Trabalho realizado por: -Ana Pinto 10ºB Nº2 -Beatriz Ribeiro 10ºB Nº7 -Carlos Pereira 10ºB Nº8 -Cristiana Nogueira 10ºB Nº10 -Cristiana Pereira 10ºB Nº11
• Neste trabalho iremos abordar o narrador, a linguagem, o estilo e humorismo no conto “Civilização” de Eça de Queiroz . • Pretendemos com o estudo realizado demonstrar a faceta humorística do escritor, assim como a utilização de recursos expressivos, referindo, ainda, o uso de adjetivos e advérbios.
• Neste conto, a narração é feita na primeira pessoa, assumindo-se, então, que o narrador se assume como personagem. Podendo, assim, considerar-se que este é participante. Ex.: “Eu possuo …”, “Era o meu amigo comunicante.”, “ Eu atrás no burro,…” (Marcas da utilização da primeira pessoa.) • Apesar do narrador ser considerado personagem, este não coincide com a personagem principal da obra, mas sim com uma personagem secundária. Desta forma, designa-se como homodiegético. • Como a visão do narrador é a de alguém que se encontra inserido na Narrativa, conhecendo, assim, alguns aspetos de forma mais pormenorizada, sendo observador com uma focalização interna e subjetivo, pois opina sobre situações que relata, elogia, coordena e aconselha.
• A prosa de Eça de Queirós reflete a sua forma de pensar e exprime facilmente o seu modo de ver o mundo e a vida. Adjetivação:
Segmentos textuais:
Dupla
“senhora gorda e crédula”(capítulo 1); “cadeira, grave e abacial,” (capítulo 1)
Tripla
“civilização material, ornamental e intelectual” (capítulo1) “escova chata, redonda e dura” (capítulo 2)
Segmentos textuais:
Advérbios de modo:
“preciosamente” (capítulo 1) “complexamente” (capítulo 1) “inteiramente” ( capítulo 1) “alternadamente” (capítulo 1) “magnificamente” (capítulo 1) Segmentos textuais:
Diminutivos
“ermidinhas (capítulo 3)
branqueando
(…)”
“ estava na mesa a ceiazinha (…)” (capítulo 3) “enxergazinhas no chão.” (capítulo 4)
Recursos Expressivos :
Segmentos textuais:
Metáfora
“o outro comboio já esperava (…) impaciente” (capítulo 1) “vales fofos” (capítulo 3)
Hipérbole
“monumental armazém do saber” (capítulo 1) “a voz abominável” (capítulo 1 )
Comparação
“A grandeza era tanta como a graça” (capítulo 3) “Nas suas amizades foi sempre tão feliz como o clássico Orestes” (capítulo1)
Enumeração
“Depois foi o cozinheiro, com a bateria, a garrafeira, a geleira, o bocais de trufas, caixas profundas de águas minerais” (capítulo 3)
Ironia
“obras essenciais da inteligência- e mesmo da estupidez” (capítulo 1) “e, com justa prudência, para poupar espaço, o bibliotecário apenas colecionara os que irreconciliavelmente se contradizem” (capítulo 1)
Empréstimo
“foulard”(capítulo (Capítulo 2)
2),
“sunt
tyrannice
rerum”
Recursos Expressivos :
Segmentos textuais:
Personificação
“Os espertos regatos riam, saltando de rocha em rocha. Finos ramos de arbustos floridos roçavam as nossas faces, com familiaridade e carinho”. (capítulo 3)
Gerúndio
“saltando de rocha em rocha”; “Atirando uma nova vergastada (…) (capítulo 3)
Sinestesia
“(…) a frescura das águas cantantes, as ermidinhas branqueando dos altos, as rochas musgosas, o ar de uma doçura de Paraíso, toda a majestade e toda a lindeza(…)” (capítulo 3)
• Eça de Queiroz, por várias vezes, utiliza nos seus contos o Humorismo. No conto “Civilização”, o escritor utiliza-o ao referir-se, no capítulo 2, às suas escovas, caracterizando cada uma e comparando-a com algo. • No capítulo 1, ao referir-se ao bibliotecário, utiliza também o humorismo. Ex.: “(e, com justa prudência, para poupar espaço, o bibliotecário apenas coleccionara os que irreconciliavelmente se contradizem) havia mil oitocentos e dezassete!”
• Com este trabalho, percebemos que Eça de Queiroz utiliza muitos recursos expressivos e advérbios no conto. Apercebemo-nos, também, de que ele utiliza algumas ironias e descreve tudo o que o rodeia, utilizando dupla e tripla adjetivação.