa: OBRIGADO, ADRA: Em Ruanda, crianças alegres e felizes posam por um momento em frente da escola primária construída pela ADRA/Ruanda, com apoio financeiro do governo dinamarquês através da ADRA/Dinamarca. Tradução: Sonete Magalhães Costa www.portuguese.adventistworld.org
A Igreja em Ação Editorial A Tranqüilidade de Nossa Alma
N
uvens carregadas amontoam-se sobre a vasta extensão do oceano cinzento, ameaçando um dilúvio, como os antigos amam chamar de “proporções bíblicas”. Relâmpagos atravessam a curta distância entre as nuvens negras e as enormes ondas. Gaivotas e procelárias, empurradas por correntes invisíveis de ar, lutam para voar para o sul, em direção à praia. A maioria dos observadores ficaria muito feliz se pudesse estar em terra firme, nesse momento, sentindo a areia molhada sob os pés e amparada pelos arbustos e árvores que cercam essa faixa de terra. Entretanto, a pouco mais de um quilômetro mar adentro, um barco de pesca avança penosamente sobre águas encapeladas, buscando a segurança do porto. Essa é a igreja de Deus, que, como frágil embarcação na opinião de alguns, é surpreendida por mais uma tormenta. Dentro da água, carregada com centenas de resgatados de outros navios naufragados, ela se encontra numa adversidade
bem familiar. As ondas das circunstâncias – econômicas, políticas, de logística – ameaçam levá-la a pique. Críticos predizem seu fim iminente. Em sua mente, mesmo não estando no papel, podem garantir quando ela naufragará. Eles não podem saber o que cada um dos sofridos passageiros a bordo deve saber: esse é, no momento, o lugar mais seguro do Universo, pois Jesus está a bordo. Ele permanece no centro da igreja de Deus, resoluto e calmo, lembrando-nos, por Sua Palavra e por Sua presença, que, embora muitos homens rejeitem Sua direção, “as ondas e os ventos ainda conhecem a voz dAquele que reina sobre eles”. Nosso exausto barco logo chegará ao porto; o perigo e a tormenta em breve passarão. Estamos atravessando as ondas com o “Mestre da terra, do mar e do céu”, e essa certeza afasta nosso medo, dando lugar a uma serena alegria. Quinze milhões de almas ansiosas estão tranqüilas, não pela calmaria do mar, mas porque temos o Capitão da igreja de Deus a bordo. Aqueles que escolhem permanecer na embarcação agarram-se à tão importante verdade que deriva de uma crescente confiança em Jesus: a igreja de Deus chegará a salvo ao porto. “Todos, benditos e salvos, nos encontraremos afinal.” — Bill Knott
NOTÍCIAS DO MUNDO FRANÇA: Universidade Adventista Salève Honra Alunos “Justos”
muitos adventistas do sétimo dia arriscaram e/ou perderam a vida para proteger judeus e outras pessoas vítimas dos nazistas, houve uma cerimônia na Universidade Adventista Salève, em Collonges-sous-Salève, França, cerca de oito quilômetros de distância da divisa da cidade de Genebra, na Suíça. Aproximadamente 500 estudantes participaram do evento. O intuito da escola era prestar reconhecimento aos alunos que desempenharam papel decisivo no resgate de centenas de pessoas perseguidas na Segunda Guerra Mundial. Esses adventistas ajudaram no contrabando de judeus e de outros que se opuseram aos
nazistas, do outro lado da fronteira. Sylvain Ballais, diretor da escola, saudou oficialmente os convidados e demais pessoas presentes. Richard Lehmann, vice-diretor acadêmico, mencionou Jean Weidner, que recebeu menção honrosa de vários países – a Croix de Guerre, Cavaleiro da Legião de Honra, Justo entre as Nações, e uma árvore plantada com seu nome na Alameda dos Justos, em Jerusalém. Weidner socorreu mais de 800 judeus e 300 membros da resistência (entre os quais, aproximadamente 100 aviadores aliados) por meio de sua rede secreta, chamada Holanda–Paris. Essa rede transportou judeus e opositores do regime nazista, dos Países Baixos e da
R O L A N D
■ Mais de seis décadas depois que
M E Y E R / E U D
Weidner e outros que socorreram as vítimas do nazismo são lembrados.
PLACA COMEMORATIVA: Em destaque, o emblema da Igreja Adventista do Sétimo Dia e do Yad Vashem, Memorial dos “Heróis” e Mártires do Holocausto em Jerusalém, placa em memória dos adventistas que ajudaram centenas de judeus e outras pessoas a escaparem da perseguição nazista. A placa está fixada na entrada principal do edifício escolar da Universidade Adventista Salève, em Collonges-sous-Salève, França.
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A Igreja em Ação
R O L A N D
PASSANDO ADIANTE: Roger Fasnacht e Anna Zurcher, testemunhas sobreviventes do grupo de salvamento adventista, transmitiram simbolicamente a chama da coragem e do serviço a dois estudantes da Universidade Adventista Salève, durante a cerimônia de comemoração
M E Y E R / E U D
NOTÍCIAS DO MUNDO
França para a Suíça, e da Espanha, via Bruxelas, para Paris. Weidner, ex-aluno da escola e fiel adventista, usou sua amizade com professores, funcionários e estudantes da escola como elemento-chave de sua rede. Os participantes também ouviram o depoimento de Anna Zurcher, viúva de Jean Zurcher, sobre os riscos que seu marido correu ao conduzir judeus pela cerca de arame farpado, na fronteira da Suíça, e ao entregar correspondências confidenciais. Roger Fasnacht, administrador da escola durante a Segunda Guerra Mundial, destacou os feitos de outras pessoas e alunos, como Jean Lacanchy, Raymond Meyer, Frederic Charpiot e o Dr.Pierre Toureille. Mais de 150 refugiados passaram pela escola ou pelas casas das pessoas que ali trabalhavam. Algumas salas do edifício, denominadas Fontes, foram reservadas para esses heróis. No ano passado, Emile Bernard, ex-gerente da fazenda da escola (parte do campus naquela época), e sua esposa Yvonne receberam o prêmio Justo entre as Nações por sua contribuição, salvando a vida de pessoas perseguidas durante a ocupação nazista na França. Mais de 30 membros dessa rede secreta pagaram o preço máximo por sua coragem. Entre os que foram capturados e executados, estão Gabrielle Weidner, irmã de Jean, pastor Paul Meyer e o cônsul da Holanda, em Paris. O próprio Weidner foi preso, torturado e condenado à morte, mas conseguiu escapar da prisão na noite anterior à sua execução. Em 1958, emigrou para os Estados Unidos. Na Califórnia, Weidner conheceu o escritor Herbert Ford, que escreveu a história de sua vida no livro Flee the Captor (Fuja do Captor).
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Representando a Igreja Adventista do Sétimo Dia na região euro-africana, Roberto Badenas encorajou os jovens presentes à cerimônia a continuar desenvolvendo a coragem e a devoção incorporadas pelos ex-trabalhadores e estudantes da Universidade Adventista Salève. Ulrigh Frikart, presidente da igreja na região euro-africana, ressaltou a importância da preservação das memórias ao citar o trabalho de Milan Kundera, The Book of Laughter and Forgetting (O livro do Riso e do Esquecimento): “Um povo começa a desaparecer quando sua memória é esquecida.” Como Frikart salientou, é preciso lembrar-se do passado, estudá-lo e tirar lições para o presente e para o futuro. Concluindo sua carta aos organizadores da cerimônia, Itzhak Levanon, embaixador de Israel para as Nações Unidas em Genebra, escreveu: “Que os atos de coragem de Emile Bernard, Yvonne Bernard, Jean Weidner, Frederic Charpiot, Jean Lavanchy, Raymond Meyer, Jean Zurcher, doutor Pierre Toureille, bem como de todos os estudantes do campus e de todos os “Justos entre as Nações”, continuem gravados em nossa memória para sempre e sejam inspiração e modelo de bondade e solidariedade para o futuro da humanidade.” Num momento emocionante da cerimônia, duas testemunhas sobreviventes, Anna Zurcher e Roger Fasnacht, transmitiram simbolicamente a chama da coragem e do serviço para dois estudantes universitários que, então, transmitiram a chama para dois estudantes do ensino médio, os quais, por sua vez, passaram a chama para dois estudantes do ensino fundamental. Todos, em seguida, cantaram o refrão de “Amai uns aos Outros”, de Enrico Macias. O destaque do dia de eventos foi a inauguração de uma placa comemorativa, fixada sobre uma pedra, na entrada principal do edifício escolar, no campus Salève. —Relatado pela Divisão Euro-Asiática/Equipe AW
Uganda: Adventista É Eleito Juiz do Tribunal Criminal Internacional ■ Daniel D. Ntanda Nsereko, de Uganda, foi eleito um dos 18 juízes do Tribunal Criminal Internacional (TCI), em Haia, na Holanda. Ele foi empossado como juiz no dia 17 de janeiro. O TCI foi estabelecido pelo Estatuto Internacional do Tribunal Criminal de Roma, adotado em 1998, na cidade de Roma, Itália, pelo Plenipotenciário da Associação Diplomática das Nações Unidas no estabelecimento de um Tribunal Criminal Internacional. O Estatuto de Roma é um tratado internacional que incorpora apenas os Estados que formalmente exprimem consentimento para veicular-se como “parceiros” do estatuto. A lei entrou em vigor no dia 1º de julho de 2002, com a filiação de 60 Estados. Hoje, chega a 105 o número de filiados. O TCI é uma entidade independente, um tribunal permanente que julga pessoas acusadas de crimes mais graves, de
REUNIÃO JUDICIÁRIA: Daniel D. Ntanda Nsereko, à direita, adventista do sétimo dia de Uganda, professor de Direito na África e amplamente respeitado no mundo, é juiz do Tribunal Penal Internacional. Durante recente visita à sede mundial da Igreja, Nsereko encontrou-se com Robert Kyte, do Conselho Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia. R O B E R T
W.
NOTÍCIAS DO MUNDO igreja mundial
Juventude Adventista Invade Taiwan para Serviço e
Crescimento Espiritual Mil e quinhentos delegados são treinados no fórum mundial para jovens e serviço comunitário
N I X O N
preocupação internacional, a saber, genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra. Ao ser eleito para o TCI, Nsereko era professor de Direito na Universidade de Botsuana, onde também acumulava a função de chefe do Departamento de Direito. Ele foi nomeado para o TCI pelo governo de Uganda e endossado pela União Africana. Nsereko é doutor em Ciências Jurídicas (1975) e mestre em Direito (1971) pela New York University School of Law (Escola de Direito da Universidade de Nova Iorque), mestre em Jurisprudência Comparativa (1970) pela Howard University School of Law (Escola de Direito da Universidade Howard), e Bacharel em Direito (1968) pela Universidade da África Oriental (Dar Es Salaam). Como jovem advogado, Nsereko atuou em Uganda representando clientes em inquéritos judiciais, tanto em casos civis como criminais. Antes de ser eleito juiz, foi admitido no TCI como advogado encarregado de representar os réus, assim como as vítimas, diante do tribunal. Ainda pesquisou e publicou vários livros e muitos artigos para revistas jurídicas internacionais sobre direito penal, direitos humanos e assuntos correlatos na África, Índia, Europa e América do Norte. Por mais de um quarto de século, foi professor em nível universitário. Nsereko é professor-doutor visitante do Instituto Internacional e Estrangeiro de Direito Penal, em Freiberg, Alemanha; do Instituto de Direito Penal e Método da Universidade de Colônia, na Alemanha, e professor-doutor visitante de Direito na Universidade British Columbia, no Canadá. Em 1996, a Sociedade Internacional para a Reforma do Direito Penal condecorou-o com medalha de reconhecimento por sua contribuição para com os direitos humanos internacionais e reforma no direito penal. Em Botsuana, Nsereko e sua esposa Helen são membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Broadhurst, onde ele atua como ancião, professor da Escola Sabatina e diretor de educação cristã. Eles têm cinco filhos: quatro rapazes e uma moça. —por Robert W. Nixon, membro aposentado do Conselho Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Por Billy Wright, de Taipé, Taiwan
M
il e quinhentos jovens adventistas, dos quais um terço participou de projetos comunitários, chegaram à ilha de Taiwan para uma série JOVENS VOLUNTÁRIOS: Jode conferências para jovens, com duração de quatro dias, vens adventistas do sétimo onde foram abordados temas dia participaram em projetos sobre serviço e evangelismo. de serviço comunitário na A Segunda Conferência véspera do Congresso MunMundial para Jovens e Serviço dial da Juventude, realizado Comunitário (SCMJSC) teve em Taipé, Taiwan. início oficialmente na tarde B I L LY W R I G H T de terça-feira, 1º de janeiro, em Taipé, e agrupou adventistas de diversos países, de acordo com o Departamento do Ministério Jovem da igreja mundial. “Eu não queria dormir”, disse Dean Tichborne, jovem delegado das igrejas da região do Sul do Pacífico. “Taiwan é um lugar maravilhoso! Eu adorei estar lá.” O tema do evento “Amar, Cuidar, Servir” foi a principal ênfase das palestras, assim como os projetos de serviço comunitário, que causaram grande impacto sobre as comunidades locais por meio do esforço de jovens e adultos. De acordo com o Departamento de Jovens da igreja mundial, antes do início das conferências, nos dias 24 a 28 de dezembro de 2007, foram realizados 30 projetos comunitários em Taiwan. Os delegados do evento foram desafiados, motivados e fortalecidos durante os cultos matutinos e vespertinos, sessões plenárias e seminários. Todas as manhãs, os participantes recebiam encorajamento e treinamento adicional para os ajudar a alcançar muitas comunidades no mundo. Três oradores falaram: Paul Tompkins, representando a
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A Igreja em Ação NOTÍCIAS DO MUNDO
Divisão Trans-Européia; Ella Simmons, vice-presidente da igreja mundial, e Leslie Pollard, da Universidade de Loma Linda. Mark Finley, um dos vice-presidentes da igreja mundial, e Furman Fordham, pastor da Igreja Adventista de Riverside em Nashville, Tennessee, foram responsáveis pelos devocionais. Eles desafiaram os delegados “com mensagens poderosas e de forte embasamento bíblico”, de acordo com um participante. Para Tompkins, “o evento foi um momento significativo para o ministério jovem adventista. Destaque para as três maiores necessidades do jovem cristão atualmente: boas amizades, reavivamento espiritual e oportunidades para servir. Também foram comemorados, de uma forma oportuna, os 100 anos do ministério jovem adventista, com a reafirmação do compromisso de salvação e serviço”. Depois de observar os projetos de serviço comunitário e a qualidade do programa apresentado pela Associação Mundial Para Jovens e Delegados Para Serviços Comunitários, o governo do estado de Taipé convidou a Igreja Adventista para estabelecer escolas internacionais na cidade, onde as matérias serão ensinadas em inglês. As autoridades do governo também agradeceram aos delegados por terem ido a Taiwan e ajudado suas comunidades de forma tão positiva. Pollard disse que ficou impressionado com a dedicação
DELEGAÇÃO JOVEM: Parte da congregação de jovens adventistas do sétimo dia presente ao Congresso Mundial de Jovens em Taipé, Taiwan B I L LY
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dos jovens que participaram dos projetos de serviço comunitário. “Pela primeira vez, em 30 anos de carreira como líder, testemunhei o maravilhoso poder de nossos jovens de vinte a trinta e poucos anos de idade, dedicando seu entusiasmo, visão e espiritualidade a uma comunidade específica. Para onde olhássemos, víamos jovens trabalhando em projetos para as comunidades e vilas. Centenas de jovens adventistas invadiram a cidade grande e o interior, no ideal de atender as necessidades de Taiwan. Acredito plenamente que, por causa do trabalho realizado ali, a cidade de Taipé nunca mais será a mesma. Loma Linda trabalhou em parceria com a equipe médica do Hospital Adventista de Taiwan para prover atendimento médico para pessoas portadoras de deficiência mental. Foi uma bênção.” De acordo com Simmons, o evento também obteve boa repercussão para o ministério jovem da igreja. “O sucesso do Departamento Jovem é um indicador de que a Igreja Adventista do século 21 está em boas mãos. Os jovens, como líderes de amanhã, poderão conduzir a igreja na direção certa até a volta de Jesus.” “Está sendo planejada a Terceira Conferência Mundial para Jovens e Serviço Comunitário, que será realizada PERÍODO DE ORAÇÃO: Líderes da igreja adventista, inclusive um dos vicena Cidade do Cabo, África do Sul, nos presidentes da igreja mundial, Armando Miranda, o diretor mundial do dias 15 a 17 de julho de 2013”, disse um ministério jovem, Baraka Muganda e John W. Ash III, presidente da Igreja porta-voz. Adventista em Taiwan, oram durante a cerimônia do tambor, realizada pelo —Notícias adicionais pela equipe governo taiwanês. Adventist World
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Palk Bay
JANELA
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SRI LANKA
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Por Hans Olson
Lanka por Dentro
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Sri Lanka é uma ilha pitoresca localizada cerca de 32 quilômetros ao longo da costa sudoeste da Índia. Estabelecida no século dezesseis a.C. por cingaleses do norte da Índia e, mais tarde, pelos tâmiles do sul desse país, Sri Lanka foi colonizado por vários países europeus antes de se tornar independente, em 1948. Popularmente conhecido como “a pérola do Oceano Índico”, seus 1.340 km de costa são margeados por areia branca e estâncias turísticas. O tsunami de dezembro de 2004 causou um prejuízo de aproximadamente um bilhão e quinhentos milhões de dólares para a ilha. As suntuosas montanhas do Sri Lanka ostentam alguns dos terrenos mais cultiváveis do mundo. Essa região é mais conhecida pelos terrenos de cultivo de chá, aparentemente intermináveis, que produzem o chá Ceylon, mundialmente conhecido. Mas a economia do Sri Lanka depende também da variedade de sua agricultura, que exporta arroz, cana-de-açúcar, borracha, coco e frutas. Atualmente, o Sri Lanka tem fortes divisões étnicas e religiosas. Vários confrontos entre
Bay of Bengal
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Gulf of Mannar
Indian Ocean
a maioria cingalesa (budista) e a minoria tâmil (hindu) têm causado anos de mal-estar político e social. Essa ilha possui ainda uma população muçulmana crescente e uma comunidade cristã estabelecida. Adventistas no Sri Lanka
Em 1893, Abram La Rue, missionário adventista leigo, visitou e distribuiu literatura em Colombo, capital do Sri Lanka. Em 1904, Harry Anderson e outra missionária chegaram ao Sri Lanka para estabelecer a Igreja Adventista. Os dois primeiros cingaleses que se converteram foram batizados em 1922. Eles se tornaram missionários pioneiros e estabeleceram mais quatro igrejas. Desde que o primeiro missionário adventista desembarcou no Sri Lanka, passaram-se mais de cem anos; ainda assim, pouco mais de 3.500 adventistas vivem nesse país de cerca de 20 milhões de habitantes. Dar testemunho público e pessoal continua sendo difícil. Muitas pessoas moram no interior, outras tantas em plantações de chá, longe de templos adventistas. Muitos se tornam céticos quanto ao cristianismo. As lembranças dos colonos europeus, que for-
SRI LANKA Capital Línguas oficiais Religiões População Membros adventistas População adventista per capta
Colombo Cingalês e Tâmil Budismo – 70%; Islamismo – 7%; Hinduísmo – 7%; Cristianismo – 6%; Não identificados – 10% 20 milhões 3.577 1 para cada 5.500
çavam o povo a tornar-se cristão ainda estão impregnadas na memória deles. Por essa razão, a maior necessidade missionária no Sri Lanka consiste em alcançar as pessoas uma a uma, em suas casas. Não existem grandes ginásios, com campanhas evangelísticas. A maioria das pessoas não possui carro; usam ônibus, peruas públicas ou táxis de três rodas como meio de transporte. Ir de um lugar para outro chega a levar horas. A Igreja Adventista tem feito grande esforço ao longo dos últimos anos para enviar pioneiros da missão global às comunidades, a fim de envolver pessoas no local em que residem. Desde 1997, o número de congregações cresceu de 28 para quase 50, uma taxa de crescimento de dois terços. Em 1964, o Hospital Adventista de Lakeside abriu suas portas em Kandy. Mais de 4 mil estudantes estão matriculados em cinco diferentes escolas adventistas. As escolas têm estudantes de todos os grandes grupos lingüísticos e religiosos da ilha. Para saber mais sobre o serviço missionário no Sri Lanka e em outras partes do mundo, visite www.global-mission.org. A Missão Global é uma das estratégias do serviço missionário da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Mais de 3 mil pioneiros da Missão Global atuam ao redor do mundo todos os dias, alcançando as pessoas com a
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A Igreja em Ação VISÃO MUNDIAL
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e certa forma, sou filho da Segunda Guerra Mundial. Quando ainda menino, presenciei a tragédia daqueles dias – vidas destruídas, famílias dizimadas e grande revolta da sociedade. Minha família deixou o país e, durante os cinco anos da guerra, moramos no apartamento de um zelador, num antigo prédio escolar. As salas de aula tornaram-se dormitórios que abrigaram mais de 300 jovens soldados alemães. Ao aproximar-se o fim da guerra, eu me lembro de ter
relacionar-se com o militarismo? E quando servir nas forças armadas for uma opção – seja como combatente ou em outra posição – que princípios devem guiá-lo? Princípios Orientadores
Cada um de nós sente profunda consangüinidade, um senso de solidariedade, com nosso povo e nosso país. A cidadania traz o senso de lealdade para com uma nação, o compartilhamento de lutas e alegrias com pessoas entre as
Esclarecimentos Sobre Por Jan Paulsen
perguntado a minha mãe: – Por que os soldados alemães estão chorando? (Eu conseguia ouvi-los soluçar em seus quartos.) Minha mãe respondeu: – “São apenas meninos. Estão com saudades de casa. Sentem falta da mamãe e do papai. Não entendem por que enfrentam o frio da Noruega e muito menos o fato de participarem desta guerra.” Eram jovens e foi-lhes roubada a oportunidade de crescer e viver de outro modo nessa fase da vida. Hoje, mais de 60 anos depois, o mundo passou por profundas mudanças: políticas, econômicas e tecnológicas. No entanto, o papel dos militares na vida de muitas nações, bem como em disputas internacionais ao redor do mundo, continua a suscitar uma importante questão moral e espiritual: Como o cristão – o cristão adventista do sétimo dia – deve
Jan Paulsen é presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
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Serviço quais vivemos. Não há virtude em sermos isolados de nossa comunidade. É natural sentir orgulho patriótico, e é saudável participar da vida da nação à qual pertencemos. Entretanto, como é expresso esse senso de solidariedade quando se trata das forças armadas de nosso país ou quando nosso primordial dever a Deus suscita tensões que nem sempre são fáceis de conciliar? Penso que qualquer discussão sobre este assunto deve basear-se em dois fundamentos essenciais. Primeiro – A igreja é chamada para ser a clara voz do princípio. Guerra, paz e participação nas forças armadas não são questões moralmente neutras. As Escrituras Sagradas não são omissas em relação a esses assuntos, e a igreja, ao interpretar e expressar os princípios das Escrituras, deve ser a voz moral da autoridade e da influência. Essa não é uma responsabilidade “opcional” – algo que podemos deixar de lado quando se torna desconfortável ou quando vai de encontro ao desejo da maioria. Se formos omissos, falharemos em nossas responsabilidades para com Deus e a humanidade. Segundo – A igreja é agente da graça divina. Essa é, também, uma responsabilidade fundamental. Todo e qualquer ser humano, não importa sua conduta ou suas escolhas, possui valor infinito para Deus. Ao expressarse nessa questão, o conselho da igreja, tanto para os mem-
Militar
bros como para a sociedade, é que se lembrem de um fato imutável que jamais pode ser esquecido: O Deus a quem servimos é capaz de curar e salvar. Cura e salvação são as prioridades da igreja. Enquanto pessoas lutam com essas questões – e talvez façam escolhas que prefeririam não ter feito – a igreja deve constantemente refletir o infinito e restaurador amor de Deus. Tendo isso em mente, gostaria de refletir sobre duas questões que dizem respeito à atitude histórica e atual da igreja, em relação ao serviço militar. Essas questões, que são motivo de grande inquietação, têm chegado a mim repetidas vezes ao longo dos últimos anos, em minhas visitas a leigos e líderes da igreja, ao redor do mundo. 1. Não Está Claro?
A posição histórica de nossa igreja com respeito ao serviço às forças armadas foi claramente expressa há 150 anos – no início da história da igreja, tendo como pano de fundo a Guerra Civil Americana. O consenso, expresso em artigos e documentos daquela época, assim como a decisão da Associação Geral de 1867, foram claros. “O porte de armas ou o envolvimento em guerras é uma transgressão direta aos ensinamentos de nosso Salvador, e ao espírito e palavra da lei de Deus.” (1867, Quinta Sessão Anual da Associação Geral).
Via de regra, temos nos guiado por esse princípio: Quando há presença de armas, está implícito o seu uso para tirar a vida de outro, e fazer isso com um dos filhos de Deus, mesmo sendo um “inimigo”, é incoerente com aquilo que a igreja acredita ser sagrado e correto. Durante muitos anos, esse princípio tem moldado a conduta dos adventistas do sétimo dia, em tempos de paz ou de conflito. Muitos optam por se envolver em trabalho médico dentro das forças armadas. Participam promovendo a cura. Dizem à sua nação: “Não posso tirar vidas. Isso me destruiria como indivíduo. Mas posso ajudar as pessoas L E A N D R O C AV I N AT T O que estão sofrendo. Posso atuar como cristão, cuidando dos feridos.” Hoje, em alguns países, os jovens são alvo de projetos – um período de serviço militar compulsivo. Felizmente, na maioria dos casos, é oferecido serviço alternativo, não exigindo o treino ou uso de armas. Essa opção poderia ser, simplesmente, passar um ano e meio trabalhando em estradas ou ajudando em algum outro projeto do país. Há países, entretanto, onde os projetos atingem a conduta e as crenças adventistas. Não se pode guardar o sábado. A única opção oferecida é o porte de armas. Em tais circunstâncias, deparamos com uma séria escolha: aceitar a pena de dissidência (possivelmente a prisão) pode ser a única decisão a ser tomada, simplesmente por escolher ser fiel às convicções e a Deus. Há, hoje, dúvidas a respeito da posição da igreja? Temos nós desempenhado um bom trabalho articulando tais princípios? Com certeza, essa questão não será respondida da mesma forma, na igreja, em todas as partes do mundo. Entretanto, conversando com membros da igreja em diferentes países, percebi certa ambivalência em relação à nossa posição histórica – um sentimento, talvez, de “era assim no passado, agora é diferente”. Mesmo assim, não encontro nenhuma razão para que se pense desse modo. 2. Falta Orientação Moral?
Sou levado a um segundo questionamento. Será que providenciamos orientação adequada em nossas igrejas e escolas para nossos jovens, enquanto enfrentam decisões difíceis em relação ao serviço militar? Temos nós negligenciado nosso papel como bússola moral em relação a essa questão? Na ausência de orientação para a igreja, alguns de nossos jovens vêem a participação no ambiente militar como “apenas outra opção de carreira”, em vez de uma complexa decisão moral,
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A Igreja em Ação VISÃO MUNDIAL com potencial de amplo alcance e talvez com conseqüências imprevisíveis para sua vida espiritual. Não é difícil entender as forças que levam alguém a optar pela carreira militar. Essa escolha pode ser movida pelo desejo de servir ao país, ou o militarismo pode oferecer oportunidades educacionais e profissionais que, normalmente, seriam inacessíveis. Os jovens podem encará-la como opção de curto prazo ou como um esforço em prol de um bem maior. Podem ainda enxergá-la como um “mal necessário”, um caminho para o futuro, que, por falta de recursos financeiros ou de oportunidades, devem trilhar para alcançar seus objetivos. Em alguns casos, apresentar-se como voluntário às forças armadas significa sacrificar a própria escolha de não portar armas ou de solicitar a guarda do sábado. É decisão individual optar por abrir mão dos direitos em relação a esses princípios. Então, pergunto: “Você está seguro a respeito de sua escolha? Já pensou nas conseqüências dessa escolha no seu relacionamento com Cristo e sobre suas mais profundas convicções?” Alguns podem até arriscar e dizer: “Embora, tecnicamente, eu não tenha uma posição definida a respeito do porte de armas, a probabilidade de eu participar em um combate e precisar usálas é de nove em dez.” Mas independentemente do chamado para o combate, a decisão a respeito de certos valores básicos foi tomada e declarada publicamente. Foi aceita a possibilidade de a pessoa ser chamada para trilhar esse caminho, e isso irá atingi-la individualmente. Isso vai mudá-la e moldá-la. A escolha voluntária de aceitar circunstâncias em que o porte de armas é exigido e a guarda do sábado negada, sugere que os princípios espirituais e morais foram colocados em posição de sério risco. Quando, porém, um recruta militar comparece a univer-
sidades, ou mesmo a escolas de ensino médio, apresentando aos estudantes as oportunidades que as forças armadas oferecem, a igreja apresenta claras opções alternativas? Será que alguém perguntará: Já pensou nas conseqüências que isso pode acarretar para você? Já pensou no preço que talvez precise pagar em relação a seus princípios mais valiosos? O Departamento de Capelania da Associação Geral está desenvolvendo projetos específicos para dar assessoria e aconselhamento a escolas e igrejas, e, para mim, essas iniciativas são bem-vindas. Sinto muito por aqueles que tomam a decisão de “correr o risco” e depois se deparam com uma situação de combate. Até oraram esperando que isso não acontecesse. Agora, não encontram uma saída. O que sua igreja deveria dizer-lhes? “Eu avisei?” “Bem feito?” Não! A igreja é uma comunidade que salva, cura e ministra. Esse é o momento em que o jovem, apesar de suas escolhas erradas, precisa sentir-se acolhido pela igreja.
Quando você
porta armas, fica implícito que
está preparado para usá-las para tirar
Esse não é um assunto simples, e também não está “completo”; é apenas um aspecto de um enorme problema, envolvendo guerra, paz e responsabilidade cristã. As inquietações aqui abordadas não possuem respostas prontas. São questões que geram fortes reações. Atingem, em cheio, nossa maneira de entender as coisas e nossa identidade como cidadãos de nosso país e da família de Deus. Nossas respostas são moldadas, em grande parte, por nossas experiências e cultura, assim como pelo desejo de compartilhá-las na história, no futuro e no amor por nosso país. Não devemos deixar de lado essas questões pelo fato de serem difíceis. Portanto, tomemos tempo para analisá-las juntos − no lar, na igreja e escola – tendo coração aberto e com espírito de humildade.
a vida de alguém.
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Conclusão
Como a
Pobreza Pode Afetar a D AV I D
P L AY F O R D
Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless
Quando se fala sobre assuntos de saúde, do HIV aos problemas cardíacos, tem-se a impressão de que a pobreza é sempre mencionada. Poderia esclarecer como a saúde é afetada pela pobreza?
A
pobreza é uma questão de saúde global, afetando os menos favorecidos em qualquer parte do mundo. As estatísticas de saúde em algumas nações, como os países “pobres”, retratam um quadro mais escuro que o de nações mais ricas. Mas, até mesmo nos Estados Unidos, um dos países mais ricos, a pobreza é fator significativo. Um dos maiores problemas é a dieta e a disponibilidade de alimento. A dieta típica norte-americana foi grandemente modificada, aumentando o consumo de alimentos gordurosos, e as pessoas mais pobres tendem a satisfazer suas necessidades calóricas com fast foods com alto teor de gordura, resultando em obesidade e propensão para problemas cardíacos e câncer. Em países subdesenvolvidos, os alimentos podem ser menos processados, mas com baixo suprimento e deficiências sazonais. Nos países em desenvolvimento, superstição ou a falta de orientação sobre restrições dietéticas, às vezes elimina o que poderia ser um item salva-vidas na dieta. A infecção corre desenfreada entre pessoas subnutridas ou mal nutridas. Exposição às intempéries, habitação inadequada, aglomeração em abrigos, falta de imunização e ignorância – tudo isso desempenha um papel muito importante. A água, para muitos dos pobres do mundo, não é segura e constitui fonte potencial de infecção. O senso canadense de 2001 descobriu 14.145 pessoas sem lar através do país, mas o estudo contou apenas aqueles que estavam em abrigos em um dia de março. E as pessoas sem lar que estavam em casa de amigos, em albergues, nas ruas
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Saúde?
ou temporariamente em hotéis? Os australianos relataram que 10% das pessoas sem lar, em seu país, são crianças. Crianças criadas na rua têm prognóstico de problemas para toda a vida, sem falar no risco de violência, abuso sexual e vícios. Esforços internacionais de melhoria nas condições do nascimento não têm sido muito bem sucedidos. Em novembro de 2007, um estudo sobre Ginecologia e Obstetrícia, seguindo o vigésimo aniversário da Maternidade Segura, mostra, por vários motivos, que não houve quase nenhuma melhora nesse aspecto. É evidente a ausência de intervenções estratégicas. Essa falha também é nossa, como igreja, porque nos falta coesão de objetivos, mostrando uma tendência de prosseguirmos com projetos individuais e de auto-satisfação. O HIV e a AIDS, às vezes, refletem o comércio sexual que, em muitas partes do mundo, é atividade de sobrevivência. Alimento e abrigo são obtidos por muitas mulheres apenas em troca de sexo. A prostituição é desprezada pelos cristãos, que repudiam não só a atividade, mas, muitas vezes, a prostituta. Nós, cristãos, deveríamos nos perguntar se, porventura, o asco é uma emoção cristã. Os programas de imunização para os pobres são muitas vezes inadequados. Há, ainda, o isolamento privilegiado sendo beneficiado pela “imunização em massa” (onde a maioria que é imunizada protege os que não o são), oportunidade em que alguns se recusam a imunizar suas crianças. Essa é uma história totalmente diferente, onde grandes populações estão desprotegidas. Estamos vivendo em um tempo de mudanças fundamentais para alcançar a estabilidade internacional. A ascendente economia chinesa e indiana também enfrenta forte aumento de problemas sanitários. Sua população está envelhecendo, sendo cada vez mais freqüentes os casos de doenças
crônicas, como a doença das artérias coronárias, diabetes, doenças respiratórias e câncer. Tem aumentado a diferença das condições de saúde entre as populações urbanas e rurais. A mobilidade da população, associada à pobreza, sempre promove aumentos de doenças sexualmente transmissíveis e infecções, como a tuberculose. O grupo econômico dos sete países reduziu a tal ponto o crescimento de sua população a ponto de depender da imigração para sustentar seus índices populacionais. A imigração abre as portas para o surgimento de novas doenças. É importante que todos se conscientizem de que fatores sociais e econômicos são grande motivo de preocupação, devendo contar com o envolvimento da igreja como parte do ministério da saúde. Precisamos trabalhar unidos, com boa estratégia. Problemas de tamanha proporção, como a pobreza, não são resolvidos apenas com programas de alimentação local. Nossa igreja deve unir forças com outras comunidades de fé para ministrar às necessidades dos pobres, focalizando especialmente seus problemas de saúde. O desafio é para “sempre”, uma vez que os pobres “sempre tereis convosco”, até que Cristo volte. Mas, talvez, seja mais confortável nos fazermos de cegos. O que você acha?
Allan R. Handysides, M.B., Ch.B., FRCPC, FRCSC, FACOG, é diretor do Departamento de Saúde da Associação Geral.
Peter N. Landless, M.B., B.Ch., M.Med., F.C.P.(SA), F.A.C.C., é diretor executivo do ICPA e diretor associado do Departamento de Saúde. Março 2008 | Adventist World
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e tempos em tempos, recebemos relatórios em várias publicações de nossa igreja. Trata-se de jornais de associações locais e outras informações de primeira, segunda e até terceira mão sobre o visível e notável crescimento de nossas igrejas em algum lugar do mundo, em determinada divisão ou associação. Como tópicos de discussão e informação, essas “igrejas milagrosas” vêm e vão, mas parecem ser um fenômeno cada vez mais presente. Gostamos de saber que existe uma igreja ou distrito milagroso a uma distância razoável de nossa própria igreja,
Mas ela se revelou uma decepção. Simplificando, nada foi acrescentado com os números. Além disso, era uma igreja que parecia ter mais problemas internos do que a maioria, e o fato de estar tão centrada em alcançar outros a transformou numa igreja obcecada por estatísticas – evangelismo em detrimento do amor. Francamente, a realidade não correspondeu aos relatórios. Essa decepção leva a outra pergunta: “Se até nossas igrejas de aparente ‘sucesso’ são problemáticas (embora tenha certeza de que nem todas são assim), que esperança há para as outras?”
igre jas
Por Nathan Brown
Milagrosas
Em busca de uma visão mais equilibrada sobre a ação de Deus.
porque, de alguma maneira, alivia nossa frustração em relação à aparente estagnação de nossa congregação, dando-nos um pouco mais de esperança. Provavelmente, esse não é o único efeito. É provável que tais relatórios possam, também, levantar algumas perguntas como: “Por que parece que quase nada acontece onde eu estou, na igreja que eu freqüento?” “E o que nós podemos fazer em relação a isso?” Desapontamento
Não faz muito tempo, eu estava em uma “igreja milagrosa”, uma igreja grandemente divulgada como “lugar onde as coisas acontecem”. Dependendo do relatório, líamos que a freqüência à igreja havia aumentado entre 50 a 150% no ano anterior. Acoplado a um novo edifício e onde estava em curso um programa evangelístico, esse era o lugar onde eu queria estar envolvido.
Nathan Brown é editor das revistas
Recorde e Sinais dos Tempos, na Divisão Sul do Pacífico, e escreve de Warburton, Victoria, Austrália.
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Outro Quadro
Enquanto faço essas considerações, lembro-me das muitas manhãs de sábado que passei em diversas igrejas. Em alguns casos, pode-se ficar admirado com a freqüência e com o que está acontecendo. C. S. Lewis experimentou algo similar no princípio de sua vida cristã e escreveu: “Quando me tornei cristão, pensei que podia exercer meu cristianismo por mim mesmo, ficando em meu quarto e lendo sobre teologia; não queria ir à igreja... Detestava os seus hinos, que considerava poemas de quinta categoria colocados em músicas de sexta categoria. Mas, ao perseverar, percebi seu grande mérito. Encontrei-me com diferentes tipos de pessoas, com diferentes perspectivas e diferentes níveis de instrução e, de repente, meu preconceito começou a se quebrar. Cheguei à conclusão de que os hinos (que, para mim, eram apenas música de sexta categoria) eram cantados com devoção e para o benefício de um santo homem idoso, usando botas e assentado no banco em direção oposta ao meu. Então percebi que não era digno, sequer, de limpar aquelas botas. Isso nos tira de nossa presunção solitária.”1 Na verdade, todas as igrejas são igrejas milagrosas. Basta olhar em volta, para a incrível variedade de adoradores, e apreciar o milagre que reúne todas essas pessoas com histórias e personalidades diferentes. Como jovem, freqüentemente fico admirado ao observar os membros mais idosos da igreja, que gastaram toda a vida comprometidos com sua fé e com sua igreja.
M I S S Ã O
O Milagre Continua
A história no Novo Testamento, após a ascensão de Cristo, é a história do desenvolvimento da igreja cristã. E as muitas cartas que constituem o restante do Novo Testamento são dirigidas a diferentes igrejas. A título de exemplo, as cartas para as sete igrejas, nos três primeiros capítulos do Apocalipse, apresentam esses grupos distintos da igreja na época em que foram escritas, cada uma com pontos fortes e fracos. Todas essas igrejas e cristãos do primeiro século têm um lugar especial como parte do crescimento do reino de Deus. Todas eram partes vitais do grande milagre do desenvolvimento do mundo do primeiro século. O milagre continua e, pela graça de Deus, somos parte dele. Nossa experiência individual em uma igreja − qualquer igreja – pode envolver admiração e desapontamento. Entretanto, nosso envolvimento com a igreja, como parte do corpo de Cristo, será sempre um milagre. Se concentrássemos nossa atenção no milagre em nossa própria vida, nossa experiência na igreja teria muito mais milagres do que desapontamentos. Sobre o culto na igreja, Lewis escreveu: “O perfeito culto na igreja deve ser aquele que passou quase despercebido; nossa atenção deveria estar em Deus.”2 Uma igreja invisível não devia necessariamente ser uma coisa boa, mas se fôssemos capazes de não gastar tanta energia tentando criar outra “igreja milagre”, poderíamos prestar mais atenção à verdadeira finalidade da igreja, como parte do reino
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de Deus, no pedaço do mundo onde vivemos. Todas as igrejas são milagrosas. Trabalhemos em nossa própria igreja e, com o poder e o amor de Deus, o milagre continuará aumentando. 1 2
C. S. Lewis, God in the Dock (Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans, 1970), pp. 61, 62. Lewis, Letters to Malcolm: Chiefly on Prayer (Harcourt, 2003), p. 2.
Para
Compartilhar ou Refletir
1. De que maneira você vai ao culto em sua igreja local? Vai
buscar uma bênção ou vai para se tornar uma bênção para alguém? Que você diz aos que pensam que a primeira abordagem é egoísta? 2. Qual deve ser nossa atitude quando descobrimos que precisamos adorar com pessoas que, em nossa opinião, são menos instruídas (ou sofisticadas) que nós? Qual deve ser nossa atitude ao convidarmos nossos amigos para tais cultos? 3. Que tipo de atitude nos cumpre demonstrar ao assistir aos cultos? De que maneira nosso conceito de Deus está relacionado à maneira como desfrutamos desse evento?
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cenário é uma piscina localizada perto da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Abidjã, na Costa do Marfim. O evento: batismo de 11 novos conversos. A emoção aumenta à medida que o coral e outros membros da igreja ocupam seus lugares. O evento poderia ter sido como qualquer outro. Afinal, esse não é o primeiro batismo a ser realizado nessa igreja, a qual teve seu início, faz alguns anos, com um pequeno grupo que se reunia na capela da Divisão Centro-Oeste Africana (DCOA), conhecida na época como Divisão África OceanoÍndico. Mas esses candidatos ao batismo são especiais. São fruto da primeira campanha evangelística realizada no campus da Universidade de Cocody, em Abidjã, palco de muita agitação social durante cinco anos de guerra civil, durante a qual milhares de pessoas ficaram desabrigadas. A decisão do Ministério da Mulher e do Ministério Pessoal quanto à escolha da universidade como seu campo missionário para o ano de 2007, finalmente deu certo. A campanha começou com uma semana de oração, tendo como orador o secretário ministerial da DCOA, pastor Danforth Francis. Por três semanas, de 1º a 23 de junho, ele apresentou, com veemência, sua mensagem intitulada: “Passos para uma vida melhor”. No entanto, o solo permanecia duro e resistente. Outros eventos esportivos e sociais competiam com a atenção do público. Em algumas noites, a música vinda de fora do ginásio em que se realizavam as reuniões, ecoava nas paredes. Em outras noites, o frio da chuva parecia amortecer a mente. “O ginásio tem capacidade para mil pessoas”, diz Francis, “mas tínhamos uma média de 35 ouvintes por noite.” E acrescenta: “Se tivéssemos a oportunidade de fazer tudo outra vez, gastaríamos mais tempo para entrar em contato com as pessoas, antes de lançar a campanha. A comunidade não nos conhecia o suficiente; por isso, não conseguimos atrair
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Por Josephine Akarue
No batismo de onze pessoas na Igreja Adventista da Costa do Marfim, a jornalista Josephine Akarue ouve o testemunho de um candidato que superou sua tragédia por meio da música.
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mais pessoas para nossas reuniões. Com o aumento das minhas responsabilidades no escritório, incluindo a Missão Adventista, planejo fazer uma semeadura de tal maneira que possamos colher onde semeamos.” Os membros da igreja, porém, não desanimaram e essa persistência deu resultado. Finalmente, onze pessoas demonstraram interesse pelo batismo. Entre elas, um homem cuja história se destaca. Preso a uma cadeira de rodas, ele irradia alegria e confiança que só alguém em íntima comunhão com Cristo pode ter. “Quando estou deprimido, canto, e meu espírito é elevado”, diz Ivorian-
born Jacquelin Brou Kouaku, o décimo entre doze irmãos. Ele diz, em tom de brincadeira, que é o dízimo vivo para Deus. Sua busca pela verdade o levou a passar por várias experiências desafiadoras. Hoje, Kouaku é compositor de muitas canções, que esperam por produção. Durante o concurso musical da Radio/ Televisão da Costa do Marfim, em 2006, ele foi classificado entre os finalistas, impressionando o coração dos ouvintes. Esse evento, em particular, tornou-se um ponto decisivo em sua vida, o reconhecimento de como Deus poderia usá-lo. Apesar da mudança em sua vida,
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Sentido horário a partir da esquerda: CANDIDATOS AO BATISMO: Dez dos onze conversos que entregaram a vida a Cristo, durante a campanha evangelística realizada na Costa do Marfim. Eles posaram para a foto antes do batismo em uma piscina próxima à Igreja Adventista do Sétimo Dia em Abidjã. EVANGELISTA: R. Danforth Francis, secretário ministerial da Divisão Centro-Oeste Africana e orador da série evangelística realizada na Costa do Marfim, com sua esposa, Verna. HINO DE VITÓRIA: O cantor Jacquelin Brou Kouaku (centro), na cadeira de rodas, diz que lutou para tomar a decisão de entregar a vida totalmente a Cristo, mas finalmente decidiu que preferia perder seu apoio financeiro a perder a fé em Cristo.
Kouaku descreve sua busca da verdade e do sucesso como um caminho longo e tortuoso, mas permanece impassível: “Sei que a música, na África, não traz riqueza imediata,” diz Kouaku, “mas se for da vontade de Deus, Ele providenciará os recursos.” Na realidade, a vida de Kouaku não tem sido fácil. Os problemas financeiros e a relutância inicial de seu pai em colocá-lo na escola retardaram sua educação inicial. Entretanto, durante uma visita a um dos hospitais em Divo, cidade na Costa do Marfim, oeste africano, um médico missionário encorajou seu pai a enviá-lo à escola e ele concordou. Em seu primeiro dia de aula, Kouaku teve que ser levado nas costas, pois não podia caminhar. Algum tempo depois, os missionários providenciaram uma cadeira de rodas para facilitar seu transporte. Por ser muito inteligente, Kouaku foi logo promovido na escola fundamental. Pulou a segunda série, passando direto para a terceira. Uma doença grave, porém, forçou-o a ficar fora da escola por cinco anos. Quando chegou ao último ano do ensino médio, uma febre tifóide roubou-lhe a alegria de completar, com sucesso, seus exames finais. Isso aconteceu em 2002. No ano seguinte, sua mãe morreu. O pai já havia falecido em 2000. A combinação da tragédia da perda dos pais e a incapacidade de fazer os exames na escola o levaram à beira do desespero e a pensar em suicídio. Mesmo assim, a graça de Deus o sustentou. Ele passou 2004 cultivando e vendendo tomates, na luta pela sobrevivência. Em 2005, sua irmã mais velha morreu, deixando-o desolado. Sua determinação de superar a dor e o desânimo levou-o a compor canções e a manter uma pequena loja que sua irmã havia deixado. Foi quando ficou sabendo do concurso e essa experiência abriu outras portas. Ele não apenas foi convidado para cantar em ocasiões especiais, mas também teve o privilégio
de cantar no ensaio de um musical na emissora de rádio. A igreja que freqüentava providenciou seu sustento. Embora compartilhasse o quarto com outro estudante no campus universitário, a igreja supriu suas outras necessidades. Embora fosse difícil tomar a decisão para o batismo, depois das reuniões no campus onde morava, ele aceitou o desafio. Kouaku não queria magoar sua antiga igreja. A questão do seu apoio financeiro também estava em jogo. Ainda assim, sentiu que havia encontrado a verdade e era necessário posicionar-se ao lado daquilo em que acreditava. O conflito permaneceu até o último dia das conferências, mas logo tomou a decisão de entregar a vida a Cristo. “Cheguei à conclusão de que minha antiga igreja cortaria a ajuda, por causa de minha decisão, e que teria que enfrentar dificuldades”, disse Kouaku. “Mas preferi perder meu estipêndio e privilégios a desistir de minha fé em Jesus, porque, afinal de contas, Ele é o verdadeiro provedor.” “Esse é um testemunho do poder do evangelho”, diz Francis. “Realmente, a decisão de Kouaku foi encorajadora.” Foi então que, naquele lindo dia de sol, Kouaku, juntamente com outros dez, selou sua fé por meio do batismo. Os desafios e as lutas de Kouaku são tão reais hoje quanto no passado, mas sua confiança nas promessas de Deus fortalece sua fé. Ele reconhece que, acima do brilho e glórias oferecidos pelo mundo, há um Deus que o ama e cuida dele. Na verdade, Aquele que deu o dom da música e a promessa da vida eterna deu também a Kouaku esperança por meio da dor.
Josephine Akarue é
jornalista freelance residente em Abidjã, na Costa do Marfim.
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e há alguém capaz de descrever, com conhecimento de causa, a atividade da Agência Adventista de Recursos Assistenciais (ADRA), seu funcionamento e ainda transmitir a paixão e o propósito por trás do chamado adventista para servir a humanidade, essa pessoa é a dinamarquesa Birgit Philipsen. Diretora da regional africana da ADRA, em Nairóbi, Quênia, é a primeira mulher a ocupar esse cargo. Ela e seu esposo trabalham para a igreja desde 2006. Mas Philipsen não é novata na organização de ajuda social. Após completar a faculdade junto com o esposo, em Collonges, França, lecionou para o ensino médio, por pouco tempo, na Dinamarca. O chamado da ADRA foi muito impressivo para ser ignorado e, em 1991, Philipsen integrou a equipe da ADRA/Dinamarca como secretária. Durante esse tempo, além de ter se tornado mãe de três filhas, Philipsen aprendeu tudo,
desde finanças à logística do programa de desenvolvimento. Em 2000, tornou-se diretora da ADRA na Dinamarca. Embora 70% do seu tempo ter sido gasto, nos últimos dois anos, em cansativas viagens por toda a África, Philipsen está feliz com suas novas responsabilidades na ADRA. Ela está plenamente preparada para o cargo. Além da paixão e experiência, seu trabalho de graduação pela Universidade Andrews, em Berrien Springs, Michigan (EUA), rendeu dividendos. O tema de sua tese de mestrado foi sobre doenças por estresse pós-traumático em pessoas que trabalham com ajuda humanitária. Sua pesquisa mostrou que, à semelhança dos soldados, esse tipo de profissional está exposto a altos níveis de estresse e traumas, ao trabalhar em regiões castigadas pela guerra e pobreza. Em muitos casos, eles enfrentam perigo de assaltos, estupros e roubos em áreas onde as
Paixão pelas
essoas P
S A N D R A
Por Kimberly Luste Maran
B L A C K M E R
Uma conversa com Birgit Philipsen, primeira diretora regional da ADRA
INFORMADAS E ATIVAS: Em Uganda, a maioria das mulheres e crianças desenvolve novas habilidades. A educação tinha pouca prioridade entre os Karimojongs; entretanto, muitos têm se conscientizado de que a educação é um meio de desenvolver suas habilidades para melhorar a vida diária e capacitá-los para participar no processo de desenvolvimento tanto na comunidade como no município e no país.
Como funciona o trabalho da
adra
Philipsen esclarece como a ADRA oferece alívio aos que dela necessitam. Parceria é muito importante. A menos que seja uma intervenção pós-desastre, na qual a ADRA trabalha em conjunto com os governos dos países, é importante ir a campo em todos os programas de desenvolvimento, avaliar as necessidades e conversar com o maior número possível de representantes daquela comunidade (mulheres, crianças, líderes, ou quem quer que seja), de maneira que compreendam bem as necessidades. Às vezes, as necessidades detectadas são muito diferentes da realidade. Após minuciosa avaliação, a ADRA
trabalha com um escritório de doação, que funciona com um escritório de execução. Para compreender realmente os problemas, ela estuda as soluções que são propostas pelas comunidades locais. A ADRA, então, espera a resposta de doadores. Às vezes, a ADRA pode, primeiramente, procurar o doador antes de realmente fazer a avaliação. Muitos escritórios sabem que há certos tipos de doadores que financiam determinados programas. Assim, a ADRA procura conciliar as necessidades com as possibilidades de angariar fundos com os requisitos
pessoas estão desesperadas. Muitos sofreram estresse por trabalhar sem objetivo claro ou por não saber exatamente o que fazer. Ela descobriu que o treinamento dado a esse tipo de profissional (e seu cônjuge, se necessário) com o intuito de prepará-lo para o que possa vir a acontecer nos campos de trabalho, e também para que ele regresse à “vida normal” após o período de trabalho no campo, é fundamental e pode promover resultados positivos em todas as pessoas envolvidas. Sendo o faroese sua língua materna, Philipsen também fala inglês, dinamarquês, norueguês, francês, alemão e “um bocado de crioulo”. Atualmente, está aprendendo swahili. O que se segue é uma conversa que tive com Philipsen, em 2007.
KM: Quando o trabalho de assistência chamou sua atenção?
BP: Quando cursava o ensino médio, na Noruega, aos 18 anos. Naquela ocasião, assisti a um filme sobre missionários e, de repente, senti que Deus estava me chamando para ir à África. Recebi várias respostas a orações, muito claras, indicando que eu deveria ir para a África, o que fiz aos 19 anos, indo como estudante-missionária. Meu plano era ser professora na Noruega, mas fui para a África. Fiquei um ano em Serra Leoa. Depois de me casar e trabalhar por vários anos para a ADRA na Dinamarca, eu e minha família nos mudamos para a África, em 2006.
Já teve a oportunidade de compartilhar sua fé no trabalho? Tenho essa oportunidade todos os dias, especificamente trabalhando com doadores. É muito interessante trabalhar com governos e com o pessoal da embaixada – pessoas altamente instruídas e em altas posições. Descobri muitas oportunidades de falar sobre a ADRA e sobre o que a Igreja Adventista do
do escritório da ADRA no país. A ADRA prepara o documento com a idéia do programa e solicita a aprovação do doador. Só então se inicia o processo da proposta de desenvolvimento. Uma vez que a proposta é patrocinada, a ADRA compartilha o plano com a comunidade, recruta trabalhadores e leva adiante o projeto. Isso tudo termina com uma avaliação do projeto. Se a ADRA estiver trabalhando em uma nova área, a necessidade de avaliação começa aí. Mas se trabalhar em um lugar onde já estavam atuando, é muito provável que a avaliação final mostre a necessidade de que a ADRA dê continuidade às melhorias. Assim, isso se torna um ciclo.
Sétimo Dia está fazendo. Sempre explico a eles que a ADRA é uma agência da igreja. Com freqüência, dizem que não sabem muita coisa sobre a Igreja Adventista, de maneira que tenho boas conversas com eles. Quando trazemos avaliadores e jornalistas que não conhecem nada sobre nossos projetos, eles se tornam nossos melhores porta-vozes. Ao se familiarizarem com nossos programas e verem como trabalhamos, ficam impressionados.
Existem muitas agências de assistência e desenvolvimento por aí. Explique por que a ADRA é especial. Por causa de nossa conexão com a igreja. Trabalho muito com os doadores do mundo inteiro, principalmente da Dinamarca. Tivemos várias avaliações, visitas, ou consultores do governo e de várias empresas de fora, e uma coisa que ouvi várias vezes é que eles estavam impressionados com o comprometimento das pessoas. Somos uma organização inspirada na fé. A ADRA não é apenas um trabalho, é um chamado e um compromisso que pode ser sentido mesmo entre os não-adventistas que trabalham conosco. Eles são influenciados por essa cultura cristã.
Em sua opinião, como a ADRA colabora com a missão da Igreja Adventista? A melhor maneira de apoiar a igreja é encorajar e ajudar os adventistas a alcançar as pessoas ao seu redor. Isso é muito
Kimberly Luste Maran é editora assistente da revista Adventist World .
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A D R A / D E N M A R K
Acima: ASSISTÊNCIA NECESSÁRIA: Obreiros da ADRA ajudam a construir uma das 3.500 privadas num campo de refugiados em Darfur, Sudão. Esquerda: DE VOLTA À ESCOLA: Crianças de Kosovo chegam para um dia de aulas na recém-reconstruída escola. A ADRA coordenou a construção do projeto, que foi financiado pelo governo dinamarquês.
importante porque, freqüentemente, os membros (os jovens em especial) têm dificuldade de se identificar com a igreja. Nem sempre os jovens apreciam muito a teologia. Não é isso que os mantém na igreja e faz com que a amem. A ADRA oferece identidade aos jovens, pois é onde podem ver que estamos servindo. Como igreja, temos a tendência de querer que as pessoas venham até nós. Nós as convidamos para as reuniões e achamos que elas devem ir. Com a ADRA acontece o oposto. Ela é o braço da igreja, ajudando a todos os necessitados. Alcançar as pessoas é uma parte muito importante da igreja e de sua missão. É essencial que tenhamos instituições adventistas capazes de fornecer pessoal altamente qualificado, e isso é extremamente importante para a qualidade de serviço que a ADRA pode oferecer. Essa pode ser uma das razões por que a ADRA consegue sucesso em locais onde outras instituições não conseguem. Nós temos muitas pessoas comprometidas com esse trabalho, treinadas em instituições de nossa igreja. Elas têm um senso de missão e tornaram-se grandes funcionárias da ADRA.
Fale sobre algo realizado pela ADRA e que é desconhecido para muitos. A igreja dirige um grande número de escolas e instituições ao redor do mundo, e a ADRA pode ajudar na formação de pessoal e na melhoria das instalações. A ADRA também tem a missão de ajudar as pessoas que não podem freqüentar essas instituições. Falando especificamente de educação, nem todos podem estudar em escolas adventistas; por isso, a ADRA complementa nossa política educacional. Dirigimos cursos de alfabetização para adultos que nunca puderam freqüentar uma escola. Estamos envolvidos com a educação para mulheres, educação sanitária, informação sobre o HIV/AIDS, e assim
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por diante. A ADRA pode apoiar algumas das instituições de saúde da igreja, com equipamentos e treinamento de pessoal. Podemos também ultrapassar as paredes das instituições para realizar um serviço de saúde para a comunidade, ensinando a prevenção de doenças que talvez tivessem que ser tratadas em nossas clínicas e hospitais. Na ADRA/Dinamarca focalizamos nosso programa em três áreas específicas: educação, saúde e assistência a emergências. Nos meus últimos meses de trabalho na ADRA/Dinamarca, chegamos à conclusão de que, na África, é importante tentar dar assistência às comunidades, capacitando-as a resolver seus próprios problemas. Trabalhamos na comunidade em programas integrados, combinando educação, saúde e segurança alimentar, tendo como objetivo principal o desenvolvimento da comunidade. Em Ruanda, por exemplo, milhares de pessoas aderiram aos programas funcionais de aprendizado para adultos, onde se ensinava não apenas a ler e a escrever, mas também importantes habilidades para a vida, como jardinagem, nutrição, saúde e idiomas. Quando combinamos alfabetização com o ensino prático, a qualidade de vida dos estudantes melhora imediatamente e eles aprendem com mais eficiência. A ADRA/Dinamarca envolveu-se, ainda, em vários e bem-sucedidos programas de educação primária. Nos anos 90, recebemos apoio do governo dinamarquês para construir e equipar 110 escolas, treinar 5.500 professores e criar 80 associações de pais e mestres. As comunidades forneceram local, material de construção e trabalharam voluntariamente na construção. Uma parte essencial do programa consistiu no treinamento de professores, porque a maioria deles não era qualificada. A fim de manter professores na área rural, também construímos casas para eles. E para assegurar boa administração e manutenção das escolas, os diretores receberam treinamento em administração e, junto com membros da comunidade, foram instruídos sobre a manutenção dos equi-
pamentos e dos prédios. Finalmente, criamos e instruímos as associações de pais e mestres. Kosovo é um exemplo de como a ADRA/Dinamarca trabalha em situações de pós-conflito para restabelecer os serviços sociais. Quando os refugiados que haviam fugido para a Albânia retornaram após a crise em 1992, planejamos ajudar com habitações. Uma avaliação mostrou que muitas organizações já estavam empenhadas na construção de casas. Assim, a ADRA/Dinamarca decidiu ajudar restabelecendo o sistema de ensino em Kosovo. A ADRA ajudou na formação de professores entre a população albanesa do Kosovo, mas o primeiro passo, naturalmente, foi restaurar as escolas que haviam sido destruídas pela guerra. A UNICEF coordenou os programas educacionais e designou certo número de escolas para a ADRA reabilitar e reconstruir. O novo ano escolar começou poucas semanas após iniciarmos nosso projeto e era importante ter as crianças de volta à escola, de modo que tivessem alguma normalidade na vida. No princípio, providenciamos tendas e prédios vazios. Aos poucos, fomos capazes de reconstruir as escolas e, dentro de dois a três anos, todos os alunos estavam de volta às salas de aula adequadas. Quando a maior parte das 110 escolas estava pronta, iniciamos a formação de professores e o apoio no desenvolvimento histórico-curricular. Organizamos reuniões em que pessoas em altas posições do governo, ministros, professores experientes e historiadores de diferentes grupos étnicos pudessem se encontrar para discutir como avançar no desenvolvimento do currículo. Essa foi uma atividade pacificadora, onde pessoas anteriormente inimigas aprenderam a trabalhar em conjunto para estabelecer um currículo, e também aprenderam a desenvolver uma amizade verdadeira, apesar das diferenças étnicas e políticas.
O que lhe dá maior satisfação em seu trabalho? O fato de ser possível trabalhar com as pessoas e ver que o que estou fazendo é algo que realmente está mudando a vida delas. Sou apaixonada por esse trabalho; as pessoas são a prioridade.
Sempre há desapontamentos e decepções. Como você administra esses desafios? Sei que nunca estou sozinha. Deus está sempre ao meu lado. Freqüentemente, enfrento situações desafiadoras, nas quais simplesmente digo: “Deus meu, ajuda-me agora.” Ele nunca me abandona. A meu ver, esse é o segredo para ir em frente, porque o trabalho exige muito e constantemente aparecem situações em que realmente não sei o que fazer. Tenho como princípio não discutir o trabalho no sábado, mesmo quando estou em viagem, porque não é fácil manter as coisas compartilhadas como deveriam ser. Para ser honesta, isso era ainda mais difícil quando minhas filhas eram pequenas; um esforço constante para manter as coisas em equilíbrio. Eu me preocupava se elas iriam sofrer, mas esse trabalho tão envolvente também enriqueceu nossa vida familiar. Eu era capaz de compartilhar minhas experiências com a minha família em fotos e notícias.
Mais uma coisa: É preciso trabalhar com pessoas que sabem se divertir mesmo quando as coisas estão muito difíceis. Há mais um fator que me empurra para a frente: o fato de saber que estou fazendo o trabalho que Deus quer que eu faça.
Se algum leitor estiver interessado em trabalhar para a ADRA, que passos ele deve dar? Algumas pessoas me perguntam sobre o curso que precisam fazer para trabalhar na ADRA. Sempre digo que devem fazer o que é sua habilidade natural e o que mais lhes interessa. Podemos usar pessoas com a mais variada formação educacional. Não pense que, por fazer determinado curso, você vai acabar trabalhando para a ADRA. Freqüentemente, nosso melhor pessoal são as pessoas que concluíram inicialmente algum curso e, depois, fizeram mestrado em desenvolvimento, o que as capacita a tornar-se excelentes funcionários da ADRA.
Como conseguir trabalho na ADRA? Tente ser voluntário por alguns meses ou por um ano. Depois disso, você saberá como é trabalhar para a ADRA em nível de campo. Você também conhecerá pessoas e descobrirá em que área gostaria de ajudar na ADRA.
Papel Membros dos
Como organização de desenvolvimento e assistência, a ADRA necessita de grande apoio dos membros. Um dos papéis da ADRA é ajudar os membros de igreja a compreender a importância de alcançar as pessoas ao seu redor. Não só com sermões, mas ajudando e atendendo as pessoas em suas necessidades. Algumas dessas necessidades são espirituais, mas muitas delas são necessidades físicas e sociais. A ADRA e a igreja deveriam trabalhar juntas nisso. Há muitas pessoas capacitadas nas igrejas que podem servir como voluntários; a ADRA pode ensinar esses membros a servir em suas comunidades. Sem dúvida, há também o aspecto financeiro. É muito importante que a ADRA receba os recursos para assistência a desastres, que são coletados nas igrejas. A ADRA pode fazer muito com as ofertas vindas das igrejas, as quais podem ser maximizadas com recursos vindos de agências governamentais, etc. É importante que a ADRA esteja no cenário quando alguma coisa acontece, o que só pode ocorrer quando ela tem seus recursos próprios. As doações dos membros da igreja são extremamente importantes para que a ADRA possa responder imediatamente quando ocorre um desastre.
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C R E N Ç A S
F U N D A M E N T A I S
Por Roy Adams
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doutrina da Trindade é o conceito mais difícil que minha mente limitada já teve que absorver. Já é bastante difícil tentar conceber um Deus que não tem início nem fim, especialmente sem início! Mas é muitas vezes mais desafiador tentar entender três Seres separados – cada um sendo Deus de verdade, do Deus verdadeiro, Deus em todos os sentidos, co-igual, existindo lado a lado através da eternidade – sem existir qualquer forma de tempo, no passado, em que não tenham existido. Forçamos nossa mente, o máximo possível, até quase estourar para tão somente descobrir nossa impotência intelectual em face desse impenetrável mistério. E bem no centro de tudo isso, está o mistério da “Terceira Pessoa” (usando uma expressão comum para o Espírito Santo na teologia cristã). O professor Stanley Hopper, da Universidade Drew, disse há vários anos que “a doutrina do Espírito Santo é, ao mesmo tempo, a doutrina mais central e a mais negligenciada da fé cristã”. Mas, neste artigo, quero me concentrar no Espírito, não como doutrina, mas como “Pessoa”. Ao aproximar-se do fim de Sua vida na Terra, Jesus disse: “E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador” (Jo 14:16). A linguagem original desse texto contém uma sutileza, não evidente na tradução para o português, ao redor da palavra “outro”. O escritor/o orador grego tinha à disposição, pelo menos, duas palavras distintas dependendo do que queria enfocar. Se, por exemplo, quisesse distinguir um elefante de uma girafa,
Roy Adams é nosso editor associado da Adventist World.
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NÚMERO 5
Terceira
Pessoa
O dom mais negligenciado
deveria usar a palavra heteros para se referir a “outro animal”. Se, porém, a outra criatura fosse também um elefante, usaria a palavra allos, que significa outro animal da mesma espécie. Provavelmente Jesus falava o aramaico, mas, interpretando o que Ele quis dizer, João usou a palavra grega allos, no sentido de que Jesus estava prometendo nos enviar Alguém essencialmente semelhante a Ele. Não uma força, mas uma Pessoa que está a par de nossa angústia, sente nossa dor, compreende nosso pesar, sustenta-nos em nossas lutas e nos capacita para a vida diária e para os desafios à nossa frente. Essa Pessoa poderosa foi prometida a nós, como presente. Basta pedirmos. Como exemplo, veja o interessante paralelo entre as passagens de Mateus 7:7-11 e Lucas 11:9-13. No texto de Mateus, Jesus diz que Deus, mais que nossos pais terrenos, quer nos dar as “boas coisas” que pedimos. Mas, na versão paralela de Lucas, vemos que Jesus tinha em mente algo infinitamente mais importante que meras “coisas”. Na versão de Lucas, Jesus diz: “Quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (verso 13). Um dia, tentando resolver a aparente discrepância (com uma passagem dizen-
do “coisas” e a outra “o Espírito Santo”), procurei uma declaração de Ellen G. White que, para mim, parece reunir tudo. Referindo-se ao Espírito Santo, ela diz: “O poder de Deus aguarda que o peçam e o recebam. Esta prometida bênção, reclamada pela fé, traz após si todas as outras bênçãos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 672). Para mim, isso quer dizer que, mesmo sendo correto e apropriado, não preciso apresentar uma lista do que fazer para Deus. Não preciso pedir vitória sobre isso, vitória sobre aquilo e vitória sobre uma centena de outros problemas. Não preciso lamentar a minha falta de fé, a minha falta de sabedoria, a minha impaciência, e um milhão de outras deficiências que eu sei que tenho. Nem preciso apresentar a Ele um catálogo de mil e uma “coisas” que eu quero. Em vez disso, tudo o que preciso fazer é pedir à poderosa Terceira Pessoa que tome posse de mim. Então, “esta prometida bênção, reclamada pela fé, traz após si todas as outras bênçãos”. Isso é o que chamo de “pacote fechado” de Deus. Por que, então, temos medo?
Às vezes, penso que não pedimos desesperadamente por Sua presença em
nossa vida porque, francamente, temos medo do Espírito. E temos medo pelo que temos visto daqueles que clamam bem alto pelo “Espírito”. Pensamos que o Espírito vai nos levar a fazer coisas estúpidas, ou nos fazer de bobos. Mas o Espírito nunca nos leva a fazer coisas repugnantes ou estúpidas para nossa cultura. Pelo contrário, é o Espírito que nos livra de fazermos muitas das coisas tolas para as quais temos tendência.
da igreja cristã Na verdade, esse Presente, esse Dom, é muito mais prático do que muitas vezes imaginamos; e esse contexto nos leva para Êxodo 35:30-33, para o que chamo de “atividades seculares” do Espírito Santo. Ali encontramos o Espírito concedendo habilidades para a criação e construção de todas as coisas! Isso nos dá a entender que, seja qual for a nossa ocupação, podemos depender do Espírito para nos capacitar. É fantástico parar e pensar nisso! Não importa se você é construtor, pro-
Espírito Santo
fessor, enfermeiro, mecânico, médico, dona de casa, zelador, estudante, ou qualquer outra coisa – a presença do Espírito amplia sua habilidade e competência. O Espírito, entretanto, não nos faz melhores por fazermos algo. Deus quer que usemos os dons do Espírito para construirmos Seu reino. Estamos nos Tornando Auto-suficientes?
Com toda a tecnologia e maravilhas que temos hoje, é bem possível que muitos de nós pensemos não necessitar de ninguém, além de nós mesmos. Mas a Palavra de Deus, pelo antigo profeta, ainda é verdadeira em nossos dias: “Não por força nem por poder, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4:6). Os primeiros discípulos reconheceram sua incapacidade de realizar alguma coisa por eles mesmos e oraram “com intenso fervor para serem habilitados a se aproximar [das pessoas ao redor deles]” (Atos dos Apóstolos, p. 37). E o que veio a seguir foi o Pentecostes! Não foi por acidente que o grande pregador inglês, Charles H. Spurgeon, tinha em suas reuniões, salões lotados,
Deus, o eterno Espírito, atuou com o Pai e o Filho na criação, encarnação e redenção. Ele inspirou os escritores da Bíblia. Encheu de poder a vida de Jesus. Atrai e convence os seres humanos, e renova e transforma à imagem de Deus aqueles que O aceitam. Enviado pelo Pai e pelo Filho para sempre estar com Seus filhos, Ele concede dons espirituais à igreja, capacitando-a a ser testemunha de Cristo e, em harmonia com as Escrituras, guia-a em toda a verdade (Gn 1:1, 2; Lc 1:35; 4:18; At 10:38; 2Pe 1:21; 2Co 3:18; Ef 4:11, 12; At 1:8; Jo 14:16-18, 26; 15:26, 27; 16:7-13).
com pessoas em pé, em pleno dia de semana. Em uma de suas orações, percebemos seu sentimento: “Ó Deus, envianos o Santo Espírito; dá-nos o fôlego da vida espiritual, assim como o fogo de um fervor insuperável até que todas as nações aceitem a Jesus.” Como igreja, essa é nossa grande necessidade. E temos garantias proféticas de que essa necessidade será satisfeita antes do fim. “A grande obra do evangelho não deverá encerrar-se com menor manifestação do poder de Deus do que a que assinalou o seu início. [...] Por milhares de vozes, em toda a extensão da Terra, será dada a advertência. Operar-se-ão prodígios, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas seguirão os crentes” (O Grande Conflito, p. 611, 612). Próximo e Pessoal
O Espírito é também a última solução para todas as nossas mazelas e problemas. Nas palavras da Crença Fundamental nº 5, “aqueles que respondem [ao Espírito] Ele renova e transforma à imagem de Deus”. Sentimento de culpa, ansiedade, hostilidade e inúmeros outros problemas se desfazem na presença da poderosa Terceira Pessoa. Ele vem com poder esmagador, restaurador, transformador, atingindo nossa alma paralisada como um choque elétrico, levando cada nervo, cada fibra de nosso corpo a reverberar com nova vitalidade e poder. Tudo isso é silencioso e imperceptível. “Ninguém vê a mão que suspende o fardo, nem a luz que desce das cortes celestiais. A bênção vem quando, pela fé, a alma se entrega a Deus. Então, aquele poder que olho algum pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus” (O Desejado de Todas as Nações, p. 173). Que mensagem nós temos − para nossa alma ignorante e para este mundo cego e confuso! A Terceira Pessoa, nossa mais premente necessidade.
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Por Ellen G. White
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vida dos que se acham ligados a Deus é como perfumados atos de amor e bondade. A doçura de Cristo os permeia; Sua influência eleva e abençoa. São como árvores frutíferas. Homens e mulheres com esse tipo de caráter prestarão serviço prático, com zelosos atos de bondade e labor honesto e sistemático. A presunção, vaidade e orgulho nunca deveriam misturar-se com o trabalho sagrado. Aqueles que se exaltam por poderem fazer algo para a causa de Deus estão em perigo de deteriorar o trabalho com seu orgulho e arruinarão sua própria alma. Todos os que estão ligados ao trabalho de Deus deveriam tornar sua missão tão atrativa quanto possível, de maneira a não se distanciar da verdade em conseqüência de sua conduta. O eu deve ser escondido em Jesus, e aqueles que labutam para Deus devem possuir um caráter de agradável fragrância. Esse é o tempo de avançarmos com fervorosos esforços. O grande campo missionário necessita de homens e mulheres para trabalhar com esforço determinado, oração e lágrimas, semeando a preciosa semente da verdade à semelhança do Redentor, que foi o Príncipe dos missionários. Cristo deixou as cortes celestes; deixou seu alto comando e, em nosso favor, tornou-Se pobre, para que, por Sua pobreza, nos tornássemos ricos. Ele labutou em Suas vinhas entre as colinas da Galiléia e, finalmente, regou com Seu próprio sangue a semente que semeara. Quando a colheita da terra for reunida no celeiro celeste e Cristo contemplar Seus santos redimidos, “verá o fruto do penoso trabalho de Sua alma e ficará satisfeito”. Aquele que concede e amplia as habilidades dos que desenvolveram sabiamente os talentos a eles confiados, tem prazer em reconhecer o serviço de Seu povo, crentes no Amado, em cuja força e graça eles realizam a obra. Os que procuram desenvolver e aperfeiçoar o caráter cristão por meio de suas habilidades e boas obras, semeando a semente da verdade ao longo de todos os rios, colherão o que semearam. O trabalho iniciado na Terra alcançará sua consumação na
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Realizando a obra vida perfeita e santa, que perdurará pela eternidade. Requerse abnegação e sacrifício no cultivo do coração que realiza a obra de Cristo, e será infinitamente recompensado pelo prêmio do eterno peso de glória, a alegria da vida medida com a vida de Deus. Vivendo por Jesus
Nenhum de nós deve ficar satisfeito por simplesmente salvar sua própria alma. Aqueles que apreciam o plano da salvação, o infinito preço pago pela redenção do homem, não viverão para si mesmos. Demonstrarão o mais profundo interesse em salvar seus semelhantes, para que a morte de Cristo por eles não seja em vão. Todo o Céu está interessado na salvação das pessoas, e todos os participantes dos benefícios celestes sentirão intenso anseio para que o interesse manifestado no Céu não seja vão. Na Terra, cooperarão com os anjos do Céu ao manifestar apreciação pelo valor das almas por quem Cristo morreu. Por sua determinação e diligente trabalho, conduzirão muitos aos braços de Cristo. Nenhum dos que participam da natureza divina ficará indiferente a esse ponto. O mundo é nosso campo. Firmados em Deus, em Sua força e graça, avançaremos no caminho do dever, como colaboradores do Redentor do mundo. Nosso trabalho consiste em espalhar a luz da verdade e promover a obra de reforma moral, para elevar, enobrecer e abençoar a humanidade.
Mundo designada por Deus Devemos praticar os princípios do sermão do monte em cada ação, deixando com Deus as conseqüências. A Alegria do Serviço
“Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no Céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” “Semelhantemente, Eu vos digo, há alegria na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Se Deus, Cristo e os anjos se alegram quando apenas um pecador se arrepende e se torna obediente a Jesus, não deveria o homem estar imbuído desse mesmo espírito e trabalhar pelo tempo e pela eternidade, com perseverante esforço, para salvar não apenas sua vida, mas a de outros? Se trabalharmos nessa direção, com a inteireza de um coração interessado, como seguidores de Cristo, deixando toda ocupação, aproveitando cada oportunidade, nossa alma será moldada gradualmente pelo perfeito cristianismo. Não haverá vazio no coração, a vida espiritual será ampliada. O coração se impressionará com o brilho da imagem divina, pois estará em íntima sintonia com Deus. A vida fluirá com alegre disposição em canais de amor e compaixão pela humanidade. O eu será esquecido e o destino desse grupo será estabelecido por Deus. Ao levar outros à água, sua própria alma será dessedentada. Os rios que fluem de sua alma brotam de uma fonte viva P H O T O
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e alcança os outros em forma de boas obras, determinação e esforços altruístas para salvá-los. A fim de ser árvore frutífera, a alma deve retirar seu sustento e nutrição da Fonte da Vida e estar em harmonia com o Criador. Consagração
Nosso trabalho consiste em espalhar a luz da verdade e promover a obra de reforma moral, para elevar, enobrecer e abençoar a humanidade.
Aqueles que são fiéis obreiros de Deus dedicarão seu espírito e suas faculdades em sacrifício voluntário a Ele. O Espírito de Deus, atuando em nosso espírito, produz doces melodias na alma, em resposta ao toque divino. Essa é a verdadeira santificação revelada na palavra de Deus. Essa é uma obra para toda a vida. Será coroado de glória, nas mansões de Deus, o homem perfeito em quem o Espírito de Deus iniciou Sua obra, sobre a Terra. São raros os momentos em que temos o privilégio de trabalhar. Estamos no limiar da vida eterna. Não temos tempo a perder. Cada momento é ouro e muito precioso para ser gasto apenas com nós mesmos. Quem seguirá a Deus com determinação e dEle receberá força e graça para ser Seu obreiro fiel no campo missionário? É indispensável esforço individual para se obter sucesso nesse trabalho.
Os Adventistas do Sétimo Dia crêem que Ellen G. White exerceu o dom profético bíblico por mais de 70 anos de ministério público. Esse artigo foi extraído de sua primeira publicação na revista Adventist Review and Sabbath Herald, hoje Adventist Review, de 2 de janeiro de 1879.
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m violão é cuidadosamente dedilhado e alguns homens cantam um hino, enquanto as vozes ecoam pelas paredes de concreto que os cercam. A pequena janela, no fundo do quarto, deixa entrar tênues fachos de luz, que envolvem o local. De cada face transborda paz e alegria.
Essa república soviética tem resistido a uma drástica transformação durante os últimos 20 anos. Apesar de todas as mudanças, a Moldávia ainda é considerada uma das nações mais pobres da Europa. A população trabalha muito e, em sua maioria, na agricultura ou para o governo. Eles apreciam momentos
Ajuda para “esses meus pequeninos irmãos” e suas famílias
Girleanu organiza visitas de grupos de famílias a prisões femininas por toda Moldávia. O sorriso estampado na face das mulheres ao reencontrar seus filhos, pela primeira vez em meses, mostra
m i n i s t é r i o at r á s da s Levando liberdade aos cativos
rades G Por Daniel Weber
Essa poderia ser uma cena típica em qualquer lugar no mundo: um grupo de adventistas cantando e compartilhando sua fé, celebrando a nova vida concedida pelo amável Salvador. Mas esse grupo é diferente da maioria deles na igreja. Esses crentes jamais deixarão o lugar em que se reúnem para adorar. Foram perdoados por Deus, mas a sociedade exige que passem o resto de seus dias atrás das grades. Comunidade em Transição
A Moldávia é um país com paisagem pitoresca, circundado pelas montanhas do sul ucraniano e norte romeno. As ruas de Chisinau, a capital, assemelham-se às de muitas cidades ao redor do mundo. Crianças divertem-se no parque, jovens reúnem-se em grupos para conversar e rir, famílias desfrutam o dia ensolarado. Essas imagens são tão comuns que podem ser vistas como corriqueiras, sem valor.
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em família. A maioria da população pertence à Igreja Ortodoxa Russa, mas para muitas religiões, a tradição é mais importante do que a prática. A Igreja Adventista do Sétimo Dia é composta de mais de 11 mil membros, na proporção de um adventista para cada 390 pessoas – um dos melhores dados de toda a Divisão Euro-Asiática. Apesar desse crescimento, ainda existem muitos desafios. Os adventistas do sétimo dia na Moldávia encontraram maneiras de não somente difundir o evangelho, mas de fazer a diferença em sua comunidade. Nesse contexto, o pastor Pavel Girleanu merece destaque. Além das três igrejas que pastoreia, Girleanu trabalha em sete presídios naquele país. Ele faz tudo: desde coordenar e realizar cultos em pequenas e apertadas celas até a organização do “Dia da Família” em presídios e centros de detenção. Girleanu faz a diferença na vida dessas pessoas que a sociedade procura esquecer.
quão importante é o trabalho que Girleanu e seus ajudantes realizam. A ADRA providencia voluntários, transporte para parentes e ‘kits’ de higiene para os prisioneiros. É comum alguns parentes se emocionarem e terem os olhos marejados, após tantos meses de separação. Apesar de esse ser um simples ato de bondade, é excelente exemplo de como a igreja pode levar conforto aos que dele necessitam. Assim como Cristo ajudou as pessoas, sem julgá-las por seus pecados, os esforços de Girleanu constituem uma forma alternativa de representar a Cristo na Terra. Girleanu se interessa por um grupo de pessoas que a maioria costuma evitar. Dentro de uma pequena cela, que serve como capela, ele congrega um pequeno grupo de prisioneiros, que se reúne para orar e estudar a Bíblia. A
Escola Sabatina consiste em animados debates, sendo essa a primeira reunião do grupo em seis meses. Da janela da cela, é possível vislumbrar a vida solitária que esses prisioneiros levam. Tudo que vêem é um pátio vazio. Todos ali estão fadados a viver o resto da vida em desamparo e desespero,
baixa classe de prisioneiros, Valentin foi rejeitado pelos outros presos. Ele não tem permissão para tocar e muito menos para conversar com seus companheiros de fé, por medo de que estes também sejam rejeitados. Mas os homens naquela cadeia são gratos a Valentin, pois foi ele quem levou cada um deles a Cristo.
igreja e fazem planos de viajar até a Moldávia, para visitar Zakir na prisão. “Deus está pronto a nos receber, apesar de nossos pecados”, diz Zakir. “Apesar de tudo o que fizemos até agora, Ele nos concede salvação e nos perdoa.” O culto termina com
Da esquerda para a direita: FÉ CONTAGIANTE: Condenado à prisão perpétua, Valentin compartilha sua fé com público de prisioneiros. PREGADOR DO PRESÍDIO: Pavel Girleanu (centro) prega para um grupo de crentes que se reúnem para culto numa cela em Chisinau. Além do ministério na prisão, Girleanu lidera três congregações adventistas. TESTEMUNHANDO SEM BARREIRAS: Zakir, um ex-muçulmano, mesmo estando preso, pediu a um pastor adventista para visitar sua família. Muitos de seus parentes se converteram. F O T O S
a não ser que tenham a oportunidade de falar com Valentin. Ele costuma sentar-se atrás dos prisioneiros enquanto começam o culto. Valentin tornou-se cristão, e depois adventista, enquanto cumpria 14 anos de prisão. Ao aproximar-se o fim de sua sentença, sentiu-se inclinado a confessar seus piores crimes, e por isso, foi condenado à prisão perpétua. Valentin não tem medo de compartilhar sua fé com seus companheiros de prisão. Ele levou seu primeiro companheiro de cela à conversão, que aceitou o cristianismo rapidamente. Mais uma vez, os companheiros de cela foram trocados, e a pessoa seguinte também tornou-se cristã. A fé de Valentin é contagiante. Recentemente, Valentin esteve presente ao batismo de um companheiro de prisão. Quando o homem saiu das águas, Valentin abraçou-o, dando-lhe as boasvindas à família de Deus. Ao aceitar esse homem, considerado membro da mais
“Ele tem me dado essa responsabilidade por uma razão”, diz Valentin. “A palavra de Deus diz que devemos ser testemunhas, Suas testemunhas.” Os prisioneiros são agradecidos pela nova vida concedida por Cristo. Apesar de tudo o que cometeram no passado, eles agora vivem uma vida renovada. Construindo Pontes
Outro prisioneiro é Zakir, do Turcomenistão, país onde a igreja adventista tem presença pouco significativa. Zakir era muçulmano e quando se converteu ao cristianismo, sua família o abandonou. Há quase quinze anos, ele não encontra nenhum de seus parentes. Ainda assim, Zakir entrou em contato com o presidente da igreja adventista do Turcomenistão e pediu-lhe que visitasse sua família. O presidente atendeu ao seu pedido, visitando seus parentes e desenvolvendo um bom relacionamento com eles. Muitos, hoje, freqüentam a
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a oração final de Girleanu, e os prisioneiros preparam-se para voltar às suas celas. Para eles, o culto acabou, mas eles gostariam de dar uma última mensagem aos companheiros adventistas ao redor do mundo: “Por favor, orem pelo nosso pequeno grupo”, diz Zakir. “Estamos apenas começando a trilhar nosso caminho rumo a Cristo.” Muito obrigado por seu apoio à missão adventista ao redor do mundo. Para saber mais sobre a missão e como participar falando de Jesus ao mundo, visite o site www.adventistmission.org.
Daniel Weber é produtor de vídeo da Missão Adventista.
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P E R G U N TA S B Í B L I C A S
PERGUNTA: Como o rei Jeorão recebeu uma carta de Elias se este foi levado ao Céu antes da morte de Josafá, pai de Jeorão?
E
sta pergunta não tem que ver com fatos históricos, mas com a veracidade da Bíblia, por causa de uma aparente contradição entre 2 Reis 1 a 3 e 2 Crônicas 21:12 a 15. A possibilidade de encontrar discrepâncias e mesmo tensão, na Bíblia, é real. Cada caso, porém, deve ser cuidadosamente analisado antes de se chegar a uma conclusão. Vou descrever esse caso específico e apresentar possíveis soluções. 1. A natureza do problema: Ao ler 2 Reis 1-3, podese pensar que a ascensão de Elias ocorreu antes da morte de Josafá, rei de Judá (848 a.C.). O último rei de Israel mencionado antes de Deus levar o profeta, foi Jorão, no segundo ano de Jeorão (852 a.C.), filho de Josafá, em Judá (2 Reis 1:17). Ele foi nomeado co-regente antes da morte de seu pai (cf. 2 Reis 3:1). A ascensão de Elias ao Céu é narrada em 2 Reis 2:11-18. Aparentemente, a primeira responsabilidade profética foi revelar a mensagem de Deus a Josafá e Jorão, antes de guerrearem contra Moabe (2 Reis 3:11-19) Mas isso está longe de ser exato. O fato é que Jeorão, após a morte de seu pai Josafá em 848 a.C., é mencionado em 2 Reis 8:16. A questão, agora, é: Como Elias, que supostamente foi levado ao Céu antes da morte de Josafá, poderia ter escrito uma carta para seu filho, o rei Jeorão, como registrado em 2 Crônicas 21:12-15? (Ficou confundido com os nomes? No texto de Hebreus, Jorão e Jeorão são escritos do mesmo modo!) 2. Elias foi levado ao Céu? Para eliminar possíveis soluções do problema, devemos estabelecer quando Elias foi levado ao Céu. Se ele tivesse sido simplesmente trasladado para qualquer outro lugar na Terra, então não haveria nenhum problema. Mas o texto bíblico é claro: Elias foi levado para o Céu. O verbo “levar” é usado na Bíblia duas vezes apenas, referindo-se a uma pessoa sendo removida da Terra para o reino celestial. Primeiro, foi o caso de Enoque, a quem Deus “tomou para Si”(Gn. 5:24; cf. Hb. 11:5). O outro foi o caso de Elias. A descrição desse acontecimento dificilmente causaria qualquer dúvida quanto ao fato de que o texto descreve uma intervenção singular de Deus na história,
resultando no arrebatamento do profeta: “Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao Céu num redemoinho”(2Rs 2:11). Para enfatizar a partida do profeta para o Céu em caráter permanente, a narrativa descreve a insistência de alguns dos filhos dos profetas em obter permissão para saírem à sua procura: “pode ser”, argumentavam eles, “que o Espírito do SENHOR o tenha levado e lançado nalgum dos montes ou nalgum dos vales” (verso 16). Sabedor da verdade, Eliseu desencorajou-os, mas finalmente deixou que fossem procurar Elias. Eles, porém, não o encontraram. 3. Cronologia dos eventos: Uma vez que Elias havia sido realmente levado para o Céu, o problema pode ser resolvido de várias maneiras. A opção mais improvável é a de que Elias teria escrito a carta do Céu e, de alguma maneira, chegado até o rei. Outra possibilidade é a de que ele escreveu a carta antes de ter sido levado por Deus e, mais tarde, alguém a entregou ao rei. Isso pode ter sido possíPor vel, mas o texto bíblico não Angel Manuel requer esse tipo de precisão. Para responder algo Rodríguez mais plausível, deixe-me primeiro destacar o fato de que o traslado de Elias não foi datado. Aqueles que argumentam que ele ocorreu antes da morte de Josafá, estão simplesmente preenchendo as lacunas de conhecimento sobre o lugar da história, dentro da narrativa. Segundo, os estudiosos da Bíblia sabem (e se não sabem, deveriam saber) que a narrativa bíblica nem sempre está em ordem cronológica. Conseqüentemente, necessitamos levar em consideração todas as datas bíblicas antes de datarmos um evento em especial. Terceiro, se, de acordo com o texto, Elias foi levado em caráter permanente para o Céu, então a carta que ele escreveu para o rei Jeorão, após a morte de seu pai, foi escrita antes de Deus levá-lo. De maneira alguma isso é uma distorção da informação bíblica, mas nos ajuda a harmonizar o que parece ser uma discrepância séria.
Nomes, , Datas e Lugares
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Angel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral.
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B Í B L I C O
Um Sinal do
Verdadeiro Por Mark A. Finley
Culto
Uma coisa é certa: Os seres humanos foram criados para adorar a Deus. No íntimo de cada um de nós há um anseio pelo que é eterno. Ansiamos por propósito e significado na vida. Alguém disse que “temos um vazio em nosso coração do formato de Deus”. Nesta lição, estudaremos o plano de Deus para preencher esse vazio dolorido, e descobriremos Seu plano maravilhoso de completar nossa vida com alegria profunda e perene.
1.
Que convite fez Davi a cada um de nós?
“Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou” (Sl 95:6). O salmista nos convida a
A adoração nos conduz em direção a Deus. Dirige nossa mente para o que é eterno. Na adoração, somos lembrados de quem nós somos, de quem Ele é e da nossa relação com Ele. A adoração retira nosso foco das coisas terrenas e o eleva para os valores eternos.
2. Por que Deus merece nossa adoração? (Circule a frase, no texto a seguir, que indica por que Deus é digno de nossa adoração.) “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas Tu criaste, sim, por causa da Tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Ap 4:11, 12).
Nós não fomos criados por nós mesmos. Existimos apenas porque um Deus de amor nos fez. Uma vez que Ele nos deu vida, é digno de nosso mais profundo louvor e extrema adoração.
3.
Por que Deus nos deu memorial perpétuo de Sua autoridade e poder criativo?
“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou” (Êx 20:8-11). O
é um memorial eterno de Deus e de Seu poder criativo.
4.
Quando adoramos a Deus no sábado bíblico, o que estamos declarando abertamente a respeito de Deus? (Leia Êxodo 20:8-11 mais uma vez e responda abaixo, com suas próprias palavras.)
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5.
Como o profeta Ezequiel descreveu o sábado?
“Também lhes dei os Meus sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o SENHOR que os santifica” (Ez 20:12). O sábado de Deus é um
.
Por que o sábado de Deus é um sinal? É um sinal de quê? (Escreva sua resposta nas linhas abaixo.)
Na criação, pelo poder do Espírito Santo, Deus criou o mundo. Quando somos recriados à Sua imagem, mais uma vez é pelo poder do Espírito Santo. O sábado é um memorial de ambas as experiências: do poder de Deus em nos criar e do poder redentor de Deus ao recriar-nos como Seus filhos, nascidos de novo.
6.
Como Moisés chamou o sábado?
“Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado do SENHOR em todas as vossas moradas” (Lv 23:3). De acordo com Moisés, o sétimo dia é o “sábado do
, ”.
Aos sábados, descansamos de nossas lidas e encontramos descanso nEle. Nosso descanso físico é um símbolo de descanso mais profundo em Seu amor e cuidado. É uma santa convocação para a reunião do povo de Deus para adorar. O sábado é a celebração de adoração à grandeza de Deus.
7.
Qual é a promessa expressa por Isaías para aqueles que guardarem o sábado?
“Bem-aventurado o homem que faz isto, e o filho do homem que nisto se firma, que se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de cometer algum mal (Is 56:2). Aquele que guarda o sábado verdadeiramente é
.
(Em suas próprias palavras, defina “bem-aventurado”.)
8.
Quando o Universo inteiro encontrará o verdadeiro descanso sabático?
“Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de Mim, diz o SENHOR, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que, de uma Festa da Lua Nova à outra e de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante Mim, diz o SENHOR” (Is 66:22, 23). Encontraremos o verdadeiro descanso sabático no novo
No reino eterno de Deus, encontraremos o real descanso enquanto O adoramos a cada sábado. Através dos séculos, o sábado permanecerá sendo o eterno sinal de Deus e de Seu poder criativo e redentor. Será, para sempre, um símbolo de Seu eterno amor e do desejo de tornar felizes Seus filhos. Que seu coração, neste sábado, se encha de louvor Àquele que o criou e redimiu. Ele logo voltará para buscá-lo.
No próximo mês, estudaremos sobre “Jesus e o sábado”.
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Intercâmbio IntercâmbioMundial Mundial C A R TA S
Capacitando mulheres na Índia
Fiquei profundamente impressionado com o artigo de capa da edição de dezembro de 2007, “Capacitando Mulheres na Índia”, por Loren Seibold, enfatizando os projetos de alfabetização. Eu não podia imaginar o tamanho do impacto causado nas mulheres, em suas famílias, sua comunidade e igreja, quando esse projeto foi iniciado em 2001, em dez centros, em Garo Hills. Seibold premiou-me como “Anjo do Ministério”. Não sou absolutamente merecedora de tal elogio. Sou uma simples e insignificante ferramenta nas mãos de Deus, que deseja ser usada da maneira como Ele deseja. Louvo a Deus por me usar para abrir os olhos das mulheres para enxergar a Palavra e o mundo. Eu não teria feito metade do que fiz sem a generosidade e o sacrifício de pessoas que colaboraram com contribuições (inclusive de óculos de leitura) por meio do projeto Esperança Para a Humanidade, da AFAM, do Ministério da Mulher e da Associação Geral. Por favor, aceitem meus sinceros agradecimentos por terem feito a diferença na vida dessas mulheres – e por publicarem suas histórias.
Hepzibah Kore, diretora do ministério da mulher e coordenadora da AFAM na Divisão Sul- Asiática Tamil Nadu, Índia
Revelação da Salvação
Quero comentar a seção Perguntas Bíblicas, de dezembro de 2007, a respeito de como somos salvos e sobre a influência moral da cruz, no artigo escrito por Angel Manuel Rodríguez. Sempre pensei e acreditei que Cristo morreu em meu lugar: o Justo pelo injusto, o Puro pelo pecador – eu. Descobri, depois de ler o artigo do pastor Rodríguez, que existe uma teoria chamada “teoria da influência moral”, que nega esse fato bíblico vital. Sou muito grata pelo esclarecimento dado pelo pastor Rodríguez acerca do sentido da teoria moral, assim como por sua eloqüência, pela lucidez da explanação e pela fidelidade à verdade. Além dos versos bíblicos que ele menciona em apoio à visão bíblica, há um verso que amo repetir, em Hebreus 2:9: “Vemos, todavia, Aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem.” Esse texto fala que Cristo pagou minha dívida. Ele morreu em meu lugar para que eu não tivesse que morrer por meus pecados, porque, de bom grado, aceitei Seu sacrifício em meu favor. Deus seja louvado por Seu incrível amor e graça!
Laurice Kafrouni-Durrant Texas, Estados Unidos
adventistas há muito tempo. É claro que tenho minhas próprias idéias do que absorvi da Bíblia. Mas o pastor Rodríguez apresenta a natureza humana/divina de Cristo em palavras que explicam claramente – tão claras quanto as palavras humanas podem descrever a divindade. Gostei muito da franqueza e lógica do pastor Rodríguez. Gostei ainda mais do embasamento bíblico de sua conclusão: Deus experimentou coisas da natureza humana que são únicas da humanidade, enquanto o homem tornouse um veículo onde a natureza divina pudesse trabalhar. E, naturalmente, para a mente finita, tudo isso é um mistério insondável que talvez nunca venhamos a compreender completamente – mesmo na eternidade.
Thurman C. Petty Jr. Texas, Estados Unidos Evangelho na Internet
Sou extremamente grato a Deus por permitir que a proclamação do evangelho seja feita através da internet e quero parabenizar os editores da Adventist World por nos concederem acesso à página (www.adventistworld.org). Sou adventista e hoje (14 de dezembro de 2007) acessei o site pela primeira vez. Parabéns!
Jacob Arias Frias Tabasco, México
O Grande Ministério do Cristianismo
Angel Manuel Rodríguez realmente iniciou um ministério (veja “O Grande Ministério do Cristianismo”, Perguntas Bíblicas, novembro de 2007). Esse assunto vem sendo discutido entre os círculos
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Intercâmbio Mundial C A R TA S Bom Trabalho
Gostaria de parabenizar a equipe da Adventist World. Vocês merecem elogios pela excelente qualidade das publicações. Sob a direção do Espírito Santo, vocês elaboraram uma maravilhosa revista cristã, cuja excelência está refletida no formato, conteúdo e simpatia com o leitor. Continuem assim.
Nicky Moseti Ogenche Kisii, Quênia Meus cumprimentos ao editor da Adventist World. Tecnicamente, ele e sua equipe realizam um ótimo trabalho. Os artigos são notáveis – fotos, layout – tudo se aproxima da perfeição. Eu realmente adorei a revista. Até hoje, entre
as publicações adventistas, é uma das minhas preferidas. Bom trabalho! Vamos proclamar as boas-novas para nossos irmãos e irmãs não adventistas. Espero que esta revista dure até a volta do Senhor!
Jayden Lamparero Cavite, Filipinas Unidos através da Adventist World
Gostaria de parabenizá-los pelo maravilhoso trabalho que vocês estão realizando. Esta revista, Adventist World, tem um amplo alcance, mais especificamente no Quênia (principalmente em Nairóbi). Além de informar aos adventistas sobre o que Deus tem realizado, ela nos
une e, de alguma forma, nos proporciona o sentimento de pertencer a uma igreja que é maior do que nós. Fiquei realmente inspirado pela fuga dos voluntários adventistas e me diverti muito ao ler a sessão Conheça Seu Vizinho (O Lugar das Pessoas)
Dan Ouko Nairobi, Quênia
Cartas para o Editor – Envie para: letters@adventistworld.org As cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com 250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo, data da publicação e número da página em seu comentário. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas.
O LUGAR DE ORAÇÃO Minha família e eu estamos passando por momentos decisivos em nossa vida. Gostaríamos que orassem para que a vontade de Deus seja evidente e que estejamos prontos para obedecer-Lhe, não importando o que isso nos custe. Assim, saberemos que Sua vontade é o melhor para nós.
Christian, Bolívia Por favor, orem para que meu pai deixe de usar bebidas alcoólicas, para que minha mãe, acometida de diabetes, seja curada e tenha sucesso em seu novo trabalho. Orem também por nossa família, para que tenhamos melhor relacionamento com Deus e para que aprendamos como guardar o santo sábado de Deus.
Josh, via e-mail Sou uma mulher de 21 anos de idade. O ano de 2007 foi repleto de desafios, mas agradeço a Deus por estar comigo. Deus tem me abençoado ao longo desses 21 anos e realmente agradeço-Lhe por isso. Quero que Deus continue a me abençoar no ano de 2008. Preciso que o Senhor me ajude a escolher um cônjuge – quero que Ele esteja envolvido em todos os detalhes, porque já sofri com pessoas erradas. Também gostaria que
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orassem para que eu consiga um emprego depois de terminar a faculdade.
Chigodo, Zimbábue Por favor, orem para que minha família e eu consigamos vender bem a nossa casa, o mais rápido possível. Orem também para que nosso novo empreendimento dê certo, para que eu possa sair do meu trabalho e não tenha que trabalhar tanto. Além disso, orem para que tenhamos boa saúde e para que Deus nos guie na direção certa.
Janelle, Estados Unidos Por favor, orem por mim, porque aconteceu uma catástrofe. Sou adventista e recentemente soube que perdi meu trabalho – depois de quase 25 anos. Na minha idade, não é fácil encontrar um emprego, mas sei que nosso Deus é o Deus dos impossíveis. Orem para que eu não me sinta desanimado e consiga um novo emprego.
Jacob, Malavi Sou muito grata pela fidelidade de Deus e pelo constante amor recebido. Tenho essa certeza, apesar dos problemas e tentações que nos assolam. Peço orações
por minha família. Sou de uma família polígama. Minha madrasta é bruxa com poderes do mal. Necessitamos de oração, especialmente por minha madrasta, para que ela deixe os caminhos da maldade e volte para Cristo (ela é ex-adventista). Satanás nos aprisionou, mas acreditamos que com Deus tudo isso terminará logo.
Joyce, Quênia Sou das Filipinas. Peço oração pela estabilidade da saúde de meu pai e pela cura completa de seu câncer. Orem também para que eu volte a ter minha voz, pois tive problemas vocais. Vou passar por uma série de exames. Orem para que não seja nada sério e para que os resultados não sejam alarmantes. Finalmente, orem por minha irmã e minha mãe, pois estão no processo para conseguir cidadania americana.
Josephine, Estados Unidos Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo, 75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material: envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, Maryland 20904-6600 EUA.
INTERCÂMBIO DE IDÉIAS
Everest Adventista no Topo do
E
m uma incrível demonstração dos benefícios do estilo de vida adventista, o Dr. Cedric Ross Hayden chegou ao topo do Everest em uma rápida escalada de sete horas, a partir da base avançada (a 8.200 metros), chegando ao topo às cinco horas da manhã do dia 20 de maio de 2007. Desse modo, ele completou um programa de seis anos ao escalar o ponto mais alto de cada um dos sete continentes (além de esquiar ESTIVE LÁ: Cedric Ross Hayden nos pólos Norte e Sul). Embora aproximadamente duas mil retorna de sua escalada ao Everest. pessoas tenham chegado ao topo do Everest, apenas algumas chegaram ao ponto mais alto dos sete continentes, e menos de uma dúzia de atletas no mundo completaram a Maratona dos Sete Pontos Mais Altos e os Dois Pólos. Hayden é membro desse grupo de elite e o único adventista do sétimo dia a realizar tal façanha. Além de alcançar o cume, Hayden foi cerca de dois quilômetros além, durante a escalada, onde extraiu um dente infeccionado de um amigo alpinista, usando um canivete suíço e fórceps emprestados a aproximadamente seis mil metros de altura, no Everest. Hayden, que é membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Fall Creek, Óregon, EUA, foi recentemente convidado a falar sobre sua conquista, diante da sociedade médica do país, onde várias centenas de médicos estavam presentes. No fim da apresentação, os médicos bombardearam Hayden com perguntas sobre seu treinamento, exercício, dieta e filosofia. Na verdade, como foi mencionado no artigo de capa da Adventist World de novembro de 2007, esse atleta cristão está “sonhando com novas maneiras de cumprir a missão.” — Narrado pelo correspondente de comunicação da Igreja Adventista do Sétimo Dia Fall Creek, em Fall Creek, Óregon, Estados Unidos.
“Eis que cedo venho…”
Nossa missão é exaltar Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.
Editor Adventist World é uma publicação dos Adventistas do Sétimo Dia, editada pela Igreja Adventista na Coréia e pela Associação Geral. Editor Administrativo Bill Knott Editor Associado Claude Richli Gerente Internacional de Publicação Chun, Pyung Duk Comissão Editorial Jan Paulsen, presidente; Ted N. C. Wilson, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Armando Miranda; Pardon K. Mwansa; Juan Prestol; Charles C. Sandefur; Don C. Schneider; Heather-Dawn Small; Robert S. Smith; Robert E. Kyte, assessor jurídico Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Donald Upson; Guimo Sung; Glenn Mitchell; Chun, Pyung Duk Editor-Chefe Bill Knott Editores em Silver Spring, Maryland Roy Adams (editor associado), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran Editores em Seul, Coréia Chun, Jung Kwon; Choe, Jeong-Kwan Editor Online Carlos Medley Coordenadora Técnica Merle Poirier Assistente Executiva de Redação Rachel J. Child Assistentes Administrativos Marvene Thorpe-Baptiste Alfredo Garcia-Marenko Atendimento ao Leitor Merle Poirier Diretor de Arte e Diagramação Jeff Dever, Fatima Ameen, Bill Tymeson Consultores Jan Paulsen, Matthew Bediako, Robert E. Lemon, Lowell C. Cooper, Mark A. Finley, Eugene King Yi Hsu, Gerry D. Karst, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Ella S. Simmons, Ted N. C. Wilson, Luka T. Daniel, Laurie J. Evans, Alberto C. Gulfan, Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, Geoffrey G. Mbwana, Paul S. Ratsara, Don C. Schneider, Artur A. Stele, Ulrich W. Frikart, D. Ronald Watts, Bertil A. Wiklander Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638
E-mail: worldeditor@gc.adventist.org Website: www.adventistworld.org A menos que indicado de outra forma, todas as referências bíblicas são extraídas da Versão João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada no Brasil pela Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coréia, Austrália, Indonésia, Brasil e Estados Unidos. Vol. 4, No. 3
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CAI X A D E E N T R A D A (breves pensamentos sobre a Bíblia e nossa fé) Pescador ou professor? Jesus chamou Seus discípulos e lhes disse: “Eu vos farei pescadores de homens.” Não professores de homens. Fica bem claro que, se as pessoas não são fisgadas no lugar onde se encontram, não podem ser ensinadas. Hoje, muitos preferem ensinar em igrejas em vez de sair para pescar. Embora ensinar seja um dos dons proféticos, creio que não podemos ensinar antes de pescar. No evangelismo, apreciamos quando alguém prepara o caminho antes de nós; esperamos pela liderança e um João Batista. Se o terreno não estiver preparado ou o caminho aberto, o trabalho não prossegue. Retardamos a segunda vinda de Cristo com sentimentos e desculpas. O Senhor chama você e a mim, e pergunta: “Quem há de ir por Mim, hoje?” —Opeyemi Ogunjimi, África
A R V I N
M A G B U H AT
PESS
VIDA ADVENTISTA Quando minha sobrinha Heather tinha três anos de idade, gostava de memorizar, durante a semana, o versinho bíblico do sábado seguinte. Um dia, casualmente, seu pai deixou uma escada encostada em um grande barril de óleo diesel. Heather, aproveitando a oportunidade, subiu rapidamente até o topo. Quando seu pai retornou, ficou muito preocupado ao ver a filhinha em pé, em cima do barril. − Como você conseguiu subir aí? – perguntou, apavorado. − Posso todas as coisas nAquele que me fortalece! – respondeu prontamente a garotinha. —Mildred White, Hayden, Idaho, Estados Unidos
FRASE
DO
MÊS
“Você nunca pode subir tão alto que seja incapaz de pecar, e nunca pode descer tão fundo que seja incapaz de subir.” —Pastor Gary Rustad, secretário associado da Divisão Ásia-Pacífico Sul, durante o concílio anual da União-Missão do Sul Asiático, em Cingapura, no dia 21 de novembro de 2007.
RESP O S TA : Em Dubai, Emirados Árabes Unidos, adventistas do sétimo dia que fazem parte de um programa de intercâmbio de visitação a outras igrejas de Dubai. Os adventistas daquele país glorificam e servem a Deus com muito entusiasmo. Muitos dos membros das igrejas em Dubai vieram de diferentes países do mundo e reúnem-se para adorar a Deus.