DESTAQUE DESTAQUE
Automação predial Automação predial
Impulso para
o setor
Aureside reúne empresas em torno do Projeto Prédio Eficiente para divulgar informações e estimular a aplicação da automação predial e
Reportagem: Marcos Orsolon 38
potência
residencial no Brasil.
Ano XI Edição 106 Setembro’14
D
ivulgar, capacitar e incentivar a utilização de tecnologias inovadoras de automação para tornar toda e qualquer edificação mais eficiente, desde a sua concepção no projeto, até sua operação e manutenção durante o seu ciclo de vida útil. Com este objetivo em mente, a Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial) criou, em março de 2014, o Projeto Prédio Eficiente, iniciativa que tem o apoio institucional da International Copper Association Brazil e conta com a participação das empresas ABB, Schneider Electric, Z-Wave Tecnologia & Automação, Finder, Neocontrol e Biltech. Vários fatores estimularam a Aureside a desenvolver este projeto. No entanto, deve-se destacar o crescimento dos investimentos em edificações eficientes e sustentáveis no Brasil, tanto para imóveis novos como para retrofits; os custos crescentes de operação e manutenção, que geram uma necessidade imediata de implantar sistemas de supervisão, gestão e controle automatizados; assim como as mudanças iminentes na política energética que tendem a forçar alterações nas relações de consumo entre condomínios e concessionárias de energia. Ou seja, são aspectos que se relacionam diretamente com as tecnologias
de automação. “Devido ao crescimento de projetos sustentáveis no Brasil, à mudança no perfil de usuários e ao aumento do custo operacional e dos recursos naturais, sentimos a necessidade de divulgar as novas tecnologias e soluções que propõem o uso racional destes recursos e que aumentam a facilidade na operação do dia a dia, bem como criar capacitação para estes novos usuários”, comenta Antonio Caramico, da Biltech. Vanessa Dezordi, da Z-Wave, completa: “O projeto consiste em apresentar novos conceitos e soluções para edificações eficientes e sustentáveis, utilizando produtos já existentes no mercado e pouco difundidos tanto para imóveis novos como para retrofits”. Rogério Ribeiro, gerente de Produtos da Schneider Electric, destaca ainda que o Prédio Eficiente tem o intuito de aproximar os administradores de edifícios comerciais e residenciais dos fabricantes de soluções inteligentes para economia de energia e para o gerenciamento do condomínio. “A aplicação destas tecnologias diminui as ocorrências de manutenção, melhorando assim o serviço prestado para os condôminos e padronizando suas instalações, diminuindo a curva de aprendizado para os administradores”, explica Ribeiro.
Para atingir estes objetivos, a iniciativa prevê a realização de diversas ações, como a realização de eventos para a divulgação técnica dos novos conceitos de projeto para edificações eficientes e sustentáveis, voltados para profissionais como arquitetos, engenheiros e projetistas; eventos para divulgação dos aspectos de operação e manutenção de edificações eficientes e sustentáveis voltadas a administradores de condomínios, profissionais de manutenção predial e prestadores de serviços prediais em geral; criação de site (www.predioeficiente.com.br) para publicação do conteúdo apresentado nos eventos e artigos de interesse dos participantes do projeto; e impressão e distribuição de material gráfico respectivo. José Roberto Muratori, diretor-executivo da Aureside, destaca que o Prédio Eficiente não é só teórico e conceitual, uma vez que tem a disposição de gerar novos “cases” no decorrer do projeto. “A Aureside coordena e os patrocinadores disponibilizam equipes técnicas e equipamentos para criar projetos de eficiência energética em edificações onde os resultados possam ser mensurados e apresentados à comunidade de profissionais da área, como exemplos de redução de custos e de maior eficiência operacional”, ressalta Muratori.
Iniciativa inovadora agrada empresas participantes
G
F
E
as empresas é amigável e cooperativo. Apesar delas, em certo nível, terem alguns produtos concorrentes, na maioria das vezes elas se complementam nas soluções e garantem uma proposta mais robusta. O papel principal de cada companhia é divulgar as novas tecnologias,
D
C
soluções e a necessidade de capacitação para os novos usuários, elaborando projetos, apresentações e eventos”, afirma Antonio Caramico, da Biltech.
B
A Fotos: DollarPhotoClub
Um ponto relevante desse projeto consiste em atender as necessidades das empresas participantes, de modo que elas possam agregar valor aos trabalhos e iniciativas desenvolvidas, mesmo que, em alguns casos, elas sejam concorrentes entre si. “O relacionamento entre
Automação predial
Foto: Divulgação
DESTAQUE
Ano XI Edição 106 Setembro’14
O Prédio Eficiente não é só teórico e conceitual, uma vez que tem a disposição de gerar novos “cases” no decorrer do projeto. José Roberto Muratori | Aureside
Gustavo Vazzoler, da ABB, observa que, apesar de concorrentes, as empresas trabalham em conjunto para propagar cada vez mais o conceito de automação no Brasil. “Esperamos que cada vez mais as pessoas compreendam o que é automação e seus benefícios não somente para os usuários, como economia, conforto e segurança, mas também para a sociedade, que está cada vez mais consciente da necessidade de redução do uso da energia nas edificações”. Rogério Ribeiro, da Schneider Electric, completa: “Cada empresa tem como objetivo divulgar, capacitar e incentivar a utilização de tecnologias inovadoras de automação para tornar toda e qualquer edificação mais eficiente”. Obviamente, o projeto também se configura numa boa oportunidade para que as companhias participantes se apresentem ao mercado como provedoras destas soluções. “Patrocinamos o Prédio Eficiente por acreditar que é uma iniciativa inovadora e um projeto muito promissor. Participamos de todas as edições levando ao público os 40
potência
conceitos Finder, que são soluções simples para eficiência energética e pré-automação”, destaca Camila Guerra, gerente de Marketing e Tecnologia da Finder. Camila afirma que, para a Finder, é importante abraçar esta iniciativa da Aureside e se apoiar na força da associação para levar ao mercado muito mais do que produtos, mas conceitos e inovações. “Desta forma, os próprios profissionais estarão capacitados a analisar e adotar as tecnologias mais adequadas ao usuário final, de acordo com seu perfil e necessidade”, ressalta a gerente de Marketing da Finder. Em relação à participação da ABB, Gustavo Vazzoler cita que os ganhos em torno do projeto ocorrem em duas frentes: no fomento dos negócios da própria companhia e na formação de uma cultura em torno da automação predial no Brasil. “Ambos são importantes, pois gerando negócios as pessoas poderão vivenciar a automação e seus benefícios. E a formação também é muito importante, pois serão mais profissionais no mercado trabalhando na divulgação do sistema”, observa Vazzoler. Vanessa Dezordi explica que, pelo lado da Z-Wave, essa é uma oportunidade para demonstrar as diversas soluções de automação residenciais e coorporativas utilizando o seu protocolo de comunicação sem fio. “Esperamos difundir ainda mais a tecnologia Wireless, disponibi-
O objetivo desse projeto é difundir a ideia de automação predial no mercado brasileiro, que ainda é um pouco tímida.
lizando soluções fáceis, sustentáveis e de valor acessível. Nosso principal objetivo é aumentar a divulgação e o conhecimento sobre as soluções sustentáveis já existentes no mercado, multiplicando o conceito nas suas diferentes esferas”, declara. Já para a Schneider Electric, a participação é importante para mostrar de uma forma ampla todo o potencial da empresa para este segmento de mercado e se tornar conhecida por suas soluções. “O Brasil tem um potencial muito grande para automação predial, não só de edifícios de grande porte, mas também para edifícios de médio e pequeno porte. Neste momento, o objetivo é difundir a ideia de automação no mercado brasileiro que ainda é um pouco tímida. Por consequência deste trabalho, também acabamos reforçando a marca da empresa neste segmento”, comenta Rogério Ribeiro. E ele completa: “É importante que se crie uma cultura de resultados de longo prazo. O valor da implementação destas soluções ainda é alto e o brasileiro tem a visão de curto prazo, querendo o retorno imediato do investimento, não enxergando o retorno durante toda a vida útil do edifício”. Antonio Caramico também ressalta a importância de se educar o mercado. E comenta que a ideia também é posicionar a Biltech como uma das fornecedoras destas soluções. Como principais ganhos nesse momento, ele acredita que eles deverão ocorrer simultaneamente entre os avanços para a empresa e para o amadurecimento do próprio mercado como um todo. “Mas haverá mais ganhos iniciais na formação de uma nova cultura, a qual poderá determinar melhor suas necessidades de acordo com as mudanças do cenário tecnológico e econômico e, consequentemente, distinguirá melhor as facilidades que estas novas tecnologias proporcionam. Após termos esta nova cultura disseminada, acreditamos que o ganho nos negócios será ainda maior”, explica Caramico.