EFÉSIOS Introdução Capítulo 1 Capítulo 2
Capítulo 3 Capítulo 4
Capítulo 5 Capítulo 6
Introdução Esta epístola foi escrita quando o apóstolo Paulo estava preso em Roma. A intenção dela é fortalecer os efésios na fé em Cristo, e dar elevados pontos de vista acerca do amor de Deus e da dignidade e excelência de Cristo, fortalecendo a mente de cada um deles contra o escândalo da cruz. Mostra que foram salvos por meio da graça, e que por mais miseráveis que tenham sido no passado, têm agora os mesmos privilégios que os judeus. Exorta-os a perseverarem em sua vocação cristã, e estimula-os a que andem de maneira digna da fé que professam, desempenhando fielmente os deveres gerais e comuns da religião, e os deveres especiais das relações particulares.
Efésios 1 Versículos 1-8: Saudações e uma relação das bênçãos salvadoras, preparadas pela eterna escolha de Deus e adquiridas por meio do derramamento do sangue de Jesus Cristo; 9-14: Estas foram transmitidas por meio da chamada eficaz; isto se aplica aos judeus e aos gentios crentes; 15-23: O apóstolo agradece a Deus pela fé e pelo amor deles, e ora a favor da continuidade do seu conhecimento e esperança, no que diz respeito à herança celestial e à poderosa obra de Deus neles. Vv. 1,2. Todos os cristãos devem ser santos; se não chegarem a este caráter na terra, jamais serão santos na glória. Aqueles que não são fiéis não são santos, não crêem em Cristo, nem são verdadeiros quanto ao relacionamento que professam ter com o Senhor. Por graça compreendemos o amor e o favor livre e imerecido de Deus para
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 2 conosco, e a graça que flui do Espírito Santo; pela paz, todas as demais bênçãos temporais e espirituais são fruto deste favor. Não há paz sem que haja a graça. Não há paz nem graça, a não ser em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo; e até mesmo aqueles que estiverem na melhor condição de santificação, necessitarão de novas provisões da graça do Espírito, e mais desejo de crer. Vv. 3-8. As bênçãos celestiais e espirituais são as melhores bênçãos. Tendo-as, não podemos ser miseráveis; porém, sem estas, não podemos ser nada mais do que miseráveis. Este fato vem da escolha deles em Cristo, antes da fundação do mundo, para que fossem feitos santos por meio da separação do pecado, sendo separados para Deus e santificados pelo Espírito Santo, como conseqüência de sua eleição em Cristo. Todos aqueles que são escolhidos para a felicidade final são escolhidos para que tenham a santidade como meio para alcançarem este final. Foram predestinados ou preordenados com amor, para que tenham a oportunidade de ser adotados como filhos de Deus por meio da fé em Cristo Jesus, e serem abertamente recebidos nos privilégios deste elevado relacionamento com Ele. O crente reconciliado e adotado, o pecador perdoado, deve dar todo o louvor por sua salvação a seu bondoso Pai. O seu amor estabeleceu este método de redenção, não poupou o seu próprio Filho, e trouxe os crentes para que ouvissem e abraçassem esta salvação. Foi uma riqueza de sua graça garantir o seu próprio Filho, e entregá-lo gratuitamente. Este método da graça não estimula o mal; mostra o quão odioso é o pecado, e o quão merecedor é da vingança. As atitudes do crente e as suas palavras devem declarar os louvores da misericórdia divina. Vv. 9-14. As bênçãos foram dadas a conhecer aos crentes quando o Senhor lhes mostrou o mistério de sua soberana vontade, bem como o método de redenção e salvação. Porém, isto deveria ter estado para sempre oculto a nós, se o Senhor Deus não as tivesse dado a conhecer por meio de sua Palavra escrita, pela pregação do Evangelho, e por seu Espírito de verdade.
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 3 Cristo uniu em sua pessoa as duas partes que estavam em disputa, Deus e o homem, e deu a solução ao mal que causou a separação. Realizou por seu Espírito as graças de fé e amor pelas quais somos feitos um com Deus, e um com os outros. Dispensa todas as suas bênçãos de acordo com a sua bondade. O seu ensino divino conduziu aqueles a quem quis conduzir, para que vissem a glória da verdade, enquanto outros foram deixados para que blasfemassem. Que maravilhosa promessa de graça é esta, que assegura a dádiva do Espírito Santo àqueles que o pedem! A obra santificadora e consoladora do Espírito Santo sela os crentes como filhos de Deus e herdeiros do céu. Estas são as primícias da felicidade santa. Para isto fomos criados e para isto fomos redimidos. Este é o grandioso desígnio de Deus em tudo o que fez por nós; que tudo seja atribuído para o louvor de sua glória. Vv. 15-23. Deus colocou as bênçãos espirituais em seu Filho, que é o Senhor Jesus Cristo. Porém, nos pede que as busquemos e que as obtenhamos por meio da oração. Até os melhores cristãos precisam da oração de outros; e enquanto soubermos do bem-estar de nossos irmãos cristãos, devemos orar por eles. Mesmo os verdadeiros crentes têm grande necessidade de sabedoria celestial. Por acaso os melhores entre nós são relutantes a tomarem sobre si o jugo de Deus, ainda que não haja outro modo de encontrar o repouso para a alma? Acaso não nos afastamos de nossa paz em troca de um pouco de prazer? se discutíssemos menos e orássemos mais uns pelos outros, e uns juntamente com os outros, diariamente veríamos mais e mais qual é a esperança de nossa vocação, e as riquezas da glória divina nesta herança. Desejável é que sintamos o forte poder da graça divina, que dá início e que executa a obra da fé em nossa alma. É muito difícil levar uma alma a crer plenamente em Cristo e arriscar-se completamente, bem como a sua esperança de vida eterna em sua justiça. Nada além do poder onipotente será capaz de realizar esta obra em nossa vida.
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 4 Aqui há o significado de que Cristo, o Salvador, é que supre todas as necessidades daqueles que nEle confiam, e lhes concede todas as bênçãos na mais rica abundância. sendo participantes do próprio Cristo, chegamos a ser cheios com a plenitude da graça e da glória dEle. Então, como podem esquecer-se de si mesmos, estes que procuram a justiça fora dEle? Este fato nos ensina a irmos a Cristo. se nos déssemos conta do motivo pelo qual somos chamados, daquilo que podemos encontrar nEle, com toda a segurança nos voltaríamos a Ele, e nos tornaríamos parte dEle. Quando sentimos a nossa fraqueza e o poder de nossos inimigos, então mais observamos a grandeza deste poder que realiza a conversão do crente, e que está dedicado a aperfeiçoar a sua salvação. Certamente este fato nos constrangerá por amor, para que vivamos para a glória de nosso Redentor.
Efésios 2 Versículos 1-10: As riquezas da graça gratuita de Deus para com os homens são demonstradas por seu deplorável estado natural, e pela feliz transformação que a graça divina realiza neles; 11-13: Os efésios são chamados a refletir em seu estado de paganismo; 14-22: Os privilégios e as bênçãos do Evangelho. Vv. 1-10. O pecado é a morte da alma. Um homem morto em delitos e pecados não sente nenhum desejo pelos prazeres espirituais. Quando contemplamos um cadáver, temos uma sensação espantosa. O espírito, que jamais morre, partiu, e não deixou nada além das ruínas de um homem. Porém, se fôssemos capazes de ver bem as coisas, deveríamos nos sentir muito mais tocados por pensarmos em uma pessoa morta, ou em um espírito perdido e caído. O estado de pecado é o estado de conformidade com este mundo. Os homens ímpios são escravos de Satanás, que é o autor desta disposição carnal orgulhosa que existe em cada um deles; ele reina no coração dos homens pecadores. A partir das Escrituras, fica claro que se os homens foram ou são mais dados à iniqüidade espiritual ou sensual,
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 5 todos eles, sendo naturalmente filhos da desobediência, por natureza são também filhos da ira. Então, quanta razão têm os pecadores para procurar fervorosamente a graça que fará com que se tornem filhos de Deus e herdeiros da glória, tendo sido anteriormente filhos da ira! O amor eterno ou a boa vontade de Deus para com as suas criaturas é a fonte de onde fluem todas as suas misericórdias para nós; este amor de Deus é um grande amor, e a sua misericórdia é uma misericórdia rica. Todo pecador convertido é um pecador salvo, livre do pecado e da ira. A graça que salva é a bondade e o favor dado graciosamente por Deus e não merecido pelos homens. Ele salva, não por meio das obras da lei, mas por meio da fé em Cristo Jesus. A graça na alma significa vida nova na alma. Um pecador regenerado chega a ser uma alma vivente; vive uma vida de santidade, sendo nascido de Deus. vive, sendo livre da culpa do pecado pela graça que perdoa e justifica. Os pecadores revolvem-se no pó; as almas santificadas sentam-se nos lugares celestiais, elevadas acima deste mundo pela graça de Cristo. A bondade de Deus ao converter e salvar pecadores aqui e agora, estimulará os demais a esperarem, no futuro, em sua graça e misericórdia. A nossa fé, a nossa conversão e a nossa salvação eterna não são alcançadas por meio das obras, para que ninguém se glorie. Estas coisas não acontecem por algo que nós façamos; portanto, toda a soberba fica excluída. Todas estas coisas são dádivas gratuitas de Deus, e o efeito de sermos vivificados por seu poder. Foi o seu propósito, para o qual nos preparou e abençoou com o conhecimento de sua vontade, e por meio do seu Espírito Santo produz tal transformação em nós, que glorificaremos a Deus por nossa boa conversação e perseverança em santidade. Ninguém pode abusar desta doutrina apoiando-se nas Escrituras, nem acusá-la de alguma tendência ao mal. Todos aqueles que assim fizerem, não terão desculpas. Vv. 11-13. Jesus Cristo e o seu pacto são o fundamento de todas as esperanças do cristão.
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 6 Aqui há uma descrição triste e terrível, mas quem é capaz de eximir-se desta? Não gostaríamos que esta não fosse uma descrição verdadeira de muitos que são batizados em nome do Senhor Jesus Cristo? Quem pode, sem tremer, refletir sobre a miséria de uma pessoa separada para sempre do povo de Deus, cortada do povo de Cristo, caída em relação ao pacto da promessa, sem ter esperança e nem um Salvador, e sem nenhum Deus senão um que se vinga por toda a eternidade? Que cristão verdadeiro é capaz de ouvir isto sem sentir horror? A salvação está longe do ímpio, mas Deus é um auxílio próximo para o seu povo, e esta obra foi realizada por meio dos sofrimentos e pela morte do Senhor Jesus Cristo. Vv. 14-18. Cristo fez a paz por meio de seu próprio sacrifício. Em todos os sentidos, Cristo é a paz de cada um de nós, o autor, o centro e a essência da paz que cada um de nós tem com Deus, e de sua união com os crentes judeus em uma Igreja. Através da pessoa de Cristo, de seu sacrifício e de sua mediação, é permitido aos pecadores que aproximemse de Deus Pai, e são levados com aceitação à sua presença, com sua adoração e com o seu serviço, sob o ensino do Espírito Santo, como sendo um com o Pai e com o Filho. Cristo adquiriu a permissão para que nós possamos ir a Deus; e o Espírito nos dá o coração para que vamos, e a força para irmos e, a seguir, a graça para que sirvamos a Deus de modo aceitável. Vv. 19-22. A Igreja pode ser comparada a uma cidade, e todo o pecador convertido é um cidadão livre. Também é comparada a uma casa, e todo o pecador convertido é membro da família; um servo e um filho na casa de Deus. Também se compara a Igreja com um edifício alicerçado na doutrina de Cristo, entregue pelos profetas do Antigo Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento. Deus habita agora em todos os crentes; estes chegam a ser o templo de Deus por meio da obra do bendito Espírito Santo. Então, perguntemos a nós mesmos se as nossas esperanças estão firmadas em Cristo conforme a doutrina de sua Palavra. Consagramo-nos a Deus como templos santos por meio dEle?
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 7 somos morada de Deus, estamos orientados espiritualmente e temos o fruto do Espírito? Tenhamos o cuidado de não entristecermos o santo Consolador. Desejemos a sua graciosa presença e a sua influência em nosso coração. Procuremos cumprir os deveres de que somos encarregados, para a glória de Deus.
Efésios 3 Versículos 1-7. O apóstolo declara o seu ministério, as suas qualidades e a sua chamada; 8-12: Além do mais, aos nobres propósitos a que corresponde; 13-19: Ora pelos efésios; 20, 21: Acrescenta ação de graças. Vv. 1-7. Por ter pregado a doutrina da verdade, o apóstolo estava preso, mas era um preso de Jesus Cristo; era objeto de proteção e de cuidado especial enquanto sofria por causa dEle. Todas as ofertas de graça do Evangelho, bem como a nova de grande alegria que este contém, vêm da rica graça de Deus; é o grande meio pelo qual o Espírito Santo trabalha a graça nas almas dos homens. O mistério é este propósito secreto de salvação, escondido, por meio de Cristo. Este não foi tão claramente mostrado em épocas anteriores a Cristo, como aos profetas do Novo Testamento. Esta era a grande verdade que fora revelada ao apóstolo, que Deus chamaria os gentios à salvação por meio da fé em Cristo. Uma obra eficaz do poder divino acompanha os dons da graça divina. Como Deus nomeou a Paulo para este trabalho, desta maneira preparou-o e deu-lhe os meios necessários para que o realizasse. Vv. 8-12. Aqueles a quem Deus promove a cargos de honra, faz com que sintam-se baixos diante de seus próprios olhos; aonde Deus dá graça para que sejamos humildes, aí concede toda a graça que seja necessária. Quão alto o apóstolo fala de Jesus Cristo, das inescrutáveis riquezas de Cristo! Ainda que muitos não sejam enriquecidos com estas maravilhosas riquezas, de todo modo, que favor tão grande é que alguém
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 8 as pregue para nós, e que estas nos sejam oferecidas! se não somos enriquecidos com estas, é nossa própria culpa. A primeira criação, quando Deus fez todas as coisas a partir do nada, e a nova criação, pela qual os pecadores são transformados em novas criaturas pela graça que converte, são de Deus por meio de Jesus Cristo. As suas riquezas são tão inescrutáveis e tão seguras quanto sempre foram, mesmo que enquanto os anjos adoram a Deus por sua sabedoria pela redenção de sua igreja, a ignorância dos homens carnais, que se julgam sábios a seus próprios olhos, condena a tudo como se fossem coisas néscias. Vv. 13-19. O apóstolo parece estar mais ansioso pelos crentes, para que não suceda que se desanimem e desfaleçam por causa de suas tribulações, do que por aquilo que ele mesmo deveria suportar. Pede bênçãos espirituais, que são as melhores bênçãos. O poder do Espírito de Deus no homem interior; força para a alma; o poder da fé para servirmos a Deus e cumprirmos o nosso dever. se a lei de Cristo estiver escrita em nossos corações, e se o amor de Cristo for derramado por todas as partes, então podemos dizer que Cristo habita em nossos corações. Ele habita aonde o seu Espírito habita. Desejaríamos que os bons afetos fossem permanentes em nossa vida. Quão desejável é possuirmos em nossa alma a firme sensação do amor de Deus em Cristo! Com quanta força o apóstolo fala do amor de Cristo! A largura deste mostra a sua magnitude a todas as nações e classes sociais; o seu comprimento mostra que este vai de eternidade a eternidade; a profundidade mostra a salvação daqueles que submergiram nas profundezas do pecado e da miséria, e a altura, a sua elevação à felicidade e à glória celestial. Podemos dizer que aqueles que recebem graça sobre graça da plenitude de Cristo, estão cheios da plenitude de Deus. Isto não deveria satisfazer o homem? Deve encher-se com milhares de enganos, orgulhando-se de que com estes completa a sua felicidade? Vv. 20,21. É sempre apropriado que terminemos as nossas orações com louvores. Esperemos mais, e peçamos mais, alentados por aquilo
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 9 que o Senhor Jesus Cristo já fez por nossas almas, seguros de que a conversão dos pecadores e o consolo dos crentes será para a sua glória para todo o sempre.
Efésios 4 Versículos 1-6. Exortações à tolerância mútua e à união; 7-16. Exortações à devida utilização dos dons e da graça espiritual; 17-24: Exortação à pureza e à santidade; 25-32: Exortação a cuidarmo-nos dos pecados que são praticados pelos pagãos. Vv. 1-6. Nada se exorta com maior ênfase nas Escrituras àqueles que são chamados ao reino e à glória de Cristo do que andar do modo correto. Por humildade entende-se aquilo que se opõe ao orgulho. Por mansidão, a excelente disposição da alma que faz com que os homens não estejam prontos a provocar, e que não se sintam facilmente provocados ou ofendidos. Encontramos muito em nós mesmos pelo que apenas poderíamos nos perdoar. Portanto, não devemos nos surpreender se encontrarmos em nosso próximo aquilo que acreditemos que seja difícil de perdoar. Há um Cristo em quem está a esperança de todos os crentes, e um céu que é aguardado por todos; portanto, todos deveriam ter somente um coração. Todos tinham uma só fé em si, um só Autor desta, uma única natureza e poder. Todos tinham a mesma crença em relação às grandes verdades da religião; todos eles foram recebidos na Igreja por meio de um batismo com água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, como sinal da regeneração. Deus Pai habita em todos os crentes, como em seu santo templo, por seu Espírito e por sua graça especial. Vv. 7-16. A cada crente é dado algum dom da graça para que ajudem-se mutuamente. Tudo acontece com cada um de nós conforme pareça melhor a Cristo. Ele recebeu tudo para eles, para distribuir entre eles, uma grande medida de dons e graça, particularmente o dom do Espírito Santo. Não é um simples conhecimento intelectual, nem um puro reconhecimento de Cristo como o Filho de Deus, mas como quem
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 10 produz confiança e obediência. Existe uma plenitude em Cristo, e uma medida desta plenitude que é dada pela vontade de Deus a cada crente, porém, jamais chegaremos à estatura de varão perfeito até que cheguemos ao céu. Os filhos de Deus estão crescendo enquanto estão neste mundo; e o crescimento do cristão busca a glória de Cristo. Quanto mais impulsionado um homem esteja para aproveitar o seu estado, conforme a sua medida e tudo o que tenha recebido para o bem espiritual do próximo, mais certamente poderá crer que possuí a graça do amor e a caridade sincera arraigada em seu coração. Vv. 17-24. O apóstolo encarrega os efésios em nome e pela autoridade do Senhor Jesus, que havendo professado o Evangelho, não devem ser como os gentios não convertidos, que andavam na vaidade de sua mente e em seus afetos carnais. Os homens não andam por toda a parte conforme a vaidade de suas mentes? Não devemos, então, enfatizar a distinção entre os verdadeiros cristãos e os cristãos nominais? Eles estavam desprovidos de todo o conhecimento Salvador; estavam em trevas e amavam-nas mais do que a luz. Não gostavam da vida de santidade e até mesmo aborreciam-na, esta que não é somente o caminho da vida que Deus exige e aprova, e pelo qual vivemos para Ele, mas que tem alguma semelhança com o próprio Senhor Deus em sua pureza, justiça, verdade e bondade. A verdade de Cristo manifesta-se em sua beleza e poder quando aparece em Jesus. A natureza corrompida chama-se homem; assim como o corpo humano, que possui diversas partes que se apóiam e que se fortalecem entre si. Os desejos pecaminosos são desejos enganosos; prometem felicidade aos homens, mas os tornam mais miseráveis; levam-nos à destruição, se não se submeterem e se mortificarem. Portanto, devem ser tirados como roupa velha e suja, devem ser sujeitas e mortificadas. Porém, não é o bastante retirarem os princípios corruptos; devemos ter princípios de graça. Pelo novo homem, entende-se a nova natureza, a nova criatura, que é dirigida pelo da graça regeneradora, que capacita o
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 11 homem para levar uma nova vida de justiça e santidade. Isto é criado ou produzido pelo poder onipotente de Deus. Vv. 25-28. Observemos os detalhes com que devemos adornar a nossa confissão cristã. Devemos ter cuidado contra tudo o que seja contrário à verdade. Não devemos bajular e nem enganar ao próximo. O povo de Deus é constituído por filhos que não mentem, que não se atrevem a mentir, que odeiam e aborrecem a mentira. Tenhamos o cuidado com a ira e com as paixões desenfreadas. se houver uma ocasião justa para expressar descontentamento por causa do mal e repreendê-lo, devemos fazê-lo sem pecar. Damos lugar ao Diabo quando os primeiros indícios de pecado não contristam a nossa alma, quando consentimos com estes e repetimos uma obra má. Este fato nos ensina que é pecado quando alguém se rende e permite que o Diabo venha a si. Devemos resistir ao Diabo, tendo o cuidado de não termos em nossa vida nenhuma aparência do mal. O ócio faz o ladrão. Aqueles que não trabalham expõem-se à tentação de roubar. Os homens devem ser trabalhadores para que possam fazer algo de bom, e para que sejam livres da tentação. Devem trabalhar não somente para viverem honestamente, mas para que possam fazer provisão para as necessidades do próximo. Então, o que pensaremos sobre aqueles que intitulam-se cristãos, que enriquecem-se por meio de fraudes, opressões e práticas enganosas? Para que Deus aceite as ofertas, estas não devem ser ganhas por meio de injustiça e roubo, mas com honestidade e trabalho. Deus odeia que lhe sejam feitas ofertas que são produto de roubo. Vv. 29-32. As palavras sujas provêm da corrupção daqueles que as pronunciam e corrompem a mente daqueles que as ouvem: os cristãos devem ter cuidado com esta maneira de falar. É dever de cada cristão buscar a bênção de Deus, procurar fazer com que as pessoas pensem seriamente, animar e advertir os crentes por meio daquilo que digam. sede amáveis uns com os outros. Isto estabelece o princípio do amor no
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 12 coração, e a sua expressão exterior por meio de uma conduta cortês e humilde. Observemos como o perdão de Deus nos leva a perdoar. Deus nos perdoou, ainda que não tivéssemos razão para pecar contra Ele. Devemos perdoar, assim como Ele nos perdoou. Toda a comunicação mentirosa e corrompida, que estimule os maus desejos e as luxúrias, entristecem o Espírito de Deus. As paixões corruptas do rancor, ira, raiva, queixas, maledicência e malícia, entristecem ao Espírito Santo. Não provoquemos ao santo e bendito Espírito de Deus a que retire a sua presença e a sua influência de graça. O corpo será redimido do poder da sepultura no dia da ressurreição. Onde quer que o bendito Espírito habite como santificador, será o início de todo o deleite, e a glória do dia da redenção; seríamos lançados fora se Deus retirasse de nós o seu Espírito Santo.
Efésios 5 Versículos 1,2: Exortação ao amor fraternal; 3-14: Advertência contra diversos pecados; 15-21: Instruções para uma conduta adequada e os deveres relacionados a esta; 22-33: Os deveres das esposas e dos maridos são realçados pela relação espiritual entre Cristo e a Igreja. Vv. 1,2. Deus nos perdoou por amor a Cristo; portanto, devemos ser seguidores de Deus, e imitadores de Cristo. Devemos imitá-lo de modo especial por seu amor e por sua bondade perdoadora, como convém aos amados de seu Pai celestial. No sacrifício de Cristo, o seu amor triunfa, e nós temos que considerá-lo plenamente. Vv. 3-14. Todas as concupiscências são imundas e devem ser arrancadas pela raiz. Todos devem temer e abandonar estes pecados. Estas não são somente advertências contra os atos grosseiros do pecado, mas também são contrárias àquilo que alguns ignoram. Estas coisas estão tão distantes de serem proveitosas que contaminam e envenenam os ouvintes. O nosso júbilo deveria ser notado, do mesmo modo que os cristãos devem ser notados ao darem glória a Deus. O homem cobiçoso
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 13 faz de seu dinheiro um deus; coloca nos bens mundanos a sua esperança, a sua confiança, o seu prazer, coisas que somente deveriam ser dedicadas a Deus. Aqueles que caem na concupiscência da carne ou no amor ao mundo, não pertencem ao reino da graça, nem irão ao céu de glória. Quando os transgressores mais vis se arrependem e crêem no Evangelho, chegam a tornar-se filhos de obediência e a ira de Deus aparta-se destes. Ousaremos desprezar aquilo que provoca a ira de Deus? Os pecadores, como homens em trevas, não sabem para onde vão, e não sabem o que fazem, mas a graça de Deus realiza uma transformação muito grande na alma de muitos. Andam como filhos da luz, como tendo conhecimento e santidade. As obras das trevas são infrutíferas, qualquer que seja o proveito daqueles que se ensoberbeçam, porque terminam com a destruição do pecador impenitente. Há muitas maneiras de induzir ou de participar dos pecados alheios: felicitando, aconselhando, consentindo ou ocultando. Se participarmos com o próximo em seus pecados, devemos esperar uma participação em suas pragas. se não repreendermos os pecados de outros, teremos comunhão com eles. O homem bom deve envergonhar-se até mesmo de falar daquilo que a muitos ímpios não se envergonham de praticar. Não somente devemos ter a noção e a visão de que o pecado é pecado, e que é vergonhoso em grande medida, mas devemos entendê-lo como uma violação da santa lei de Deus. segundo o exemplo dos profetas e dos apóstolos, devemos chamar aqueles que estão adormecidos e mortos em pecados, para que despertem-se e levantem-se para que Cristo lhes dê a luz. Vv. 15-21. Outro remédio contra o pecado é o cuidado ou a cautela, sendo impossível manter a pureza de coração e de vida. O tempo é um talento que Deus nos dá, que é mal gasto e se perde quando não é utilizado conforme a sua intenção. se até o momento temos desperdiçado o tempo, devemos dobrar a nossa diligência para o futuro. Pouco pensam os homens quando, em seu leito de morte, milhares prefeririam alegres a sua vida e recusariam receber todo o dinheiro do mundo; de formas vãs sacrificam a sua vida diariamente! As pessoas têm a forte tendência de
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 14 queixarem-se dos maus tempos; bom seria se isto os estimulasse mais para que redimissem o tempo. Não sejamos imprudentes. A ignorância de nosso dever e a negligência para com a nossa alma, são uma demonstração das maiores atitudes néscias possíveis. A embriaguez é um pecado que jamais caminha sozinho, porque leva os homens a outros males; é um pecado que provoca muito a Deus. O ébrio dá à sua própria família e a todo o mundo o triste espetáculo de um pecador endurecido, além do que seria o comum, e que se precipita à perdição. Quando estivermos aflitos ou esgotados, não procuremos levantar o nosso ânimo com bebidas embriagantes, porque é abominável e danoso, e somente termina fazendo com que sintamos mais as tristezas. Procuremos então, pela oração fervorosa, ser cheios com o Espírito Santo, e evitemos tudo aquilo que possa entristecer ao nosso benigno Consolador. Todo o povo de Deus tem razões para cantar de júbilo. Mesmo que nem sempre estejamos cantando, devemos estar sempre agradecendo ao Senhor; jamais nos deve faltar a disposição para este dever, porque nunca nos faltarão motivos para isto ao longo de toda a nossa vida. sempre, mesmo em meio às provas e aflições, e por todas as coisas; satisfeitos com o amoroso propósito e a tendência ao bem. Deus resguarda os crentes de pecarem contra Ele, e faz com que submetam-se uns aos outros em tudo o que manda, para promover a sua glória e cumprirem os seus deveres mútuos. Vv. 22-33. O dever das esposas é a submissão aos seus maridos, no Senhor, o que compreende honrá-los e obedecê-los por um princípio de amor a eles. O dever de cada marido é amar a sua esposa. O amor de Cristo para com a sua Igreja é o exemplo, porque é sincero, puro e constante, apesar das falhas dela. Cristo deu a sua vida pela Igreja, para santificá-la neste mundo e glorificá-la no mundo vindouro, para outorgar a todos os seus membros o princípio de santidade e livrá-los da culpa, da contaminação e do domínio do pecado, pela obra do Espírito Santo, das quais o sinal exterior é o batismo. A Igreja e os crentes não carecerão de
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 15 enfrentar manchas e rugas até que cheguem à glória. Porém, somente aqueles que são santificados serão agora glorificados no porvir. As palavras de Adão, mencionadas pelo apóstolo, são pronunciadas literalmente a respeito do matrimônio, e também têm um sentido oculto em si, em relação à união entre Cristo e a sua Igreja. Era uma espécie de tipificação, por sua semelhança. Existirão falhas e defeitos sob vários aspectos, tanto por parte do marido quanto da esposa no estado presente da natureza humana, mas isto não altera a relação. Todos os deveres do matrimônio estão incluídos na unidade e no amor. Enquanto adoramos e nos regozijamos no amor condescendente de Cristo, os maridos e as esposas devem aprender os seus deveres recíprocos. Deste modo, serão impedidos os piores males e muitos efeitos penosos serão evitados.
Efésios 6 Versículos 1-4: Os deveres de filhos e pais; 5-9: Dos servos e seus senhores; 10-18: Todos os cristãos devem vestir a armadura contra os inimigos de suas almas; 19-24: O apóstolo deseja as suas orações, e termina com a sua bênção apostólica. Vv. 1-4. O grande dever dos filhos é o de obedecer aos seus pais. A obediência compreende a reverência interior e os atos exteriores, e em toda a época a prosperidade tem acompanhado aqueles que distinguemse por obedecerem aos seus pais. Os pais não devem ser impacientes, nem ter atitudes severas e irracionais. Tratem os filhos com prudência e sabedoria, convencendo-os em seus juízos e trabalhando na razão deles. Criai-os bem; sob a correção apropriada e compassiva, e no conhecimento do dever que Deus exige. Este dever é freqüentemente descuidado até entre aqueles que professam o Evangelho. Muitos colocam os seus filhos contra a religião, mas este fato não escusa a desobediência dos filhos, mesmo que lamentavelmente possa ocasioná-la. somente Deus é capaz de transformar o coração, concede a sua bênção às boas lições e exemplos dos pais e responde às suas orações. Aqueles que têm como principal afã que os seus filhos sejam
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 16 ricos e realizados, sem se importar com o que aconteça com as suas almas, não devem esperar pela bênção de Deus. Vv. 5-9. O dever dos servos está resumido em uma só palavra: obediência. Os servos no passado eram, em geral, escravos. Os apóstolos tinham que ensinar os seus deveres tanto aos senhores como aos servos, porque fazendo isto reduziriam os males até que, pela influência do cristianismo, a escravidão chegasse ao seu fim. Os servos têm que reverenciar aqueles que estão acima deles. Têm que ser sinceros; não devem reivindicar obediência quando querem desobedecer, mas devem servir fielmente. Devem servir aos seus senhores, não somente quando estes os vêem, porém, devem ser estritos para cumprirem os seus deveres, estando seja quando estejam ausentes ou quando não os vejam. A constante consideração do Senhor Jesus Cristo tornará os homens de todas as posições fiéis e sinceros, não com má vontade nem por coerção, senão por um princípio de amor aos seus senhores e aos seus interesses. Este fato faz com que lhes seja fácil servir, agrada aos seus senhores e é aceitável ao Senhor Jesus. Deus recompensará até o mínimo que tenha sido feito pelo sentimento do dever, e com o objetivo de glorificá-lo. Aqui está o dever dos senhores. Devem agir da mesma maneira, e ser justos com os seus servos, do mesmo modo que esperam que estes sejam para com eles. Devem mostrar a mesma boa vontade e interesse por estes e terem cuidado, para que sejam aprovados diante de Deus. Não devem ser tirânicos e nem opressores. Todos possuem um Senhor a quem devem obedecer, e tanto senhores como servos são conservos em relação a Jesus Cristo. se os senhores e os servos considerarem os seus deveres para com Deus, e a conta que devem prestar a Ele dentro de pouco tempo, se preocuparão mais com os seus deveres mútuos e, deste modo, as famílias serão mais ordenadas e felizes. Vv. 10-18. A força e a coragem espiritual são necessários para a nossa guerra e sofrimento espiritual. Aqueles que desejam demonstrar que têm a verdadeira graça consigo devem indicar toda a graça; e vestirem-se de toda a armadura de Deus, que Ele mesmo prepara e
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 17 concede. A armadura cristã foi feita para que seja utilizada, e não é possível deixar a armadura até que tenhamos terminado a nossa guerra e finalizado a nossa carreira. O combate não é tão-somente contra inimigos humanos, nem contra a nossa natureza corrupta; temos que vê-lo como um inimigo que possui milhares de maneiras para enganar as almas que são instáveis. Os demônios procuram nos assaltar nas coisas que estão relacionadas à nossa alma e esforçam-se para apagar a imagem celestial de nossos corações. Devemos decidir, pela graça de Deus, a não nos rendermos a Satanás. Devemos resistir, e este fugirá de nós. Se cedermos, ele se apoderará do terreno. Se não confiarmos em nossa causa, em nosso Líder, ou em nossa armadura, daremos vantagem ao nosso inimigo. Aqui são descritas as diferentes partes da armadura dos soldados bem armados, que têm de resistir aos assaltos mais ferozes do inimigo. Não há nada para as costas; nada que defenda aqueles que se retiram da guerra cristã. A verdade ou a sinceridade é o cinto. Este rodeia todas as outras partes da armadura e são mencionadas em primeiro lugar. Não pode existir religião sem sinceridade. A justiça de Cristo, que nos é imputada, é uma couraça contra os dardos da ira divina. A justiça de Cristo, implantada em nós, fortifica o coração contra os ataques de Satanás. A resolução deve ser como as peças da armadura para resguardar as partes dianteiras das pernas, e para firmar-se nos terrenos ou caminhar pelas veredas íngremes. Os pés devem estar protegidos com a preparação do Evangelho da paz. Os motivos para obedecerem em meio às provas devem ser extraídos do conhecimento claro do Evangelho. A fé é tudo em todos na hora da tentação. A fé, que consiste em ter a certeza daquilo que não se vê, como receber a Cristo e os benefícios da redenção, e deste modo derivar graça dEle, é como um escudo, e de todo modo uma defesa. O Diabo é o mal. As violentas tentações, pelas quais a alma se abrasa com fogo do inferno, são dardos que Satanás lança sobre
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 18 cada um de nós. Além do mais, o inimigo procura colocar em nossa mente maus pensamentos em relação a Deus e a nós mesmos. A fé que é aplicada pela Palavra de Deus e pela graça de Cristo, é aquela que apaga os dardos da tentação. A salvação deve ser o nosso capacete. A boa esperança de salvação, e a expectativa bíblica da vitória, purificam a alma e impedem que esta seja contaminada por Satanás. O apóstolo recomenda ao cristão que esteja armado para a sua própria defesa na batalha, e que tenha somente uma arma de ataque, a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus; ela é suficiente. Esta é capaz de sujeitar e mortificar os maus desejos e os pensamentos blasfemos, à medida que surgirem no interior de cada cristão. E responde à incredulidade e ao terror, à medida que avançam a partir do lado de fora. Um único texto bem entendido e retamente aplicado, destrói de uma só vez a tentação ou a objeção e sujeita o adversário mais formidável. A oração deve assegurar todas as demais partes de nossa armadura cristã. Há outros deveres da religião e de nossa posição no mundo, mas devemos manter o tempo que dedicamos à oração. Mesmo que a oração solene e estável possa não ser factível quando houver outros deveres a cumprir, de todos os modos, as orações piedosas e curtas que se fizerem serão sempre como dardos. Devemos dar lugar aos pensamentos santos em nossa vida cotidiana. O coração fútil também será vão para orar. Devemos orar com todos os tipos de orações: pública e secreta; comunitária e solitária; solene e súbita. Também devemos orar de modo que mencionemos todas as partes da oração: confissão de pecados, petições de misericórdias e ação de graças pelos favores recebidos. E devemos fazê-lo pela graça do Deus Espírito Santo, dependendo de seu ensino e conforme este. Devemos perseverar em nossas petições particulares, apesar do desânimo. Devemos orar não somente em nosso próprio favor, mas também por todos os nossos irmãos santificados. Os nossos inimigos são fortes e não temos forças, mas o nosso Redentor é o Todo-Poderoso, e no
Efésios (Comentário Bíblico de Matthew Henry) 19 poder de sua força nós podemos vencer. Por esta razão devemos animarmo-nos a nós mesmos. Não temos deixado de responder muitas vezes a Deus quando Ele nos tem chamado? Pensemos nestas coisas e continuemos orando com paciência. Vv. 19-24. O Evangelho era um mistério, até que foi dado a conhecer pela revelação divina; a obra dos ministros do Senhor é anunciá-lo. Os melhores e mais iminentes ministros precisam das orações dos crentes. Todos devem orar de modo especial por estes, porque estão expostos a grandes dificuldades e perigos em sua obra. "Paz seja com os irmãos e caridade com fé". Por paz deve ser entendida toda a classe de paz: paz com Deus, paz de consciência, paz entre eles mesmos. A graça do Espírito, produzindo fé, amor e toda a graça. O apóstolo o deseja para aqueles em quem estas obras já foram iniciadas. E toda a graça e as bênçãos vêm da parte de Deus aos santos, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. A graça, isto é, o favor de Deus, e todos os bens espirituais e temporais provenientes dela, são e estarão com todos aqueles que assim amarem ao nosso Senhor Jesus Cristo com sinceridade, e somente com estes.