A N O 1 - N º 07
Outubro 2016
EDITORA
Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, hvac, fotovoltaica, incêndio, dados e manutenções
Formação e certificação de eletricistas
ANO 1 – Nº 07 – Revista da Instalação
Ainda é grande no Brasil o número de pessoas que atuam como eletricistas sem a devida formação, executando instalações ineficientes e perigosas. Profissionais qualificados se destacam no mercado
Mercado Iluminação
Instalações devem ser bem executadas para que sistemas apresentem bom nível luminotécnico e de eficiência energética
Evento
FISP 2016
Expositores aproveitam feira para disseminar soluções na área de segurança
É tempo de planejar as
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A revista que fala diretamente com os profissionais da ĂĄrea elĂŠtrica!
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Hilton Moreno Diretor Técnico
Marcos Orsolon
Diretor de Redação
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A Revista Potência e suas mídias digitais alcançam um público qualificado na área elétrica, formado por: ➧ Engenheiros ➧ Consultores ➧ Eletricistas ➧ Tecnólogos ➧ Lojistas ➧ Instaladores ➧ Projetistas ➧ Técnicos
Índice
| Edição 07 | Outubro 2016
22
40
Mercado
Instalações prediais de iluminação devem ser bem executadas para que sistemas sejam eficientes, e seguros.
Destaque
Escolha do EPI adequado facilita o trabalho do instalador e, em algumas situações, pode até salvar sua vida.
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Matéria de Capa Mercado brasileiro ainda possui um grande número de pessoas que trabalham como eletricistas sem a devida qualificação, executando instalações ineficientes e perigosas.
Sempre aqui 05 Editorial ■ 06 Notas ■ 28 Artigo ■ 30 Espaço Sindinstalação ■ 34 Abrinstal ■ 35 Abrasip ■ 36 Seconci ■ 37 HBC ■ 48 Case Hydro Z Unikap ■ 60 Produtos ■ 66 Link / Agenda ■
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Evento
Revista da Instalação apresenta com exclusividade os finalistas do Prêmio Masterinstal 2016.
4 Revista da InstalaçÃO
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Evento
Fisp 2016 movimenta setor de proteção e segurança em São Paulo.
editorial
Fotos: Ricardo Brito/HMNews
Expediente
Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno
ano 1 • nº 07 • Outubro'16 Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.
Marcos orsolon
Diretor de Redação |
Hilton Moreno
| Diretor
Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon
Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Cristiano da Silva Pereira Benvindo, Luiz Antonio Alvarez, Gabriel Treger, Vítor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Adeilton Bomfim Brandão e José Carlos Carraro.
Redação
Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Colaborou nessa edição: Érica Munhoz Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231)
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Fechamento Editorial: 18/10/2016 Circulação: 25/10/2016 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.
Mais uma edição cheia de novidades Essa edição da Revista da Instalação está recheada com uma série de novidades e informações úteis para profissionais e empresas desse mercado. Em comum, as reportagens publicadas mais uma vez tratam de temas relevantes para o setor, como formação de mão de obra, segurança, produtos e soluções. No campo das novidades, duas matérias merecem atenção. Uma delas é a cobertura da FISP, principal feira nacional da área de proteção e segurança, onde foram apresentados novos produtos e soluções nas linhas de EPIs, vestimentas especiais de proteção e produtos que ajudam a proteger os diversos profissionais instaladores no seu dia a dia de trabalho. A outra reportagem apresenta a lista de cases das empresas finalistas do Prêmio Masterinstal 2016. A premiação, que chega à 11ª edição, foi criada pelo Sindinstalação para reconhecer e valorizar as boas práticas na execução de obras de instalação. O tópico mão de obra está presente em nossa matéria de capa, que trata da formação e certificação de eletricistas. No texto fica claro que esse profissional é fundamental para garantir a segurança e eficiência das instalações elétricas prediais. Portanto, ele deve ser capacitado e manter-se atualizado para desempenhar suas funções, fato que nem sempre ocorre no Brasil. Essa preocupação com a capacitação também aparece na seção Mercado, onde abordamos o tema iluminação predial. A evolução desse mercado, com o avanço dos produtos com LED e de sistemas de automação, tem exigido atualização constante por parte dos instaladores. Hoje, não basta ligar alguns fios para fazer uma boa instalação, é preciso entender que algumas soluções exigem um conhecimento maior na aplicação. Em muitas situações é preciso saber interpretar os projetos, que também estão se tornando mais complexos. Em outras palavras, é preciso evoluir como profissional para acompanhar as tendências e aproveitar as oportunidades. Esses são apenas alguns temas abordados. Há muito mais em nossas páginas... Boa leitura!
Revista da InstalaçÃO 5
NOTAS
NOTAS Ações e novidades dos players do setor.
News Activities and news from main sector players.
Notas Actividades y noticias de los principales actores del sector.
Aposta na América Latina
Em visita ao Brasil em setembro, James Delande, diretor de Marketing de Produto da ClickSoftware - líder no fornecimento de soluções para a gestão automatizada e otimização da força de trabalho e serviços em campo -, afirmou: “Globalmente, temos tido grande sucesso em países que atravessam dificuldades econômicas, uma vez que nossas soluções auxiliam as companhias prestadoras de serviço, especialmente dos setores de telecom, energia e seguros, a superarem a recessão por meio do aumento da produtividade, redução de custos e melhoria no atendimento e satisfação do cliente. No Brasil, o cenário não é diferente”. Segundo a companhia, tecnologias como as da ClickSoftware podem ajudar, e muito, as empresas brasileiras a conquistarem ganhos reais de lucratividade ao promoverem um maior engajamento do cliente. “A prestação de um serviço em campo de alta qualidade não só melhora o relacionamento, mas também aumenta a satisfação
Redução de tarifas
A Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) anunciou a segunda redução de tarifas neste ano, de acordo com deliberação da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) publicada no dia 1º de outubro no Diário Oficial do Estado. Com a decisão, as tarifas de gás natural canalizado da Comgás serão reduzidas para os segmentos residencial (exceto a parte fixa, que não será alterada), comercial, industrial e cogeração. Os percentuais de redução são distintos, conforme o segmento de mercado e o volume de consumo. Em alguns casos, a queda na tarifa pode chegar a 3% no segmento residencial, 6% para os comércios, 10% para a indústria e até 12% para cogeração. Já o custo do Gás Natural Veicular (GNV), aplicado para os postos de combustíveis, será praticamente mantido. As novas tarifas entraram em vigor no dia 3 de outubro, e são válidas para os clientes da área de concessão da Comgás, que compreende 177 municípios na Região Metropolitana de São Paulo, Região Administrativa de Campinas, Vale do Paraíba e Baixada Santista. O ajuste determinado pela Arsesp é resultado do alinhamento do custo de gás, em função da queda do preço do petróleo, que é a base para os preços do gás natural. O primeiro ajuste com redução de tarifas neste ano havia sido definido pela Arsesp em 31 de maio. No ano de 2016 a redução de tarifas da Comgás foi bastante significativa: para o segmento industrial, por exemplo, a redução foi de mais de 25% (para o consumo acima de 500 mil m³/mês). “Essa segunda redução de preços anunciada pela Arsesp aumenta ainda mais a competitividade do gás natural, uma alternativa energética segura, eficiente e versátil”, afirma o presidente da Comgás, Nelson Gomes.
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e retenção do cliente, gerando um crescimento orgânico na receita”, enfatiza. A América Latina é um mercado ainda pouco maduro na automatização da força de trabalho em campo. Neste contexto, representa um grande potencial sendo cada vez mais estratégica para os negócios da companhia, com uma estimativa de crescimento para 2017 da ordem de 30% a 50% a mais que a média mundial. Um dos maiores negócios já realizados pela ClickSoftware em todo o mundo, por exemplo, ocorreu no Brasil, com a operadora OI, em um projeto que envolve cerca de 40 mil técnicos em campo. Além do Brasil, são considerados mercados prioritários na região Argentina, Peru, Colômbia e México, notadamente os setores de telecom, utilities e seguros. “Estamos bem posicionados para atender a demanda na AL por termos uma forte presença local, com o escritório no Brasil, que representa toda a região”, diz Delante.
As novas tarifas, por segmento Consumo 05 m³/mês 15 m³/mês 20 m³/mês
Residencial Reajuste Reajuste AcuOutubro mulado no ano -1,9% -0,1 % -2,7% -3,4% -2,6% -3,3%
Consumo 100 m³/mês 1.000 m³/mês 10.000 m³/mês
Comercial Reajuste Reajuste AcuOutubro mulado no ano -2,7% -3,5% -3,4% -6,5% -4,9% -12,5%
Industrial Consumo Reajuste Reajuste Acu Outubro mulado no ano 50 mil m³/mês -5,9% -16,5% 100 mil m³/mês -7,2% -20,8% 500 mil m³/mês -8,8% -25,9% 1 milhão m³/mês -9,2% -27,2% GNV* Consumo Reajuste Reajuste Acu Outubro mulado no ano Reajuste para o posto de combustível -0,1% 2,2% * Preço para o consumidor final é definido por cada posto
Tecnologia inovadora O crescimento populacional e os desafios que as questões hídricas impõem requerem atenção especial às atividades inerentes ao saneamento básico. Assim, com o intuito de atender às necessidades atuais de seus clientes, a Mizumo - empresa do Grupo Jacto, referência em soluções para tratamento de esgoto sanitário - desenvolveu um projeto customizado utilizando a tecnologia Integrated Fixed Film Activated Sludge (IFAS). A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que beneficia um bairro do município de Uberaba (MG) substituiu um antigo sistema de tratamento de esgoto, que se tornou subdimensionado diante do crescimento habitacional do local. O projeto da Mizumo tinha de apresentar uma eficiência do tratamento acima de 90% - contra 45% do sistema anterior. A licitação vencida pela Mizumo em 2012 exigia remoção de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) por processos biológicos e atendimento aos parâmetros do Conselho Nacional de Meio Ambiente, o que resultou numa ETE com funcionamento em regime contínuo e flexibilidade operacional. No total, o sistema ocupa uma área de 26 mil m² e tem capacidade para tratar até 50 litros de efluentes por segundo, o que representa o esgoto gerado por aproximadamente 27 mil pessoas. Uma das características desejadas no sistema era o bom aproveitamento da área disponível para a ETE, que exigiu um projeto customizado, utilizando processos de tratamento An_revInstalacao_9x21.pdf 1 21/03/2016biológicos 09:03:55
e menor quantidade de tanques. Os parâmetros de saída do efluente tratado também eram um desafio e, diante disso, a Mizumo buscou uma tecnologia não disponível em seu portfólio: a Integrated Fixed Film Activated Sludge (IFAS), uma variação do processo de lodos ativados convencional, ou seja, um sistema de biomassa (microrganismos) fixa e biomassa suspensa, pela qual parte do lodo decantado no processo retorna ao reator aeróbio. O sistema instalado é composto de várias etapas. Do pré-tratamento ao desaguamento é formado por gradeamento estático, peneira mecanizada, caixa de areia, decantadores primários, reatores aeróbios, decantadores secundários, tanque de contato e decanter. A ETE entrou em operação em dezembro de 2015. Conjuntamente, o sistema permitiu a flexibilidade e a facilidade operacional, com processos totalmente automatizados e um sistema modular, que possibilita isolar partes da estação sem a interrupção total do tratamento - ou mesmo a ampliação da ETE, caso haja necessidade. “Para a Mizumo, este contrato foi importante por incorporar uma tecnologia diferente daquela com que comumente trabalhamos, além de se tratar da maior solução já fornecida pela marca”, destaca Hélcio da Silveira, diretor da empresa. Foto: Divulgação
NOTAS
Casa Econômica
Foto: Divulgação
Conforto térmico e economia. Essas são as principais conclusões do estudo feito pela Basf para avaliar a temperatura e a eficiência energética da Casa Econômica, proposta inovadora de construção que utiliza sistema isotérmico. De acordo com o estudo da consultoria TechnoBuild, a temperatura interna da Casa Econômica chega a ser 7ºC mais baixa quando comparada a uma edificação tradicional, com paredes em bloco cerâmico, cobertura em telha de fibrocimento e forro de madeira. No estudo, essa temperatura foi verificada em simulação na cidade de Porto Alegre, no dia 1º de agosto, às 16h. O consumo do ar-condicionado durante o ano (kWh/ano) diminui até 50% para cidade de São Paulo, onde a casa está sediada. Para a análise, a consultoria comparou, utilizando o Energy Plus - software mundialmente reconhecido, que faz a simulação do consumo de energia e considerando o clima de diferentes cidades brasileiras - o comportamento de duas edificações com dimensões e características idênticas, diferenciadas apenas pelo sistema construtivo. O
programa leva em conta também a ocupação e atividade no espaço durante o ano todo, reproduzindo sua operação. O uso do sistema de PIR da Basf como material isotérmico (Elastopir®) nas paredes e telhado permite, segundo o estudo, uma redução de 50% no consumo de ar-condicionado durante o ano (kWh/ano) em casas construídas em cidades como Porto Alegre e São Paulo. Se a casa estivesse em Belo Horizonte, a economia seria de 40% no ano. Também foi verificado que a amplitude térmica, ou seja, a variação da temperatura no ambiente durante o período, é menor quando se utiliza o sistema isotérmico. Se for considerado apenas o uso da telha isotérmica, a redução no consumo de energia para climatização é de 14% em Cuiabá, em relação à telha de fibrocimento. Em Curitiba, a redução pode chegar a 25%. Por terem acabamento interno, as telhas isotérmicas substituem não só a cobertura, como também o forro, garantindo produtividade na construção. O Elastopir® é uma espuma rígida de poli- isocianurato que apresenta níveis de condutividade térmica baixíssimos quando comparado a isolantes convencionais: reduz em até 90% a transferência de calor entre os ambientes. Além disso, é 20 vezes mais isolante que tijolos e 80 vezes mais que o concreto.
Projetos de eficiência
A EDP Brasil, empresa que atua nas áreas de geração, distribuição, comercialização e soluções de energia elétrica, dá início à edição 2016 da Chamada Pública para projetos voltados à eficiência energética nas áreas de concessão no Espirito Santo e São Paulo. Nos dois estados, a empresa disponibiliza um total de R$ 9,7 milhões para incentivar propostas que tenham o objetivo de reduzir o consumo de energia em residências, comércio, indústrias, prédios públicos e particulares, entre outros. O programa beneficia iniciativas de pessoas jurídicas que visem a melhoria ou a substituição de instalações elétricas, equipamentos e sistemas de controle de uso de eletricidade. Os interessados têm até o dia 21 de dezembro para submeter suas inscrições pelos Correios ou entregá-las pessoalmente na sede da EDP (SP - São Paulo, Rua Gomes de Carvalho, 1996 – 9° andar). Os projetos serão avaliados por uma comissão julgadora formada por colaboradores da empresa, que irão analisar conforme especificado nos Procedimentos do Programa de Eficiência Energética (Propee), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os projetos escolhidos serão divulgados no dia 27 de janeiro. Para saber mais sobre a Chamada Pública da EDP para Projetos de Eficiência Energética e seu regulamento basta acessar os endereços: http://www.edp.com.br/distribuicao/edp-escelsa/Paginas/Chamada-Pública-PEE.aspx (Espírito Santo) e http://www.edp.com.br/distribuicao/edp-bandeirante/Paginas/ Chamada-Pública-PEE.aspx (São Paulo). Foto: Fotolia
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Aproveitamento de água
Economizar água e dinheiro são os temas do momento. Com a realidade das crises econômicas e hídricas vivida pelos brasileiros nos últimos anos, a população passou a buscar maneiras para diminuir gastos e sobreviver aos cortes e racionamentos, que assombraram o país em 2015. Para driblar esses problemas, uma opção é aproveitar as chuvas para a captação de água pelo telhado. A Esalflores, maior floricultura e garden center do Sul do País, localizada na cidade de Curitiba (PR), utiliza um sistema de captação de água de chuva há cinco anos. O modelo ajuda a economizar, em média, entre 30% e 60% de água e é feito por meio de calhas que escoam a água das chuvas para tubos. Desses tubos o líquido passa por dois filtros: primeiro por um gradeamento que retém a sujeira grossa, e depois por uma tela, que filtra a poeira. Em seguida, a água é despejada em uma cisterna. A cisterna especial do empreendimento tem capacidade para armazenar 30 mil litros. A água é uti-
lizada nos vasos sanitários, na rega das plantas da loja e para lavar o piso. O gerente geral da Esalflores, Bruno José Esperança, explica que a norma exige que o aproveitamento seja feito pelo telhado e não pelo solo, que possui contaminantes. “Por experiência, é possível economizar cerca de 30% a 60% de água. Mas na Esalflores, como o nosso gasto com a rega de plantas é muito grande, já atingimos uma economia de 80%. A cada 200 m² de telhado, conseguimos armazenar em períodos chuvosos até 15 mil litros. Como essa água não é potável, ela é utilizada para a manutenção da loja”, destaca. O sistema na escala desenvolvida para a Esalflores pode custar até R$ 40 mil. Porém, em residências, a captação de água da chuva custa aproximadamente R$ 4 mil. “É um investimento extremamente válido. Além de todo o resultado financeiro, com um consumo de água até 60% menor, estamos pensando no futuro do planeta”, completa Bruno.
Foto: Divulgação
Com passos sólidos, inteligência e seriedade, a CIMAX SANHIDREL se consolida a cada dia e tem orgulho de fazer parte dos momentos mais marcantes da Engenharia Brasileira. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
SISTEMAS DE SEGURANÇA
NOTAS
Geração distribuída São Paulo é o estado com o segundo maior número de conexões de micro e minigeração de energia no País. Houve um rápido crescimento dentro de um ano: são 711 conexões em agosto, contra as 106 ligações registradas na Aneel em setembro de 2015, o que representa uma potência instalada de 3.405 kW. A fonte mais utilizada pelos consumidores-geradores é a solar, com 708 adesões, seguida da eólica, com três instalações. Em todo o País, havia 5.040 conexões registradas em agosto de 2016, contra as 1.148 ligações computadas na Aneel em setembro de 2015, o que representa uma potência instalada de 47.934 kW. A fonte mais utilizada pelos consumidores-geradores brasileiros é a solar, com 4.955 adesões. A geração de energia pelos próprios consuDistribuição por classe de consumo em SP 1% 0,1%
1400
0,4%
1226
1200
1% 7%
1000
Comercial
800
Residencial Industrial
711
600
Rural Poder Público
459
564
543
400
Grupo A
0
296
228
200
90%
midores tornou-se possível a partir da Resolução Normativa Aneel nº 482/2012. A norma estabelece as condições gerais para o acesso de micro e minigeração aos sistemas de distribuição de energia elétrica e cria o sistema de compensação de energia elétrica, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade consumidora e trocar energia com a distribuidora local. A revisão da resolução nº 482/2012 em 2015 e a instituição do Convênio do Conselho Nacional de Política Tributária (Confaz), que estabelece a isenção de ICMS nas operações de energia produzida por geração distribuída, são fatores que explicam a rápida expansão desse sistema. O convênio está vigente em São Paulo, Distrito Federal e 18 estados brasileiros.
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Trabalho reconhecido A Star Center - empresa de climatização sediada em Santo André (SP) - é a única a ser contemplada por dez anos consecutivos com o Prêmio Destaques do Ano Smacna Brasil, considerado o Oscar do segmento de conforto térmico. Ela concorreu neste ano (na categoria Obra nova/Conforto) com a obra do Complexo EZ Towers, localizado em São Paulo, considerado um dos maiores complexos comerciais do País e a maior obra VRV com condensação a água da América Latina, com 6.240 HP de capacidade. Trata-se de um projeto com design único e inovador, composto por duas torres idênticas, tendo cada uma 32 pavimentos, 3 subsolos, 1 térreo e 1 cobertura e graças ao sistema de climatização, que privilegiou a sustentabilidade por meio de
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35
RJ RN RO RS SC SE SP TO
baixo consumo energético, a obra já recebeu o selo de Green Building, por seguir as técnicas estabelecidas pelo U.S. Green Building Council para a obtenção da certificação LEED. Desde 2006 a Star Center tem suas obras reconhecidas e destacadas no Prêmio Smacna Brasil, criado em 1993 com a finalidade de promover em âmbito nacional o reconhecimento dos trabalhos de engenharia térmica. Entre suas obras premiadas estão o Data Center da TIM Celulares (SP), Museu da Língua Portuguesa (SP), Data Center da Diveo (SP), Museu do Futebol (SP), Torre Santander (SP), Edifício Atrium IX (SP), Edifício ECO Berrini (SP), Edifício Centro Empresarial Senado (RJ) e Data Center do Banco Santander.
Produto premiado
Manutenção preventiva
A Pelco by Schneider Electric, empresa que atua no fornecimento de vídeo vigilância inteligente e plataformas de gerenciamento de segurança, recebeu o prêmio Benchmark Innovation pela sua linha de Câmeras IP Panorâmicas da Série Optera™, na categoria de hardware para vídeo vigilância. Os prêmios Benchmark Innovation reconhecem a inovação e os benefícios oferecidos pelas soluções de segurança avançadas. A câmera Optera da Pelco foi escolhida entre outros cinco finalistas, todos indicados pela alta qualidade tecnológica dos seus produtos. A linha Optera é composta por câmeras panorâmicas de 180, 270 e 360 graus e conta com tecnologia que otimiza imagens ao vivo e gravadas a partir de quatro sensores e garante que nenhum dado seja perdido. A câmera integra as imagens dos sensores de forma uniforme, criando uma solução adequada para aplicações em infraestrutura crítica, monitoramento de cidades e transporte, por exemplo. A câmera tem recurso antiofuscamento e um processamento de imagens exclusivo. A tecnologia SureVision 2.0 produz imagens de alta qualidade em condições de luz extremamente baixas, sem sair do modo WDR (faixa dinâmica ampla). Adicionalmente, os usuários podem ter uma visão panorâmica, inclinar e ampliar imagens, em uma visualização ao vivo ou gravada. “Os recursos exclusivos da câmera Optera para integrar e transmitir quatro alimentações de vídeo simultaneamente e apresentar o mais amplo campo de visão em um determinado momento, fornecem uma ferramenta crítica para ajudar empresas e organizações a reunir os melhores dados de vídeo possíveis, atingindo melhor inteligência e maior eficiência dos recursos”, diz Wesley de Moraes, gerente regional Comercial da Pelco by Schneider Electric. “O prêmio reforça o valor que a Pelco oferece à sua base de clientes. O fornecimento de dados de vídeo claros e utilizáveis por meio de nossa tecnologia de câmeras inovadora capacita o usuário a atingir novos níveis de conscientização situacional e inteligência prática”, conclui.
A Schneider Electric, especialista global em gestão de energia e automação, está apostando na oferta de serviços de Manutenção Preventiva para garantir cada vez mais energia confiável e segura para aplicações de missão crítica. Em tempos de crise, a procura por esse tipo de serviço vem aumentando. Entre 2014 e 2016, a companhia verificou um crescimento de 15% da demanda. “As empresas dos mercados financeiro e de tecnologia são as que mais demandam por esse tipo de serviço. Como elas contam com complexas infraestruturas de data centers, precisam de um sistema eficiente que garanta a segurança das operações e dos dados sigilosos”, afirma Luciano Santos, diretor de ITD da Schneider Electric. Também é possível encontrar diferentes tipos de sistemas de missão crítica em indústrias, hospitais, setor ferroviário, operação e controle de aeronaves, sistemas de segurança e de controles em plataformas de petróleo. Em muitos casos, os equipamentos de proteção e distribuição de energia devem ser adaptados às necessidades específicas de cada negócio. Do contrário, durante uma falha no fornecimento de energia elétrica, as perdas de dados e de processo produtivo serão inevitáveis. É nessa hora que os nobreaks entram em ação, fornecendo energia confiável, segura e de qualidade para sistemas e máquinas, permitindo o funcionamento normal ou a transição para a entrada de uma fonte de energia alternativa, como um gerador, por exemplo. “O serviço de manutenção preventiva é a melhor maneira de manter os ativos operando adequadamente e garantir o máximo de sua eficiência, evitando prejuízos financeiros por uma parada inesperada por conta da quebra ou falha dos equipamentos”, avalia Pedro Vazquez, vice-presidente de Field Services da companhia. A Schneider oferece serviço de manutenção preventiva para UPSs (nobreaks), sistemas de cooling (refrigeração de alta precisão para data centers), entre outros equipamentos. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal concentram o maior número de busca por esse serviço, onde está a maior base de equipamentos instalados da empresa.
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Matéria de CApa
| Perfil profissional - Eletricistas
Eletricistas precisam investir mais na formação Mercado brasileiro conta com um
Reportagem: Marcos Orsolon
grande número de pessoas que atuam como eletricistas sem a devida qualificação, executando instalações ineficientes e perigosas.
A
formação e a qualificação profissional são essenciais para que as pessoas consigam desempenhar bem as suas funções. Afinal, a falta de conhecimento tende a induzir ao erro e, dependendo da atividade, o erro pode ser fatal. Imagine, por exemplo, o risco que um paciente corre se for assistido por um médico sem a devida formação, ou por uma enfermeira sem o devido trei-
The number of electricians in Brazil who have serious technical education shortcomings is large. They do not have adequate qualifications and skills required to make a safe installation. To change this situation, it is required a strong awareness of the professionals and end users. 12 Revista da InstalaçÃO
namento. Basta a prescrição ou troca de um medicamento e as complicações podem ser graves. Na área elétrica a situação não é diferente. Nesse caso, o despreparo dos profissionais compromete a qualidade da instalação, que pode ser subdimensionada, superdimensionada ou, pior, ser insegura. E insegurança não combina com eletricidade, pois ela pode matar.
Todavía es grande en Brasil el número de electricistas que tienen deficiencias de formación técnica graves. Son personas que carecen de la capacitación necesaria para realizar una instalación segura. El cambio de esta situación requiere un fuerte trabajo de concientización de los profesionales y clientes finales.
Fotos: Fotolia
Revista da InstalaĂ§ĂƒO 13
Matéria de CApa
| Perfil profissional - Eletricistas
Foto: Divulgação
Mercado
Estima-se que, hoje, mais de 150 mil pessoas atuem como eletricista no Brasil.
Foto: Fotolia
No Brasil, infelizmente, temos um quadro terrível no que diz respeito aos acidentes com instalações elétricas. Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), em 2015 o Brasil registrou 1.257 acidentes envolvendo as instalações elétricas. As ocorrências tiraram a vida de 601 pessoas. Além disso, o levantamento apontou a ocorrência de 441 incêndios gerados a partir de sobrecargas ou curtos-circuitos. Ou seja, o quadro é alarmante. Um detalhe extremamente relevante nessa história é que boa parte dessas ocorrências, especialmente envolvendo a área de baixa tensão, poderia ser evitada se as instalações tivessem sido bem executadas. E aí ganha importância a formação de um profissional nem sempre valorizado pelo mercado: o eletricista. Não há dados oficiais que indiquem o número de eletricistas que atuam hoje no País. No entanto, algumas estimativas apontam para cerca de 150 mil pessoas. O problema é que praticamente metade desse pessoal, talvez até mais, não possui nenhum tipo de treinamento oficial, ou acadêmico. São pessoas que
aprenderam “algumas coisas” na prática, em uma obra em construção, por exemplo, e que se lançaram no mercado como eletricistas autônomos. Fato que explica, em parte, o grande número de problemas nas instalações. “Hoje, há uma divisão clara entre os eletricistas, com dois cenários: as pessoas que fizeram treinamentos e teoricamente se capacitaram; e aquelas que se dizem eletricistas, que são pessoas que aprenderam a ligar uma tomada e uma lâmpada e acham que são profis-
Precisamos de um número maior de cursos de formação de eletricistas para atender as necessidades do mercado. Everton Moraes Sala da Elétrica
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sionais”, comenta o engenheiro eletricista Everton Moraes, diretor do Portal Sala da Elétrica. Um dos aspectos que explica o grande número de pessoas que atua como eletricista, sem a devida qualificação, é que no Brasil o eletricista ainda tem muito da prática e pouco da teoria. E, em parte, isso ocorre porque não há no País a obrigatoriedade de formação desse profissional, como ocorre com engenheiros, tecnólogos e técnicos. Não existe, por exemplo, uma entidade de classe que obrigue a formação e que regulamente a profissão de eletricista. Com isso, abre-se espaço para que qualquer pessoa se declare como eletricista. E isso é um problema sério. Essa falta de formação e de informação faz, inclusive, com que muitos
dos “ditos eletricistas” sequer saibam o que, efetivamente, podem fazer numa instalação. Poucos têm a noção do seu limite de atuação, sendo que a maioria acha que pode fazer tudo. “Essa falta de noção faz com que muitos desses ditos eletricistas se aventurem também a fazer projetos. Ou melhor, eles traçam algumas linhas no papel e apresentam para o cliente como se fosse um projeto. Mas não é. Não passa de um rascunho malfeito e sem qualquer embasamento técnico ou normativo. Isso é muito grave. Essa pessoa não tem capacidade sequer para executar uma instalação e pensa que sabe fazer projeto”, lamenta o professor e diretor da HMNews Editora, Hilton Moreno, que completa: “O eletricista com boa formação sabe até onde pode ir e
quais são suas atribuições e responsabilidades”. A exceção no Brasil, segundo alguns especialistas da área, ocorre no âmbito da construção formal, envolvendo prin-
cipalmente as grandes construtoras. “As construtoras sérias demonstram uma preocupação maior em relação aos profissionais e empresas instaladoras que contratam. Com isso, evitam muitos problemas. Geralmente, essas empresas conhecem bem suas responsabilidades e a importância de se investir na segurança. Tanto, que a maior parte delas trabalha com projetos elétricos elaborados com base nas normas técnicas vigentes e compra apenas produtos conformes e, quando é o caso, certificados”, observa Hilton. E ele completa: “Os problemas maiores estão mesmo na chamada autoconstrução e em obras de pequenas construtoras, onde muitas vezes a redução de custos fala mais alto que a segurança e onde é comum o próprio pedreiro ou mestre de obra executar a instalação elétrica da edificação”. Um ponto relevante nesse contexto é que a pessoa interessada em estudar e se capacitar como eletricista tem várias opções a seu dispor. Ou seja, não é por falta de entidades de ensino que ele vai ficar na mão. Basta ver a rede de escolas do Senai espalhadas por todo o Brasil. Mas é preciso ainda mais. Everton Moraes, da Sala da Elétrica, reconhece que há várias opções para os interessados, no entanto, acredita que é preciso espalhar ainda mais a rede
No Brasil o eletricista ainda tem muito da prática e pouco da teoria. Isso ocorre porque não há no País a obrigatoriedade de formação desse profissional, como ocorre com engenheiros, tecnólogos e técnicos. Revista da InstalaçÃO 15
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de escolas profissionalizantes pelo Brasil. Segundo o engenheiro, que oferece treinamentos on-line para pessoas de todo o País, é comum ouvir de seus alu-
nos que não há escola profissionalizante em suas regiões, ou pelo menos não tão próximas. “Outros reclamam dos valores cobrados por algumas instituições
de ensino. Por isso acredito que precisamos de um número maior de cursos para atender as necessidades do mercado”, argumenta.
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Sem dúvida, o maior problema da falta de formação profissional, no caso do eletricista, é baixa qualidade do trabalho oferecido. E isso se traduz em dois problemas principais: a insegurança na instalação elétrica, que é o ponto mais visível; e a perda de oportunidades, que nem sempre é percebida pelas pessoas. O fato é que quando o eletricista não tem a devida formação e atua apenas por instinto e pelo que aprendeu na prática, muitas vezes ele fecha as portas para o conhecimento, inclusive para
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Falta de qualificação também reduz oportunidades acompanhar a evolução do mercado, com novas tecnologias e produtos. E, quando questionado sobre essa postura, ou mesmo em relação a algo que tenha feito (ou deixado de fazer) na obra, a resposta está na ponta da língua: “Mas eu sempre fiz assim e nunca tive problema”. Há ainda situações em que o usuário pergunta sobre um determinado produto, mas ele não conhece ou não sabe instalar. E, ao invés de buscar informações, simplesmente res-
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Situação grave
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ponde: “Esse produto não presta, só dá problema na instalação”. Esse tipo de situação, aliás, ocorre com frequência em relação aos DRs (Dispositivo Di-
ferencial Residual) e DPS (Dispositivo Protetor de Surtos). O fato é que os equipamentos elétricos evoluem constantemente, assim como as necessidades de dispositivos de segurança se alteram em função de normas e tecnologias. Com isso, o eletricista que não se atualiza fica para trás e não usufrui as vantagens oferecidas pelos avanços do mercado. Ele abre mão de ter a inovação a seu dispor e, com isso, não apresenta novidades aos clientes e, em alguns casos, também não aproveita as novas tecnologias em seu dia a dia, como soluções que poderiam trazer ganho de tempo O eletricista com boa formação sabe até onde pode ir e quais são suas atribuições e responsabilidades. Hilton Moreno HMNews
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Levantamento da Abracopel indica que, em 2015, o Brasil registrou 1.257 acidentes envolvendo as instalações elétricas.
no trabalho e evitar o desperdício de material. Sem contar, é claro, os dispositivos que ampliam o nível de segurança no trabalho de instalação. Por exemplo, é comum o eletricista testar se o cabo está energizado com as costas da mão, tomando um pequeno choque, ao invés de usar um medidor de tensão. Assim como muitos simplesmente ignoram os EPIs que poderiam lhe conferir proteção na execução da instalação. Resultado: os acidentes se multiplicam ano após ano. Nesse contexto, um aspecto relevante é que não basta o profissional ir atrás de uma escola, investir na formação e nunca mais correr atrás de informação.
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O exemplo dos Estados Unidos Diferentemente do que ocorre no Brasil, a atividade do profissional eletricista nos Estados Unidos é tratada com a devida seriedade que a função merece, tendo em vista os riscos envolvidos nessa atividade, tanto para o profissional quanto para os usuários e proprietários das instalações elétricas. Um candidato a se tornar eletricista (aprendiz) nos Estados Unidos deve ter diploma do ensino médio ou equivalente, idade mínima de 18 anos, precisa estar fisicamente apto, ter bom equilíbrio, coordenação motora e visão das cores. Pode solicitar sua inscrição para se tornar aprendiz através de diversos “patrocinadores”, que incluem sindicatos, organizações e associações nacionais ou estaduais. O patrocinador analisa as notas do aluno no segundo grau, os resultados de testes de aptidão e as experiências de trabalho prévias antes de admiti-lo no programa de formação de aprendizes. Os aprendizes também fazem uma entrevista para esse programa, que é um processo semelhante ao de ser contratado para um emprego.
A maioria dos cursos de aprendizes de eletricistas tem a duração de quatro anos e os alunos recebem, pelo menos, 200 horas de instrução em sala de aula por ano sobre princípios de segurança, circuitos elétricos, normalização, leitura de projeto, técnicas de instalação em geral, etc. Além da sala de aula, durante o ano os aprendizes devem ter, no mínimo, 2.000 horas de treinamentos práticos no campo (8.000 horas durante o curso) sob a supervisão de eletricistas experientes. O aprendiz é remunerado durante todo o curso pelos patrocinadores, em um processo similar à remuneração de estagiários no Brasil. Uma vez concluído o curso de aprendiz, o agora recém-promovido “eletricista iniciante” deve obter a licença para trabalhar na área. O licenciamento é necessário para eletricistas em quase todos os estados americanos e é válido apenas no estado em que foi obtido. Dessa forma, caso o eletricista queira exercer suas atividades em diferentes estados terá que obter a licença em cada um deles. Os requisitos para obtenção do
licenciamento geralmente incluem a comprovação de um determinado número de horas de sala de aula e atividades práticas, além da realização de um exame escrito. A fim de manter o licenciamento, a maioria dos estados exige a comprovação de um número mínimo de horas de cursos de educação continuada a cada ano, bem como periodicamente o profissional deve passar por outro exame. Em alguns estados, um eletricista deve completar um programa de bacharel em engenharia elétrica e comprovar experiência de trabalho significativa antes de ganhar uma licença como “mestre-eletricista”. As licenças são comumente classificadas por tipo de trabalho elétrico e/ou por nível de experiência, tal como iniciante, assistente, mestre- eletricista, etc. Há diversas associações e entidades que oferecem cursos e treinamentos que resultam em certificações profissionais, as quais demonstram conhecimento e habilidade acumulados de um eletricista, aumentando assim as oportunidades de emprego e progresso na carreira.
A formação do eletricista deve ser encarada como um processo contínuo, que exige atenção e reciclagem constante. E aqui temos mais um problema, pois boa parte dos profissionais não adota essa postura.
“Grande parte dos profissionais teoricamente capacitados não estão de fato capacitados. Eles até fizeram um curso ou algum tipo de treinamento da área elétrica. Mas não se atualizaram. O fato é que o profissional dessa
área vai buscar conhecimento apenas quando se sente pressionado pelo mercado, e não para se qualificar melhor. Esse é um grande erro”, observa Everton Moraes. O engenheiro destaca que muitos Revista da InstalaçÃO 19
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| Perfil profissional - Eletricistas
Instalador de sistemas para microgeração fotovoltaica A atuação dos eletricistas está sendo ampliada e especializada em função das novas demandas do mercado. Um exemplo disso é o recém-criado curso do SENAI de Instalador de sistemas para microgeração fotovoltaica. Com duração total de 48 horas, segundo a escola, o curso visa o desenvolvimento de competências relativas à instalação e manutenção de sistemas de energia solar fotovoltaica conectadas à rede pública, por meio de instrumentos, ferramentas, procedimentos e métodos que permitam o planejamento, execução e avaliação das instalações e suas proteções de acordo com normas técnicas, de segurança, qualidade e ambientais. Os pré-requisitos indicam que o aluno deverá, no início do curso, ter no mínimo 18 anos de idade e estar cursando o Nível Fundamental a partir do 5º ano. Além disso, deverá ter concluído o Curso do SENAI de Qualificação profissional de “Eletricista Instalador” ou comprovar experiência ou conhecimentos adquiridos anteriormente a essa especialização. Outra exigência é que o candidato possua o certificado de outro curso do SENAI sobre Energia Solar Fotovoltaica - Conceitos e Aplicações ou comprove experiência ou conhecimentos adquiridos anteriormente a essa especialização. O programa do curso é abrangente e inclui temas tais como segurança e normalização, NR-10, NR-35, ferramentas e equipamentos para instalações fotovoltaicas, componentes do sistema de energia solar fotovoltaica, dispositivos de proteção, inversores, montagem e integração em edificações, instalação, partida e operação dos Sistemas Fotovoltaicos, simulação de defeitos em um sistema de energia solar fotovoltaica, danos provocados por desatenção na ordem de montagem e atendimento ao Cliente. Mais informações sobre o curso e locais onde ele é ministrado podem ser encontrados no site do SENAI.
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eletricistas não percebem que podem se tornar profissionais melhores ao se atualizarem, inclusive agregando valor ao seu trabalho e, consequentemente, ganhando mais dinheiro. “Uma reclamação recorrente dos eletricistas é que ele se forma, procura fazer tudo de acordo com a norma, mas quando faz um orçamento aparece um concorrente menos qualificado que cobra um valor muito mais baixo. Mas o que poucos profissionais percebem é que eles podem cobrar o valor que quiserem por sua mão de obra. Basta mostrar o valor da sua mão de obra e não apenas o preço. Como ele faz isso? Com qualificação profissional, com as indicações dos clientes que ele já possui, enfim, com o conhecimento que ele absorveu ao longo do tempo, seja através de cursos, revistas especializadas, sites de conteúdo, etc”, completa Everton.
Mercado
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Sistemas de iluminação exigem atenção Instalações prediais de iluminação devem ser bem executadas para que sistemas apresentem bom nível de eficiência energética e luminotécnica. 22 Revista da InstalaçÃO
Sistemas de iluminación predial deben ser bien instalados con el fin de obtener eficiencia energética y luminotécnica. Sin embargo, para que la aplicación de productos y soluciones sea bien hecha, los instaladores deben mantenerse actualizados con los avances tecnológicos en esta área, especialmente en relación con el avance de LED.
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Lighting systems of buildings must be well installed in order to be achieved energy and lighting efficiencies. But, installers must be up to date with technological developments in this area, especially with regard to LED, to appropriately use products and solutions.
Reportagem: Marcos Orsolon
D
epois de anos economizando, a família finalmente compra seu apartamento. Antes de mudar, faz uma reforma completa, com direito a nova pintura, porcelanato na sala, mobília em todos os cômodos, luminárias de LED, quadros para decorar alguns ambientes, enfim, tudo lindo e aconchegante. Até que chega o grande dia da mudança e o sonho se realiza. Passados alguns dias, queima a lâmpada do banheiro, que é trocada imediatamente, mas volta a queimar. De outro lado, o dimmer da sala de TV não funciona como deveria e o lustre do quarto da filha se desprende e fica pendurado pelos próprios condutores elétricos. Para completar, um curto-circuito
nos cabos que ligam os spots aplicados na sanca da sala por pouco não gera um incêndio. Diante desse cenário, os moradores se questionam: ‘Mas como tivemos tantos problemas se nosso projeto de iluminação foi elaborado por uma empresa de engenharia séria, com anos de mercado?’ A resposta pode estar na instalação, que muitas vezes é malfeita e nem sempre é executada conforme as especificações do projeto. Resultado: risco às pessoas e ao imóvel, ineficiência energética e problemas luminotécnicos graves. E isso não ocorre apenas em residências. Há falhas também em escritórios e ambientes comerciais. Nesses casos, além dos riscos e problemas já Revista da InstalaçÃO 23
Mercado
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| Iluminação
Nem sempre a iluminação recebe a devida atenção por parte dos clientes e profissionais, o que é um erro. Felipe Marcili Celena
citados, pode ocorrer da iluminação prejudicar o desempenho dos profissionais ou ofuscar, ao invés de destacar, os produtos expostos em uma loja. Isso apenas para citar alguns exemplos. Ocorre que nem sempre a iluminação recebe a devida atenção por parte dos clientes e profissionais. Há ainda situações em que a pessoa responsável pela instalação não tem o devido conhecimento sobre os produtos e soluções, efetuando sua aplicação meio que ‘por instinto’, apenas ligando os fios sem nenhum cuidado adicional. “Muitos consideram que a instalação de iluminação não é uma coisa muito complexa, o que é um erro grave. A questão é que iluminação compreende domínio de conhecimento de instalações elétricas, além da questão da segurança. Existe um pensamento corriqueiro de que iluminação é uma coisa simples e qualquer um pode fazer. Além disso,
Escritórios
Iluminação adequada ajuda profissionais a melhorarem seu desempenho no dia a dia. 24 Revista da InstalaçÃO
hoje em dia, com o fácil acesso a informações, muitos se aventuram. Também têm aqueles que se aventuram motivados pela questão econômica: ‘Por que pagar alguém se é tão simples e eu mesmo posso fazer?’. Mas, ao se deparar com um problema e não poder resolvêlo irá perceber que desperdiçou tempo e dinheiro. Instalações exigem conhecimento, preparo e experiência. Então, para evitar acidentes, a recomendação é que se contrate um profissional”, afirma Felipe Marcili, projetista da Celena, empresa paulista que desenvolve projetos luminotécnicos e oferece algumas soluções na área de iluminação. No Brasil, via de regra, os sistemas de iluminação em geral estão no escopo da instalação elétrica. Com isso, os próprios eletricistas são os profissionais que a executam com maior frequência. No entanto, como explica Fábio Delavy, gerente de Vendas da Osram Canal OEM, há também as equipes especializadas em iluminação, que também executam a instala-
ção de sistemas de controle e automação, fazendo a integração do gerenciamento da iluminação com o gerenciamento das outras utilidades do imóvel. Geralmente, essas equipes especializadas apresentam bom nível de qualidade na instalação dos produtos e soluções de iluminação. Os profissionais costumam ser bem treinados pelas empresas e acompanham a evolução tecnológica da área, que tem sido intensa nos últimos anos. Por outro lado, ainda é grande o número de eletricistas que apresenta deficiências graves de formação, que não investe na atualização profissional e que, portanto, muitas vezes não sabe instalar uma determinada solução e acaba cometendo alguns erros em seu dia a dia. “No geral a qualificação está abaixo do esperado. Deveria haver mais investimento em treinamento e informações técnicas”, comenta Delavy. Isac Roizenblatt, diretor Técnico da Abilux – Associação Brasileira da Indústria de Iluminação, observa que não são todos
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Mercado tem passado por uma grande transformação, especialmente em função do avanço do LED. Fábio Delavy Osram
instalação é bastante reduzida. Marcili também destaca as diferenças entre o trabalho dos eletricistas e das empresas especializadas. “Hoje, encontramos no mercado empresas especializadas na instalação de iluminação, mas é comum que profissionais eletricistas executem esse tipo de instalação. O que difere um do outro é que, normalmente, a empresa especializada é mais familiarizada com detalhes de projeto, ou seja, consegue identificar com mais facilidade modelos de lâmpadas e luminárias. Também no quesito ‘cuidado’ com produto e limpeza elas possuem mais atenção”, ressalta o especialista, lembrando que “tanto o profissional da empresa especializada quanto o eletricista autônomo devem possuir cursos especializados para executar o tipo de serviço e ter certificação NR-10 (Instalações e serviços em eletricidade) e, em alguns casos, a NR-35 (Trabalho em altura)”. E ele completa: “Empresas de projetos costumam indicar parceiros que executam seus projetos. Geralmente são empresas com pessoal qualificado para
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os eletricistas que são mal preparados para executar a instalação de dispositivos de iluminação. Também tem muita gente boa no mercado. Porém, ele entende que todos deveriam se preparar melhor para este tipo de serviço, e não apenas alguns. “No Brasil, quem geralmente executa as instalações são eletricistas e auxiliares frequentemente mal preparados. Mas também encontramos os bons. A formação dos eletricistas deveria ser mais extensa, desenvolvida e acompanhada por frequentes cursos de atualização”, destaca Isac. Felipe Marcili, da Celena, cita que as maiores dificuldades na instalação de iluminação geralmente estão nas informações disponibilizadas para a equipe de instalação, como manuais de instalações dos fornecedores e planta contendo a distribuição dos pontos e tipo de luminária. Por isso, ele avalia que sempre que há um profissional de projeto “in loco” auxiliando o instalador na obra, a possibilidade de problemas de
executar o serviço. Além dos cursos básicos necessários para que uma empresa possa atuar nesse segmento, é sempre bom para o profissional conhecer os produtos e fabricantes existentes no mercado, até para identificar as prováveis dificuldades que terá quando for executar o serviço. Alguns fabricantes oferecem treinamentos de seus próprios produtos para profissionais de instalação. O profissional sempre deve buscar métodos para aprimorar suas qualificações, e pode desenvolver isso buscando ter maior conhecimento sobre normas técnicas e cursos de aprimoramento. Essa é uma forma de criar um maior ‘know how’ e ter um diferencial perante a concorrência”.
Soluções variam de um local para outro No quesito conhecimento, um ponto primordial quando se fala em instalações prediais é entender que os projetos de iluminação variam de local para local. Assim como as soluções empregadas em cada ambiente. Por exemplo, as soluções aplicadas em uma casa têm características diferentes das que são instaladas em um escritório, ou loja. Portanto, na hora da instalação não se deve improvisar. “Existem muitas diferenças entre
as aplicações (de um local para outro) e em todos os casos podemos ter maior ou menor complexidade. Projetos residenciais tendem a ter uma diversidade maior de produtos e uma quantidade menor, visando o bem-estar, conforto e design. Em um escritório a variação de produtos é menor, mas a quantidade normalmente é maior e existem níveis de iluminação diferentes para cada tipo de atividade estipulados por norma e Revista da InstalaçÃO 25
Mercado
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que precisam ser respeitados, e busca-se uma iluminação funcional e econômica. Em ambientes comerciais, como lojas, se busca a valorização dos produtos em exposição e os projetos levam em consideração o público-alvo e o perfil de consumo, a ideia é criar atratividade e alavancar as vendas”, explica Fábio Delavy, da Osram. Diante das características e exigências que cada ambiente possui, Isac Roizenblatt observa que o nível de qualidade das instalações de iluminação também varia conforme o local. “Em geral, podemos considerar que os projetos residenciais e de escritórios são bons, pois satisfazem as necessidades dos usuários e buscam atender, pelo menos em parte, as normas. Os residenciais, em geral, seguem mais os requisitos básicos, desde simplesmente iluminar até decorar. E os de escritório buscam atender à norma técnica. No caso da iluminação comercial a situação é em geral crítica, desde a qualidade do projeto até a instalação das luminárias e instalação elétrica. O problema na iluminação comercial continua com uma manutenção, em geral, inadequada”, afirma. O especialista da Abilux dá algumas dicas para se evitar erros e falhas na ins-
talação. “Conhecer os produtos, seguir as normas técnicas, regulamentos e a boa prática. Além disso, estar atento à qualidade dos produtos é fundamental, pois se houver falha no equipamento a culpa poderá eventualmente recair sobre o instalador”. Outra dica importante tem a ver com algo corriqueiro no ato da instalação, que é a substituição de um produto sem o devido aval do especificador. Isso muitas vezes ocorre na tentativa de baixar custos ou mesmo em situações em que o item especificado está em falta no mercado. Mas é um erro. Se quiser reduzir custos ou não encontrar uma solução, o caminho correto é pedir uma outra alternativa para o responsável pelo projeto. Na busca por custos menores a situação exige ainda mais atenção, visto que itens ‘muito’ mais baratos podem ser igualmente ‘muito’ inferiores, colocando a instalação em risco. “Em geral o instalador consegue identificar quais marcas apresentam qualidade superior, que atendem as normas e normalmente existe a recomendação para o cliente final. Muitas vezes a opção por um produto de baixa qualidade está mais ligada ao interesse em reduzir o custo da instalação, que pode gerar riscos al-
tos dependendo da concessão que está sendo feita - principalmente com relação à segurança das instalações. Por isso é preciso conscientizar os clientes e usuários sobre as exigências, riscos e benefícios de seguir os projetos e as normas para sistemas de iluminação”, ressalta Fábio Delavy.
Evolução tecnológica exige atualização dos instaladores Um fator que tem mexido com o mercado de iluminação no Brasil e no mundo nos últimos anos é a sua evolução tecnológica. E, com ela, obviamente é preciso que os profissionais que especificam e instalam este tipo de solução
A formação dos eletricistas deveria ser mais extensa, desenvolvida e acompanhada por frequentes cursos de atualização. Isac Roizenblatt Abilux
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| Iluminação
se mantenham atualizados. Apenas assim é possível efetuar um bom trabalho de aplicação. “A iluminação, com a entrada da tecnologia LED, drivers, sensores, controles, Internet das Coisas e sistemas de proteção, vai se complicando bastante. Hoje, ligar fios e apertar parafusos já não basta. Há uma transformação rápida em andamento e que deve ser acompanhada diariamente com estudos para um projeto e instalações corretas”, alerta Isac Roizenblatt.
Valorização
Em ambientes comerciais, como lojas, a iluminação é usada para destacar produtos e estimular as vendas.
Segundo Fábio Delavy, da Osram, o mercado tem passado por uma grande transformação, especialmente em função do avanço dos produtos equipados com LED. E, nesse contexto, ele aponta duas situações principais: A dos retrofits, que são produtos com características elétricas e mecânicas parecidas com as das lâmpadas convencionais, onde basta
trocar a lâmpada comum por uma lâmpada LED, com simples alterações na instalação em alguns casos. E a dos sistemas novos já desenvolvidos em LED. Neste caso, pode haver exigências especificas para a instalação, dependo da aplicação, produto ou fabricante. Considerando principalmente os sistemas novos, Delavy destaca que o
profissional da instalação precisa se informar e se manter atualizado. Mas lamenta que nem sempre isso ocorre. “Antigamente, os sistemas de iluminação tinham um esquema de ligação simples e a maioria dos profissionais não se atualizou sobre os avanços da tecnologia, mantendo até hoje conceitos antigos e ultrapassados. Os usuários só saberão que existem possibilidades diferentes se forem apresentados a elas. Mas o comportamento dos profissionais não os direciona a isso. Além disso, sistemas mais complexos são mais caros e poucos têm interesse em investir em uma iluminação mais moderna, por terem dificuldade de reconhecer o valor agregado e ganho de longo prazo”, completa. Para se atualizar, os especialistas recomendam que os profissionais acessem sites dos fabricantes, estudem seus manuais, livros específicos da área e, obviamente façam cursos de atualização fornecidos pelos fabricantes ou por entidades neutras, como o Senai.
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| Tecnologia
Sistemas de controle de iluminação e os bons retornos que você nem imagina
A
iluminação consome mais energia elétrica do que qualquer outro sistema que precisa de eletricidade em um edifício comercial, sendo responsável por nada menos que cerca de 38% do total gasto. Esta informação por si só já é o suficiente para explicar a importância de um sistema de controle de iluminação em qualquer empreendimento. Quando temos controle sobre como as luzes são utilizadas e por quanto tempo, o quão brilhante elas são e até mesmo como elas são configuradas dentro de um espaço, isso diminui drasticamente os custos operacionais e pode elevar as receitas e o lucro. Podemos estar vivendo em um momento de bandeira verde das contas de energia elétrica, mas é indiscutível que a eletricidade é um ativo caro no Brasil, e jamais pode ser desperdiçado, ou pior: ignorado. Um sistema de controle de iluminação bem planejado e devidamente concebido pode economizar mais energia do que qualquer outro sistema em um edifício.
Entretanto, embora estes dispositivos sejam um grande passo para quem busca a redução do consumo de energia, eles não são nem um pouco eficazes quando se trata de reduzir o consumo quando as luzes estão acesas - e precisam estar. O uso combinado de tecnologias mais avançadas, como uma colheita correta da luz natural e controle pessoal da iluminação, pode economizar de 80% a 85% da energia de iluminação nas áreas específicas de um edifício. Estas estratégias não apenas reduzem o consumo de energia, mas também podem melhorar muito o ambiente de um espaço, e até mesmo a produtividade e o ânimo dos seus ocupantes. Com o uso combinado de estratégias é perfeitamente aceitável que um edifício comercial consiga reduzir o consumo de energia de iluminação pela metade - ou até mais.
Recolher e utilizar corretamente a luz natural é fundamental quando o dia está claro lá fora. Um bom controle de
iluminação é capaz de escurecer as luzes elétricas automaticamente quando há boa oferta de luz natural. Isso é bastante possível em edifícios com muitas janelas e claraboias. É difícil imaginar que todos os dias terão exatamente o mesmo nível de luz natural, e isso explica a importância de controlar a luz interior de acordo com a demanda de luz natural. Um ajuste manual de cortinas, além de cansativo, pode fazer com que a iluminação não fique confortável aos olhos todo o tempo. Controles remotos podem ajudar os ocupantes a terem a capacidade de definir a luz, e isso ajuda até mesmo a elevar a produtividade do local de trabalho, além de, obviamente, garantir uma maior economia de energia. Para a utilização correta da luz natural, também é importante o uso de cortinas controladas por sensores ou controles remotos: além de usar a luz do dia em detrimento da luz artificial, elas são capazes de manter o calor para fora e o frio para dentro no verão, e o contrário no inverno.
Lighting is one of the most important consumers of electricity in commercial buildings. Therefore, the way to save energy without sacrificing comfort and lighting efficiency is to invest in an effective lighting control system, well planned and designed.
La iluminación es uno de los principales consumidores de energía eléctrica en edificios comerciales. Por lo tanto, invertir en un sistema de control de iluminación eficaz, bien planificado y diseñado, es el camino para ahorrar energía sin sacrificar el confort y la eficiencia luminotécnica.
Utilizar a luz do dia
Estratégias de controle de iluminação Dispositivos como sensores de presença já são familiares para a grande maioria das pessoas. Eles economizam por volta de 15% a 20% de energia em um edifício, ligando as luzes apagadas quando um movimento é detectado e apagando-as quando não há movimentação por um período determinado. Quando o espaço não está em uso nada é mais inútil do que uma luz acesa. 28 Revista da InstalaçÃO
Sensores de ocupação e desocupação ligam automaticamente as luzes quando uma ou mais pessoas entram em um espaço, e desligam depois de um espaço de tempo sem movimentação. As mais recentes soluções de sensores utilizam frequências de rádio, que podem ser instaladas em minutos e podem ser utilizadas em retrofits. Além disso, sensores de presença mais modernos são capazes de captar o movimento de uma pessoa digitando no teclado de um computador, mexendo nos cabelos ou folheando um livro. Poucas coisas são tão desagradáveis do que uma luz que se apaga automaticamente e você precisa “dançar” para mostrar ao sensor que você ainda está ali. Outra medida eficaz a ser tomada é o “agendamento”, que consiste em escurecer ou desligar as luzes automaticamente em determinados momentos do dia ou dos finais de semana. Poucos edifícios possuem pessoas trabalhando nas 24 horas do dia, e muitos deles estarão vazios durante a noite e ao menos em grandes espaços de tempo do final de semana. E sempre alguém pode esquecer de apagar a luz antes de sair.
Escurecendo a luz Os dimmers, reguladores de tensão que deixam as luzes mais fortes ou mais fracas de acordo com a necessidade do usuário, podem reduzir o consumo de eletricidade de 15% a 20%, simplesmente tornando desnecessário o uso do nível máximo de uma lâmpada. Com o uso de um dimmer é possível ajustar a luz para um nível adequado para as tarefas específicas em cada espaço. Além disso, os reatores digitais, totalmente expansíveis e flexíveis, são fundamentais neste processo. Ao longo da vida de um edifício, como a mudança de um inquilino, os controles podem ser facilmente reconfigurados por meio
de softwares sem a necessidade de se mudar a fiação de energia para as luzes. Estas soluções ajudam a reduzir os custos de rotatividade por não necessitarem de reprogramação ou reconfiguração de luzes para os novos ocupantes.
Iluminação correta para as escadas Utilizando-se os equipamentos corretos, como sensores de ocupação, uma solução de controle de iluminação para as escadas garante a possibilidade de economia de até 80% da energia nestes locais. Os sistemas tradicionais de iluminação em escadarias operam desligando completamente algumas luzes e deixando outras completamente acesas, o que cria uma iluminação desigual e reduz a vida útil das lâmpadas. Um sistema mais eficaz consiste no uso dos sensores de ocupação em todos os andares - afinal se uma pessoa sobe ou desce apenas um andar de um grande prédio é inútil acender todas as luzes das escadas. Além de uma iluminação mais clara em um lugar que frequentemente não recebe nenhuma luz natural, as lâmpadas terão vida útil maior e a economia de energia será mantida.
artigo Artigos exclusivos escritos por reconhecidos especialistas do mercado.
article Exclusive articles written by recognized market experts.
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A solução sustentável O controle de iluminação melhora a experiência dos ocupantes de um espaço, melhora as características arquitetônicas de um local com o uso correto da luz, e aumenta o conforto e a produtividade de quem habita ou frequenta aquele local. Uma abordagem estratégica para a gestão de energia através do uso de controles de luz pode produzir o dobro de economia de energia. Os proprietários de edifícios, arquitetos e lighting designers podem, com o aproveitamento máximo da luz, atrair e manter inquilinos, reduzir custos operacionais e aumentar o valor de uma propriedade com investimentos eficazes. O controle de iluminação é uma forma brilhante de se fazer tudo isso.
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As luzes não precisam estar sempre acesas
Pedro Polo
Diretor Geral da Lutron Electronics Brasil. Revista da InstalaçÃO 29
Espaço Sindinstalação Notícias e informações sobre o mercado de instalações e as ações do Sindinstalação e seus parceiros.
Noite de festa Sindinstalação realiza evento em São Paulo para comemorar seus 70 anos de vida. Encontro também marcou a posse da nova diretoria do sindicato.
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C
riado em 1946, o Sindinstalação-SP organizou no último dia 29 de setembro, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), um evento para comemorar os 70 anos da entidade. O encontro, que foi patrocinado pelas empresas IFC Cobrecom Fios e Cabos Elétricos, Nambei Fios e Cabos Elétricos (Construfios) e BMM – Bicudo, Matos e Morais Advocacia Personalizada, marcou ainda a posse da nova diretoria do sindicato para o triênio 2016-2019. Na oportunidade, associados, autoridades, parentes e amigos relembraram o nascimento da entidade, ainda como
Associação de Encanadores e Aparelhadores Sanitários do Estado de São Paulo, e um pouco de sua história, com destaque para o ano de 1950, quando a associação conquistou a posição de entidade sindical patronal, passando a se
chamar Sindicato da Indústria de Instalações, inclusive com a entrega da carta sindical pelo então ministro do Trabalho, Onório Monteiro. “Passados 70 anos, organizamos este encontro para a categoria celebrar
Espaço Sindinstalação
Espaço Sindinstalação
News and information on the installation market and activities from Sindinstalação and partners.
Noticias e informaciones sobre el mercado de instalaciones y las acciones de Sindinstalação y sus organizaciones asociadas.
Diretor-executivo e presidente do Sindinstalação
uma história de valores e grandes conquistas no cenário das indústrias do Estado de São Paulo, em especial, no ambiente da construção”, declarou durante o evento José Antonio Bissesto, diretor- executivo do Sindinstalação.
Representando Paulo Skaf, presidente da Fiesp, o presidente do SITIVESP Narciso Moreira Preto parabenizou a nova diretoria do Sindinstalação lembrando que o setor de instalações está à frente do setor de tintas na cronologia da cons-
Nova diretoria do Sindinstalação, para o triênio 2016-2019. Fotos: Ricardo Brito/HMNews
José Antonio Bissesto e José Silvio Valdissera
trução. “Vocês chegam, abrem todas as paredes e depois a gente vem, passa a massa, pinta e fica tudo certo”, ressaltou. Narciso Preto destacou ainda o trabalho das duas entidades que, por coincidência, são vizinhas de porta no prédio da Fiesp. “Espero que vocês tenham uma gestão tão boa quanto a última, com muito trabalho e realizando tudo que o segmento precisa para ficar cada vez mais forte e unido”. O deputado estadual Antonio Ramalho também cumprimentou a nova diretoria e o sindicato pelos 70 anos, e aproveitou a oportunidade para lembrar os reflexos da crise no setor da construção civil. “Perdemos de 2011 até o momento quase 800 mil postos de trabalho. Éramos 3,62 milhões e hoje somos aproximadamente 2,8 milhões de trabalhadores. Levamos uma proposta para o presidente Temer e se realmente o governo quiser
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Fotos: Ricardo Brito/HMNews
reduzir o desemprego no Brasil de forma imediata e barata o setor (a ser considerado) é o da construção civil”. O presidente Silvio Valdissera agradeceu a presença e as palavras de todos e ressaltou a satisfação de comemorar os 70 anos do sindicato. “O sucesso dos nossos 70 anos de existência é fruto da união e trabalho dos empresários do setor em prol da entidade. Independentemente de crise econômica, ou crescimento, eles sempre estão pre-
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sentes dedicando parte do seu tempo para discutir e encontrar soluções para as nossas necessidades”, destacou. Valdissera agradeceu ainda a diretoria que termina agora seu mandato, em especial ao engenheiro Gabriel Treger, da Temon, que muito colaborou com o sindicato em vários mandatos. “A diretoria que se despede deixa um legado de conquistas com a consolidação do Prêmio Masterinstal, a elaboração da fórmula paramétrica para
a correção financeira dos contratos, juntamente com a Fundação Getúlio Vargas, e a publicação da Revista da Instalação, em conjunto com a HMNews Editora, além de tantos outros projetos”. Valdissera ressaltou que a nova diretoria traz uma mescla de antigos e novos colaboradores com a incumbência de dar continuidade ao trabalho até aqui realizado e a obrigação de apresentar novas demandas e incrementá-las. “Temos que ser participativos e atuan-
Foto: Ricardo Brito/HMNews
tes para manter o respeito que adquirimos ao longo de 70 anos, e nunca esquecermos da nossa responsabilidade, uma vez que representamos de 12% a 20% da cadeia produtiva da construção”, completou. Após os discursos foi realizada uma homenagem aos ex-presidentes do Sindinstalação nas pessoas de José Jorge Chaguri Júnior, para receber homenagem ao ex-presidente José Jorge Chaguri, em memória; o ex-diretor Armando Raucci, por sua participação ativa na entidade; e o ex-colaborador Paulo Edson de Noronha, pela significativa gestão Executiva à frente da entidade.
DIRETORIA DO SINDINSTALAÇÃO PARA O TRIÊNIO 2016/2019 Nome
Cargo Associada
Presidente JOSÉ SILVIO VALDISSERA Delegado Representante Fiesp Efetivo
CARLOS FREDERICO HACKEROTT LUIZ ANTONIO ALVAREZ MARCOS ANTONIO PASCHOTTO LUIZ CARLOS VELOSO MARCO ALBERTO DA SILVA
Hidrelplan Engenharia e Com. Ltda.
Diretor VP de Relações Institucionais Delegado Representante Fiesp Efetivo
Vitalux-Ecoativa Projetos Sustentaveis Ltda.
Diretor VP de Sistemas de Aquecimento Delegado Representante Fiesp Suplente
Sena Ecal Equip. e Instalações Ltda.
Diretor VP de Instalações Prediais Elétricas
Superinstal Engenharia Ltda.
Diretor VP de Instalações Prediais Hidráulicas e Gás Delegado Representante Fiesp Suplente
Sanhidrel Cimax Engenharia Ltda.
Diretor VP de Instalações Industriais
Engemon Com. e Serv. Técnicos Ltda.
Diretor VP de Inst. Prediais de Sist. Ronchetti Inst. Hidr. e Elétr. Ltda. VICTOR JOSÉ RONCHETTI Complementares JOSÉ ANTONIO C. BISSESTO
Diretor Executivo
Sindinstalação
Presidente | Conselho Fiscal
Camargo Engenharia Ltda.
IVAN MACHADO TERNI
Diretor | Conselho Fiscal
Terni Engenharia Ltda.
RAMON NICOLAS OLMOS
Diretor | Conselho Fiscal
FR Instalações e Construções Ltda.
FERNANDO BELOTTO FERREIRA
Diretor | Conselho Fiscal
Hersa Engenharia e Serviços Ltda.
ODIL PORTO JUNIOR
Diretor | Conselho Fiscal
Citel Montagens Elétricas Ltda.
NELSON GABRIEL CAMARGO
SURAHIA MARIA JACOB CHAGURI Diretora | Conselho Fiscal
Caltherm Sist. de Aquecimento Ltda-EPP Revista da InstalaçÃO 33
Espaço Sindinstalação
| Abrinstal
Abrinstal completa 10 anos e conta sua trajetória em livro Associação surgiu dentro do Sindinstalação, com o Qualinstal, e hoje atua também em PD&I, Gestão de Energia e Gestão de Água.
A
Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações - Abrinstal está completando dez anos de vida e para contar suas principais atividades nesse período está lançando um livro. A Abrinstal foi criada dentro do Sindicato da Indústria da Instalação do Estado de São Paulo, o Sindinstalação, por meio do projeto Qualinstal, um selo de qualidade das instalações. De lá para cá, cresceu e diversificou sua área de atuação, inovou, ganhou atuação nacional e tem assento em importantes instituições internacionais que tratam de temas relevantes dentro de sua área de atuação. “Tivemos grandes avanços nesses dez anos. Nesse período, a associação sempre buscou ampliar seus horizontes, conhecer o que de mais inovador está sendo produzido e implantado em todo o mundo em matéria de instalações e trazer essas novidades para serem aplicadas aqui no Brasil. É assim que o setor vai conseguir avançar de forma sustentável”, afirma o diretor-executivo da Abrinstal, Alberto Fossa. Nos primeiros três anos da Abrinstal, o foco principal dos trabalhos foi o Qualinstal. O segundo movimento foi a introdução dos projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), que deram novo impulso às atividades da associação, com ex-
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pressivos ganhos de qualidade com a aproximação do mundo acadêmico e dos centros de pesquisa. Por meio da realização desses projetos, a Abrinstal agregou ao seu time profissionais do mais alto nível e hoje trabalha com especialistas, mestres e doutores das melhores universidades do País. Hoje, além do Qualinstal e dos PD&Is, a Abrinstal opera também em duas importantes frentes de atuação. Uma delas é a de gestão e economia de energia, onde atua como coordenadora do CB116 Comitê Brasileiro de Gestão e Economia de Energia, e, no âmbito internacional, ocupa a coordenação do Comitê Técnico TC301, da ISO 50001. A outra frente de atuação é a de Gestão de Água. A Abrinstal tem assento na diretoria do World Plumbling Council WPC (Conselho Mundial de Instalações Hidráulicas), que possibilita a participação de diversas ações nessa área, sempre com o intuito de trazer para o mercado brasileiro de instações o que há de mais inovador no mercado de instalações hidráulicas. Uma das principais características da Abrinstal é a de integrar os diversos agentes do mercado e o de difundir conhecimento e fomentar a discussão de temas relativos à conformidade e eficiência das instalações. Desde sua criação, em 2006,
a Abrinstal já realizou mais de 90 eventos, envolvendo a participação de mais de 6 mil pessoas. O Masterinstal é um dos eventos da Abrinstal, em parceira com o Sindinstalação. “Qualquer organização ou empreendimento só tem êxito e durabilidade ao longo do tempo se for baseada na ética e se tiver uma equação equilibrada, que proporcione ganhos e benefícios a todos os envolvidos, a chamada relação ganha-ganha. Acho que é esse o segredo da Abrinstal”, afirma o presidente da Abrinstal, Sílvio Valdissera.
| Abrasip
A Eficiência Energética e os novos desafios para os sistemas prediais
N
o nosso dia-a-dia já nos acostumamos a olhar tudo o que compramos, consumimos e descartamos com uma visão mais crítica com relação ao impacto que isso gera ao meio ambiente, do ponto de vista energético, com relação aos resíduos, à água consumida ou impactos no processo de “aquecimento global”. Essa “nova visão” amadurece conforme as pesquisas científicas sobre o impacto do nosso consumo ao planeta avança, e chega definitivamente às nossas edificações. Segundo o BEN - Balanço Energético Nacional - de 2016 (ano base 2015), o consumo de energia elétrica nos edifícios residenciais, comerciais e públicos representou 50,8% do consumo de eletricidade no País, superior ao consumo de toda cadeia industrial do Brasil (37,6%). Além disso, neste mesmo ano, 43% do consumo nacional de Gás Natural foi utilizado para atender às necessidades das Termoelétricas, ou seja, para a geração de eletricidade com eficiência que pode variar de 4% a 45%. Recentemente, passamos por uma das maiores crises de abastecimento de água na história da região Sudeste, demonstrando à sociedade os limites do meio ambiente em nos fornecer água para consumo, e o impacto que o uso não racional pode gerar a todos. Qual é o papel dos Sistemas Prediais nestes dados apresentados? Em uma edificação, os sistemas prediais são os elementos que propiciam suportar os usuários com insumos, tais como eletricidade, gás, água, refrigeração, aquecimento e etc, ou seja, os serviços de um edifício. Através dos projetos de sistemas prediais definimos como os usuários da edificação irão consumir esses insumos, assim como o desempenho, a qualidade e a eficiência do uso da água e energia ao longo da vida útil do edifício.
Para o atendimento aos novos parâmetros de projeto (eficiência e gestão de consumo) há diversos elementos que estão sendo incorporados aos edifícios, como: geração de energia através de fontes renováveis, redução das perdas nos sistemas, especificação de equipamentos de baixo consumo de água e energia, automação dos sistemas prediais, reaproveitamento dos rejeitos térmicos e água, sistemas de gestão, etc. Para o desenvolvimento de um projeto de instalações incorporando novas tecnologias e sistemas é fundamental que essas aplicações estejam estruturadas para suportar projetos consistentes, instalações adequadas, comissionamentos organizados, uso simples e manutenções sólidas. Dentro destas necessidades, os projetistas precisam do mercado amadurecido, com produtos normatizados e certificados, com empresas instaladoras qualificadas nestas atividades, com mão de obra treinada e capacitada, com departamento de compras treinado para as aquisições e contratações, com empresas de comissionamento com experiência no processo, com usuários treinados e conscientes das demandas de instalação, manutenção e operação, e empresas de manutenção qualificadas para suportar as necessidades ao longo da vida útil do sistema. Dentro desta cadeia de necessidades, cada elo frágil coloca em risco o projeto desenvolvido, deixando ao usuário um sistema ineficiente, e comprometendo a confiabilidade da tecnologia aplicada. Apesar da necessidade de um período de amadurecimento das diversas tecnologias voltadas à eficiência energética e uso racional da água, diversas ações estão sendo construídas para fomentar a aplicação destas tecnologias e o aumento da eficiência energética em edificações. Além dos programas Aqua e LEED, o INMETRO desde
2014 possui um programa de certificação para edifícios comerciais, de serviços, públicos e residenciais, permitindo ao usuário uma avaliação da eficiência do edifício com relação à envoltória e aos sistemas prediais. Apesar da certificação ser voluntária, já há uma expectativa de transformação do processo de voluntário para compulsório, assim como ocorreu com diversos equipamentos certificados, tais como aquecedores, máquinas de lavar, geladeiras, etc. Além de introduzir aos projetos de sistemas prediais esses novos elementos, ainda há um longo caminho de evolução destes programas para atingirmos os modelos atualmente aplicados em diversos países europeus. Esses novos modelos devem introduzir aos projetos de sistemas prediais a avaliação do desempenho energético de todos os elementos projetados, permitindo quantificar a expectativa de consumo energético do usuário no edifício projetado. Essas novas ferramentas irão permitir que o usuário acompanhe, ao longo da vida útil da edificação, o consumo de energia atrelado à infraestrutura projetada e instalada, servindo de referência para modelos de Gestão de Energia que o auxiliará na maximização da eficiência. O que temos acompanhado nos diversos Fóruns Mundiais sobre o consumo de energia e seus impactos sociais, políticos e ambientais, é a consolidação da Eficiência Energética como política de sustentabilidade e o início de um longo caminho que visa a redução do consumo mantendo os atuais padrões de conforto e uso. Nesta jornada os projetos de sistemas prediais serão o elemento mais importante para a construção de uma sociedade mais eficiente e sustentável! Jorge Chaguri Jr.
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| Seconci
Seconci-SP dá dicas sobre como prevenir e tratar a obesidade A Organização Mundial de Saúde aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. A projeção é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos. A obesidade é um fator de risco importante para doenças como hipertensão, diabetes, infarto e derrame. A nutricionista do Seconci-SP Herika Sotero credita essa situação ao que chama de transição epidemiológica. “A vida moderna nos levou a consumir mais alimentos industrializados, ao mesmo tempo em que nos tornamos sedentários”, explica. “Fatores relacionados à mente, como ansiedade e insegurança, aliados à crise econômica, que tende a potencializá-los - além de tornar os alimentos mais caros -, são os grandes responsáveis pelo descontrole alimentar”. Dessa forma, o tratamento da obesidade deve ser multidisciplinar, incluindo acompanhamento de nutricionista, psicólogo, psiquiatra, endocrinologista e cardiologista. Como a compulsão está ligada à emoção, muitas vezes é recomendável a prescrição de remédios.
A dra. Herika preparou algumas dicas para ajudar a prevenir a doença: ✔ Use e abuse da gelatina diet, que pode ser consumida à vontade. ✔ Evite alimentos industrializados. ✔C oma a cada três horas para evitar ficar com muita fome durante as principais refeições. ✔N ão há necessidade de se privar de nada, o mais importante é reduzir a quantidade das porções ingeridas. ✔R eduza a frequência do consumo de álcool e frituras para duas vezes ao mês. ✔ Insira frutas, verduras e legumes na dieta. ✔ E limine o refrigerante, tanto versões comuns como light. Se for substituí-lo por suco industrializado, prefira os que não têm adição de açúcar. ✔ Aumente a quantidade de água ingerida. ✔C omece a fazer uma atividade física que se encaixe em sua rotina. Mas lembre-se de antes fazer uma avaliação médica.
Hospital Vila Alpina conquista nova certificação canadense
Foto: Divulgação
O Hospital Estadual Vila Alpina (HEVA), administrado pelo Seconci-SP, acaba de receber uma nova certificação do Canadian Council for Health Services Accreditation, uma das mais renomadas empresas certificadoras no segmento de saúde do mundo, no padrão diamante, denominado QMentum. A instituição havia sido certificada pela primeira vez em 2011. No Brasil, a Accreditation Canada estabeleceu uma joint venture com o IQG para implantação e manutenção desta metodologia internacional. O evento de entrega da placa de certificação ocorreu no dia 10 de outubro, no hospital. Segundo o presidente do Seconci-SP, Sergio Porto, “este selo reafirma a missão da Organização Social de Saúde (OSS) Seconci-SP de atender à demanda da rede pública de saúde com o máximo de qualidade, além de reforçar a nossa responsabilidade no alcance desta meta”.
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Haruo Ishikawa, vice-presidente do Seconci-SP; Rubens Covello, diretor do IQG; Fernando Costa, superintendente do Seconci-SP; Fernanda Lopes, superintendente do HEVA e Sergio Porto.
Seconci-SP oferece treinamento de Primeiros Socorros O treinamento de Primeiros Socorros oferecido pelo Seconci-SP tem duração de duas horas e, de acordo com a dra. Ina Irene Liblik Quintaes, gerente da Medicina Ocupacional, segue as determinações da Norma Regulamentadora (NR) 7, que estabelece que “todas as empresas têm de estar equipadas com material necessário à prestação dos primeiros socorros, considerando as características da atividade desenvolvida e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim”.
Serviço As empresas interessadas em contratar esse treinamento podem entrar em contato com o setor de Relações Empresariais - (11) 36645844 / relacoesempresariais@ seconci-sp.org.br.
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Apuração do Fator Acidentário de Prevenção (FAP)
O
Social dos dois últimos anos. A metodologia, porém, não é aplicada à contribuição das pequenas e microempresas, uma vez que elas recolhem os tributos pelo sistema simplificado, o Simples Nacional. Diante da metodologia adotada do FAP, pagam mais os estabelecimentos que registrarem maior número de acidentes ou doenças ocupacionais. Por outro lado, o FAP serve para bonificar os que registram acidentalidade menor. Quando não for registrado nenhum caso de acidente de trabalho, por exemplo, o estabelecimento poderá pagar a metade da alíquota do SAT. Com a publicação da Portaria do Ministério da Fazenda nº 390 de 28/09/2016 (DOU de 30/09/2016) foram divulgados os índices de frequência, gravidade e custo por atividade econômica, para fins de apuração do FAP que irá entrar em vigor a partir de janeiro de 2017, e que deverá ser aplicado para cálculo da contribuição relativa ao SAT. Ainda foram divulgados, por meio da referida portaria, os critérios sobre o Foto: Fotolia
Fator Acidentário de Prevenção - FAP, em vigência desde 2010, é um multiplicador que varia de 0,5 a 2,0 pontos a ser aplicado às alíquotas de 1%, 2% ou 3% da contribuição para o Seguro de Acidente de Trabalho - SAT, destinada ao financiamento do benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa, decorrente dos riscos ambientais do trabalho. Com a aplicação do FAP a referida contribuição poderá ser reduzida em cinquenta por cento, ou aumentada em até cem por cento, conforme histórico de acidentalidade e de registros acidentários da Previdência Social, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de frequência, gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social. Cabe enaltecer que o FAP varia anualmente, o qual é calculado sempre considerando o histórico de acidentalidade e de registros acidentários da Previdência
processamento e julgamento das contestações e dos recursos apresentados pelas empresas em decorrência do fator a elas atribuído. O FAP poderá ser contestado por intermédio de recurso que deve ser apresentado exclusivamente por meio eletrônico, o qual deverá ser endereçado ao Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional (DPSSO) da Secretaria de Políticas de Previdência Social (SPPS), ligada ao Ministério da Fazenda. Da decisão proferida pelo DPSSO caberá recurso, também exclusivamente em meio eletrônico, no prazo de 30 dias, a contar a partir da publicação do resultado do julgamento no Diário Oficial da União. Por fim, é importante destacar que muitas são as oportunidades de se realizar um adequado ajuste no que diz respeito ao FAP, bem como de entrar com as medidas cabíveis (contestação/recurso) quando forem encontrados erros diante da cobrança do FAP, principalmente para aquelas empresas que apresentam índices de sinistralidade inferiores aos informados na Portaria para a respectiva atividade econômica. Desta forma, é fundamental que as empresas realizem uma eficiente gestão trabalhista e tributária, observando fatores internos e externos que envolvam suas atividades, avaliando todas as condições necessárias para assegurar o correto enquadramento da empresa para fins de determinação do FAP e a diminuição do índice de sinistralidade. Nosso escritório permanece à disposição para prestar qualquer esclarecimento necessário a respeito do tema.
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Hilton Moreno
Diretor Técnico
Marcos Orsolon
Diretor de Redação
Destaque
| EPIs e vestimentas de proteção
Proteção que salva Ainda que os dados sejam preocupantes, o segmento de EPIs e vestimentas de proteção vem evoluindo e se destacando no cenário nacional.
U
ma das grandes preocupações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é a quantidade de acidentes de trabalho que ocorrem todos os anos no Brasil. Não é para menos, uma vez que os números são alarmantes. Divulgado pelo MTE em 2015, o documento Estratégia Nacional para Redução dos Acidentes do Trabalho 20152016 apontou 2.797 acidentes do trabalho fatais em 2013, número que correspondeu a uma taxa de mortalidade de 6,53 a cada 100.000 segurados. Passando para a esfera mundial, o mesmo relatório destacou que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 2,34 milhões de pessoas morrem ao redor do globo por esse motivo. Falta de segurança, de manutenção no ambiente de trabalho e não uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) figuram entre as principais – e letais – causas. Por aqui, a região Sudeste é responsável por 53,9% dos acidentes registrados, uma média de três mortes para cada 1.000 acidentes. No rol das atividades, a construção civil é o segmento que mais acomete trabalhadores, sendo responsável por cerca de 450 mortes ao ano no Brasil. Os dados, além de tristes, são preocupantes. Entretanto, muito se tem feito para reversão do quadro. E uma das ações que se destaca é justamente o foco na Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, lançada em abril de 2015 pelo MTE, cujo objetivo é alertar trabalhadores sobre os riscos de não usarem os equipamentos obrigatórios e não seguirem as regras de segurança recomendadas. A partir dela, houve aumento da fiscalização e, com isso, maior conscientização a respeito da problemática. Mas nem tudo são flores e ainda há muito a ser feito. “Ainda temos uma carência muito grande de proteção no Brasil”, dispara Raul Casanova Jr, diretor-executivo da Associação Nacional das Indústrias de Material de Segurança e Proteção do Trabalho (Animaseg): “Acreditamos que o País precisa investir mais em educação, visando melhorar a
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Reportagem: Erica Munhoz
Choosing the appropriate PPE for each type of activity contributes to increase the productivity and safety of the professional. However, there are still many people who do not use the protective equipment on a daily basis, putting their lives at risk.
Elegir el EPP adecuado para cada tipo de actividad contribuye para el aumento de la productividad y seguridad del trabajador. Sin embargo, todavía hay muchas personas que no usan el equipo de protección diariamente, poniendo en riesgo la vida.
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Destaque
conscientização de que a prevenção é sempre o melhor caminho e o de menor custo. Temos esta convicção, afinal estamos falando de um setor com faturamento anual de R$ 4,64 bilhões e com potencial de duplicar esta receita em poucos anos. E mais: temos em nosso mercado empresas locais, multinacionais, importadores e acesso a toda tecnologia necessária para proteger adequadamente nossos trabalhadores”.
Foto: Fotolia
| EPIs e vestimentas de proteção
Mais organizado e em evolução
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tador, o Ministério do Trabalho. São compulsórias e devem ser cumpridas sob pena de multa, ou mesmo de processo trabalhista. Mas as normas nem sempre são brasileiras. Dependendo do risco, são exigidas normas ISO, EN, ASTM, NFPA, IEC. Criado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em 1996, com objetivo de centralizar e agilizar as normas do EPI, o Comitê Brasileiro de Equipamento de Proteção Individual (ABNT/CB-32), específico para os EPIs, trabalha com várias comissões de estudo que, por meio das normas técnicas, promove a melhoria de qualidade dos equipamentos oferecidos para os trabalhadores e também para que o Foto: Divulgação
A boa notícia é que, com o desconforto diante do cenário apresentado, torna-se inversamente proporcional a importância e o papel dos EPIs e vestimentas destinados à proteção contra riscos capazes de ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador. Seu uso é indicado quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientes para a atenuação dos riscos e não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho. Para tanto, e para resguardar que as regras de produção e de utilização desses equipamentos sejam cumpridas, duas normas se destacam na condução do segmento para as melhores práticas. A Norma Regulamentadora 6 (NR-6), do MTE, que regulamenta os equipamentos de proteção individual, e a NR-10, responsável pela segurança no trabalho em instalações e serviços em eletricidade. A primeira obriga a empresa a fornecer aos colaboradores, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento. Todas as vestimentas de proteção, consideradas EPI, devem atender às normas técnicas específicas para cada risco, exigidas pelo órgão regulamen-
Brasil tenha as suas próprias normas técnicas, sempre baseadas nas internacionais. Os documentos focam em proteção auditiva, proteção respiratória, equipamentos contra quedas, vestimentas de proteção, luvas e óculos de segurança, cremes protetores, entre outros, bem como no tipo de risco: de origem térmica, para arco elétrico, fogo repentino, agentes mecânicos, agentes químicos em geral, agrotóxicos, etc. “Podemos afirmar que, finalmente, o mercado está organizado, mas o controle deve ser contínuo para que as normas técnicas sejam cumpridas e, nesse aspecto, estamos em constante trabalho de aprimoramento junto com o Ministério do Trabalho”, ressalta Raul Casanova, que também integra o comitê da ABNT. Todo EPI deve ter o Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho para poder ser utilizado, mas é importante que seja observado para qual risco o equipamento tem o CA. Casanova explica que não é incomum trabalhadores utilizarem um EPI com CA para um risco que não é aquele ao qual
Não podemos esquecer que o EPI é a última barreira entre o trabalhador e o acidente. Raul Casanova Jr Animaseg
estão sujeitos. Por isso, é determinante a orientação de um profissional de segurança. Em outra análise, também existem os problemas de qualidade desses equipamentos e as consequên cias são graves. A falta de qualidade pode dar a falsa impressão de proteção ao trabalhador que, pensando estar
protegido, se expõe a um risco desnecessário e, caso o acidente ocorra, ele será atingido mais facilmente. Em muitos casos, a diferença na ocorrência de um acidente está entre não sofrer qualquer consequência e padecer com sequelas permanentes ou mesmo falecer. “Não podemos esquecer
que o EPI é a última barreira entre o trabalhador e o acidente. Mas, além de exigir o uso do equipamento de proteção, os empregadores devem tomar as medidas necessárias, de ordem organizacional, meio ambiente, proteção coletiva, dentre outras, para que o acidente não ocorra”, enfatiza o diretor da Animaseg.
Mercado promissor Se de um lado existe carência, de outro o potencial é latente. De acordo com Casanova, antes da crise econômica que se instalou no País, o setor de EPIs vinha registrando crescimento de 9% a 10% ao ano. Com o arrefecimento da economia, o segmento acabou amargando queda de 8%, quando comparado com o faturamento de 2013. Mas tem tudo para vol-
tar ao patamar que vinha desenvolvendo. “O Brasil tem uma população economicamente ativa de mais de 100 milhões de trabalhadores e, portanto, tem tudo para, retomado o crescimento, avançar com taxas superiores aos demais setores da economia”, pontua o dirigente. Do total faturado em 2015 com as vendas de EPIs, o segmento de calçados
ficou com a maior fatia (33%), seguido pelo de luvas (27%) e de vestimentas de segurança (20%). No mercado global, com faturamento de US$ 29 bilhões, o Brasil teve participação de 5%. Tratando apenas de vestimentas de proteção, a receita alcança R$ 934 milhões, ou 20% do total de EPIs, percentual superior aos 17% computados em 2013.
Da cabeça aos pés: para o que serve cada EPI Cabeça ➧ Capacetes abas frontal e total: protegem contra impactos causados em quedas ou projeção de objetos e raios solares, previnem queimaduras e choques. ➧ Capacete aba frontal com viseira: resguarda a cabeça e o rosto de projeções de partículas.
Olhos e face ➧ Óculos de segurança com lentes incolor ou de tonalidade escura: utilizados em ambientes que oferecem risco de impacto mecânico, partículas projetadas e raios ultravioletas.
Ouvidos ➧ Protetor auditivo tipo concha ou de inserção (plug): protegem os ouvidos contra ruídos muito altos ou excessivos.
Nariz ➧ Respiradores purificadores de ar descartável e com filtro ou respirador de adução de ar (máscara autônoma): protegem as vias respiratórias.
Membros superiores ➧ Luva isolante de borracha: resguarda mãos e braços contra choques quando em contato com circuitos
elétricos energizados. ➧ Luva em raspa e vaqueta (mista): protege mãos e braços contra materiais abrasivos e escoriantes. ➧ Luva em vaqueta: para uso em mãos e punhos contra materiais abrasivos e escoriantes. ➧ Luva em borracha nitrílica: resguarda mãos e punhos quando em contato com produtos químicos e biológicos. ➧ Luva em PVC: protege mãos e punhos em recipientes que contenham produtos como óleo, graxa, solvente e ascarel.
Membros inferiores ➧B otas de couro cano médio: utilizadas em pés e pernas contra torções, escoriações, derrapagens e umidade. ➧ Botas de couro cano longo: para pés e pernas contra animais peçonhentos, bem como torções, escoriações, derrapagens e umidade. ➧ Botas de borracha cano longo: protegem os pés e as pernas da umidade, possíveis derrapagens e ação de produtos químicos. ➧ Perneira de segurança: para pernas contra qualquer objeto cortante ou ataque de animais peçonhentos. Ilustração: Fotolia
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Destaque
| EPIs e vestimentas de proteção
A explicação para tal aumento vem da soma de duas situações: a recessão brasileira que atingiu mais fortemente outros EPIs e pela expansão, de fato, do mercado de vestimentas para arco elétrico e fogo repentino.
O Brasil conta, atualmente, com 13.600 empresas de EPI, das quais 75% com produção local e 25% atuam como importadoras. Já no segmento de vestimentas de proteção são 625 empresas registradas, 97% de fabricantes nacio-
nais. É importante frisar que, mesmo produzindo por aqui, não significa que todas as empresas utilizam matéria-prima nacional, pois, dependendo do risco, precisam importar fios ou tecidos para atender às necessidades.
Do lado da indústria Afora alguns itens das linhas de proteção respiratória e de altura que fabrica localmente, a Honeywell Industry Safety (HIS) importa seus produtos para comercialização no Brasil. Seu portfólio de EPIs é extenso, oferecendo, dentre outros, óculos de proteção, protetores faciais, plugues e abafadores, luvas, respiradores, detectores de gás, equipamentos de proteção em altura e calçados de segurança. A despeito do cenário de crise, a empresa tem aumentado gradativamente o seu volume de vendas no País. Sem revelar valores ou percentuais, Flavio Assis, gerente de Marketing da Honeywell, projeta manter a estabilidade tanto em volume de vendas quanto em partici-
pação de mercado durante os próximos anos. Para tanto, foca na indústria geral, com produtos como óculos, luvas e calçados, por serem mais abrangentes para praticamente todos os mercados: “Tanto que nossos próximos lançamentos serão voltados para as linhas ocular e facial, de proteção em alturas e de luvas”. De acordo com Assis, a HIS acredita que os produtos que fabrica e comercializa devem ser tão resistentes, estéticos e fáceis de usar quanto a tecnologia de
EPIs indispensáveis para instaladores Hidráulico
➧ T rava-quedas para trabalho em altura Foto: Divulgação
Flavio Assis Honeywell
➧ L uvas de látex ou neoprene para solventes orgânicos ➧ Uniforme ➧ Capacete com jugular ➧ Óculos de segurança ➧M áscara respiratória para vapores orgânicos
➧ Calçados de segurança com solado de borracha e sem componentes metálicos ➧ Capacete de segurança com jugular classe B e forro de borracha ➧ Luvas de borracha de acordo com a tensão de trabalho ➧ Cinto de segurança tipo paraquedista para atividades desenvolvidas em altura superior a 2 metros do solo ➧ Ferramentas de qualidade, com cabo ou protetor de borracha
➧ Avental de PVC
➧ Capa protetora com revestimento em borracha
➧ Sapato de segurança
➧ Viseira protetora de fagulhas
➧ Protetor solar
➧ E scadas de madeira com travas do tipo antiderrapante em borracha
➧ Outros para casos específicos
Elétrico ➧ Óculos de segurança
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C
M
Y
➧C into de segurança tipo paraquedista com talabarte duplo para trabalho em altura
Mesmo com a crise, empresa tem ampliado gradativamente seu volume de vendas no Brasil.
consumo que as pessoas utilizam todos os dias. Assim, o design de produto tem como base a experiência de usuário da Honeywell, que repensa a forma como os produtos são projetados para equilibrar negócios, questões técnicas e necessidades. Todos os produtos da empresa atendem às normas vigentes e possuem certificado de aprovação do Ministério do Trabalho e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
➧ Cabo guia ➧ Trava-quedas
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Toda a linha
MackFLEX Agora em
Classe 5 Imagens meramente ilustrativas
Agora TODOS os produtos da família Mackflex, possuem Classe 5 de encordoamento*, proporcionando maior flexibilidade e agilidade na instalação. Linha Mackflex: - Cabo Mackflex Atox HEPR 90 PLUS 0,6/1kV - Cabo Mackflex Múltiplo Atox HEPR 90 PLUS 0,6/1kV - Cabo Mackflex HEPR 90 PLUS 0,6/1kV - Cabo Mackflex Múltiplo HEPR 90 PLUS 0,6/1kV - Cabo Mackflex Atox 450/750V - Cabo Mackflex BWF 450/750V - Cordão Mackflex Paralelo 300V - Cordão Mackflex Torcido 300V - Cabo Mackflex PP 300/500V - Cordão Mackflex Bicolor 300V - Cabo Mackflex Solda 100V - Cabo Mackflex Solar Tech SN 1,8kVcc - Cabo Mackflex NAX 0,6/1kV - Cabo Mackflex Múltiplo NAX 0,6/1kV *Para produtos produzidos a partir de Agosto de 2016.
ISO 9001
facebook.com/cobremack
Qualidade Integrada
@cobremack Unidade I - São Paulo Estrada Maricá Marques,1055 Santana de Parnaíba - SP Tel/Fax: 55 11 4156-5531
Unidade II - Bahia Via Centro - Prédio CO1, 4284 Simões Filho - BA Tel/Fax: 55 71 3594-5565
Unidade III - São Paulo Rua Toyomi Okada,100 Santana de Parnaíba - SP Tel/Fax: 55 11 4156-5531
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Evento
| Masterinstal 2016
Finalistas do Prêmio Masterinstal 2016
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Com mais de 70 cases
rincipal evento da área da instalação no Brasil, o Prêmio Masterinstal chega à sua 11ª edição em 2016. A premiação foi criada para dar visibilidade ao setor de instalações, valorizando iniciativas pioneiras, as melhores práticas na execução de obras de instalação, e na qualificação da mão de obra setorial especializada. A premiação é uma realização do Sindinstalação (Sindicato da Indústria da Instalação – SP) e da Abrinstal (Associação Brasileira pela Confor-
inscritos, premiação valoriza o trabalho das empresas que primam pela qualidade na instalação.
Reportagem: Marcos Orsolon
midade e Eficiência das Instalações), em parceria com a Garrido Marketing. Na edição desse ano do Masterinstal foram inscritos 72 cases, espalhados pelas cinco categorias do prêmio, que envolveram dezenas de empresas, entre fabricantes de produtos, empresas de engenharia e instalação, construtoras e entidades de ensino. Na próxima edição da Revista da Instalação vamos apresentar os vencedores e fazer a cobertura completa da premiação, ocorrida no dia 25 de outubro no teatro do SESI, em São Paulo.
Confira a seguir os cases finalistas e as empresas responsáveis por eles.
Creado para fomentar las buenas prácticas en el área de las instalaciones, Premio Masterinstal llega a su 11ª edición. Este año, más de 70 casos se registraron entre las cinco categorías de premios, cuya ceremonia tuvo lugar el 25 de octubre, en Sao Paulo. 46 Revista da InstalaçÃO
Foto: Divulgação
Created to incentive the good practices in the installation sector, Masterinstal Award reaches its 11th edition. This year, more than 70 cases were enrolled among the five award categories, which ceremony was held on October 25, in São Paulo City.
EMPRESAS FINALISTAS | 11º PRÊMIO MASTERINSTAL TREINAMENTO, QUALIFICAÇÃO E SEGURANÇA DE MÃO DE OBRA NA EXECUÇÃO DE INSTALAÇÕES
Escola SENAI “Orlando Lavieiro Ferraiuolo”
O pensamento ambiental no ensino técnico de instalações prediais com foco no uso eficiente de recursos hídricos e energéticos
Escola SENAI “Oscar Rodrigues Alves”
Sistema de climatização para balanceamento de vazão de ar
E scola SENAI “Oscar Rodrigues Alves” e Deutsche Gesellschaft
Capacitação de Mecânicos e Técnicos nas Boas Práticas de Refrigeração Comercial em Supermercados
PROJETOS DE INCLUSÃO SOCIAL E DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL Cobrecom e Bicudo, Matos e Morais Sociedade de Advogados
Cordeiro Cabos Elétricos
Instalações Elétricas Prediais Fotovoltaicas como Instrumento de Promoção da Sustentabilidade Cordeiro: energia para mudar o mundo
Tupy S/A e SAAE Jacareí
Redução de Desperdício de Água em Ramais de Abastecimento com a Utilização da Conexão Tupyfix EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E GESTÃO DE ENERGIA
Engemon Engenharia
Sistema Fotovoltaico na Geração de Energia
GTEL, Siemens e Sener
Cogeração - Eficiência Energética
Transfer Sistemas e Cimax Sanhidrel
Eficiência Energética Painéis Elétricos Templo de Salomão
NOVAS TECNOLOGIAS EM MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E SISTEMAS PARA INSTALAÇÕES Alvenius e Edmat Instalações
Centro de Serviços Alvenius: O “Lego” das tubulações para combate a incêndio
Amanco e Sanhidrel Engekit
Aplicação de sistema Amanco Fire Blazemaster em instalação de Sprinkler com certificação UL e FM
Cobrecom e Cimax Sanhidrel
Integridade das Instalações a partir de Novas Tecnologias
Hilti do Brasil
Tigre S.A. e Cyrela
HILTI BX3 – inovação global que elimina a pólvora da sua obra Sistema de Recalque TIGRE em CPVC PN-12: O jeito mais Fácil, Seguro e Econômico de instalar prumadas de água fria!!!
INOVAÇÃO EM PROJETOS E MÉTODOS DE EXECUÇÃO DAS INSTALAÇÕES
Amanco
Ceg - Gas Natural Fenosa ydro Z Unikap e Cimax Sanhidrel H
Teckma Engenharia
Tecnisa e Wago
Aplicação de sistema sifônico em PVC para captação de água de chuva Laboratório Móvel: inovação para garantir a segurança das instalações ao cliente da Gas Natural Fenosa Brasil Retrofit de PPR como Solução para Viabilizar e Modernizar Obras de Grande Porte Utilização da Metodologia BIM para ganhos de Produtividade e Qualidade Estratégia de ganho de produtividade e qualidade em instalações elétricas prediais com o uso de TECNOLOGIA INOVADORA
Revista da InstalaçÃO 47
Case
| Construção civil
Soluções prontas Utilização de sistema hidráulico pré-fabricado é uma alternativa interessante para garantir a qualidade das instalações. Fabricante tradicional desse tipo de produto investe no aperfeiçoamento das soluções. Fotos: Ricardo Brito/HMNews
Reportagem: Paulo Martins
Portfólio
Empresa fornece produtos para instalações e sistemas hidráulicos prediais, residenciais, comerciais, industriais e hospitalares.
N Detalhe
Tubos recebem identificação da empresa durante a fabricação. 48 Revista da InstalaçÃO
ão é novidade que a falta de mão de obra especializada na construção civil é um problema sério, no Brasil. Muitas vezes, o resultado da baixa qualificação dos trabalhadores é a produção de serviços falhos, comprometendo a qualidade final da obra e gerando riscos à segurança.
Uma alternativa usada pela indústria para amenizar esse problema é o oferecimento de soluções semi-prontas para aplicação direta nas construções. Afinal, um produto pré-fabricado exige menor intervenção durante o trabalho de campo, o que reduz a chance de contratempos. A Hydro Z Unikap, de São Bernardo do Campo (SP), é uma das empresas que apostam nessa tendência. Tradicional fornecedora de kits hidráulicos (cujos modelos para instalação em banheiros são conhecidos como ‘kit chuveiro’), a Hydro Z Unikap está se especializando cada vez mais nesse nicho, investindo na melhoria de seus processos produtivos e acrescentando inovações às soluções que fabrica. Os kits hidráulicos já constituem um item bastante representativo no portfólio da empresa, que concentra boa parte de seus esforços para conquistar mais espaço nesse segmento. “Temos certeza de que esse produto será cada vez mais utilizado no mercado”, diz Márcio Borges, diretor-executivo da companhia. Os kits hidráulicos são compostos por tubos e conexões termofusionados ou crimpados de fábrica, formando um produto previamente testado e pronto para uso. A solução proporciona ganhos de qualidade e maior agilidade na execução das obras, uma vez que elimina a necessidade de fazer a fusão das peças nos canteiros.
Fotos: Ricardo Brito/HMNews
Praticidade
Kit hidráulico é uma solução que garante maior produtividade e qualidade às obras.
Além de kits hidráulicos personalizados de acordo com o projeto do cliente, a Hydro Z Unikap oferece ao mercado 9 modelos de kits, que na verdade se convertem em 18, pois podem ser fornecidos com ou sem quadro metálico estrutura de aço galvanizado disponível em dois tamanhos: 90 centímetros e 1 metro. A solução envolve tubos de 20 ou 25 milímetros de diâmetro e as devidas conexões (registros e derivações). Destinado à aplicação em constru-
ções em alvenaria ou drywall, o kit proporciona uma série de benefícios, como a padronização do sistema hidráulico. Como trata-se de um sistema prático, fácil e rápido de instalar, contribui para aumentar a produtividade na obra. Também possibilita maior controle entre o projetado e o executado, ajudando a reduzir erros na instalação. No entendimento da Hydro Z Unikap, mesmo já consagrada no mercado, devido às vantagens que proporciona, a solução pode ser aperfeiçoada - e é nisso que a empresa vem investindo. Uma das inovações promovidas se deu no processo de fabricação. Agora os kits de PP-R são produzidos em uma linha de montagem automatizada, num sistema desenvolvido pelos próprios especialistas da companhia. A junção das peças é feita por termofusão, que possibilita a montagem de um sistema hidráulico totalmente selado (sem emendas) e com alinhamento preciso das conexões, entre outros benefícios. A novidade mais recente é que a empresa ampliou seu portfólio de produtos. Anteriormente os tubos e conexões que compõem o kit estavam disponíveis em duas opções de material:
QUALIDADE
O teste de nível é realizado para certificar o alinhamento das conexões que compõem o kit hidráulico.
PP-R e PE-X (ambos polímeros). Agora a Hydro Z Unikap acaba de lançar o Kit FLEX, que combina tubos e conexões de PP-R com conexões diretas para PE-X, contribuindo para aprimorar ainda mais a instalação. “O Kit FLEX dispensa o uso de alguns componentes presentes nos kits convencionais, reduzindo o número de conexões dentro do banheiro e praticamente elimina os riscos de vazamento”, garante Márcio Borges.
Retomada da construção civil daria novo fôlego ao mercado Especialista em soluções para condução de fluidos, a Hydro Z Unikap fabrica conexões, válvulas, registros e filtros Y; soluções para combate a incêndio;
linhas para água quente e água fria; linhas de gás; kits hidráulicos e sistemas hidráulicos modulares. A empresa fornece produtos para
The use of prefabricated hydraulic kits has been one of the alternatives used in the Brazilian civil construction, in order to overcome the lack of qualified manpower. Hydro Z Unikap manufacturer bets in this market and has invested in the improvement of this type of solution.
instalações hidráulicas prediais, residenciais, comerciais e industriais e tem como principais clientes as construtoras, incorporadoras e instaladoras. Em de-
El uso de kits hidráulicos prefabricados ha sido una de las alternativas utilizadas en la industria de la construcción brasileña para superar la escasez de mano de obra cualificada. El fabricante Hydro Z Unikap apuesta en este mercado y tiene invertido en la mejora de este tipo de solución. Revista da InstalaçÃO 49
Case
| Construção civil
ENSAIO
Fotos: Ricardo Brito/HMNews
O teste de estanqueidade serve para se certificar de que não há vazamentos no produto.
terminadas linhas de produtos, atende também as revendas. Por conta da crise generalizada que atingiu o País, o ritmo de atividade na construção civil diminuiu bastante, reduzindo drasticamente o lançamento de empreendimentos - o que acaba refletindo nos negócios dos fornecedores. Entretanto, Márcio Borges destaca que a definição do quadro político nacional abriu espaço para previsões de um futuro ligeiramente melhor. A linha hidráulica normalmente é aplicada nas edificações quando a obra começa a sair da fase de fundação. Considerando que a construção de novos empreendimentos seja retomada em breve, o reflexo positivo no mercado fornecedor de soluções levará um certo tempo, uma vez que existe esse ‘delay’ entre o lançamento de um edifício e a aquisição de materiais para todo o complexo. “Por isso estamos esperando a re-
Retomada do mercado da construção civil deve acontecer no final do primeiro trimestre de 2017. MÁRCIO BORGES DIRETOR-EXECUTIVO
50 Revista da InstalaçÃO
tomada do nosso mercado para o final do primeiro trimestre de 2017”, informa o diretor da Hydro Z Unikap. As soluções fabricadas pela empresa são aplicáveis às construções de quase todo tipo de padrão, o que é uma vantagem. “Hoje a gente consegue vender para uma construtora ‘top’ e também para construções populares. Isto porque a mesma tecnologia usada na construção de padrão A é usada em uma de padrão D. Essa é uma tendência de mercado”, relata Borges. Assim, a empresa torce para que os investimentos continuem não só no setor privado, mas também nos programas habitacionais governamentais, como o ‘Minha Casa Minha Vida’. Além de atender às novas construções, a Hydro Z Unikap está atenta também às oportunidades no mercado de ‘retrofit’. A reforma, tanto de casas quanto de prédios, representa um grande potencial a ser explorado. Inclusive, a empresa acaba de ser premiada por um projeto de retrofit das instalações hidráulicas que ajudou a promover em um hotel 6 estrelas da capital paulista.
“Existem muitas edificações para serem modernizadas, principalmente no centro antigo da cidade de São Paulo”, identifica Borges. A adesão ao retrofit acaba sendo um processo natural, uma vez que a vida útil de uma instalação gira em torno de 50 anos. Com o tempo, essa modernização se torna inevitável, por conta do surgimento de vazamentos e das novas tendências de consumo - caso da adoção do sistema de medição individualizada. O maior mercado para a Hydro Z Unikap hoje é o Estado de São Paulo, mas existem planos de ampliar a rede de atuação e distribuição no resto do país, a partir de 2017. “O importante, nesse segmento, é a empresa ser um fornecedor qualificado”, destaca o diretor- executivo da companhia. Borges observa que a construção civil é um segmento onde o fator ‘custo’ é muito importante, mas garante que a empresa se diferencia no mercado oferecendo atendimento personalizado. “Queremos ter certeza de que o cliente terá um custo-benefício muito melhor com o nosso produto. Essa é a nossa filosofia. Por isso cada vez mais temos procurado desenvolver técnicas de qualidade, industrializando o processo e as soluções oferecidas”, comenta o executivo. Na produção de kits hidráulicos, por exemplo, assim que saem da linha de montagem as soluções são submetidas a testes de nível, para certificar o alinhamento das conexões, e de estanqueidade, no qual é aplicada água sob pressão para se certificar de que não há vazamentos. A empresa tem se dedicado também ao aprimoramento de sua linha de combate a incêndio. “Desde 2015 temos investido muito em certificação. Certificamos praticamente toda a nossa linha pela ABNT - e hoje são poucas as empresas que têm isso. Esse é um dos nossos diferenciais”, menciona Borges.
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Evento
| FISP 2016
Disseminar a cultura prevencionista Em torno deste objetivo, expositores da Fisp e da Fire Show apresentaram aos visitantes tecnologias e modernidades destinadas à proteção e à segurança.
Reportagem: Erica Munhoz
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Fotos: Ricardo Brito/HMNews
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onsiderado o maior evento voltado ao setor de saúde e segurança no trabalho da América Latina, a Fisp - Feira Internacional de Segurança e Proteção chegou à sua 21ª edição trazendo aos profissionais que atuam na área prevencionista oportunidade única de atualização. Realizada de 5 a 7 de outubro, no São Paulo Expo, em São Paulo, a exposição contou com extensa programação de seminários, debates, workshops, cursos e palestras direcionados ao aprimoramento técnico, além da exibição das últimas tecnologias em produtos e serviços disponíveis no mercado. Oportunidade de negócios para os representantes do segmento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) - que faturou R$ 4,64 bilhões em 2015, com destaque para calçados (33%), luvas (27%) e vestimentas de segurança (20%) - também não faltou.
Ao longo dos três dias, figuraram na mostra novidades destinadas à prevenção de acidentes para trabalho com riscos de queda, elétrico, de corte e em local confinado; vestimentas especiais, confeccionadas com tecidos com nanotecnologia, repelência à água e óleo, retardante à chama, proteção antimosquito, solar e antiodor; proteção da face, que inclui protetores auditivos e respiratórios, óculos e capacetes; luvas de segu-
rança para diversos setores da indústria; calçados; cintas ergonômicas e cremes de proteção, entre outros. E, com a inclusão de novos setores nesta edição, voltados às áreas de meio ambiente e viatura de resgate, a Fisp elevou ainda mais a qualidade da exposição ao apresentar completa plataforma de negócios para segurança e saúde no trabalho. Com o objetivo de fortalecer ainda mais a sinergia de negócios, já há
Números
Evento reuniu 700 expositores e atraiu mais de 50 mil visitantes.
alguns anos, a Fire Show - International Fire Fair acontece paralelamente à feira de segurança e proteção. Em sua 12ª edição, trouxe as mais recentes tecnologias para o mercado de prevenção e combate a incêndio. Durante a abertura oficial, o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores e Importadores de Equipamentos e Produtos de Segurança e Proteção ao Trabalho (Abraseg), Jacques
Lesser Levy, ponderou que, apesar da conjuntura econômica atual, é preciso fortalecer o setor e a grandiosidade do evento provou isso. Waldyr Perez, diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Material de Segurança (Sindeseg),
reforçou: “A feira é um catalisador deste novo momento do Brasil. Estamos recomeçando e vamos torcer para que o mercado retome cada vez mais forte”. Ao final, uma carta de intenções, contendo sugestões e melhorias para o
Between 5 and 7 October, São Paulo hosted the Latin American largest event focused on labor safety and health: the 21st edition of Fisp - International Fair of Safety and Protection. With over 700 exhibitors, the event attracted more than 50,000 visitors.
Entre 5 y 7 de octubre, Sao Paulo fue sede del mayor evento del sector de salud y seguridad en el trabajo de América Latina: la 21ª edición de Fisp - Feria Internacional de Seguridad y Protección. Con más de 700 expositores, el evento atrajo a más de 50.000 visitantes. Revista da InstalaçÃO 53
Evento
| FISP 2016
distribuidores de diversos setores. “O maior objetivo dos eventos é disseminar a cultura prevencionista”, destacou Rimantas Sipas, diretor Comercial da Cipa Fiera Milano, organizadora das feiras: “A prevenção é a variável mais importante quando avaliamos os acidentes de trabalho. Nossa atuação é fazer com que o mercado tenha acesso às melhores práticas e tecnologias disponíveis para que as empresas possam se conscientizar e implementar políticas eficientes. Só assim teremos, de fato, uma redução nos acidentes de trabalho no Brasil”. Fotos: Ricardo Brito/HMNews
setor de prevenção e saúde do trabalho, foi entregue ao superintendente Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo, Eduardo Anastasi. Em conjunto, as duas feiras reuniram 700 expositores em área de 42 mil m2. De acordo com levantamento dos organizadores, circularam pelos corredores e nos estandes mais de 50 mil visitantes entre profissionais de enfermagem, médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, engenheiros e técnicos de segurança do trabalho, inspetores de risco, segurança patrimonial, cipeiros e bombeiros, além de gerentes, diretores, compradores e
54 Revista da InstalaçÃO
Promovida pela Cipa Fiera Milano, com realização da Abraseg, da Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho (Animaseg) e do Sindiseg, a próxima edição da Fisp está marcada para 2018, de 3 a 5 de outubro, no São Paulo Expo, e, mais uma vez, conjuntamente com a Fire Show, esta realizada com o apoio da Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos Contra Incêndios e Cilindros de Alta Pressão (Abiex). Nas próximas páginas, algumas novidades, muitos lançamentos e tecnologia de ponta. Confira.
Leal DLV - Dispositivo de Linha de Vida para ponto de ancoragem onde houver acesso a postes/colunas por meio de escadas. Destinado às áreas elétrica, de telefonia, de construção civil, indústrias, etc, o dispositivo, uma vez instalado no topo da escada, abraça o poste na altura adequada tracionando-se a corda do solo, que é a própria linha de vida onde é aplicado o trava-quedas do profissional. Para soltar o equipamento, basta aliviar a tensão da corda e as pinças se abrem pela ação da mola interna. Projetado e produzido pela Leal, é o único do mercado brasileiro nesta configuração.
Vectra Work A empresa destacou suas linhas de vestimentas Risco 2, 3 e 4 contra arco elétrico e fogo repentino e de EPIs e acessórios específica para eletricistas. Todos os produtos da linha FR atendem a norma NR-10 e são produzidos sob rigoroso padrão de qualidade e rastreabilidade. Para tanto, são utilizados os melhores tecidos, aviamentos e faixas refletivas antichama do mercado.
Dräger Dräger PSS® 4000 é uma nova geração de máscaras autônomas de alto desempenho para bombeiros. Desenvolvido para aplicações onde a simplicidade e o fácil uso são fatores essenciais, o equipamento, embora robusto, é leve. Tanto a mangueira de fornecimento de ar de média pressão quanto a mangueira do manômetro estão integradas dentro do suporte para reduzir o risco de enroscar ou prender, resultando em aumento da segurança e da proteção até mesmo em espaços confinados. Seu reparo é descomplicado e todos os principais componentes podem ser removidos e montados de forma simples e rápida.
MSA Destinada a bombeiros e brigadistas, a máscara autônoma G1 é totalmente eletrônica. Possui sistema de telemetria e de comunicação por Bluetooth. Projetada para reduzir o stress e a fadiga do usuário, se adéqua a diversos biótipos em função do ajuste na altura do suporte para todos os tamanhos. Pode ser utilizada em diversas aplicações, suportando altas temperaturas, chamas e condições de trabalho desafiadoras, como áreas com deficiência de oxigênio e espaços confinados.
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Evento
| FISP 2016
DuPont
Segurimax
Mesmo expondo sua linha completa de proteção individual, o grande destaque da DuPont na Fisp foram os testes ao vivo com o Thermo-Man®. Para testar os produtos feitos com a fibra de DuPont™ Nomex® e o tecido de DuPont™ Protera®, a empresa recorre a este sistema de manequim instrumentado em tamanho natural. Coberto com 122 sensores de calor e vestido com roupas de teste, o equipamento ajuda a garantir o desempenho ideal do produto. Manequim de teste certificado pela UL, o primeiro desse tipo desenvolvido em conjunto com o governo dos Estados Unidos para ajudar a proteger soldados de queimaduras, o Thermo-Man® é utilizado em testes de diversas áreas, incluindo indústrias de petróleo, petroquímica e química, empresas de energia elétrica e gás e serviços de bombeiros.
O destaque da empresa na feira ficou para dois produtos da linha hidráulica voltada ao combate a incêndio: carretel móvel e mangueira 1”. Semirrígida de alta resistência com trama de poliéster interna e com mais uma camada de borracha para uma boa proteção e durabilidade, a mangueira de incêndio conta com tubo interno de borracha sintética com reforço em fio de poliéster de alta densidade e monofilamento. Possui tecimento horizontal na cor vermelha, no diâmetro de 25 mm (1”) e esguicho regulável de latão cromado de 1”, seguindo os mais rigorosos padrões internacionais de segurança. Já o carretel móvel com mangotinho, fabricado em aço carbono e com acabamento com pintura epóxi vermelha, oferece grande resistência no combate ao incêndio. Conta com extensor com válvula esfera de 1” pronto para ligar na rede de incêndio. Seu braço articulável facilita o manuseio.
Orion As luvas isolantes de borracha Orion são fabricadas de acordo com as normas NBR 10622 e ASTM D120 e oferecem proteção contra os choques elétricos. Produzidas com compostos resistentes a ozônio (Tipo II), garantem maior vida útil mantendo desempenho de proteção. Estão disponíveis nas cores preta e bicolor – lado externo preto e lado interno amarelo –, esta última com a função de tornar visível, na parte clara, qualquer fissura e/ou rasgo causado na luva.
Intelbras Desenvolvedora de soluções tecnológicas, a empresa lançou centrais de incêndio convencional e endereçável, com destaque para a segunda. A linha endereçável chega para atender a atual demanda por produtos de incêndio com tecnologias atualizadas e preços competitivos. Seu sistema é inteiramente projetado para grandes ambientes, pois é capaz de detectar o local onde está ocorrendo o princípio de incêndio e agir pontualmente. Entre os diferenciais está a instalação flexível, em sistemas classe A ou B, o que simplifica o produto. 56 Revista da InstalaçÃO
Instrutemp
Potenza Lançado no mercado brasileiro pela Potenza, o sprinkler VK514 Pendente K28 Viking é destinado à proteção de galpões com pé direito de até 14,6 m e altura de armazenagem de 13,1 m. Trata-se do único sprinkler aprovado para aplicação em corredores de 1,8 m de largura. Dispositivo do tipo ESFR (Early Supression Fast Response) para utilização em áreas de estocagem sujeitas à rápida propagação de incêndio, conta com a menor pressão de trabalho para este tipo de aplicação (35 Psi). Disponível em faixas de temperatura 165ºF (74ºC) e 205°F (96°C) e em 1” ou 25 mm Rosca BSP. Dentre suas vantagens, destaque para o ganho de mais de 20% na armazenagem em função de poder trabalhar com espaçamento menor entre as prateleiras.
Lançamento do ano da empresa, o medidor ITMVH100, de 4 canais, é capaz de medir a vibração do corpo humano em diversos ambientes. Calcula tanto medições de vibração do corpo inteiro, de acordo com a norma ISO 2631, quanto de mão-braço, obedecendo a ISO 5349, bem como as normas nacionais NR-15, NHO09 e NHO-10. Dentre suas principais características estão velocidade, aceleração e deslocamento. Possui memória flash para até 10.000 leituras e função protocolo e exportação. Contém, ainda, ponderação filtra Wb, Wc, Wd, Wj e Wk.
Instrutherm O novo dosímetro de ruído digital portátil DOS-600 é a novidade da Instrutherm para o segmento de segurança do trabalho. O equipamento conta com microfone sem fio, destacável e incorporado, bateria recarregável em polímero lítio, formato compacto e leve, montagem diretamente nos ombros, três dosímetros virtuais com medições simultâneas nas ponderações A, C e Z ou em duplicações de dose diferentes 3, 4, 5. Vem, ainda, com base para carregamento com possibilidade de expansão para carregamento de até cinco dosímetros simultaneamente. Permite comunicação via infravermelho e USB, medições programadas para data e hora desejada. Acompanha software multilinguagem português-inglesespanhol.
Bracol Indicada para utilização na indústria, a linha Ultralev segue tendência bastante disseminada na Europa, mas que ainda é novidade no Brasil: calçados preventivos para uso tanto no trabalho como no dia a dia. Produzida com material 100% têxtil, possui design diferenciado e exclusiva biqueira de alumínio (somente para a versão masculina), 50% mais leve que o aço, mais confortável e com a mesma resistência a impactos. O solado slim proporciona maior mobilidade com a mesma estabilidade. São diversos modelos de cores e estampas e, para personalizar, cada um vem com duas cores de cadarços. Numeração masculina do 37 ao 46 e feminina do 34 ao 41. Revista da InstalaçÃO 57
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3M
Hydro Z Unikap
Voltado aos profissionais de segurança, o sistema de gestão eletrônica 3M Active Safety tem como foco desburocratizar e facilitar a emissão, a manutenção e a inspeção de EPIs, eliminando de vez o preenchimento de papeis, planilhas e relatórios. As principais características deste software são configuração em poucos minutos para gerenciar e controlar EPIs; realização de inspeções e verificações de auditoria no local de trabalho usando o App no smartphone; salvamento automático on-time em uma plataforma segura na nuvem (Cloud) dos dados de segurança; acesso instantâneo aos relatórios compartilháveis com opção de impressão da tela visualizada; dasboard com fácil visualização e acesso a todas as informações gerenciais; opção de alerta via e-mail para supervisionar e gerir melhor os EPIs. Com esta tecnologia digital o usuário reduz a burocracia e o tempo gasto em tarefas de documentação e de conformidade, acessa instantaneamente dados e percepções de segurança potencialmente valiosos, melhora a visibilidade dos custos de EPI e inventário de ativos e acessa com mais facilidade auditorias de EPI, o que significa maior garantia do uso pelo trabalhador.
Em sua linha de combate a incêndio, a empresa destaca o registro para hidrante 2.1/2”, também conhecido como válvula globo angular, uma válvula de fecho para linhas hidráulicas, instalado para conexão da mangueira com a linha e liberação da saída de água. Traz como acessórios o engate adaptador storz, que permite rápida conexão da mangueira de incêndio na saída do registro 2.1/2”, e o tampão storz, utilizado para vedar a saída quando o registro não está em operação, bloqueando a entrada de sujeiras na linha de combate a incêndio. Tanto o registro quanto seus acessórios são certificados voluntariamente pela norma NBR 16021.
Datalink Os cabos da linha Alarmfire são aplicados em sistemas de detecção e alarme de incêndio, protegendo os sinais transmitidos de ruídos externos. O condutor é confeccionado em cobre eletrolítico, têmpera mole, nu e encordoamento classe 2, conforme NBR NM 280. Sua isolação é de policloreto de vinila, tipo PVC/ EB (105°C), antichama e livre de metais pesados. Possui blindagem eletrostática total de fita de poliéster aluminizada + condutor dreno de cobre estanhado em contato elétrico com o alumínio e cobertura de policloreto de vinila, tipo PVC ST1 (70ºC), antichama e livre de metais pesados na cor vermelha. Tensão de isolamento 300 V ou 600 V.
Moais As vestimentas de proteção contra fogo são retardantes à chama, impermeáveis e respiráveis, ou seja, atendem à NR-10 por serem impermeáveis e permitem respiração da pele como um tecido convencional. São produzidas com tecidos DuPont – esses tecidos têm estrutura molecular resistente à combustão, não sendo afetada pela lavagem, o que garante proteção por toda vida útil da peça. Essa linha Nomex é composta por 93% de Meta-Aramida, 5% de Para-Aramida e 2% de Antiestético (fibra de carbono). Chega a ser três vezes mais resistente do que seus similares em algodão.
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Gedore Alvenius Lançamento, o Alvenius Centro de Serviços (ACS) segue o conceito de fabrication, também conhecido como “obra seca”, algo largamente utilizado nos Estados Unidos e na Europa, mas inédito no Brasil. Estrutura dedicada especificamente a oferecer o serviço de pré-fabricação e pintura de tubulações, o ACS entrega na obra os tubos com suas extremidades preparadas de acordo com as especificações do projeto (ranhura por laminação ou por corte, anéis sobrepostos ou flanges) e identificados para serem montados no comprimento certo, com as derivações preparadas e/ou meias luvas soldadas para sprinklers e no acabamento desejado. Dentre os benefícios oferecidos destacam-se agilidade no processo de montagem em campo, diminuição do espaço necessário na obra e redução do custo final.
O destaque da empresa durante a feira ficou por conta da ampla linha de ferramentas isoladas 1.000 V, composta por chaves fixas, estrelas, ajustáveis, soquetes, chaves de fenda, testadores de tensão até vários tipos de alicates e torquímetros, destinadas a profissionais que trabalham em áreas de risco e energizadas. As ferramentas isoladas são testadas e fabricadas conforme a norma europeia EN 60900, que confere ensaios de aderência, de impacto, de inflamabilidade, de pressão/penetração e de tensão elétrica. Para tanto, a Gedore implantou em seu parque fabril um laboratório de ensaio de tensão elétrica para ferramentas isoladas segundo a norma EN 60900. São recomendadas para tensão de no máximo 1.000 V, para corrente alternada, e de 1.500 V, para utilização em corrente contínua, conforme a Norma EN 60900. Os equipamentos possuem calibração rastreada pelo Inmetro.
Everlux A Everlux apresentou seus sistemas de sinalização de segurança fotoluminescente para instalação ao nível superior (destinada a todos os usuários e, por isso, deve ser instalada acima de 1,8 m, permitindo a permanência de outros usuários sem impossibilitar a visualização dos sinais) e para instalação ao nível intermediário (destinada ao usuário que utiliza determinado equipamento, com uso indicado imediatamente por cima do equipamento - entre 1,2 e 1,5 m). Os produtos são confeccionados em PVC expandido fotoluminescente de alta intensidade luminosa, de 2 mm de espessura e impressos por serigrafia, com tintas de alta qualidade e resistentes aos raios UV. São autoextinguíveis, em conformidade à norma IEC 60092-101/NBR 13434 e possuem superfície antiestática e de fácil limpeza (tintas de elevada resistência à lavagem).
Honeywell Além das novas linhas de luvas e calçados de proteção, e de vasta seleção equipamentos de proteção individual e tecnologias de comunicação de segurança contra incêndio e emergência, a Honeywell apresentou na feira sua recém-lançada linha de vida de proteção em altura Söll SafeLine 2.0. A linha de vida horizontal permanente funciona como um sistema de ancoragem para uso de até três trabalhadores. Pode ser utilizada como ponto de ancoragem para operações de resgate e, em caso de queda, além de zelar pela integridade do trabalhador, evita ocorrência de danos estruturais. A solução também incorpora um absorvedor de energia de alto desempenho, com tecnologia patenteada, capaz de garantir a dispersão de forças geradas por uma queda. Revista da InstalaçÃO 59
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❱❱ Imagem térmica
A FLIR anuncia a disponibilidade na América Latina do seu alicate amperímetro com imagem térmica. O alicate amperímetro FLIR CM174 de 600 A CA/CC conta com uma câmera térmica incorporada com a tecnologia IGM® da FLIR, que guia visualmente o usuário para detectar diferenças de temperatura e indicar falhas para que estas sejam corrigidas, assegurando que o problema não ocorra novamente. O FLIR CM174 possibilita aos eletricistas enxergar problemas invisíveis a olho nu, o que amplia o alcance de seu trabalho. Segundo a empresa, o equipamento é o único instrumento que detecta diversos problemas através da imagem térmica antes que assumam proporções críticas. Ao deparar-se com cabeamentos complexos ou painéis energizados, a tecnologia IGM® permite a inspeção sem o contato direto do operador, minimizando os riscos.
produtos Divulgação de novos produtos e soluções.
products Promotion of new products and solutions.
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❱❱ Chave Multifunção
A Chave Multifunção com Catraca da Foxlux promete mais praticidade e facilidade ao dia a dia de quem trabalha com esse tipo de ferramenta. O produto desempenha várias funções, bastando trocar a ponta conforme a necessidade do trabalho. Com características exclusivas, a solução dá mais velocidade ao ajuste, pois faz o movimento sequencial de aperto sem a necessidade de tirar a chave do parafuso. O produto tem cabo ergonômico, acabamento niquelado e emborrachado e conta com três pontas Fenda (T15, T20 e T25), Phillips (3, 4 e 5 mm), Allen (4, 5 e 6 mm) e Torx (4, 5 e 6 mm).
❱❱ Sistema de fixação
Como novidade em sua linha de sistemas de fixação, a Âncora apresenta a solução Nutbolt, um chumbador mecânico tipo parafuso, com rosca interna na cabeça, para instalação de peças roscadas. Destinado a fixações aéreas em geral, o produto é indicado para aplicação em instalações elétricas e hidráulicas e sistemas de ar-condicionado e incêndio. De rápida aplicação, Nutbolt é removível e reutilizável e resiste a altas cargas (a carga é distribuída por todo o corpo). A solução permite aplicações próximas à borda e espaço reduzido entre as fixações. Destaque ainda para o fato de que o próprio chumbador forma a rosca no concreto. Além disso, a solução não expande no furo, consequentemente, não gera tensões.
Instalações hidráulicas 60 Revista da InstalaçÃO
Instalações elétricas
Sistemas de ar-condicionado
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❱❱ Manta geossintética
❱❱ Detector de gases
O detector digital de seis gases DG-550, da Instrutherm, pode ser utilizado em minas subterrâneas, túneis, garagens de estacionamento, na aviação e em espaços confinados diversos, a fim de detectar possíveis gases voláteis e combustíveis, para prevenção de explosões e outros acidentes. O equipamento é capaz de identificar a presença de gases como oxigênio; monóxido de carbono; ácido sulfídrico (um tipo de gás inflamável), entre outros tipos combustíveis e tóxicos. O DG-550 destaca-se pelo sensor PID infravermelho que engloba, além do sensor VOC, compostos orgânicos voláteis, o sistema de reconhecimento inteligente do sensor. O aparelho ainda conta com alarme STEL/TWA para gases tóxicos; sinais de alerta audível, visual e vibratório; função de comunicação de dados, ponto de calibração e gerenciamento por senha.
62 Revista da InstalaçÃO
A necessidade de produtos e tecnologias mais sustentáveis e eficazes para o revestimento de solo e canais de drenagem em refinarias e terminais é assunto recorrente no setor. Atenta a esse movimento, a Concrete Canvas Brasil lança no mercado nacional a manta geossintética CC Hydro, uma opção para atender o segmento ao oferecer um revestimento de contenção único no mundo. A solução pode ser aplicada no revestimento de solo (como segunda camada de contenção), valas de drenagem, diques, paredes fire proof e envelopamento de dutos, oferecendo o dobro da resistência do concreto Portland comum. Segundo a empresa, as mantas geossintéticas estão substituindo cada vez mais o concreto convencional em uma variedade de obras de infraestrutura em razão das suas vantagens, como a rapidez e a facilidade de aplicação e a funcionalidade superior às soluções mais tradicionais. A companhia explica que a solução se diferencia das demais porque dispensa o uso das coberturas adicionais de materiais, utilizadas em outros sistemas de mantas geossintéticas.
❱❱ Corte a plasma
A Hypertherm, especialista em soluções para corte industrial, anuncia o lançamento global da Powermax45 XP®, máquina de corte a plasma que substitui o modelo mais consagrado da série, a Powermax® 45. O cartão de visitas da novidade não deixa dúvidas: 6.5 kW de potência de saída. Segundo a empresa, isso representa 70% a mais do que as linhas de corte a plasma da concorrência. Toda essa força se traduz em cortes extremamente limpos de chapas com até 16 mm de espessura - a capacidade de separação pode chegar a quase o dobro disso. Ao lado da potência, sobressai-se na Powermax45 XP® a versatilidade, resultado de um novo processo de baixa amperagem que torna mais fácil cortar, goivar e agora também marcar. O novo design, por sua vez, deixou o equipamento mais leve e portátil. Essas vantagens são potencializadas pela disponibilidade de onze tipos de tocha - uso manual e mecanizado -, em paralelo a uma enorme gama de consumíveis para aplicações de corte e goivagem.
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❱❱ Controle de funções
O design simples e intuitivo do teclado Palladiom®, da Lutron, confere sutileza e elegância a residências. Fácil de operar, ele proporciona beleza decorativa com um design simples e minimalista que complementa qualquer design de interiores. É o primeiro dispositivo do seu gênero a ter botões e painéis frontais confeccionados com o mesmo material - plástico, vidro ou metal - para se chegar a uma estética coordenada. Além da variedade de material, a linha possui variedade de cores e os teclados permitem o controle de luzes, sombras, cortinas, ar-condicionado e aquecimento, proporcionando uma experiência confortável ao usuário. Com o seu layout com botão e programações customizáveis, o Palladiom tem capacidade de acomodar virtualmente qualquer função. Além disso, seus botões grandes e anatômicos com contraluz e texto em alto-relevo são simples de operar e fáceis de serem encontrados em um recinto escuro. Sua contraluz de variável intensidade, controlada através do Dynamic Backlight Management™, da Lutron, proporciona o brilho correto para qualquer condição de iluminação ambiente. O Palladiom alia-se ao sistema HomeWorks, sistema de controle total de iluminação residencial da Lutron.
❱❱ Inspeção de fibras
Para facilitar aos instaladores de rede inspecionar fibras, a Fluke Networks, especialista no fornecimento de soluções de teste de rede e monitoramento, anuncia ao mercado brasileiro a disponibilidade do novo FI-500 FiberInspector™, primeira sonda de inspeção de fibras por vídeo com lanterna integrada. O recurso PortBright™, combinado com autofoco e visor grande e de alto contraste, torna o FI-500 um dispositivo fundamental para técnicos de fibra que atuam em ambientes densos com baixa luminosidade. Terminais de fibras ópticas sujos são uma grande fonte de problemas tanto no sistema monomodo quanto no multimodo. O novo dispositivo da Fluke Networks permite que os técnicos determinem rapidamente se os terminais estão contaminados ou danificados e está posicionado entre dispositivos analógicos simples e modelos com vídeo automáticos de preço elevado. Embora o FI-500 seja quase metade do preço da maioria dos dispositivos de inspeção completamente automáticos, ele fornece muitos dos mesmos recursos, incluindo autofoco, visor com iluminação de fundo, visualização congelada e uma ampla variedade de pontas para inspeção de praticamente qualquer terminal de fibra.
❱❱ Solução para pintura
O epóxi Dura-Plate UHS, da Sherwin-Williams, atua na substituição de epóxis convencionais à base de solventes, contribuindo para a redução dos custos e do tempo de parada para manutenção. É recomendado para pintura desde aço carbono jateado e concreto em exposição, até ambientes marítimos ou industriais como: indústrias de papel e celulose; plantas de tratamento de água; tanques de contenção secundária; ballast tanques (tanques de lastro); interior de tanques de combustíveis refinados; estruturas e plataformas offshore e para o uso com sistemas de proteção catódica. Com propriedades de retenção de bordas, livre de solventes e de alta espessura, o Dura-Plate UHS pode ser aplicado em uma única demão, adequando-se perfeitamente aos equipamentos airless convencionais. Disponível mundialmente, tem resistência química à abrasão, é praticamente sem cheiro e de baixo VOC (compostos orgânicos voláteis), o que diminui o impacto ambiental. 64 Revista da InstalaçÃO
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agenda
| Novembro 2016
EVENTOS 2º Seminário Regional Sul de BIM Data/Local: 03 e 04/11 - Florianópolis (SC) Informações: www.spg.sc.gov.br/bim-home
Curso NR-10 Completo Data/Local: Início 16/11 (duração de 13 dias úteis) - Belo Horizonte (MG) Informações: www.cctbrasil.com.br e (31) 3218-8686
Fórum Potência Eletricista Consciente Data/Local: 22/11 - Recife (PE) Informações: www.revistapotencia.com.br e (11) 4225-5400
Reunião Grupo GSEL (Grupo Setorial de Instalações Eletrotécnicas) Data/Local: 22/11 - São Paulo (SP) Informações: www.sindinstalacao.com.br
Curso ‘Carga térmica em condicionamento de ar’ Data/Local: 26/11 - São Paulo (SP) Informações: cursos@abrava.com.br
Minicurso ‘Principais requisitos da norma de instalações elétricas que o eletricista deve conhecer’ Data/Local: 29/11 - Ribeirão Preto (SP) Informações: www.revistapotencia.com.br/forum/minicurso-eletricista-consciente.html 66 Revista da InstalaçÃO
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