Revista da Instalação - Edição 01 - Abril de 2016

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A N O 1 - N º 01

Abril 2016

EDITORA

Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, hvac, fotovoltaica, incêndio, dados e manutenções

Parâmetro para o setor

ANO 1 – Nº 01 – Revista da Instalação

Sindinstalação apresenta fórmula paramétrica para servir de base na correção de contratos entre instaladoras e seus clientes

entrevista Silvio valdissera

fala sobre as últimas ações do Sindinstalação

destaque

Ar-Condicionado

A importância da manutenção para os condicionadores de ar

Mercado

Instalações de gás

exigem atenção em torno da qualidade e segurança




Índice

| Edição 01 | Abril 2016

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Entrevista

José Silvio Valdissera, presidente do Sindinstalação, faz um balanço das últimas iniciativas do sindicato e fala sobre a importância da entidade na defesa das causas das empresas instaladoras.

Mercado

Número de instalações de gases combustíveis cresce no Brasil, principalmente na parte de gás natural. No entanto, nem todas as empresas instaladoras prestam serviços de bom nível técnico no setor.

Destaque

Programa Qualinstal estimula a certificação de empresas instaladoras e de serviços que atuam nas áreas de elétrica, hidrossanitária, solar, de gases combustíveis, prevenção contra incêndios e telecomunicações.

Destaque

Manutenção preventiva periódica de aparelhos de ar-condicionado pode evitar paradas repentinas e gastos elevados em correções emergenciais.

4 Revista da InstalaçÃO

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Evento

Matéria de Capa

Sindinstalação apresenta ao mercado uma fórmula paramétrica desenvolvida pela FGV que servirá de base para a correção de contratos entre as instaladoras e seus clientes. Indicador traz vantagens para ambas as partes.

Fabricantes de louças e metais sanitários aproveitam a 14ª edição da Expo Revestir para divulgar produtos e incrementar negócios.

Sempre aqui 05 Editorial ■ 10 Notas ■ 36 Espaço Sindinstalação ■ 34 Abrinstal ■ 35 Abrasip ■ 36 Abrasip ■ 37 HBC ■ 62 Artigo ■ 64 Produtos ■ 66 Link / Agenda ■


editorial

Fotos: Ricardo Brito/HMNews

Expediente

Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno

ano 1 • nº 01 • Abril'16 Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.

Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon

Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Cristiano da Silva Pereira Benvindo, Luiz Antonio Alvarez, Gabriel Treger, Vítor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Adeilton Bomfim Brandão e José Carlos Carraro.

Redação

Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231 Colaborou nessa edição: Érica Munhoz

Departamento Comercial

Executivos de Vendas: Cecília Bari, Willyan Santiago, Júlia de Cássia Barbosa Prearo, João Guilherme Aguiar e Rosa M. P. Melo

Gestores de Eventos Pietro Peres e Décio Norberto

Gestora Administrativa Maria Suelma

Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC

Impressão Coan Gráfica e Editora

Gestor de Mídias Digitais Ricardo Sturk

Contatos Geral Caixa Postal 75.002 - CEP 09521-970 contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 3436-6063

Redação redacao@revistadainstalacao.com.br Fone: +55 11 4746-1330

Comercial publicidade@hmnews.com.br F. +55 11 3436-6063

Fechamento Editorial: 05/04/2016 Circulação: 12/04/2016 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.

Marcos orsolon

Diretor de Redação |

Hilton Moreno

| Diretor

Finalmente, o lançamento! Depois de meses de trabalho árduo, finalmente apresentamos ao mercado a primeira edição da Revista da Instalação. O veículo, que tem distribuição gratuita, circulação nacional e periodicidade mensal, é fruto de uma parceria entre a HMNews Editora, responsável pela edição, comercialização e publicação da revista, e o Sindinstalação-SP, que a escolheu para ser seu órgão oficial de comunicação. A Revista da Instalação nasce para ser um fórum de discussões desse importante setor, para levar informação de qualidade ao mercado e aproximar todos os elos dessa imensa cadeia, incluindo instaladoras, construtoras, fabricantes, profissionais, agentes públicos e entidades de classe. Vamos dar voz e visibilidade a este mercado. E quando falamos em instalações, nos referimos às suas mais variadas formas quando olhamos para uma edificação, seja ela residencial, comercial ou industrial. Entre outros, em nossas reportagens vamos abordar temas relacionados às instalações de gases, ar comprimido, água fria e quente, esgoto, vapor, aquecimento de água e do ambiente, drenagem, irrigação, eletricidade, iluminação, montagem eletromecânica, HVAC, microgeração fotovoltaica e eólica, prevenção, detecção, alarme e combate de incêndio, dados, automação, segurança patrimonial e as manutenções de todos esses sistemas. Em outras palavras: FINALMENTE A ÁREA DE INSTALAÇÕES PASSA A TER, NO BRASIL, UM VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO 100% VOLTADO PARA A SUA REALIDADE E SUAS NECESSIDADES! O que nos alegra é que, já nessa primeira edição, várias empresas, profissionais e especialistas da área de instalação entenderam a nossa proposta editorial. Claro que o trabalho está apenas no início e que ainda há muito para ser feito. Temos um longo caminho pela frente e muitos amigos, leitores e colaboradores para conquistar. Nesse processo, a participação de todos que atuam nesse mercado é fundamental. Mandem suas sugestões, façam suas críticas, enfim, sintam-se em casa, pois a Revista da Instalação é de todos nós. Boa leitura!

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Entrevista

| José Silvio Valdissera

De portas abertas

A

união faz a força. A frase já está um tanto batida, caiu no lugar comum, mas tem seu fundo de verdade. E, em tempos de crise econômica e caos na política, faz mais sentido do que nunca, especialmente quando falamos a respeito de um sindicato. Próximo de completar 70 anos de atividades, o Sindinstalação – Sindicato da Indústria da Instalação – SP se mantém ativo e atento às necessidades de seus associados. Mais que isso, tem promovido ações rele-

vantes nos últimos meses, cujo foco principal é fortalecer as instaladoras. Na entrevista que segue, José Silvio Valdissera, presidente da entidade e delegado representante FIESP Efetivo, fala um pouco sobre essas iniciativas, destaca a importância do Sindinstalação na defesa das causas das empresas do setor e explica os fatores que levaram o sindicato a se posicionar a favor do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Entrevista a Marcos Orsolon

6 Revista da InstalaçÃO

Qual a importância do Sindinstalação no dia a dia de seus associados? A função maior do sindicato, o motivo da sua existência, é tentar abraçar todas as causas que facilitem a vida das empresas do setor que, no caso, são as empresas de instalações elétricas, hidrossanitárias, gás, dados, HVAC, eletromecânicas, fotovoltaicas, incêndio e manutenções em geral. E isso ocorre em diversas frentes, incluindo a trabalhista, tributária, normativa, jurídica, para termos uma concorrência mais justa no setor. Por exemplo, um desafio constante é procurar equalizar as empresas associadas ao sindicato. Temos que ter a consciência de que, entre si, as empresas devem concorrer em torno dos mesmos objetivos, quer dizer, ter preocupação com a qualidade do serviço prestado, com a saúde e o bem-estar dos funcionários, com a segurança na obra, enfim, são aspectos que acabam incidindo no preço do serviço. Mas quando se concorre com empresas que não cumprem essas exigências, ou que nem tributariamente são saudáveis, a concorrência não é justa. Há situações, inclusive, em que o contratante nem pensa em contratar esse tipo de empresa, mas ele a


usa para brigar por preço. Então, nessa questão o objetivo do sindicato é trabalhar para nivelar a concorrência por cima, ter instaladoras que atuem da mesma forma, nas mesmas condições de competitividade, sejam elas pequenas, médias ou grandes. Todos têm que ter a preocupação de oferecer um serviço de qualidade.

Uma ação recente do Sindinstalação foi o lançamento de uma fórmula paramétrica para ser utilizada no reajuste de contratos. O que levou o sindicato a desenvolver essa fórmula e qual sua im-

Entrevista com autoridades e profissionais do setor.

Interview Interview with authorities and professionals of the sector.

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Até que ponto fazer parte da Fiesp ajuda o Sindinstalação a defender as causas do setor? A todo, 135 sindicatos fazem parte da Fiesp e o nosso é um deles. E isso ajuda muito no nosso dia a dia, pois a estrutura da Fiesp é excelente. Por exemplo, nessa estrutura tem o Sesi, para a formação educacional de base dos filhos dos trabalhadores, tem o Senai para a formação profissional, dentro dos vários departamentos da Fiesp há todo tipo de informação, quer dizer, tem departamento econômico, jurídico, de normas, enfim, trata-se de uma grande estrutura que está aberta ao sindicato e seus associados. Mas que muita gente desconhece. E como ter acesso a tudo isso? Participando do dia a dia, da vida do sindicato. São muitos benefícios para o associado.

Entrevista

portância para as instaladoras? As instalações dentro da obra, sejam elas de elétrica, hidráulica, gás e afins, são chamadas por nós como ‘caminho crítico’. Isso porque as instalações abrem frentes de trabalho para outras atividades. Qualquer planejamento de obra passa pelos serviços de instalações, que precisam ser bem planejadas e executadas, inclusive dentro do cronograma. E aí tem um detalhe: as instalações têm um peso que varia de 12% a 20% do valor total da obra, dependendo do perfil e das condições da mesma. Ou seja, é um item muito importante no financeiro de uma obra.

José Silvio Valdissera, president of Sindinstalação, talks about the actions of the Syndicate on behalf of its members, the initiatives to defend the interests of the installation companies and the impeachment process of President Dilma Rousseff.

Entrevista Entrevista con autoridades y profesionales del sector.

No entanto, as instalações são um pouco descoladas dos materiais de construção (no que se refere à evolução dos preços). Então, o Índice Nacional de Custo da Construção, ou mesmo o CUB, espelham a realidade do todo da obra, mas não especificamente as instalações. E as instaladoras sofrem muito com essa variação dos índices. Por exemplo, o cobre é muito importante no nosso setor, mas tem pouca influência na estrutura de uma edificação. O petróleo também, quer dizer, usamos muitos materiais que são derivados do petróleo. Nesses dois casos – cobre e petróleo – o preço é internacionaliza-

José Silvio Valdissera, presidente de Sindinstalação, habla sobre las acciones de lo sindicato en nombre de sus miembros, las iniciativas en defensa de las causas de las empresas de instalación y el proceso de impedimento de la presidente Dilma Rousseff. Revista da InstalaçÃO 7


Entrevista

| José Silvio Valdissera

paramétrica, de modo que se chega a um percentual de evolução dos custos que refletem com mais precisão a realidade de nosso mercado.

do, em dólar, enfim, tem um peso relevante para nós. Em função dessa situação, há muito tempo tínhamos essa vontade de ter uma análise de preços mais fiel à realidade das empresas do nosso setor. E uma condição para se criar um índice, ou uma fórmula paramétrica, como fizemos, é que o trabalho fosse feito por uma instituição que tenha respeito nacional, acima de qualquer suspeita. Daí surgiu a ideia de procurar e contratar a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que já elabora a maior parte dos índices setoriais do mercado.

Como ela será aplicada? Sabemos que essa fórmula espelha a nossa realidade. Mas sabemos das dificuldades em conseguir o apoio dos contratantes para que eles a utilizem em seus contratos com as instaladoras. Isso poderá ocorrer no futuro, mais no longo prazo, mas é uma luta difícil, pois envolve uma mudança cultural. Sem contar que eles já estão habituados a usar o INCC para reajuste de preços nos contratos de vendas dos seus produtos. De qualquer forma, para nós, instaladores, é uma ferramenta muito útil para acompanhar o que está acontecendo em cada contrato, no dia a dia. A instaladora tem como comparar o reajuste recebido pelo INCC com a correção mais real de custos, através da fórmula paramétrica, que é mais realista. Há outra situação em que fica evidente a utilidade da fórmula. Quando uma empresa participa de uma concorrência que se arrasta por meses, ou quando a concorrência é suspensa e volta após um ou dois anos, ela é uma maneira de reajustar os preços de forma mais rápida. As vantagens são várias e estamos trabalhando para que, já no segundo semestre, as instaladoras possam contar com essa fórmula paramétrica, que será atualizada mensalmente.

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Em que consiste essa fórmula paramétrica? A fórmula paramétrica nos foi proposta pela FGV. Nela, são pesquisados os principais insumos das instalações, identificando quanto cada um deles pesa nos custos das empresas instaladoras. A partir daí, são utilizados alguns índices já existentes de outras pesquisas da FGV, que indicam a evolução dos preços desses insumos. Tudo é ponderado dentro da forma

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Outra ação importante do Sindinstalação é a realização do Prêmio Masterinstal. Qual a perspectiva esse ano? Vamos para a 11ª Edição do Masterinstal, que deverá ocorrer na última semana de outubro. Esse evento já faz parte da agenda de todos os executivos e departamentos de marketing das empresas do setor. Ele virou uma referência e um ponto de encontro desse pessoal, o que nos deixa muito

felizes. O Masterinstal foi criado para premiar as boas práticas do setor, sejam elas técnicas, de normas, segurança, projetos, execução, fabricação, enfim, esse é o primeiro objetivo. Mas ele vai além, pois também é uma oportunidade para a confraternização do pessoal, para fazer network, quer dizer, o público é formado por fabricantes, projetistas, instaladores e alguns contratantes (construtoras). Então, as horas após a premiação, de confraternização, têm esse caráter de rever amigos e, muitas vezes, até surgem oportunidades de negócios. Para finalizar, gostaria de saber a posição do Sindinstalação no atual momento econômico e político vivido pelo País? Como disse, o Sindinstalação é um dos 135 membros da Fiesp e tem um excelente relacionamento com a entidade. Então, tudo o que fazemos no Sindinstalação é reflexo desse relacionamento. E a Fiesp, assim como o Sindinstalação, são entes políticos, porém, apartidários. Nosso partido é o povo brasileiro. São instituições sólidas, economia sólida, regras sérias e que possam ser cumpridas por todos, enfim, essas são nossas bandeiras. E a Fiesp, por unanimidade, desde dezembro passou a apoiar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, desde que ele seguisse as normas constitucionais estabelecidas. Isso não porque é o PT, a Dilma, não é nada pessoal. Mas porque hoje, nossa mandatária maior perdeu a confiança do povo brasileiro, do empresário brasileiro e até no exterior. Perdeu a governabilidade. E o Brasil não pode esperar. Já estamos há mais de um ano em crise, sem a nação andar, sem decisões positivas que melhorem o ambiente, enfim, por isso o Sindinstalação também votou a favor do apoio ao processo de impeachment dentro das bases legais.



NOTAS

NOTAS Ações e novidades dos players do setor.

News Activities and news from main sector players.

Notas Actividades y noticias de los principales actores del sector.

Projeto estruturante A Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) apresenta ao mercado uma solução que viabiliza a chegada de gás natural a municípios por onde ainda não passa uma rede de gasodutos. A iniciativa, chamada de “Projeto Estruturante”, está sendo aplicada em Campos do Jordão (SP), primeiro município na área de concessão da Comgás a receber os benefícios desse tipo de projeto em diversos segmentos (industrial, comercial e residencial). O investimento, de cerca de R$ 80 milhões, está permitindo o atendimento da cidade sem que tenha sido necessário instalar um gasoduto interligando a rede existente em Taubaté ao município. O Projeto Estruturante foi iniciado em Campos do Jordão no segundo semestre de 2015, a partir de uma parceria com a Prefeitura. A Comgás instalou uma unidade de abastecimento na entrada da cidade e começou a construir uma rede de tu-

bulações ao longo das principais vias locais até o Capivari. O carregamento da unidade de abastecimento é feito por caminhões específicos, que transportam o gás natural comprimido (GNC) a partir de uma base em Itatiba. Em Campos do Jordão, o GNC é descomprimido, tem sua pressão reduzida e, na sequência, é distribuído aos clientes. Entre as aplicações do gás natural que estarão disponíveis estão a cocção, a calefação de ambientes, a geração de vapor e o aquecimento de água para banho. “Estamos sempre buscando formas de levar gás natural a mais clientes, expandindo para outros municípios e distritos industriais, mesmo em localidades onde ainda não temos rede. E o projeto estruturante representa uma solução sob medida para atender a demandas em municípios com essas características”, afirma o diretor Comercial de Expansão e Relacionamento com o Cliente da Comgás, Marcus Bonini.

Qualificação profissional

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Em breve, a certificação será realizada pelo Senai aos profissionais que se submeterem às provas prática e teórica e atingirem pontuação mínima exigida. Num futuro próximo, as empresas também deverão possuir um número mínimo de profissionais certificados para fazerem parte do programa. “Sem dúvida, vemos que com a competência e reconhecimento de uma instituição como o Senai, tanto as empresas como os profissionais certificados terão muito mais força no mercado, pois este é um grande diferencial”, acrescenta Amaurício.

Foto: DollarPhotoClub

O Qualisol Brasil - Programa de Qualificação de Fornecedores de Produtos e Serviços para Sistemas de Aquecimento Solar, entra em uma nova etapa em 2016, em que certificará seus participantes junto ao Senai. Até o ano passado, apenas empresas podiam aderir ao Programa Qualisol Brasil. Para esta nova fase, o programa foi reorganizado em qualificações distintas de fabricantes, revendedores, projetistas e instaladores para garantir, além da fabricação, a utilização e instalação perfeita do equipamento. “Os produtos são desenvolvidos com a garantia da mais alta tecnologia e rigorosos processos de qualidade na fabricação que obedecem às exigências do Inmetro, também empresas de revenda de produtos certificados, além de profissionais, engenheiros, arquitetos e projetistas que atuam com um escopo de trabalho qualificado para projeto e dimensionamento, bem como instaladores treinados dentro das especificidades do programa”, esclarece Amaurício Gomes Lúcio, presidente do DASOL – Departamento Nacional de Energia Solar Térmica da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento).


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SKY ergue o maior e mais moderno Centro de Transmissão do país com apoio da Engemon Construído em Jaguariúna (SP), o novo Centro de Transmissão deve entrar em

C

om investimentos que superam R$ 1 bilhão, a SKY está construindo o maior e mais moderno Centro de Transmissão do Brasil. A obra está sob o comando da Engemon, empresa brasileira especializada em engenharia civil e elétrica, e deve ser entregue no segundo quadrimestre de 2016. “A construção e montagem do Centro foram concebidos através de premissas criteriosas de redundância de sistemas para assegurar operação ininterrupta dos serviços”, afirma Carlos Nomura, diretor de engenharia da Engemon. Ele revela que a SKY optou pela modalidade turn-key (chave na mão), sistema em que a companhia contrata uma única empresa para a construção, montagem, e fornecimento de equipamentos de missão crítica, como Geradores, UPS, Ar Condicionado, até a entrega da obra. “O Centro de Transmissão permitirá à SKY oferecer para nossos clientes de todo o território nacional, um serviço cada vez mais moderno e robusto”, afirma Luís Otavio Marchezetti, diretor de engenharia da SKY.

Obra

De acordo com Nomura, da Engemon, os cuidados começaram na conferência dos projetos recebidos. “Tivemos um cuidado muito especial na conferência da fundação das bases de antenas de transmissão”. No térreo, onde se localiza a área técnica, encontram-se quatro salas de equipamentos (MER) e mais duas para datacenters. O prédio, conta com cerca de 17 mil m² de área

construída. Já o piso elevado foi instalado em todos os pavimentos. “Há passagens de infraestruturas redundantes internas e externas, para o de falha ou manutenção em alguma rede principal”, lembra ele. A Engemon é responsável pelas instalações de infraestrutura de missão crítica no empreendimento, incluindo elétrica de potência, ar condicionado de conforto e precisão, hidráulica, telecom, sistemas de detecção e combate de incêndio; supressão por gás NOVEC 1230, sistema de BMS, Controle de acesso e CFTV. Já a aquisição e instalação de racks, equipamentos de TI, transmissão e antenas é de responsabilidade da SKY. “Nesse tipo de empreendimento, a infraestrutura elétrica e de ar condicionado são fundamentais, já que os datacenters e equipamentos de transmissão não podem parar”, afirma o engenheiro da Engemon. Por conta disso, os dois sistemas têm cuidados redobrados, que são complementados pelo sistema de supervisão predial (BMS). Um conjunto de cinco grupo geradores de missão crítica dará suporte em caso de queda de energia proveniente da rede elétrica da concessionária. Além disso, um segundo sistema atenderá a área administrativa, em caso de necessidade. No caso da área técnica, o ar condicionado é configurado para ter redundâncias de linhas de alimentações e retorno de água, complementado com um tanque de termoacumulação para armazenamento de água gelada. Outro ponto fundamental é a proteção contra incêndio. O tanque de

Foto: Divulgação

testes no primeiro semestre de 2016.

água de reserva de incêndio possui 444 m³. Além dos sistemas de hidrantes, de sprinkler convencional (dispositivo contra incêndio) e de detecção de fumaça, serão ainda instalados sistemas de sprinkler dry-pipe (seco), de pré-detecção e de combate a incêndio com gás Novec 1230.

Bases das antenas

O terreno abriga também bases para antenas de transmissão e recepção. Foram feitas sondagens pela Engemon que detectaram, por conta do solo argiloso, a necessidade de se fazer 16 estacas profundas (15m) em cada uma das bases das antenas de transmissão – que pelo projeto original, não estavam previstas. “Uma antena de transmissão não pode sofrer quaisquer desvios de apontamentos para o satélite. Para ter uma ideia da precisão, caso a antena sofresse uma inclinação indevida da base na ordem de 1º , o erro de apontamento seria de mais de 700 km”, finaliza ele.

F. (11) 3474-6300 - engemon@engemon.com.br - www.engemon.com.br


NOTAS

Foto: Divulgação

Novo gerente

A PoloAr Ar-Condicionado, uma das maiores empresas do setor de climatização e refrigeração de ar do Brasil, anuncia a contratação de Jorge Miranda como seu novo gerente Comercial. Com mais de 20 anos de experiência no mercado, o profissional tem passagem por empresas como Springer Carrier, Coca-Cola, Midea Carrier e Ambient air. “Estou feliz por ser parte da família PoloAr, que é uma empresa brasileira de grande tradição. Espero com minha experiência contribuir ainda mais para sua estratégia de crescimento programada para este ano. Queremos com nosso trabalho buscar todas as oportunidades possíveis para aumentar ainda mais nossas vendas”, declara Jorge Miranda.

Eletroposto inaugurado

A Neosolar Energia, em parceira com a AZ Energy e Schneider Electric, inaugurou em seu novo Centro de Treinamentos um eletroposto com carregador de carro elétrico EVLINK. A iniciativa celebra uma parceria de longa data entre as marcas em iniciativas que apoiam a transição para uma economia de baixo carbono, um dos principais pilares da sustentabilidade. “O principal objetivo é disponibilizar mais uma alternativa para recarga de carros elétricos e híbridos em espaço público na cidade de São Paulo, estrategicamente localizado na região do Paraíso, próximo à Avenida 23 de Maio”, afirma Fabiana Galvão, especialista em Sustentabilidade da Schneider. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a frota de carros elétricos no Brasil dobrou nos últimos dois anos. Em 2013, eram 2,2 mil unidades; agora são 4,7 mil, já levando em conta as vendas até 31 de julho de 2015. “O custo do abastecimento do carro elétrico é bem inferior, além de ser uma opção totalmente sustentável, que reduz a poluição sonora e do ar”, afirma Junior Miranda, diretor da AZ Energy, empresa especializada em inteligência energética. Fotos: Divulgação

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Certificações atualizadas

Com objetivo de garantir o cumprimento de todas as normas relacionadas à segurança e elevar ainda mais seus padrões de qualidade, a Engemon, empresa brasileira especializada em engenharia civil e elétrica, acaba de atualizar todas as suas certificações. “Sabemos da importância de mantê-las constantemente em dia, refletindo a aderência da Engemon às leis e às tecnologias vigentes e acompanhando o desenvolvimento humano e social dos nossos funcionários, clientes e outros stakeholders”, explica Marco Alberto da Silva, presidente da Engemon. Foram atualizadas quatro certificações: a SA 8000, ISO 9001, ISO 14001 e ISO 18001. A SA 8000, por exemplo, é uma certificação que incentiva as organizações a desenvolver, manter e aplicar práticas socialmente aceitáveis no local de trabalho. Ela aborda questões como trabalho escravo e infantil, saúde e segurança do trabalho, liberdade de associação e negociação coletiva, discriminação, práticas disciplinares, jornada de trabalho, remuneração e sistemas de gerenciamento. Além de definir normas de trabalho em todo o mundo, a SA 8000 também contempla acordos internacionais, incluindo as convenções da Organização Internacional do Trabalho, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança. “Consideramos essa certificação um diferencial, pois apenas 80 empresas brasileiras conseguiram conquistá-la. É um grande orgulho para a Engemon pertencer a este grupo seleto de companhias nacionais, pioneiras a aderir a uma norma tão importante”, afirma o executivo.

SA 8000 ISO 9001 ISO 14001 ISO 18001


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NOTAS

Segurança contra incêndio As principais entidades de segurança e engenharia do País estiveram presentes no lançamento do Programa de Certificação de Segurança contra Incêndio, que aconteceu no dia 15 de março, em São Paulo (SP). Promovido pela UL, multinacional norte-americana do setor de inspeções, ensaios e certificação de produto, o evento contou com a participação de mais de 280 pessoas e ofereceu um dia de debate sobre segurança para este mercado, abordando temas como: normatização, indústria de sprinklers no Brasil, proteção à vida em risco, licenciamento de edificações e áreas de risco, certificação, qualidade dos sistemas instalados de proteção contra incêndio, entre outros. “O evento foi um marco para a UL no Brasil. Reunimos os principais players do mercado para Fotos: Divulgação

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buscar soluções eficientes e promover uma mudança de paradigma no mercado sobre a necessidade de certificações compulsórias e normas mais rígidas em equipamentos e processos que envolvem o segmento de proteção e combate a incêndio, visando garantir a segurança das pessoas em casa e no trabalho, que é uma das missões da UL no mundo”, afirmou Álvaro Theisen, diretor presidente UL Brasil. Atuando neste segmento no Brasil desde 2014, a UL vem trabalhando no Programa de Certificação de Segurança contra Incêndio há cerca de um ano e meio e envolveu em torno de 400 de seus engenheiros no projeto, que tem como objetivo ser expandido também para outros países da América Latina. “A UL trabalha pela segurança do mundo desde 1894, por isso o foco principal do programa é continuar garantindo a segurança das pessoas ao conscientizá-las da importância das certificações voluntárias, além de provocar os órgãos públicos para que estas certificações também passem a ser compulsórias para diversos produtos utilizados no setor”, comentou Alfredo Ramírez, gerente de regulação da UL. As diversas palestras do evento colocaram em debate questões como a normatização de sistemas de segurança ativa, como alarmes, hidrantes, extintores e também de segurança passiva, entre eles revestimentos e acabamentos, que podem retardar e até mesmo impedir a propagação das chamas até a chegada da equipe de bombeiros. Outro ponto importante foi a discussão para tornar compulsória a certificação de equipamentos como sprinklers e centrais de alarme, que detectam fumaça, temperatura e até mesmo vazamentos de gás. Os palestrantes ainda salientaram não só a importância das certificações para garantir a segurança, como também a competitividade de mercado que as certificações e a convergência regulatória podem trazer ao Brasil. “Antes de 2008 não tínhamos importação de bicos sem certificação e hoje somente 30% dos produtos importados são certificados. Este dado é preocupante e por isso precisamos garantir a certificação de produto e tornar também compulsório”, acentuou João Carlos Wollentarski Júnior, presidente da ABSpk.


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Qualidade como diferencial Após três décadas de atuação, HIDRELPLAN se destaca no mercado através do trabalho focado na qualidade dos serviços prestados e nas práticas em torno da

H

á 30 anos no mercado, a HIDRELPLAN está estruturada para prestar serviços técnicos nas áreas de instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, de gás, mecânicas e civil, em edificações residenciais e comerciais. As principais praças de atuação da empresa são os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal.

Qualidade

Um dos diferenciais da companhia no mercado é o seu compromisso com a qualidade dos serviços prestados. Para isso, investe constantemente na formação, atualização e qualificação de seus colaboradores, de modo que os mesmos executem serviços de altíssimo nível em todos os seus segmentos de atuação.

Qualinstal

Outra iniciativa que ratifica o compromisso da empresa com a qualidade é que, há anos, a HIDRELPLAN é certi-

Fotos: Divulgação

sustentabilidade.

ficada pelo Programa Qualinstal (Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas e Instalações) nos segmentos de elétrica, hidráulica, incêndio e gás. Nesse programa, a companhia recebe acompanhamento constante da Fundação Vanzolini, instituição privada com mais de 40 anos de mercado, que é responsável pela realização de auditorias permanentes que confirmam o alto nível do trabalho prestado pela HIDRELPLAN.

tise em obras com Certificação LEED, sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, utilizado em 143 países, cujo intuito é incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações. Uma das obras recentes executadas pela HIDRELPLAN com esta certificação foi o edifício sede da Odebretch, em São Paulo (foto).

Sustentabilidade

Alguns dos principais clientes

A atenção com o meio ambiente e com as tendências de sustentabilidade também faz parte do dia a dia da empresa. Hoje, a HIDRELPLAN tem exper-

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Matéria de CApa

Foto :

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| Indicador para a correção de contratos

16 Revista da InstalaçÃO


Novo parâmetro para a correção de contratos Depois de muito trabalho em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, Sindinstalação apresenta ao mercado uma fórmula paramétrica para servir de base às correções de contratos entre as instaladoras e seus clientes.

Por Marcos Orsolon

E

m qualquer ramo de atividade, estipular preços justos, competitivos e que reflitam a realidade dos serviços prestados é condição de extrema importância para o sucesso e evolução dos negócios. Da mesma forma, buscar mecanismos de correção de contratos que correspondam à evolução dos custos, com o maior nível de fidelidade possível, também é fundamental, especialmente em situações em que a parceria é de médio ou longo prazo.

Sindinstalação introduces to the market a parametric formula that will be useful for the installation companies to adjust the contracts between them and the contractors. But, in order to use this resource, it is necessary to explain in more detail its advantages for companies.

Afinal, é essa correção que vai garantir que a empresa contratada não ‘perca dinheiro’ com o passar dos meses e anos e que a contratante, de outro lado, não pague além do que imaginava. Em outras palavras, o indicador de reajuste de um contrato, seja ele qual for, deve ser justo para os dois lados, de modo que todos fiquem satisfeitos. Atenta à necessidade das instaladoras terem à disposição um indicador que fosse referência para o reajuste dos contratos com seus clientes, com alto nível de fidelidade

Sindinstalação presenta al mercado una fórmula paramétrica que formará la base para que las empresas de instalación puedan ajustar sus contratos de servicio con los contratistas. Pero, para que ese recurso sea adoptado, es necesario explicar en detalle sus ventajas para las empresas.

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Matéria de CApa

| Indicador para a correção de contratos

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Por que uma fórmula paramétrica e não um índice setorial? Ana Maria Castelo, economista da FGV IBRE, dá uma explicação de ordem prática em relação à opção pela fórmula, que tem a ver com os custos. Ela revela que o índice tem um custo bem maior (na comparação com a fórmula paramétrica) e exige um esforço muito grande de coleta de informações. Isso porque a questão não é apenas montar o índice e uma cesta de produtos a ele relacionada. Há todo um processo após a sua criação em que, mensalmente, há a necessidade de se coletar novas informações. “Isso gera um trabalho grande e

um custo alto. Já na fórmula paramétrica é um pouco diferente. Você cria uma cesta de insumos, assim como faFoto: Ricardo Brito/HMNews

em relação à realidade do setor, a diretoria do Sindinstalação-SP (Sindicato da Indústria de Instalação - SP) foi à luta. E, depois de anos de trabalho, acaba de apresentar ao mercado uma fórmula paramétrica, desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), que está 100% voltada para esta área. Como explica José Antonio Bissesto, diretor-executivo do Sindinstalação, a iniciativa visa permitir que as empresas de instalação tenham uma melhor gestão de seus contratos, com orçamentos mais equilibrados e participação justa nas licitações. “O Sindinstalação ouviu as suas associadas e identificou a necessidade de um projeto que viabilizasse conhecer a variação dos custos dos insumos inseridos nas obras de instalações. Esse projeto evoluiu, até a criação de uma fórmula paramétrica que permite se chegar a um índice mensal destas variações”, comenta Bissesto, lembrando que, entre a ideia, a ação e a conclusão do trabalho, foram quase cinco anos. “Incluídos aí a etapa de maturação e estudos feitos pela diretoria da entidade e associadas convidadas, que teve sua conclusão em janeiro de 2016”. Além de alguns membros da diretoria do Sindinstalação e dos especialistas da FGV IBRE, responsável pela criação da fórmula paramétrica, participaram do trabalho os membros do Comitê Setorial de Instalações Eletromecânicas (GSEL) e várias empresas associadas do sindicato, que responderam uma pesquisa antes de se chegar à fórmula. Foram membros coordenadores: José Silvio Valdissera, presidente do Sindinstalação e sócio da Hidrelplan Engenharia e Comércio; José Antonio Bissesto, diretor-executivo do sindicato; Fernando Belotto, representante da Hersa Engenharia e Serviços; Ivan Silva, da Sanhidrel Cimax Engenharia, e Ramon Olmos, da FR Instalações e Construções.

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Iniciativa visa permitir que as empresas de instalação tenham uma melhor gestão de seus contratos, com orçamentos mais equilibrados e participação justa nas licitações. José Antonio Bissesto Sindinstalação

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ria para o índice, mas estabelece a correlação dessa cesta com os indicadores já existentes, que são alguns índices que a FGV já possui. Ou seja, você já tem esses índices prontos, o que elimina o trabalho de coleta. Essa é uma diferença muito significativa, que explica o custo menor para se trabalhar com a fórmula paramétrica”, observa Ana Maria. No caso particular da fórmula voltada para o mercado das instaladoras, a economista da FGV comenta que, o primeiro passo, foi elaborar em conjunto com o Sindinstalação um trabalho para se chegar a uma cesta de insumos, que seriam correspondentes aos custos do setor. Para este fim, se elaborou um questionário que foi distribuído entre as empresas instaladoras associadas ao sin-

Equilíbrio

A fórmula criada pela FGV considera o peso de cada produto nos custos das instaladoras.

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dicato, que o responderam indicando, dado à sua estrutura de projeto, quais as ponderações de cada item daquela cesta, em seu caso particular. “Recebemos as informações das empresas e foi feito um trabalho em que ponderamos, dentro da estrutura de cada instaladora, o peso de cada

A fórmula paramétrica representa um avanço enorme e um ganho tanto para as instaladoras, quanto para quem está contratando. An_revInstalacao_9x21.pdf 1 21/03/2016 09:03:55

tipo de obra (comercial, industrial e residencial). Depois, fizemos a ponderação do resultado da empresa de acordo com a participação dela dentro do conjunto amostral. Ou seja, a gente tinha a relação dos insumos e o peso de cada um deles no que seria a cesta representativa dos custos do setor de instalações. Assim, criamos uma cesta média, onde temos os itens e o seu peso nos custos”, descreve Ana Maria. Mas como identificar os percentuais de elevação de cada produto que compõe a cesta média das empresas instaladoras? É nessa hora que entram os índices que a FGV já possui. “Uma vez estabelecida a cesta de insumos, temos como fazer as correspondências de cada item com os indicadores da FGV. Por exem-

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Matéria de CApa

Foto: DollarPhotoClub

| Indicador para a correção de contratos

Foto: Divulgação

plo: na cesta estão os tubos e conexões de PVC. Eu tenho um índice da FGV, que é o INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção), onde esse

componente aparece. Outro exemplo: fios e cabos de cobre. Tenho um item da FGV onde esse item também aparece, é pesquisado. Então, temos índices na FGV que nos permitiram estabelecer correspondências com a cesta do Sindinstalação”, comenta Ana Maria. E ela completa: “Eu tinha os pesos, estabeleci essa correspondência e pudemos montar uma série histórica, onde tivemos a oportunidade de fazer as comparações do índice resultante dessa fórmula paramétrica, com outros indicadores. E o resultado foi muito interessante, porque as comparações mostraram que, de fato, se justifica ter

A fórmula paramétrica dá uma maior aderência dos contratos aos custos efetivos das empresas instaladoras. Ana Maria Castelo FGV IBRE

20 Revista da InstalaçÃO

Transparência

A correção dos contratos através da nova fórmula torna mais justa a relação entre instaladoras e clientes.

um indicador próprio para as instaladoras, no caso a fórmula paramétrica. Isso porque há momentos em que a fórmula caminha mais próxima a outros índices setoriais, como o INCC-DI, mas há outros em que, por conta do peso maior de alguns itens, há um descolamento. Então, a fórmula paramétrica dá uma maior aderência dos contratos aos custos efetivos das empresas”. Em outras palavras, chegou-se a uma fórmula customizada ao segmento de instalações. E, a partir do seu lançamento, que deverá ocorrer no segundo semestre desse ano, basta fazer o acompanhamento mensal. “A cada mês, quando os indicadores da FGV forem sendo divulgados, a gente terá os pesos da fórmula paramétrica


e, com isso, conseguiremos chegar no que é a evolução mensal do segmento de instalações”, declara Ana Maria, que destaca: “Isso representa um

avanço enorme e um ganho para todas as partes envolvidas, tanto para empresas instaladoras, que terão um indicador que vai refletir melhor os

seus custos, quanto para quem está contratando, pois o contratante não tem interesse em ter um índice descolado da realidade”.

Nova etapa inclui divulgação da fórmula paramétrica Uma vez definida a fórmula paramétrica, a tendência natural é que tenha início um trabalho de divulgação

da mesma, que explique seu funcionamento e suas vantagens para instaladoras e seus clientes. “É o trabalho de

Cesta de insumos da fórmula paramétrica e seu peso nos custos das instaladoras Grupo de produtos Peso (%) Acessórios de combate a incêndio (bicos, hidrantes, etc.)

3,03

Acessórios de fixação

2,63

Barramento blindado de alumínio

5,50

Barramento blindado de cobre

1,67

Bombas e sistemas de pressurização em geral

3,87

Conduletes e caixas em geral

2,07

Eletrocalhas, leitos e perfilados de aço

3,49

Eletrodutos de aço

3,32

Eletrodutos de PVC

1,40

Fios e cabos de cobre Grupo gerador (caso seja utilizado) Painéis de Média e Baixa Tensão Tomadas e interruptores

15,44 3,67 16,41 2,26

Transformadores 5,11 Tubos e conexões de aço carbono

7,17

Tubos e conexões de aço inox

0,79

Tubos e conexões de cobre

4,07

Tubos e conexões de ferro fundido

2,54

Tubos e conexões de PVC

6,15

Válvulas, manômetros, etc.

2,70

Outros materiais

6,71

Total 100

convencimento das empresas que vão fazer os contratos. É explicar: olha, é melhor ter como indexador um índice que realmente reflita os custos setoriais, do que outro que não significa muita coisa para as instaladoras” ressalta a economista da FGV. Segundo José Antonio Bissesto, a fórmula desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas é de suma importância para o setor, pois, além de ser correta, traz transparência durante as negociações entre as instaladoras e seus clientes. Quanto à sua aplicação, o diretor-executivo observa que ela deverá ocorrer naturalmente, ao longo do tempo. Até porque, a atual situação de crise no País não favorece muito a sua adesão pelas empresas.“Como citei, trata-se de um trabalho pensado há cerca de cinco anos e, durante este período, a economia brasileira passou por várias nuances. Na atual conjuntura econômica, o mais importante não são os reajustes ou cada ator evidenciar seus percalços dificultando os negócios. Vivemos um momento em que, juntos, instaladora e cliente pactuam o melhor para os dois lados. O importante é cada qual saber a realidade de seus custos e tornar possível, com cautela, um bom serviço e contrato”, afirma o executivo do Sindinstalação. No que tange à divulgação desse trabalho, Bissesto comenta que ela deverá ocorrer a partir do mês de julho, tanto pelos meios de comunicação do Sindinstalação, quanto por outros veículos de mídia. Revista da InstalaçÃO 21


Mercado

| Instalações de gases combustíveis

Qualidade dos serviços nas insta REPORTAGEM: MARCOS ORSOLON

Número de instalações de gases combustíveis cresce no Brasil, principalmente na parte de gás natural. No entanto, nem todas as empresas instaladoras prestam serviços de bom nível técnico no setor.

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esmo diante do período conturbado vivido pelo Brasil, onde as crises política e econômica interferem negativamente nos negócios em praticamente todas as áreas, o mercado de instalações de gases combustíveis - Gás Natural (GN) e GLP - tem registrado crescimento nos últimos anos. Por um lado, o setor de GLP se mostra maduro no País, com presença em mais de 98% das residências brasileiras. Por outro, as redes de distribuição de GN, particularmente nos grandes

Foto: DollarPhotoClub

22 Revista da InstalaçÃO


Mercado

MArket

Mercado

Perfil de importantes setores do mercado, baseado em entrevistas com executivos, profissionais e usuários.

Profile of key market sectors, based on interviews with executives, professionals and users.

Perfil de los sectores clave del mercado, basado en entrevistas con ejecutivos, profesionales y usuarios.

lações de gás precisa melhorar centros urbanos, avançam de forma significativa, o que explica o crescimento do mercado de gases combustíveis. Tomemos como exemplo os números da Comgás (Companhia de Gás de São Paulo), que abastece com GN os segmentos industrial, comercial, residencial e de energia (projetos de cogeração e termelétricas). Em 2015, a empresa adicionou mais de 1.200 quilômetros de rede, com a conexão de 113 mil novos clientes. Entre os projetos realizados, destaque para as expansões no bairro Campo Limpo, em São Paulo, e nos municípios de Jundiaí, Osasco, Guarulhos, Suzano, Santo André, Taubaté e São José dos Campos. Com o avanço, a empresa encerrou o ano com 1.573.696 clientes, dos quais 1.557.411 residenciais. Um aspecto curioso é que a diversificação do uso do GN explica, pelo menos em parte, o crescimento do setor, e não apenas no Estado de São Paulo, mas em todo o Brasil. “Se o gás combustível era conhecido pela sua aplicação mais tradicional na cocção (uso do gás para preparação de alimentos em

fogões e fornos), o seu uso para aquecimento de água tem se tornado cada vez mais frequente nas novas edificações”, comenta Alberto J. Fossa, diretor-executivo da Abrinstal – Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações. Obviamente, o maior uso do GN também explica o aumento no número de instalações, especialmente em residências. “A utilização mais tradicional e convencional do gás tem sido feita, historicamente, através dos cilindros de GLP, o conhecido botijão de cozinha P13. No entanto, com o desenvolvimento e penetração do GN, as redes internas de distribuição de gás tiveram sua participação significativamente ampliada nas edificações residenciais. E com a utilização cada vez mais frequente do gás para o aquecimento de água, este número tem se ampliado também em edificações existentes, com a construção de novas redes internas de distribuição de gás”, destaca Fossa, que também é coordenador da ABNT CE09.402.02 – Comissão de Estudos de Instalações destinadas à utilização de gases combustíveis.

Number of fuel gas facilities grows in Brazil, mainly in the residential natural gas grid. However, industry experts warn that not every installation companies provide good technical services to sector.

Número de instalaciones de gas combustible crece en Brasil, principalmente en la red residencial de gas natural. Sin embargo, expertos de la industria advierten que no todas las empresas de instalación ofrecen servicios técnicos de buen nivel en el sector.

Revista da InstalaçÃO 23


Mercado

| Instalações de gases combustíveis

Há diferentes tecnologias para as instalações de gás

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Evidentemente, para que o mercado de instalações de gases combustíveis, em especial o GN, siga avançando no Brasil, é preciso que as instalações sejam bem executadas e seguras. Mas, para que isso ocorra, os profissionais da área precisam conhecer bem os produtos à disposição, as opções de tecnologia e em que situações cada uma pode ser utilizada. Vamos começar, então, citando as diferentes tecnologias desenvolvidas para este tipo de instalação. Segundo Edson Moro, gerente-executivo de Ativos da Comgás, nas instalações internas são aceitas no Brasil tecnologias que apliquem materiais como aço carbono, cobre rígido e flexível, tubos multicamadas e polietileno – esse apenas no caso de trechos enterrados. Com mais detalhes, Alberto Fossa faz um histórico dessas tecnologias. Segundo ele, historicamente, os tubos de aço e conexões de ferro maleável dominaram por

anos esse tipo de instalação. Isso em função da experiência, em diversos países, do uso do gás combustível na indústria e em instalações de distribuição, que utilizavam este tipo de tecnologia. Mas, gradativamente, o cobre com conexões soldadas foi ocupando o espaço dos tubos de aço. Em parte, em função da facilidade de manuseio e agilidade no processo de execução das soldas. “Junto com os tubos de aço inox corrugados, essas tecnologias ainda são dominantes na maioria dos países. O aço ainda tem garantido seu papel, particularmente em situações onde a robustez mecânica é uma necessidade (caso do Japão, em função da ocorrência de terremotos); o aço inox corrugado em trechos de distribuição interna, particularmente em construções típicas americanas de dry-wall; e o cobre é usado em larga escala em toda a Europa e outros países”, comenta Fossa, que completa: “Mais recentemente, tem avançado as soluções de conexões de cobre por sistemas de compressão (caso da França e Alemanha), visando agilidade no processo de instalação. Quanto aos tubos conhecidos como multicamadas (como o PEX-AL-PEX), Fossa revela que eles surgiram na Holanda para sistemas de água quente e, em alguns países, começaram a migrar para servir de solução na condução de gases combustíveis. “Ainda é uma tecnologia pouco conhecida, que tenta se firmar com base na questão de custo e agilidade na instalação. Diversas tecnologias estão disponíveis, particularmente

A resistência mecânica aliada à estanqueidade nas conexões são os elementos mais importantes nas instalações de gás. Alberto Fossa Abrinstal

24 Revista da InstalaçÃO

considerando-se a questão do sistema de conexão, mas não se pode dizer que exista um tipo de produto dominante”. E quais os produtos mais utilizados no Brasil em instalações internas? “Atualmente, o cobre e os tubos multicamadas são os mais aplicados, principalmente pela praticidade na instalação”, responde Edson Moro, que fala um pouco mais sobre as aplicações de cada tecnologia: “Com restrição a trechos enterrados, o polietileno é instalado do lado de fora da edificação, limitando sua aplicação a ramais internos. Já as tecnologias com materiais rígidos apresentam desvantagem na execução da instalação, decorrente dos trechos em curvas, com necessidade de conexões e uso de solda. O uso de tecnologias com materiais maleáveis e flexíveis traz, naturalmente, leveza e redução do número de conexões, mas com necessidade de ferramentas especiais para configuração das curvas e fixação da instalação”.

Para que o mercado de instalações de gases combustíveis siga avançando no Brasil é preciso que as instalações sejam bem executadas e seguras.


Cuidados na escolha dos produtos função de problemas de corrosão em determinados ambientes, são desaconselhados em determinadas situações. Já os sistemas de cobre e conexões soldadas são aplicados na grande maioria das instalações, com base na resistência e durabilidade, bem como em relação à estanqueidade das conexões. “Eles caracterizam-se por um sistema mais prático de ser instalado do que o sistema de aço, com robustez adequada ao serviço de distribuição de gás combustível. Já os sistemas multicamadas têm seu apelo teórico na questão de custo. No entanto, uma vez que as tecnologias ainda não se tornaram maduras suficientemente, é difícil avaliar a relação custo-benefício”, completa. Fossa explica que as normas nacionais de redes de instalação de gases combustíveis (ABNT NBR 15526 - Instalações residenciais e ABNT NBR 15358 - Instalações não residenciais) citam as referências normativas nacio-

Atenção

Para evitar problemas, os equipamentos ligados às instalações de gás devem ser bem aplicados e ter qualidade.

nais desses produtos e estabelecem as condições onde eles podem, ou não, ser aplicados. Tais referências são também encontradas em normalização internacional e referem-se às limitações de uso Foto: DollarPhotoClub

Seja qual for a tecnologia aplicada aos sistemas de condução de gases combustíveis, as características de segurança devem sempre ser consideradas como prioridade na escolha dos produtos e na sua instalação. “Independentemente do tipo do material escolhido, devemos considerar sua procedência, os processos de qualidade na sua manufatura e a conformidade com os requisitos normativos. Outro aspecto se refere ao dimensionamento, baseado na pressão de fornecimento e vazão necessária para o funcionamento adequado dos equipamentos a serem utilizados”, ressalta Edson Moro. Alberto Fossa cita ainda que a resistência mecânica aliada à estanqueidade nas conexões são os elementos mais importantes (nesse tipo de instalação) e que o tipo de material deve ser selecionado em função de aspectos como a exposição da tubulação a esforços mecânicos, à presença de agentes externos como intempéries, e agressões do meio. Quanto a aplicação, o diretor da Abrinstal observa que os sistemas de tubos de aço e conexões de ferro maleável são aptos a serem utilizados onde existam requisitos preponderantes de resistência mecânica. No entanto, em


Mercado

| Instalações de gases combustíveis

de cada tecnologia em função do local, do nível de pressão da rede de distribuição e outros fatores associados ao desempenho dos materiais. “O comportamento de componentes metálicos é bastante conhecido, e têm possibilitado o desenvolvimento

e estabelecimento de requisitos específicos para sua instalação. As normas de instalação citadas apresentam vários requisitos para a instalação dos sistemas de aço e cobre, com base no conhecimento prévio do desempenho desses materiais. Componentes poli-

méricos têm sido objeto de estudo em todo o mundo, e têm progredido em sua utilização. Assim o é também no setor de distribuição de gás, onde tubos de polietileno são empregados em larga escala nas redes de distribuição de rua”, completa Fossa.

Instalações precisam ser bem executadas Como qualquer tipo de combustível, os gases oferecem benefícios importantes aos usuários, mas, por outro lado, exigem cuidados no manuseio, instalação e utilização. Uma instalação malfeita, por exemplo, pode levar a vazamentos e ignição, com possibilidade de explosão e incêndio que podem trazer graves consequências às pessoas e edificações. Quanto ao risco de vazamento em algum ponto da instalação, Alberto Fossa explica que, geralmente, ele está associado à utilização de materiais inadequados, condições de proteção da tubulação insuficientes e realização de instalações de forma não conforme. Um aspecto importante é que não basta a instalação ser bem executada. É preciso também que os aparelhos a gás, como um aquecedor, por exemplo, tenham qualidade e sejam corretamente instalados. “Um equipamento que não possua condições adequadas de funcionamento (tanto no processo de combustão quanto na exaustão dos gases dessa combustão) pode gerar contaminação do ambiente e causar danos às pessoas. Casos de contaminação com CO são os mais frequentes, em função da instalação de aparelhos a gás inadequados, ou sem sistemas de exaustão apropriados”, comenta Fossa. Como em qualquer mercado, seguir as normas é condição obrigatória para se obter uma instalação segura e eficiente. E, nesse sentido, a área de gás está bem coberta, contando com um conjunto de requisitos que devem ser seguidos, 26 Revista da InstalaçÃO

tanto para a instalação da infraestrutura de condução (sistema de tubulação) quanto para os aparelhos. “Na construção da infraestrutura, as normas ABNT NBR 15526 e 15358 indicam os requisitos necessários para garantir uma instalação segura. No caso da instalação de aparelhos a gás, a ABNT NBR 13103 estabelece todos os requisi-

tos necessários. Essa norma encontra-se em revisão, de forma a tornar mais claros os requisitos e avançar no tratamento de novos tipos de aparelhos a gás que estão sendo disponibilizados no cenário internacional”, destaca Fossa. O problema é que nem sempre essas normas são seguidas pelas instaladoras. Isso porque não há programa de


Foto: DollarPhotoClub

compulsoriedade para as instalações de gases combustíveis no Brasil. Resultado: acidentes continuam acontecendo. Mas, efetivamente, o que uma instalação de gás deve ter para ser segura? O diretor da Abrinstal explica que, do ponto de vista prático, as instalações de condução de gás devem ser estanques e protegidas contra agressões que provoquem um eventual vazamento de gás. Também não devem passar em locais que venham a provocar o acúmulo de gás. As conexões (abrigo de medidores, por exemplo) devem sempre estar em locais ventilados, para que se evite qualquer acúmulo de gás. Com relação aos aparelhos, os ambientes devem ser ventilados de forma adequada para promover a renovação de ar do local, garantindo adequado processo de combustão.

Nos casos aplicáveis (em aquecedores de água, por exemplo) devem ser previstos sistemas de exaustão que garantam a saída dos gases da combustão para o exterior da edificação. Para garantir que uma obra é segura, as normas de instalação de gás definem a realização de um teste de estanqueidade para verificação do resultado dos serviços. Isso deveria ser realizado em todas as instalações, mas nem sempre ocorre. “Em novas construções, ou reformas sob controle de empresas de distribuição de gás e construtoras, é comum a exigência do teste de estanqueidade e respectivo atestado de responsabilidade técnica vinculado. Mas não se pode dizer que seja uma prática em todas as instalações realizadas no Brasil”, lamenta Fossa, que completa: “Além disso, a prática da verificação deveria ser um processo periódico. A ABNT NBR 15923 estabelece as condições e requisitos para realização de inspeção periódica de instalações de gases combustíveis no mercado residencial. Essa norma surgiu com a intenção de servir como base para um programa de inspeção periódico, cobrado pelo próprio mercado consumidor,

como forma de garantia de segurança das instalações que usam gás”. No caso da Comgás, depois de executada a instalação em um imóvel, existem duas situações de verificação por parte da companhia, previamente ao comissionamento do gás aos clientes, para garantia da segurança e qualidade da instalação. “Em programas de incentivo específicos, onde nossas empresas contratadas constroem a infraestrutura do gás no cliente, e nos casos onde a infraestrutura é previamente existente e construída por terceiros. Em ambas as situações são verificados todos os itens necessários para a conformidade com a normalização vigente”, afirma Edson Moro. O gerente da Comgás observa ainda que, independentemente da instalação ser verificada, há permanente necessidade de se conscientizar os moradores e proprietários sobre a importância da manutenção preventiva, para evitar problemas no futuro. Nesse sentido, a NBR 15526 recomenda inspeção nas instalações a cada cinco anos, com verificação das condições de operação dos elementos ou existência de vazamentos.

Certificação de empresas instaladoras Com o objetivo de elevar o nível dos serviços prestados pelas instaladoras de gases combustíveis foi criado pelo Sindinstalação, em 2002, um programa de qualificação setorial. Foi o nascimento do Qualinstal Gás, que há dez anos passou a ser gerido pela Abrinstal. O Qualinstal nasceu com a missão Avanço

Número de instalações de gás tem avançado no Brasil em todas as áreas, com destaque para o setor residencial.

de estabelecer requisitos para a certificação de empresas instaladoras, mas, hoje, o programa é mais amplo. Ele se preocupa em oferecer condições para que os produtos aplicados sejam normalizados e conformes, desenvolve requisitos específicos para a qualificação da mão de obra empregada pelas instaladoras, apresenta requisitos que exigem a utilização de projetos para qualquer tipo de instalação (mesmo as mais simples), discute sistematicamente requisitos aplicáveis às instaladoras quanto à sua competência gerencial e técnica, Revista da InstalaçÃO 27


Mercado

Foto: Divulgação

| Instalações de gases combustíveis

O resultado do monitoramento contínuo do desempenho das instaladoras de gás é decisivo para manter o nível de qualidade. Edson Moro Comgás

buscando garantir que os serviços prestados estejam em conformidade com as normas técnicas e realizadas dentro de um cenário que contribua para que a infraestrutura seja adequada e segura aos usuários finais. São parte integrante do Grupo de Trabalho – Gás as empresas de distribuição de gás, fabricantes de produtos, construtoras e outros agentes que têm auxiliado a pensar, no dia a dia, melhorias na estrutura e requisitos do programa. “O modelo utilizado pelo programa é consistente com as principais iniciativas internacionais de controle de mercado, qualidade, conformidade e segurança do setor de gases combustíveis em todo o mundo. Modelos semelhantes podem ser observados na Inglaterra, França, Estados Unidos e Japão. No entanto, em todos esses países existe 28 Revista da InstalaçÃO

uma cobrança mais significativa dos agentes da sociedade (companhias de distribuição de gás, construtoras) e, em muitos casos, há legislação que sustenta a obrigatoriedade dos programas de certificação”, afirma Alberto Fossa. Uma das empresas que tem atuação destacada no programa é a Comgás. Segundo Fossa, há mais de 12 anos a companhia incentiva a capacitação do mercado e a certificação de empresas instaladoras no segmento de gases combustíveis no Estado de São Paulo. “O Qualinstal teve seu início com o estabelecimento de requisitos aplicáveis às empresas instaladoras, que pudessem aportar garantias de gestão e conhecimento técnico adequado na prestação de serviços ao mercado. E a Comgás foi fundamental, na medida em que incentivou e cobrou do mercado essa adequação das empresas e a sua certificação no programa”, comenta Fossa. Edson Moro afirma que a qualificação das empresas já faz parte da rotina da companhia. “A Comgás possui um processo próprio de qualificação de suas empresas parceiras que inclui, além da confirmação da sua competência técnica, requisitos complementares em segurança, saúde, meio ambiente, qualidade e integridade de ativos, de acordo com o seu sistema de gestão, com capacitação complementar dos profissionais, auditorias regulares nas empresas e inspeções constantes das atividades de campo. O resultado do monitoramento contínuo do desempenho destas instaladoras é decisivo para a permanência destas empresas no quadro de contratadas da Comgás”. Ainda em relação à busca por qualidade e segurança, Alberto Fossa destaca, na parte de GLP, a iniciativa da Ultragaz, que busca certificar através do Qualinstal seus prestadores de serviço em todo o território nacional. “É uma iniciativa corajosa, de uma em-

presa que entende que a segurança é fundamental para o uso adequado desse energético, e que tem trabalhado neste sentido, promovendo a capacitação e certificação das empresas instaladoras”. Apesar desses avanços, é preciso caminhar ainda mais, pois a situação das instalações de gás ainda é bastante preocupante no Brasil. E as ações devem incluir várias frentes. Na parte de produtos, por exemplo, há uma reivindicação antiga dos especialistas do setor para que alguns itens tenham certificação compulsória junto ao Inmetro.


Usuários

Foto: DollarPhotoClub

O avanço das instalações de gás no Brasil ocorre tanto em obras novas, quanto em antigas.

Fossa faz uma comparação com a área elétrica para justificar esse desejo. “No caso de instalações elétricas, mais de 90% dos componentes possuem certificação compulsória do Inmetro, o que assegura aos materiais garantia de desempenho e segurança. Na parte de gás, temos insistido junto ao Inmetro para que se estabeleçam programas de certificação dos principais produtos: tubos, conexões, reguladores, válvulas e tubos flexíveis de conexões. Somente o regulador de botijão e mangueira para fogão são considerados atualmente no Brasil. Isso fragiliza a segurança, pois não se estabelece a obrigatoriedade para utilização de produtos seguros e certificados nas instalações de gases combustíveis”, lamenta o diretor da Abrinstal. A formação e qualificação da mão de obra também figura entre as prioridades em torno da qualidade e segurança das instalações. Nesse sentido, segundo Fossa, o setor de gás natural tem sido um grande parceiro da Abrinstal no desenvolvimento de padrões mí-

nimos de competência para diversos perfis profissionais. “Há um conjunto significativo de perfis já normalizados, participantes do programa de certificação de pessoas da construção civil do Inmetro. Embora seja um programa voluntário, é um começo importante para a formalização de profissionais que podem atuar neste setor”, avalia Fossa, destacando que os principais perfis profissionais passíveis de certificação são: instalador e convertedor de aparelhos a gás; instalador predial e de manutenção de rede de gás; operador de medidores de gás; inspetor de instalação de gases combustíveis; e soldador de tubos e conexões de polietileno. Por fim, mas não menos importante, há também a busca por avanços no estabelecimento de regulamentação que estabeleça a inspeção periódica das instalações de gás. “Seria uma condição mínima de segurança para garantir que as instalações se encontram adequadas ao longo do tempo. Iniciativa exemplar surgiu em 2015, no Estado do Rio de Janeiro, através de lei que exige a inspeção periódica das instalações de gases combustíveis. Que essa experiência possa ser utilizada pelos outros estados para avanços neste tema”, declara Fossa.




Espaço Sindinstalação Notícias e informações sobre o mercado de instalações e as ações do Sindinstalação e seus parceiros.

História de luta pelas instaladoras Sindinstalação caminha rumo aos 70 anos de existência, marcados por muito trabalho e geração

A

os 28 dias do mês de setembro de 1946, exatamente na Rua da Graça, número 608, na capital paulista, constituía-se a assembleia de fundação da Associação dos Encanadores e Aparelhadores Sanitários de São Paulo. Mais à frente, em 29 de dezembro de 1951, já como Sindinstalação, a entidade foi reconhecida pelo Ministério do Trabalho como Sindicato Patronal. São sete décadas representando os interesses das empresas instaladoras do Estado de São Paulo. O Sindinstalação, membro do Sistema Federativo FIESP e CIESP, vem representando e coordenando os interesses gerais da categoria econômica do segmento das empresas de instalações com atividades nas áreas elétrica, de gás, hidráulica e sanitária, de automação, aquecimento, ventilação, sistemas de detecção, prevenção e combate a incêndio e explosões, proteção atmosférica, de meios de transmissão de dados e de todos os demais sistemas prediais afins, realizadas no âmbito da infraestrutura da construção civil, quer sejam em obras prediais, públicas, comerciais ou industriais. Todas estas atividades são integrantes das divisões, grupos e classes vinculadas aos códigos 42 e 43, da Seção F – Construção, do CNAE – Código Nacional de Atividades Econômicas.

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Foto: Ricardo Brito/HMNews

de conquistas.

Várias empresas do setor especializaram-se em instalações eletromecânicas e manutenção industrial, desde subestações até sistemas de processo, na instalação de máquinas e equipamentos, sistemas de cogeração de energia e em instalações para eficientização do consumo de energia, água e insumos de produção. Empresas instaladoras também atendem as concessionárias públicas de energia como clientes, executando a construção e a manutenção de toda a infraestrutura para distribuição pública de energia elétrica, água e gás. Hoje, nossa base territorial abrange as empresas estabelecidas no âmbito de todo o Estado de São Paulo, representando mais de 3.500 empresas de diferentes portes e gerando mais de 193.000 empregos diretos. Localizado no prédio da FIESP, na Avenida Paulista, o Sindinstalação tem em sua composição uma diretoria constituída de 01 presidente e 13 diretores vice-presidentes, todos empresários do setor, assim como em sua gestão conta

com 01 diretor-executivo, equipe de colaboradores administrativos e financeiros e auditoria externa. O sindicato mantém contratos de serviços de assessoria jurídica empresarial em geral à disposição das empresas associadas e consultorias especializadas para a execução de projetos e ações específicas da entidade, beneficiando diretamente as empresas de sua base de representação. É motivo de muito orgulho, neste mês de abril de 2016, apresentarmos a toda nossa comunidade a edição nº 01 da Revista da Instalação, exemplar que será mensal a partir daqui e que, além de ser um órgão oficial de comunicação do Sindinstalação, inédito no setor das instalações, certamente agregará informações de grande importância e interesse a todo o segmento. Definitivamente um elo de conversa e troca de experiências entre os atores que formarão opinião e terão o dever de agregar valor e qualidade de informação ao nosso mercado. Nossa árdua tarefa, bastante comum


Espaço Sindinstalação Noticias e informaciones sobre el mercado de instalaciones y las acciones de Sindinstalação y sus organizaciones asociadas. Foto: Divulgação

Espaço Sindinstalação News and information on the installation market and activities from Sindinstalação and partners.

Nosso site institucional (www.sindinstalacao.com.br) passará por reestruturação, mas é por ele que as empresas e seus representantes continuarão a obter notícias relevantes do setor, nossa agenda, o elo de importantes temáticas e notícias da FIESP, assim como todo operacional desta entidade. Contate o Sindinstalação sempre que necessitar. Boa leitura e até a Edição nº 02!

O início

Imagem dos pioneiros que começaram a história do Sindinstalação.

Foto: Ricardo Brito/HMNews

a todos os sindicatos, é a de incutir nas empresas e seus representantes qual a sua parte e responsabilidade neste time, o dever de sua atuação e participação no dia a dia do Sindinstalação, possibilitando a todas se beneficiarem das ações e projetos a elas tão somente voltados. Por falar em projetos, nesta edição apresentamos duas importantes ações de nossa entidade: ✔ Índices Setoriais: Fórmula Paramétrica desenvolvida em conjunto com a FGV e que trará mensalmente a divulga-

ção da movimentação dos custos dos insumos conferidos em uma obra de instalação. Na matéria de capa dessa revista há mais informações sobre esse índice. ✔ Expo PredialTec: Essa é uma feira e congresso que ocorrerá no Anhembi, em São Paulo, no mês de julho. Agora, em sua 7ª Edição, ela passará a agregar os sistemas prediais e instalações em seu programa, abrindo espaço para as empresas do nosso setor. Tanto que o Sindinstalação é o seu principal apoiador, inclusive com estande durante a feira. Gostaríamos de lembrar que em abril iniciaremos as reuniões em nossa sede para tratar das CCT 2016/2017 – Convenções Coletivas de Trabalho. Nestes encontros é que são definidos os rumos das negociações com os Sindicatos dos Trabalhadores e nossa mediação conjunta, empresa e Sindicato Patronal, permitindo analisar as pautas reivindicatórias e muitas delas já recepcionadas pelo Sindinstalação. Além da Revista da Instalação, continuaremos enviando nossos Informativos, o Café com Notícias em todas as manhãs, e demais ferramentas de comunicação sempre que haja necessidade de trocarmos informações importantes.

José Antonio Bissesto

Diretor-Executivo

Diretoria JOSÉ SILVIO VALDISSERA Presidente e Delegado Representante Fiesp Efetivo CARLOS FREDERICO HACKEROTT Diretor VP de Relações Institucionais – Delegado Representante Fiesp Efetivo MARCOS ANTONIO PASCHOTTO Diretor VP de Instalações Prediais Elétricas CRISTIANO DA SILVA PEREIRA BENVINDO Diretor VP de Instalações Prediais Hidráulicas LUIZ ANTONIO ALVAREZ Diretor VP de Instalações de Gás e Sistemas de Aquecimento – Delegado Representante Fiesp Suplente GABRIEL TREGER Diretor VP de Instalações Industriais VITOR JOSÉ RONCHETTI Diretor VP de Instalações Prediais de Sistemas Complementares Diretores VP – Conselho Fiscal NELSON GABRIEL CAMARGO IVAN MACHADO TERNI RAMON NICOLAS OLMOS ODIL PORTO JUNIOR ADEILTON BOMFIM BRANDÃO JOSÉ CARLOS CARRARO Diretor-Executivo JOSÉ ANTONIO C. BISSESTO Av. Paulista, 1313 - 9º andar - cj 905 Cerqueira Cesar - São Paulo 01311-923 - (11) 3266-5600 www.sindinstalacao.com.br

Revista da InstalaçÃO 33


Espaço Sindinstalação

| Abrinstal

Água requer atenção

A

água é fundamental para a vida e sua falta ameaça a sobrevivência de todos os seres vivos do planeta. Hoje, é uma ação corriqueira abrir a torneira e termos água para lavar as mãos, tomar banho, lavar as roupas, as louças; mas é sempre bom lembrar que a água encanada foi a forma encontrada pelo homem de conduzi-la a distâncias, muitas vezes, consideráveis, por meio de canos e tubulações. Essas instalações representaram um grande avanço para a humanidade e permitiram os aglomerados urbanos, as cidades. Até por ser algo tão presente no dia a dia da maioria das pessoas, pode parecer que pouca gente trabalha com o tema instalações hidráulicas, mas há centenas, ou melhor, milhares de pessoas em todo o mundo que desenvolvem ações nessa área. No Brasil, uma das entidades mais atuantes é a Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações (Abrinstal), que mantém um grupo de trabalho dedicado à gestão de água, que contempla também o desenvolvimento de ações vinculadas ao WPC (World Plumbling Council - Conselho Mundial de Instalações Hidráulicas). “Nos preocupamos tanto em desenvolver o mercado interno com as melhores e mais seguras práticas, como em trazer para o Brasil o que há de mais moderno e inovador no mundo, em relação às instalações hidráulicas. Buscamos também fazer com que o País tenha papel ativo junto às discussões internacionais envolvendo esse assunto”, afirma o diretor-executivo da Abrinstal, Alberto Fossa. O WPC é uma organização internacional que visa desenvolver e promover a imagem e as normas da indústria mundial

34 Revista da InstalaçÃO

de instalações. A Abrinstal é integrante brasileira dessa organização e busca estabelecer no País uma agenda vinculada às principais ações internacionais associadas ao tema de instalações hidráulicas, como, por exemplo, participar da maior feira de exposição de produtos e inovação no setor de canalização de água, em Frankfurt, na Alemanha; acompanhar as discussões internacionais relativas às construções e às questões de sustentabilidade, entre outros. Este ano, a Abrinstal tem, na sua agenda de eventos, duas atividades técnicas destinadas exclusivamente aos profissionais que atuam na instalação de redes hidrossanitárias e de águas pluviais: um workshop técnico das empresas instaladoras Qualinstal, e um treinamento para auditores. Além disso, em setembro, na África do Sul, o presidente da Abrinstal, Silvio Valdissera, e o diretor-executivo da Associação, representarão o Brasil na 11ª Conferência Internacional sobre Instalações - WPC Conference 2016 (World Plumbling Council. O evento terá como tema central “Regulação e Instalações Sustentáveis” e reunirá representantes de países como Estados Unidos, Reino Unido, Índia, Alemanha, Austrália e o Brasil. A Abrinstal possui uma série de estratégias estabelecidas desde a sua criação, há dez anos, e adotou um planejamento estratégico que foca no desenvolvimento de ações consideradas essenciais no desenvolvimento do setor que tenha capacidade de entender as demandas da sociedade e entregar produtos seguros e dentro das normas técnicas vigentes. Dentro dessa filosofia foi criado o Qualinstal, que é um programa de avaliação da conformidade do setor de instalações, que tem por primeiro objetivo manter as

certificações das empresas instaladoras, nos segmentos de gases combustíveis, hidráulica, elétrica, solar e incêndio.

Milhões sem água encanada

No Brasil, 83% da população tem acesso à água tratada e encanada, segundo levantamento do Instituto Trata Brasil e da GO Associados, com base no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades. O dado mais recente é de 2014. É o melhor indicador da pesquisa, que revela que metade da população brasileira (49,8%) não tem acesso à coleta de esgoto e em apenas duas cidades - Belo Horizonte (MG) e Franca (SP) -, 100% dos habitantes são atendidos por esse serviço público. Do esgoto coletado, apenas 40% são tratados. As perdas da distribuição de água, outro exemplo de deficiência, diminuíram, mas permanecem perto de 40%. De 38,8% em 2010 chegou a 36,7% em 2014. A deficiência no saneamento tem sido apontada por especialistas como uma das causas do surto de Aedes Aegypti, que transmite o vírus zika, além da dengue e chikungunya. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o saneamento básico adequado poderia reduzir drasticamente epidemias, como a do vírus zika. A entidade estima que cem milhões de pessoas vivam sem acesso a sistemas adequados de saneamento na América Latina e 70 milhões não têm água encanada.


| Abrasip

Espaço para comunicação

O

mundo está mudando, e em outra velocidade! Velocidade é a palavra-chave. Tomar decisões e implantá-las rapidamente é a essência do sucesso ou, em tempos de Brasil, a única forma de sobreviver à hecatombe criada pelas conduções político-­ administrativas do atual governo. Números são isentos de cores e sentimento, portanto, bons para utilizarmos em qualquer análise, independentemente da fluência política de quem os usa. Segundo a agência Estado, a produção nacional brasileira da indústria de transformação acumula queda de 12,4% em 2015, comparado com igual período do ano anterior. Como exemplo, no Chile ela recuou 1,5%, na Argentina 0,9% e no México cresceu 2,2%. A Abramat avaliou que o PIB da construção civil caiu mais que o PIB brasileiro (queda de 3,8% em 2015) – e isso vem sendo uma regra. Foi de 5,8% no varejo ano passado. A considerar o IBGE/Material de Construção, a queda foi de 8,3%. O Brasil, que era a oitava economia do mundo, é agora a décima, sendo o quinto maior País em população. Termômetro desta realidade, nosso País não resolveu o déficit de moradia na casa de 5,8 milhões – segundo estudo da FGV fechado em 2015. Considere outro lado importante para entender e conseguir acompanhar as mudanças do nosso mundo, a informação. Vamos clarear: queremos dizer qualidade da informação. Muitas vezes, a informação geral está disponível, e precisamos garimpar a especifica, buscarmos foco até a solução. Em outros termos, temos que selecionar a informação genérica da que tem conteúdo, da que possui consistência. Nasce daí a diferença de quem realiza um trabalho utilizando-se de informação

qualitativa, ou quem, com recursos parcos, corre risco de ser pego vendendo consultoria com base em pesquisa via Wikipédia. Considere esses dois aspectos para participar de nossa primeira coluna, que a partir de agora marcará presença nesta nova e importante publicação. A Abrasip (Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais), que congrega uma parte representativa dos projetistas de sistemas elétricos, hidráulicos, incêndio, automação, Telecom e outros, estará neste espaço para trazer à luz as discussões do setor de projetos. A Associação estar cada vez mais presente no dia a dia do instalador é uma resposta às dificuldades do mercado. Conversaremos sobre o envolvimento dos projetistas com o mercado, com toda cadeia produtiva, em particular com os executores – os instaladores, sede desta casa - e com a qualidade e eficiência das instalações prediais. Esta é uma relevante e sutil evolução nas relações institucionais vivenciadas hoje no Brasil: construtores, instaladores e projetistas caminhando juntos. A Abrasip entende que estes três agentes, diante da indústria da construção, precisam atuar do mesmo lado para o sucesso dos empreendimentos. Uma Associação que, por meio dos seus membros, representa um “upgrade” no conceito do projeto e da sua importância para a cadeia produtiva. Seja por que atuam de forma integrada empresas de projetos com os mesmos objetivos – antes, meros concorrentes –, unidas para solucionar os problemas comuns, seja para representar ao mercado um diferencial de suporte ao cliente final quando em grupo, ao invés de atuar por esforços individualizados, num ambiente em que se renovam constantemente

tecnologias, produtos e materiais. Projetos desenvolvidos por empresas associadas, além de reduzir riscos, realmente acrescentam valor, desde o estudo de viabilidade até a entrega da obra. A maturidade do mercado, a despeito dos contra esforços do governo, revela-se quando as empresas da área de projetos, a despeito de terem enxugado seu efetivo, mostram-se ainda mais ágeis, e podem reagir com vigor na retomada da atividade econômica. A velocidade aqui teve papel preponderante, pois respondemos às dificuldades do mercado com ações, e permanecemos preparados, prontos. O outro aspecto, informação com consistência, é fundamental para atingirmos grande número de formadores de opinião, que precisam fazer uso de dados e conceitos que alavancam negócios, que trazem peso e experiência às decisões. Isso temos certeza que irá acontecer com este novo veículo de comunicação, a Revista da Instalação, pela qualidade da informação. Certamente, em breve, teremos chance de mostrar ações conjuntas que estão sendo realizadas entre associações, como Secovi, Abrinstal, Sindinstalação, Asbea, Abrava, ABSprinkler e Abrasip, que foi fundada no ano 2000, mas que já atuava como grupo através da vice-presidência de tecnologia do Secovi há 30 anos. Estas ações são calcadas em informação de qualidade, envolvendo conceitos de sustentabilidade, normas técnicas, produtos e materiais inovadores. Informações que pretendemos discutir aqui, divulgando aos instaladores, fornecedores e demais agentes. Até breve! Engenheiro Luiz Olímpio Costi

vice-presidente de Comunicação da Abrasip. Revista da InstalaçÃO 35


Espaço Sindinstalação

| Seconci

A crise política, que tanto tem prejudicado a economia e a cadeia produtiva da construção civil, ingressa em seu período decisivo. O momento exige serenidade e maturidade dos responsáveis pelas instituições que governam o País e das lideranças da sociedade civil. Torcemos por um desfecho da crise que restabeleça a necessária governabilidade, indispensável ao equacionamento de reformas que reequilibrem as contas públicas e resgatem a confiança necessária à retomada dos investimentos. A construção civil, que nos últimos dois anos foi forçada a dis-

Foto: Divulgação

Desfecho da crise requer maturidade

Sérgio Porto - presidente do Seconci

Priorizar a ampliação da infraestrutura e a habitação

Palestras de combate ao Aedes nas empresas O Seconci-SP realiza palestras de prevenção à dengue, zika e febre chikungunya nas empresas. Os trabalhadores são orientados a evitar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti no local de trabalho e em casa, tornando-se agentes multiplicadores desses cuidados.

Foto: Divulgação

Foto: DollarPhotoClub

Vacine seus funcionários contra a gripe

36 Revista da InstalaçÃO

Doença grave causada por vírus, a gripe pode acarretar complicações como pneumonia e até levar à morte. Para combatê-la, inclua sua empresa na Campanha Seconci-SP de Vacinação contra a Gripe, cujas doses incluem a prevenção contra a H1N1. Mediante agendamento, a equipe de enfermagem do Seconci-SP irá até sua empresa aplicar as vacinas.

pensar 600 mil trabalhadores com carteira assinada, ainda deverá enfrentar um período de dificuldades nos próximos meses. Políticas que estimulem a ampliação da infraestrutura e a habitação precisam ser priorizadas para que a crise social não se agrave ainda mais. Enquanto isso, nossas empresas buscam preservar a produtividade e a qualidade necessárias à sobrevivência. O Seconci-SP está preparado para fazer a sua parte, prestando com qualidade serviços de saúde, segurança do trabalho e atendimento social aos trabalhadores do setor.

A melhor solução em Medicina do Trabalho e Engenharia de Segurança

O Seconci-SP oferece soluções completas para as empresas atenderem as legislações de saúde e engenharia de segurança, elaborando todos os programas exigidos pelas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. A entidade ainda dispõe de ampla estrutura para a realização de exames, consultas e treinamentos, todos de acordo com as necessidades específicas do setor. Mais informações: (11) 36645844 / relacoesempresariais@ seconci-sp.org.br


| HBC Advogados

A

Desoneração da Folha de Salários

o longo dos últimos três anos, o HBC Advogados tem atuado fortemente no setor de instalações, principalmente no que se refere à desoneração da folha de salários. Diante das diversas mudanças na legislação (Lei nº 12.546/2011) desde a inclusão do setor de instalações (construção civil), palestras foram ministradas na sede do Sindicato da Indústria da Instalação (Sindinstalação) para informar sobre as mudanças ocorridas e esclarecimentos de dúvidas das empresas filiadas ao Sindicato. Quando da sua introdução ao setor de instalações, o regime de desoneração da folha gerou diversas controvérsias entre os instaladores, principalmente para aquelas

empresas que se utilizam predominantemente de mão de obra terceirizada, as quais, na prática, tiveram aumento da carga tributária. Em outras palavras, as empresas que possuíam folha de salários reduzida tiveram aumento da carga tributária, em total contrassenso ao propósito da lei, que era a desoneração fiscal, visto que o regime era obrigatório para as atividades de instalação. Atualmente, é importante destacar que, desde o dia 1º de dezembro de 2015, diante da publicação da Lei nº 13.161 de 31 de agosto de 2015, entraram em vigor as novas regras relativas à desoneração da folha de pagamentos. Salvo exceções pontuais, a alíquota da contribuição patronal à Previdência Social

passou de 2% sobre a receita bruta para 4,5%, no que se refere ao setor de instalações. Com as novas regras, a empresa poderá ainda escolher uma destas duas formas de tributação – receita bruta ou folha de pagamentos, optando pelo regime que representar a menor carga fiscal, o qual valerá para todo o ano-calendário. Para facilitar os esclarecimentos sobre assunto, o HBC Advogados disponibiliza no site do Sindinstalação memorando com os principais temas discutidos em palestras e as dúvidas apresentadas pelos clientes, o qual pode ser acessado no seguinte endereço: http:// www.sindinstalacao.com.br/a-nova-­ desoneracao-da-folha-de-pagamento/

Programas de compliance nas empresas diante da Lei Anticorrupção Compliance pode ser definido como um conjunto de ferramentas de gestão corporativa, que envolvem o desenvolvimento de processos internos de controle e mitigação de riscos. Quando surgiu a atividade de compliance, principalmente nas instituições financeiras, a maioria direcionou a atividade para a área do jurídico, por justamente tratar-se de implementação de normativos. Mas o tempo e as necessidades demonstraram que este cargo vai além de normas e políticas: devemos incluir todos os processos. Por que o “compliance” tornou-se um termo recorrente e de certa forma uma prioridade para as empresas brasileiras? Com a promulgação da Lei 12.846/13, que entrou em vigor em 29 de janeiro de 2014, todas as empresas brasileiras e seus dirigentes passam, agora, a ser expostos a graves consequências, na esfera civil e administrativa, por práticas de atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, for praticado em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não. E o que são atos lesivos? Atos de corrupção e fraudes em processos licitatórios e/ou quaisquer contratos com a administração pública. Quais são as sanções?

➧ Multa de 0,1% a 20% do faturamento bruto da empresa (se não for possível apurar, pode ser arbitrada de R$ 6 mil a R$ 60 milhões) ➧ Suspensão de atividades ➧ Dissolução compulsória ➧ Publicação das condenações (jornais + CNEP) E o “compliance” pode ajudar? Proteção dos dirigentes contra alegação de culpa por omissão reduz as sanções aplicáveis à empresa, uma vez que são levados em conta a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica. Um bom programa de compliance deve ter, pelo menos: ➧ Estrutura definida a partir de um mapeamento dos riscos ➧ Código de ética e conduta ➧ Treinamentos ➧ Equipe com capacidade e independência para monitoramento

➧ Comprometimento da alta administração ➧ Avaliações de eficácia ➧ Adequações evolutivas ➧ Canal de denúncias ➧ Punições em caso de descumprimento

*O HBC Advogados é o escritório contratado pelo Sindinstalação para assessoria jurídica ao setor: www.hbclaw.com.br Revista da InstalaçÃO 37


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Destaque

| Certificação

A busca por instalações melhores e mais seguras Fot o

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Programa Qualinstal atua na certificação de empresas instaladoras e de serviços, estimulando o mercado brasileiro a dedicar mais atenção à qualidade e à segurança das instalações elétricas, hidrossanitárias, solares, de gases combustíveis, de proteção contra incêndio e de telecomunicações. 40 Revista da InstalaçÃO

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Reportagem: Paulo Martins


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ra pela Conformidade e Eficiência das Instalações (Abrinstal), que assumiu a coordenação do Qualinstal. Atualmente o Qualinstal abrange os seguintes segmentos de mercado: instalações residenciais, comerciais e de serviço público; instalações de missão crítica (como data centers e hospitais) e também instalações industriais. As especialidades técnicas englobadas são: instalações elétricas, solares (para aquecimento de água), hidrossanitárias e águas pluviais, de gases combustíveis, de proteção contra incêndio e de telecomunicações. A certificação é feita em caráter voluntário. Primeiramente, as empresas interessadas em comprovar suas competências precisam procurar um Organismo de Avaliação da Conformidade (OAC) reconhecido pela Abrinstal - no momento existem três: ABNT, Fundação Vanzolini e TÜV Rheinland. Cabe a esses agentes realizar a auditoria para verificar o cumprimento ou não dos requisitos técnicos e de gestão determinados pelo Qualinstal. Caso todas as exigências sejam atendidas, o OAC emitirá então o

13 years ago, Brazil created the Qualinstal Program (Conformity Assessment System for Installers and Installations). This instrument aims to certify the installation companies from sectors such as electrical, hydraulic, gas, telecommunications and fire protection. The purpose is to promote the quality and safety of the services provided and the building infrastructure.

Hace 13 años, Brasil creó el Programa Qualinstal (Sistema de Evaluación de la Conformidad de Empresas Instaladoras e Instalaciones). Este instrumento tiene como objetivo certificar las empresas instaladoras en segmentos tales como eléctrico, hidráulico, gas, telecomunicaciones y protección contra incendios. El objetivo es promover la calidad y seguridad de los servicios prestados y de la infraestructura de la edificación.

Foto: DollarPhotoClub

or melhor que seja um produto, equívocos eventualmente cometidos durante as etapas obrigatórias que antecedem sua utilização pelo usuário final - como o projeto e a aplicação, em si -, podem por em xeque o resultado de toda uma instalação, seja ela elétrica, hidráulica ou de gás. Atentos a essa realidade, diversos segmentos profissionais se organizaram e criaram um mecanismo para estimular a qualidade e a segurança da infraestrutura existente nas edificações e dos serviços prestados. Trata-se do Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas Instaladoras e Instalações (Qualinstal), programa que certifica empresas instaladoras que atuam nas mais diversas especialidades técnicas. Criado há 13 anos, esse instrumento proporcionou avanços significativos e hoje está consolidado. Entretanto, ainda há muito o que evoluir para que , de fato, se perpetue no País uma cultura que valorize a excelência das instalações, no aspecto pleno desse conceito. O Qualinstal estabelece as condições e requisitos técnicos e de gestão - aplicáveis às empresas instaladoras e instalações -, de forma a garantir a melhoria da qualidade e da segurança, fomentando assim a crescente estruturação no setor. A iniciativa foi implantada em 2002 pelo Sindinstalação (Sindicato da Indústria da Instalação-SP), com o nome de Programa de Qualificação de Empresas Instaladoras. Inicialmente, abrangia apenas a área de gases combustíveis. Nos anos seguintes amadureceu a ideia de expandir a abrangência do programa para o setor predial, incluindo instalações hidráulicas e elétricas. Criou-se então a Associação Brasilei-

ABRANGÊNCIA

Instalação hidráulica residencial está entre as especialidades técnicas contempladas pelo Qualinstal. Revista da InstalaçÃO 41


Destaque

| Certificação

É imperativo que as empresas que constroem a infraestrutura para os serviços modernos estejam adequadas e atestem seu nível de competência ao mercado. ALBERTO FOSSA ABRINSTAL

em curso uma grande transformação na infraestrutura predial, que inclui a inserção de sistemas e componentes cada vez mais complexos, tanto no setor elétrico e de automação, quanto nas áreas de aquecimento de água, de energias renováveis e de gases combustíveis. “É imperativo que as empresas que constroem a infraestrutura para esses serviços modernos, e cada vez mais essenciais, estejam adequadas e atestem seu nível de competência ao mercado”, recomenda. Alberto observa que em diversos países do mundo é possível presenciar setores organizados e economicamente consistentes que possuem uma área

Etapas do Processo ✖ A empresa instaladora declara formalmente sua adesão ao Qualinstal e assume o compromisso de atender seus requisitos ✖ A empresa instaladora escolhe livremente um Organismo de Avaliação da Conformidade independente e reconhecido pela Abrinstal para sua avaliação ✖ O OAC selecionado realiza uma auditoria para verificação dos requisitos técnicos e de gestão do Qualinstal; as auditorias são realizadas com a utilização de uma lista padrão de verificação para as diferentes especialidades técnicas, validada pelo Comitê Técnico ✖ Se todos os requisitos estiverem atendidos, o OAC emite o Certificado de Conformidade da empresa instaladora e informa ao Comitê Técnico, mantendo-o informado sobre novas qualificações e suspensões havidas por qualquer motivo ✖ A empresa instaladora certificada declara formalmente sua adesão ao programa e o compromisso no atendimento dos requisitos de forma permanente; ✖ As empresas certificadas são cadastradas no site do Qualinstal e disponibilizadas para consulta pela sociedade ✖ A qualquer momento a empresa pode solicitar a qualificação em nível superior, modificação ou ampliação do escopo ou especialidade técnica Fonte: Qualinstal

42 Revista da InstalaçÃO

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Certificado de Conformidade da instaladora - a população pode consultar a lista das empresas já certificadas no site do Qualinstal. De acordo com Alberto Fossa, diretor-executivo da Abrinstal, a Avaliação da Conformidade é um procedimento que visa assegurar um adequado grau de confiança na qualidade dos produtos, processos ou serviços. “A garantia da qualidade do produto, processo ou serviço é de total responsabilidade do fornecedor. A Avaliação da Conformidade, enquanto tratamento sistêmico, visa assegurar ser remota a possibilidade de um produto, processo ou serviço chegar ao consumidor em desacordo com os requisitos normativos ou regulatórios”, explica. O dirigente destaca que é comum hoje se deparar com serviços de baixa qualidade nas mais diversas áreas, mas entende que a sociedade não tolera mais esse descaso diário. Ele observa que está

de instalação altamente profissional e competente, responsável pela criação de empregos de qualidade e oferecendo serviços essenciais à população. Para ele, ainda há muito trabalho a ser feito para que a realidade presenciada no cenário internacional se materialize também no Brasil. De qualquer forma, o especialista considera que ao longo dos 13 anos de existência do Qualinstal o País deu passos importantes na consolidação de um programa que tem capacidade de promover aquilo a que se propõe. “Acho que avançamos no desenho de um programa robusto e suficientemente flexível para atender às demandas e desejos da sociedade quanto a serviços adequados, seguros e com qualidade”, avalia. Conforme relembra Alberto, uma mudança importante na estrutura do programa ocorreu no início de 2014. Até então, o Qualinstal contemplava várias especialidades técnicas e seus respectivos escopos de serviço. No entanto, em função dos avanços do trabalho do grupo setorial da área elétrica, ficou evidente que as instalações são diferen-


Foto: DollarPhotoClub

tes não só por causa de sua característica técnica (elétrica, hidráulica, etc.), mas também em função do segmento de mercado em que tal instalação está inserida. “A realização de uma instalação de baixa tensão numa residência unifamiliar é diferente da realização do mesmo tipo de instalação num ambiente industrial. Desta forma, entendeu-se que o programa deveria também destacar e monitorar as competências das empresas instaladoras em função do seu segmento de atuação”, completa. Desta forma, existe uma série de escopos específicos de serviços que correspondem a cada segmento de mercado e especialidade técnica. “O Qualinstal não é um programa que atribui um certificado genérico a uma empresa instaladora. Ele é específico para um determinado tipo de serviço, porque existe a necessidade de se avaliar a competência da empresa na realização de cada escopo específico. Para que se tenha ideia dessa dimensão, existem mais de 15 escopos na especialidade de elétrica e quase

30 escopos na especialidade de gases combustíveis. Isso permite uma flexibilidade grande ao programa, para se adequar aos diversos tipos e características de empresas instaladoras presentes no mercado”, complementa Alberto. Outro indicador da evolução do programa é o próprio tempo de existência de cada um dos Grupos de Trabalhos setoriais, somado aos resultados alcançados. O GT Gás contabiliza 13 anos de atuação. O GT Elétrica se consolidou a partir de 2011 e o GT Hidráulica se fortaleceu em 2012. ‘Caçula’, o GT Solar, surgiu em 2014. “Cada um dos grupos tem utilizado a experiência dos GTs mais antigos, mas têm estabelecido a sua própria velocidade nos avanços”, observa Alberto. Segundo o dirigente, o GT Gás é o que se encontra mais avançado até o momento, por conta do maior tempo de existência e de uma cobrança específica de mercado por parte das empresas distribuidoras de gás natural e de GLP. Ele diz ainda que os GTs de Elétrica e de Hidráulica caminham bem próximos,

com curva de aprendizado praticamente idêntica. “Neste ano o GT Hidráulica teve um reforço adicional, com a participação efetiva da Tecnisa, primeira construtora a participar ativamente do Qualinstal, que propiciou significativos avanços na identificação e tratamento de não conformidades e patologias deste tipo de instalação e o início de desenvolvimento de um trabalho que busca a minimização de problemas hidráulicos nas construções, advindos das atividades de instalação”, revela Alberto. O GT Solar tem avançado rapidamente e espera-se que as primeiras empresas deste tipo de especialidade técnica se certifiquem em 2016. Ao GT Elétrica, o dirigente atribui o desenvolvimento da sofisticação do programa, por conta da identificação de segmentos de negócio. “Foi a partir de uma solicitação da Temon, grande empresa instaladora do setor elétrico, e que faz parte do GT, que o Qualinstal passou a contemplar esse tipo de característica no processo de certificação das empresas instaladoras”, conclui.

Modelo ‘voluntório’ Até o presente momento, o Qualinstal registra cerca de 60 empresas certificadas, em seus diversos escopos de atuação. Para Alberto Fossa, esse é um número muito baixo, em relação à quantidade de instaladoras existentes no mercado. Por conta disso, os Grupos de Trabalho receberam a missão de trabalhar forte para melhorar esse índice. Uma das formas encontradas pela

Abrinstal para fomentar o aumento da certificação das empresas instaladoras pelo Qualinstal envolve a realização de acordos setoriais com organizações que têm por princípio ou desejo o fomento da conformidade no mercado de serviços de infraestrutura. “Esses acordos permitem a troca sistemática de informações com os mercados da construção civil e um trabalho conjunto de fomento

do programa”, diz o especialista. De acordo com ele, o crescimento do alcance do Qualinstal é uma das questões mais debatidas pelos membros dos GTs setoriais. “Estamos sempre discutindo as estratégias a serem adotadas para fomento do programa, que só faz sentido existir na medida em que promova o crescimento da quantidade de empresas certificadas, no âmbito do Revista da InstalaçÃO 43


Destaque

| Certificação

País”, pondera. Entretanto, o próprio dirigente sabe que essa não é uma tarefa simples, até porque a adesão ao programa é voluntária. Segundo Alberto, o maior avanço verificado no setor de gases combustíveis se deve ao fato de uma realidade um pouco diferente das demais áreas. “No caso do gás, consideramos que o programa se tornou ‘voluntório’, ou seja, uma mis-

tura livre de ‘voluntário’ e ‘compulsório’. A determinação estratégica da Comgás em defender o programa e só contratar empresas instaladoras que possuam a certificação, aliada à decisão da Ultragaz de adotar o programa para todos os seus fornecedores de serviços no âmbito do País, representam uma cobrança formal do mercado. É por este motivo que a quantidade de empresas certificadas

nesse setor é mais expressiva”, comenta. A ideia agora é tentar estimular o mercado para que a situação verificada na área de gás se repita nos demais segmentos. “Temos realizado movimentos importantes de aproximação com várias organizações, com o objetivo de fomentar a certificação nos outros setores, tentando reforçar o modelo voluntório”, conta Alberto.

Benefícios do programa se estendem a toda a cadeia de agentes do mercado Para quem ainda tem alguma dúvida sobre a importância de iniciativas como o Qualinstal, Alberto Fossa esclarece: a ausência de um programa estruturado capaz de qualificar as empresas de forma adequada, em função de suas especialidades técnicas, bem como avaliar as instalações, propriamente ditas, pode resultar na contratação de prestadores de serviço não qualificados e instalações não conformes ou inseguras. Por outro lado, a adoção e a cobran-

ça do programa, por parte da sociedade, são capazes de produzir benefícios tangíveis para toda a cadeia de agentes envolvidos direta ou indiretamente na construção e uso de infraestruturas prediais, incluindo projetistas, instaladoras, trabalhadores, fabricantes de produtos, construtoras e incorporadoras e as concessionárias de serviços. “A importância do Qualinstal está no fato de que, além de tentar garantir que o serviço de instalações de infraestrutura executado por

uma empresa certificada é adequado e seguro, também representa a preocupação e comprometimento desta empresa instaladora em aumentar a sua produtividade e o respeito com o seu cliente”, complementa. Alberto Fossa destaca que algumas empresas individuais relataram ganhos de produtividade, resultantes da redução de desperdícios, otimização dos processos produtivos e uso mais racional dos recursos, durante os trabalhos. Tam-

Benefícios do Qualinstal ✖P rojetistas - reconhecimento e participação no mercado pelo engajamento em projetos mais confiáveis e seguros

segurada, aumento da percepção de valor na unidade habitacional

✖ Instaladoras - confiança do seu cliente nos serviços que serão oferecidos, resultando em aumento de vendas e maior participação no mercado em função de qualificação setorial

✖ Seguradoras - diminuição das indenizações pagas por acidentes em instalações e suas vítimas, redução do prêmio em função da garantia de instalações com qualidade e conformidade

✖ Mão de obra especializada - aumento da empregabilidade, possibilidade de maior participação no mercado em função da sua qualificação

✖ Consumidor final - diminuição dos riscos de segurança do usuário final, garantia de segurança no uso das instalações

✖ Fabricantes de produtos - aumento no consumo de produtos decorrentes da demanda de serviços para a adequação das instalações, moralização do mercado advinda da exigência por produtos de qualidade

✖C oncessionária de serviços - garantia de ofertar seu produto com segurança (gás, eletricidade, água), garantia de diminuição ou ausência de retrabalho no atendimento do cliente final, diminuição dos riscos de segurança do consumidor, aumento de eficiência de uso dos serviços, diminuição de pagamento de indenizações aos usuários finais, diminuição de atendimentos de emergência

✖ Construtoras e incorporadoras - segurança na garantia ofertada ao cliente quanto às instalações de sua obra, ofertas ao cliente de instalações com garantia as-

Fonte: Qualinstal 44 Revista da InstalaçÃO


a) instalações residenciais (serviços de infraestrutura predial uni e multifamiliares, tais como casa e apartamento) b) instalações comerciais e de serviço público (serviços de infraestrutura em edificações de uso comercial ou público, tais como praça, vias públicas, shopping center, igreja, arena esportiva, supermercado, museu, concessionária de veículo, escola, faculdade, call center, centro de distribuição) c) instalações de missão crítica (serviços de infraestrutura em edificações que contenham alta complexidade, sistemas redundantes e riscos de interrupções e falhas, tais como data center, hospitais) d) instalações industriais (utilidades para os processos industriais - direto ou indireto) - inclui indústrias, centrais de geração de energia, refinarias, etc.

Especialidades técnicas contempladas a) instalações elétricas b) instalações hidrossanitárias e águas pluviais c) instalação de gases combustíveis d) instalação solar de aquecimento de água e) instalação de proteção contra incêndio f) instalação de telecomunicações Fonte: Qualinstal

bém houve a percepção de maior confiança, por parte dos consumidores, e de que a certificação abre uma perspectiva de ampliação de mercado. “A reputação das empresas instaladoras certificadas, a despeito de problemas pontuais, tem melhorado, se comparada às outras empresas do setor que não possuem certificação”, constata o dirigente. De acordo com ele, um bom exemplo dessa preocupação consiste na participação da Tecnisa no processo, buscando a certificação de sua unidade interna de instalação, com a possibilidade de extensão desse tipo de exigência para as empresas prestadoras de serviço de instalação que são contratadas. “A empresa declarou que busca uma identificação específica de qualidade para o segmento

de instalações, e vislumbra a melhoria do setor como um diferencial competitivo e que pode ser apresentado aos consumidores finais”, conta o diretor da Abrinstal. O executivo cita outro exemplo dos bons resultados decorrentes da implantação do programa, desta vez no setor de infraestrutura predial de gases combustíveis. “As empresas que investiram e acreditaram no Qualinstal possuem hoje maior controle do processo produtivo, e, consequentemente, ganham em produtividade e redução de perdas e custos. Essas mesmas empresas instaladoras têm mais segurança na comercialização dos seus serviços, oferecendo uma operação diferenciada da concorrência e garantindo seus mercados, o que reflete uma mudança organizacional e também cultural. Isso é auxiliado por reforços de cobrança de mercado, como no caso das distribuidoras de gás que atuam neste segmento. O mesmo movimento espera-­ se com relação aos outros tipos de especialidades técnicas”, conclui. Foto: DollarPhotoClub

Segmentos de Mercado Contemplados

BENEFÍCIOS

Adesão ao programa traz benefícios às empresas, profissionais e usuários finais. Revista da InstalaçÃO 45


Destaque

| Manutenção de Ar-Condicionado

Checagem obrigatória Manutenção preventiva periódica dos aparelhos de ar-condicionado pode evitar paradas repentinas e gastos mais elevados com intervenções corretivas em

Foto: DollarPhotoClub

caráter emergencial.

46 Revista da InstalaçÃO

Reportagem: Paulo Martins

P

or mais que o tempo passe, o ditado que indica a prevenção como “o melhor remédio” continua atual. Antever soluções para os problemas iminentes é uma prática capaz de gerar benefícios em diversos aspectos relacionados à nossa vida cotidiana, como saúde, segurança e finanças. Um exemplo concreto disso envolve um aparelho cada vez mais presente nos ambientes residencial e comercial. Trata-­ se do a-condicionado, cuja simples manutenção periódica é suficiente para garantir grande tranquilidade aos usuários. Desde que devidamente planejada e executada, uma ação preventiva pode reduzir as chances do equipamento so-

frer maiores danos que venham a exigir consertos emergenciais e mais dispendiosos. Indagado sobre a importância de se fazer a manutenção periódica dos aparelhos de ar-condicionado, o engenheiro de suporte técnico da Trane, Cleiton de Oliveira propõe um exercício de comparação com um automóvel: “Podemos pagar pouco para um mecânico realizar um serviço de rotina ou arriscarmos pagar muito mais no futuro, caso haja a necessidade de um grande reparo. A mesma ideia vale para o ar-condicionado. Sem a manutenção regular do aparelho, o usuário poderá enfrentar dificuldades de falhas a qualquer momento - ou pior, quando mais precisar do equipamento”.


De modo geral, o condicionador de ar é um equipamento robusto, projetado para resistir a condições de grande esforço e ainda assim continuar funcionando. Claro que isso é bom, mas, por outro lado, a vida útil do aparelho pode ser comprometida, em caso de ausência de manutenção adequada. “A manutenção preventiva regular dos sistemas de ar-condicionado é a melhor maneira de garantir um funcionamento sem problemas e o desempenho máximo, independentemente da variação que ocorre na temperatura. Manutenções de pré-temporada, entre as estações mais críticas, são ainda mais importantes, já que podem ajudar a evitar uma falha no sistema em tempos de calor ou frio intenso, quando o aparelho é mais utilizado”, destaca o especialista da Trane - que atua no fornecimento de soluções e serviços de conforto interior e uma marca da Ingersoll Rand. É importante observar que todos os tipos de aparelho - até mesmo aqueles tidos como mais confiáveis - precisam passar por manutenção de rotina. Na opinião de Oliveira, o intervalo adequado para realizar esse serviço gira em tor-

Periodic preventive maintenance of air conditioner equipment can avoid sudden stops and higher costs of energy consumption and emergency corrective measures.

Mantenimiento preventivo periódico de los aparatos de aire acondicionado puede evitar paradas repentinas y mayores gasto en consumo de energía y medidas correctivas de emergencia.

Revista da InstalaçÃO 47


Destaque

| Manutenção de Ar-Condicionado

Foto: DollarPhotoClub

no de 30 dias. “Para uma boa operação do sistema de ar-condicionado, o ideal é realizar a manutenção preventiva mensalmente, eliminando riscos de paradas e custos com manutenções corretivas em caráter emergencial”, pondera. Independentemente de prazos, alguns sinais ajudam a indicar que o equipamento precisa de maiores cuidados. Segundo Oliveira, se o aparelho apresentar problemas de rendimento térmico, ruídos e consumo de energia elevado, e se ocorrerem constantes desarmes dos dispositivos de proteção, esses são indícios claros de que a manutenção preventiva não está sendo feita ou não foi executada da forma adequada. Até mesmo os usuários mais esquecidinhos podem ficar tranquilos, caso contratem uma provedora de soluções especializada para cuidar desse assunto. “A Trane oferece programas de serviço anuais que garantem que o cliente será lembrado da necessidade de manutenção da unidade no início das estações de maior calor, quando os equipamentos serão mais necessários”, informa Oliveira. Aliás, é preciso adotar critérios rigorosos antes de confiar o aparelho de ar-condicionado a alguém. “Quaisquer Foto: Divulgação

tipos de serviços nos equipamentos devem ser realizados por profissionais qualificados, que tenham participado

Como funciona a manutenção do sistema? Conforme explica Cleiton de Oliveira, a manutenção dos aparelhos de ar-­ condicionado precisa considerar o resultado das análises do equipamento e seu desempenho. A verificação deve incluir:

Sem a manutenção regular do aparelho, o usuário poderá enfrentar falhas quando mais precisar do equipamento. CLEITON DE OLIVEIRA TRANE

48 Revista da InstalaçÃO

de treinamentos em escolas técnicas ou diretamente no fabricante”, aconselha o especialista da Trane.

a limpeza das unidades condensadoras; o consumo de energia dos compressores e motores; lubrificação de forma geral; verificação de correias, pressões e temperaturas de operação do sistema, entre outros itens. Ainda por meio dessas leituras, também é preciso avaliar se a quantidade de gás refrigerante do sistema está adequada. “Um sistema com deficiência de apenas 10% na carga de gás refrigerante pode custar cerca de 20% a mais para operar, e não cumprir


uma oficina. Isso normalmente acontece em casos extremos, por motivo de

segurança ou por falta de espaço para manutenção.

Fique atento ao consumo dos aparelhos

toC lub

mensal e da redução dos custos com reparos”, observa. Segundo o engenheiro da Trane, o trabalho desenvolvido pela empresa compreende a solução completa para a redução do consumo de energia do sistema de ar-condicionado, passando inicialmente por medições de desempenho dos sistemas existentes, análise financeira da solução a ser adotada, execução do projeto e instalação e, por fim, a validação da solução implementada. “O propósito da Trane é manter o sistema eficiente por toda a vida útil, oferecendo também mão de obra especializada para corrigir eventuais desvios de operação e garantir que os equipamentos funcionem sempre de forma eficaz, através de contrato de manutenção preventiva”, garante Oliveira.

ho

Atenção

Manutenções entre as estações mais críticas são ainda mais importantes, já que podem ajudar a evitar uma falha no sistema em tempos de calor ou frio intenso, quando o aparelho é mais utilizado.

Para quem não sabe, de fato existe uma relação estreita entre a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado e o consumo de energia elétrica. De acordo com Oliveira, estudos indicam que, sem manutenção regular, um condicionador de ar perde cerca de 5% de sua eficiência original a cada ano de operação. “Isto significa que a unidade comprada apenas alguns anos atrás pode estar funcionando com um gasto de energia muito mais alto e com baixo desempenho”, conclui. A boa notícia, prossegue o especialista da Trane, é que o usuário pode recuperar a maior parte da eficiência perdida através da manutenção preventiva. “Com ajustes regulares, a unidade irá manter até 95% de sua eficiência inicial. Isso significa que o custo anual da manutenção é recuperado muito rapidamente por conta da economia na fatura elétrica

arP oll :D o çã tra Ilus

o papel que é esperado dele”, alerta o especialista. Em muitas situações, é possível fazer a manutenção do aparelho no próprio local de instalação. Dependendo do tipo de serviço a ser executado, por motivos de segurança do técnico e das pessoas envolvidas, o isolamento do ambiente com os chamados EPCs (equipamentos de proteção coletiva) pode ser necessário para garantir a integridade de todos. Dependendo das condições, o equipamento deve ser removido para execução dos serviços em Revista da InstalaçÃO 49


Evento

| Expo Revestir 2016

Um show de exposição Fabricantes de louças e metais sanitários marcam presença na 14ª edição da Expo Revestir, em São Paulo. Feira foi visitada por mais de 63 mil especialistas do Brasil e do exterior. Reportagem: Paulo Martins

Sanitary ware and metal fittings manufacturers attended the 2016 Expo Revestir Trade Fair in São Paulo, which was visited by over 63,000 Brazilian and foreign professionals. The fair was a great opportunity for networking, strengthening relationships and encouraging new businesses.

50 Revista da InstalaçÃO

Fotos: Divulgação

A

pesar da conturbada situação política e econômica do Brasil, as feiras especializadas continuam sendo um representativo canal de comunicação entre as empresas e seu público-alvo e, consequentemente, um instrumento gerador de negócios. Esse fato pode ser confirmado mais uma vez durante a 14ª edição da Expo Revestir, em São Paulo (SP), numa clara demonstração da contribuição que o setor da construção pode oferecer para o País retomar o rumo do crescimento. Promovida pela Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres), a Expo Revestir vem se consolidando como um dos principais eventos do mundo para a apresentação de soluções em revestimentos, louças sanitárias e metais. Realizada entre os dias 1 e 4 de março, no Transamérica Expo Center, a mostra recebeu a visita de 63 mil profissionais do Brasil e do exterior. Durante os quatro dias, arquitetos, engenheiros, construtores, instaladores, revendedores e outros profissionais da área puderam conhecer as novidades apresentadas por mais de 230 expositores, que ocuparam uma área total de 40 mil metros quadrados. Antonio Carlos Kieling, presidente da Expo Revestir e superintendente da Anfacer fez uma avaliação altamente positiva da feira. “Esta, sem dúvida, foi a maior de todas as edições e um marco para os negócios em 2016, principalmente em relação ao incremento das exportações do setor”, destacou. Para Lauro Andrade Filho, diretor geral do evento, o sucesso da Expo Revestir deve-se ao reconhecimento de sua performance positiva por parte dos visitantes e expositores, “que a identificam como a mais qualificada plataforma de negócios e conteúdo do setor”. Simultaneamente à feira aconteceram a 14ª edição do Fórum Internacional de Ar-

quitetura e Construção, que reuniu mais de 3 mil especialistas, e o Fórum Tecnargilla Brasil. A próxima edição da Expo Revestir está agendada para os dias 7, 8, 9 e 10 de março de 2017. Confira a seguir alguns dos lançamentos dos segmentos de louças e metais sanitários apresentados na Expo Revestir deste ano.

Fabricantes de lozas sanitarias y metales sanitarios participaron de la Feria Expo Revestir 2016 en São Paulo. Feria, que fue visitada por más de 63.000 especialistas brasileños y extranjeros, fue una gran oportunidad para hacer contactos, fortalecer las relaciones y estimular nuevos negocios.


Hydra

Para quem não abre mão de um banho confortável, uma novidade da Hydra é a Ducha Square Eletrônica. Com espalhador de 30 cm de largura, faz com que a água caia sobre todo o corpo, cobrindo a extensão de um ombro ao outro. Além de deixar o banho ainda mais prazeroso, permite regular a temperatura ao alcance das mãos, por meio de uma haste e sua visualização pelo display digital. Focando na economia, a Ducha Square Eletrônica permite economia de até 91% de energia e está disponível versões black e branca. O produto ainda conta com a baby ducha para facilitar o banho das crianças.

Deca

A premiada Linha Click conta com torneiras e misturadores e o seu modo de funcionamento é o grande protagonista, instigando a curiosidade dos usuários. Basta apertar o botão direito e a água é liberada, ao mesmo tempo, ele salta e pode ser girado para ajustar a vazão. Para regular a temperatura basta acionar e girar o botão esquerdo. As configurações são mantidas para o próximo uso, o que evita o desperdício de água. Com relação ao design, as formas limpas e sem muitos detalhes da bica chamam atenção, além dos comandos que ficam embutidos na bancada quando não estão em uso, uma solução que agrega praticidade e beleza ao produto. Para atender diversos perfis de consumidores e projetos, a linha Click vem nos acabamentos Cromado, Black Noir, Red Gold, Gold e Platinum.

Kohler

Obras de arte funcionais, as cubas da coleção Artist Editions vão além de um belo design. Fabricadas artesanalmente, apresentam trabalhos em cerâmica vitrificada, como as peças Derring e Turning, e cubas produzidas em vidro (100%) modeladas artesanalmente, como as das coleções Antilia, Lavinia, Briolette, Spun Glass, Whist e Kallos. Além das linhas pintadas à mão, há as feitas em cerâmica vitrificada, com traços delicados contrastando com padrões geométricos, florais, mosaicos e arabescos, vistos nas peças Marrakesh, Serpentine Bronze (foto), Empress Bouquet e Caravan Persia.

Docol Icasa Louças Sanitárias

A empresa apresentou sua linha de bacias mais altas e confortáveis, ideais para ambientes de acessibilidade. A bacia Luna Medic, IP92, com abertura frontal, é indicada para instalação em clínicas e hospitais, onde o usuário necessita da ajuda de terceiros para higienização. Já a bacia Luna Speciale, IP93, possui a mesma altura de sua antecessora, porém, é indicada para instalação em locais públicos e de grande movimento, além de residências em geral, pelo fato de não possuir a referida abertura. Medidas: 43,5 (altura) x 38 (largura) x 54 cm (profundidade).

A Linha DocolVitalis de purificadores de água foi uma das inovações apresentadas pela Docol. A tecnologia é o grande diferencial na comparação com outros produtos existentes no mercado. O elemento filtrante elimina bactérias, enquanto outras marcas apenas inibem a proliferação dos microorganismos. Nos testes realizados, o produto teve nota máxima na redução de cloro, retenção de partículas e aprovação em eficiência bacteriológica. A torneira e o monocomando possuem duas bicas distintas: uma para o uso convencional, como higienização de louças e alimentos, e outra para consumo, onde a água sai filtrada. As bicas podem ser usadas simultaneamente e possuem rotação de 360º. Revista da InstalaçÃO 51


Evento

| Expo Revestir 2016

Grupo Astra

Através do Sistema Ecotok é possível transformar qualquer torneira de mesa metálica convencional em uma torneira acionada por um simples toque das mãos. O sistema, exclusivo da marca Japi, pode ser facilmente instalado por qualquer pessoa e possibilita que o usuário acione a torneira com um toque e desligue com um segundo toque. Caso o segundo toque não ocorra, a torneira fechará automaticamente em 4, 8, 30 ou 60 segundos, de acordo com a regulagem do usuário. Esse sistema proporciona economia de água e mais praticidade no dia a dia, principalmente quando instalado em cozinhas e locais públicos.

Roca

A Roca traz para o Brasil a bacia sanitária eletrônica In-Wash®, recém-lançada mundialmente, que conta com tecnologia Inspira Collection. Com o uso de um controle remoto intuitivo, a bacia passa a ter as funções de bidê. O controle remoto da bacia In-Wash® é elegante e fácil de usar. Com design slim, tem sistema magnético para fixação na parede. Além disso, suas configurações apresentam iluminação progressiva e regressiva para uma utilização mais intuitiva. Também é possível acionar funções básicas, em painel auxiliar, instalado na lateral do assento. Funcional, o assento acende-se durante a noite para uma melhor visibilidade e o sensor de presença permite o controle automático das funções programadas. A bacia sanitária suspensa é extremamente segura e suporta até 250kg.

Sabbia

A Coleção Esquadro é composta por quatro cubas de diferentes tamanhos. Com design minimalista, possuem linhas retas bem definidas, com o acabamento perfeito que a tecnologia de DURAMATT permite. São funcionais e sofisticadas. A espessura fina cria formas puras e elegantes. Destaque para a tampa da válvula, produzida no mesmo material da cuba, uma inovação tecnológica da Sabbia. A Coleção Esquadro foi pensada para adaptar-se aos diversos ambientes. O menor modelo da linha, Esquadro 25, pode ser utilizado como lavatório e é uma solução para pequenos espaços. O modelo de maior tamanho é a Esquadro 80 (80x45 cm), que conta com uma superfície lateral que aumenta a praticidade de utilização.

Sanitrit

Atenua Som

A grande estrela do estande foi a cabine telefônica acústica. Trata-se de uma cabine revestida por um painel acústico inovador, que permite, ao mesmo tempo, entrada de ar e atenuação do ruído. Os furos arejam o interior da cabine, permitindo que o ar passe, sem deixar que o ruído atravesse. Segundo a empresa, esta é a solução para resolver o conflito entre ter ventilação ou isolamento acústico.

52 Revista da InstalaçÃO

A Sanitrit oferece uma solução rápida e eficaz para a instalação de banheiros residenciais ou corporativos, mesmo quando o ramal de esgoto está longe do ponto desejado. Com uma bomba trituradora alojada em um reservatório, é possível reduzir os resíduos a líquido e conduzi-lo ao sistema de esgoto. O sistema pode ser instalado diretamente no chão, atrás da bacia sanitária, ou escondido dentro de um gabinete ou parede. Como os resíduos são liquefeitos, os tubos podem ser de pequeno diâmetro (32 mm), permitindo a instalação dentro de paredes, do forro ou do piso elevado. Todo o processo ocorre em apenas um dia, sem obras, escavações ou elevação do piso.



Evento

| Expo Revestir 2016

Incepa

A marca, já consolidada no segmento de louças e revestimentos, entra também no mercado de metais, móveis e acessórios. Uma das novidades é a Linha Thema de metais para cozinha e salas de banho (cozinha nas versões misturadores e torneiras de mesa e parede; e banheiro nas versões misturadores e torneiras de mesa e parede, ducha higiênica com derivação e acabamentos para registro). Os diferenciais são o acionamento com ¼ de volta e arejador que economiza até 50% de água; design redondo e manípulo com raio que facilita a abertura. A Linha Thema possui traços arredondados, bicas mais largas e torneiras mais altas que o tradicional, o que confere imponência aos itens.

Celite

Com desenho contemporâneo, a linha Design da Celite inova ao trazer cubas de apoio com bordas ultrafinas, de 2 a 3 mm de espessura. Isso só é possível com o uso da matéria-prima Titanium®, desenvolvida exclusivamente pelo Grupo Roca. Graças a essa tecnologia, pode-se fabricar cubas com bordas ultrafinas, muito resistentes e leves. O processo de fabricação também está alinhado com o meio ambiente, pois exige menor consumo de energia na produção e no transporte. Na cor branca, as cubas chegam na versão redonda, com medidas de 350 e 390 mm, e quadrada, na dimensão 380x380 mm.

Hansgrohe

Laufen

O grande potencial de design da Laufen, com a inovação em matéria-prima a partir da SaphirKeramik®, é traduzido com a nova coleção de banheiro Val, projetada pelo designer alemão Konstantin Grcic. Traços arquitetônicos, margens extremamente estreitas e estruturas finas da superfície tornam os lavatórios desta coleção únicos no mundo. Estão disponíveis versões de lavatório nas medidas: 450x420, 600x420, 650x420 e 950x420 mm. A cuba de apoio de 500x400 ousa ao trazer a bancada lateral, com estampa geométrica em alto relevo na superfície. Já o lavatório de 550x360 mm conta com bancada circular, integrada na parte interna da louça. Redonda, a versão com 325 mm traz a bancada integrada na estrutura, com a estética de recortes internos.

54 Revista da InstalaçÃO

A empresa expandiu a premiada tecnologia Select também para lavatórios por meio de duas novas linhas: Talis S (foto) e Talis E. A água é facilmente ligada e desligada apenas apertando o botão Select, ao invés do uso convencional de alavancas. Isto é especialmente útil quando as mãos estão ensaboadas, pois é possível acionar o produto com a parte de trás de uma mão ou o antebraço sem correr o risco de sujar o monocomando. A tecnologia Select é puramente mecânica, o que traz maior comodidade, pois não requer eletricidade ou outros dispositivos, e funciona por meio de um cartucho especialmente desenvolvido pela Hansgrohe. Com a ajuda de um arejador, o fluxo de água é limitado a 5 litros de água por minuto, sem que haja sacrifício do conforto para o usuário.

Tramontina

Versa é um misturador monocomando para cozinha fabricado em aço inox AISI 304, o que o torna livre de chumbo. Possui ângulo de rotação de 360º, o que garante maior abrangência e versatilidade no uso. Os mecanismos de vedação com discos cerâmicos conferem maior durabilidade à peça, enquanto que um arejador faz a mistura da água com ar, reduzindo o consumo e proporcionando a sensação de maior vazão. O misturador conta ainda com giro articulável, gerando maior praticidade no uso do dia a dia. As paredes internas são livres de porosidades, que impedem o acúmulo de partículas que podem estar presentes na água.


Ralo Linear

A Linha Public é formada por peças para ambientes de grande circulação, que precisam atender normas de higiene e limpeza. A calha do Ralo Public possui 16 cm de largura e duas opções de comprimento: 48 cm ou 1,30 m. Ela é produzida 100% em aço inox 304 com 1,2 mm de espessura, para garantir mais resistência aos ambientes onde há grande fluxo de pessoas, circulação de carrinhos de cargas ou mesmo veículos de passeio, como shoppings, cozinhas industriais ou indústrias de alimentos.

Doka

A banheira Atlanta é o mais novo lançamento na linha Air Massage, da Doka. Com nome inspirado no design redondo que se assemelha ao formato da famosa capital da Geórgia, a peça que leva o conceito freestanding, ou seja, não precisa de alvenaria, acomoda confortavelmente até duas pessoas, além de ser uma ótima alternativa para banheiros compactos que não possuem muito espaço. Com 1 m e 50 cm de diâmetro e 0,69 m de altura, a banheira já contempla o misturador e ducha manual.

Infibra

Uma das indústrias mais tradicionais do segmento, a Infibra fabrica com a marca Permatex uma linha variada de caixas d’água em polietileno de diversos tamanhos, que vão desde 310 litros até cisternas e tanques com capacidade de 10.000 litros. Os reservatórios de água de polietileno precisam ter algumas características que garantam durabilidade e a qualidade da água. O processo de produção precisa ser de extrusão à quente, no qual o pigmento azul se funde à resina. Isso impede a passagem de luz e que o pigmento se solte com o tempo de vida do produto. Já o polietileno usado na fabricação não pode ser reciclado, a não ser o originado do próprio processo. A Infibra garante que atende essas e as demais exigências em torno do produto.

Grupo Astra

O piso radiante elétrico Astra utiliza mantas com cabos de resistência elétrica para fazer o aquecimento. A solução distribui o calor de forma homogênea em toda a área, deixando no ambiente uma temperatura agradável que pode ser regulada de 5°C a 40°C, por meio de um termostato digital, além de possibilitar o controle independente de cada cômodo que pode estar ou não ligado. Outra vantagem é que o sistema pode ser instalado sob diversos tipos de revestimento: granito, cerâmico ou porcelanato eliminando o desconforto dos pisos frios.

Tramontina

A Tramontina apresenta uma solução para o momento de escolher o conjunto completo de cuba, misturador e acessórios. O Kit Morgana 60 FX propõe uma composição para deixar a cozinha elegante, garantindo praticidade e beleza. A cuba é feita em aço inox AISI 304 e acabamento acetinado. A peça possui medidas de 685x485 mm, com profundidade de 203 mm, o que garante ao usuário um grande espaço para as atividades na cozinha e permite o uso de triturador de resíduos. O produto ainda conta com acessórios como misturador monocomando em aço inox, tábua em madeira, cesto coador e dosador de sabão. Revista da InstalaçÃO 55


Destaque

Foto: DollarPhotoClub

| Sustentabilidade

56 Revista da Instalaテァテグ


Instalações elétricas podem ser mais seguras e sustentáveis Ainda pouco praticado no Brasil, dimensionamento econômico e ambiental de fios e cabos elétricos aproxima das instalações elétricas o tema sustentabilidade.

Reportagem: Erica Munhoz

D

imensionamento econômico e ambiental de condutores elétricos. O extenso nome pode sugerir que se trata de algo complicado, mas, na prática, sua aplicação não deixa dúvidas sobre a eficácia e os incontáveis benefícios que gera ao privilegiar a segurança, a qualidade e a durabilidade das instalações elétricas. O verdadeiro “complicómetro” da questão, na realidade, reside em outra seara, a financeira. E no Brasil a cultura do mais por menos ainda fala mais alto. Mas para explicar o fim, vamos entender os meios. A função de um cabo de potência é conduzir a energia elétrica da forma energeticamente mais eficiente e ambientalmente mais amigável possível desde a fonte até o ponto de utilização. No entanto, devido à sua resistência elétrica, o cabo dissipa, na forma de calor, efeito Jaule, uma parte da energia transportada, impedindo que se obtenha 100% de eficiência nes-

se processo. Como consequência, essa perda requer a geração de energia adicional que contribui para o acréscimo da emissão de gases de efeito estufa (CO2) na atmosfera. A energia dissipada por esses cabos precisa ser paga por alguém, transformando-se assim em um acréscimo nos custos operacionais do equipamento

que está sendo alimentado e da instalação elétrica como um todo. Essa sobrecarga financeira se estende por toda a vida útil do processo. E como o custo da energia tem peso cada vez mais importante nas despesas operacionais das edificações, todos os esforços possíveis devem ser feitos para conter gastos desnecessários.

With the economic and environmental sizing of electrical conductors, users have the opportunity to reduce electricity consumption and atmosphere emissions of CO2, throughout the installation lifetime. Although the existence of a specific technical standard on this subject since 2011, this procedure has been adopted in few cases of electrical designs in Brazil.

A través del dimensionamiento económico y ambiental de los conductores eléctricos, los usuarios tienen la oportunidad de reducir el consumo de electricidad y las emisiones de CO2 en la atmósfera, durante la vida útil de la instalación. En Brasil, a pesar de que existe una norma técnica para este fin desde 2011, la práctica todavía no tiene sido adoptada en los proyectos eléctricos. Revista da InstalaçÃO 57


Destaque

| Sustentabilidade

Avanço

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Os aspectos ambientais e conservacionistas relacionados com a energia desperdiçada também são fatores cada vez mais levados em consideração. Estudos revelam que, ao longo do ciclo de vida dos fios e cabos elétricos, as mais significativas emissões de CO2 são produzidas quando os condutores estão sendo utilizados no transporte de energia elétrica, sendo relativamente pequenas na fase de fabricação e descarte desses produtos. Essas emissões são resultantes da geração extra de energia necessária para compensar as perdas Joule na condução da corrente elétrica pelo circuito. Dessa forma, mantidas todas as demais características da instalação, a maneira mais adequada de reduzir as perdas e, consequentemente, as emissões, é aumentar a seção nominal dos condutores elétricos. Obviamente, fios e cabos com bitola maior custam mais, ou seja, exigem um gasto inicial maior no

Foto: DollarPhotoClub

O dimensionamento econômico e ambiental dos condutores reforça o compromisso sustentável dos projetos elétricos.

ato da instalação. No entanto, se considerarmos o longo prazo, os benefícios financeiros e ambientais que eles oferecem durante a vida útil da instalação justificam, com sobras, o investimento. Hilton Moreno, sócio-diretor do Grupo HMNews e responsável pelo programa e pela elaboração do manual “Dimensionamento Econômico e Ambiental de Condutores Elétricos”, do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre), explica que o pensamento, ainda bastante forte no Brasil, de privilegiar preço em detrimento da qualidade e da sustentabilidade precisa mudar, e rápido. Ele afirma que elaborar um projeto levando em

conta o dimensionamento econômico e ambiental, afora o custo inicial, um pouco maior, só traz benefícios. E este custo, muitas vezes, nem é tão alto assim. “A evolução das sociedades em busca do desenvolvimento sustentável somente é possível se revisarmos conceitos e chavearmos a mente em relação à forma como enxergamos o mundo. No caso da área elétrica, não é diferente. Em resumo, durante o processo de decisão de aquisição de alguns tipos de bens, deve-se olhar a questão pelos lados dos custos inicial e operacional, que, em diversos casos, é muito maior do que o inicial”, defende Moreno.

O dimensionamento ambiental na prática Os circuitos elétricos de baixa, média e alta tensão são dimensionados pelos critérios técnicos constantes nas normas

Um projeto que leva em conta o dimensionamento econômico e ambiental só traz benefícios para a sociedade. HIlton mOreno Grupo HMNews

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NBR 5410 e NBR 14039, que incluem seção nominal mínima do condutor, capacidade de condução de corrente do condutor em regime permanente, queda de tensão no condutor, proteção do condutor contra sobrecarga e proteção do condutor contra curto-circuito. Ao utilizá-los, o resultado será sempre a menor seção nominal de um condutor que seja adequada para deter-


Fotos: DollarPhotoClub

minado circuito de forma a garantir a segurança e a operação da instalação. E, mesmo que a seção de um condutor tenha sido aumentada para atender, por exemplo, à queda de tensão, ainda assim o efeito será a menor seção nominal para atender tal critério. A física ensina que quanto menor a seção de um condutor, maior sua resistência. E quanto maior a resistência, maior a energia nele dissipada. Por outro lado, essa energia dissipada é gerada em uma fonte que emite maior ou menor quantidade de dióxido de carbono na atmosfera em função da sua matriz energética. A emissão de CO2 é diretamente proporcional à energia dissipada no condutor e, consequentemente, proporcional à sua resistência, mas inversamente proporcional à seção nominal do condutor. Explicando: mantido o comprimento de um condutor, a corrente elétrica que nele circula e o tempo dessa circulação, se for aumentada a seção do cabo, automaticamente será reduzida a emissão de CO2 na atmosfera. Esse é o princípio do chamado dimensionamento ambiental de condutores elétricos. O aumento da seção dos condutores quando dimensionados pelo critério ambiental tem como consequência direta o aumento nas emissões de CO2 no processo completo de fabricação dos cabos

elétricos, desde a fase de extração do metal condutor na mina até o descarte do produto após sua utilização (ciclo de vida do produto). Isso se deve ao fato de que seções maiores utilizam mais materiais e, consequentemente, mais energia é consumida na fabricação e demais etapas da vida do produto. No entanto, as reduções nas emissões obtidas pelo uso de cabos de maiores seções durante a vida econômica considerada compensam os aumentos gerados no processo de fabricação dos cabos com maiores seções. Em outras palavras, um pelo outro, representa o ganho ambiental resultante da redução das emissões de CO2 em função do dimensionamento econômico dos condutores.

Sustentabilidade

Instalações que adotam o dimensionamento ambiental dos condutores reduzem a emissão de CO2 na atmosfera.

Trocando em miúdos, a melhor maneira de diminuir os custos operacionais e ter menor impacto ambiental é aumentar a seção dos condutores elétricos. E para auxiliar nessa tarefa, em 2011, foi criada a ABNT NBR 15920, que relaciona o dimensionamento de condutores elétricos com a economia de energia e com a redução de CO2. Era o que faltava para complementar a ABNT NBR 5410, que já contempla cuidados com a segurança das pessoas e do patrimônio, mas não considerava as questões ambientais.

Economia

Com o dimensionamento ambiental dos fios e cabos, a instalação elétrica também reduz o consumo de energia.

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Destaque

| Sustentabilidade

ABNT NBR 15920

A preocupação com a eficiência energética e com a sustentabilidade das redes elétricas em geral motivou o Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) a criarem uma norma brasileira que associasse o dimensionamento elétrico das edificações à eficiência energética (economia de energia). Uma comissão de estudos foi formada e, dois anos depois, estava elaborada a ABNT NBR 15920:2011 - Cabos elétricos – Cálculo da corrente nominal – Condições de operação – Otimização econômica das seções dos cabos de potência. Levando em conta o apelo inicial, a norma se baseia no fato físico que o redimensionamento adequado da seção de um condutor elétrico promove menos perda de energia, reduzindo, assim, o consumo e, por consequência, o preço da conta de luz, além de diminuir a emissão de gases do efeito estufa, o CO2 (dióxido de carbono). Embora nova à época para os brasileiros, a norma foi uma tradução literal da IEC 60287-3-2 Ed. 1.0 b - Electric cables - Calculation of the current rating - Part 3: Sections on operating conditions - Section 2: Economic optimization of power cable size, publicada em 1995. Ou seja, a preocupação com a eficiência energética relacionada com o dimensionamento dos condutores elétricos é uma demanda antiga na comunidade internacional. É importante destacar que a ABNT NBR 15920 trata somente da escolha econômica de seções de condutores com bases em perdas Joule. As perdas por tensão não foram consideradas no documento.

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Com as diretrizes em mãos, restava uma ferramenta capaz de facilitar o trabalho, que envolve muitos cálculos e inúmeras variáveis. Dessa necessidade, nasceu um programa que dimensiona os circuitos levando em conta aspectos de economia de energia e os efeitos desse dimensionamento sobre o meio ambiente. Desenvolvido pelo Procobre, o software é direcionado para profissionais envolvidos com instalações elétricas interessados em calcular circuitos elétricos com condutores de cobre de baixa tensão até 1.000 V pelos critérios de dimensionamento econômico descritos na NBR 15920 e ambiental. Além do software, o manual, elaborado em 2010, traz critérios de dimensionamento econômico para todos os tipos de instalação elétrica de baixa tensão, prediais, comerciais e industriais e redes de distribuição de energia. O Procobre também realizou estudos de casos utilizando a norma NBR 15920 e o software para verificar a economia de energia e a redução das emissões de CO2 em seis tipos de edificações. Em todos houve economia de

t o Cl u b Ilustração: DollarPho

energia e ganho ambiental pela aplicação dos critérios da norma em questão. Para cada um foram consideradas diversas alternativas de tarifas de energia, tempo de funcionamento da instalação, vida útil estimada da obra, taxa de juros e outros parâmetros que fazem parte das fórmulas de cálculos. No total, foram calculados mais de 4.000 circuitos, com resultados variados, o que demonstra que a análise deve ser criteriosa para cada caso. O resultado mais significativo foi verificado em um shopping. Pela estimativa calculada, caso o dimensionamento econômico e ambiental fosse utilizado, em um prazo de 30 anos, o complexo registraria um ganho ambiental de 380 toneladas de CO2 e economizaria cerca de 2.220.700 kWh de energia.

O ganho ambiental e o futuro Com as ações cada vez mais voltadas à sustentabilidade em todos os setores, certamente as redes elétricas não ficarão de fora desse contexto, especialmente se considerar a disponibilidade dos conceitos e equações para abordar tal tema. É apenas uma questão de tempo, e vontade, para que as normas técnicas e os procedimentos de cálculo em geral incluam o requisito ambiental. “Um bom começo seria que normas como a NBR 5410 e NBR 14039 inclu-

íssem em seus textos os critérios de dimensionamento ambiental e econômico, conforme a NBR 15920. Com certeza, o meio ambiente agradeceria essa iniciativa. O Japão, por exemplo, está revisando sua norma de instalações elétricas de baixa tensão para incluir, de modo compulsório, o dimensionamento ambiental de condutores elétricos naquele país. Esse pode ser um ótimo exemplo para o resto do mundo” comenta Hilton Moreno.


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Momento exige atenção Mercado de obras e reformas é oportunidade para os instaladores.

O

primeiro trimestre do ano revelou um grande desafio para as empresas instaladoras. Devido à desaceleração dos lançamentos imobiliários, que caíram 35% em 2015, na comparação com 2014 (de acordo com o Balanço anual SECOVI

2016), fica claro que o momento exige uma série de medidas e cuidados, como reduzir despesas, readequar processos e reavaliar investimentos. É preciso colocar a criatividade em campo, identificar novas oportunidades e desenvolver estratégias de ne-

✺P rometa aquilo que puder cumprir e cumpra o que prometer, respeite os prazos e retorne as solicitações, pois o cliente precisa ser surpreendido ✺Q ualidade é oferecer um serviço que atenda às exigências dos clientes e o respectivo bem-estar dos usuários, utilizando produtos conforme normatização vigente ✺A qualidade sustenta a boa reputação e fama da empresa instaladora perante o mercado ✺P rocure correr riscos calculados. Adeque a gestão da sua empresa por meio de indicadores, que vão auxiliar na tomada de decisões ✺C ada projeto requer um esforço temporário por intermédio de serviços específicos e consecutivos, produzindo um resultado exclusivo conforme expectativa do cliente ✺O foco da eficiência operacional da sua empresa é a disciplina da equipe de instalação responsável pela empreitada ✺ E stratégia é criar uma direção para construir a sua empresa, capaz de entregar resultados únicos e exclusivos aos seus clientes ✺M onitore a eficiência de execução do cronograma de instalação da obra em relação ao planejado. Entregar uma reforma no prazo melhora a reputação da sua empresa

gócios capazes de gerar resultados no curto prazo. A orientação é que os instaladores adequem os seus processos e atuem no regime de empreitada das obras e reformas. Nessa linha, seguem algumas dicas e observações importantes:

✺A tribua cada projeto ao seu respectivo fluxo de caixa. Na entrega da obra, verifique o resultado operacional do projeto ✺P rocure manter o canteiro de obras limpo no final de cada jornada de trabalho, destinando adequadamente os resíduos gerados na etapa ✺ F ormalize com o cliente a programação de início e respectivo prazo da obra, bem como os marcos de medições intermediárias ✺ F aça uma visita para identificação pessoal de eventuais pontos críticos que possam impactar no andamento da obra ✺G aranta que os materiais necessários para a execução da obra sejam entregues no prazo adequado. Evite interrupções ✺U tilize sempre equipamentos de proteção individual em condições de uso e respeite as regras de segurança da obra ✺ No caso de contratações com materiais inclusos, principalmente para os materiais básicos, procure adquiri-los no comércio varejista local mais próximo da obra. Evite longos deslocamentos, que consumem muito tempo Através do SEBRAE-INOVA, disponibilizamos um conjunto específico de soluções para o instalador, tais como palestras e assessorias da NR-18 e gestão de resíduos da construção civil. Consulte-nos: paulohbt@sebraesp.com.br. Paulo Henrique Bueno Tavares

Unidade de Atendimento Setorial do Sebrae-SP

Slowdown in real estate launchings in the Brazilian market causes negative impacts on the day-to-day routine of installation companies. Moment requires caution and adoption of measures that include reducing costs, adequacy of processes and evaluation of investments. 62 Revista da InstalaçÃO

Desaceleración de desarrollos inmobiliarios en el mercado brasileño causan impactos negativos en el día a día de las empresas de instalación. Momento requiere cuidado y adopción de medidas que incluyen reducción de costes, adecuación de procesos y evaluación de las inversiones.


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cerca de 70% de cura, 87% de pacientes do sus e referência no tratamento do câncer infantil Com a ajuda de muita gente, ampliamos o nosso hospital e as ChanCes de reCuperação de Crianças e adolesCentes Com CânCer. nosso orgulho é poder mostrar a Cada doador que sua Contribuição é investida Com muita responsabilidade para ofereCer aos paCientes, Como a Karine e a lorena, um tratamento digno, humano e Comparado aos melhores do mundo. junte-se a nós! seja um doador.

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