Edição 05 da Revista da Instalação - agosto de 2016

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A N O 1 - N º 05

EDITORA

Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, hvac, fotovoltaica, incêndio, dados e manutenções

Agosto 2016

Fórum PredialTec 2016

Primeira edição do congresso realizado simultaneamente à ExpoPredialTec foi um sucesso. Confira em matéria especial as tendências das áreas de Energia Solar Térmica, Fotovoltaica, Ar-Condicionado, Incêndio, Elétrica, Hidrossanitária e Gás

Evento

Construsul 2016

ANO 1 – Nº 05 – Revista da Instalação

Importante feira do Sul do Brasil comprova pujança do setor de material de construção

Mercado

Medição de água

A partir de 2021, a medição de água em condomínios novos será individualizada no Brasil


Mais de 4.000 profissionais já passaram pelas 14 etapas do Fórum

PORTO ALEGRE

LOCAL

Auditório da AMRIGS Av. Ipiranga, 5311 Partenon Porto Alegre (RS)

INFORMAÇÕES SOBRE PATROCÍNIO PUBLICIDADE@HMNEWS.COM.BR (11) 4225-5400 PATROCINADORES:

Data

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AGORA É A VEZ DE RECEBER O FÓRUM QUE FALA DIRETO COM OS PROFISSIONAIS DOS DIFERENTES RAMOS DE ATUAÇÃO EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.

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Etapas Realizadas

RIO DE JANEIRO (RJ)

BRASÍLIA (DF)

BELO HORIZONTE (MG)

CAMPINAS (SP)

FORTALEZA (CE)

18/10

22/11

PRÓXIMAS

Etapas 2016 SÃO PAULO (SP)

RECIFE (PE) COORDENAÇÃO PROFESSOR HILTON MORENO

WWW.FORUMPOTENCIA.COM.BR | FACEBOOK.COM/REVISTAPOTENCIA | LINKEDIN.COM/COMPANY/REVISTAPOTENCIA REALIZAÇÃO:

MÍDIAS OFICIAIS:


Índice

| Edição 05 | Agosto 2016

10

Matéria de Capa

A ExpoPredialTec cresceu e neste ano incluiu o 1º Fórum PredialTec. A seguir, as novidades destacadas no congresso, por área:

12 Solar Térmica

Com maior participação na matriz brasileira, área de energia solar térmica ainda registra carência de mão de obra qualificada.

18 Fotovoltaica

Segmento de energia fotovoltaica cresce a passos largos, mas especialistas cobram evolução nas áreas regulatória e de normas.

36 Hidrossanitária 42 Gás Revisão e unificação das normas para instalações de água fria e quente, que passarão a fazer parte de apenas um documento normativo, foi o destaque entre as apresentações.

22 Ar-Condicionado

Sistemas de climatização influenciam saúde do homem, o que exige cuidados desde o projeto até a manutenção dos equipamentos.

52

26 Incêndio

Mercado de sprinklers registra invasão de produtos sem qualidade e defende o estabelecimento da certificação compulsória.

30 Elétrica

Normas, segurança nas instalações, avanço tecnológico e eficiência energética foram os temas mais abordados nas palestras.

4 Revista da InstalaçÃO

56

Especialistas da área alertam que qualidade das instalações de redes prediais de gás precisa ser melhorada para evitar a ocorrência de acidentes.

Mercado

Por lei, medição individualizada de água em condomínios novos será obrigatória no Brasil. Determinação valerá a partir de 2021.

Construsul

No Rio Grande do Sul, feira ligada ao setor de material de construção registra excelente público e expressivo volume de negócios.

Sempre aqui 05 Editorial ■ 06 Notas ■ 46 Espaço Sindinstalação ■ 48 Abrinstal ■ 49 Abrasip ■ 50 Seconci ■ 51 HBC ■ 62 Artigo-Armacell ■ 64 Produtos ■ 66 Link / Agenda ■


editorial

Fotos: Ricardo Brito/HMNews

Expediente

Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno

ano 1 • nº 05 • Agosto'16 Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.

Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon

Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Cristiano da Silva Pereira Benvindo, Luiz Antonio Alvarez, Gabriel Treger, Vítor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Adeilton Bomfim Brandão e José Carlos Carraro.

Redação

Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231

Departamento Comercial

Executivos de Vendas: Cecília Bari, Willyan Santiago, Júlia de Cássia Barbosa Prearo e Rosa M. P. Melo

Gestores de Eventos Pietro Peres e Décio Norberto

Gestora Administrativa Maria Suelma

Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC

Impressão Grupo Pigma

Gestor de Mídias Digitais Ricardo Sturk

Contatos Geral Rua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100 São Caetano do Sul - SP contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 4225-5400

Redação redacao@revistadainstalacao.com.br Fone: +55 11 4746-1330

Comercial publicidade@hmnews.com.br F. +55 11 4225-5400

Fechamento Editorial: 26/08/2016 Circulação: 31/08/2016 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.

Marcos orsolon

Diretor de Redação |

Hilton Moreno

| Diretor

Feiras, fórum e nova lei agitam a área de instalações prediais Sinais de que a economia começa a se movimentar com vigor foram vistos para quem quisesse enxergar em dois eventos cobertos presencialmente pela Revista da Instalação e que são destaques nessa edição: Feira Expo PredialTec & Fórum PredialTec, em São Paulo (SP) e Construsul, em Novo Hamburgo (RS). A 19ª edição da Construsul - Feira Internacional da Construção, que teve público visitante superior a 65 mil pessoas, e a possibilidade de gerar um volume de negócios próximo a meio bilhão de reais, revelou a sensação geral dos participantes de que a instabilidade econômica está passando e que o segmento da construção civil, incluindo a área de instalações prediais, vai se recuperar muito em breve. Por sua vez, a Expo PredialTec, em sua sétima edição, agregou novos segmentos de mercado, envolvendo várias tecnologias para sistemas e instalações prediais, tais como sistemas elétricos, energia solar, incêndio, gás, segurança eletrônica, áudio e vídeo, iluminação, entre outros. Simultaneamente à Feira, foi realizada a primeira edição do Fórum PredialTec, organizado pelo Grupo HMNews, com duração de três dias. O evento, inédito e inovador na área de instalações e sistemas prediais, promoveu com muito sucesso a integração entre as diversas especialidades presentes em uma edificação. Além disso, outra ótima notícia veio do governo federal, que atendeu a uma reivindicação antiga de profissionais e empresas da área hidráulica, ao sancionar, em julho último, a Lei 13.312, que obriga, a partir de 2021, condomínios verticais e horizontais a equiparem com medidores individuais de água todas as suas unidades. Essa regulamentação tende a estimular fortemente o crescimento do mercado e a redução do consumo de água, dois resultados dignos de aplausos. Como se nota, com os pés no chão, a construção civil, em geral, e a área de instalações prediais, em particular, têm bons motivos para olhar com otimismo para o futuro próximo. E nós, da Revista da Instalação, estamos juntos nessa caminhada rumo a dia melhores. Boa leitura!

Revista da InstalaçÃO 5


NOTAS

NOTAS Ações e novidades dos players do setor.

News Activities and news from main sector players.

Notas Actividades y noticias de los principales actores del sector.

Centro de Treinamento Como parte do investimento da 3M para desenvolver produtos e soluções inovadoras para garantir a segurança e o conforto do trabalhador, a Divisão de Segurança Pessoal (PSD) inaugurou um novo Centro de Treinamento de Proteção em Altura na matriz da 3M do Brasil, em Sumaré (SP). O local, instalado no Centro Técnico para Clientes (CTC), conta com uma estrutura completa para treinamento e terá expostos todos os produtos para proteção em altura da Capital Safety - empresa adquirida pela 3M em agosto de 2015. O Centro de Treinamento de Proteção em Altura, cuja construção e equipamentos consumiram recursos de US$ 200 mil, é fruto da estratégia da 3M para investir na educação dos profissionais, sendo fonte de informação sobre a importância do uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs) durante a execução do trabalho. Trata-se do segundo centro da 3M no Brasil voltado para treinamentos em altura e espaço confinado - o outro, inaugurado em 2013, está localizado em Curitiba (PR).

“A 3M acredita que a educação é a principal forma de evitar acidentes de trabalho. A construção de centros dedicados a promover treinamentos de proteção em altura reforça o nosso compromisso em tratar a segurança dos empregados como um aspecto primordial em qualquer segmento, o que se reflete na qualidade do nosso portfólio”, afirma Marcelo Cavenaghi, gerente da linha de Proteção em Altura da divisão de Segurança Pessoal da 3M. “Nossos centros de treinamento estão entre os mais modernos e mais bem equipados do Brasil”, destaca. No novo centro serão oferecidos mais de 15 módulos de treinamentos, incluindo módulos de trabalhos em altura, espaço confinado, resgate e outras capacitações customizadas. O público-alvo inclui empresas com funcionários diretos ou terceirizados que realizam trabalhos em altura e/ ou em espaço confinado, como técnicos de empresas de construção civil, mineração, petróleo e gás, distribuição de energia elétrica e empresas de telefonia e telecomunicação, entre outras áreas.

Smart Grid

A Nansen reafirma sua presença no ambiente digital com o lançamento do Portal Geração Smart Grid. Trata-se de um site independente, dedicado ao compartilhamento e atualização de informações sobre a gestão do consumo energético e os impactos trazidos pelo advento das redes inteligentes na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. O portal tem como objetivo disseminar conhecimentos e estimular debates em torno de novas tecnologias e soluções em medição e se tornar referência tanto para os profissionais que atuam neste mercado quanto para os demais públicos interessados no tema. A Nansen é conhecida pela capacidade de se renovar, característica que ajuda a explicar os bons resultados financeiros alcançados mesmo em momentos de crise econômica. Nos sete primeiros meses deste ano, a empresa registrou crescimento de 25% no faturamento na comparação com o mesmo período do ano passado. Para o ano, a expansão esperada é de 50%. 6 Revista da InstalaçÃO

O lançamento do Portal Geração Smart Grid reflete a transição tecnológica por que passa atualmente a Nansen. Recentemente, a empresa se associou à maior fabricante de medidores da China, a Sanxing Electric Co. Com capacidade produtiva de mais de 25 milhões de medidores/ ano e presença em mais de 50 países, a Sanxing se soma à Nansen na busca da liderança entre os fabricantes de medidores no Brasil. A integração entre as equipes de desenvolvimento das duas empresas irá acelerar os projetos de inovação, e uma nova linha de medidores inteligentes será lançada ainda em 2016. A parceria já impacta os números. Com a ampliação da capacidade produtiva, o incremento na produção de medidores eletrônicos será de mais de 60% em relação ao período anterior à associação. Para a Nansen, também é fundamental crescer com qualidade. Os investimentos feitos nesse sentido culminaram em 100% de aprovação dos lotes em primeira inspeção realizada pelos clientes, no mês de julho.

Foto: Fotolia


Em prol da segurança Dois dispositivos - o DR (Diferencial Residual) e o DPS (Dispositivo de Proteção Contra Surtos) - tornam mais segura a instalação elétrica residencial. O DR é um dispositivo para proteção das pessoas contra choques elétricos, e o DPS protege componentes eletroeletrônicos de queimas por sobretensão. Embora obrigatório, o uso dos dispositivos ainda não é uma regra no Brasil, principalmente em construções antigas que não foram modernizadas e na autoconstrução. “Conforme a norma ABNT NBR 5410 de instalações elétricas, o DR é obrigatório no Brasil desde 1997, e o DPS, desde 2004. Isso nos deixa em igualdade com a maioria dos países mais adiantados tecnicamente. O caso é que nem sempre essa exigência é seguida na prática, principalmente na autoconstrução”, relata Hilton Moreno, engenheiro eletricista consultor do programa Casa Segura do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre). Segundo Hilton, o DR pode evitar acidentes com eletricidade ao detectar fugas de corrente e interromper automaticamente a corrente elétrica. “O dispositivo reconhece quando há vazamento de pequena quantidade de energia dos condutores e componentes elétricos em geral, o que um disjuntor comum não consegue detectar. Dessa forma, evita as consequências de choques elétricos e até acidentes fatais”, destaca. O corpo humano conduz eletricidade, por isso, quando uma pessoa entra em contato com partes energizadas, caso o percurso da corrente elétrica no corpo atinja órgãos vitais pode causar a morte, An_revInstalacao_9x21.pdf 1 21/03/2016 09:03:55

se não for interrompida em um tempo adequado. O DR é eficiente tanto no contato direto - introdução de objeto condutor na tomada - como no contato indireto, quando a fuga de energia por falha na isolação interna de um componente eletroeletrônico torna um objeto não-condutor em condutor. “O dispositivo DR pode ser utilizado por equipamento ou instalado em um quadro de luz, por circuito ou por grupo de circuitos”, alerta o consultor do Procobre. “A decisão sobre a melhor forma de ligar os dispositivos deve ser feita por um profissional habilitado e qualificado”, sinaliza. Por norma, já é prevista a separação de circuitos de iluminação e de tomadas. Dessa forma, caso haja uma fuga de corrente em alguma tomada, isso não afeta a iluminação da casa ou a distribuição de energia para outros pontos do imóvel. Em termos de custo, o uso de DRs e DPSs não é algo significativo, representando um pequeno percentual do valor da instalação. Para reduzir a possibilidade de queima dos equipamentos eletroeletrônicos, outro dispositivo indispensável é o DPS. Ele previne que oscilações na rede elétrica causem danos aos aparelhos conectados às tomadas. “Quando os equipamentos estão ligados na rede e há uma sobretensão (elevação brusca de tensão do sistema elétrico), os aparelhos eletroeletrônicos passam a operar fora do limite de segurança e podem queimar”, destaca o consultor do Procobre.


Energia Solar

Foto: Divulgação/Portal Solar

Para facilitar a adoção da energia solar, o Portal Solar (www.portalsolar.com.br) - hub de prestadores de serviços do segmento - lançou o Guia do Consumidor de Energia Solar. O material está disponível para download gratuito e traz informações básicas sobre essa forma de geração sustentável. O Guia consolida informações publicadas no portal desde sua criação, em 2012, de forma didática. “Temos um material extenso e queríamos reunir tudo em um só lugar, de forma simples, para uma pessoa leiga poder se familiarizar com o tema sem sustos”, conta Carolina Reis, diretora do Portal Solar. O material traz desde definições básicas do setor, como quais equipamentos compõem um sistema de captação de energia solar, até um check-list que facilita a vida de quem está pesquisando para instalar um sistema em casa - com orientações sobre tempo recomendado de garantia e especificações técnicas para evitar experiências ruins. Há, inclusive, dicas para aqueles que estão na fase de construção ou desenho de um imóvel e já querem se planejar para adotar a energia verde.

Saneamento básico

Atento às eleições municipais de 2016, o Instituto Trata Brasil (ITB), em parceria com a Reinfra Consultoria, lança a cartilha “Saneamento Básico e as Eleições Municipais 2016”, trazendo desde princípios básicos do saneamento até informações sobre a necessidade de os municípios investirem em água e esgoto, a obrigatoriedade da elaboração dos Planos Municipais de Saneamento (PMSB), as instâncias de apoio junto ao Governo Federal, entre outros pontos. O texto traz também depoimentos de prefeitos e ex-prefeitos que priorizaram os serviços de água e esgotamento sanitário durante suas gestões, bem como a manifestação de promotores, procuradores e membros de Tribunais de Contas. Essas autoridades dão suas visões sobre a importância dos serviços e os principais gargalos que prefeitos enfrentam nos projetos e obras de saneamento básico. 8 Revista da InstalaçÃO

Sede própria

A WAGO, empresa alemã especializada em conexões elétricas e automação, consolidou sua presença de 10 anos no mercado nacional com o lançamento da pedra fundamental de sua sede própria, em Jundiaí (SP). O empreendimento, previsto para começar a operar em fevereiro de 2017, triplicará a capacidade de estoque e de produção de montagem de réguas de bornes da empresa, além de comportar número maior de funcionários no escritório administrativo, podendo chegar a 150 colaboradores. Localizada às margens da Rodovia Dom Gabriel, no Condomínio Industrial Multivias II, a nova sede totalizará 3,2 mil metros quadrados de área construída, na primeira etapa, em terreno de 16 mil metros quadrados. A escolha do local foi motivada, principalmente, pela proximidade com a atual planta, em Itupeva (SP), a fim de manter o quadro de funcionários. Outros fatores que contribuíram para a definição foram o fato de ser uma região com mão de obra qualificada para apoiar o crescimento futuro e a questão logística. Em fase de fundação da estrutura, iniciada em julho último, o novo prédio, desenhado para ser sustentável, contará com tecnologia de automação predial da WAGO. O projeto, desenvolvido em conjunto com a matriz alemã, prevê sistema de controle de iluminação baseado em rede DALI – sistema de iluminação com luminárias dimerizáveis –, controle de utilidades, além de ar-­condicionado e medição de energia totalmente integrados. “Com isso, teremos redução no consumo de recursos e, também, proporcionaremos maior conforto aos usuários da planta, seguindo os preceitos de sustentabilidade, fundamentais dentro da filosofia da WAGO”, pontuou Marcos Salmi, diretor geral da WAGO Brasil. Estruturalmente, a nova sede está sendo concebida considerando quatro etapas para acomodar futuras expansões. Nesta primeira fase, a construção contará com centro de distribuição, Customer Support (atendimento técnico e comercial a clientes e parceiros), área de configuração e montagem de réguas de bornes, área administrativa e financeira e espaço útil para fabricação local tão logo surja a necessidade. Com todos os estágios finalizados, terá capacidade para acomodar até 1.000 funcionários.

Foto: Divulgação

NOTAS


Showroom sobre rodas

Depois de expandir em 40% o tamanho do seu showroom sobre rodas, a Eaton ampliou o trajeto do caminhão customizado incluindo áreas remotas para expor dezenas de soluções elétricas, hidráulicas e de filtração a usinas sucroalcooleiras e fazendas agrícolas. Novos estados, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pernambuco e Bahia estão recebendo o caminhão, que deve percorrer o dobro de quilômetros rodados em 2015. Empresas automotivas, emissoras de TV, hospitais, bancos e distribuidores têm recebido a visita do caminhão da Eaton. Soluções elétricas para distribuição de energia, iluminação, segurança do trabalho, rede elétrica, qualidade de energia, controle e monitoração; além da linha hidráulica, que inclui motores, bombas e mangueiras industriais e hidráulicas, assim como soluções de filtração

estão expostas no espaço móvel. Mais robusto, o Tech Day sobre rodas, que conta com disjuntores fabricados pela própria Eaton no quadro de força, passou a contar com uma área dedicada a treinamentos dentro do próprio caminhão. As palestras técnicas são especialmente criadas de acordo com as necessidades dos clientes, possibilitando melhorias nos processos e, consequentemente, a evolução dos negócios de diferentes setores. “Esse ano nossos clientes têm mais espaço e comodidade dentro do caminhão, totalmente personalizado com as soluções Eaton. Engenheiros e técnicos podem aprender na prática a aplicabilidade de nossas soluções, além de receber palestras técnicas desenhadas para atender suas necessidades”, comenta Francis Kusznir, gerente de Marketing e Comunicação da Eaton.

Gerenciamento predial

A Honeywell anunciou uma nova versão de seu principal sistema de gerenciamento predial, o Enterprise Buildings Integrator (EBI). O EBI R500 aprimora a conectividade dos edifícios atuais para ajudar a torná-los ativos estratégicos para as organizações. Os novos recursos auxiliam as empresas no gerenciamento e na tomada de decisão, promovendo a melhoria na eficiência dos negócios e proporcionando maior controle sobre as operações. O EBI R500 possibilita aos administradores

prediais converter dados do edifício em recomendações para entregar resultados em tempo real. Os novos recursos incluem: nuvem e conectividade móvel; aumento da capacidade de pontos de dados e aprimoramento da conformidade em TI. “Os edifícios não têm de ser ativos desvalorizados. Com o sistema de gerenciamento predial correto, as organizações podem transformar seus edifícios em ‘colaboradores inteligentes’ para os objetivos do negócio”, disse John Rajchert, presidente da Honeywell Building Solutions.

Fotos: Divulgação


Matéria de CApa

| Fórum PredialTec 2016

Fórum para

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ntre os dias 12 e 14 de julho, o Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, abrigou mais uma edição da ExpoPredialTec. Remodelada, a sétima edição do evento apresentou como principal novidade seu novo perfil, passando a agregar novos segmentos de mercado, envolvendo várias tecnologias para sistemas e instalações prediais. Nessa nova formatação, além dos tradicionais expositores ligados à área de automação, o evento também contou com empresas de sistemas elétricos, energia solar, incêndio, gás, segurança eletrônica, áudio e vídeo, iluminação e redes, entre outros. Edilberto Almeida, diretor da Cardo10 Revista da InstalaçÃO

so Almeida Eventos, que é a empresa organizadora da ExpoPredialTec, destaca que, com este novo perfil, a feira gerou boas oportunidades tanto para os expositores (através de novos negócios e parcerias), quanto para o público visitante, que teve acesso às principais novidades do mercado. “O propósito do evento é promover a integração entre profissionais e empresas ligados às novas áreas abordadas, o que permitiu elevar o nível de serviço, qualidade, segurança e eficiência das edificações”. Simultaneamente à Feira, aconteceram três fóruns técnicos, formados por palestras de profissionais renomados do setor: IV Fórum Aureside de Tecnologias

de Informação, o Fórum PredialTec e o Fórum Direcional Condomínios. Acompanhando o novo perfil da feira, foi realizada a primeira edição do Fórum PredialTec, organizado pelo Grupo HMNews, com duração de três dias. E ele foi um dos destaques da feira. “Nossas expectativas com este fórum foram superadas. Trata-se de um evento inédito e inovador na área de instalações e sistemas prediais que agradou tanto o público presente, quanto os palestrantes. O alto nível das apresentações, aliás, foi o ponto alto, sendo elogiado por vários congressistas”, comemora Hilton Moreno, diretor do Grupo HMNews e responsável pela organização do Fórum.


Fotos: Ricardo Brito/HMNews

instaladores Primeira edição do Fórum Predialtec, realizada em São Paulo, reúne profissionais instaladores de diversas áreas prediais.

Reportagem: Marcos Orsolon

Assim como a feira, o Fórum, montado no formato de um congresso técnico, reuniu várias áreas das instalações prediais em um único local, com palestras apresentadas por renomados profissionais de elétrica, hidráulica, gás, ar-condicionado, incêndio, aquecimento de água solar e energia

fotovoltaica. Segundo Hilton, os temas foram selecionados com o intuito de antecipar tendências e discutir o avanço das novas tecnologias das áreas abordadas. Nas próximas páginas vamos apresentar os módulos que fizeram parte do Fórum PredialTec 2016.

The first edition of Forum Predialtec, organized by HMNews Group, a three-days event, gathered over two hundred professionals from sectors such as water plumbing, gas, solar, airconditioning and fire.

Con tres días de duración, primera edición del Foro Predialtec, organizado por Grupo HMNews, atrae a más de doscientos profesionales de las áreas hidráulica, gas, solar, aire acondicionado y fuego. Revista da InstalaçÃO 11


Matéria de CApa

| Fórum PredialTec 2016

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In recent years, the use of solar thermal energy has been growing substantially in Brazil. However, the country still needs to solve some problems such as the lack of manpower qualification. In response to this situation, entities of the educational area, such as Senai, have been seeking to offer professional training programs in order to avoid the interruption of the sector’s development cycle.

12 Revista da InstalaçÃO

El uso de la energía solar térmica ha crecido sustancialmente en Brasil en los últimos años. Sin embargo, el país todavía tiene que resolver problemas tales como la falta de capacitación de mano de obra. Como resultado, entidades del campo de la educación, tales como el Senai, han tratado de ofrecer programas de formación profesional con el fin de contribuir para que el ciclo de desarrollo del sector no sea interrumpido.


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Setor cresce e mira profissionalização

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Apesar do forte ritmo de desenvolvimento, a fonte solar térmica ainda tem pendências a resolver, como a formação de mão de obra especializada.

Reportagem: Paulo Martins

Situação que predomina nas instalações brasileiras, de maneira geral, é de não atendimento à normalização.

Foto: Ricardo Brito/HMNews

DANIELLE JOHANN ABRINSTAL

m franco crescimento no País, a energia solar térmica ocupa um lugar de destaque na matriz brasileira. Em 2015, esses sistemas de aquecimento produziram o equivalente a 8 mil GWh de energia elétrica, que seriam suficientes para abastecer 6 milhões de residências. Apesar dessa representatividade, ainda existem muitos gargalos a serem resolvidos, como a falta de mão de obra especializada. Além de comprometer a segurança, esse tipo de situação contribui para transmitir uma má impressão do setor. Atentas à questão, instituições de ensino e associações de classe têm investido em programas que visam contribuir para aumentar o nível de qualificação dos trabalhadores que atuam na área. Esse foi um dos principais temas discutidos durante o Fórum PredialTec. De acordo com Danielle Johann, coordenadora do Qualinstal Solar, programa mantido pela Abrinstal (Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações), a situação que predomina nas instalações brasileiras de maneira geral (elétrica, hidráulica, solar, etc.) é de não atendimento à normalização aplicável. Para ela, existe desconhecimento dos riscos associados ao não atendimento das normas. Além disso, ela entende que faltam profissionalização na cadeia de produção e também maturidade ao mercado, inclusive aos consumidores. “Quando surge um problema elétrico, muitos ligam para o porteiro ou para o zelador para consertar. Isso se aplica a todos os tipos de instalação. Na área de aquecimento solar, que é nova, o problema é mais gritante,

porque existem poucas pessoas especializadas”, exemplifica. Leonardo Chamone Cardoso, gerente Técnico da Solis, fabricante de aquecedores solares, destacou que o mercado vem crescendo a taxas de dois dígitos nos últimos anos, mas ainda é extremamente carente de profissionais qualificados e capacitados para exercer a atividade. Conforme alerta o executivo, é necessário que a área de prestação de serviços acompanhe esse ritmo, caso contrário, o desenvolvimento do setor como um todo pode ser comprometido. “O mercado de aquecimento solar do Brasil é o mais maduro das Américas, hoje. O segmento de instalação precisa evoluir na mesma velocidade”, sentencia. Cardoso destaca que as boas práticas na instalação do sistema de aquecimento solar são necessárias também para o bom funcionamento do sistema e satisfação do cliente. “Pode ter o melhor coletor solar do mundo. Se a instalação hidráulica não for bem executada, o desempenho do sistema estará comprometido”, completa. Conforme recomenda Cardoso, uma boa empresa prestadora de serviços de instalação precisa estar bem estruturada, manter uma rotina de planejamento para executar os serviços e possuir pessoal capacitado. O gerente Técnico da Solis informa que existem várias checagens que precisam ser feitas antes de efetivamente colocar a mão na massa, ou seja, iniciar uma instalação solar. Antes de tudo é preciso se preocupar com os devidos itens de segurança e possuir as ferramentas adequadas. “Não tem mais espaço no mercado para o instalador de aquecimento solar que sobe Revista da InstalaçÃO 13


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| Fórum PredialTec 2016

Mercado solar brasileiro é o mais maduro das Américas, e segmento de instalações precisa evoluir na mesma velocidade. LEONARDO CARDOSO SOLIS

no telhado de chinelo e bermuda. Tem que se profissionalizar, a começar pelo uso dos equipamentos corretos”, alerta. Outro aspecto fundamental é executar a instalação em conformidade com as normas vigentes, pois esse tipo de documento orienta sobre boas práticas em projetos e instalações. Ainda antes de iniciar a instalação, Cardoso sugere que o instalador procure compreender todas as variáveis que envolvem o entorno do local, como condições da hidráulica, necessidade de transporte vertical do reservatório, se há espaço suficiente, a resistência estrutural e a segurança do local de instalação, etc. Após finalizar a instalação, recomenda-se fazer uma revisão geral do sistema e, claro, orientar o cliente a usá-lo. Por fim, o especialista diz que aqueles que saírem na frente no sentido de buscar capacitação e se profissionalizar nessa prestação de serviço sempre terão oportunidades para crescer na profissão. A capacitação profissional do instalador solar térmico foi justamente o tema da palestra apresentada por Vania Caneschi, coordenadora de Atividades Técnicas 14 Revista da InstalaçÃO

da Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuolo, de São Paulo (SP). Primeiramente ela mencionou os programas disponíveis na unidade que incluem a abordagem do aquecimento solar. São eles: curso técnico de edificações (nível médio), curso de instalador hidráulico (aprendizagem industrial) e curso de instalação de aquecedor solar (aperfeiçoamento profissional). Mais específico, este último tem duração de 60 horas e visa desenvolver competências relativas à execução de instalações de aquecedor solar em edificações conforme projetos, procedimentos e normas técnicas vigentes. Os requisitos para participar do programa são: ter concluído o quinto ano do ensino fundamental; ter no mínimo 18 anos completos e comprovar conhecimentos e experiências referentes à execução de instalações hidráulicas prediais. Não é preciso ter registro na carteira profissional, bastando apresentar um relatório dos serviços prestados ou declarações dos clientes atendidos. Caso considere necessário, a instituição pode aplicar uma prova ou fazer uma entrevista com o candidato. “O Senai não vai deixar de reconhecer a experiência que a pessoa adquiriu de maneira informal”, observa Vania. A coordenadora do Senai informou também que a instituição está se preparando para implantar o sistema de certificação de pessoas voltada aos profissionais de instalação. De acordo com Vania, esta será uma oportunidade para os profissionais conquistarem um diferencial no mercado de trabalho, aumentando sua empregabilidade. A certificação tende a ser interessante também para as empresas e prestadores de serviço, pois poderá ajudar a diminuir o índice de retrabalhos decorrentes de

Futura certificação de pessoas voltada aos profissionais de instalação será um diferencial no mercado de trabalho. VANIA CANESCHI SENAI

imperícia técnica dos profissionais. A mão de obra devidamente capacitada proporciona a racionalização do trabalho, diminuindo o desperdício de materiais e a geração de resíduos. O fabricante também ganha, pois terá a certeza de que seus produtos serão devidamente instalados. Outra iniciativa importante em andamento no setor envolve a certificação das instaladoras. Trata-se do Qualinstal (Sistema de Avaliação da Conformidade


Foto: Fotolia

de Empresas Instaladoras e Instalações), coordenado e monitorado pela Abrinstal. A proposta do Qualinstal é estabelecer um Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas Instaladoras e Instalações de acordo com suas especialidades técnicas e características específicas de mercado. O programa aborda aspectos técnicos específicos das instalações nas seguintes especialidades: elétrica, hidrossanitária, gases combustíveis, sistemas de prevenção e combate a incêndio e telecomunicações. Além de garantir o nível de qualidade dos serviços de instalação, o programa visa: ampliar a competitividade das empresas instaladoras; aumentar a segurança das instalações e dos usuários; viabilizar o aumento de produtividade da cadeia da construção civil predial e de infraestrutura e aumentar o mercado das empresas instaladoras por meio da prestação de serviços com qualidade. No momento, seis empresas instaladoras estão em processo de certificação, que pode ser buscada também por construtoras que executem serviços de instalações. Revista da InstalaçÃO 15


Matéria de CApa

Mercado em alta Ainda no aspecto de mercado, o crescente uso dos sistemas de aquecimento solar em edificações de grande porte também foi debatido no evento. A apresentação ficou por conta de Rafael Campos, vice-presidente de Vendas da Bosch Termotecnologia. Ele também é diretor Departamento de Aquecimento Solar da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação e Aquecimento) e da Abagás (Associação Brasileira de Aquecimento a Gás). Inicialmente Campos apresentou uma estatística que indica a participação das diversas fontes nos domicílios que aquecem água para banho. A tendência é de que o uso solar para aquecimento de água seja de 12% em 2020; 17% em 2030; 21% em 2040 e 24% em 2050. Para que haja crescimento, prossegue o executivo, a tendência é ampliar o uso da fonte solar em edifícios multifamiliares e comerciais. Ele cita o exemplo da China, onde o mercado residencial está

saturado. Naquele país, prédios residenciais, hotéis e edifícios públicos já representam 61% das novas instalações feitas em 2015. Campos explica que dois vetores impulsionam esse segmento: a própria demanda do mercado e novas leis, como acontece na cidade de São Paulo. Entre as principais vantagens do uso do aquecimento solar em edifícios, Campos destaca a economia nas contas mensais para os usuários, de até 70%, na comparação com o chuveiro elétrico, e de até 50%, versus o aquecedor a gás. Outros benefícios são: redução nas emissões de CO2, aumento no valor venal do edifício e redução do pico de demanda de eletricidade ao evitar o uso do chuveiro elétrico, reduzindo a capacidade máxima da rede elétrica a ser projetada (no edifício, e em maior escala, no município). Campos observa que os sistemas de aquecimento solar permitem fazer mais de vinte configurações diferentes, de forma a atender cada demanda. “O

Fotos: Ricardo Brito/HMNews

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Tendência é de aumento da penetração do uso da fonte solar para aquecimento de água. RAFAEL CAMPOS BOSCH

importante é tentar entender a especificação de cada um dos projetos e adequar o sistema à necessidade principal do cliente”, orienta.

Evolução normativa Em quase todo o mundo as normas técnicas passam por revisões periódicas, o que exige que os profissionais estejam atentos à conformidade com as eventuais alterações promovidas na legislação.

Rodrigo Cunha Trindade, diretor da Agência Energia, empresa especializada em projeto e consultoria na área de energia solar, destaca que as revisões são importantes para que o mercado tenha uma norma atualizada e que represente sua realidade, facilitando a adoção da mesma e maior aderência dos agentes envolvidos. Além disso, prossegue o especialista, uma norma atualizada fomenta a prática de instalações melhores, com mais qualidade, segurança e durabilidade. No setor de energia solar térmica, uma importante norma passa por revisão, no momento: a NBR 15.569 - SisUma norma atualizada faz com que tenhamos instalações melhores, mais seguras e duráveis. RODRIGO CUNHA TRINDADE AGÊNCIA ENERGIA

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tema de Aquecimento Solar de Água em circuito direto - Projeto e Instalação, que está em vigor desde 2008. As reuniões para discussão dos termos da norma acontecem uma vez por mês, e a expectativa é contar até o final do ano com o texto que irá para consulta pública. Segundo Trindade, além das eventuais atualizações, a norma de projeto e instalação também poderá sofrer alterações em função do projeto de uma nova norma que está sendo elaborada, envolvendo reservatórios térmicos aplicáveis em sistemas de aquecimento solar. Há, ainda, outra norma em elaboração - a que regula os projetos de água quente e água fria. Com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo, o executivo aponta que uma das preocupações dos especialistas será garantir que não haja conflitos entre os documentos.



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lação a t s n I ltaica o v o t Fo

Favored by high levels of solar irradiation, Brazil has great potential in the photovoltaic sector. During the first edition of Forum Predialtec, in Sao Paulo, industry and academia experts discussed the main issues of the sector, such as the need to qualify the workforce and to prepare technical standards.

Revolução em curso Aproveitamento do sol como fonte para geração

Favorecido por los altos niveles de radiación solar, Brasil tiene un gran potencial en el segmento fotovoltaico. Durante la primera edición del Foro Predialtec, en Sao Paulo, expertos de la industria y del mundo académico discutieron las principales cuestiones relacionadas con el sector, tales como la necesidad de calificar la mano de obra y la preparación de normas técnicas.

de energia propicia surgimento de uma forte indústria no mundo, a fotovoltaica.

Reportagem: Paulo Martins

Foto: Fotolia

O

impacto na economia mundial provocado pelo desenvolvimento da energia solar fotovoltaica é tão grande que, apesar de relativamente novo, o setor já é visto por especialistas como fator indutor de uma nova revolução industrial. Privilegiado pelo alto índice de incidência solar, o Brasil constitui um enorme mercado a ser desbravado. Entretanto, o País ainda precisa resolver uma série de pendências que podem atravancar o crescimento da área. Dos vários problemas à espera de solução, é válido destacar alguns, em especial. O primeiro envolve a necessidade de melhorar urgentemente a qualidade da mão de obra dos trabalhadores. O segundo consiste em buscar avanços tanto no campo regulatório quanto no normativo. Esses e outros assuntos foram temas de debates durante a primeira edição do Fórum PredialTec, realizado entre 12 e 14 julho, em São Paulo. Confira nesta matéria as principais considerações feitas pelos especialistas que participaram das discussões, representando empresas, associações de classe e a academia. Como se sabe, a Geração Distribuída de energia, e mais especificamente o se-

tor solar fotovoltaico, está crescendo a taxas vertiginosas no mundo inteiro, criando muitas oportunidades para empresas e profissionais diversos. Em países mais desenvolvidos, como Estados Unidos, Alemanha e Japão, o aproveitamento dessa fonte tem sido intenso nos últimos anos. No Brasil, o primeiro registro de fabricação de módulos (ou painéis) solares data de 1979, mas só agora esse setor começa a ganhar corpo de verdade. A primeira usina fotovoltaica a produzir eletricidade em escala comercial foi inaugurada somente em 2011. Uma aproximação entre o grande público e essa fonte se deu com a realização no País da Copa do Mundo de 2014, que deixou como legado as instalações fotovoltaicas feitas nas coberturas de alguns estádios. Entretanto, conforme destaca Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), a grande ‘virada’ desse mercado deve-se principalmente a três fatos: a Chamada 13/2011 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que incentivou a inserção da geração fotovoltaica na matriz brasileira; a realização de leilões específicos de energia solar fotovoltaica e a regulamentação do sisRevista da InstalaçÃO 19


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Avanço do mercado deve-se a fatos como os leilões de energia solar fotovoltaica e a regulamentação do sistema de Geração Distribuída. CARLOS EVANGELISTA ABGD

tema de Geração Distribuída, também pela Aneel. A Geração Distribuída foi regulamentada inicialmente pela Resolução Normativa nº 482, de 2012. Três anos depois a Aneel publicou outra Resolução, a de nº 687, revisando o documento anterior. Entre as inovações constantes na REN 687 destaca-se a ampliação das fontes (todas renováveis), a redefinição dos limites (microgeração: até 75 kW;

mini: até 5 MW) e a simplificação do acesso (formulários padronizados por faixa de potência). Também entre as novas regras da Aneel para mini e microgeração distribuída vale citar o autoconsumo remoto, que permite ao gerador utilizar créditos em outra unidade consumidora (uma empresa pode produzir energia no galpão e utilizar os créditos no escritório), e a geração compartilhada (sistema que possibilita que diversos interessados se reúnam em um consórcio ou cooperativa, instalem micro ou minigeração distribuída e utilizem a energia gerada para redução das faturas de energia). Segundo definição do Instituto Nacional de Eficiência Energética, Geração Distribuída é uma expressão usada para designar a geração elétrica realizada jun-

to ou próxima do consumidor, independentemente da potência, tecnologia e fonte de energia. Grosso modo, no sistema de Geração Distribuída a energia é produzida no próprio local de consumo (como em residências, por exemplo). Já a Geração Centralizada caracteriza-se pela dependência de grandes usinas, que produzem e transmitem a energia para os locais de consumo por meio de linhas de transmissão. Entre os benefícios da GD, destacam-­ se a geração no ponto de consumo e a redução de perdas (hoje, 15% da energia elétrica gerada no Brasil se perdem na transmissão e distribuição); economia em investimentos de transmissão; economia na conta de energia; alta confiabilidade; utilização de fonte renovável e abundante; geração de empregos especializados e baixo impacto ambiental. A Geração Distribuída envolve basicamente o uso de fontes renováveis de energia, como solar fotovoltaica, biogás, biomassa, eólica e hidráulica (Pequenas Centrais Hidrelétricas).

Números expressivos

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derando o tipo de fonte, a grande maioria (3.494) é constituída por sistemas fotovoltaicos. Quanto ao potencial do mercado, a Aneel estima que a Geração Distribuída terá 1,2 milhão de consumidores, em 2024. Até 2050, a expectativa é de que 13% das residências do País tenham energia proveniente de fonte fotovoltaica, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Com a evolução prevista, a estimativa

No mundo, as instalações solares cresceram anualmente, em média, 41% entre 2000 e 2015. Ou seja, o mercado praticamente duplica a cada dois anos. CARLOS CAFÉ STUDIO EQUINÓCIO

é de que a energia solar fotovoltaica represente 3,3% do total da matriz elétrica brasileira, em 2024 (em 2014, essa fonte nem aparecia na estatística). Fotos: Ricardo Brito/HMNews

De acordo com Carlos Café, diretor do Studio Equinócio - empresa especializada no segmento fotovoltaico -, no mundo, as instalações solares cresceram em média 41% ao ano, entre os anos de 2000 e 2015, ou seja, o mercado praticamente duplica a cada dois anos. Ainda segundo o especialista, estudos apontam que em 2016 serão instalados 69.000 MW de painéis solares pelo mundo. “No Brasil, mesmo com o momento político-econômico complicado, até maio de 2016 já tínhamos instalado no País o equivalente a todo o ano de 2015, e o mercado deve crescer acima de 150% este ano”, informa. Segundo dados da Aneel, no mês de maio o Brasil concentrava 3.565 ligações de Geração Distribuída, sendo a maioria (800) no Estado de Minas Gerais. Consi-


Quando se fala em sistemas fotovoltaicos, principalmente dentro do conceito de Geração Distribuída, é comum que se pense no aspecto econômico, ou seja, quanto será preciso gastar, qual será o prazo de retorno, etc. Entretanto, é preciso elevar os aspectos técnicos a um mesmo nível de importância. Conforme destaca Marcelo Almeida, profissional do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP), o sucesso de uma instalação fotovoltaica depende de vários aspectos, como projeto, qualidade dos equipamentos e da instalação em si, inspeção e capacitação de profissionais. Para nortear atividades técnicas e proporcionar maior segurança para trabalhadores e usuários é essencial dispor de regras, e é exatamente isso que está sendo providenciado. Um time de especialistas trabalha no momento na elaboração de um projeto de norma específico para a área de instalações elétricas fotovoltaicas. De acordo com Almeida, que coordena o Grupo de Trabalho da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) responsável pela elaboração do regulamento, a norma é importante para garantir a qualidade das instalações elétricas de sistemas fotovoltaicos e também a segurança de pessoas e equipamentos. Esse instrumento também facilita a atribuição de responsabilidades em questões contratuais, permitindo a posterior verificação do cumprimento de obrigações, e padroniza, na medida do possível, as características das instalações elétricas de sistemas fotovoltaicos. É importante ressaltar que hoje não

Não dá para pensar em ‘zerar’ a conta de energia usando a fonte solar, pois concessionárias podem cobrar uma tarifação mínima do consumidor. MARCELO SOARES PASSO PADRÃO

existem normas técnicas brasileiras que abordem adequadamente as instalações desses sistemas, em especial a parte de corrente contínua (arranjo fotovoltaico). O que se tem como referência, no momento, é uma norma internacional, a IEC603647-712:2002 - Electrical installations of buildings – Part 7-712: Requirements for special installations or locations - Solar photovoltaic (PV) power supply systems (Ed.1). Entretanto, essa norma é considerada antiga, não abrangendo todos os detalhes das instalações fotovoltaicas. Segundo Marcelo Almeida, a norma que está sendo desenvolvida englobará tanto a Geração Centralizada quanto a Distribuída e sistemas fotovoltaicos conectados e não conectados à rede. O novo regulamento será baseado na IEC/ TS62548:2013 - Photovoltaic (PV) arrays - Design requirements (Ed.1) e está sendo pensado de maneira a complementar a norma ABNT NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão, que é uma importante referência para a área elétrica. Marcelo Rodrigues Soares, diretor da empresa Passo Padrão, especializada em treinamentos na área de engenharia elétrica, falou sobre pontos polêmicos envolvendo a conexão de instalações prediais fotovoltaicas e os padrões de entrada das distribuidoras de energia elétrica.

Fotos: Ricardo Brito/HMNews

Norma para o segmento

Sucesso da instalação fotovoltaica depende do projeto, qualidade dos equipamentos e da instalação em si, inspeção e capacitação de profissionais. MARCELO ALMEIDA IEE-USP

Ele lembrou que o Brasil possui 63 concessionárias de distribuição de energia elétrica, e que eventualmente surgem impasses entre os requisitos estabelecidos pelas empresas e os projetos. De acordo com Soares, um dos problemas acontece quando uma resolução normativa emitida pela Aneel tem caráter ‘administrativo’, não trazendo especificações técnicas, cabendo às distribuidoras solucionar a questão. “O que acontece: ficam 63 problemas para serem resolvidos. Uma (distribuidora) não conversa com a outra, cada uma elabora sua norma de conexão”, exemplifica. A cobrança de ICMS feita quando o produtor de energia fotovoltaica injeta o excedente na rede foi outro ponto abordado por Soares. De acordo com ele, após muitas dúvidas e discussões, chegou-se a um consenso mais satisfatório: o imposto irá incidir somente sobre a diferença entre a energia consumida e a energia injetada na rede no mês. Mas, para que o usuário se beneficie dessa regra, é preciso que o estado em questão tenha assinado um convênio com o Conselho Nacional de Política Fazendária. Para Soares, a tendência é que todas as unidades da federação concordem em aderir ao acordo. Outro ponto que normalmente gera dúvida é se a conexão da instalação fotovoltaica ocorrerá em baixa ou média tensão. De acordo com o Soares, essa definição cabe à distribuidora de energia. Revista da InstalaçÃO 21


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Saúde é o que importa Especialistas de diversas áreas destacam importância do projeto e da manutenção para garantir o adequado funcionamento dos sistemas de condicionamento de ar.

The quality and the technological evolution of products are key factors in all areas. In the HVACR segment, professionals still need to monitor the trends related to equipment design, installation and maintenance, in order to ensure the proper system functioning. After all, besides providing comfort, the air conditioner is a device that impacts people’s health.

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La calidad y la evolución tecnológica de los productos son factores clave en todas las áreas. En el segmento de HVACR, los profesionales todavía tienen que monitorear las tendencias relacionadas con el diseño, instalación y mantenimiento de equipos, para garantizar el correcto funcionamiento de los sistemas. A fin de cuentas, además de proporcionar confort, aire acondicionado es un aparato que tiene una influencia también sobre la salud de las personas.


ação l a t s In R de HVAC

Foto: Fotolia

climatização é um processo que visa controlar diversos parâmetros do ar, como temperatura, umidade, velocidade e pureza. Mais do que garantir o conforto do ser humano, os aparelhos destinados a esse fim exercem influência também na saúde. Por conta disso, é fundamental obedecer a critérios rigorosos, desde a fase de projeto de um sistema de ar-­ condicionado, até a operação rotineira e manutenção da solução escolhida. Essas foram algumas das questões abordadas por seis especialistas durante a parte do Fórum PredialTec dedicada ao universo de HVACR. Apenas para introduzir o assunto, convém lembrar da diversidade de modelos de ar-condicionado disponíveis no mercado, diferenciando-se por aspectos como funções, capacidade e tecnologia empregada. Grosso modo, esses sistemas dividem-se em dois tipos: expansão direta (utiliza gás refrigerante para resfriar o ar a ser insuflado no ambiente) e expansão indireta (o gás refrigerante resfria a água que circula por um sistema fechado, sendo a água responsável pelo resfriamento do ar). No sistema de expansão direta encaixam-se equipamentos como condicionadores de ar compactos, splits convencionais e inverter, condicionadores de ar centrais (self contained, Split de alta capacidade) e condicionadores de ar VRF. Já o sistema de expansão indireta é composto por centrais de água gelada (condensação a ar ou água), bombas de recirculação de água gelada, condicionadores de ar do tipo fan-coil/fancoletes, torres de resfriamento e bombas de recirculação de água de condensação. Conforme especifica Afonso de Carvalho, sócio da SisTherm Sistemas Térmicos, o principal fator para definição da capacidade a ser instalada e o tipo

de sistema a ser adotado é a carga térmica. E, para chegarmos à carga térmica, é preciso determinar as seguintes variáveis: tipo de utilização, condições operacionais, tipo de construção (invólucro), fontes de calor, quantidade de pessoas abrigadas, temperatura e umidade exteriores relativa. Para quem tem dúvida se existe um sistema de ar-condicionado mais adequado para suas necessidades, o sócio-diretor da Planenrac Engenharia Térmica, Cláudio Misumi, garante que sim. “Para cada pé existe um sapato adequado”, brinca. O executivo diz que a etapa de projeto merece toda atenção, pois é uma das que mais causam impacto no funcionamento do edifício, ao longo do tempo. Independentemente da solução a ser implantada, Cláudio Misumi faz uma recomendação em especial: além de contemplar a qualidade do ar, a escolha do sistema mais adequado tem, neA carga térmica é o principal fator para definição da capacidade e do tipo de sistema de climatização a ser adotado. AFONSO DE CARVALHO SISTHERM

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Reportagem: Paulo Martins

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Fotos: Ricardo Brito/HMNews

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Etapa de projeto requer atenção, pois é uma das que mais causam impacto no funcionamento do edifício, ao longo do tempo. CLÁUDIO MISUMI PLANENRAC

cessariamente, que considerar a questão da eficiência energética. Antes de tomar decisões, portanto, é aconselhável que o usuário recorra à ajuda de um especialista para buscar a melhor orientação. Oswaldo de Siqueira Bueno, consultor, professor e integrante das comissões técnicas da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento), destaca que a energia elétrica é um recurso finito e

caro e também defende a importância de ficar atento ao consumo de eletricidade decorrente da operação dos sistemas de ar-condicionado. “Lembrem-se dos apagões e do seu alto custo”, comenta. Segundo Bueno, mesmo os equipamentos de alta eficiência podem consumir energia em excesso, em caso de operação e manutenção deficiente dos sistemas que possuem elevada carga térmica devido ao seu projeto arquitetônico. “É importante caracterizar o consumo em função das condições climáticas, da área construída e uso da instalação”, orienta. Márcio Berto, especialista da WH Engenharia, observa que a operação de um sistema de condicionamento de ar requer o trabalho de uma equipe multidisciplinar, e menciona um fato constatado comumente no mercado: “Manter uma equipe qualificada para operar um prédio de forma adequada tem um custo, e, muitas vezes, se busca o menor custo da operação para maximizar a lucratividade. Como esse não é um serviço crítico, acontece de não ser valorizado como deveria”. Berto diz também que a operação de um sistema de ar-condicionado pode transcorrer sem sobressaltos, caso sejam respeitadas as normas técnicas para dimensionamento e projeto. O problema é que muitos prédios não operam confor-

Energia elétrica é um recurso finito, o que exige atenção ao seu uso na operação dos sistemas de arcondicionado. OSWALDO DE SIQUEIRA BUENO Oswaldo Bueno Engenharia

me projetados e, portanto, acabam consumindo mais energia do que deveriam. O executivo da WH Engenharia cita um caso em que um prédio foi construído para abrigar uma população de 1.200 pessoas, mas foi transformado em um call center com 3.400 pessoas, o que dificulta a operação do sistema. “É muito usual projetar a instalação para uma finalidade e fazer a ocupação com outra modalidade de atividade”, lamenta.

Manutenção em HVACR A origem da palavra manutenção é derivada do latim manustenere, que significa ‘manter o que se tem’. Pode ser definida como toda ação de controle e monitoramento de um equipamento, seja ele uma máquina ou um edifício. Conforme define Régis Servilha, da

Muitos prédios não operam conforme projetados e, portanto, acabam consumindo mais energia do que deveriam. MÁRCIO BERTO WH ENGENHARIA

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Masstin Engenharia, a manutenção não aumenta a confiabilidade, mas sim leva o equipamento a operar sempre próximo às condições ideais ou necessárias. A manutenção divide-se em três tipos (corretiva, preventiva e preditiva) e, na área de HVACR, visa cumprir os seguintes objetivos: reduzir as ocorrências não programadas; aumentar a disponibilidade e a vida útil dos equipamentos; garantir a qualidade do ar interno; atender a legislação vigente; mitigar o absenteísmo e reduzir o consumo de energia.


Fotos: Ricardo Brito/HMNews

Manutenção não deve ser encarada apenas como um fator gerador de custos, ela envolve o bem-estar das pessoas. RÉGIS SERVILHA MASSTIN ENGENHARIA

Servilha destaca também que os tempos mudaram, e que os profissionais precisam entender as novas diretrizes do mercado. Antes havia a preocupação apenas com o conceito de refrigeração, incluindo como se comportam os equipamentos e aspectos como temperatura e umidade. Hoje isso não basta. O especialista do setor precisa conhecer também demais aspectos inerentes à área, como qualidade do ar interior, meio

ambiente, consumo de energia, nível de ruído, suporte ao cliente, automação e segurança, entre outros. Por fim, Servilha lamenta que a manutenção ainda seja encarada por muitos apenas como um fator gerador de custos. Na verdade, prossegue, ela representa muito mais do que isso, pois envolve o bem-estar das pessoas. A manutenção é uma disciplina regulada por uma série de referências técnicas, como normas e resoluções. Arnaldo Parra, especialista da Thermotec falou sobre um desses regulamentos, conhecido como PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Controle). O referido plano foi criado por meio de uma portaria federal de 1998 que exige a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado em edificações de uso coletivo e determina os devidos procedimentos, tomando como referência as normas técnicas. O PMOC tem característica de lei e estabelece uma série de sanções pelo seu descumprimento. Estão envolvidos no plano agentes como Ministério da Saúde, Associação Brasileira de Normas Técnicas, Vigilância Sanitária, Conselho Nacional do Meio Ambiente, Abrava e CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia). De acordo com Parra, o PMOC tem como objetivos: garantir que o projeto

Plano de Manutenção, Operação e Controle tem característica de lei e estabelece uma série de sanções pelo seu descumprimento. ARNALDO PARRA THERMOTEC

e a execução da instalação de ar-condicionado sejam adequados; garantir que a manutenção do sistema de climatização seja eficaz; proporcionar bem-estar, conforto, produtividade e combater o absenteísmo ao trabalho; corrigir e eliminar os problemas encontrados em edifícios de uso coletivo (‘Síndrome dos Edifícios Doentes’) e eliminar os problemas de saúde referentes à qualidade do ar.


ação l a t s In êndio de Inc

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Rumo à compulsoriedade Mercado de sprinklers cresce e vive a expectativa de que o Inmetro torne obrigatória a certificação do produto. Reportagem: Paulo Martins

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rojetado para controlar o fogo enquanto os bombeiros não chegam, o sprinkler automático foi patenteado pela primeira vez no século 19 e constitui uma importante ferramenta de combate a incêndios até os dias atuais. Segundo as estatísticas, edificações que possuem o dispositivo têm danos materiais entre seis e dez vezes menores do que nos incêndios ocorridos em construções sem esse recurso. Capaz de salvar vidas humanas, o sistema deve ser alvo de decisões acertadas. É fundamental que os cuidados envolvam todas as etapas, a começar pelo projeto e escolha dos equipamentos, passando pela correta instalação e culminando com a manutenção periódica. A indústria investe hoje milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento para o lançamento de novos modelos e técnicas de aplicação dos sprinklers. A título de curiosidade, um único bulbo de vidro que compõe esses dispositivos pode ser submetido a até 800 medições de engenharia para ser aprovado. No Brasil o mercado segue em expansão, com forte crescimento de vendas, por influência de uma série de fatores, como maior rigidez das leis estaduais, exigências das companhias seguradoras e acidentes como o da Boate Kiss, ocorrido em 2013, e que vitimou 242 pessoas. De acordo com informação fornecida por José Carlos Paiva, gerente-executivo da ABSpk (Associação Brasileira de Sprinklers), um dos segmentos que têm demandado bastante a utilização de sprinklers no Brasil são os serviços de armazenagem. Segundo o executivo, existem ainda outras três áreas onde a aplicação desse tipo de dispositivo é massiva: shoppings, prédios comerciais e hotelaria, incluindo hospitais.

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A grande questão a ser trabalhada é que tem aumentado também o mercado de sprinklers não certificados no Brasil até em ritmo mais forte do que os produtos certificados. O fato é que hoje existe um expressivo número de dispositivos falsificados no País, aumentando os riscos para os usuários. José Paiva informou que a ABSpk possui um canal de denúncias em seu portal na internet (www.abspk.org.br), através do qual podem ser informadas irregularidades em qualquer tipo de estabelecimento público e que comprometam a segurança na prevenção e combate a incêndios. O executivo disse também que a associação solicitou ao Inmetro que a certificação de sprinklers no Brasil se tornasse compulsória. “O pleito foi aprovado e esperamos que em 2017 seja estabelecida a compulsoriedade na utilização desse produto”, comenta. Paiva mencionou ainda que a ABSpk está instituindo um sistema voltado à certificação dos profissionais da área. De caráter voluntário, o programa pode começar a ser colocado em prática já no próximo ano. A importância da certificação dos sprinklers também foi destacada na palestra apresentada por Felipe Melo, coordenador do Comitê Técnico da ABSpk e sócio-diretor da empresa ICS Engenharia. Segundo o especialista, um produto sem certificação pode falhar e comprometer totalmente o sistema de combate a incêndio. Entre os problemas verificados no mercado, ele cita exemplos como sprinklers que derretem com o fogo, devido ao uso de materiais inferiores na fabricação, e dispositivos sujeitos a entupimento, por conta da utilização de vedação inadequada. O executivo destaca que itens como válvulas, bombas e chaves de fluxo são passíveis de testes nos locais de instalação, mas observa que o bico sprinkler é um com-


The fire-fighting devices represent a promising market in Brazil. However, one thing has drawn attention from experts: the use of non-certified products has been increasing in the country. The sprinkler industry is particularly concerned about this situation. The sprinkler’s manufacturers association has requested to the competent authorities the implementation of a sectorial compulsory certification.

Los dispositivos de extinción de incendios constituyen un mercado prometedor en Brasil. Sin embargo, una situación ha llamado la atención de especialistas: está aumentando en el país el uso de productos no certificados. Esto tiene causado una preocupación particularmente en la industria de rociadores automáticos contra incendios. Tanto que la asociación que representa a los fabricantes solicitó a las autoridades competentes el establecimiento de la certificación obligatoria en el sector.

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Fotos: Ricardo Brito/HMNews

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Expectativa é de que o Inmetro estabeleça a compulsoriedade da certificação de sprinklers a partir do ano que vem. JOSÉ CARLOS PAIVA ABSPK

ponente que não pode ser testado em campo. Desta forma, o certificado de produto funciona como um atestado de confiança, pois assegura sua qualidade. Para Melo, a opção por sprinklers não certificados representa uma economia injustificável, pois esse tipo de produto normalmente equivale a uma

parte pequena dos custos de um empreendimento. O especialista falou também sobre avanços na legislação que devem contribuir para aumento da segurança da população. A primeira novidade envolve um decreto do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, que aguarda assinatura do governador para entrar em vigor. Segundo o documento, “os materiais e equipamentos de segurança contra incêndio utilizados nas edificações e áreas de risco deverão possuir certificação, por meio de organismos de avaliação da conformidade nacionais ou internacionais acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), comprovando o atendimento às normas técnicas nacionais”. Melo falou também sobre um novo anexo da IT-23, Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros paulista, que irá exigir o Atestado de Conformidade do Sistema de Chuveiros Automáticos (com ART), similar ao constante na IT-41, de Instalações Elétricas. O documento precisará estar assinado pelo engenheiro responsável e também pelo dono do estabelecimento. A medida tem três

Uma boa instalação precisa ser feita por pessoal qualificado, seguir rigorosamente o projeto e ser testada regularmente. FELIPE MELO ICS ENGENHARIA

propósitos: impedir a ‘legalização’ de Sistemas de Chuveiros Automáticos não-­conformes, mitigar abusos e fraudes por uso de componentes falsificados e/ ou de procedência duvidosa e aperfeiçoar as informações sobre a Situação Operacional de Sistemas de Chuveiros Automáticos.

A importância do projeto A apresentação de Felipe Melo na primeira edição do Fórum PredialTec incluiu ainda uma explanação a respeito dos problemas que ocorrem em projetos e instalações de sistemas de sprinklers. Segundo o executivo da ABSpk e ICS Engenharia, um projeto de sprinkler consiste em um conjunto de documentos que inclui plantas em escala com layout definido; memorial descritivo; cortes e detalhes de instalação; isométrico com pontos de cálculo identificados e cálculo hidráulico, entre outros itens. Um projeto deve conter pelo menos as seguintes informações: cotas entre sprinklers e das estruturas; dados do sprinkler (fabricante, modelo, fator K, temperatura de operação e número de identificação 28 Revista da InstalaçÃO

dos dispositivos); informações sobre tubos e conexões (material, norma, espessura e diâmetros utilizados); dados dos suportes (tipos, detalhes e localização); detalhes sobre as bombas (modelo, vazão, pressão e tipo do motor), etc. De acordo com Melo, o projeto é importante pois fornece as informações mínimas necessárias para a montagem; permite validação e conformidade com normas; inclui cálculos da demanda de água, sistema de bombeamento e reserva de incêndio; contém o levantamento de materiais de montagem e reúne a documentação formal para registro e eventuais alterações futuras. Para o especialista, um bom projeto deve ser desenvolvido por especialistas,

pensado e elaborado cuidadosamente e interpretar e contornar as dificuldades que serão encontradas durante a instalação. Já uma boa instalação precisa ser feita por pessoal qualificado e seguir rigorosamente o projeto, embora seja necessário habilidade para identificar e contornar possíveis dificuldades em campo. Outra exigência é que a instalação seja mantida e testada regularmente. Entre as principais falhas normalmente encontradas em projetos e instalações, Felipe Melo cita problemas como desconhecimento das normas, falta de levantamento de campo, desenhos desatualizados, mão de obra sem qualificação e falta de comunicação.



Matéria de CApa

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The section on Electrical Installations of the first edition of Forum Predialtec gathers outstanding technical experts who discussed issues such as safety, energy efficiency, lightning protection and technology integration.

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Sección de instalaciones eléctricas de la primera edición de Foro Predialtec reúne a expertos de alto nivel técnico que discutieron cuestiones tales como la seguridad en las instalaciones, la eficiencia energética, la protección contra rayos y la integración de la tecnología.

Foto: Fotolia

Reportagem: Marcos Orsolon


ação l a t s In ca Elétri

Ambientes seguros Segurança das instalações, eficiência energética e integração tecnológica estiveram entre os principais temas abordados pelos palestrantes. truturada em quatro partes, sendo: Parte 1 (princípios gerais), com 67 páginas; Parte 2 (gerenciamento de risco), com 104; Parte 3 (danos físicos e perigo à vida), com 51; e Parte 4 (danos internos da estrutura – proteção dos equipamentos), com 87 páginas. Para ilustrar a importância desse documento, Sueta apresentou ao público alguns dos principais danos que os raios podem causar às pessoas e edificações. Por exemplo, quando o raio cai na quina de uma edificação e arranca lascas, ou quando atinge uma árvore e causa um incêndio. Há ainda situações em tanques de combustíveis, como ocorreu em 2013, quando dois tanques de etanol pegaram fogo devido a descargas atmosféricas. O mais grave, no entanto, é o risco à vida das pessoas. “Em média, morrem de 100 a 130 pessoas no Brasil devido a Foto: Ricardo Brito/HMNews

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s profissionais que acompanharam as palestras do módulo ‘Instalação Elétrica’ da primeira edição do Fórum PredialTec saíram bastante satisfeitos com o conteúdo apresentado pelos especialistas convidados. O alto nível dos palestrantes chamou a atenção, assim como as informações passadas por eles, que envolveram temas como normalização, segurança nas instalações, avanço tecnológico e eficiência energética. A primeira palestra do dia foi ministrada por Hélio Sueta, especialista do Instituto de Energia e Ambiente da USP e secretário da comissão da norma NBR 5419, que fez a apresentação ‘Revisão da norma NBR 5419 – Proteção contra descargas atmosféricas’. Sueta, que é uma das maiores autoridades neste assunto, fez um apanhado geral sobre as principais alterações feitas na nova versão da norma, que vigora desde 22 de junho de 2015, mas que ainda gera muita dúvida junto aos profissionais da área. “Isso porque a nova versão é bem mais completa e abrangente em relação ao texto que estava valendo até o ano passado (de 2005)”, comentou o especialista. A versão nova da NBR 5419 tem 309 páginas (contra 42 da antiga). E ela foi es-

Em média, por ano morrem de 100 a 130 pessoas no Brasil devido a descargas atmosféricas diretas. Hélio Sueta IEE/USP

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vido a essa descarga, na estrutura e nas pessoas. Isso está na Parte 2, que também é a parte que define quais as medidas de proteção a se adotar. Ou será o SPDA (Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas) ou será uma MPS (Medidas de Proteção contra Surto)”. Aliás, essa é uma novidade. Com a nova norma surge o chamado PDA – Proteção contra Descargas Atmosféricas. “O pessoal estava muito acostumado

descargas atmosféricas diretas, principalmente no campo e na praia”, ressaltou. Detalhando o documento, Sueta afirmou que os cuidados com os raios passam a ser mais abrangentes do que eram na norma antiga. “Primeiro, é preciso analisar qual a ameaça real da descarga atmosférica e isso é feito pela norma na Parte 1, que traz os principais conceitos. Depois é feito um gerenciamento de riscos, ou seja, são calculados os riscos de-

a falar apenas SPDA como a proteção contra o raio, das estruturas. Mas agora a gente fala PDA, pois não existe mais uma proteção única. O SPDA é a proteção da estrutura. E isso a gente encontra na Parte 3. O PDA, por sua vez, é a soma do SPDA e do MPS – Medidas de Proteção contra Surtos. Essa é uma sigla que vai ficar tão famosa quanto o SPDA e essas medidas a gente encontra na Parte 4”, explicou o especialista.

Foto: Ricardo Brito/HMNews

O tema segurança nas instalações elétricas dominou a segunda apresentação do dia. Valdemir Romero, diretor-executivo do Sindicel-SP e diretor do Departamento da Indústria da Construção da Fiesp (Deconcic), foi o responsável pela palestra ‘Segurança em edificações existentes construídas há mais de 15 anos’. A apresentação se baseou em um projeto desenvolvido em torno do Deconcic, cujo objetivo principal é a criação de uma Lei Federal que torne obrigatória a inspeção técnica periódica em edificações existentes para a verificação das condições mínimas de segurança e, quando for o caso, exigência de regularização. “O objetivo desse projeto é sensibilizar a todos para mudarmos a cultura brasileira quanto a segurança nas edificações mais antigas. Isso porque, com o passar

do tempo, melhoram as especificações, as normas, as exigências e aquilo que era seguro quando foi construído, precisa passar por retrofit. Ou seja, muitas das edificações com mais de 15 anos eram seguras, mas com o tempo, deixaram de ser. E ele completou: “Queremos que seja feita uma inspeção que detecte, porventura, que uma edificação com mais de 15 anos pode ter necessidades de melhoria. É verificar se a edificação é segura ou não”. Outro objetivo é a conscientização dos usuários sobre a importância da prevenção e redução dos riscos de acidentes e danos às pessoas e ao patrimônio. “Isso é muito importante. Quando tivermos essa conscientização as coisas tendem a melhorar”. Um detalhe importante é que o grupo de trabalho sugere que a eventual lei, ou sua regulamentação, estipule a aplicação escalonada das inspeções, de acordo com o perfil das edificações. “Definimos como primeiro plano buscar as edificações com afluência de público. A partir do momento que tivermos edificações com este perfil (geralmente comerciais e públicas), será mais fácil fazer com que

É preciso que as edificações com mais de 15 anos passem por inspeções periódicas que verifiquem seu nível de segurança. Valdemir Romero Sindicel-SP

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Segurança em edificações antigas

a obrigatoriedade seja efetivada. A partir desse nicho, podemos estender para outros locais. Por exemplo, após três anos podemos pegar outras edificações não residenciais. E depois de dez anos chegaremos às edificações de uso residencial com mais de quatro pavimentos. Então, temos um projeto que nasce hoje, mas que passa por um processo de conscientização ao longo do tempo”, completou Romero, lembrando que as inspeções não serão limitadas à parte elétrica, envolvendo também as instalações hidráulicas, de gás, segurança e combate a incêndio e a própria estrutura do prédio.


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André Ramos de Andrade, coordenador de Sistemas Prediais da Tecnisa, pegou como gancho a apresentação de Hélio Sueta para introduzir a palestra ‘Qualinstal Elétrica’, que é um Sistema de Avaliação da Conformidade das Empresas Instaladoras e Instalações Elétricas, criado e conduzido pela Abrinstal – Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações. “No caso da NBR 5419, houve uma grande melhora. Mas de nada adianta a norma se não tivermos um bom profissional para executar o serviço. Porque a norma é um papel que precisa ser pego e colocado em prática. Se isso não ocorrer, não adianta nada ter a norma”, comentou. Andrade lembrou que trabalhar com eletricidade exige cuidado. E apresentou alguns dados da Abracopel, de 2014, que indicam que há muita insegurança nessa área. Nesse ano, mais de mil aci-

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dentes com eletricidade foram registrados, ocasionando 627 mortes. “Um dos pontos que explica esse alto número de acidentes é a ausência da figura do engenheiro eletricista nas residências unifamiliares informais. Para se ter uma ideia, em 90% dos casos não há participação desse profissional. As pessoas não veem a necessidade de um profissional de elétrica fazer suas residências”, lamentou. Sem contar os casos em que a pessoa contrata um profissional, mas ele não tem a devida qualificação. Para mudar esse quadro, Andrade entende que a certificação das empresas instaladoras e, consequentemente, de seus profissionais, é uma ação de grande importância. E isso pode ser feito hoje através do Qualinstal Elétrica. “A Abrinstal é uma associação para a conformidade das instalações e das empresas de instalações. É o órgão que vai certificar as empresas e instalações dentro das normas existentes. Ou seja, basta fazer o mínimo dentro da norma para que a instalação se torne segura”, comentou. Mas para que um sistema de conformidade setorial? Andrade respondeu: “Para combater o não atendimento à normalização aplicável. Já temos muita norma para instalações elétricas, regulamentações, só que é preciso aplicar isso tudo. Tem que colocar em prática”. Entre os objetivos do Qualinstal Elétrica estão: garantir o nível de qualidade dos serviços de instalação; ampliar a competitividade das empresas instaladoras; aumentar a segurança das instalações e dos usuários; viabilizar o aumento de produtividade da cadeia da construção civil predial e de infraestrutura, e aumentar o mercado das empresas instaladoras através de serviços com qualidade. Para que isso ocorra, o programa está estruturado em alguns pilares, que incluem os projetos (ter um bom projeto), fabricantes (produtos de qualidade),

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Certificação de instaladoras

De nada adianta a norma se não tivermos um bom profissional para executar o serviço. André Ramos de Andrade Tecnisa

as instaladoras (integradora de tudo), a mão de obra e o usuário final, que terá segurança nas suas instalações elétricas. Fechando a apresentação, Andrade falou sobre a participação da Tecnisa no Qualinstal. “Nós abraçamos essa causa na empresa. A certificação do Qualinstal não é obrigatória, mas optamos por contratar só empresas certificadas pelo Qualinstal. Como tinham poucas empresas certificadas, optamos por ser o exemplo. Nosso departamento de instalações virou exemplo. Nossa contribuição foi munir o pessoal da Abrinstal com informações sobre como isso está acontecendo para que eles direcionem esse serviço para as empresas interessadas”. E ele finalizou: “Hoje, toda instalação nossa segue o procedimento da Qualinstal Elétrica. Nossa certificação ocorreu no final do ano passado, mas estamos nesse processo há três anos. E valeu à pena, pois aumentamos nossa produtividade e, o mais importante, houve grande redução nos chamados de assistência técnica”.


Eficiência energética Com a palestra ‘A futura norma NBR sobre eficiência energética das instalações elétricas e a situação da revisão da NBR 5410’, Hilton Moreno, consultor da Cobrecom e diretor do Grupo HMNews, destacou que no século XXI não basta ter instalações elétricas seguras. É preciso que elas também sejam eficientes. Mais que isso, Hilton destacou que já existe uma norma internacional que, se for aplicada, pode contribuir de forma efetiva para este fim. É a IEC 60364-81: Low-voltage electrical installations – Part 8.1: Energy efficiency (Instalações elétricas de baixa tensão – Parte 8-1: Eficiência energética), norma publicada em 2014 e que trata da eficiência das instalações elétricas, fornecendo: ◗ Requisitos e recomendações para a parte elétrica do sistema de gerenciamento de energia da ISO 50001 (NBR ISO 50001:2011). ◗ Requisitos e recomendações para projetar uma instalação adequada

de modo a tornar possível o gerenciamento do desempenho energético da instalação. Em linhas gerais, a norma fala que uma instalação elétrica é capaz de prover um nível adequado de serviço e segurança com o menor consumo de energia elétrica possível. “Mas isso só é possível desde que se sigam as recomendações e exigências da NBR 5410 e da IEC 603648-1”, afirmou o especialista, lembrando que o documento pode ser aplicado em edificações residenciais, comerciais, industriais e de infraestrutura. Sobre a revisão da NBR 5410, que está em andamento, Hilton não acredita em grandes alterações em relação ao texto atual, em vigor. Entre outros pontos, há a tendência para se exigir o uso de materiais não halogenados em BD 2-3-4, independentemente da área ser de comum ou não; uma possível recomendação ao uso de dispositivo AFDD (Arc Fault Detection Device / IEC 62606),

Uma instalação elétrica é capaz de prover um nível adequado de serviço e segurança com o menor consumo de energia elétrica possível. Hilton Moreno Grupo HMNews

conforme indicado na IEC60364-4-42 (Proteção contra efeitos térmicos); uma possível recomendação à utilização da NBR 15920 (Dimensionamento econômico de condutores) e revisão na previsão de carga de iluminação residencial (VA/m²) em função da extinção das lâmpadas incandescentes e da tendência crescente do uso de LEDs e lâmpadas econômicas.

Sistemas de segurança eletrônica

Fotos: Ricardo Brito/HMNews

Outra apresentação que chamou a atenção foi a de Renato Prado, consultor na área de segurança eletrônica e automação, que ministrou a palestra ‘A tendência crescente das plataformas integradas nos sistemas de segurança eletrônica’.

Em linhas gerais, Prado falou sobre as plataformas integradas e as oportunidades do mercado de automação predial integrada com segurança eletrônica. “Há oportunidades cada vez maiores nas áreas de automação predial e residencial, pois percebemos que, até por conta das tarifas de eletricidade, as vantagens trazidas pela tecnologia, ou pelo acréscimo da inteligência, integração e automação dos sistemas é muito grande”, citou Prado, que deu um exemplo: “No condomínio em que moro nós implantamos um sistema de detecção de movimento para acionamento da ilumiHá oportunidades cada vez maiores nas áreas de automação predial e residencial. Renato Prado consultor

nação das escadarias e tivemos uma economia de 50% na conta de eletricidade”. Para ilustrar sua apresentação, o especialista deu um apanhado geral sobre a evolução da tecnologia de segurança eletrônica, “que partiu, há duas ou três décadas, de sistemas analógicos para sistemas em IP, depois híbridos, sem fio, com biometria, vídeo analítico, enfim, estamos trazendo cada vez mais inteligência aos sistemas. Inclusive utilizando a nuvem, Smartphones, IoT (Internet das Coisas) e IoE (Internet de Todas as Coisas)”. Essa evolução teve impactos altamente positivos. “Antigamente um sistema de alarme não se comunicava com o de câmeras, gerando restrições. A integração traz mais inteligência e interatividade. Com isso, uma grande vantagem é, por exemplo, a gestão dos eventos e históricos utilizados”, completou. Revista da InstalaçÃO 35


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Efficiency, quality and standardization were the main topics discussed by plumbing systems experts that participated in the Forum PredialTec 2016. The highlight of the congress was the revision and unification in a single document of the current two different standards of cold and hot water supply systems of buildings.

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Eficiencia, calidad y normalización fueron los principales temas abordados por expertos en instalaciones hidráulicas y sanitarias que participaron del Foro PredialTec 2016. La revisión y unificación de normas para instalaciones de agua caliente y fría en un solo documento fue el destaque.


ação Instal nitária sa Hidros

Normalização e segurança Reportagem: Marcos Orsolon

Eficiência, qualidade e normalização foram os temas principais abordados pelos especialistas em instalações hidrossanitárias que participaram do Fórum PredialTec 2016. novos materiais. Quando as normas começaram a ser elaboradas, não havia no mercado o PPR, PEX, polietileno resistente a temperaturas elevadas, enfim, tem muita inovação que chegou e as normas não contemplavam isso”. Tem também novas topologias de redes. “Com o advento da medição individualizada, uma distribuição de água fria, ou central de água quente que tinha um desenvolvimento essencialmente vertical, através de colunas de distribuição, teve seu caráter de distribuição modificado, quer dizer, a distribuição agora passa a ser essencialmente horizontal”. No período, as preocupações e necessidades dos usuários também sofreram mudanças. Nesse caso, em particular, evoluiu bastante a questão do uso racional da água e da eficiência energética, com impactos diretos no desenvolvimento de novos produtos e soluções. Mas por que unir as duas normas? Segundo Gnipper, a unificação faz sentido porque a água fria e a quente tem interação direta. “Na verdade, a água quente é um subsistema do sis-

tema de água fria. Existe a necessidade de compatibilizar os dois sistemas, por exemplo, de equalizar pressões e coisas do gênero. As duas tinham critérios similares para o dimensionamento de componentes, como por exemplo, limitação de velocidade em 3 m/s, a pressão mínima admissível na rede de distribuição em 5 kPa, etc. Também processos similares de cálculo hidráulico (perdas de carga, vazões de projeto, verificação de pressões, etc.). E elas tinham restrições similares na concepção sistêmica (proteção sanitária, patologias funcionais, etc.). Tudo isso nos induziu a modificar as duas normas como sendo uma única”. O início dos trabalhos ocorreu por volta de 2007, quando sete entidades Foto: Ricardo Brito/HMNews

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ma reunião de grandes especialistas. Assim podemos definir o módulo voltado para instalações hidrossanitárias, organizado no último dia do Fórum PredialTec 2016. Abrindo as apresentações dessa parte, Sérgio Frederico Gnipper, secretário da Comissão de Estudos 002:146.03 - Sistemas prediais de água fria e água quente – NBR 5626, da ABNT, fez a palestra “Revisão e unificação das normas ABNT de água fria e água quente”. No início da apresentação, Gnipper lembrou que, hoje, duas normas antigas estão em vigor nessa área: a NBR 5626 – Instalação predial de água fria, que completa 18 anos nesse mês de setembro; e a NBR 7198 – Projeto e execução de instalações prediais de água quente, que completa 23 anos também em setembro. “Essas normas estão tecnologicamente muito ultrapassadas. Por isso, a finalidade da nova norma (NBR 5626) é cancelar e substituir as edições das duas. Assim, passaremos a ter uma norma única, onde se fez a revisão, atualização e unificação dessas normas que ainda estão em vigor”. Quanto à desatualização das normas antigas, o especialista explicou que, desde que foram publicadas, houve um número grande de atualizações tecnológicas no mercado, que não estavam previstas nos textos originais. “Por exemplo, com o advento de novas tecnologias e

Nova NBR 5626 une em apenas um documento as normas para instalações de água fria e água quente. Sérgio Frederico Gnipper ABNT

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que representam diferentes setores da sociedade técnica (Abrafac, Abrasip, Asfamas, CBCS, Secovi-SP, Sinduscon-SP e Sindinstalação-SP) sentiram a necessidade de promover a unificação e revisão das normas. “Essas sete entidades patrocinaram a elaboração de um texto base, que nasceu através de várias reuniões realizadas individualmente com representantes de cada uma delas. Depois fizemos

duas reuniões para afinar posições contrárias e chegamos a um consenso do texto base, que foi oferecido à ABNT”, explica Gnipper, destacando que entre os requisitos para esse texto base estão: ✹ Incorporar atualizações tecnológicas; ✹ Harmonizar com outras normas técnicas; ✹ Incorporar o uso racional da água nas edificações;

✹ Considerar problemas de contaminação; ✹ Abertura para novos materiais, componentes e tecnologias; ✹ Meios de proteção contra escaldamento e patogenias; ✹ Maior acessibilidade e facilidade de manutenção; ✹ Novas metodologias para dimensionamento de componentes; ✹ Caráter menos prescritivo e mais de desempenho. Após o texto base, foi formada em 2012 a CE-002:146.03 – Sistemas prediais de água fria e água quente – NBR 5626, que trabalhou até 2015 na elaboração do texto final, enviado para a ABNT. Ao todo, foram 108 diferentes participantes, não simultâneos, integrando a CE, que realizou 40 reuniões mensais. “O texto foi para a ABNT em 2015 e eles fizeram algumas revisões de forma, conteúdo, etc, e ele voltou para nós. Fizemos alguns ajustes e, hoje, estamos no aguardo de que ela entre em consulta nacional. Estimo que ocorra ao longo desse semestre”, finalizou Gnipper.

A segunda palestra desse módulo foi proferida por Orestes Gonçalves, professor titular do departamento de Engenharia da Construção Civil da Poli-USP e diretor da Tesis Tecnologia em Qualidade de Sistemas de Engenharia. E o tema foi “Eficiência e qualidade dos sistemas hidráulicos prediais”. Orestes lembrou, de cara, que hoje não há como dissociar os temas água, saneamento e sistema predial. E que, portanto, em todas as ações e iniciativas é preciso considerar esses três fatores, diretamente ligados às novas tecnologias de sistemas e componentes e à gestão da demanda e oferta de água. 38 Revista da InstalaçÃO

Para justificar a necessidade de se consumir a água com moderação e racionalidade, o especialista apresentou dados que indicam que vivemos um momento perigoso no que tange à disponibilidade hídrica. “Quando olhamos o mapa da nossa disponibilidade hídrica, vemos que nossa situação é crítica, independentemente de acontecimentos pontuais. São Paulo já não

Hoje, não há como dissociar os temas água, saneamento e sistema predial. Orestes Gonçalves Tesis

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Eficiência e qualidade dos sistemas hidráulicos prediais

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é mais a cidade ou a região metropolitana, mas uma figura chamada ‘macrometrópole’, que é o sistema integrado de recursos hídricos. Para se ter uma ideia de tamanho dessa região, em 2008 ela reunia quase

Qualinstal ajuda a combater a falta de profissionalização na cadeia de produção, o desconhecimento de riscos e o não atendimento às normas. Renata Mendes Pelicer Abrinstal

31 milhões de pessoas e a projeção é que em 2035 ultrapasse os 37 milhões. É uma quantidade enorme de pessoas a serem atendidas”, destacou Orestes. E ele completou: “Fazendo uma projeção, até 2035 vamos precisar de aproximadamente mais 60 m³/s de água para atender essa ‘macrometrópole’. A cidade de São Paulo, sozinha, consome mais de 70 m³/s e vamos precisar de mais 60 para atender cidade, indústria e agricultura”. O problema é que, desse montante, apenas uma parte virá de água nova, pelo lado da

oferta. A maior parte terá de vir através da gestão de demanda, da redução de consumo de água. Ou seja, para não passarmos por um ‘apagão hídrico’ nos próximos anos, precisamos evoluir, e muito, na gestão do consumo de água e combate ao desperdício. O que envolve toda a cadeia. “Hoje, é difícil separar a questão macro e micro. Todos os componentes precisam trabalhar conjuntamente. Por exemplo, não dá para separar prédio de cidades, prédio de rede púbica, essas coisas funcionam conjuntamente. E água funciona com o esgoto. Esse é o aspecto sistêmico. Então, não existe mais a figura de que eu estou separado do pessoal de saneamento. Hoje, o saneamento é integrado à gestão da demanda e à gestão da oferta. Não somos os caras da água predial, somos os caras do saneamento”, completou Orestes.

Qualinstal água Finalizando as apresentações do módulo instalação hidrossanitária, Renata Mendes Pelicer, da Abrinstal, falou sobre o Qualinstal Água, Programa de Certificação de Empresas Instaladoras que nasceu em 2002 e que em 2010 ganhou força a partir da atuação dos fabricantes que sentiram que havia muitos problemas com patologias de produtos utilizados no mercado de instalação hidrossanitárias. “Havia muita reclamação por parte dos usuários, mas os fabricantes sabiam que o problema não eram os produtos, Fot o

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mas a instalação deles. Isso fez também com que os fabricantes se interessassem em uma ferramenta de avaliação da conformidade. Eles procuraram o Abrinstal e se formou um grupo para desenhar o programa da água, com os requisitos para a certificação de uma instaladora de água”, lembrou Renata. Em linhas gerais, esse programa ajuda a combater a falta de profissionalização na cadeia de produção, o desconhecimento de riscos associados à infraestrutura e o não atendimento aos padrões técnicos e normas. “O Qualinstal tem a parte de certificação das empresas instaladoras, onde é feita uma auditoria e são verificados todos os requisitos em algumas obras, e tem a parte de inspeção na instalação. O programa existe para garantir o nível de qualidade dos serviços de instalação; ampliar a competitividade das empresas instaladoras; aumentar a segurança das instalações e dos usuários; viabilizar o aumento de produtividade da

cadeia da construção, e aumentar o mercado de emprego e serviços de infraestrutura”, explicou Renata. Para atingir seus objetivos, ele foi elaborado em torno de cinco pilares: fabricantes, projeto, instaladoras, profissionais e usuário final. “Com esses pilares se pensou em onde seria melhor focar para não ter que ficar fazendo ações individuais em cada frente. E se chegou à conclusão de que a empresa instaladora é o pilar que pode unir todos os outros. Através da instaladora a gente consegue controlar um pouco o projeto, monitorar os produtos usados na instalação, monitorar a mão de obra e a instalação executada. Então, a ideia era fazer um programa para certificar esse pilar para monitorar os demais. Por isso se pensou na empresa instaladora para ser certificada”. Até o momento o Qualinstal Água tem uma construtora certificada, que é a Tecnisa, e quatro instaladoras certificadas.


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lação Insta ás de g Instalações malfeitas de redes de gases geram acidentes com cada vez mais frequência no Brasil. Para combater problemas, especialistas defendem

Inspeção para combater as não conformidades

a obrigatoriedade das

Experts in the field warn that the quality of the gas plumbing systems of buildings must be improved to prevent accidents. Inspection of the gas pipe lines is seen as the best option to raise the safety level.

Expertos en el tema advierten que la calidad de las instalaciones de redes de gas en edificaciones debe ser mejorada para evitar la ocurrencia de accidentes. La inspección de las redes es vista como el camino para elevar el nivel de seguridad.

Reduzir o número de não conformidades é fundamental para diminuir os riscos para que não aconteçam acidentes maiores envolvendo instalação de gás. Carlos Bratfisch Bratfisch Engenharia em Gás

Reportagem: Marcos Orsolon

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situação precária de boa parte das instalações prediais de redes de gases tem tirado o sono dos especialistas. E isso ficou bem claro durante as apresentações ocorridas no módulo Instalação de Gás, do Fórum PredialTec 2016. Já na primeira palestra ligada a essa área, ministrada por Carlos A. C. Bratfisch, da Bratfisch Engenharia em Gás, ficou claro que a situação é crítica. Com o tema “Instalações de redes de gás em edificações”, o especialista trouxe uma série de dados que comprovam que a realidade merece atenção tanto dos profissionais e empresas que atuam nesse setor, quanto das autoridades, que deveriam fiscalizar com mais atenção esse tipo de instalação.

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inspeções técnicas.

Bratfisch lembrou que os acidentes envolvendo gás não ocorrem por acaso e que, portanto, podem ser evitados através de uma boa instalação, em conformidade com as normas técnicas vigentes. Para facilitar a compreensão desse fato, ele usou como base o estudo de frequência de acidentes elaborado nos anos 60 por Frank Bird, e que tem sido utilizado por diversas empresas ao redor do mundo. De acordo com esse estudo, a cada 600 incidentes menores ou quase acidentes, ocorrem 30 acidentes de um peso um pouco maior, 10 acidentes graves e 1 acidente gravíssimo (normalmente morte). “Claro que os números (proporções) variam conforme o negócio, o ramo de atividade, etc. Mas aplicando este conceito de acidentes na área de instalações de gás vemos que, de cima para baixo, temos Perda Maior; Perda Menor; Dano à Propriedade ou Equipamento; Quase Perda (Quase acidente), e a Não conformidade na instalação. Então, se meu número de não conformidade em uma instalação de gás for muito alto, e isso seja para uma distribuidora ou instaladora, ela vai incorrer que pode vir a acontecer um acidente maior”, explicou Bratfisch. E ele completou: “Como reduzir os riscos para que não aconteçam os acidentes maiores? Simples. Vou diminuir o número de não conformidades. Se eu fizer isso, na proporção, diminuo o númeRevista da InstalaçÃO 43


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para uso residencial — Procedimento. Mas, infelizmente, houve pouco avanço. “Apesar da norma, não aconteceu nada. Porque depende de uma regulamentação, de uma Portaria do Inmetro para o negócio andar. Isso ficou parado até ocorrerem diversos acidentes no Rio de Janeiro e forçarem a tomada de atitude. Pelo menos no Rio de Janeiro, e outros estados passaram a pensar nisso”, desatacou Bratfisch. Na mesma linha da segurança nas instalações de gás, Clever Approbato Bueno de Souza, engenheiro da Comgás, fez duas apresentações: “Boas práticas de instalações de tubulações e aparelhos a gás” e “Boas práticas de instalações de aquecedores de passagem e fogões – requisitos de adequações de ambientes”. Basicamente, a apresentação girou em torno da NBR 15.526 - Redes de instalações internas para gases combustíveis em instalações residenciais – Projeto e execução, que fala de tubulações, medidores, reguladores, etc, e que deverá ser revisada a partir de 2017. Clever deu um apanhado geral sobre o trabalho das instaladoras, lembrando que a qualidade envolve todas as etapas de seu trabalho, desde o uso de EPIs por parte dos profissionais, até a execução do trabalho conforme as normas vigentes, passando, obviamente, pela escolha dos produtos. Além disso, deu uma série de dicas e informações sobre como efetuar a instalação de diversos Foto: Fotolia

ro de quase acidentes e daí por diante, até eliminar a possibilidade de ocorrência de um acidente de grandes proporções”. Lembrando que a não conformidade pode ser um erro de projeto, de instalação, uso de material inadequado, mão de obra não qualificada para fazer o serviço, falta de responsabilidade, etc. “E como eu garanto que vou diminuir essas não conformidades? A resposta é inspeção”, afirmou o especialista, que acrescentou: “Basta olhar o número de acidentes envolvendo instalação de gás que se conclui que a inspeção é necessária”. Importante lembrar que a inspeção não pode se restringir à rede de gás. É preciso verificar também a instalação dos aparelhos a gás, como os aquecedores e fogões. “Quando você pega a instalação de aparelhos, é uma coisa terrível. A pessoa coloca um aquecedor de gás dentro de um armário de madeira, como se madeira não pegasse fogo. Outra coloca a chaminé soltando monóxido de carbono dentro do apartamento. Isso pode matar uma pessoa”, alertou Bratfisch. Mediante esse quadro, o Qualinstal Gás levantou alguns pontos que levaram o Inmetro a pedir que na ABNT fosse feita uma norma de inspeção de rede de distribuição interna de gases combustíveis. O que foi feito em 2011, dando origem à norma ABNT NBR 15923 - Inspeção de rede de distribuição interna de gases combustíveis em instalações residenciais e instalação de aparelhos a gás

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Uma instalação bem-feita evita os riscos, mas é preciso seguir os requisitos da norma para que isso ocorra. Clever Approbato Bueno de Souza Comgás

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dispositivos, como tubulações, medidores e estabilizadores de pressão, entre outros. Inclusive apresentando exemplos de boas e más práticas identificadas no mercado (casos reais). Particularmente em relação à instalação de aquecedores de passagem e fogões, Clever também deu dicas e alertou sobre os riscos do monóxido de carbono liberado pelos equipamentos. “É um gás incolor, inodoro e venenoso. Ele mata as pessoas quando inalado em grandes quantidades”, alertou o especialista da Comgás, ponderando, no entanto, que a instalação bem-feita evita os riscos. Mas é preciso seguir os requisitos da norma para que isso ocorra. Quanto ao processo de instalação dos aquecedores, ele citou que é preciso verificar: o local de instalação do aparelho; derivação do ponto de água; fixação do aquecedor; verificação da pressão de água; fixação do caixilho; instalação hidráulica; instalação de terminal; instalação de flexíveis; instalação de corrugado; instalação da ducha, e o comissionamento do aquecedor.

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Espaço Sindinstalação Notícias e informações sobre o mercado de instalações e as ações do Sindinstalação e seus parceiros.

Trabalho em prol das instaladoras

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O dia a dia do Sindinstalação em benefício das empresas de instalação.

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atividade da gestão do Sindinstalação se depara diariamente com um grande número de solicitações formuladas pelas empresas associadas e filiadas em nossa base de representação. Nosso propósito é o de atender todas estas demandas dos mais diversos temas e dúvidas, onde buscamos a devida solução, quer seja através dos próprios gestores da entidade e, se necessário, buscar respaldo das assessorias especializadas contratadas. Grande também é o número de parceiros do Sindicato que juntos consolidam toda esta estrutura voltada a beneficiar toda a atividade de instalações, como exemplo: Abrinstal, Abrasip,

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Seconci, HBC Advogados, FGV, Sesi e Senai, além dos diversos departamentos da Fiesp, auxiliando o Sindinstalação, que é membro e participa de várias diretorias. A título de demandas podemos citar uma pontual e recente, onde uma instaladora buscava internacionalizar seus serviços de instalações no país vizinho, a Argentina, e prontamente o Sindinstalação acionou o Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior, o DEREX da Fiesp, que auxiliou a empresa em todo o necessário, referendando à empresa as necessidades e exigências daquele país para iniciar lá suas atividades, além de indicar assessorias locais e manter contatos com Embaixadas e En-

tidades ligadas à construção civil. Tudo para evitar dissabores a esta nossa associada em sua nova empreitada e negócios no Mercosul. Este é o papel do moderno Sindicato Patronal, ou seja, abreviar ao máximo os questionamentos e dificuldades encontrados por suas associadas, atuando e viabilizando tornar sua atividade e gestão mais sólidas e qualificadas para o atual mercado e cenário econômico. Vale afirmar que somente é possível fortalecer nossa entidade, representação e atuação quando sua empresa investe na Contribuição Sindical e Assistencial a nosso favor, pois o fruto do investimento destas contribuições volta em benefícios diretos para você.


Espaço Sindinstalação

Espaço Sindinstalação

News and information on the installation market and activities from Sindinstalação and partners.

Noticias e informaciones sobre el mercado de instalaciones y las acciones de Sindinstalação y sus organizaciones asociadas.

Agenda positiva do sindicato ✹ Palestra sobre Sucessão, Proteção de Bens e Holding Familiar ✹C riação do Comitê Setorial de Representantes de RH e Pessoal ✹ Festa de Comemoração de 70 anos do Sindinstalação

✹ Curso e Treinamento sobre Leds, projetos e aplicações ✹ 11ª Edição de Premiação Masterinstal Mantenha seu cadastro atualizado. Visite nosso site www.sindinstalacao.com.br.

✹ Posse da nova Diretoria / Gestão 2016 a 2019

Cobrança de débitos de contribuições sindicais patronais Em substituição da empresa Versátil Cobranças, a cargo do Escritório de Advocacia e Cobrança Dr. Henrique Resende estarão as cobranças dos débitos de contribuições de empresas inadimplentes a partir de 08

de setembro. Este novo parceiro, caso a caso, irá propor ampla negociação e parcelamento, assim como implementará cobrança judicial quando sem sucesso forem os esforços administrativos.

Contribuição assistencial patronal 2016 A contribuição possui cláusula específica determinada nas Convenções Coletivas de Trabalho firmadas pelo Sindinstalação e legalmente prevista no artigo 8º da Constituição e no artigo 513 - alínea “e” da CLT. É devida pelo empregador e tem

por finalidade custear as despesas do seu Sindicato Patronal no desempenho de suas funções de representação e negociações coletivas, assim como as demandas na defesa dos interesses da categoria econômica das instaladoras.

Atenção: Vencimento da 2ª parcela em 27/09/2016 Caso não tenha recebido o boleto pelos correios, emita pelo site www.sindinstalacao.com.br ou ligue (11) 3266-5600 com Sra. Silvana.

Diretoria JOSÉ SILVIO VALDISSERA Presidente e Delegado Representante Fiesp Efetivo CARLOS FREDERICO HACKEROTT Diretor VP de Relações Institucionais – Delegado Representante Fiesp Efetivo MARCOS ANTONIO PASCHOTTO Diretor VP de Instalações Prediais Elétricas CRISTIANO DA SILVA PEREIRA BENVINDO Diretor VP de Instalações Prediais Hidráulicas LUIZ ANTONIO ALVAREZ Diretor VP de Instalações de Gás e Sistemas de Aquecimento – Delegado Representante Fiesp Suplente GABRIEL TREGER Diretor VP de Instalações Industriais VITOR JOSÉ RONCHETTI Diretor VP de Instalações Prediais de Sistemas Complementares Diretores VP – Conselho Fiscal NELSON GABRIEL CAMARGO IVAN MACHADO TERNI RAMON NICOLAS OLMOS ODIL PORTO JUNIOR ADEILTON BOMFIM BRANDÃO JOSÉ CARLOS CARRARO Diretor-Executivo JOSÉ ANTONIO C. BISSESTO Av. Paulista, 1313 - 9º andar - cj 905 Cerqueira Cesar - São Paulo 01311-923 - (11) 3266-5600 www.sindinstalacao.com.br

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Espaço Sindinstalação

| Abrinstal

Instalações malfeitas podem comprometer imagem da construtora Qualinstal é importante aliado para garantir conformidade técnica e eficiência das instalações.

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Foto: Fotolia

entrega das instalações prediais, como redes elétricas, hidráulicas, solar, de gases combustíveis, em perfeito estado de funcionamento está muito longe de ser detalhe em um imóvel. As instalações são de fundamental importância para que tudo funcione perfeitamente em qualquer prédio. Imagine o comprador que acabou de adquirir da construtora a chave do seu imóvel novo e encontra a fiação elétrica exposta, com risco de choque; vazamento de água e, pior ainda, de gás, que pode colocar em risco a segurança de todo o prédio. Situação similar à que ocorreu na entrega dos apartamentos da Vila Olím-

pica, no Rio de Janeiro, um constrangimento para o País. Sem instalações adequadas o projeto fica comprometido, além de comprometer a reputação da construtora. Para garantir que os serviços de instalações sejam realizados dentro das normas técnicas em vigor, e dos padrões adequados de segurança, uma das ferramentas mais importantes é o Qualinstal. Esse programa, coordenado pela Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações - Abrinstal, objetiva garantir a qualidade dos serviços de instalação; aumentar a segurança e viabilizar aumento de produtividade da cadeia da construção civil predial e de infraestrutura. “É um programa que envolve um conjunto diversificado de agentes da cadeia da construção civil, de fabricantes de materiais e equipamentos, empresas de projetos, mão de obra e, claro, as empresas instaladoras”, conta Alberto Fossa, diretor-executivo da Abrinstal.

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Um dos maiores êxitos do Qualinstal é que durante o processo para a certificação das empresas instaladoras, visando ampliar o nível de segurança e qualidade, o custo das instalações costuma baixar em função do aumento da produtividade. As empresas passam a aproveitar mais os materiais, produzir mais e com mais qualidade, evitando o retrabalho. Esse fato foi um grande diferencial para a evolução do Qualinstal. A Construtora Tecnisa, por exemplo, tem a certificação do Qualinstal em diversas modalidades, incluindo elétrica, hidrossanitárias e gás, e já colhe resultados do selo, segundo informações do engenheiro André Andrade. “Estamos conseguindo diminuir as reclamações por causa do aumento da qualidade do serviço. Em 2013, os chamados de assistência relativos às partes elétrica e hidráulica representavam cerca de 40% das ocorrências, em 2014 caiu para 30% e no ano passado ficou em 18%. É um resultado, que via Qualinstal, estamos melhorando a cada ano”, conta Andrade. Entre as vantagens de empresas com selo de qualificação, Andrade destaca o menor custo no pós-obra, maior controle de desempenho e em processos e documentações, que ficaram mais organizados. Para ele, o Qualinstal é uma das melhores maneiras de se criar um sistema de gestão eficaz. “Conseguimos maior eficiência nos processos com redução de custo, agregamos valor para o cliente e, muito importante, aumentamos o valor da marca e reputação positiva da empresa, com a qualidade superior do serviço que entregamos”, afirma Andrade.


| Abrasip

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ngenheiros especialistas na matéria de Hidráulica, já há algum tempo se deparam com uma série de Leis, Decretos, Norma de Desempenho, atualização de normativas com mais de 15 anos de publicação, etc. Com isso aquele projeto que muitos entendiam ser simples e até chamavam de “cheio de bolinhas”, que na verdade são as indicações de nossas prumadas que passam através dos pavimentos para condução dos diversos efluentes, passou a ser muito mais complexo e com muitas vertentes que são tomadas na conceituação do projeto hidráulico. Neste artigo irei tratar de um assunto delicado que voltou à tona nos projetos hidráulicos, devido principalmente à publicação da Lei Solar em meados de 2008. Nas centrais de aquecimento coletivo muitos profissionais citam o risco da proliferação de uma bactéria denominada Legionella, para defender a prática de sistemas fechados através da introdução desenfreada de trocadores de calor para transferência do calor gerado no sistema fechado para o sistema aberto para utilização dos usuários nos banhos, nos lavatórios, nas cozinhas e etc. A fim de auxiliar na formação da opinião dos diversos colegas de profissão, irei transcrever alguns dados que obtive através da leitura de manuais Europeus, artigos científicos e literaturas sobre esta bactéria. Podemos encontrar a Legionella em ambientes aquáticos naturais, em sistemas artificiais, como redes de abastecimento e distribuição de água, redes prediais de água quente/fria, sistemas de condicionamento de ar, sistemas de arrefecimento presentes nos diversos tipos de empreendimentos residenciais, comerciais e industriais. A exposição à Legionella pode provocar infecção respiratória, que é transmi-

Legionella tida por inalação de gotículas de vapor de água contaminada. A doença atinge adultos, principalmente entre os 40 e 70 anos de idade, tendo maior incidência nos homens. Fatores que favorecem o desenvolvimento da Legionella: ✔ Temperatura da água entre 20°C e 45°C, sendo ótima entre 35°C e 45°C; ✔ PH entre 5 e 8; ✔ Umidade relativa superior a 60%; ✔ Zonas de circulação reduzida de água; ✔ Presença de outros organismos em águas não tratadas ou com tratamento deficiente; ✔ Existência de biofilme nas superfícies em contato com a água; ✔ Tubulações/materiais em processo de corrosão ou incrustação; ✔ Adoção de materiais porosos e derivados de silicone nas redes prediais, que potencializam o surgimento/crescimento de bactérias. Principais sistemas e equipamentos associados ao desenvolvimento da Legionella: ✔ Sistemas de arrefecimento (torres de arrefecimento, umidificadores, ar-­ condicionado); ✔ Redes prediais de água quente e de água fria; ✔ Piscinas climatizadas (jacuzzi e spa); ✔ Equipamentos utilizados na terapia respiratória; Instalações com menor probabilidade de proliferação e dispersão da Legionella: ✔ Sistemas de abastecimento/distribuição de água; ✔ Sistemas de água contra incêndios; ✔ Sistemas de rega por aspersão; ✔ Lavagem de automóveis; ✔ Sistemas de lavagem de gases; ✔ Fontes ornamentais. Medidas de prevenção que

minimizam a proliferação da Legionella: ✔ Assegurar boa circulação hidráulica, evitando zonas de águas paradas, ou de armazenamento prolongado, nos diferentes sistemas. A velocidade da água deve ser de pelo menos 1m/s a fim de evitar a deposição de materiais na rede hidráulica; ✔ Facilitar a acessibilidade aos equipamentos para inspeção, limpeza, desinfecção e recolha de amostras; ✔ Utilizar materiais, em contato com a água para consumo humano, capazes de resistir a uma desinfecção com recurso a elevadas concentrações de cloro ou de outros desinfetantes ou com recurso a elevadas temperaturas. Não usar os seguintes materiais: linho, borrachas naturais e óleos de linhaça; em contrapartida é importante aplicar materiais com características anticorrosivas em aço inox, ferro fundido ou PEX (polietileno reticulado); ✔ Evitar temperaturas entre os 20°C e os 50°C; ✔ Os tanques de armazenamento de água devem manter a temperatura da agua próxima dos 60°C, de modo a permitir em qualquer ponto da rede uma temperatura mínima de 50°C; ✔ No caso de existir mais do que um tanque, eles devem obedecer a uma montagem em paralelo, e se a temperatura for usada como meio de controle, a saída dos mesmos deve atingir os 60°C; ✔M anter a temperatura da água, no circuito de agua quente, acima dos 50°C, no ponto mais afastado do circuito ou na tubagem de retorno ao acumulador. A instalação deve permitir que a água se eleve a uma temperatura de 70°C. Alberto A. Pereira Filho

Diretor da Abrasip. Revista da InstalaçÃO 49


Espaço Sindinstalação

| Seconci

O dentista vai ao canteiro de obras

O Seconci-SP oferece aos trabalhadores das empresas de construção e de instalações assistência médica e odontológica, exames laboratoriais, palestras de orientação e serviços de segurança do trabalho. Um dos grandes diferenciais consiste no atendimento dentário inclusive nos canteiros de obras, feito por unidades móveis próprias e disponível para todo o Estado de São Paulo. São mais de 20 especialidades médicas, como cardiologia, ginecologia, neurologia, ortopedia e pediatria. Todas as consultas são feitas com hora marcada, prestando um atendimento de qualidade que pode ser extensivo aos dependentes. O Seconci-SP também dispõe de uma ampla estrutura de serviços complementares, como audiometria, eletrocardiografia, fisioterapia, radiologia e ultrassonografia, entre outros. “São mais de dois milhões de atendimentos anuais, realizados em nossas 13 Unidades no Estado de São Paulo.

Mais do que números, privilegiamos a qualidade dos nossos serviços, tanto que todo o nosso sistema de gestão é certificado pela ISO 9001, auditado pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini”, destaca Sergio Porto, presidente do Seconci-SP.

Para saber mais, acesse o site: www.seconci-sp.org.br

Seconci-SP adquire novos equipamentos de segurança do trabalho

O Seconci-SP continuamente investe em equipamentos e na capacitação de seus profissionais. Um bom exemplo é a área de Segurança do Trabalho. José Bassili, gerente de Segurança Ocupacional, informa que, nos últimos meses, a entidade adquiriu um aparelho de fabricação polonesa, para avaliação da exposição ocupacional a vibrações; um medidor de estresse térmico e outro que faz a dosimetria de ruído a que o trabalhador está exposto. O gerente destaca que o Seconci-SP elabora programas e relatórios, promove treinamentos exigidos pelas Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego, faz visitas técnicas às empresas e aos canteiros de obras com emissão de relatório de conformidade, realiza auditorias em segurança e saúde do trabalho, produz laudos para caracterização de insalubridade e periculosidade, além de avaliações ergonômicas dos postos de trabalho. “Realizamos ainda exames ocupacionais, inclusive in company, e oferecemos orientações e treinamentos sobre prevenção de doenças do trabalho e profissionais”. Conheça todos os serviços que o Seconci-SP oferece nas áreas de Medicina Ocupacional (Trabalho) e Segurança do Trabalho. Tel.: (11) 3664-5884 – relacoesempresariais@seconci-sp.org.br.

50 Revista da InstalaçÃO

Conheça a Regional do Seconci-SP mais próxima ✦C ENTRAL - Av. Francisco Matarazzo, nº 74. Tel.: (11) 3664-5050 ✦ ABC - Av. Dom Pedro II, nº 402 - Santo André. Tel.: (11) 4427-7522 ✦ BAURU - Rua Gustavo Maciel, nº 16-31. Tel.: (14) 3570-1020 ✦ CAMPINAS - Rua Dr. Emílio Ribas, nº 1325. Tel.: (19) 3231-4199 ✦ CUBATÃO - Praça Dr. Getúlio Vargas, nº 126. Tel.: (13) 3361-5060 ✦ MOGI DAS CRUZES - Av. Braz de Pina, nº 185. Tel.: (11) 4793-6450 ✦ PIRACICABA - Rua Ipiranga, nº 870. Tel.: (19) 3435-1968 ✦ PRAIA GRANDE - Rua Jaú, nº 880 - cjs. 74 e 75. Tel.: (13) 3473-6869 ✦ RIBEIRÃO PRETO - Av. Independência, nº 284. Tel.: (16) 3604-0300 ✦ RIVIERA DE SÃO LOURENÇO - Av. da Riviera, s/ nº. Tel.: (13) 3316-7907 ✦ SANTOS - Av. Siqueira Campos, nº 253. Tel.: (13) 3278-0300 ✦ SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Rua Samuel Antonio Rodrigues, nº 401. Tel.: (12) 3921-5108 ✦ SOROCABA- Rua Saldanha Marinho, nº 38. Tel.: (15) 3221-0017


| HBC Advogados

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A Importância da Gestão Tributária nas Empresas (multas e sanções), bem como o pagamento indevido de tributos, fazer a gestão do passivo tributário, criar mecanismos de redução de tributos, programar formas lícitas de economia tributária. Além disso, a gestão tributária também precisa se preocupar com todas as obrigações acessórias, sua perfeita confecção e construção e respeitar os prazos de pagamento e de arquivamento dos documentos fiscais e tributários. Por sua vez, o planejamento tributário dentro do escopo definido pela gestão tributária necessita analisar se determinada ação proposta pelo setor de tributos, ou departamento tributário da organização, irá realmente produzir redução dos gastos financeiros com essa ação, produzindo economia tributária para a organização, ou se a ação tomada pela empresa irá produzir uma diminuição nos valores pagos dos tributos efetivamente, mas incorrerão outros custos de obrigações acessórias, que no somatório geral de análise financeira, não se tornará vantajoso para a perfeita tomada de decisão. Cabe ainda mencionar que a gestão tributária acaba tendo um papel extremamente importante no que diz respeito à prevenção da responsabilidade tributária. Por ora, o art. 135, III, do Código Tributário Nacional (CTN) trata, sinteticamente, da responsabilidade tributária dos administradores de pessoas jurídicas. Em tese, se esFoto: Fotolia

gestão tributária consiste em uma série de ações e atividades que toda empresa deveria se preocupar e desempenhar no que diz respeito ao recolhimento de tributos, onde, com objetivos estratégicos para a organização, o foco deve estar principalmente no aspecto tocante à economia tributária ou à redução de custos relativos ao pagamento de tributos. Desse modo, o departamento de tributos de uma empresa, ou outro tipo de organização que tenha a obrigação de recolher tributos, precisa conhecer, analisar, estudar e verificar todas as formas existentes de tributação, nos diversos e amplos aspectos que envolvem o seu negócio, buscando identificar formas de conseguir, de maneira lícita e correta, a redução dos custos nos pagamentos dos respectivos tributos. A gestão tributária não visa “fazer”, mas “administrar”. O objetivo desta gestão é, em tese: corrigir possíveis erros de interpretação e execução no cumprimento das obrigações e rotinas fiscais na empresa, evitar contingências fiscais

tabelece a responsabilidade pessoal dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado pelos créditos atinentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatuto. Importante mencionar que, sendo o administrador o causador da ilicitude – por excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatuto – deve ele ser o único responsável, haja vista que a responsabilidade consagrada no caput do art. 135 é pessoal. Desonera-­ se a empresa, então, de qualquer responsabilidade. Ademais, embora a legislação tributária tenha se mostrado cada vez mais minuciosa, existem hoje cerca de 180 formas possíveis de gestão e planejamento tributário (elisão fiscal), em grande parte desconhecidas pelas empresas. Conforme já mencionado, a gestão tributária pode agir de forma a reduzir os custos tributários das empresas, bem como atuar de forma preventiva. Por fim, salientamos que muitas são as oportunidades de se realizar uma boa gestão tributária, porém, vários são os desafios e riscos envolvidos. Por todo o exposto, somos favoráveis à realização de uma eficiente Gestão Tributária, onde seja realizada de forma completa e abrangente, observando fatores internos e externos que envolvam suas atividades, avaliando todas as condições necessárias para assegurar condições econômicas de pagamentos de tributos com riscos calculados.

*HBC Advogados é o escritório contratado pelo Sindinstalação para assessoria jurídica ao setor de instalações. Para mais informações acesse www.hbclaw.com.br Revista da InstalaçÃO 51


Mercado

| Medição de água

Medição individualizada de água avança Governo federal sanciona Lei que obriga condomínios novos a adotarem, a partir de 2021, hidrômetros individuais.

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eivindicação antiga de profissionais e empresas que atuam na área hidráulica, a medição individualizada de água em condomínios será obrigatória no Brasil. E isso graças à Lei 13.312, sancionada em 12 de julho pelo presidente Michel Temer. A legislação vale para condomínios verticais e horizontais novos que, a partir de 2021, deverão ser equipados com hidrômetros individuais para todas as suas unidades. A medida governamental foi bem aceita pela sociedade em geral. Isso porque, na visão dos especialistas da área hidráulica, ela tende a trazer benefícios a todos, desde ao usuário final que passa a ter ‘controle’ sobre o seu consumo de água, até a cadeia produtiva, que projeta aumento na venda de medidores em função da nova lei. “Consideramos a regulamentação da medição individualizada um passo importante, uma vez que o poder público incentiva o desenvolvimento de uma rede de distribuição de água mais inteligente

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e uma gestão de consumo mais eficiente, em que os moradores conseguem fazer o controle de quanto estão gastando individualmente, com o consumo calculado por unidade habitacional”, comenta Samuel Lee, vice-presidente de Água da Itron para América Latina. E o executivo completa: “A percepção do setor era de que a tecnologia já estava pronta há bastante tempo para saltar rumo à medição individualizada, substituindo aquilo que era estimado por análises conjuntas. Trata-se de uma solução mais viável e justa, que colabora para que consumidores desenvolvam padrões de consumo sustentável. A Itron enxerga de forma positiva a sanção da lei”.

Foto: Fotolia

Reportagem: Marcos Orsolon


Federal Government enacted in July the Law 13312, which requires, as of 2021, vertical and horizontal condos to provide each unit with individual water meter. Regulation, which meets an old claim of professionals and companies operating in the hydraulic area, tends to stimulate the market of products and the reduction of water consumption.

Gobierno Federal promulgó en julio la Ley 13.312, que requiere, a partir de 2021, que los condominios verticales y horizontales sean equipados con medidores de agua individuales en todas las unidades. Reglamento, que atiende una antigua demanda de profesionales y empresas que operan en el área hidráulica, tiende a estimular las ventas de productos y la reducción del consumo de agua.

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Mercado

Apesar da nova lei ter sido sancionada apenas agora, a regulamentação da medição individualizada já era uma tendência no Brasil, tanto que sua obrigatoriedade já havia sido aprovada em diversas cidades do País, como Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Aracajú (SE), Campinas (SP) e Piracicaba (SP). E, em todos esses locais, o objetivo da regulamentação foi o mesmo: estimular a redução no consumo, ou melhor, tornar o consumo de água mais racional e inteligente. “Com certeza a medição individual leva ao consumo racional, uma vez que o consumidor passa a saber exatamente qual o consumo específico de sua unidade. Antes da lei, o consumo total era dividido pelo número total de apartamentos e o usuário não tinha ideia se ele era um grande consumidor ou não. Ou ainda tinha a falsa impressão de que somente ele estaria economizando, enquanto pagava pelo consumo excessivo dos outros moradores. A medição individual promove o uso racional, a gestão

Foto: Fotolia

| Medição de água

de gastos e justiça na hora de pagar a fatura, já que cada morador sabe exatamente o quanto está gastando, assim como ocorre no consumo de energia elétrica”, afirma Ernesto Ghini, diretor geral para o Cone Sul da divisão de Soluções de Energia e Meio Ambiente da Honeywell. Seguindo a mesma linha de raciocínio, Samuel Lee observa que, com o modelo antigo de medição única em condomínios, os moradores poderiam sentir-se menos motivados a economizar, tendo em vista a dependência da ação dos vizinhos para ver a real diminuição na conta. Mas a partir do momento em que o usuário se torna responsável e habilitado para medir o seu próprio consumo,

há um incentivo econômico real para desenvolver um padrão de consumo mais consciente e sustentável. “A economia de água dependerá principalmente dos consumidores, mas considerando os incentivos econômicos que essa medida traz e a possibilidade de identificar mais facilmente vazamentos, podemos prever que terá um impacto bastante positivo. A previsão mais otimista que vimos até o momento foi feita pelo CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável) e pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que afirmam ser possível atingir uma economia de até 40% através da medição individualizada”, destaca Lee.

Benefícios para toda a cadeia

Foto: Divulgação

Um aspecto importante da nova lei é que ela não se limita a estimular o consumo eficiente de água. Ela também tende a beneficiar os negócios das empresas ligadas a essa área. Como explica o depar-

tamento Comercial da Energyrus, a regulamentação deve movimentar o mercado de instaladores e fabricantes de soluções como medidores, tubulações e acessórios. “Do ponto de vista da cadeia de instalações, a lei gera oportunidades para os fabricantes de hidrômetros, empresas de instalação dos mesmos nos condomínios, melhor gerenciamento dos condomínios, enfim, ela pode ser responsável por gerar empregos em um momento difícil da economia. Já para o usuário, a cobrança justa pelo consumo de seu

Com a regulamentação da medição individualizada, o poder público incentiva o desenvolvimento de uma rede de distribuição de água mais inteligente. Samuel Lee Itron

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apartamento é o grande benefício e não existirá mais margem de dúvida sobre quais são os maiores consumidores do condomínio. Também pode levar à melhoria dos sistemas nos apartamentos e possíveis vazamentos poderão ser facilmente identificados, já que o morador saberá se existe um consumo descontrolado em seu apartamento”, completa Ernesto Ghini, da Honeywell. Há ainda a expectativa de que, com o passar do tempo, a nova lei também estimule os condomínios antigos a adotar a medição individualizada. Segundo Ghini, hoje, já existe essa tendência, até mesmo por uma solicitação dos moradores, que desejam pagar por seu real consumo e não pelo possível uso inadequado de seus vizinhos. O entrave, nesse caso, pode estar nas condições técnicas de cada edifi-


A expectativa dos fabricantes é de crescimento de até 30% nas vendas com a nova lei.

Foto: Divulgação

Ernesto Ghini Honeywell

cação, já que em algumas construções mais antigas as adaptações podem ser complexas, ou envolverem custos muito elevados. “Tudo vai depender do quão preparados estão os edifícios para poderem receber o sistema. A maior dificuldade encontrada para a medição indivi-

dual é que, em prédios já construídos, a instalação dos hidrômetros não pode ser realizada devido aos altos custos necessários para a adaptação das instalações hidráulicas internas, bem como um sistema de medição que exige um remodelamento técnico e administrativo do imóvel”, pondera Samuel Lee, da Itron. Seja como for, o fato é que, a partir da nova lei federal, a expectativa geral dos fabricantes é de crescimento nas vendas de medidores de água. Não há consenso em relação ao ‘tamanho’ desse aumento, mas todos projetam evolução nesse sentido. “Existe hoje uma grande expectativa entre os fabricantes após aprovação da

lei e se espera um crescimento importante nas vendas. Mas devido à crise atual, é difícil estabelecer uma porcentagem de aumento”, divulga a diretoria Comercial da Energyrus, que acrescenta: “A obrigação de instalar medidores em cada unidade em condomínios novos vai gerar uma demanda enorme de medidores no mercado”. Ernesto Ghini, da Honeywell, destaca que a expectativa dos fabricantes é de crescimento de até 30% nas vendas com a nova lei. No entanto, lembra que a crise econômica tem atrapalhado os negócios “O mercado de hidrômetros possui altos e baixos. Situações de crise hídrica (como a vivida recentemente em boa parte do País) levam ao aumento do consumo de hidrômetros. Mas, por outro lado, momentos de crise financeira e redução de investimentos públicos afetam a grande maioria das concessionárias, prejudicando as vendas”.

BUSCANDO A MELHOR SOLUÇÃO EM MEDIÇÃO INDIVIDUALIZADA?

O CONTAJUSTA é a melhor solução para medição individualizada de água e gás, por isso você precisa conhecer suas vantagens e aplicações em vários tipos de edificações, desde condomínios residenciais horizontais e verticais, edifícios comerciais e em setorização do consumo em complexos industriais.

contajusta.com.br


Evento

| Construsul 2016

A caminho da retomada

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om um público visitante superior a 65 mil pessoas, e a possibilidade de gerar um volume de negócios próximo a meio bilhão de reais, a 19ª edição da Construsul - Feira Internacional da Construção, pode ser considerada um sucesso. Realizada entre 3 e 6 de agosto, a exposição ocupou uma área de 25 mil metros quadrados no espaço de eventos Fenac, em Novo Hamburgo (RS). Os visitantes puderam conhecer as novidades apresentadas por 420 empresas expositoras, além de participar de 15 eventos paralelos, entre palestras, seminários e congressos. Os organizadores da feira demonstraram satisfação com os resultados obtidos nesta edição. “Além do público, que superou nossas expectativas, o volume de negócios tem tudo para ultrapassar os R$ 450 milhões projetados inicialmente. Os corredores e os estandes estiveram lotados nos quatro dias e os expositores estão bem contentes com a quantidade de público qualificado que participou”, resumiu Paulo Richter, diretor da Sul Eventos. O executivo conta que percebeu uma expectativa positiva por parte dos visitantes, expositores e público em geral, em relação ao futuro da construção civil no País. “O que ficou muito claro para nós foi o sentimento de otimismo demonstrado por todos. As pessoas estão convictas de que a instabilidade econômica está passando e que o segmento da construção civil vai se recuperar muito em breve”, comenta Richter.

Feira no Sul do País revela otimismo dos profissionais do setor da construção civil em relação à volta do crescimento da economia.

Reportagem: Paulo Martins

The 19th edition of Construsul International Construction Fair was a success. It was held on August 3-6, in the city of Novo Hamburgo (RS). The event was attended by over 65,000 people and resulted in business about R$ 450 million. The event was marked by the optimism of visitors and exhibitors about the future of the construction industry.

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Também diretor da Sul Eventos, Luiz Inácio Sebenello destacou o amplo mix de produtos exposto, o que agradou em cheio os visitantes. “O conjunto de expositores foi excelente. Apresentamos uma variedade muito grande de produtos inovadores para a construção civil. Tivemos apresentações de tecnologias novas e os visitantes conheceram sistemas que ainda não entraram em comercialização, mas que já têm interessados aguardando”, observa. Outros aspectos positivos foram a diversidade e a qualificação do público presente. Entre os visitantes, destacavam-se vários profissionais ligados ao setor da construção civil, como lojistas, construtores, empreiteiros, arquitetos, engenheiros, designers e estudantes da área. A avaliação feita pelos expositores também revela satisfação com os contatos feitos na Construsul. A distribuidora de materiais elétricos e hidráulicos Plenobras, de Porto Alegre, aprovei-

tou a feira para anunciar uma parceria com a fabricante Bosch. “Somos distribuidores das principais marcas do mundo. O que trouxemos de novidade, neste ano, foi a entrada da linha de ferramentas e acessórios da Bosch”, informa o diretor geral da Plenobras, Gerson R. Salles. Fabricante de soluções de iluminação, a Taschibra apresentou novidades em luminárias e tecnologia LED e considerou excelente o movimento de visitantes presentes na feira. “Clientes com os quais trabalhamos há tempo passaram pelo estande, buscando ampliar o mix de produtos ou querendo desenvolver ainda mais o ponto de venda. Além disso, houve muitos visitantes que ainda não trabalham com a Taschibra e nos procuraram porque reconhecem a qualidade da marca”, destaca Natalie Schreiber Felippi, diretora da empresa. A 20ª edição da Construsul já tem data marcada. O evento está programado para ocorrer entre os dias 2 e 5 de agosto de 2017, também no Centro de Eventos e Negócios da Fenac, em Novo Hamburgo. Para mais informações, acompanhe o site do evento: www.feiraconstrusul.com.br.

Confira nas próximas páginas algumas das novidades apresentadas pelas empresas do setor na Construsul deste ano.

Fue un éxito la 19ª edición de Construsul Feria Internacional de la Construcción, que tuvo lugar entre el 3 y el 6 de agosto en la ciudad de Novo Hamburgo (RS). El evento contó con la presencia de más de 65.000 personas y se puede estimar alrededor de R$ 450 millones en negocios. El evento estuvo marcado por el tono optimista de visitantes y expositores sobre el futuro de la industria de la construcción.

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Evento

| Construsul 2016

Steck

Norton

A empresa destacou novidades como as linhas Módulo Extra Baixa Tensão, Adaptadores Quick®, Pratika Box®, Ouro Box® VDI e tomadas e interruptores residenciais Sophie®. A solução Ouro Box® VDI (foto) chega para deixar a linha de quadros mais completa. Com amplo espaço interno para interligações e passagem de cabos, o produto é ideal para dispositivos de voz (telefonia), dados (rede) e imagem (TV), sendo que todos podem ser concentrados em apenas um local. O produto é feito em termoplástico autoextinguível, possui um maior número de entradas para eletrodutos, placa de montagem móvel com pré-furos para parafusos e porta reversível com abertura a 180°

Uma máquina precisa e rápida, a Clipper SC181 foi desenvolvida para abertura de canaletas em qualquer tipo de parede, seja ela de tijolos, blocos de cimento, com ou sem reboco, gesso e paredes do sistema drywall para implantações, por exemplo, de redes elétricas e encanamentos. Vem com dois discos diamantados de 180 mm e com motor de 1,8 kW capaz de realizar cortes de até 60 mm de profundidade e até 45 mm de largura com facilidade. A SC181 conta com rodas frontais, que possibilitam a execução de cortes amplos, e com punhos ergonômicos. Pesa 6,5 kg.

Vonder A Linha de Solda da Vonder é uma das mais completas e expressivas do mercado, pois conta com diferentes modelos de Transformadores, Retificadores/Inversores, TIG, Máquinas MIG/ MAG, além dos acessórios e equipamentos de segurança. A Máquina para Solda MIG/MAG MM 305 Vonder é indicada para manutenções e montagens em serralherias e indústrias metalúrgicas em geral. O modelo possui chave seletora de tensão, ajuste de parâmetros com 20 posições de solda, voltímetro e amperímetro digital, que permitem regulagens mais precisas. Conta com função 2 e 4 tempos e conector tipo euroconector, que se adapta à maioria das tochas. Conta com tensão de entrada trifásico 220 V~/380 V~/440 V~ (com chave seletora de tensão). Não acompanha tocha, cilindro, regulador de gás e núcleo adaptador.

Carborundum Para melhor atender a demanda do mercado da construção e às necessidades dos construtores, serralheiros e instaladores em geral, a Carborundum (marca da Saint-­ Gobain Abrasivos) está lançando o PREMIER Versatil. O novo disco de corte diamantado da família PREMIER possibilita o corte de até seis tipos diferentes de materiais: aço, inox, PVC, alumínio, azulejos e pedras. Está disponível nas versões: 180 x 1,6 e 115 x 1,0. Os produtos são fabricados em conformidade com a rigorosa norma internacional para Superabrasivos EN 13236.

Gaia Indústria Especialista na área de automação, a empresa disponibiliza uma vasta linha de produtos para cinemas residenciais e salas corporativas, como telas de projeção, lifts, suportes, movimentadores, mecanismos deslizantes e trilho motorizado para cortina. Versátil, o Elevador para Monitor até 20” Modelo GLI 303 pode ser usado conforme a imaginação e necessidade do cliente. O mecanismo pode ser facilmente aplicado no interior de móveis, permitindo que o equipamento fique protegido quando não estiver em uso. O acionamento é feito por controle remoto ou contato seco. A solução apresenta movimento silencioso e harmonioso. 58 Revista da InstalaçÃO

Taschibra A linha de pendentes Unique (foto) foi uma das principais atrações da empresa. Os produtos são ideais para quem busca modernidade, sem abrir mão de estilo e economia proporcionada pelo LED. Os modelos variados aproveitam a versatilidade do aço, alumínio e tecido, proporcionando ambientes únicos e aconchegantes. Outra novidade foi a Linha Energia Solar LED. Com mais de dez modelos, os itens são equipados com baterias recarregáveis que garantem autonomia de até 8 horas. A praticidade também chama a atenção, já que os produtos dispensam cabeamento elétrico. Além disto, os refletores, spots e espetos têm acendimento e desligamento automático. Destaque ainda para a luminária Netuna LED. Projetada especialmente para quem busca economia, ela chega a ser até 50% mais econômica que uma fluorescente comum.


Zagonel A empresa apresentou sua linha de iluminação profissional LED, com destaque para a Luminária a Prova de Explosão Marcação Ex nC IIB T3 (foto). Com potência de 120 W e índice de proteção IP66, o produto está disponível nas temperaturas de cor de 5.000 e 6.500 K. Demais características técnicas: Fator de Potência > 0,98; Índice de Reprodução de Cor 80 e ângulo de abertura de 120º. Outras novidades apresentadas foram a Luminária Slim LED de embutir e sobrepor e Lâmpada Tubular LED T5, de 16 e 32 W.

Biltech A Biltech é uma importadora e distribuidora de produtos de alta tecnologia visando o uso racional dos recursos naturais, economia de energia, conforto, bem-estar e saúde dos usuários. Além da ampla linha de modelos de aspiradores centrais BEAM/Electrolux e InterVac, ela distribui também equipamentos de automação residencial e comercial, além de produtos de áudio e vídeo de marcas consagradas, como Leviton, BitWise Controls, NetStreams, iPort, Insteon e EISSOUND. Na Construsul, a empresa demonstrou suas novidades em centrais de aspiração e soluções para sonorização de ambientes, automação de iluminação wireless e automação de comandos eletrônicos.

Iriel

Ilumi

Empresa do Grupo Siemens, a Iriel participou da Construsul em parceria com a distribuidora Plenobras. Um dos destaques foi a linha de interruptores e tomadas Duale UP (foto), que traz um novo design, sem parafusos aparentes e interruptores de toque silencioso. A Duale UP inova com o suporte único 2 em 1, com um sistema em que um suporte 4x2 acoplado a outro forma um suporte 4x4. A Iriel apresentou também a linha Imperia Brilho, com novas opções de placas brancas com extra brilho e os modelos da linha BRAVA!, que dispõe de diversas tecnologias, como o carregador USB e a Tomada Duplex, proporcionando agilidade na obra, com instalação até 70% mais rápida que duas tomadas convencionais.

Tradicional marca de materiais elétricos, a Ilumi destacou lançamentos como a disponibilidade da nova Tomada Tripla Monobloco nas linhas Safira, Stylus e Slim; as tomadas HDMI e a Linha de Extensões em barra (foto) com cabo PP redondo de 20 A. Este produto está disponível nas cores branca e preta e em três tamanhos: 1,5, 3 e 5 metros.

Ideal Home A empresa desenvolve projetos e implantação de sistemas de automação predial que proporcionam alto desempenho operacional para as edificações. A automação integrada e inteligente da Ideal Home proporciona mais economia, conforto, segurança e saúde. A empresa propõe o gerenciamento, controle e operação total do prédio por meio do Supervisório Predial – Building Management System (BMS). É possível fazer o controle e acionamento dos sistemas de climatização; iluminação; cortinas, persianas e toldos; claraboias; áudio ambiente; bombas e motores; piscinas, saunas, cascatas e espelhos d´água; portões de veículos e pedestres; irrigação inteligente; válvulas hidráulicas e de gás e diversos equipamentos eletroeletrônicos. Também é possível obter relatórios personalizados dos itens automatizados, como tempo de operação de bombas e motores, consumo de óleo diesel de grupos geradores, etc. Revista da InstalaçÃO 59


Evento

| Construsul 2016

Frontec O Fixador Frontec de PVC é indicado para fixação de tubulações, entre outros materiais. Quando utilizado com a Cola Multiuso Frontec, possui aderência nos mais variados tipos de superfícies, como madeira, metal, paredes de alvenaria, placa cimentícia e drywall. Pode ser utilizado com até duas abraçadeiras (uma de até 5 mm de largura e outra de até 8 mm). Quando aplicado em ambiente externo, recomenda-se a utilização de abraçadeira de nylon 6.6 com proteção UV. Este fixador possui modelo assimétrico que funciona como uma barreira de retenção, evitando o escorrimento da cola. Já a Cola Multiuso Frontec foi desenvolvida para vedação e fixação de materiais nos mais diversos substratos, inclusive em áreas úmidas. O produto oferece qualidade e velocidade à aplicação, sem precisar furar as superfícies.

Pentair A Unidade de negócios Pentair Sibrape mostrou novidades como os robôs automáticos XT5i e XT9i, que atuam como limpadores automáticos para piscinas residenciais. Importados para o Brasil pela Pentair Sibrape no intuito de proporcionar praticidade, economia e bem-estar dos consumidores, os aparelhos são leves, fáceis de levantar e manusear. A linha de equipamentos foi criada em parceria com a Maytronics, líder mundial em limpadores automáticos para piscinas.

Rotoplast Especialista na produção de climatizadores evaporativos, a empresa catarinense disponibiliza ao mercado mais de 30 modelos de aparelhos, distribuídos entre as Linhas Plus, Confort, Standard, Teto, Siroco e Exaustor. Voltados para aplicação nos mais diversos tipos de ambientes, os climatizadores Rotoplast são ecologicamente corretos, possuem design arrojado, maior robustez e destacam-se ainda pela eficiência.

DWT Brasil A empresa levou à feira sua linha completa de ferramentas elétricas, que se caracterizam pela robustez e elevada resistência, ideais para as mais diversas áreas de atuação profissional e industrial. Entre os destaques estiveram as furadeiras, parafusadeiras, serras mármore, entre muitas outras, além de lançamentos como discos de corte diamantados, brocas, lâminas de serra tico-tico. A Serra Mármore MS-115 (foto) possui potência de 1.400 W e rotação de 12.000 rpm. O produto é versátil para uso na construção civil, com regulagem para corte em ângulos de até 45º, com profundidade máxima de corte de 26 mm (45º) e 37 mm (90º).

Altronic Os Mini disjuntores Altronic são equipamentos de alta tecnologia que protegem fios e cabos elétricos contra curto-circuitos e sobrecargas de corrente, proporcionando aplicações seguras e econômicas em instalações elétricas, residenciais, comerciais e industriais. Os dispositivos são certificados conforme a norma NBR NM 60898-1, curva C e estão disponíveis em diversas versões monopolar, bipolar, tripolar e tetrapolar. A empresa destacou também sua nova linha de Protetores de Surto, os Quadros de Distribuição de Embutir e Sobrepor, a Boia de Nível e o Programador Digital Diário/Semanal modelo PDST-01.

Pincéis Atlas A linha Alizares Molduras é composta por barras decorativas produzidas em poliestireno reciclado, que podem ser aplicadas em rodapés, roda tetos, molduras e em qualquer altura da parede. O lançamento vem em seis modelos com design e espessura diferenciados e que podem ser aplicados em ambientes internos e externos, já que o produto não mofa, não apodrece, não entorta e pode ser lavado com água. Todas as peças possuem 2,40 m de comprimento e podem ser instaladas na horizontal ou na vertical. Com design moderno e praticidade na hora da instalação, a grande novidade é o rebaixamento especial para a passagem de fios não elétricos, como os cabos de televisão e telefone, dando adeus aos fios expostos ou o uso de canaletas. 60 Revista da InstalaçÃO


Tecryl

Vedacit

Tecryl-D3 é um produto impermeabilizante flexível de base acrílica aplicável a frio que vem pronto para uso, eliminando a utilização de maçaricos e caldeiras. Não apresenta qualquer emenda em sua totalidade, não havendo, portanto, a existência de pontos fracos ou vulneráveis. Pode ser utilizado em lajes, calhas, telhas, caixas d´água e piscinas. Outra vantagem é que a solução aumenta o conforto térmico do interior do ambiente. O consumo estimado é de 1,5 a 2 kg por metro quadrado. O produto está disponível nas cores azul, branca, preta, cinza e telha e aceita outros acabamentos (tinta acrílica e PVA).

Vedaspray é uma nova linha de spray impermeabilizante. Fácil de usar, impede que líquidos sejam absorvidos por tecido, madeira e pedra, evitando manchas, proliferação de microorganismos e o desgaste prematuro dos móveis e objetos da residência. Vedaspray Pedras (foto) é o impermeabilizante especialmente desenvolvido para proteger mármores, granitos e outros minerais. Sua fórmula protege sem alterar a aparência natural das pedras.

Belfix

Brasilux Brasiflex Restaura é um impermeabilizante ecológico a base de resinas acrílicas elastoméricas solúveis em água. Com grande poder de penetração, forma uma membrana impermeável com característica elástica e flexível, acompanhando o movimento de dilatação e retração das superfícies que causam as pequenas trincas e fissuras. O produto é especialmente formulado para evitar infiltrações em superfícies verticais externas, de paredes expostas à chuva e/ou lajes onde não exista trânsito. Possui alto poder de enchimento, ótima aderência e é de fácil aplicação. Pode ser aplicado em superfícies externas e internas de alvenaria, reboco, concreto, fibrocimento e também em madeira, metais e gesso, desde que previamente preparados.

Na linha de Ferramentas Inteligentes da empresa, destaque para a Furadeira e Parafusadeira à bateria de lítio. Leve, compacto e resistente, o equipamento recebe a alimentação de uma bateria de 12 V DC - 1.300 mAh acoplada. Trabalha com velocidades variáveis de 0-350 rpm e 0-1.300 rpm e possui as seguintes capacidades: perfuração de madeira - 20 mm, perfuração de aço - 10mm e aperto de parafusos - 8mm. O mandril é de aperto rápido (máximo diâmetro de 10 mm). Outras características: tempo de recarga de 3 a 5 horas; carregador: entrada - 100-240 VAC 50/60 Hz 15 W e saída - 12.6 VDC 900 mA.

Viapol Com ação rápida e resistente, Monopol® Construção é um potente selante e adesivo para diversos usos: vedação de telhados, calhas e rufos; preenchimento de juntas de dilatação com movimentação de até 25%; juntas serradas e juntas de conexão; selamento das juntas em ralos e tubulações de reservatórios; vedação de esquadrias, caixilhos metálicos e de madeira e tratamento de trincas e fissuras no concreto. Com boa recuperação elástica e excelente resistência aos raios ultravioleta e ao amarelamento, não mancha substratos absorventes como mármore e granito. Aceita pintura à base de água após a cura e não forma bolhas ou fungos.

Bakof Na linha de Sistemas de Tratamento de Efluentes, destaque para o Multibiodigestor, um Sistema de Biodigestor Sanitário. Composta por um reator anaeróbio de fluxo ascendente e um filtro anaeróbio de fluxo ascendente - constituídos em um único tanque especial, em PEMD - a solução destina-se a tratar o efluente gerado através do processo de digestão anaeróbia. É indicada para tratamento de efluentes sanitários de residências urbanas e rurais, de baixo, médio ou alto padrão. Está disponível em dois modelos, com capacidades para tratar 700 litros/dia e 1.850 litros/dia. Esse sistema de tratamento é leve, portanto, de fácil instalação e manuseio, resistente aos gases gerados no processo e totalmente estanque. Revista da InstalaçÃO 61


artigo

| Tubulações hidráulicas

Atenuação acústica em tubulações hidráulicas prediais Mercado oferece diversas soluções, mas antes de escolher o produto ideal, é importante conhecer as características de cada opção e seus respectivos desempenhos acústicos, assim como a forma correta de instalá-los.

D

esde a publicação da Norma de Desempenho de edifícios habitacionais, a ABNT NBR 15575, o setor da construção civil brasileiro tem se mobilizado para atender aos requisitos e critérios exigidos na norma aplicados aos cinco sistemas construtivos da edificação: estrutura, pisos internos, vedações externas e internas, coberturas, sistemas prediais e hidrossanitários. Para cada um desses sistemas são exigidos vários critérios de desempenho, como vida útil, manutenção, segurança estrutural, segurança contra fogo, desempenhos térmicos e acústicos, entre outros. Um dos critérios abordados na norma trata do desempenho acústico dos sistemas hidrossanitários das edificações. Essa parte da norma define os níveis máximos de emissão de ruídos a serem gerados no interior dos dormitórios por tubulações hidrossanitárias, visando maior conforto aos usuários, já que esse

Currently, several companies are developing products for acoustic attenuation of hydraulic piping systems. But before choosing the optimal product, it is important to learn about the specific characteristics of each product, their acoustic performances, as well as the proper installation technique. 62 Revista da InstalaçÃO

tipo de barulho causa bastante incômodo ao morador da unidade inferior. Assim, o nível sonoro produzido instantâneo (Lasmax, nt) mínimo a ser gerado pelas tubulações hidrossanitárias da unidade habitacional superior deverá ser inferior a 42 dB, medidos no dormitório da unidade inferior. Desde a primeira publicação da norma de desempenho em 2008, as construtoras e incorporadoras iniciaram a busca por materiais acústicos que pudessem atenuar esse tipo de ruído, e muitos ainda utilizavam mantas de absorção acústicas de outras aplicações para envolver as tubulações, mas não existiam produtos específicos para essa finalidade. A lã de vidro e lã de rocha eram os materiais mais utilizados. Atualmente, diversas empresas estão desenvolvendo produtos para atenuação acústica de tubulações hidráulicas. Algumas possuíam produtos para isolamento térmico de tubulações diversas que cumprem também o papel de

Actualmente, varias empresas están desarrollando productos para la atenuación acústica de las tuberías hidráulicas. Pero antes de elegir el producto ideal, es importante conocer las características de cada uno, sus desempeños acústicos, así como la forma correcta de instalar.


o isolamento das caixas sifonadas, utilizando os tubos ou mantas acústicas. Nas curvas, realizar recortes em 45° nas extremidades dos tubos para fazer a união perfeita entre os tubos horizontais e verticais. Envolva todo o sistema com o material acústico. Lembre-se de evitar frestas que possam permitir a transmissão do ruído. A importância do isolamento de todas as fontes de ruído, inclusive nas edificações, e a melhoria da qualidade ambiental vem crescendo nos últimos anos em todo o mundo. Requisitos que visam conforto acústico já são exigidos há muitos anos na Europa. No Brasil, esse tema tem ganhado espaço principalmente com a publicação da norma de desempenho, a ABNT NBR 15575. Embora muitos profissionais ainda desconheçam o conteúdo da mesma, ou não achem necessário atendê-la, pois a fiscalização no País ainda é precária, construtoras e incorporadoras estão correndo atrás de soluções ideais para atender aos critérios da norma. Da mesma forma, indústrias vêm desenvolvendo cada vez mais produtos que se apliquem a essa nova demanda. Aos profissionais do setor da construção cabe não somente conhecer os novos produtos e desempenhos, mas executar de maneira correta, de modo que o objetivo seja cumprido com sucesso. Mesmo que não tenham órgãos fiscalizadores para exigir o atendimento à norma no curto prazo, os consumidores finais são os principais interessados no assunto, pois estão cada dia mais conscientes dos seus direitos, como mostra o Código de Defesa do Consumidor. Empreendimentos que não cumprirem os requisitos estarão sujeitos a diversas penalidades caso sejam acionados.

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Foto: Divulgação

atenuação acústica, como, por exemplo, as calhas cilíndricas bipartidas em lã de vidro. Outras empresas que produziam mantas para atenuação acústica também estão criando produtos específicos em forma de “tubos” para revestir as tubulações hidráulicas. No mercado já encontramos produtos específicos para essa finalidade fabricados em polietileno expandido de baixa densidade (PEBD) e espuma elastomérica, lançados recentemente na última Feicon. No exterior também encontramos diversas marcas e materiais. Antes de escolher o produto ideal, é importante conhecer as características de cada um, respectivos desempenhos acústicos, assim como a forma correta de instalá-los, seguindo as orientações da norma de desempenho, que especifica valores “mínimo”, “intermediário” e “superior” a serem atendidos. O procedimento de instalação dos revestimentos para tubos hidráulicos é muito semelhante. A proteção acústica deverá ser realizada em todas as tubulações, seguindo as recomendações de segurança de cada fornecedor. Produtos em lã de vidro requerem alguns cuidados adicionais a serem seguidos, como luvas de proteção. Primeiramente, verifique se as abraçadeiras metálicas, que fixam e suportam os tubos, estão isoladas do contato com os mesmos. É extremamente importante que os tubos não tenham contato direto com o sistema de fixação. Para fazer isso, utilize pedaços de mantas e tubos acústicos para evitar esse contato. Após esse procedimento, inicie a instalação do material. Tubulações já instaladas necessitam de tubos seccionados. Alguns fornecedores dispõem de tubos recortados. A fixação é feita por abraçadeiras plásticas. Realize

Catherine Schrader

Arquiteta e proprietária da empresa Catherine Schrader Arquitetura, atualmente é consultora da Armacell Brasil. Revista da InstalaçÃO 63


produtos

❱❱ Instalação aparente

A Tramontina Eletrik desenvolveu uma nova caixa que possibilita o uso tanto com canaletas como com eletrodutos. A novidade faz parte da linha Lizflex, ideal para os segmentos comercial e industrial, e chega às lojas acompanhada por uma ampla linha de acessórios. A Caixa Lizflex permite colocar em prática todas as soluções de um sistema de instalação aparente, ou seja, alterar a direção da instalação, mudar a altura do duto, fazer junções com eletrodutos e ainda compor caixas duplas ou triplas através da luva de emenda. Com resultado perfeito, rapidez e, o mais importante, sem quebra de paredes. Este modelo de caixa oferece quatro opções de saída para eletrodutos em três bitolas (½”, ¾” e 1”), e opção para canaletas nas medidas de 20x10, 40x20 e 50x20 mm. Além da tampa para três interruptores ou tomadas, que utiliza o prático sistema de encaixe da placa por pressão, e os módulos nas cores branco brilho e grafite, minimizando o tempo de instalação.

produtos Divulgação de novos produtos e soluções.

products Promotion of new products and solutions.

productos Promoción de nuevos productos y soluciones.

❱❱ Filtro com Bica Móvel

Uma das novidades da Unidade de Negócios Pentair Hidro Filtros é o Filtro Bica Móvel com Torneira. A solução possui elemento filtrante com carvão ativado que evita a proliferação de germes enquanto o produto não é utilizado. O carvão ativado reduz a sujeira, bem como o cloro, o cheiro e o gosto desagradável da água. Com difusor móvel que permite o melhor direcionamento da água, o modelo possui registro com ¼ de volta. O produto está disponível nas cores branca e cromada.

❱❱ Embalagem Termoencolhível

A Cobrecom Fios e Cabos Elétricos apresenta o Cabo PP Flexicom 500 V Multicondutores (2, 3 e 4 condutores) em rolo de 100 metros acondicionado em Embalagem Plástica Termoencolhível. O Cabo PP Flexicom 500 V Multicondutores (2, 3 e 4 condutores) é indicado para a alimentação de aparelhos eletrodomésticos, máquinas e ferramentas elétricas portáteis que requerem um cabo de alta flexibilidade e resistência à abrasão. Já a Embalagem Termoencolhível proporciona mais praticidade para o trabalho do eletricista e elimina possíveis desperdícios com a sobra de materiais, pois foi desenhada para que os fios e cabos não embaracem quando puxados. Ela também permite que, em caso de sobras, o produto fique guardado de maneira organizada até o próximo uso. 64 Revista da InstalaçÃO


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agenda

| Setembro e Outubro 2016

EVENTOS Fórum Potência Data/Local: 15/09 – Porto Alegre (RS) Informações: (11) 4225-5400 e www.forumpotencia.com.br

Equipotel São Paulo 2016 Data/Local: 19 a 22/09 – São Paulo (SP) Informações: www.equipotel.com.br

Curso Comandos elétricos em sistemas hidráulicos Data/Local: 19 a 21/09 – São Paulo (SP) Informações: treinamento.br@festo.com

Curso Integrador de Sistemas Residenciais Data/Local: 21 a 23/09 – Salvador (BA) Informações: www.aureside.org.br

Feira Internacional de Segurança e Proteção Data/Local: 05 a 07/10 – São Paulo (SP) Informações: www.fispvirtual.com.br 66 Revista da InstalaçÃO




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