QUASE REALIDADE
WALYSON SANTANA
QUASE REALIDADE
Para mim mesmo, por ser um adolescente dissemelhante a todos
“Nunca amei alguém intensamente ou tive algum relacionamento a sério, é confuso por que eu sinto falta de uma pessoa que nunca existiu na minha vida.” - Bianca Allen
(UM) Estamos à duas semanas da prima-vera aqui em New Jersey, o dia amanheceu nublado, ainda bem que faltam apenas duas semanas para as fárias de prima-vera, já não suporto mais essa rotina chata de acordar cedo, pegar o ônibus e ir pra escola, minha casa fica um pouco longe do colégio, o chato é que não vamos direito pra escola vamos parando de casa em casa pra pegar os alunos, de 100% dos alunos digamos que apenas 45% quer algo de
verdade, eu sou uma desses 45%, não quero viver para sempre em New Jersey, não que aqui seja um lugar chato para se viver, e bem próximo de New York, mas quero algo a mais, viajar para algum outro país quem sabe. Chegamos finalmente na escola, estudo na Montgomery High School desde o primário com alguns amigos, não gosto muito de me socializar com as pessoas prefiro ser sozinha, mas também em alguns momentos gosto de ter alguém ao meu lado. Hoje estou vestindo uma calça jeans, camisa preta com um casaco listrado nas cores azul clara e cinza, com o meu VANS cinza e uma touca vermelha e azul claro, acho que no momento deve estar uns dois gráus abaixo de zero. Desci do ônibus e entrei na escola, caminhei até o meu armário pra pegar os meus livros, hoje vou ter uma aula de matemática, duas de geográfia e duas de física, minhas aulas
favoritas são as de geografia, acho bem legal. Eu acho ridículo esses garotos metidos a valentões, sempre batem nos mais fracos, tem um garoto chamado James que é da sala ao lado a minha, tenho um pouco de pena dele, o Rodrick do 2º ano A sempre derruba os livros dele pelos corredores, já falei com ele uma vez dentro do ônibus quando estávamos voltando para casa, ele parece ser legal. Sento próximo a janela, gosto de ver o dia passar, acho bem legal quando começa a nevar, e por falar em neve, olha que bacana! Esta nevando! Os pequenos flocos de neve branco caindo sobre o chão. Escuto o sinal tocando às e o professor Litch já está na porta me encarando através do vidro, acho que é pelo fato de eu odiar a matéria dele, ele entra na sala e passa alguns exercícios, mas a aula dele passa muito rápido são apenas apenas sessenta minutos, o sinal toca e temos dez
minutos para ir ao banheiro ou beber água, fui ao banheiro para lavar o rosto com a intenção de tirar o sono, não sou do tipo de garota que vive maquiada, afinal, eu nem gosto de maquiagem. De repente escuto alguns sons estranhos vindo de uma cabine, estalos parecidos de duas bocas se beijando, e barulhos de roupas se esfregando, sempre fui muito curiosa desde criança, me abaixei pra ver se conseguia ver algo, mas tudo oque vejo são dois pares de sapatos, um da marca Tons e o outro All Star, mas espera ai, duas garotas dentro de uma só cabine? A porta se abre e me deparo com Sarah da minha sala e Ellen da sala B, nunca pude imaginar que elas teriam um caso ou algum tipo de relacionamento. – É... o que vocês estão fazendo ai dentro sozinhas? - pergunto com o tom de surpresa e vergonha ao mesmo tempo.
– Bianca! Por que você está bisbilhotando por baixo da porta?! - fala Sarah desesperada saindo de dentro da cabine. – Eu escutei alguns barulhos estranhos e fui ver é claro, e pelo visto você e a Ellen tem um caso… Hmmm… – Não é da sua conta se a Ellen e eu temos um caso ou não - fala a Sarah tentando se defender. Nunca gostei mesmo da Sarah, por isso ela é sempre mal educada quando é pra se dirigir a minha pessoa - Vocês estavam se agarrando dentro da cabine da escola! – falei rindo. - Algum problema? - fala a Ellen. - Vai ter algum problema claro, se o diretor Kinney ficar sabendo - falo ameaçando os duas.
- Você não teria coragem de fazer isso Bianca - fala Sarah, enquanto Ellen apenas observa. - Tem certeza? Quer arriscar? - falo caminhando em direção a porta. - BIANCA!!! - grita Sarah desesperada. Saio correndo do banheiro em direção a sala do diretor Kinney e a Sarah atrás de mim, bato nas pessoas desesperadamente e pedindo desculpa ao mesmo tempo enquanto olho para trás e a Sarah some de vista. Ué? Pra onde ela foi? fico parada em meio a quatro corredores procurando ela, mas não a encontro, o sinal bate, já são 08:30 tenho que ir pra a sala agora, vou ter duas aulas de geográfia. Chego na sala e quando entro sou surpreendida por trás, a Sarah me pega pelo pescoço e eu não consigo escapar.
- Cade o diretor Kinney agora? – fala Sarah esmagando meu pescoço entre seus braços. - SARAH ME SOLTA!!! - Grito chamando a atenção de toda classe e penso, (Cade a porcaria do professor Jefferson quando se precisa dele?) A sala toda começa a fazer uma algazarra enorme pra o começo de uma briga, e só escuto todos gritando, “BRIGA! BRIGA! BRIGA!” tento me soltar dos braços da Sarah mas pelo visto ela é esse tipo de garota machinho.
(DOIS) Depois da “Quase briga” na sala de aula o professor Jefferson chegou e acabou com a algazarra toda, ainda bem eu mal estava conseguindo respirar com a Sarah me enforcando, esse foi o lado bom, o lado ruim foi que a Sarah passou as duas aulas de Física me observando, toda vez que eu olhava ela estava lá me observando, com certeza se ela tivesse visão de raio laser eu já estaria morto. Estou muito chateado com o Ronnie, ele só vai chegar na quarta aula, teve que ir ao dentista para tirar aquele aparelho horrível, mas em compensação ele não é feio, digamos que
o Ronnie se parece com um desses adolescentes de Boy Band que as garotas idolatram. O sinal tocou e temos quarenta minutos para comer algo e descansar um pouco, a Sarah saiu da sala meio que me encarando como se eu devesse algo a ela. Vou eu ao refeitório procurando o Ronnie, e lá está ele sentado comendo um Donuts e bebendo uma lata de refrigerante da marca Coca-Cola, sento na cadeira ao lado da dele e ele da um sorriso que vai de orelha a orelha como se eu não soubesse que ele retirou o aparelho. - Oi, retirou aquele aparelho horrível? pergunto. - Sim Bia! doeu pra caramba, mas fiquei bem mais gato - fala o Ronnie como se fosse a pior dor do mundo. Dou um sorriso simples como se achasse aquilo engraçado. - Aconteceu alguma coisa enquanto estive fora? - pergunta o Ronnie dando um gole na sua Coca-Cola.
- Você nem imagina o que eu vi no banheiro feminino - falo baixinho me aproximando do ouvido do Ronnie. - O quê? - fala o Ronnie meio risonho se aproximando mais de mim. Eu vi a Sarah da nossa sala e a Ellen da sala B se beijando na cabine do banheiro falo. O Ronnie meio que se engasga com o refrigerante. - Sério isso? - ele fala com os olhos arregalados olhando pra mim com seus olhos verdes, e seus dentes tão mais brancos do que antes. - Sim, ela até saiu me perseguindo pelos corredores pensando que eu ia contar ao diretor Kinney, e depois quase me estrangulou na frente da classe - falo a ele bem baixinho como se fosse um segredo. - DROOGA!!! Essas coisas só acontecem quando eu não estou presente - fala o Ronnie batendo na mesa. - E você queria ver essa cena de perseguição pelos corredores é? E também ver sua melhor amiga sendo estrangulada
na frente da classe toda? - digo um pouco com raiva. - Não exatamente Bia, eu poderia ter lhe ajudado - fala ele se justificando e dando sua ultima mordida no Donuts. - Aham sei - falo se levantando. O sinal toca e já são 10:40 hora das minhas aulas favoritas, vamos ter duas aulas de geografia agora, Ronnie e eu se dirigimos a sala, como sempre sento próximo a janela e o Ronnie ocupa a carteira da frente. - Tem uma caneta para emprestar? - o Ronnie pergunta. - Toma aqui seu babaca - respondo dando a caneta na mão dele. O professor Waters gosta da minha pessoa, mas odeia qualquer tipo de barulho na aula dele, então fico o mais quieta possível, quando menos espero recebo uma mensagem no meu iPod.
1 nova mensagem De: Ronnie 12 março 10:44 AM Aula chata não é mesmo? Dou um chute na carteira no Ronnie pra ele parar de palhaçada. - Algum problema Bianca? - pergunta o professor Waters. - Não, nem um professor, só acho que tem algum engraçadinho me mandando mensagens não necessárias, não é mesmo? Ronnie - falo sendo irônica. - Pois é, esses adolescentes de hoje em dia - fala ele com cara de sonso olhando em minha direção. O Sinal toca e já são 12:00 as aulas passam muito rápido quando eu gosto. - Vamos lá pra casa hoje Ronnie? pergunto arrumando minha mochila. - Acho posso ir hoje - ele responde mexendo em seu iPhone.
- Então vamos - falo empurrando ele em direção da saída. Entramos no ônibus e sentamos nos assentos do meio, da escola até minha casa são uns vinte e cinco minutos, pego meu iPod e vou no Instagram, e de repente sobe várias curtidas, achei um pouco estranho porque minhas fotos nunca são curtidas, foi um garoto, comecei a ver as fotos dele, comecei a curtir suas fotos gostei muito, e deixei alguns comentários, e o Ronnie sempre mal fala comigo no ônibus, vive com aquele celular mandando mensagens e escutando músicas, chegamos na rua da minha casa, Amwell Road, sou da cidade de Somerset. - Ronnie chegamos - falo normalmente. Ronnie chegamos! - repito e a criatura continua com os fones nos ouvidos. – Ronnie chegamos! - grito, e assim finalmente ele tira os fones dos ouvidos. - Oi? já chegamos? - fala ele sem saber onde está. - Sim, agora vamos descer antes que o ônibus vá embora - falo se levantando.
- O.k - fala ele se levantando e checando os bolsos. Descemos do ônibus e formos caminhando até a minha casa, meus pais ainda devem estar no trabalho e meu irmão Luis deve estar com seus amigos. Chegamos na minha casa e entramos, jogo a mochila no sofá e o Ronnie também. - E aí, o quê vamos fazer? - pergunta o Ronnie. - Sei lá, qualquer coisa, sobe lá em cima pra jogar Xbox enquanto preparo algum lanche - falo indo em direção a cozinha. - O.k - fala o Ronnie subindo as escadas. Quando chego na cozinha meu iPod vibra, é bem alguma mensagem babaca do Ronnie pra me irritar, pego o iPod do bolso e vejo uma mensagem no Kik, espera ai, é aquele garoto do Instagram que eu curti e comentei algumas fotos deles, ou melhor todas, o quê será que ele quer comigo? Abro o Kik e tem a mensagem dele.
1 nova mensagem De: Phelipe 12 marรงo 12:34 PM Hey!
(TRÊS) Será mesmo que respondo a mensagem desse garoto? O que será que ele quer comigo? É melhor eu deixar isso de lado, continuo preparando o lanche para o Ronnie e pra mim, espero que ele goste de misto quente, o telefone toca e vou até a sala atender. Eu: “Alô?” Mamãe: “Bia? É a mamãe.” Eu: “Ah, oi mãe.” Mamãe: “Hoje eu e seu pai vamos voltar pra casa só às oito, tivemos um
imprevisto.” Eu: “Poxa mãe, mas tudo bem né…” Mamãe: “Você está sozinha em casa?” Eu: “Não não, o Ronnie está aqui comigo.” Mamãe: “Mande um “Oi” pra ele, tenho que desligar agora, fica bem filha se cuida!” Eu: “Tá bom mãe, tchau…” - Ronnie o lanche está pronto! - berro indo a caminho da sala, um minuto depois ele desce. - Minha mãe ligou e mandou um “Oi” para você - falo pra ele dando o misto quente. - Ah, legal e obrigado. Sério que vamos ficar aqui até as 16:00 sem fazer nada? fala ele encostado na parede mastigando o misto. - Sei lá poderíamos ir a casa da Gaby - falo sentando no sofá. - Mas ela é de New York! - fala o Ronnie. - É só pegarmos o metrô da estação de New Jersey até o Central Park e irmos andando - falo como se fosse a coisa mais
simples do mundo. - Tá tá Bia, só pra não ficarmos aqui sem fazer nada - fala o Ronnie pegando seus fones e a mochila. - O.k, então vamos! - falo bem animada dando um pulo do sofá. Vamos caminhando até a estação de New Jersey, o tempo está bem frio, espero que não comece a nevar chegamos na estação, pegamos as passagens e formos até a plataforma esperar o metrô chegar, já são 13:26 e como eu disse está um frio absurdo, entramos no metrô às 13:30, passamos por algumas estações até chegarmos em New York, gosto de andar pelas ruas de New York por que tem umas lojas que vendem camisas super legais, adoro comprar camisas, já o Ronnie prefere fazer sua coleção de cases para iPhone, se eu não me engano ele tem umas trinta e quatro cases. Chegamos ao Central Park, já da pra ver algumas árvores com algumas folhas, a prima-vera está chegando, chegamos na casa da Gaby.
- Espero que o idiota do Fredrik não esteja ai - falo ao Ronnie. - Mas é bem provável que ele esteja - digo. Fredrik é o namorado da Gaby, ele tem 17 anos e é um desses adolescentes babacas, toco a campainha e sou atendido pela mãe da Gaby, a Srta. Anna. - Bianca que surpresa você por aqui, e você também Ronnie - fala a Srta. Anna surpresa. - É, resolvemos fazer uma surpresa a Gaby - falo dando um chute no Ronnie que está sempre mandando mensagens. - É isso mesmo! - fala o Ronnie me encarando. - Podem entrar garotos - fala a Srta. Anna entrando e nós em seguida. - A Gaby está lá em cima no quarto dela - fala a Srta. Anna indo em direção a cozinha. - Obrigada - falo subindo as escadas e puxando o Ronnie.
Entramos no quarto da Gaby pra tentar lhe fazer uma surpresa, e o Ronnie e eu que formos surpreendidos, me deparo com uma cena horrível, o Fredrik está em pé encostado na parede e a Gaby de joelhos fazendo sexo oral nele, e pelo visto parecia está muito bom, o Fredrik estava de olhos fechados. - Gabryele! - grita o Ronnie. Fico só encarando. O Fredrik sai correndo para o banheiro do quarto da Gaby pra pegar suas roupas, enquanto ela se cobre com as cobertas. - Gente o que você estão fazendo aqui?! pergunta a Gaby desesperada se cobrindo. - O Ronnie e eu vinhemos te fazer uma surpresa e pelo visto você que nos surpreendeu - falo se sentando no chão e rindo. - É - completa o Ronnie. - Poderiam ter avisado - fala a Gaby se vestindo. - Mas se avisássemos não seria surpresa. Dãã! - digo.
- Esses dois não teriam hora pior para terem chegado? - fala o Fredrik saindo do banheiro. - Cala a boca Fredrik - fala o Ronnie. - A sua mãe sabe desse absurdo Gaby? pergunto. - Claro que não né Bia, você acha que minha mãe deixaria o Fredrik entrar aqui sem a permissão dela? - fala a Gaby ainda se arrumando e o Fredrik na parede. - E como essa criatu… - e o Ronnie é interrompido pelo Fredrik - CRIATURA NÃO! Olha o respeito e veja como você fala comigo colecionador de cases - fala o Fredrik. - Fredrik cala a boca. Aposto que você nem sabe oque é respeito - falo. - Isso ai Bia - fala o Ronnie rindo. - Gente parem de brigar, seus infantis fala a Gaby sentada. - É o seu namorado babaca ai Gaby - Fala o Ronnie sentando-se ao meu lado. - É Ronnie deixa ele - falo completando. Vou lá em baixo pegar algo pra comer, se comportem crianças! - falo se levantando e indo em direção a porta.
Desço as escadas e vou em direção a cozinha, mas uma coisa me chamou a atenção através da janela, um garoto em um balanço segurando uma máquina fotográfica, tirando algumas fotos, achei ele lindo, de cabelos castanhos, pele clara, usando uma calça preta e uma camisa vermelha. Fui até o quintal e fiquei sentada em baixo de um pinheiro ressecado e morto por causa do inverno, olhando ele fixamente, quando percebo que ela olhou para mim, posiciona a câmera em minha direção e tirou uma foto. - Hey!!! - dou um grito e vou correndo em direção a ele. - Calma, se quiser eu posso apagar a foto ele fala. - Tá, tudo bem, mas posso ver como ficou? - pergunto a ele. - Claro, aqui - ela amostra a foto posicionando a câmera. - Até que ficou legal - digo dando um sorriso.
- Você é fofa - ele fala olhando nos meus olhos e com um sorriso encantador. Fico calada e apenas dou outro sorriso, mas esse foi um bem bobo, daqueles que só pessoas apaixonadas dão, mas calma! Não estou apaixonada.
(QUATRO) Claro que eu não estou apaixonada, acabei de ver esse garoto pela primeira vez e eu não acredito no amor a primeira vista, acho isso bem idiota, mas sim eu acredito no amor, vai chegar em um momento da vida que você vai precisar, necessitar de alguém ao seu lado, você não consegue ser feliz sozinho. - Então… Qual é o seu nome? - pergunto sentando-se no balanço ao lado. - Meu nome é Mackelroy, mas pode me chamar de Mackelroy porque você acabou de me conhecer pra me dar apelidos, brincadeira pode me chamar de Mack - fala
ele rindo. - Ah… Você é bem engraçado hein Mack? falo rindo e me balançado. - Só pra começar com o pé direito - risos. - E qual é o seu nome? - ele pergunta tirando mais algumas fotos. - Meu nome é Bianca, mas pode me chamar de Bia - respondo. - Nome bonito Bia, mas o quê você está fazendo por aqui? - pergunta ele se balançando. - Vim visitar minha amiga com meu amigo Ronnie, eles estão lá dentro, você conhece ela? - pergunto. - Não, mas algumas das minhas amigas conhecem ela, ela se chama Gaby se não me engano? - fala o Mack me olhando. - Sim, e a Gabryele - respondo normalmente. Fiquei de papo furado com o Mack até as 16:30 mas do que eu deveria, pois já deveria ter ido embora à 30 minutos atrás, o Ronnie é tão imprestável as vezes só fica grudado naquele iPhone mandando
mensagens e esquece que existe um mundo. Me despedi do Mack e fui em busca do Ronnie eu estava cheia de atividades para fazer, entrei na casa da Gaby e subi as escadas indo ao quarto dela o que mais me surpreendeu foi que estavam todos vivos, o Fredrik e o Ronnie se odeiam mortalmente, fico feliz de ver o meu melhor amigo vivo e também pelo visto acho que eles nem sentiram minha falta enquanto estive fora. - Aonde você estava? - pergunta o Ronnie ainda sentado no mesmo lugar des que sai. - Ah, sentiu minha falta? - pergunto indo pegar minha mochila. - Claro Bia, fiquei aqui esperando você trazer a comida e nada de você aparecer ele fala se levantando. - Vocês já estão indo embora? - pergunta a Gaby sentada na cama abraçada com o Fredrik. - Bem, eu já estou indo, você vem Ronnie? - pergunto. - Claro, não vou ficar aqui com esses dois -
fala ele encarando o Fredrik. - Então vamos logo, tenho muitas atividades para fazer - falo puxando o Ronnie. - Tchau Gaby! e por favor se comporte! fala o Ronnie fechando a porta. Tchau Gaby - completo. Descemos as escadas e formos caminhando até o Central Park, coloco os meus fones e começo a escutar a música Red da Taylor Swift enquanto o Ronnie fica mandando suas mensagens e escutando música também, essa música me lembra alguém, mas esse alguém não existe, nunca amei alguém intensamente ou tive algum relacionamento a sério é confuso por que eu sinto falta de uma pessoa que nunca existiu na minha vida. Chegamos na estação e infelizmente tive que me separar do Ronnie, ele mora na rua Emerson e eu na rua Amwell é um pouco longe para ir caminhando. Fico sentada no banco do metrô ao lado da janela mas não tem muito o que se ver, é apenas um túnel escuro com algumas luzes vermelhas e
verdes nos trilhos, olho para frente e tem um velhinho lendo o Jornal Diário de New Jersey, não gosto de ler jornais prefiro ler meus livros, olho para o lado e tem um casal de beijando, esses adolescentes de hoje em dia não aguentam segurar seus hormônios e ficam se agarrando onde bem entendem e também acho que já vi cenas demais por hoje, Sarah e Ellen no banheiro da escola, Gaby e o Fredrik o que prefiro nem comentar, e agora esse casal. Chegou na minha estação fui andando até a minha casa e como de costume meus pais não estão em casa e nem meu irmão, meus pais só vão chegar às oito e meu irmão não faço a minima ideia de que horas ele vai chegar. Cheguei em casa e já são 17:48 subi até o meu quarto para começar a fazer meus exercícios, meu iPod vibra e é mais uma mensagem daquele garoto do Instagram, resolvi conversar com ele.
1 nova mensagem De: Phelipe 12 março 12:34 PM Hey! 1 nova mensagem De: Phelipe 12 março 18:15 PM Tudo bom com você? 1 nova mensagem De: Bianca 12 março 18:16 PM Oi, tudo sim e com você? 1 nova mensagem De: Phelipe 12 março 18:18 PM Tudo sim, você mora aonde?
1 nova mensagem De: Bianca 12 março 18:18 PM Eu sou de New Jersey, e você? 1 nova mensagem De: Phelipe 12 março 18:19 PM Sério que você é de New Jersey?! Eu sou do Brasil. 1 nova mensagem De: Bianca 12 março 18:19 PM Sim, deve ser legal morar no Brasil, mas porq quê a surpresa que eu sou de New Jersey? 1 nova mensagem De: Phelipe 12 março 18:20 PM É que meu pai vai ter que ir trabalhar ai em New Jersey a partir da semana que vem!
2 novas mensagens De: Bianca 12 março 18:21 PM Nossa, bem legal isso. Mas você vai estudar em que escola de New Jersey? 1 nova mensagem De: Phelipe 12 março 18:22 PM Estou na dúvida, mas estou olhando uma aqui, acho que se chama Montgomery se não me engano… 1 nova mensagem De: Bianca 12 março 18:23 PM Séeerio cara?! Eu estudo nessa escola! Mas qual ano você estuda? 1 nova mensagem De: Phelipe 12 março 18:23 PM 1º Ano do ensino médio e você?
1 nova mensagem De: Bianca 12 março 18:23 PM Eu também! 1 nova mensagem De: Phelipe 12 março 18:24 PM Será bem provável de estudarmos na mesma sala. 1 nova mensagem De: Bianca 12 março 18:25 PM Mas quando você vai viajar? 1 nova mensagem De: Phelipe 12 março 18:26 PM Bem, hoje ainda é 11, vou viajar na madrugada do dia 16 do sábado para o domingo para no domingo de manhã meu pai
poder ir acertar seus compromissos enquanto eu conheço melhor a cidade. 1 nova mensagem De: Bianca 12 março 18:27 PM Eu posso te acompanhar oque acha?” 1 nova mensagem De: Phelipe 12 março 18:29 PM Ótimo! Então vamos se conhecendo mais por aqui, mas agora preciso ir, meu pai está me chamando.” 1 nova mensagem De: Bianca 12 março 18:30 PM Tchau! Até mais tarde.
1 nova mensagem De: Phelipe 12 marรงo 18:30 PM Tchau Bia.
(CINCO) Depois de conversar com o Phelipe percebi que ele é um garoto qualquer igual a todos, mas achei muita coincidência ele vir morar em New Jersey e estudar na mesma escola que a minha, terminei meu exercícios e nada do meu irmão aparecer, fui pra sala assistir um pouco e depois fui escutar música, fiquei pensando no Mackelroy e também no Phelipe, minha cabeça estava confusa ao som da música Red sou só mais uma adolescente em uma fase confusa da vida, muitas coisas ainda estão para acontecer. Escuto a porta se abrindo e são meus pais, fui correndo para dar um abraço neles.
- Oi Bia! Senti sua falta - fala a mamãe me abraçando. - E eu também não mereço um abraço?! murmura o papai. - Calma seu dramático! - falo dando um abraço nele. - Então filha como foi seu dia? - pergunta a mamãe. - Bem cansativo - respondo me sentando no sofá. - O nosso também - responde a mamãe enquanto ela vai para cozinha e o papai ao banheiro. - O que vamos comer hoje? - pergunto. - Bem, você que decide! - ela responde abrindo a geladeira. - Panquecas? - pergunto. - Ótimo! Teremos panquecas para a janta de hoje - ela fala sorrindo. - Sabe onde está o Luis? - pergunto indo a cozinha. - Ele teve que ir na casa de alguns amigos fazer umas pesquisas e só volta amanhã ela responde pegando a frigideira enquanto escuto o barulho do chuveiro aberto. - Fiz dois amigos hoje! - falo super
animada. - Que legal Bia! Quem são eles? - pergunta a mamãe. - Um se chama Mackelroy ela é de New York e o outro Phelipe, mas o Phelipe é do Brasil só que ele vai se mudar para New Jersey semana que vem, combinei de mostrar a cidade pra ele - respondo. - Cuidado Bia, essas pessoas da Internet nem sempre são quem imaginamos - fala a mamãe preparando as panquecas. - Eu sei mãe… - murmuro indo para sala. O jantar estava uma delicia, adoro as panquecas da mamãe, já o papai fala que eu preciso comer algo mais nutritivo pois não sou mais uma criança e sim uma adolescente, não ligo para o que ele fala, sempre irei comer as panquecas da mamãe, fui me deitar às 22:00 já estava cansada demais, coloquei os meus fones e comecei a escutar as músicas da Taylor Swift as músicas dela me acalmam e me fazem dormir muito fácil. Já se passaram três dias e hoje já é 15 de Março, faltando
apenas dois dias para o Phelipe chegar em New Jersey, andei conversando bastante com ele pelo Kik e trocando algumas mensagens com o Mack, marquei de passear com o Mack amanhã no Central Park, estou com uma preguiça enorme de sair da cama hoje acho que vou fingir uma dor de cabeça ou algo pra falta a escola. - Bia? Você está ai? - pergunta a mamãe batendo na porta e entrando no quarto. - Sim - respondo com a minha melhor voz de filha doente que quer faltar a escola. - Você está bem? - ela pergunta se sentando na cama e colocando a mão na minha testa para ver se estou com febre. - Minha cabeça está explodindo - respondo. - É melhor você não ir pra escola hoje - ela fala se levantando. - Tá bom… - falo com uma voz de uma pessoa no seu leito de morte. - O Luis está em casa, vou pedir pra ele cuidar de você - ela fala saindo do quarto. - Tchau Bia, a mamãe te ama! - ela fala descendo a escada.
Fico no meu quarto dormindo até tarde quando escuto meu iPod tocando o alarme, desço as escadas e vou ao banheiro lavar o meu rosto e escovar os dentes, vou até a cozinha e pego um pedaço da pizza que sobrou da noite anterior e começo a comer sentada na sala assistindo a FOX e o Luis chega e se senta ao meu lado. - Como está o minha atriz favorita? pergunta ele sendo sarcástico. - Só não estava afim de ir para a escola hoje - respondo dando uma mordida na pizza. - Tudo bem - ele fala se levantando do sofá. - Vou ter que dar uma saída e só volto durante a noite o.k? - ele fala pegando suas chaves. - O.k - respondo. Fico esperando dar 13:00 aqui em New Jersey enquanto no Brasil vai ser 14:00, hora que o Phelipe está em casa enquanto isso fico conversando por mensagens com o Mack e ela manda uma mensagem.
1 nova mensagem De: Mackelroy 15 março 13:05 PM Tchau! Até mais tarde. O nosso passeio amanhã ainda está pra acontecer? 1 nova mensagem De: Bianca 15 março 13:06 PM Claro!!! Eu até acho o Mack uma pessoa legal gosto muito dele, mas se fossemos pra ter algum tipo de relacionamento seria mais complicado, ela é de New York e eu New Jersey, tudo bem que são cidades vizinhas mas não daria certo eu ficar indo para New York a todo momento para se encontrar com o ele. O Phelipe puxou assunto no Kik e começamos a conversar a tarde toda.
1 nova mensagem De: Phelipe 15 março 13:10 PM Oi Bia, como estão as coisas por ai? 1 nova mensagem De: Bianca 15 março 13:11 PM Está tudo bem, nem fui pra escola hoje, não estava muito afim. 1 nova mensagem De: Phelipe 15 março 13:11 PM Hmm… Estou ansioso para viajar logo, quero conhecer toda New Jersey! 1 nova mensagem De: Bianca 15 março 13:12 PM Eu também, onde vamos se encontrar? 1 nova mensagem
De: Phelipe 15 março 13:13 PM Decidimos isso depois, Bia posso fazer uma pergunta? 1 nova mensagem De: Bianca 15 março 13:14 PM Claro, pode fazer. 1 nova mensagem De: Phelipe 15 março 13:15 PM Phelipe: Teria alguma chance de acontecer algo entre eu e você?”
(SEIS) Depois que o Phelipe me fez aquela pergunta claro que respondi não, ficamos conversando mais um pouco depois ele teve que sair para arrumar suas malas e organizar os papeis da transferência da escola, fiquei trocando umas mensagens com o Mack até tarde, sim o nosso passeio está de pé, o Mack é um doce de pessoa acho que é o garoto mais fofo que eu conheci até agora, fui me deitar às 00:47 da madrugada escutando música e pensando na vida, oque será que ela está me preparando para o futuro? Se é uma coisa legal ou algum ruim. Me acordei às 06:00 em ponto, desci as escadas para
tomar o café-da-manhã e lá estavam meus pais, sempre já preparados para um dia longo de trabalho. - Oque tem para o dia hoje Bia? - pergunta a mamãe. - Nada de mais, só vou ao Central Park hoje a tarde com o Mack - respondo comendo meu omelete que a mamãe preparou. - Que ótimo! Se divirta e não chegue tarde! - responde a mamãe pegando sua bolsa e saindo junto com o papai. - Obrigado mãe - respondo. Meus pais saem bem cedo para o trabalho enquanto meu irmão fica dormindo no quarto dele até tarde, fico sozinha todas as manhãs até às 07:00 hora que saio para esperar o ônibus na parada, o ônibus passa primeiro pela rua do Ronnie então sempre que entro ele já está lá sentando me esperando, entro no ônibus e me sento ao lado dele.
- Bom dia - falo me sentando. - Bom dia Bia. - ele responde olhando pra mim. - Hoje vou ao Central Park, tenho meio que um encontro com o Mack - digo. - Hmmmm… - responde o Ronnie com más intenções. - Para de ser bobo - respondo dando uma risada. - E aquele seu amigo, Phelipe? vem quando? - pergunta o Ronnie. - Ah o Phelipe chega amanhã, vai viajar nessa madrugada pra chegar de manhã bem cedo - respondo. - Hm… o.k - fala o Ronnie. Chegamos na escola e hoje teremos três aulas de literatura e duas de matemática, gosto das aulas de literatura a aula acabou às 10:00 e fui para o refeitório, fiquei escutando música e pensando na pergunta do Phelipe, “Teria alguma chance de acontecer algo entre eu e você?” “eu e você, eu e você, eu e você” Mas por que
eu estou pesando nisso? Credo! Mandei uma mensagem para o Mack.
1 nova mensagem De: Bianca 16 março 10:25 AM Te vejo mais tarde! (: E depois uma para o Phelipe.
1 nova mensagem De: Bianca 16 março 10:27 AM Tenha uma ótima viagem! Depois disso fui pra sala antes mesmo do sinal ter tocar e fiquei sozinha lendo A Culpa É Das Estrelas, é sobre uma garota chamada Hazel Grace que tem problemas respiratórios e um garoto Augustus Waters, acho que é um dos melhores livros que já li, o sinal toca e os alunos começam a entrar na sala, de repente a Sarah aparece
e fica me encarando, a cara por favor! Ela acha que eu sou um desses que vê algo e sai espalhando pelo mundo a fora? O Ronnie entra na sala e senta-se na carteira em frente a minha como de costume, o professor Litch entra na sala e da bom dia a turma e o assunto de hoje é Aritmética, odeio matemática como se algum dia eu vou chegar no super-mercado e pedir X%2=67y de maçãs. O.k essa conta pode até nem existir mas eu ainda continuo odiando matemática. Até que a aula hoje passou rápido, sai da escola e tive que passar na biblioteca pra entregar o livro que peguei emprestado, fui correndo pegar o ônibus antes que ele fosse embora, cheguei em casa era 12:30 em ponto e da minha casa ao Central Park é uns quarenta minutos então tive que correr contra o tempo pra chegar lá às 14:00, não queria deixar a Mack esperando, sai de casa e cheguei ao Central Park de 13:37 ainda bem que foi antes do Mack, fiquei sentada embaixo de uma Árvore escutando música o Mack chegou em seguida, chegou por trás tapando meus olhos.
- Adivinha quem é? - risos. - Hm… deixa-me ver… - Ronnie é você? falo dando uns risos. - Não… - ela responde. - Hm… Mack? - pergunto. - Acertou - fala ele rindo e sentando na minha frente. - Eu já sabia que era você seu bobo respondo. - Jura? - ele fala rindo. - Então como foi sua manhã? - ele pergunta. - Uma manhã normal de qualquer adolescente - respondo. - Hm… legal, você está mais fofa do que nunca hoje! - fala ele apertando minhas bochechas. Fico meio envergonhada, nunca fui de ter esses tipo de contatos físicos com um garoto. - Obrigada, você está lindo. - falo envergonhada. - Obrigado - ele responde. O Mack veio de calça cinza com uma camisa branca e um nome estampado “Flew me to places I’d never been” que traduzindo ficaria “Me levou para lugares
que eu nunca estive” não entendi bem o por que daquela frase, mas ele estava lindo, sempre carregando sua câmera da marca Nikon tirando fotos de tudo, ela pediu pra eu pegar o meu iPod segurar com as duas mãos e colocar na frente do rosto mostrando o logotipo da Apple para tirar uma foto “Fake” e ficou bem legal mesmo, depois disso ficamos jogando papo furado durante a tarde e formos caminhando até o lago onde tinha uma vista linda do Pôr-do-Sol, ficamos em pé um ao lado do outro admirados com a beleza da natureza, que restava no meio de uma cidade que não para de crescer, ela segurou minha mão, fiquei sem reação no momento e ele ficou na minha frente, rosto a rosto, ele segurou a minha outra mão e me deu um beijo, de olhos fechados começamos a se beijar os seus lábios leves e macios, nunca tinha sentindo aquela sensação antes, era uma sensação inexplicável, indescritível em meio ao beijo ela falou baixinho “Bia, eu estou gostando de você…” Mas como? eu só conheço ele a alguns dias e já está gostando da minha
pessoa? Depois disso tive que ir para casa já estava ficando tarde e amanhã eu tinha que mostrar a cidade para o Phelipe que ia chegar amanhã de manhã, cheguei em casa e não consegui jantar, fui direto para o meu quarto e se joguei na cama coloquei os fones e comecei escutar música, estava tão confusa que nem me lembrava do mundo lá fora a não ser aquele beijo no Central Park.
(SETE) Me acordei com meu iPod alarmando hoje é 18 de Março e o acho que o Phelipe já está para chegar, fiquei deitada um pouco pensando no beijo que a Mack me deu ontem no Central Park foi uma sensação incrível mas tirando o fato dela ter falando que estava gostando de mim, alguns minutos depois o Phelipe me mandou uma mensagem.
1 nova mensagem De: Phelipe 18 março 09:25 AM Já estou em New Jersey! A cidade é linda!
1 nova mensagem De: Bianca 18 março 09:26 AM Sério? Bem vindo!!! 1 nova mensagem De: Phelipe 18 março 09:26 AM Estou na escola agora fazendo a matricula, podemos se ver às 10:00 na praça de eventos do shopping? 1 nova mensagem De: Bianca 18 março 09:27 AM Claro, vou me arrumar, te vejo daqui a pouco. 1 nova mensagem De: Phelipe 18 março 09:27 AM Tchau.
Ai caraca nem acredito que o Phelipe já está em New Jersey! Sai do meu quarto e fui correndo para o banheiro no caminho me esbarrei com a mamãe. - Cuidado Bia, pra onde vai com essa pressa toda? - ela pergunta. - O Phelipe já está em New Jersey! Vou se encontrar com ele agora no shopping respondo super animada caminhando para o banheiro. - Hm… O.k, mas tenha cuidado - ela fala. - O.k mãe! - berro do banheiro. Coloquei a minha camisa favorita, fui de calça cinza com meu VANS azul claro, moro bem perto ao shopping fui caminhando bem rápido e fui direto pra praça de eventos, cheguei às 09:57 e o Phelipe ainda não tinha chegado, se passaram mais dez minutos e ele ainda não tinha aparecido, imaginei que ele tinha desistido mas ele chegou às 10:10, eu estava segurando um copo de café da Starbucks Coffee quando vejo ele vindo em minha
direção de All Star vermelho, calça preta uma camisa cinza mais uma touca preta, olhos pretos e cabelo preto ele é lindo, estava com um sorriso estampado no rosto olhando em minha direção, ele ficou na minha frente. - Oi - ele falou dando um riso bobo. - Oi - respondo rindo também. - Mais uma vez, bem vindo a New Jersey! falo. - Obrigado - ele responde rindo. - Não da pra acreditar que você está aqui mesmo - falo dando um gole no meu café. - Mas eu estou, posso te dar um abraço? ele pergunta. - Claro - respondo. Se abraços ali mesmo na frente da Starbucks Coffee, as pessoas ficaram nós olhando, mas o que tem de mais em um abraço? Pude sentir o seu corpo se juntando ao meu e ele é um pouco forte, seus braços eram malhados. Depois daquele abraço ficamos passeando pelo
shopping e nos conhecendo melhor, o Phelipe é um garoto mais interessante do que eu imaginei, o pai dele deu alguns dólares pra ele comprar suas primeiras coisas na cidade ele comprou algumas besteiras nas lojas eletrônicas, depois disso saímos do shopping e formos caminhando até a minha casa e ele pra casa que o pai dele acabou de comprar na rua Hamilton, passamos por uma rua meio deserta com pouco movimento. - Então Bia, enquanto a pergunta que eu te fiz qual é a resposta? - o Phelipe pergunta. - Eu não sei, eu gosto muito de você mas isso é complicado - respondo olhando para um tordo que passava por ali. - Poderíamos tentar agora… - ele fala. - Oi? - faço que não escutei. - Poderíamos tentar agora - ele repete falando baixinho. Fico encostada na parede de uma casa aparentemente abandonada enquanto os nossos lábios iam se aproximando,
entramos em um clima onde parecia só existe ele e eu naquele momento, tudo o que existe ao redor some na minha imaginação, seus lábios estavam gelados devido ao clima frio de New Jersey por incrível que pareça eu estava gostando daquilo, coloquei minhas mãos em seu rosto e ele coloca as suas mãos acima da minha cintura, o Phelipe é muito gato ele tem um corpo desses adolescentes que estão em boa forma, eu estava super atraída por ele nesse exato momento, ficamos ali por uns dez minutos naquela clima indescritível e totalmente incrível. Formos parando lentamente e o Phelipe foi se afastando de mim, ficamos a alguns centímetros de distância e ficamos trocando um olhar que aparentemente parecia ser infinita. - Então, gostou? - o Phelipe pergunta olhando nos meus olhos. Fico em silêncio por alguns segundos. - Foi incrível - falo baixinho. - Esta ficando tarde - ele fala.
- É mesmo, tenho que ir pra casa respondo. - Podemos se ver amanhã de novo? - ele pergunta. - Claro - respondo. - Então é melhor irmos logo como eu disse, esta ficando tarde. - O.k - digo baixinho. Se separamos indo para caminhos diferentes, quando o Phelipe estava se distanciando e grita. Bia! - ele vem correndo em minha direção e me da um abraço bem apertado e um beijo na bochecha. Depois disso fui pra casa e ele foi para a dele. Fui direto para o meu quarto e se joguei na cama, coloquei meus fones e comecei a escutar a música Red da Taylor Swift, eu acho que finalmente encontrei o alguém da minha vida que aquela música se tratava, fiquei imaginando o Phelipe e eu, eu gostei muito, fui sendo consumida pelo cansaço e cai no sono.
(OITO) Tump! Tump! Tump! Um som estranho invade a minha mente que começa a me trazer para a realidade, Tump! Tump! Tump! Mas que som chato é esse? Levanto da cama apenas de camiseta e shorts pra procurar da onde vem esse som irritante, desço as escadas e aparentemente estou sozinha em casa, como sempre meus pais já estão no trabalho e o Luis deve está como seus amigos de costume, Tump! Tump! Tump! o som vem da entrada da casa, será que tem alguém na porta? Espero que não, não estou afim de receber visitas em pleno sábado e também não estou vestida para receber visitas. Tump!
Tump! Tump! – Já estou indo! - Grito da cozinha. Seja quem for deveria usar a campainha em vez de bater a porta. Caminho até a entrada da casa e dou uma espiada pelo olho mágico, meu Deus! É o Phelipe! Como ele descobriu aonde eu moro? Seja como for é melhor eu receber ele. Abro um pouco a porta para dar uma espiada e ele está com as mãos dentro dos bolsos, com uma calça jeans cinza, uma camisa branca sem mangas da DropDead que é incrivelmente linda, usando um VANS vermelho e uma touca preta, lindo, incrivelmente lindo, ele olha pra mim e faz uma expressão de intruso. – Oi - ele fala meio tímido. – É… Oi, é que eu não esperava a sua visita, eu nem sabia que você sabia onde eu moro, e além de tudo eu só estou de camiseta e shorts - falo me escondendo atrás da porta. – Desculpa, eu te acordei? Eu não sabia que você estava dormindo, só queria fazer uma surpresa - fala ele timidamente. – Não, está tudo bem, é que se você não
se incomoda por eu está só de camiseta e shorts. – Ah, tudo bem, não tem problemas. – Sendo assim, tudo bem - falo abrindo a porta. O Phelipe entra e em seguida eu fecho a porta, ele fica no corredor e me olha de baixo para cima e não fala nada - Bem, para começar, como você descobriu aonde eu moro? - pergunto. – Você me contou ontem a rua que morava, mas não sabia o número da casa então me lembrei que no Kik você deixa a localização ativada e lá tinha o número da sua casa, 1665, então eu quis te fazer uma surpresa - ele fala rindo. – Uau, isso é tão… Stalker - Falo caminhando até a sala. - Vem, pode entrar não vamos ficar o dia todo no corredor completo a frase. – Cade os seus pais? - o Phelipe pergunta. – Meus pais estão no trabalho e só voltam às 19:00 e meu irmão Luis deve está na casa de algum amigo e também só volta
durante a noite. Então eu e você estamos sozinhos - falo indo até a cozinha. – Sozinhos? – Sim - Respondo. - Quer comer ou beber alguma coisa? Refrigerante? Suco? Água? Café? - Pergunto. – Não, não, antes de vir para cá eu passei na Starbucks e bebi um Frappuccino. Obrigado - ele responde. – Ah, o.k, eu não costumo sair de casa nos fins de semana, normalmente fico no meu quarto usando o computador, no iPod conversando com alguns amigos ou as vezes lendo algum livro. Ah, e também gosto muito de tirar fotos - falo sentando no sofá ao seu lado. – Fotos? Que tipo de fotos? - ele pergunta. – Essas fotos iguais as do Tumblr respondo. – Sério? - eu amo tirar fotos. – Sim, eu gosto de tirar fotos de tudo, menos de mim mesma, eu vejo beleza em tudo, em um sorvete, em nuvens, em Donuts, em cafés da Starbucks, menos em mim mesma - Falo olhando para ele. – Eu também sou assim - Phelipe
responde. – Eu tenho uma câmera da Nikon lá em cima no meu quarto, poderíamos tirar algumas fotos - falo. – Eu também tenho uma câmera da Nikon, eu não gosto muito da Canon, é a mesma coisa de não gostar da Samsung e gostar da Apple, eu sou assim - ele fala normalmente. Vou na frente guiando o Phelipe e ele vem atrás, subimos as escadas formos até o fim do corredor onde fica o meu quarto, o primeiro quarto é o do Luis, abro a porta e o Phelipe entra. Fique à vontade - Falo para ele. Gosto do meu quarto, ele é legal, eu acho, de um lado a minha cama totalmente bagunçada, do outro lado meu computador, do lado uma pratilheira cheia de livros que costumo ler quando tenho um tempo livre, do outro um quadro na parede cheio de fotos que eu mesmo tirei, na borda do teto algumas luzes natalinas e também no teto algumas estrelas florescentes, do outro lado uma janela com
a cortina da Inglaterra onde os raios de Sol tentam entrar mas não conseguem, jogado no chão o meu par de VANS preto e meu par de All Star vermelho, do lado da cama uma xícara que tomei café a dois dias atrás, meu iPod jogado em cima da cama e minha câmera junto a mesa do computador. Se sento na poltrona do computador e o Phelipe se senta na minha cama. – Posso mexer no seu iPod? - ele pergunta. – Claro, como eu disse antes, fique à vontade. – Seu quarto é legal, eu queria ter um quarto mais ou menos igual ao seu quando eu morava no Brasil, mas não se encontra essas coisas por lá, vou tentar aqui agora ele fala observando o quarto. – Obrigado - falo segurando a câmera. – Vou tentar começar uma vida nova aqui em New Jersey, esquecer os problemas do Brasil, deixar o passado para trás e vou viver o que estou passando aqui agora Ele fala olhando na minha direção.
– Bem, você já tem a mim - Respondo. – Obrigado - ele fala. - Os produtos da Apple no Brasil são muito caros, aqui são quase de graça. – É, é legal isso - digo concordando. – Não só isso, tipo, vocês tem as estações do ano perfeitamente, isso é incrível, vocês tem neve no natal, tudo nos Estados Unidos é incrível - O Phelipe fala de uma maneira fascinado. Passamos a manhã conversando como era a vida do Phelipe quando ele morava no Brasil e conversando sobre a minha vida em New Jersey, usando o computador, assistimos alguns vídeos, escutamos algumas músicas, o Phelipe e eu temos o mesmo gosto musical, tirando algumas fotos, formos no jardim, se divertimos, rimos, voltamos para dentro de casa, formos pra cozinha, fizemos uns mistos quente e lanchamos, tiramos mais fotos, fiz pipoca, assistimos um filme no computador, vimos o dia passar pela pequena janela do meu quarto onde o Sol
insistia entrar mas com todas as tentativas sem sucesso, o filme acabou, tiramos mais algumas fotos sentei na cama do lado da cabeceira e o Phelipe do outro lado, ficamos em silêncio. – Que horas são? - o Phelipe quebrou o silêncio com a pergunta. – Hm… 17:43. Por quê? Você já tem que ir? - pergunto. – Não, pode ser às 18:30 mais ou menos ele responde. – Mais ou menos - repito. – Por que? Ficou triste? - ele pergunta dando um sorriso idiota. – Não exatamente, é que você fez o meu dia ser legal. Obrigado - falo olhando nos seus olhos. – Você é minha única amiga. – Então quer dizer que depois que você fizer mais amigos vai me esquecer? pergunto. – Nãaaao! Eu não quis dizer isso - ele responde se defendendo. – Está tudo bem, é que tipo, eu acho meio
surreal, eu, você, nós, é meio difícil de acreditar. Um garoto que eu conheci no Instagram está no meu quarto! Isso é meio que loucura - digo rindo. – Destino? - ele responde com o tom de dúvida olhando nos meus olhos. – Talvez - respondo – Bia - ele fala. – Eu – falo olhando nos olhos dele. Ele se levanta e se senta na cama ao meu lado e fala - Eu gosto de você. – Gosta como? - pergunto. – Não quero ser precipitado, mas eu gosto de você - ele fala segurando a minha mão e olhando nos meus olhos. Ficamos em silêncio e tudo oque eu escutava era a minha mente “Eu gosto de você. Eu gosto de você. Eu gosto de você.” Fomos se aproximando e nossos lábios se encostaram, um beijo lento, intenso, de maneira que eu ia se entregando totalmente a ele, eu estava mais uma vez sentindo algo, algo indescritível, mas eu me lembro de ter sentindo isso antes no
nosso primeiro beijo, eu estava sendo consumida por ele, o beijo foi ficando mais intenso, tirei a sua camisa e cara, meu Deus, como o Phelipe fica sexy sem camisa, como ele fica sexy só de jeans cinza e Vans vermelho. Ele tirou a minha camiseta e ficou em cima de mim, mordendo o meu pescoço de leve a sensação é incrível, eu sinto prazer, de modo que nossos membros se encostam eu estava ficando mais excitada, eu estava muito excitada, coloquei a mão dentro da calça dele, ele estava me fazendo gemer de prazer, estava tudo muito bom. Tump! Tump! Tump! MERDA! MERDA! MERDA! Meu irmão chegou em casa.
(NOVE) Uma semana depois que o Phelipe e eu estávamos a sós no meu quarto e meu irmão chegou inesperadamente, foi um desespero total, tivemos que se arrumar nas pressas, por sorte que o Lipe estava apenas sem camisa, apresentei o Phelipe para o Luis e ficou tudo o.k, ainda bem, eu não queria ser pega pelo meu irmão, o Phelipe foi embora assim que o Luis chegou, o Luis até convidou pra ele ficar para jantar com a gente mas ele disse que já estava ficando tarde e tinha que chegar em casa, meus pais chegaram uma hora depois e jantamos todos juntos, contei para eles que tinha passado o dia com o
Phelipe e eles acharam legal que eu estava fazendo novos “amigos” e por falar em amigos, já faz alguns dias que eu não vejo o Ronnie, vou passar na casa dele hoje. – Mãe, vou passar o dia na casa do Ronnie hoje! - falo descendo a escada. – Não precisa gritar Bia, estou logo aqui ela responde sentada na mesa da cozinha lendo o jornal. – Ah, desculpa, enfim, vou passar o dia na casa do Ronnie, já faz alguns dias que não vejo ele e estou com saudades daquele colecionador de cases - falo se sentando na mesa junto a ela. – Tudo bem, o seu pai e eu vamos sair hoje a noite. Aniversário de casamento ela fala com um sorriso no rosto. – Ai meu Deus! Eu tinha me esquecido que hoje é o aniversário de casamento de vocês! - falo se levantando para abraçar ela. – Não precisa disso tudo Bia, você está mais animada do que eu - ela fala rindo. – Mas é claro! Quantos anos? - Pergunto abraçando ela.
– Vinte e dois - Ela responde. - Obrigado por estar tão feliz por mim. – Eu te amo mãe - respondo dando um beijo na bochecha dela. - O.k, o.k, preciso me arrumar o Ronnie pediu para eu chegar na casa dele às 11:00 - falo indo em direção ao banheiro. – Tá - ela responde. - Vou deixar cinquenta dólares em baixo do vazo caso você vá a New York, eu sei que o Ronnie e você sempre inventam de dar uma escapada por lá. – Obrigado mãe! – falo de dentro do banheiro. Ao sair do banheiro a mamãe já não está mais em casa e o papai deve estar em algum lugar reservando um restaurante para hoje à noite, e comprando algum presente pra mamãe, subo as escadas e vejo duas mensagens do Ronnie no iPod.
2 novas mensagens De: Ronnie 26 março 10:45 AM Cade você? Está atrasada. Quando estiver vindo, eu sei que o caminho que você passa tem uma Starbucks, pode comprar meia duzia de Donuts? Te pago quando chegar. Chegando na Starbucks sou atendida por uma mulher, aparentemente tinha vinte e cinco anos, cabelos castanhos, olhos pretos. E em seu crachá tem escrito; Katherine. Nome bonito penso. - Bom dia. Qual o seu pedido? - ela pergunta. – Oi? - pergunto. – Bom dia. Qual é o seu pedido? - ela pergunta de novo. – Hm… Seis Donuts: três de chocolate, um de morango e dois de amendoim - falo. Hm… e mais um café expresso - respondo olhando para as vitrines cheias de Donuts.
– Fica no total de quinze dólares - ela fala. – O.k - respondo. Pago e pego a nota e vou até o balcão onde esperamos os pedidos, sou o número cinquenta e seis, incrível que a essa hora da manhã já tenha saído tantos pedidos, as pessoas hoje em dia tem preguiça de fazer o seu próprio café-da-manhã. Cinquenta e seis! escuto o homem chamado o meu número, levanto a minha nota para que ele possa me ver, e ele vem até mim com o meu pacote em uma mão e na outra segurando o café expresso, dou a nota para ele, ele checa para ver se sou o número cinquenta e seis e em seguida a rasga no meio e me entrega o pacote e o café. 11:07, toco a campainha da casa do Ronnie e ele mesmo me atende. – Está atrasada - ele fala abrindo a porta. – Não tenho culpa se a população americana é tão preguiçosa ao ponto de não fazer o seu próprio café-da-manhã e recorrem a todo estabelecimento que
tenha a aparência de um fast-food respondo entrando. - Cade seus pais? pergunto. – Trabalho - ele responde fechando a porta. – Ah, tá - digo. – Trouxe os donuts? - o Ronnie pergunta. – Sim - respondo dando o pacote a ele. – E esse café? - ele pergunta. – É meu ué - respondo. - Tá de olho no meu café também? - completo. – É que estou um pouco aéreo ainda, acordei a pouco tempo - ele fala. – Então por que me mandou mensagem dizendo que eu estava atrasada? – Você sabe, só para te irritar - ele responde de boca cheia de donuts. – Ah, é típico de um Ronnie - retruco. Ficamos na casa do Ronnie até o começo da tarde e formos pra New York, pegamos uma sessão no cinema às 14:30 e assistimos um filme patético que ele queria muito assistir, depois formos andar pela cidade um pouco e por fim chegamos ao
Central Park e ficamos sentados na grama conversando, citei o nome do Phelipe algumas vezes e o Ronnie disse que eu estava falando demais desse garoto, e que não queria ser trocado por ele, falei que não sou dessas pessoas que conhece alguém e deixa de lado os amigos, formos na Burger King e lanchamos e depois pegamos o metrô para chegarmos a New Jersey, desci duas estações antes do Ronnie por que ficaria melhor para eu chegar em casa, chegando em casa não tinha ninguém, o Luis tinha saído como sempre e a mamãe e o papai estavam comemorando o aniversário de casamento deles dois, mandei uma mensagem para o Phelipe.
1 nova mensagem De: Bianca 26 março 20:25 PM Boa noite! Como foi seu dia?
Alguns minutos depois o Phelipe me respondeu.
1 nova mensagem De: Phelipe 26 março 20:30 PM Olá Bia! Boa noite, o meu dia foi ótimo, mas teria sido melhor se estivesse passado com você. E você, como vai? E assim começamos uma conversa longa e duradoura, eu estava cansada, meus dedos já estavam dormentes, meus olhos ardiam.
1 nova mensagem De: Bianca 26 março 23:06 PM Phelipe, vou dormir, estou cansada. 1 nova mensagem De: Phelipe 26 março 23:06 PM O.k, Bia, podemos se encontrar amanhã?
1 nova mensagem De: Bianca 26 março 23:07 PM Claro, na minha casa ou na sua? 1 nova mensagem De: Phelipe 26 março 23:07 PM Na minha? 1 nova mensagem De: Bianca 26 março 23:08 PM Certo, na sua. 1 nova mensagem De: Phelipe 26 março 23:08 PM Boa noite Bia, até amanhã. 1 nova mensagem De: Bianca 26 março 23:08 PM Boa noite, Phelipe.
(DEZ) “Bia? Você está acordada? Você está atrasada para a escola!” Escutei a mamãe falando atrás da porta, hoje o dia vai ser cansativo, as férias de prima-vera acabaram e a rotina corrida está de volta. Levantei da cama e fui andando lentamente até o andar de baixo, eu estava com tanta preguiça que se caísse no chão, pegaria no sono. – Bom dia! - a mamãe exclamou como se ontem tivesse sido a melhor noite da vida dela. – Bem, só se for pra você - respondi. – Mais animo Bia, hoje é dia de volta às
aulas. – Mãe, entenda, não da para ter animo quando se trata de escola - respondi dando um gole no copo de leite. – Bia, pare de ser preguiçosa. – Tá bom mãe, vou pro banho - falei indo até o banheiro. – O ônibus vai passar às 07:30, esteja pronta, o seu irmão vai para uma entrevista de emprego hoje à tarde - a mamãe fala caminhando até a porta. Tchau Bia! Tenha um bom dia na escola, eu te amo! - ela completa a frase. – Eu também te amo mãe! - grito do banheiro. Saio de casa às 07:23 e o ônibus ainda não passou, vou caminhando até a parada, o dia está nublado nem parece que já chegou o verão, chego na parada e as ruas estão vazias, cheguei até o momento de pensar que aconteceu algo de errado e tinham prorrogado as férias de prima-vera, mas quando olho pro lado avisto o ônibus de longe, questão de segundos para ele
chegar na parada, entro no ônibus e avisto o Ronnie, sentado no assento do lado da janela na terceira fileira do fundo, apesar de ter passado o dia com ele ontem, eu estava com saudades dessa rotina de convivência durante a semana com ele, vou caminhando até o fundo do ônibus e sento ao lado dele. – Bom dia - digo. – Oi? disse algo? - ele pergunta. – Eu disse Bom dia Ronnie - repito. – Ah, desculpa estava com os fones, não escutei direito. Bom dia - ele responde tirando os fones. – Isso é típico de um Ronnie - Falo. – E o Phelipe? - o Ronnie pergunta fazendo abre aspas e fecha aspas com os dedos. – Acho que ele vai estar hoje na escola respondo. – Qual turma? - ele pergunta. – Não sei, talvez a nossa, talvez - falo. – Talvez - o Ronnie repete.
Ficamos o resto do caminho calados até chegarmos na escola, o mesmo caminho de sempre, as mesmas casas, as mesmas pessoas só a paisagem um pouco diferente devido ao fim do inverno e o começo do verão, chegamos na escola e como sempre eu tive que avisar ao Ronnie que já chegamos, descemos e o Ronnie foi cumprimentar os amigos dele e eu fui direto pra classe, olhei pelo vidro da porta só tinha uma pessoa na classe, e adivinha quem era? O Phelipe! Ele estava dentro da sala sentado na carteira ao lado da minha, achei muita coincidência tudo isso, empurrei a porta devagar e entrei na sala e ele se virou. – Bia? - Ele falou meu nome no tom de surpresa. – Eu não sei o que dizer, só sei que estou feliz que vamos estudar na mesma sala falei indo em direção a minha carteira. – É, eu não esperava tudo isso, quer dizer, mais ou menos, mas é legal. Cade todo mundo? - ele pergunta.
– Hoje é o primeiro dia de aula depois das férias de prima-vera, estão todos lá fora, tipo, matando as saudades - respondo sentando. – Ah, entendo, aqui é bem diferente mesmo do Brasil - ele fala. Ficamos na sala conversando um pouco até as pessoas começarem a chegar, aos poucos e a classe foi enchendo, o Phelipe parecia estar tenso, eu também ficaria se fosse comigo no Brasil. às 08:00 o sinal tocou e o professor Jefferson entrou na sala. – Sentem-se todos por favor. Alunos, sejam bem vindos de volta a Montgomery High School, espero que todos tenham aproveitado bastante as suas férias de prima-vera. E quero apresentar para vocês o nosso novo colega de classe. Levante-se por favor e venha até a frente da classe se apresentar.
O Phelipe olhou para mim e com um olhar de medo, ele se levantou e todos começaram a olhar para ele. – É, eu me chamo Phelipe, Phelipe Singleton, tenho 16 anos e vim morar em New Jersey com meu pai, mas sou Brasileiro - ele falava olhando para todos os lados com se seus olhos fossem dois raios laser’s, e a sala toda o cumprimentou com um “Oi” em coral. – Muito bem Phelipe, pode se sentar - o professor Jefferson falou. Depois que o Phelipe se apresentou tivemos duas aulas de física e uma de geografia e formos todos para o intervalo, o Phelipe preferiu ficar na sala durante o seu primeiro dia de aula enquanto eu e o Ronnie formos para o refeitório, ficamos conversando até o sinal tocar de novo e voltamos pra sala e tivemos duas aulas de artes com a professora Sussan, o Phelipe teve que se apresentar de novo mas dessa vez só para
a professora, o sinal tocou, hora de ir para casa. – Você quer ir lá em casa Bia? - O Ronnie me perguntou. – Eu adoraria Ronnie, mas eu marquei de passar a tarde hoje na casa do Phelipe, pode ser na próxima? - perguntei. – Ah, claro… - o Ronnie respondeu com um tom meio triste e como se ele estivesse sendo substituído. – Tchau Ronnie, até amanhã – falei ascenando. – Tchau Bia - ele respondeu. Fui até o Phelipe para podermos pegar o ônibus. - Vamos? - falei. – Claro - ele respondeu. Ele foi na frente e eu o segui até entrarmos no ônibus, sentamos nos últimos assentos. – Você sabe que eu moro a duas ruas de distancia da sua casa né? - ele falou me olhando. – Sim, sim, mas não sei qual é a casa -
respondi. – O.k, hoje você vai saber - ele falou. Fui escutando música no meu iPod e o Phelipe foi observando a paisagem, pude ver no seu rosto como estava impressionado com tanta novidade em apenas um dia. O Luis já deve estar se arrumando para ir na entrevista de emprego como a mamãe disse, e meus pais estão trabalhando com certeza, chegamos na rua que o Phelipe mora, descemos no ponto de ônibus, ele na frente e eu atrás. – Bem, qual é a sua casa? - perguntei. – É logo aquela ali - ele apontou para amostrar. – Bonita casa - falei. - Obrigado - eu que escolhi. – O.k, vamos lá. - Ele falou e formos caminhando até a casa dele. O Phelipe pegou as chaves de dentro da mochila e abriu a porta e entramos, a casa estava em perfeito
estado, bem organizada e a decoração bem simples e ao mesmo tempo muito bonita. – Cade seu pai? - perguntei tirando a mochila das costas. – Está trabalhando, só volta às 9:00 da noite. Quer beber algo? - ele perguntou indo até a cozinha. – Suco de laranja? - pergunto. – Sim. - Ele respondeu tirando a jarra de dentro da geladeira. Peguei um copo e ele encheu a ponto de quase transbordar. – Bia, vou tomar um banho, você pode me esperar? – Claro - respondi indo até a sala. – O.k - ele retrucou. A casa ficou um silêncio até o momento em que só escutava o barulho da água caindo do chuveiro, fiquei andando pela sala durante uns treze minutos até o momento que a porta do banheiro abriu. Bia, eu esqueci a toalha, pode pegar uma para mim por favor? - o Phelipe perguntou com a porta um pouco aberta. – Sim, mas onde estão? - perguntei.
– Tem uma na cama do meu quarto - ele respondeu. - Certo, mas aonde fica o seu quarto? perguntei rindo. - Lá em cima. Primeira porta da esquerda respondeu ele. – O.k - falei. Fui até o quarto dele, quarto bacana, simples como a decoração da casa mas bem confortável, peguei a toalha e fui até a porta do banheiro. – Aqui - falei. – Obrigado - o Phelipe disse. Ele colocou a mão por uma pequena brecha na porta e ao invés de segurar a toalha ele segurou a minha mão. – Lipe - eu disse. – Bia - Ele retrucou. E ele foi me puxando para dentro do banheiro, por incrível que pareça eu não queria resistir, eu queria ir. Quando eu percebi eu já estava dentro do banheiro com a porta fechada e o Phelipe estava só de cueca box preta, malhado, com aquele corpo, tão sexy, e como ele é sexy.
– Eu só acho que está cedo demais para fazermos essas coisas - falei olhando dentro dos seus olhos. – Bia... - ele apenas falou o meu nome e ficou me encarando. Formos nos aproximando e começamos a se beijar, lento e intenso ao mesmo tempo, incrível e indescritível, o Phelipe colocando as mãos por dentro da minha camisa e isso estava me deixando muito excitada, tirou a minha camisa e começamos a dar uns amassos, ele mordendo meu pescoço e chupando me fazendo gemer, comecei a chupar e morder levemente o seu pescoço e fui descendo lambendo seu abdômen, os gominhos tão excitantes, eu escutava o Phelipe ter orgasmos, ele começou a me chupar no pescoço de novo, eu estava de calça e ele só de cueca, amassos e mais amassos, a mão dele se encontrava dentro da minha calça, o Phelipe tirou a cueca e ele estava muito excitado, seu pênis estava totalmente ereto, comecei a masturbar o Phelipe o prazer era tão intenso que ele estava de olhos fechados, os orgasmos estavam alto, comecei a fazer sexo oral no
Phelipe e masturba-lo, os orgasmos estavam ficando mais e mais grandes, o prazer o consumia por total do corpo dele. - Bia - falou ele em meio aos orgamos. - Oi - falei enquanto masturbava ele. – Eu vou ejacular - ele falou. A partir dai ele tomou conta de si mesmo e começou a se masturbar enquanto eu o mordia e chupava-o pelo pescoço, alguns segundos depois o Phelipe começou a gemer de prazer. – Ejaculei - o Phelipe falou bastante ofegante, ele tirou a minha calça e eu tirei a cueca dele, entramos para dentro do box e tomamos banho juntos, a água escorrendo pelos nossos corpos como se fossemos apenas um corpo. Os beijos profundos e totalmente indescritíveis... Foi tudo tão indelével.
QUASE REALIDADE CONTINUA..