Destaque - Infraestrutura elétrica - Edição 117 da revista Potência

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Boas

notícias Reportagem: PAULO MARTINS

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iante de tanta notícia ruim sobre o desempenho da economia brasileira, duas medidas governamentais anunciadas no mês de agosto trouxeram um certo alento às associações e empresas que atuam no segmento elétrico. Lançado pelo governo federal, o Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE) prevê a aplicação de R$ 186 bilhões para a expansão da geração e transmissão no País, a serem contratados entre agosto de 2015 e dezembro de 2018. Já o governo de São Paulo publicou decretos que incentivam a produção de eletricidade por parte de micro e minigeradores e a fabricação de peças para os setores solar e eólico. A expectativa é de que essas iniciativas ajudem a movimentar a cadeia de negócios nos setores envolvidos. Dos R$ 186 bilhões anunciados, R$ 116 bilhões serão aplicados em obras de geração. A previsão é de que até 2018 sejam investidos R$ 42 bilhões, e após 2018, os outros R$ 74 bilhões, que irão agregar ao sistema elétrico entre 25.000 MW e 31.500 MW. Quanto à transmissão, até 2018 deverão ser leiloados 37.600 quilômetros de linhas, totalizando investimentos de R$ 70 bilhões - R$ 39 bilhões a serem executados até 2018 e R$ 31 bilhões após esse período. Para o presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, o PIEE surge em um bom momento e deverá gerar oportunidades para as indústrias do setor. “Esta sinalização do governo é positiva e os investimentos podem representar verdadeiras alavancas para que o País possa superar o atual momento de dificuldades”, avalia.

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Investimentos anunciados pelo governo federal e desoneração de impostos em São Paulo devem estimular a indústria e a geração distribuída de energia. O executivo destaca que desde 2012, com a edição da Medida Provisória 579, as empresas que fornecem para o setor de energia têm sofrido com o baixo nível de encomendas. No primeiro semestre de 2015, o faturamento da área de GTD (Geração, Transmissão e Distribuição) da Abinee apresentou retração de 12%. Além de ampliar a oferta de energia elétrica no País, o PIEE contribuirá para que as fontes limpas e renováveis continuem predominando na matriz elétrica brasileira. A expansão prevista das fontes renováveis (excluindo hidrelétrica e pequenas centrais hidrelétricas) corresponde a quase a metade da potência adicionada, ou entre 10.000 MW e 14.000 MW. Está prevista a contratação de 4 a 6 mil MW de energia eólica; 2 a 3 mil MW de fonte solar fotovoltaica e de 4 a 5 mil MW de energia térmica a biomassa. A Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) comemorou o lançamento do PIEE. “Trata-se de uma importante iniciativa para a sustentabilidade da cadeia produtiva do setor eólico, que tem como meta a contratação de pelo menos 2 GW por ano. Com isso, mantemos os empregos criados e avançamos na capacitação para operação e manutenção dos parques eólicos que são instalados”, comenta Elbia Gannoum, presidente-executiva da entidade. Para a porta-voz, é possível afirmar que toda a indústria que atende as empresas do setor elétrico certamente será envolvida positivamente na iniciativa do governo federal, assim como todos os núcleos que fazem parte desse universo, como geradores, transmissores, distribuidores e consumidores. “Os fabricantes de equipamentos e componentes terão suas fá-


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