A N O 1 - N º 09
Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, hvac, fotovoltaica, incêndio, dados e manutenções
ANO 1 – Nº 09 – Revista da Instalação
Dezembro 2016
EDITORA
Mercado
Economia de água
Crise hídrica estimula o uso de produtos economizadores de água, como torneiras e chuveiros
Evento
Eficiência Energética
Fórum discute oportunidades em investimentos na gestão da economia de energia no Brasil
Balanço 2016 e projeções 2017 Construção civil se apresenta como um instrumento capaz de ajudar o Brasil a reverter a crise econômica por qual passa. No entanto, setor exige pesados investimentos nos próximos anos
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Hilton Moreno Diretor Técnico
Marcos Orsolon
Diretor de Redação
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A Revista Potência e suas mídias digitais alcançam um público qualificado na área elétrica, formado por: ➧ Engenheiros ➧ Consultores ➧ Eletricistas ➧ Tecnólogos ➧ Lojistas ➧ Instaladores ➧ Projetistas ➧ Técnicos
Índice
| Edição 09 | Dezembro 2016
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Matéria de Capa
Mercado
A crise hídrica vem estimulando o uso de tecnologias economizadoras de água em produtos como torneiras e chuveiros, por exemplo.
Construção civil coloca-se como um instrumento capaz de ajudar o Brasil a reverter a crise econômica por qual passa. Entretanto, setor exige pesados investimentos nos próximos anos.
Case
Empresa paulista tem grande procura por solução que ajuda clientes a fazerem a gestão de insumos como energia, água e gás.
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Artigo
Sempre aqui
Especialista apresenta razões para comprovar a importância de fazer a certificação do cabeamento de rede nas empresas.
Evento
Gestão e economia de energia e o panorama do mercado de gás natural são temas de fórum e workshop realizados em São Paulo. 4 Revista da InstalaçÃO
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05 Editorial ■ 06 Notas ■ 36 Espaço Sindinstalação ■ 38 Abrinstal ■ 39 Abrasip ■ 40 Seconci ■ 41 HBC ■ 54 Produtos ■ 58 Link / Agenda ■
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editorial
Fotos: Ricardo Brito/HMNews
Expediente
Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno
ano 1 • nº 09 • Dezembro'16 Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.
Marcos
Hilton
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Moreno
| Diretor
Diretor de Redação |
Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon
Ano incrível!
Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Luiz Carlos Veloso, Luiz Antonio Alvarez, Marco Alberto da Silva, Víctor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Fernando Belotto Ferreira e Surahia Maria Jacob Chaguri.
Redação
Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Colaborou nessa edição: Érica Munhoz Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231)
Departamento Comercial
Executivos de Vendas: Cecília Bari, Júlia de Cássia Barbosa Prearo e Rosa M. P. Melo
Gestores de Eventos Pietro Peres e Décio Norberto
Gestora Administrativa Maria Suelma
Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC
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Contatos Geral Rua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100 São Caetano do Sul - SP contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 4225-5400
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Fechamento Editorial: 22/12/2016 Circulação: 28/12/2016 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.
O título “Ano incrível” deste último editorial do ano pode ser aplicado tanto para o que aconteceu em 2016 quanto para o que está por vir em 2017. Em 2016, marcaram presença as Olimpíadas no Rio, a Lava-jato chegando muito perto de quem realmente interessa, o impeachment de Dilma, o começo do governo Temer, a PEC que limita os gastos públicos, dentre muitos outros acontecimentos marcantes. Para 2017, devem entrar em campo a reforma da aposentadoria, medidas diversas de incentivo à economia e geração de emprego, a Lava-jato chegando mais perto ainda de quem merece e por aí segue a lista, sujeita a chuvas e trovoadas típicas de nosso cenário político agitado. Como mostra a matéria de capa desta edição, o ano que se encerra não deixará saudades. No entanto, para 2017, a expectativa é de que haja uma ligeira melhora desse quadro, inclusive com a retomada (tímida) de áreas importantes, como a construção civil. Obviamente, é fundamental que as reformas que o País precisa, a exemplo do sistema tributário, caminhem... Para nós da HMNews, 2016 foi um ano de crescimento para nossas publicações, fórum e mídias digitais. Além da continuidade da tradicional Revista Potência, lançamos em abril deste ano, em plena crise política e econômica, a novíssima e inédita Revista da Instalação, que segue sua trajetória rumo à consolidação. Em 2016, realizamos fóruns em oito diferentes cidades, que atraíram mais de dois mil profissionais de cerca de mil empresas. Eles dedicaram um dia de trabalho para atualização técnica e aumento de suas redes de contato. Mantemos firme em 2017 nossa crença em dias melhores, somada com muito suor, novos projetos e contínua melhoria de atendimento. Encerramos 2016 e começamos o Ano Novo agradecendo todos os clientes que acreditaram em nosso trabalho, nossos valorosos fornecedores e dedicados colaboradores. Boa leitura. Boas Festas! Até 2017. Abraços!
Revista da InstalaçÃO 5
NOTAS
NOTAS Ações e novidades dos players do setor.
News Activities and news from main sector players.
Notas Actividades y noticias de los principales actores del sector.
Fonte fotovoltaica decola
As novas projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), com a meta de 25 gigawatts (GW) em potência instalada da fonte solar fotovoltaica até 2030, estão cada vez mais alinhadas com as expectativas do setor fotovoltaico brasileiro e mobilizarão mais de R$ 125 bilhões em investimentos ao País na construção dos projetos. A previsão é do presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia. Segundo ele, as novas projeções divulgadas pelo governo federal são positivas, na medida que sinalizam um esforço concreto de diversificar a matriz elétrica nacional por meio do aumento da participação de fontes renováveis com baixa emissão de gases causadores do efeito estufa. Para Sauaia, o grande destaque vai para a fonte solar fotovoltaica, cuja participação na matriz elétrica brasileira será fortemente ampliada de 0,01% em 2015 para mais de 10% em 2030, um crescimento de mil vezes em um horizonte de 15 anos. Segundo nota técnica publicada pela EPE, intitulada “O Compromisso do Brasil no Combate às Mudanças Climáticas: Produção e Uso de Energia”, os 25GW de energia solar fotovoltaica que farão parte da matriz elétrica brasileira de 2030 estarão divididos em 17GW de geração centralizada solar fotovoltaica (usinas de grande porte) e 8,2GW de geração distribuída solar fotovoltaica (sistemas em edifícios residenciais, comerciais, industriais, públicos e na zona rural). “Apesar de representar um avanço considerável frente às projeções anteriores, a ABSOLAR recomenda uma meta nacional de 30GW em energia solar fotovoltaica até 2030, levando em consideração o envolvimento tanto do governo federal, quanto de governos estaduais e municipais”, diz Sauaia. De acordo com dados da ABSOLAR, o segmento de micro e minigeração distribuída solar fotovoltaica, que registrou crescimento de 320% em 2015, conta atualmente com mais de 6.000 sistemas em todo o país, representando mais de 42MW em potência instalada - equivalente a mais de R$ 375 milhões em investimentos privados. Já no segmento de geração centralizada, o País conta atualmente com 3,3GW em projetos da fonte solar fotovoltaica contratados via leilões de energia, o que deverá movimentar mais de R$ 13,5 bilhões até 2018. Foto: Fotolia
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País ganha fábrica
A Canadian Solar inaugurou em Sorocaba (SP) sua primeira planta brasileira para a fabricação de módulos fotovoltaicos. O projeto foi trazido para o Brasil com apoio da Agência de promoção de Investimentos e Exportações do Governo do Estado de São Paulo (Investe São Paulo) e da Agência Brasileira de Promoção Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A nova unidade da Canadian Solar foi construída em parceria com a Flex Energy Solutions e é considerada a maior fábrica de painéis fotovoltaicos do Brasil, capaz de entregar anualmente cerca de 400MW de módulos feitos inteiramente em território nacional. “Estamos satisfeitos com nossa parceria com a Flex no Brasil. Escolhemos trabalhar com a empresa devido à sua vasta experiência no desenvolvimento e gerenciamento da cadeia de suprimentos local”, disse Shawn Qu, presidente e CEO da Canadian Solar Inc. “A Canadian Solar tem um portfólio de 390MWp de projetos solares no Brasil que devem entrar em operação comercial em 2017 e 2018. A nova fábrica irá fornecer os produtos para nossos projetos e para o mercado interno”, complementa. Conforme anunciado pela empresa em junho, o projeto envolveu investimentos de R$ 80 milhões, gerando cerca de 2 mil empregos diretos e indiretos.
Indústria eólica protesta A indústria eólica recebeu com muita surpresa a notícia sobre a decisão de cancelamento do Leilão de Reserva (2º LER 2016), agendado para 19 de dezembro, para contratação de energia eólica e solar. “Num momento em que o próprio governo sinaliza com um grande pacote de medidas para estimular a retomada de investimentos, é um grande contrassenso desmobilizar uma indústria jovem, montada com investimentos altíssimos nos últimos anos, que inclusive não precisa de pacote e que tem registrado crescimento consistente, com geração de 41 mil empregos no ano passado e outros 30 mil neste ano. Em nossas previsões, que eram bastante modestas, de contratação de menos de 1GW no leilão, colocaríamos mais R$ 8 bilhões de investimento e pelo menos mais 15 mil empregos na cadeia produtiva”, avalia a president-executiva da ABEEólica, Elbia Gannoum. A cadeia produtiva eólica já investiu mais de R$ 65 bilhões em novos projetos eólicos e hoje conta com uma produção 80% nacionalizada, com seis fabricantes de An_revInstalacao_9x21.pdf 1 21/03/2016 09:03:55
aerogeradores, quatro de pás eólicas e mais de 1.000 fornecedores de outros componentes. “Há grandes empresas internacionais que vieram para o Brasil, montaram fábricas e trouxeram empregos. Importante entender que, no mercado de energia eólica, uma energia contratada hoje vai gerar contratos e empregos para as fábricas nos dois anos seguintes. Como tivemos uma contratação baixa em 2015, teremos fábricas mais ociosas já em 2017. Com contratação zero em 2016, teremos fábricas praticamente paradas em 2018. Grandes empresas não vão continuar no Brasil com fábricas vazias. Corremos um grave risco de desmobilização da cadeia produtiva e isso é um golpe quase mortal numa indústria jovem, promissora e que hoje gera a energia mais competitiva do País, não contando obviamente as grandes hidrelétricas, que possuem restrição para novos projetos. É uma decisão que não guarda coerência com outras movimentações do governo de garantir retomada de investimentos e da economia”, analisa a executiva. Foto: Fotolia
NOTAS
Foto: Divulgação
Prêmio de Design
Mais uma vez a linha de interruptores Composé, da WEG, recebe uma premiação de destaque. Os produtos, que já haviam sido premiados pelo iF Design Award 2016, na Alemanha, considerado o Oscar mundial do design, desta vez foram reconhecidos pelo BDA (Brasil Design Award), organizado pelo Centro Brasil Design e pela ABEDESIGN (Associação Brasileira das Empresas de Design). O chamado “prêmio dos prêmios” tem como objetivo reunir a excelência da produção brasileira em design. “A conquista de homenagens como essa é o reconhecimento da constante inovação e busca por novos atributos em nossos produtos, como estética, ergonomia e praticidade”, declara o diretor-superintendente da WEG Automação, Manfred Peter Johann.
Pautados no requinte, mas sem deixar de lado a funcionalidade, os interruptores da linha Composé têm detalhes que fazem toda a diferença em um ambiente comercial ou residencial. O principal diferencial da linha está no seu design e na diversidade de cores e funções, permitindo uma infinidade de combinações. Com superfície polida e sem parafusos aparentes, os itens são de fácil limpeza, possuem cinco anos de garantia e se destacam pela segurança e simplicidade na fixação e retirada dos módulos. A Composé também possui 24 opções de módulos, incluindo tomada, interruptor, dimmer e sensor de presença. Conectar tablets e celulares com praticidade através do carregador USB é outra vantagem da linha.
Consumo de gás natural O consumo de gás natural no mês de outubro em todo o País chegou a 65,07 milhões de metros cúbicos por dia, um crescimento de 3,3% frente aos números do mês de setembro, quando foram consumidos 62,99 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Na comparação com os dados de setembro de 2015, a queda foi de 14,2%. Considerando- se apenas os segmentos industrial, automotivo (GNV), comercial, residencial, cogeração e matéria prima, a retração é de 6,9%. O segmento industrial manteve trajetória descendente com retração de 0,98% na comparação com setembro anterior, e de 10,2% na comparação com mesmo período de 2015. Os dados são apurados em levantamento estatístico da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), junto a concessionárias em 20 estados, reunindo dados da indústria e dos segmentos residencial, comercial e automotivo, entre outros. “A desaceleração econôFoto: Fotolia
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mica do País continua afetando o consumo de segmentos mais sensíveis a esse cenário, como o industrial e o de geração elétrica. Mesmo assim, as distribuidoras não deixaram de investir e o volume médio no acumulado de janeiro a outubro de 2016 nos segmentos residencial, comercial e automotivo já supera a média do ano inteiro de 2015, um sinal de como as pessoas e os empreendedores cada vez mais veem o gás natural como uma solução energética competitiva, prática, eficiente e segura”, afirma o president-executivo da Abegás, Augusto Salomon. Segundo ele, a Abegás vem trabalhando com o governo federal e também nos Estados para que cada vez mais o gás natural seja visto como um parceiro importante para a retomada do crescimento. “A Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), recém-aprovada, que estabelece diretrizes para o desenho de um novo mercado de gás natural e cria o Comitê Técnico para o Desenvolvimento da Indústria do Gás Natural, no âmbito do Programa Gás para Crescer, será fundamental para a adoção de uma agenda que atraia novos investidores nessa cadeia produtiva, criando condições para a recuperação da atividade econômica e a geração de empregos e renda”, completa Salomon.
Feira de HVAC-R A 20ª edição da Febrava, mais importante feira de negócios para o setor de HVAC-R da América Latina, que acontece em setembro de 2017 no São Paulo Expo, já conta com a participação de grandes empresas do setor. A Danfoss, uma das líderes globais no fornecimento de soluções de energia eficientes e inovadoras, confirmou presença e confia no crescimento do setor para 2017. De acordo com Paula Faria de Souza, gerente de Comunicação e Marketing da Danfoss para América Latina, os últimos dois anos foram difíceis para o setor de refrigeração e ar-condicionado, mas o cenário atual é de recuperação e a Febrava é uma ótima oportunidade para a retomada do crescimento. “Acreditamos que a Febrava 2017 será um marco na história da feira. As empresas em geral buscam tecnologias e colocam um foco muito maior em eficiência energética, portanto, a
feira tem tudo para apresentar soluções diferenciadas e de altíssimo nível em 2017”, ressalta a executiva. Outro ponto destacado é o novo local (São Paulo Expo) onde será realizada a Febrava. “Será também o primeiro ano da feira em um pavilhão totalmente renovado e digno de primeiro mundo, o que traz muito mais conforto e conveniência ao visitante, além de favorecer bastante a infraestrutura para a nossa participação”. Para Alexandre Brown, diretor da Febrava, a participação da Danfoss contribui para o fortalecimento da feira, além de alavancar os negócios de maneira exponencial. “A Danfoss está conosco desde a primeira edição e sempre traz soluções inovadoras que contribuem para alavancar os negócios e fortalecer a importância da Febrava no cenário internacional”.
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Geração a gás natural Maior operadora de logística ferroviária do País, a Rumo está adotando um eficiente sistema de geração de energia a partir do gás natural que irá garantir o funcionamento contínuo de suas operações no Porto de Santos. O terminal santista da companhia está com dois geradores em operação capazes de suprir eventuais quedas de energia elétrica. A novidade é que, em vez dos tradicionais motogeradores movidos a óleo diesel, a empresa optou por equipamentos 100% movidos a gás natural, com capacidade para gerar 2,4MW de energia elétrica. Desenvolvido em parceria com a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), o projeto teve um investimento aproximado de R$ 8,5 milhões. “O sistema de geração a gás natural vai garantir à Rumo que suas operações não mais sejam interrompidas pela falta de energia elétrica”, afirma Sergio Luiz da Silva, diretor Comercial da Comgás. “Como o fornecimento de gás natural é contínuo, teremos mais segurança sobre a nossa capacidade de manter a operação, mesmo na eventualidade de falha no fornecimento de energia elétrica convencional, algo bastante co-
mum em toda a região da Baixada Santista”, diz Fabricio Degani, diretor de Portos e Terminais da Rumo. O novo sistema de geração de energia da Rumo permitiu que 10 geradores a diesel fossem desativados e substituídos pelos dois modernos dispositivos movidos a gás natural, que, além de ser um combustível mais econômico, reduz significativamente o nível de emissões de dióxido de carbono e praticamente elimina a emissão de material particulado, óxido nítrico e dióxido de enxofre – esses últimos altamente danosos para o sistema cardiorrespiratório. Outra vantagem diz respeito ao aumento da segurança e praticidade nas operações: “Por ser canalizado e de abastecimento contínuo, o gás natural elimina tanto a necessidade de armazenamento de combustível líquido no local quanto o fluxo de caminhões para recarga do tanque”, explica Degani.
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Revista da InstalaçÃO 9
Matéria de CApa
| Retrospectiva 2016/Perspectivas 2017
Procurando caminhos Por PAULO MARTINS
Retomada dos investimentos na construção civil causaria reflexos positivos em diversos segmentos da cadeia produtiva, beneficiando inclusive as empresas de instalações em geral. Segmentos de elétrica, iluminação, comércio e Geração Distribuída também falam de suas perspectivas.
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ergulhado em uma das mais graves crises econômicas e políticas de sua história, o Brasil vem encontrando enormes dificuldades para esboçar qualquer reação. Com produção em baixa, desemprego em alta, falta generalizada de dinheiro para consumo e investimento e confiança totalmente abalada, o País vê seu parque industrial e comercial se desintegrar a cada dia. No campo dos serviços, a área de instalações também acaba sendo afetada por essa situação por trabalhar muito próxima da construção civil, que por sua vez vem acumulando sucessivos resultados negativos. Entretanto, com o devido planejamento, o reaque-
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cimento da economia poderia ser alavancado justamente pela construção civil, assim como já ocorreu no passado. É o que defendem os executivos da área, que acabam de lançar um estudo detalhado considerando essa perspectiva. O documento foi apresentado durante a 12ª edição do ConstruBusiness - Congresso Brasileiro da Construção, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) no dia 5 de dezembro. No evento, José Carlos de Oliveira Lima, vice-presidente da Fiesp e presidente do Conselho Superior da Indústria da Construção (Consic) da Fiesp destacou a importância histórica da construção civil para a economia nacional.
The installation sector looks forward to resuming the activities of the Brazilian market of civil construction in 2017, because it would benefit the market as a whole. Sectors such as electrical material, lighting, commerce and photovoltaic energy keep positive forecasts for the next year.
El segmento de instalaciones espera con ansiedad la retomada de los negocios en la construcción civil brasileña en 2017, un hecho que podría poner en movimiento el conjunto del mercado. Áreas de material eléctrico, iluminación, comercio y energía fotovoltaica mantienen una perspectiva positiva para el próximo año. Revista da InstalaçÃO 11
Matéria de CApa
Ele lembrou que o País viveu forte crise em 1998, com desvalorização do real frente ao dólar, e conseguiu alavancar a economia através da força da construção. Dez anos depois, o colapso internacional da economia só não atingiu o Brasil graças aos investimentos promovidos internamente em habitação e infraestrutura. “O setor da construção no Brasil e no mundo provou ser um dos principais propulsores do crescimento e da geração de empregos”, menciona Lima, que garante: cada cem postos de trabalho diretos criados no setor da construção garantem oportunidade a mais 285 trabalhadores indiretos. Carlos Eduardo Auricchio, vice-presidente do Consic-Fiesp também falou sobre o potencial da construção civil e deixou clara a disponibilidade do setor para participar da retomada da economia: “A cadeia produtiva da construção constitui uma imensa força que pode contribuir de maneira significativa para o crescimento do Brasil. Atualmente suas atividades representam 13,7% da
SANEAMENTO BÁSICO
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Estudo da Fiesp indica a necessidade do País investir R$ 13 bilhões por ano na expansão das redes de água e esgoto.
população ocupada e 9,3% do PIB brasileiro A cada real produzido na construção, são gerados dois reais na economia como um todo. Este é o efeito multiplicador do nosso setor. Estamos dispostos a estabelecer um diálogo produtivo e contínuo entre a iniciativa privada e o poder público em busca de soluções para um novo ciclo de empreendimentos, das condições de crédito e, principalmente, dos investimentos para o desenvolvimento urbano e na infraestrutura econômica para a geração de empregos imediatos”. Apesar dessa pujança, a construção civil sente os reflexos da crise. Os investimentos no setor em 2016 devem fechar em R$ 592 bilhões, índice 5,4% menor do que no ano passado. Segundo Auricchio, desde 2014, os investimentos em construção registraram queda de mais de 19%, retornando aos patamares de 2009 e 2010. “Esse declínio pode chegar a 35% em curto período de tempo, caso não sejam implementadas mudanças de posicionamento já em 2017, com medidas emergenciais e estruturais que possibilitem a recuperação dos investimentos”, alerta. Os R$ 592 bilhões investidos no setor neste ano representam 9,3% do PIB brasileiro. Em 2014, essa participa-
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| Retrospectiva 2016/Perspectivas 2017
ção chegou a 11,5%. A previsão para o próximo período de seis anos é chegar a 10,6%, portanto, recuperando 1% de representatividade, mas ainda permanecendo abaixo de 2014. Os executivos da construção civil garantem que essa cadeia produtiva está empenhada e preparada para cumprir sua vocação de indutora da economia, mas destacam a necessidade de que todos façam sua parte. “Somente novos investimentos nacionais e internacionais, privados e públicos, por meio das concessões em infraestrutura, novas licitações, continuidade das obras já licitadas com responsabilidade e criação de mais crédito poderão gerar um novo ciclo de obras e aquecer a economia, com a consequente melhoria da
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qualidade de vida dos brasileiros, além da necessária geração de emprego”, pondera José Carlos de Oliveira Lima. O estudo divulgado pela Fiesp durante o 12º ConstruBusiness aponta para a necessidade do Brasil promover investimentos anuais de R$ 682 bilhões em obras voltadas ao desenvolvimento urbano (habitação, saneamento e mobilidade urbana) e na ampliação da infraestrutura econômica (energia, telecomunicações e transportes), no horizonte de 2017 a 2022. Do montante sugerido para a área de habitação, R$ 205 bilhões precisariam ser aplicados anualmente na construção de novas moradias. Já as reformas e manutenções ficariam com R$ 155 bilhões anuais.
EFEITO MULTIPLICADOR
Investimentos na construção civil teriam efeito positivo em uma vasta cadeia de produtos e serviços, estimulando a economia como um todo.
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Matéria de CApa
| Retrospectiva 2016/Perspectivas 2017
Outras obras e serviços da construção necessitariam de investimentos anuais de R$ 180 bilhões. É caso das edificações não residenciais (hospitais, escolas, escritórios, centros comerciais), instalações industriais e de armazenamento. O estudo indica ainda a necessi-
dade de investimentos de R$ 13,1 bilhões por ano em saneamento, ou seja, expansão das redes de distribuição de água e coleta de esgoto e das estações de tratamento de esgoto e de resíduos sólidos. Naturalmente esses investimentos refletiriam positivamente na área de
instalações, gerando muitas oportunidades de negócios para os segmentos de elétrica, hidráulica, gás, energia solar térmica e fotovoltaica, combate a incêndio e automação predial, entre outros. De momento, resta ao segmento torcer para que esses investimentos se concretizem.
Avanços normativos e da eficiência das instalações Conforme destaca o diretor-executivo da Abrinstal, Alberto Fossa, a entidade conquistou a vice-coordenação do ISO TC301, que é o comitê técnico que cuida em nível mundial da normatização da gestão e economia de energia, incluindo a norma ISO 50001, que trata de sistemas de gestão de energia. Na área de Gestão de Água e Sustentabilidade a entidade assumiu uma direção no Conselho Mundial de Instala-
ções Hidráulicas (WPC-World Plumbing Council) e comemora bons resultados dos Grupos de Trabalho do programa Qualinstal. “Também conseguimos concluir satisfatoriamente nossos projetos de Pesquisa & Desenvolvimento”, completa Fossa. Entre as dificuldades do ano o executivo cita o encolhimento da economia, que acaba afetando o patrocínio aos trabalhos que a entidade realiza. “A Abrinstal é uma entidade sem fins lucrativos
Ilustração: Fotolia
Apesar da turbulência vivida pelo País, a Abrinstal comemora um ano de avanços e importantes conquistas. A entidade atua no planejamento, organização, promoção e execução de ações que visam a conformidade e eficiência das instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, de gás, de prevenção e combate a incêndio, de aquecimento solar, automação predial, segurança eletrônica e de telecomunicações.
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ra que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) tem feito seu papel no comando da normalização nacional, mas entende que parte do setor privado ainda não percebeu que a questão de normalização é estratégica para qualquer país. “Temos estruturas complexas e robustas na maioria dos países desenvolvidos, mas aqueles em desenvolvimento ainda padecem de uma compreensão mais efetiva da sua importância”, opina. O problema é que o Brasil estaria ficando para trás, na comparação com os vizinhos latino-americanos e países do BRICS. “China e África do Sul, para citarmos dois exemplos, têm desenvolvido programas de normalização robustos. Chile e Colômbia também possuem sistemas de normalização bastante adequados. Aqui no Brasil existe uma dificuldade histórica para mobilização da sociedade técnica quanto ao desenvolvimento de normas. A Abrinstal tem sentido na própria pele essa dificuldade, com a gestão do ABNT CB116 de gestão e economia de energia”, revela Fossa. No campo de avaliação da conformidade, que representa um dos pilares principais da associação, também tem acontecido alguns problemas, conforme destaca o especialista, para quem o Inmetro - principal agente de fomento e organização dos programas de avaliação da conformidade no País - tem passado por diversas situação de instabilidade. “Há uma dificuldade crescente no debate de prioridades e desenvolvimento de programas consistentes na área de produtos. Um dos pleitos já históricos da Abrinstal diz respeito ao alinhamento dos programas de certificação de produtos das instalações prediais. Se de um lado temos uma situação de controle quase absoluto, no setor de instalações elétricas, a infraestrutura de instalação de gases combustíveis está totalmente desguarnecida. Num momento em que se rediscute a expansão do uso do gás combustível, com planos de expansão
Foto: Ricardo Brito/HMNews
que depende do apoio financeiro dos parceiros”, ressalta o porta-voz. De uma forma ou de outra, as ações voltadas à busca da conformidade e eficiência das instalações também acabam sendo influenciadas pela instabilidade do País. A Abrinstal trabalha principalmente com o suporte de empresas que estão ligadas direta ou indiretamente ao mercado da construção civil - mais especificamente edificações residenciais e comerciais. “Esse segmento foi um dos mais afetados pela crise econômica do País. Claro que as restrições financeiras acabam refletindo em todos os elos da cadeia, inclusive nos projetos voltados para o tema de instalações”, lamenta Fossa. Segundo ele, a situação não é diferente na esfera pública: “Com o enxugamento da máquina, há, sim, o temor de dificuldades na implantação de ações vinculadas ao Programa Nacional de Eficiência Energética, o que seria uma barreira para os avanços que estavam previstos para essa área, que é tão crucial para o País crescer de forma mais sustentável”. A despeito dessa instabilidade momentânea, Fossa acredita que o momento configura uma oportunidade para repensar as prioridades, identificando as formas mais adequadas de avanço na infraestrutura: “Neste sentido, a Abrinstal está pronta para atuar na esfera nacional, e fazendo as devidas pontes no ambiente internacional, para que possamos estabelecer uma infraestrutura robusta, de qualidade, segura, adequada e eficiente para todos”. Na opinião de Alberto Fossa, tem havido muita ‘turbulência’ no Brasil envolvendo as ações em prol da conformidade e eficiência das instalações. “Enquanto o mundo reforça sua infraestrutura de qualidade, que contempla os aspectos de Normalização, Avaliação da Conformidade e Medições, o Brasil continua bastante confuso nesta área”, destaca. O executivo da Abrinstal conside-
Não podemos parar de inovar. Temos que trazer o que de mais moderno está sendo realizado no mercado de instalações no cenário mundial. ALBERTO FOSSA ABRINSTAL
tanto na esfera federal quanto estadual, temos que avançar de forma mais consistente no controle dos produtos dessa infraestrutura”, indica Fossa. O diretor-executivo da Abrinstal garante que a entidade tem trabalhado bastante na questão da etiquetagem das edificações eficientes, pois trata-se de um compromisso da Abrinstal. “Neste particular temos avançado, especialmente na adequação dos regulamentos e na realização do trabalho de conscientização da sociedade sobre a importância a respeito da eficiência energética no setor predial”, completa Fossa. Quanto às ações para 2017, Fossa adianta que a Abrinstal continuará buscando a inovação em todas suas atividades. “Não podemos parar de inovar. Temos que trazer o que de mais moderno está sendo realizado no mercado de instalações no cenário mundial, tanto na forma de fazer, como em termos de materiais e produtos”, observa. A ideia é continuar no caminho da disseminação de informação, por meio Revista da InstalaçÃO 15
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da realização de workshops e eventos. A entidade também vai se empenhar para continuar participando e ter voz ativa nas principais associações internacionais ligadas ao universo das instalações e áreas de interesse. “Além disso, vamos trabalhar para avançar
na área de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação, buscando novas oportunidades. Também vamos trabalhar para avançar nos trabalhos de Gestão e Economia de Energia, de Gestão e Sustentabilidade de Água e com o Qualinstal”, diz Fossa.
Os desafios para colocar tudo em prática são muitos, mas o principal deles, sem dúvida, é a retração da economia. “Temos que enfrentar a crise, superar as dificuldades e nos preparar para a retomada do crescimento. Vamos em frente”, finaliza o especialista.
Indústria eletroeletrônica quer reverter queda de faturamento Doze milhões de desempregados no País, população sem dinheiro para consumir, comércio e indústria quebrando, empresas com baixa capacidade de investimento e índices econômicos retrocedendo a patamares de vários anos atrás. Esse é o retrato do Brasil neste momento. Assim como os demais segmentos, o setor eletroeletrônico vive um de seus piores momento, devendo fechar 2016
com queda de faturamento e dos níveis de emprego, produção, exportação e importação. Os números preliminares divulgados em dezembro pela Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) denunciam a gravidade da situação. A previsão é de que o faturamento nominal do setor no ano feche em R$ 131,2 bilhões, contra os R$ 142,5 bilhões de 2015, resultando em uma
queda de 8%. Descontada a inflação, a queda real chega a 11%. A produção física deve terminar 2016 com queda de 10% em relação a 2015. Na comparação com 2013, o recuo da produção chega a 32%. As exportações tendem a ficar na casa dos US$ 5,5 bilhões (queda 5% em relação a 2015), enquanto que as importações previstas são de US$ 25,3 bilhões - queda de 20%, o que reflete a retração do mercado interno. Foto: Fotolia
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A indústria eletroeletrônica deve encerrar 2016 com 234 mil trabalhadores - o que representa uma queda de 6%, em relação ao ano passado. Em 2013, o setor chegou a ter 308,6 mil funcionários. Os investimentos em 2016 devem ficar na casa dos R$ 2,413 bilhões, contra os R$ 3,2 bilhões aplicados em 2015. A redução, de 25%, surpreendeu o presidente-executivo da Abinee, Humberto Barbato: “Nunca tinha visto uma queda tão forte quanto nestes últimos anos. Houve momentos em que o investimento chegou a 3% do faturamento, mas neste ano está na faixa de 1,8%”. O fato, prossegue Barbato, comprova que há grande ociosidade na indústria. Em 2016 a utilização da capacidade produtiva foi de 71%, contra 69% em 2015, 82% em 2014 e 83% em 2013. O presidente-executivo da Abinee destaca que esse resíduo de investimento deve-se à necessidade de manter atualizada a indústria instalada no Brasil: “Nosso setor é movido a inovação. Portanto, se não melhorarmos o produto sempre, não haverá motivo para o consumidor substitui-lo, principalmente no caso dos bens duráveis.
Faturamento do setor eletroeletrônico deve ser de R$ 131,2 bilhões, contra os R$ 142,5 bilhões de 2015, resultando em uma queda de 8%. Mas com os bens de infraestrutura não é diferente. Também temos que oferecer equipamentos com melhor performance e que a cada dia tornem o custo de produção - de energia, por exemplo -, mais barato”.
Assim como executivos de outras áreas, Barbato não esconde a decepção com o desempenho da economia no período pós-impeachment da ex- presidente Dilma Rousseff. A expectativa geral era de que o mercado rea-
Dados da Indústria Elétrica e Eletrônica INDICADORES
2013 2014 2015 2016(1) Variação
Faturamento nominal (R$ milhões)(2) 156.745 153.816 142.540 131.212 -8% Faturamento (US$ milhões) 72.574 65.322 42.693 37.489 -12% Exportações (US$ milhões) 7.218 6.552 5.912 5.589 -5% Importações (US$ milhões) 43.599 41.158 31.435 25.300 -20% Saldo (US$ milhões) -36.381 -34.606 -25.522 -19.711 -23% Emprego (milhares) 308,6 293,6 248,1 234,0 -6% Utilização capacidade produtiva 83% 82% 69% 71% Investimentos (R$ milhões) 4.168 3.831 3.236 2.413 -25% Investimentos (% do faturamento) 2,7% 2,5% 2,3% 1,8% (1) Projeção (2) Variação real para 2016 = -11%
Fonte: ABINEE
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gisse logo após a definição do quadro político, o que não está acontecendo no ritmo esperado. “Todos esperavam que passado o impeachment, começaríamos rapidamente a fazer as reformas que o País precisa. Num primeiro momento isso criou uma expectativa muito positiva. Entretanto, por volta de setembro percebemos que nossas expectativas eram muito otimistas. Esse é um ‘defeito’ que nós, empreendedores e empresários temos. Eles estão sempre buscando que as coisas possam melhorar rapidamente. Houve uma certa frustração de expectativas, mas eu diria até que não é culpa do governo, não. É ‘culpa’ nossa mesma, porque criamos a expectativa de que a gente poderia reverter o quadro muito rapidamente”, discursou. No momento, as perspectivas da Abinee para 2017 não são das melhores, conforme revela Barbato: “Se tudo correr bem, temos projeção de não encolher ainda mais, pelo menos nos mantendo do tamanho que estamos”. As projeções do setor apontam para um faturamento de R$ 133,1 bilhões, ou seja, 1% maior do que o de 2016. Devem responder pelos maiores crescimentos as áreas de Material de Instalação (+2%), Informática (+2%), Equipamentos Industriais (+3%) e Telecomunicações (+3%). As exportações podem chegar a US$ 5,6 bilhões (variação 0%), enquanto que as importações tendem a chegar aos US$ 25,5 bilhões (1%). Está prevista estabilidade em relação ao nível de emprego (235 mil vagas) e à utilização da capacidade produtiva (71%). Os investimentos da indústria elétrica e eletrônica em 2016 podem chegar à casa dos R$ 2,462 bilhões (crescimento de 2%). Conforme destaca o presidente da Abinee, de forma geral, o quadro da indústria elétrica e eletrônica nacional inspira extrema preocupação, tanto no segmento de bens de consumo quan-
Faturamento da Indústria Elétrica e Eletrônica por Segmento (R$ Milhões)
ÁREA Automação Industrial Componentes** Equipamentos Industriais GTD*** Informática Material de Instalação Telecomunicações Utilidades Domésticas TOTAL
2015 2016* 2016*x 2015 4.508 4.283 -5% 10.071 9.970 -1% 26.550 24.426 -8% 16.103 16.586 3% 30.170 23.352 -23% 8.472 7.879 -7% 28.309 27.460 -3% 18.357 17.256 -6% 142.540 131.212 -8% *Projeção **Componentes Elétricos e Eletrônicos ***Geração, Transmissão e Distribuição de energia elétrica Fonte: ABINEE
Projeções da Indústria Elétrica e Eletrônica - 2017 INDICADORES 2016 2017 2017x2016 Faturamento nominal (R$ milhões) 131.212 133.105 1% Faturamento (US$ milhões) 37.489 39.149 4% Exportações (US$ milhões) 5.589 5.600 0% Importações (US$ milhões) 25.300 25.500 1% Saldo (US$ milhões) -19.711 -19.900 1% Emprego (milhares) 234,0 235,0 0% Utilização Capacidade Produtiva (%) 71% 71% Investimentos (R$ milhões) 2.413 2.462 2% Investimentos (% faturamento) 1,8% 1,9% Fonte: ABINEE
Projeções de Faturamento da Indústria Elétrica e Eletrônica por Segmento (R$ Milhões) ÁREAS Automação Industrial Componentes Equipamentos Inds. GTD Informática Material de Instalação Telecomunicações Utilidades Domésticas TOTAL
2016 2017 2017x2016 4.283 4.240 -1% 9.970 9.980 0% 24.426 25.110 3% 16.586 16.420 -1% 23.352 23.772 2% 7.879 8.017 2% 27.460 28.284 3% 17.256 17.282 0% 131.212 133.105 1% *Dados da sondagem realizada pela Abinee
18 Revista da InstalaçÃO
to de equipamentos voltados à área de infraestrutura. Segundo o dirigente, o Brasil precisa agir rapidamente para que não se torne um país desinteressante para o investimento. “Não só temos que atrair investimentos novos, como manter esses investimentos. Muitas vezes a impressão que dá é que o governo se preocupa muito com um investimento que poderá ser atraído mas não se preocupa com quem já está instalado no Brasil há muito tempo. Daí a necessidade de que a tomada de decisão seja rápida, porque do contrário,
O Brasil precisa agir rapidamente para que não se torne um país desinteressante para o investimento. HUMBERTO BARBATO ABINEE
grandes empresas que movimentam a infraestrutura no País começam a perder o interesse. Existem países mais convenientes para se produzir. Eu tenho escutado muito isso de grandes empresas associadas à Abinee”, alerta Barbato.
Setor de iluminação quer atenção para o crédito a empregar 37 mil pessoas. O nível de produção da indústria de iluminação já havia caído 15% em 2015 e deve registrar novo decréscimo de 10%, neste ano. As exportações, que no ano passado chegaram a US$ 36 milhões, devem cair neste ano para US$ 21 milhões, representando um tombo de 41%. Em 2014, as vendas para o exterior somaram US$
40 milhões. Já as importações feitas pelo setor em 2016 (US$ 610 milhões) tendem a ser 13% menores do que as transações de 2015 (US$ 700 milhões). Apesar do difícil momento do setor, Uchôa faz uma análise positiva da atuação do presidente Michel Temer até agora. “Ele assumiu a presidência interinamente, o que por si só já traz muitas dificuldades,
Foto: Fotolia
A volatilidade do mercado fez com que 2016 fosse muito difícil para a indústria brasileira de iluminação. De acordo com Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, presidente da Abilux, associação que representa o setor, os diversos eventos ocorridos na esfera política e na economia do País contribuíram para que muitas transações que estavam em via de conclusão fossem postergadas. “As maiores dificuldades estiveram por conta da incerteza na conclusão de negócios e do impacto do desemprego e da diminuição das atividades em geral”, sintetiza. A estimativa é de que o faturamento do setor, que reúne as empresas de lâmpadas, luminárias e reatores, tenha uma queda de 5%, chegando a R$ 3,70 bilhões, contra os R$ 3,90 bilhões de 2015. O número de trabalhadores deve fechar em 31 mil, o que representa 2 mil postos de trabalho a menos do que no ano passado - em 2014, o setor chegou
EXPECTATIVA
Condições mais favoráveis de crédito estimulariam consumidor a se aventurar a fazer novas compras. Revista da InstalaçÃO 19
Matéria de CApa
| Retrospectiva 2016/Perspectivas 2017
mas foi capaz de articular um plano de governo com metas prioritárias. Consideramos que o governo Temer tem habilidade para manter um relacionamento satisfatório com o Congresso e avançar nas reformas, dando um sinal positivo para os investidores e a sociedade de forma geral”, opina o presidente da Abilux. Para o dirigente, é necessário que a questão do crédito esteja entre as prioridades do governo para o próximo ano. Já as condições para atuar de forma mais suave exigirão que as pressões inflacionárias e o equilíbrio das contas estejam devidamente encaminhados. “Isto deve ocorrer, em nível federal, no primeiro trimestre de 2017”, cobra Uchôa. Quanto às finanças dos Estados, dependerá dos governadores tomar medidas corretivas nas despesas e, feito isto, buscar uma solução, como ocorreu no passado por ocasião da quebra dos bancos estaduais. “Muito provavelmente o mesmo medicamento será aplicado”, compara o presidente da Abilux. Ainda de acordo com ele, outra área que merece prioridade é a construção civil, que
dependerá de programas que atraiam o investimento em infraestrutura. As perspectivas do setor de iluminação para 2017, segundo Uchôa, variam de “mornas” a “quentes”: “Mornas, se a mola propulsora do setor ficar nos programas de economia de energia, incluindo a substituição das instalações por nova tecnologia. Quentes, se adicionalmente tivermos um alento de crescimento nas construções e em empreendimentos de diversos segmentos”. O presidente da Abilux observa que se a instabilidade econômica do País atingir grandes magnitudes, isso acabará afetando também o mercado de reposição, o que poderá gerar um crescimento nulo ou até redução do mercado de iluminação.
De qualquer forma, até o dia 9 de dezembro de 2016, quando divulgou os números que constam nesta matéria, a Abilux mantinha a expectativa de que o faturamento da indústria de iluminação em 2017 crescerá 2%, chegando a R$ 3,8 bilhões. Os 31 mil empregos deverão ser mantidos, e o nível de produção pode apresentar crescimento de 5%. A expectativa é de que as exportações aumentem US$ 10 milhões, alcançando a casa dos US$ 31 milhões. Já as importações podem registrar um aumento de US$ 30 milhões, atingindo o patamar de US$ 640 milhões. Para Uchôa, um dos principais desafios das empresas do setor no próximo ano será manter o fluxo de caixa positivo.
Estatísticas do Setor de Iluminação (inclui lâmpadas, luminárias e reatores) Faturamento 2014 2015 2016* 2017*
R$ 4,05 bilhões R$ 3,90 bilhões (-3,3%) R$ 3,70 bilhões (-5%) R$ 3,8 bilhões (+2%) Nível de emprego
2014 37.000 2015 33.000 2016* 31.000 2017* 31.000
Governo Temer tem habilidade para manter um relacionamento satisfatório com o Congresso e avançar nas reformas.
Nível de produção (em relação ao ano anterior) Foto: Ricardo Brito/HMNews
CARLOS EDUARDO UCHÔA FAGUNDES ABILUX
2015 2016* 2017*
menos 15% menos 10% crescimento de 5 % Exportações
2014 2015 2016* 2017*
US$ 40 milhões US$ 36 milhões US$ 21 milhões (-41%) US$ 31 milhões Importações
2014 2015 2016* 2017* *Estimativas
20 Revista da InstalaçÃO
US$ 785 milhões US$ 700 milhões US$ 610 milhões (-13%) US$ 640 milhões Fonte: Abilux
Será importante estar capitalizado e pouco dependente de empréstimos. “O custo do dinheiro continuará perverso. Tem que ser seletivo quanto aos clientes, se aproximan-
do dos que concretizam a compra e evitando os incertos ou inseguros”, orienta. Além de buscar vendas junto aos clientes tradicionais, o presidente da
Abilux sugere trabalhar novos nichos para gerar os recursos necessários, além de implementar melhorias de eficiência e custos em todas áreas da empresa.
O comércio de material eletroeletrônico também não teve vida fácil em 2016. O baixo ritmo de atividade das indústrias, construtoras e instaladoras e o reduzido poder de compra do consumidor final atrapalharam as vendas, tanto no setor de distribuição e revenda quanto no varejo. Somado aos aumentos de custos, o problema comprometeu ainda mais a margem de lucro dos lojistas, que esperam discreta reação da economia em 2017. Segundo leitura da Abreme (Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos), o setor de distribuição teve um ano difícil em 2016, com queda no nível de emprego e dificuldades para trabalhar com margem de lucro saudável. Havia grande expectativa em torno de uma rápida retomada da economia do País a partir da posse de um novo presidente, o que não vem ocorrendo na prática. Entretanto, o diretor Colegiado da Abreme, Abduch Bernaba Jorge, não culpa o novo chefe do Executivo pela atual situação. “Michel Temer não teve condições políticas para governar. Efetivamente, o mercado ainda não reagiu”, comenta. Na opinião do porta-voz da Abreme, para reconduzir o País à rota do crescimento o governo precisará priorizar o ajuste fiscal e rever as leis trabalhistas. “Sem isso, o empresariado continuará a demitir”, sentencia Abduch. Segundo o diretor Colegiado da Abreme, a perspectiva do setor de distribuição para 2017 é de crescimento leve em relação a 2016. Ele destaca que já
foram feitos alguns ajustes no governo e menciona que os principais desafios do segmento serão a aprovação de crédito (a inadimplência cresceu neste ano) e manter a competitividade sem onerar a margem de lucro. Quanto às recomendações às empresas do setor no ano de 2017, Abduch sugere cuidado na aprovação de crédito e melhor análise da linha de produtos e dos estoques das lojas. No varejo de material eletroeletrônico, ao longo do ano de 2016 houve queda pronunciada nas vendas e muitas demissões como parte do processo de enxugamento de custos das empresas. Chama atenção também o expressivo número de estabelecimentos fechados, inclusive em um dos principais polos do setor no País, a Rua Santa Ifigênia, na capital paulista. “Até mesmo lá, que era uma região disputadíssima, existem imóveis disponíveis para alugar”, lamenta Marco Aurélio Sprovieri Rodrigues, presidente do SincoElétrico (Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos no Estado de São Paulo). Apesar do aumento da inflação e dos custos, o executivo aponta que os preços se mantiveram dentro de uma relativa estabilidade, não contribuindo, assim, para desavenças entre indústria e comércio. Desta forma, as negociações entre as partes concentraram-se principalmente em aspectos como prazos de pagamento e de entrega e parcelamentos. Tudo é negociado caso a caso, conforme o porte das empresas e os volumes envolvidos. “Tenho visto até fabricante perdoando
Foto: Ricardo Brito/HMNews
Comércio sugere focar atendimento ao cliente
O andamento das esperadas reformas ajudaria a criar um ambiente um pouco mais seguro no País. MARCO AURÉLIO SPROVIERI RODRIGUES SINCOELÉTRICO
dívida. Essas questões todas acabam se acomodando, dentro de um processo que está atingindo a todos”, destaca Sprovieri, referindo-se à crise generalizada. Quanto às perspectivas para o futuro, o dirigente observa que o começo do ano normalmente é um período de movimento fraco para o comércio de material elétrico, e 2017 tende a seguir essa escrita. “Espero que a partir do segundo trimestre do ano a situação comece a retornar à normalidade. Mas, para retomar os níveis de 2011, 2012 e 2013, vamos pensar no final de 2017 e eventualmente no começo de 2018”, projeta Sprovieri. O presidente do SincoElétrico entende que a aprovação da chamada PEC do Teto dos Gastos representa um “sinal Revista da InstalaçÃO 21
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| Retrospectiva 2016/Perspectivas 2017
positivo” para o ano que vem, mas observa que é necessário dar andamento às reformas que o País precisa: “Assim começa a se criar um ambiente um pouco mais seguro, com as pessoas tendo mais condições de vislumbrar possibilidades de investimento e ampliação dos negócios. E aí toda a sociedade ca-
minhará junto. É um processo de emulação. Quando você vê que seu vizinho está reformando a casa, você também se anima a pintar a sua”, comenta. Quanto às sugestões para administrar o negócio, Sprovieri recomenda que o lojista atente para o estoque de forma que não perca vendas. Também é pre-
ciso evitar desperdícios de materiais e prestar atenção no dia a dia do negócio, controlando despesas e custos na ponta do lápis. E, principalmente, o empresário deve focar o atendimento ao consumidor. “Tem que buscar fidelizar cada vez mais o cliente”, orienta o presidente do SincoElétrico.
Energia fotovoltaica puxa a Geração Distribuída Como o Brasil apresenta uma base de comparação ainda pequena, é natural que a área de energias renováveis se desenvolva progressivamente. Foi o que aconteceu com o segmento de Geração Distribuída no ano de 2016, apesar da crise generalizada que atinge o mercado. Conforme relata Carlos Evangelista, presidente da ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída), do ponto de vista de crescimento e consolidação do setor, o ano de 2016 foi “excelente”. Entretanto, isso não significa que está tudo uma maravilha. “Seis mil ligações (total de instalações de GD no 22 Revista da InstalaçÃO
País até agora) é um número muito baixo, comparado ao potencial brasileiro e ao tamanho do mercado. Mas notamos que as empresas que atuam no setor de Geração Distribuída estão começando a atender o mercado de maneira mais profissional, fazendo planejamentos mais sofisticados, trabalhando dentro das normas brasileiras e internacionais, usando apenas equipamentos de primeira linha, capacitando e certificando suas equipes e entregando valor agregado para o cliente final”, avalia o executivo. A fonte solar fotovoltaica foi a que mais cresceu, em 2016. No entanto,
Evangelista destaca que a biomassa, o biogás e a hidráulica (CHGs) representam um importante papel no segmento de Geração Distribuída. Apesar dos avanços, nem mesmo o setor escapou dos efeitos da instabilidade política e econômica do País. “Quando se troca ou se tem indefinição no primeiro escalão do governo, todos ficam com certa insegurança referente aos próximos passos que devem ser dados na empresa e em como avançar no mercado”, resume Evangelista. Conforme destaca o presidente da ABGD, nessa situação, tudo pode mu-
VANTAGEM
Entre as diversas fontes de energia disponíveis no Brasil, a solar fotovoltaica apresenta uma das melhores condições competitivas, no momento.
Foto: Ricardo Brito/HMNews
Empresas que atuam no setor de Geração Distribuída estão começando a atender o mercado de maneira mais profissional. CARLOS EVANGELISTA ABGD
e consequentemente contribuirá para o crescimento do setor; e existe uma conscientização cada vez maior da importância e relevância da Geração Distribuída utilizando fontes renováveis de energia. “É um caminho inexorável e sem volta para o Brasil. E, por fim, dentro da área elétrica, este é o segmento que mais cresce no mundo”, complementa. Na opinião de Evangelista, em 2017 terá maior competitividade a fonte de energia que apresentar a melhor relação custo-benefício para o cliente final, for exequível, atender os três pilares da sustentabilidade e dispor de uma cadeia produtiva acessível às empresas (interna e/ou externamente). Atualmente, especifica ele, a fonte solar fotovoltaica ocupa esse espaço. Foto: Fotolia
dar, desde os valores dos equipamentos, custo do capital, financiamentos e disponibilidade de mão de obra até questões regulatórias, que impactam direta ou indiretamente o setor. Para 2017 o dirigente espera maior estabilidade no ambiente político do País e que a economia se recupere rapidamente, pois isso influiria de maneira positiva no segmento de Geração Distribuída. De maneira geral, Evangelista diz que as perspectivas para o setor são bastante positivas. A previsão otimista está fundamentada nos seguintes fatores: o mercado continua crescendo, apesar da retração da economia do País; grandes players nacionais e internacionais estão se posicionando para atuar nesse segmento, o que aumentará a concorrência
Indagado sobre as melhores estratégias que se pode adotar para enfrentar o mercado, Evangelista diz que cada empresa tem particularidades e especificidades próprias e que não há uma fórmula ou estratégia mágica que conceda competitividade a todo mundo. De qualquer forma, prossegue ele, é fundamental investir em duas frentes: treinamento e capacitação. “Não haverá espaço no mercado para ‘aprendizes’, amadorismo ou profissionais desqualificados. O próprio mercado irá preterir essas empresas. Além disso, a concorrência e até mesmo as associações irão trabalhar fortemente para que somente empresas qualificadas possam atuar no segmento de GD com segurança, qualidade e competitividade”, alerta. O presidente da ABGD recomenda às empresas que se capacitem e se estruturem para enfrentar um setor que tem concorrência acirrada e preços competitivos. “O mercado vai fazer um filtro natural e somente sobreviverão as empresas que conseguirem levar valor agregado ao cliente final, ter seus processos sob controle e atuar com um modelo de negócios rentável. Por exemplo: não adianta conhecer o assunto profundamente, se não tiver capacidade administrativa. Também de nada vale ter uma estrutura operacional boa, se não conseguir adquirir novos clientes”, menciona Evangelista. Revista da InstalaçÃO 23
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Fórum Potência 2015-2016 (17 etapas)
8.500 Empresas inscritas: 2.600
Profissionais inscritos:
PROFISSÃO
RAMO DE ATIVIDADE Concessionária Distribuidor/ Revendedor Pública 5% 4% Construtora 5% Consultoria 5%
Outros Técnicos/ Tecnólogos 8%
Projetos 15%
Outros 6%
Professores/ Estudantes 3%
Outros Engenheiros 8%
Autônomo 8%
Engenheiros Eletricistas 39%
Instalação 11% Outros 8%
Eletricistas /Instaladores 13% Ensino 9%
Manutenção 11% Indústria 9%
Técnicos/Tecnólogos/Eletrotécnicos 23%
Serviços Públicos 10%
Divulgação Revista
Organização
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Mercado
| Consumo consciente
Produtos economizadores de água avançam no Brasil
Fo to
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lia
Entrevista a Marcos Orsolon
Osvaldo Barbosa de Oliveira Junior, Application Engineering Coordinator of Deca, points out that the shortage of water that impacted many Brazilian regions in recent years and the continuous growth of prices have stimulated users to seek products that result in the rational use of water. Major advances are obtained in the commercial and industrial sectors. 26 Revista da InstalaçÃO
Osvaldo Barbosa de Oliveira Junior, coordinador de Ingeniería de Aplicación de Deca, señala que la sequía que afectó a varias regiones de Brasil en los últimos años y el aumento constante de los precios han alentado a los usuarios a buscar productos que permiten el uso racional del agua. Los principales avances ocurren en los sectores comerciales e industriales.
Osvaldo Barbosa de Oliveira Junior, coordenador da Engenharia de Aplicação da Deca, destaca nessa entrevista que a estiagem que atingiu diversas regiões brasileiras nos últimos anos e o aumento contínuo de preços têm estimulado os usuários a buscar produtos que permitem o uso racional de água. Principais avanços ocorrem nas áreas comercial e industrial.
da demanda e que tenham como premissa o Uso Eficiente da Água só tendem a crescer. O consumidor brasileiro já se habituou aos produtos economizadores de água? O que falta para a tecnologia avançar ainda mais no Brasil? Pode-se dizer que sim. Ao longo dos últimos 20 anos, tem-se utilizado tecnologias economizadoras principalmente em edifícios comerciais, onde o acesso do grande público ocorre naturalmente. Com isso,
tivemos um período interessante de contato das pessoas com estas tecnologias, tornando-as mais comuns ao seu dia a dia. Além disso, com os períodos de escassez de chuvas e secas, o entendimento do consumidor de que é necessário economizar vem aumentando, e ajudando a que cada vez mais o Uso Eficiente da Água seja disseminado, inclusive com soluções para os lares das pessoas. Em que áreas há, de fato, uma procura maior por este tipo de produto?
Foto: Fotolia
Como tem se comportado, nos últimos anos, o mercado de produtos economizadores de água no Brasil? O mercado de produtos economizadores tem crescido de maneira constante nestes últimos anos. Sem dúvida que a ocorrência de períodos de escassez de chuvas e secas teve impacto sobre o tema, pois influenciou diretamente o consumidor final, que ficou preocupado com a questão e se viu em uma situação em que a melhor opção sempre será economizar. Além disso, o número cada vez maior de edifícios novos que buscam por Certificações Ambientais, como as metodologias LEED© e AQUA©, com foco em eficiência e com boa exposição na mídia, reforça o conceito do Uso Eficiente da Água para a Sociedade, gerando maior interesse na população. O mercado tende a crescer nos próximos anos? Por quê? A tendência é essa, dado o crescimento constante das grandes cidades e aglomerados urbanos. Com o crescente aumento da densidade populacional destes grandes centros, a pressão sobre o ambiente só aumentará, principalmente com relação à disponibilidade de água. Com isso, soluções para controle
EFICIÊNCIA
Tendência é de que novos edifícios façam a correta gestão de insumos, como a água. Revista da InstalaçÃO 27
Mercado
As áreas comercial e industrial logo se interessaram por tecnologias economizadoras, visto que o custo da água para estes tipos de edifícios é muito superior ao custo atribuído nos edifícios residenciais. Além disso, vale ressaltar que muitos produtos foram desenvolvidos inicialmente para aplicação nessas tipologias de edifícios. Hoje, é quase inconcebível iniciar o projeto de um hospital ou shopping center sem a utilização destas tecnologias. Por outro lado, são poucas as construtoras de edifícios residenciais que, de fato, entregam as unidades habitacionais com estas tecnologias já instaladas. Entretanto, com o passar do tempo e a disponibilização de novas tecnologias mais acessíveis, a área residencial (principalmente condomínios) tem buscado cada vez mais utilizar estes tipos de produtos. Com relação ao usuário final, ainda existem questões técnicas, relacionadas à compra dos produtos, que dificultam o entendimento de qual produto utilizar e como instalar. Geralmente, fazse necessário nesses casos pedir o auxílio a algum profissional da área de hidráulica para garantir a correta utilização, o que muitas vezes diminui o interesse do usuário final, receoso que essa solução (serviço e produto) tenha um custo elevado. As vendas de produtos economizadores geralmente ocorrem mais para obras novas, ou também em ações de reforma e retrofit? Nos dias atuais, fica cada vez mais comum o projeto dos novos edifícios (principalmente comerciais e industriais) focados em eficiência, incluindo o Uso Eficiente da Água. Da mesma forma, projetos que envolvam grandes reformas e retrofit de edifícios também buscam esses tipos de tecnologias. Pode-se ainda citar 28 Revista da InstalaçÃO
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| Consumo consciente
SETOR COMERCIAL
a importância do crescimento das Certificações Ambientais de Edifícios, como as metodologias LEED© e AQUA©, que exigem a aplicação de soluções mais eficientes. Quais os produtos economizadores de água mais comuns no mercado? O mercado da construção civil conta com soluções eficientes para todos os produtos utilizados em edifícios. Pode-se dizer que o primeiro produto que foi foco de desenvolvimento pensando-se em reduzir o consumo de água tenha sido a torneira de lavatório, com o lançamento das primeiras torneiras hidromecânicas de fechamento automático, isso na metade da década de 1990. Partindose para o final da década de 1990, vale um destaque para o setor de louças sanitárias, especificamente o segmento de bacias sanitárias, que realizou um grande estudo para redução do consumo de água neste tipo de produto, reduzindo o volume de descarga que variava de 9,0 a 12,0 litros para 6,8 litros. Com este estudo, a partir do final de 2002 toda
Tecnologias economizadoras de água ajudam estabelecimentos como os shoppings a controlar melhor os gastos.
e qualquer bacia sanitária fabricada no Brasil deveria utilizar este volume como referência para funcionamento. Inclusive, um novo estudo está em desenvolvimento neste momento, no sentido, mais uma vez, de avaliar a possibilidade de uma nova redução deste volume. Além disso, o advento da solução da descarga seletiva (duplo acionamento), dando a possibilidade de se utilizar um volume menor para a limpeza de dejetos líquidos e o volume total para a descarga de dejetos sólidos garantiu maior redução ainda no volume final de água utilizado na bacia sanitária. Com relação a chuveiros, existem hoje muitas soluções interessantes e eficientes, como a incorporação de ar no jato de água ou o emprego de restritores de vazão constante. Entretanto, a questão do conforto no banho, relativo e específico para cada pessoa, dificulta a disseminação e emprego destas tecnologias,
mostrando a necessidade de ações de sensibilização das pessoas para a maior utilização dessas soluções. Quais desses itens possuem maior potencial de economia de água, na comparação com os produtos tradicionais?
Essa análise deve passar pela tipologia de edifício e aplicação de cada produto. De qualquer forma, analisando-se todas as tipologias e aplicações, pode-se dizer que o chuveiro atualmente deve ser o produto que pode propiciar a maior redução de consumo de água, principalmente na tipologia residencial, em edifícios verticais multifamiliares. Neste tipo de edifício, onde as pressões disponíveis nos sistemas hidráulicos prediais de água quente e água fria são mais elevadas, e onde também muitas vezes o sistema de aquecimento é do tipo central privado, e que possibilita altas vazões de água quente para o banho, o consumo de água nos chuveiros é considerável e, em geral, a maior entre os demais produtos. Como exemplo, um simples banho de 10 minutos, utilizando-se um chuveiro convencional instalado em um ponto do sistema hidráulico com pressão próxima da máxima permitida pelas normas nacionais, pode gerar um consumo de cerca de 300 a 400 litros.
Utilizando-se um restritor de vazão constante neste mesmo chuveiro, um novo banho de 10 minutos poderia consumir algo em torno de 80 a 100 litros, mantendo o conforto do usuário. Como outro exemplo, vale reforçar a possibilidade de gerar altos índices de economia de água caso iniciássemos um movimento para substituição das bacias sanitárias antigas, instaladas nas casas e apartamentos, por novas bacias com duplo acionamento. Em uma rápida análise, lembrando-se que somente a partir de 2002 que as bacias sanitárias brasileiras começaram a ser disponibilizadas ao mercado com menor volume de descarga, temos um parque instalado enorme que deveria ser renovado. Esta, inclusive, é uma das estratégias utilizadas em cidades como Nova York e Tampa, nos Estados Unidos, para reduzir a demanda de água do sistema de abastecimento público. A economia é similar em prédios residenciais e comerciais, ou ela varia de acordo com o local de aplicação? A economia “per capita” pode ser considerada similar, mas a economia efetiva depende totalmente da questão de aplicação, dos hábitos dos usuários e da tipologia do edifício. Como exemplo, podemos citar a bacia sanitária. Quando comparamos os novos modelos com duplo acionamento, utilizando cerca de 6,8 litros como volume para descarga de dejetos sólidos, com uma bacia antiga, que para a mesma ação precisaria de até 12,0 litros, o percentual de redução “per capita”
ATUALIZAÇÃO
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Substituição de bacias sanitárias antigas por aquelas que empregam sistema com menor utilização de água geraria economia importante. Revista da InstalaçÃO 29
Mercado
| Consumo consciente
O mercado ainda tem espaço para o desenvolvimento de novas soluções? Sim, ainda temos muito a fazer. Acredito que dois pontos são cruciais: Conforto (produtos que consigam otimizar a vazão e facilitar sua utilização em relação ao desejo dos usuários) e Higiene/Praticidade (produtos com acionamento e fechamento totalmente automatizados, sem a necessidade de serem tocados). No caso do 30 Revista da InstalaçÃO
Conforto, questões como ergonomia e entendimento das necessidades dos usuários são primordiais, e requerem maiores estudos e avaliações. Em relação a Higiene e Praticidade, principalmente nos dias atuais e para o futuro, as
pessoas desejam soluções que tragam agilidade (poder realizar uma determinada ação de forma rápida e eficaz) e que preservem a saúde (evitando-se tocar em algo que possa conter microrganismos patogênicos, por exemplo). Estes
De olho na Qualidade O avanço dos produtos economizadores de água no Brasil levou a Associação Brasileira dos Fabricantes de Materiais para Saneamento (Asfamas) a criar, em 2007, o Programa de Garantia da Qualidade (PGQ) de Aparelhos Economizadores de Água. Na época, a associação identificou que alguns fabricantes começavam a se aproveitar do mercado em ascensão, despejando produtos de qualidade duvidosa no mercado. “Existia uma base normativa inadequada e desatualizada (nessa época), com uma enxurrada de produtos não conformes no mercado e a proliferação de aparelhos que não seriam economizadores eficientes, dentro dos padrões da normalização e do conceito de economizadores. O programa veio para sanar estes problemas”, explica Levi Garcia, diretor do Grupo Setorial de Instalações Prediais da Asfamas. O PGQ está estruturado com a Asfamas e com as empresas participantes, sendo baseado nos metais sanitários com acionamento mecânico que mais eram comercializados na época. Seu funcionamento se dá por auditorias com a coleta de produtos em fábrica e também com coletas em revendas de materiais de construção, e posterior análise e emissão de relatórios setoriais.
O programa atua em torno de três famílias de produtos acionados mecanicamente e com ciclo de fechamento automático (duas famílias de torneiras e uma de válvulas). “O PGQ se baseou nos produtos de maior volume de vendas dentro dos segmentos de aparelhos economizadores, portanto, com maior impacto para sociedade. E estes produtos eram as torneiras automáticas e válvulas de mictório automáticas”, destaca Garcia, acrescentando que, futuramente, outros itens poderão fazer parte do programa. “Torneiras e válvulas com sensores eletrônicos para acionamento automático devem ser os próximos produtos, cujas discussões já se iniciaram”. No que tange às não conformidades da época (2007), Garcia lembra que os produtos apresentavam problemas nos quesitos de tempo de ciclo, estanqueidade e resistência à corrosão. E que, a partir do programa, a situação tem melhorado. “As empresas sabem da existência do Programa de Qualidade de produtos economizadores e há conscientização do mercado perante a qualidade percebida. Sempre vão existir os não conformes, com preços baixos, mas o objetivo do PGQ é diminuir o número de empresas que produzem produtos em desacordo com as normas ABNT”, completa.
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é de cerca de 60%, imaginandose nessa relação que, em média, para cada pessoa em um dia de uso normal, seriam dadas 04 descargas para dejetos líquidos e 01 para dejetos sólidos da bacia de 6,8 litros, contra 05 descargas completas da bacia de 12 litros. Mas, se avaliarmos de fato o que poderia acontecer na utilização destes mesmos modelos de bacias em um edifício comercial, provavelmente este índice seria menor, visto que o comportamento dos usuários muda (e na maioria das vezes de maneira enfática) quando utilizam um produto deste em casa ou em um ambiente público. Este percentual refere-se à utilização consciente e otimizada do produto, o que naturalmente em casa as pessoas tendem a realizar. Entretanto, em ambientes públicos, não se consegue prever e garantir, por exemplo, que as pessoas utilizarão a meia descarga para limpar a bacia sanitária que teria apenas dejetos líquidos. Ou mesmo que as pessoas não iriam jogar lixo na bacia sanitária, algo totalmente inapropriado, e que poderia gerar entupimentos. Portanto, a correta utilização do produto pelo usuário, de forma a garantir sua máxima eficiência, é primordial para a economia que será gerada, e depende muito do local e das condições de aplicação deste produto.
Obviamente, para que os produtos economizadores desempenhem bem sua função é preciso que eles sejam bem dimensionados e aplicados nas edificações. Hoje isso ocorre, ou há problemas de projeto e instalação? Essas questões têm sido melhor resolvidas com o passar do tempo. Sem dúvida que ainda ocorrem, mas com menor frequência. Isso porque tanto os profissionais estão cada vez mais preparados e buscando informação, quanto os clientes finais tem pressionado pela melhor solução a ser entregue. Além disso, novas metodologias de projeto como o Building Information Modeling trazem em sua essência a disseminação da informação e o direcionamento para a correta aplicação dos produtos, evitandose tanto erros de especificação quanto de interferências quando da instalação dos produtos. Somente com a ampliação da divulgação de dados e informações e do cuidado durante as etapas de especificação e projeto é que estes erros não mais acontecerão. Vale também citar, na questão da etapa de instalação dos produtos, o trabalho que vem sendo realizado pela Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações (ABRINSTAL), com o desenvolvimento de critérios de instalação e discussões para melhorias no setor através dos Grupos Técnicos do programa Qualinstal. Quais os erros mais comuns cometidos por projetistas e instaladores? Pode-se citar, basicamente, a inobservância de informações primordiais que vêm acompanhadas dos produtos ou estão disponíveis em
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dois campos ainda devem ser mais amplamente estudados.
ESCOLHA CRITERIOSA
documentação específica solicitada, como pressões mínimas para funcionamento, vazão para formação de jato, posição de instalação, entre outros. Mas vale reforçar que, ultimamente, possíveis erros que aconteçam podem se referir a produtos mais tecnológicos, os quais os profissionais ainda não conhecem a fundo, necessitando de maior tempo de contato com a tecnologia na busca da redução de possíveis problemas. Que aspectos devem ser considerados por estes profissionais, ao lidar com produtos economizadores de água? Quando falamos de produtos economizadores, em geral estamos nos referindo a produtos que deverão garantir um volume final, após a sua utilização, menor que um produto convencional, trazendo economia de água. Com isso, eles devem ter, ao menos, uma destas duas variáveis
O chuveiro está entre os produtos que podem propiciar a maior redução de consumo de água.
reduzidas: a sua vazão característica ou o seu tempo de acionamento. Dando um maior enfoque a questão da redução de vazão, a preocupação deve ocorrer principalmente com relação à dinâmica de utilização dos sistemas hidráulicos prediais. Dou como exemplo a questão da redução de vazão em chuveiros. Se formos analisar um edifício existente, por exemplo um hotel, cuja administração está interessada em reduzir os custos com água, mas mantendo o conforto de seus hóspedes, essa questão da redução de vazão pode se tornar crítica. Isto porque ao reduzirmos consideravelmente a vazão de um chuveiro em relação ao modelo antes instalado, e dependendo da topologia dos sistemas hidráulicos de água fria e água quente ao qual este está ligado, a regulagem do jato de água Revista da InstalaçÃO 31
Mercado
| Consumo consciente
AMBIENTE
Extensos períodos sem chuva contribuem para secar reservatórios, obrigando consumidores a racionalizar o uso da água.
32 Revista da InstalaçÃO
a equalização de pressões entre as tubulações de água fria e água quente, por exemplo. Ou seja, devem-se buscar soluções de economia, mas sempre se avaliando as questões dinâmicas de utilização do sistema e o conforto do usuário final. Há erros também no momento da compra dos produtos? Que aspectos (cuidados) devem ser considerados no ato da compra desse tipo de solução? É imprescindível seguir rigorosamente a especificação do projetista e as informações características dos produtos escolhidos. Para a questão do Uso Eficiente da Água, a questão da especificação dos produtos é primordial, e fará toda a diferença na operação dos sistemas hidráulicos. Portanto, a questão do produto “similar ou equivalente” deve, cada Foto: Fotolia
misturada (fria e quente) começa a ficar cada vez mais delicada conforme vários pontos podem utilizar água simultaneamente, ou seja, o equilíbrio hidráulico destes sistemas fica cada vez mais difícil de ser atingido. Isso significa que, assim que uma pessoa regula a vazão e temperatura de mistura de seu banho, se uma outra pessoa, hospedada em um quarto cujo banheiro utiliza água das mesmas prumadas que abastecem o banheiro do outro quarto, ao acionar o seu chuveiro poderá gerar uma oscilação direta principalmente na temperatura do primeiro chuveiro descrito acima. Isso ainda se agrava se o projeto inicial não levou em consideração
vez mais, ser deixada para trás. Para um projeto e uma instalação, de fato, serem considerados eficientes, os produtos instalados e utilizados devem ser exatamente aqueles especificados, algo que hoje ainda não ocorre, e que pode acabar levando a situações de mau funcionamento dos sistemas e dos produtos. No que tange à qualidade, como encontram-se os produtos comercializados no Brasil? Sem dúvida existem produtos de excelente nível no mercado de Construção Civil brasileiro. Temos grandes indústrias que seguem e vão além do que preconizam as nossas normas nacionais. Entretanto, ainda persistem aqueles que buscam somente pelo lucro, sem se importarem com os resultados de suas práticas inadequadas. Para combater esse tipo de situação, vale citar a atuação do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), que através de ações constantes de seus Programas Setoriais da Qualidade (PSQ), de verificação no mercado, busca garantir ao máximo que uma série de produtos disponibilizados neste mesmo mercado tenha a qualidade mínima necessária para utilização, ou seja, que sigam as normas nacionais vigentes. Com relação a produtos economizadores, fazem parte de PSQ específico no PBQP-H as torneiras e válvulas de mictório de acionamento mecânico (manual) e com ciclo de fechamento automático. A ideia destes Programas Setoriais é identificar não conformidades em produtos disponibilizados no mercado, buscando gerar informação e ações para adequação destes produtos às normas ou, em caso contrário, a retirada destes produtos do mercado, resguardando os usuários finais.
Case
| Gestão de insumos
Assunto estratégico Empresa de São Paulo vem fazendo sucesso com uma ferramenta que promete ajudar o cliente a gerir de forma mais eficiente utilidades como energia elétrica, água,
O
Brasil tem uma das tarifas de energia mais caras do mundo, o que impacta fortemente os custos das indústrias que utilizam o insumo em seus processos produtivos e dos estabelecimentos comerciais e de serviços que mantêm atividades ininterruptas ou por longos períodos, como hospitais, hotéis e shoppings. Em momentos de crise, como este, evitar o desperdício tornou-se uma estratégia obrigatória para todos, fazendo com que o uso racional de eletricidade ganhasse o status de política dentro dessas organizações. Essa tendência vem ganhando corpo e já reflete no mercado de soluções especializadas. Há mais de 30 anos oferecendo serviços de gerenciamento de energia e telemedição, a ACS - Automação, Controles e Sistemas Industriais Ltda. sente que nunca foi tão procurada como nos últimos 12 meses, período em que se agravou a questão das altas tarifárias. Uma das novidades que têm atraído um número cada vez maior de clientes é o Follow Energy, uma ferramenta voltada para a gestão de energia elétrica e utilidades (gás, óleo e água) - a procura teve um aumento superior a 40% neste ano, em relação a 2015. 34 Revista da InstalaçÃO
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gás e óleo.
Atualmente, a solução é utilizada por mais de 4.500 empresas em todo o País. Segundo informações do gerente geral de Vendas da ACS, Alexander Dabkiewicz, os maiores interessados são os grupos corporativos que mantêm diversos sites, como redes de supermercados, indústrias com diversas unidades fabris, comércio varejista e estabelecimentos bancários. A lista de clientes inclui nomes como os Grupos Pão de Açúcar e NotreDame Intermédica, C&A, Cinemark, Santander, Ultragaz, RecNov (Rede Record RJ), além de shop pings, condomínios e hotéis. “Qualquer consumidor com conta de energia elétrica acima de R$ 15.000 mensais pode usar a ferramenta, e em geral o retorno do investimento acontece em menos de seis meses”, destaca Alexander. Conforme observa o especialista, nos tempos atuais é essencial que as empresas tenham informações detalhadas sobre o uso de energia em suas diversas unidades, podendo identificar eventuais desperdícios e oportunidades de economia. “Desta forma, o cliente pode implementar ações para diminuir o consumo de ener-
gia, otimizar a curva de carga e, portanto, reduzir custos”, completa. Para contratar o Follow Energy o cliente paga uma taxa de adesão e mensalidades enquanto usar o serviço. A adesão engloba o fornecimento dos equipamentos gerenciadores em regime de comodato, a instalação do sistema e a parametrização inicial. A mensalidade contempla a licença de uso do Follow Energy, as atualizações de software, o chip de transmissão de dados e a manutenção do sistema. No cliente é instalado um gerenciador de energia com modem celular, sendo que este equipamento normalmente é conectado na saída de usuário do medidor da concessionária. Não há instalação de software, pois o Follow Energy opera em nuvem. Portanto, é possível acessar a plataforma a partir de qualquer microcomputador, tablet ou celular com conexão à internet. Disponível ininterruptamente, a ferramenta permite o monitoramento remoto do uso de energia na empresa e em suas filiais. O Follow Energy permite ao usuário avaliar e acompanhar a curva de carga de energia da instalação; analisar aspectos
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como demanda, consumo e fator de potência; emitir fatura simulada de energia e simular a melhor opção tarifária. Os dados coletados geram gráficos e relatórios operacionais e gerenciais que possibilitam ao usuário compreender a situação da instalação e definir a melhor estratégia de utilização da energia. Caso seja detectada uma situação crítica, como desperdício ou irregularidades no uso da eletricidade, o usuário é alertado imediatamente para que possa tomar as devidas providências. “O sistema funciona como uma espécie de ‘cão de guarda’, pois qualquer desvio ou desajuste é notificado por e-mail ou por SMS”, comenta Alexander.
O Follow Energy também pode atuar de modo automático, ligando e desligando máquinas na hora programada, como sistemas de ar-condicionado, motores e os dispositivos de iluminação. Desta forma, evita-se desperdício por esquecimento ou ligamento antes do necessário. A plataforma possibilita ainda o monitoramento e registro de consumo de outras utilidades, como água, gás e óleo. São produzidos curvas e relatórios gerenciais históricos de consumo (diários, mensais e
anuais) que permitem ao usuário acompanhar a situação do uso desses insumos. A plataforma é compatível com qualquer medidor de consumo com saída para telemedição e também alerta o usuário para consumos excessivos ou acima da meta traçada, contribuindo assim para evitar desperdícios. “O Follow Energy é um serviço indispensável para a identificação de oportunidades e a obtenção de economias na conta mensal”, reforça Alexander Dabkiewicz.
Clientes aprovam solução Formado por 11 hospitais, 8 maternidades, 14 prontos-socorros e 59 centros clínicos espalhados por São Paulo e Rio de Janeiro, o Grupo NotreDame Intermédica aderiu ao uso da plataforma Follow Energy. Segundo o gerente de Engenharia Alessandro Depieri, o grupo buscava um controle mais preciso sobre consumos e valores praticados e procurava um sistema que se enquadrasse dentro de uma política de sustentabilidade ambiental e econômica. “Optamos pelo Follow Energy por ser uma ferramenta já sacramentada no mercado e de reconhecida qualidade e resultados. Através dela tivemos a possibilidade de conhecer melhor nosso perfil de energia elétrica, identificando exatamente os momentos de pico e possíveis ultrapassagens de demanda, além da in-
dicação para ajuste de fator de potência”, relata o executivo. Atualmente o Grupo NotreDame Intermédica tem o Follow Energy instalado em 12 de suas unidades, sendo 11 hospitais e a sede administrativa da companhia. Conforme define Alessandro, a ferramenta permite fazer a gestão de energia com um simples ‘apertar de botão’. “É a forma mais inteligente e dinâmica de obter informações sobre a rede elétrica, possibilitando a tomada de decisões em tempo real”, finaliza. No Rio de Janeiro, o Torre e Cia. Supermercados S.A., mais conhecido como Supermarket, faz uso do Follow Energy há dois anos. Atualmente são 11 lojas gerenciando seu consumo elétrico através do sistema, com planos de expandir para mais 5 nos próximos meses. “Implantamos o sistema de gerencia-
Based on the high electricity tariffs that Brazilian consumers have to pay, an energy management and telemetry services company has seen a great demand for its solutions. One of them - which helps the user to make the correct management of inputs such as energy, water, gas and oil – has increased by 40%.
mento de energia na rede Torre para obter controle de consumo, demanda, fator de potência e constatar se a conta está correta. Afinal, só se pode gerenciar o que é medido, e quando temos os dados de energia em tempo real a gestão fica consideravelmente melhor, evitando gastos desnecessários ao final do mês”, explica Henrique Dames, engenheiro eletricista responsável pelo gerenciamento de energia e manutenção elétrica da empresa. Segundo Dames, os resultados começaram a aparecer já no primeiro mês após a instalação da ferramenta, com um retorno mensal da ordem de R$ 3.000 por loja. A redução média do consumo de energia foi de 5.000 KWh por loja. “O Follow Energy é intuitivo e ajuda muito nos cálculos de desperdícios, o que facilita tomar uma decisão mais acertada”, conclui o executivo.
Teniendo como base las altas tarifas de electricidad impuestas al consumidor brasileño, una empresa especializada en servicios de gestión de energía y telemedición ha registrado una gran demanda por sus soluciones. Una de ellas, que ayuda al usuario a gestionar correctamente los insumos como energía, agua, gas y petróleo, ha aumentado un 40%. Revista da InstalaçÃO 35
Espaço Sindinstalação Notícias e informações sobre o mercado de instalações e as ações do Sindinstalação e seus parceiros.
Contribuição sindical patronal
A
Contribuição Sindical é o mais importante instrumento de atuação das entidades sindicais para o exercício de atividades que visam o interesse das categorias representadas. Está prevista no art. 149 da Constituição Federal e no artigo 578 da Consolidação das Leis do Trabalho. Os valores arrecadados via contribuição sindical permitem que as entidades sindicais tenham recursos para preservação da sua real autonomia, garantindo a atuação efetiva em defesa das categorias por meio da representação perante autoridades, órgãos públicos, conselhos e comissões, gastos com convênios, parcerias e obtenção de outros benefícios. Independentemente de realização de assembleia ou previsão estatutária, a Contribuição Sindical tem imposição automática anualmente, de acordo com a lei.
ráter obrigatório para todos os integrantes da categoria, independentemente de filiação, possuindo natureza tributária.
Da obrigatoriedade
Prazo de recolhimento
A Contribuição Sindical está prevista nos artigos 578 a 589 da CLT e tem ca-
A Contribuição Sindical tem seu vencimento no dia 31 de janeiro de cada
Das empresas optantes pelo Simples Nacional
ano e seu pagamento deve ser efetuado por meio da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana (GRCSU), conforme modelo aprovado pela Caixa Econômica Federal. Foto: Fotolia
Apesar do entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que as empresas optantes pelo Simples Nacional possuem isenção da Contribuição Sindical, é preciso considerar que muitas vezes são estas empresas que demandam maior suporte técnico das entidades sindicais. Caberá exclusivamente aos empresários a decisão de efetuar ou não o recolhimento da contribuição pelas empresas optantes pelo Simples Nacional, ponderando sua decisão com base no interesse de toda a categoria representada e também no interesse de sua organização, que contribuindo, poderá usufruir de todo o suporte técnico oferecido pelo sindicato.
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Espaço Sindinstalação
Espaço Sindinstalação
News and information on the installation market and activities from Sindinstalação and partners.
Noticias e informaciones sobre el mercado de instalaciones y las acciones de Sindinstalação y sus organizaciones asociadas.
ais uma vez o Sindinstalação apoiou e participou do ConstruBusiness - 12º Congresso Brasileiro da Construção. O tema da edição de 2016 versou sobre “Investir com Responsabilidade”. O Congresso foi realizado no último dia 05 de dezembro, nas dependências do Teatro SESI FIESP, na Avenida Paulista, com a presença maciça de empresários do setor da Construção, além de Ministros e autoridades que apoiam as melhorias na competitividade, na habitação, na infraestrutura e na mobilidade urbana. A Construção tem efeito multiplicador. Representa mais de 8% do PIB no Brasil, cria empregos diretos e indiretos, ajuda a urbanizar as cidades, trazer o saneamento básico e o consequente aumento da qualidade da saúde no entorno, ajuda a reduzir o déficit habitacional e a melhorar a infraestrutura do País. O setor da Construção no Brasil e no mundo provou ser um dos principais propulsores do crescimento e da geração de empregos. O 12º ConstruBusiness – Investir com Responsabilidade, traz a atualização das estatísticas econômico-finan-
ceiras da cadeia produtiva da construção, seu desenvolvimento de 2007 em diante e a crise recente. Com base na evolução econômica dos últimos anos, são traçados cenários para o crescimento econômico, o desenvolvimento urbano e as necessidades de expansão da infraestrutura do País no período de 2017 a 2022. Além disso, também discute os obstáculos que retiram a velocidade das obras, abordando suas origens, as consequências para a sociedade e o que e necessário fazer para se sobrepor a eles. Por fim, apresenta
as linhas de trabalho e as propostas do Programa Compete Brasil da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para a construção, abordando temas e caminhos para o aumento da competitividade no setor.
Diretoria JOSÉ SILVIO VALDISSERA Presidente e Delegado Representante Fiesp Efetivo CARLOS FREDERICO HACKEROTT Diretor VP de Relações Institucionais – Delegado Representante Fiesp Efetivo MARCOS ANTONIO PASCHOTTO Diretor VP de Instalações Prediais Elétricas Luiz Carlos Veloso Diretor VP de Instalações Prediais Hidráulicas e Gás - Delegado Representante Fiesp Suplente LUIZ ANTONIO ALVAREZ Diretor VP de Sistemas de Aquecimento – Delegado Representante Fiesp Suplente Marco Alberto da Silva Diretor VP de Instalações Industriais
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M
ConstruBusiness
VICTOR JOSÉ RONCHETTI Diretor VP de Instalações Prediais de Sistemas Complementares Diretores VP – Conselho Fiscal NELSON GABRIEL CAMARGO IVAN MACHADO TERNI RAMON NICOLAS OLMOS ODIL PORTO JUNIOR Fernando Belotto Ferreira Surahia Maria Jacob Chaguri Diretor-Executivo JOSÉ ANTONIO C. BISSESTO Av. Paulista, 1313 - 9º andar - cj 905 Cerqueira Cesar - São Paulo 01311-923 - (11) 3266-5600 www.sindinstalacao.com.br
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Espaço Sindinstalação
| Abrinstal
Ações de gestão de água ganham mais espaço Reunião do novo board do Conselho Mundial de Instalações Hidráulicas definiu as ações estratégias da entidade para os próximos três anos.
Nova diretoria do WPC tem 1ª reunião A primeira reunião da nova diretoria do World Plumbing Council, realizada em Hong Kong, na China, nos dias 5 e 6 de dezembro, tratou do planejamento estratégico da entidade para os próximos três anos. Foram estabelecidos objetivos para cada uma das diretorias. Cada um dos diretores apresentou seus objetivos e planos de ação. A responsabilidade específica da Abrinstal, que representa o Brasil no Conselho, será a
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O
tema gestão de água tem ganhado cada vez mais espaço dentro das atividades desenvolvidas pela Abrinstal. Os destaques de dezembro foram as ações estratégicas definidas na primeira reunião da nova diretoria do Conselho Mundial de Instalações Hidráulicas (WPC - World Plumbing Council) - da qual a Abrinstal faz parte -, e também a criação da comissão para estudar a prevenção de patogenias na distribuição de água em edificações. Essa comissão foi criada durante a reunião do Comitê Brasileiro da Construção Civil (CB-002) da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). “Gestão de água é um tema fundamental para o avanço sustentável do País e está intimamente relacionado às questões de saúde pública. Nossa contribuição, como integrante do WPC, é trazer o que de mais eficiente está sendo utilizado no mundo e, claro, colaborar para a criação de normas para a distribuição eficiente e segura da água em edificações”, afirma Alberto J. Fossa, diretor da Abrinstal e da WPC pelo Brasil.
Primeira reunião da nova diretoria do WPC, para o período 2016-2019, ocorreu em Hong Kong, nos dias 5 e 6 de dezembro.
de avançar nas ações previstas do dia mundial do instalador hidráulico, que é comemorado em 11 de março. A mensagem deverá ser ligada à proteção do meio ambiente, de distribuição de água potável e de também de economia de energia, pois é muito alto o gasto energético na distribuição de água. Caberá também a Alberto J. Fossa, diretor da WPC pelo Brasil, a missão de difundir a entidade na América Latina. O WPC é uma organização internacional que visa desenvolver e promover a imagem e as normas de instalações hidráulicas em todo o mundo. Entre as iniciativas do Conselho estão o desenvolvimento de estudos de caso, promoção do profissionalismo dessa indústria, divulgação das melhores práticas, disseminação de informações, identificação de oportunidades para a promoção e integração com outras organizações.
Patogenias na distribuição de água Duas comissões relativas ao uso da água em edificações foram instaladas pelo Comitê Brasileiro da Construção Civil (CB-002) da ABNT, no último dia 13 de dezembro. Uma é relativa ao Estudo de Conservação de Água em Edificações (CE002:146.004), e outra ao Estudo de Prevenção de Patogenias na Distribuição de Água em Edificações (CE-002:146.005). A primeira comissão irá elaborar normas para a conservação de água em edificações, visando o uso eficiente em edi-
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fícios, incluindo o uso de fontes alternativas (potável e não potável). A segunda irá elaborar norma voltada às questões relativas à contaminação pela bactéria Legionella que pode ocorrer por inalação de vapor de água ou poeira. As fontes de vapor incluem chuveiros, saunas, névoa, umidificadores e ar-condicionado. A coordenação dessa norma será feita pelo diretor-executivo da Abrinstal, Alberto Fossa, e terá como secretário o engenheiro Marco Yamada, da empresa Toto Brasil.
| Abrasip
U
Demanda hospitalar
ma das dificuldades no desenvolvimento de projetos hospitalares é determinar a demanda de energia que se deve adotar para dimensionamento de subestações e geradores.
Normalmente a carga instalada é bem maior que a demandada, variando entre 150 e 300 W/m². O cálculo de demanda de concessionárias é baseado em estatísticas prediais e comerciais, e não reflete a real demanda hospitalar.
Obtivemos as seguintes demandas reais: ✖ Hospital Albert Einstein, São Paulo – 45 W/m² ✖ Hospital São Luiz Itaim, São Paulo – 29 W/m² ✖ Hospital Mater. Dei, Belo Horizonte – 40 W/m² ✖ Hospital Unimed Belo Horizonte – 30 W/m² ✖ Hospital Unimed Itajaí, Santa Cataria – 38 W/m² ✖ Hospital Vila Velha, Espirito Santo – 47 W/m²
variação de demanda se deve a vários A fatores, sendo os principais: ✖ Clima da região ✖ Áreas climatizadas ✖ Grau de utilização de equipamentos médicos ✖ Número de atendimentos de pacientes por mês
O consumo médio que encontramos foi: ✖ Iluminação - 20% ✖ Ar-condicionado - 50% ✖ Equipamentos médicos - 15% ✖ Motores - 15% Baseado nos valores acima, e considerando variáveis futuras para os próximos 30 anos, como aumento da temperatura do meio ambiente, aumento do percentual das áreas climatizadas no futuro, aumento do uso de equipamentos médicos e redução do consumo em iluminação pela utilização de lâmpadas Led, elaboramos uma tabela de demanda a adotar para desenvolvimento de projeto de subestações e geradores baseada na área a ser construída. Deve-se levar em conta as expansões futuras do plano diretor do hospital.
Demanda a adotar Hospitais ✖ 80 W por m² de área construída hospitalar no Nordeste, Centro-Oeste e Norte ✖ 60 W por m² de área construída hospitalar no Sudeste e Sul
Baseado nessa necessidade de dados mais concretos fizemos uma pesquisa ao longo de 10 anos com nossos clientes em várias regiões do Brasil onde comparamos a demanda máxima, normalmente de verão, dividindo pela área construída.
✖ 20 W por m² de área construída de garagem coberta ✖ 5 W por m² de áreas externas
Clínicas e pequenos hospitais: ✖ 10 0W por m² de área construída hospitalar ✖ 20 W por m² de área construída de garagem coberta ✖ 5 W por m² de áreas externas
e houver equipamentos de imagem, esses S devem ser considerados a parte: ✖ 120 kW para equipamentos como ressonância magnética ✖ 90 kW para equipamentos de tomografia ✖ 40 kW para gama câmara ✖ 40 kW para hemodinâmica ✖ 90 kW para acelerador linear
pós feito o cálculo da demanda de A projeto baseado nos índices e área a ser construída, determina-se os equipamentos da subestação, lembrando: ✖ A potência demandada nos transformadores não deve ultrapassar 80% da sua capacidade ✖ Conforme norma deve ser previsto transformador reserva
ara o dimensionamento dos geradores P adotar: ✖ Fator de potência dos geradores 0,8 ✖ Carga COP no gerador, capacidade para operação contínua por 24 horas ✖ Tanque de óleo diesel para operação 24 horas ✖ 100% da carga sustentada por geradores Dessa forma, teremos subestações que não estarão superdimensionadas, gerando custo para o cliente, mas que estarão preparadas para atender o hospital nos próximos 30 anos. Douglas Cury
Engenheiro eletricista e diretor da Grau Engenharia de Instalações. Revista da InstalaçÃO 39
Espaço Sindinstalação
| Seconci
Premiação pioneira em homenagear práticas bem-sucedidas em canteiros de obras, a quarta edição do Prêmio Seconci-SP de Saúde e Segurança do Trabalho apresentou, no dia 24 de novembro no Teatro Seconci-SP, os cases vencedores das empresas da construção civil do Estado de São Paulo. A solenidade teve a participação de 350 pessoas, entre as quais o presidente do Sindinstalação e vice-presidente Financeiro do Seconci-SP, José Silvio Valdissera, que entregou um dos prêmios. O presidente do Seconci-SP, Sergio Porto, destacou que, apesar da crise econômica, houve ampla participação das construtoras. “No Brasil que lida com tantos problemas de saúde e acidentes de trabalho, essas empresas estão dando um banho de cidadania. Mostraram que a nossa indústria faz questão de construir em um ambiente de trabalho saudável e seguro”. Empresas da construção civil de todo o Estado de São Paulo, divididas em sete regiões, inscreveram seus cases em três categorias: Controle de Perigos e Riscos
no Canteiro, Controle da Saúde no Canteiro e Gerenciamento Ambiental do Entorno da Obra. O Comitê Organizador concedeu ainda dois prêmios especiais: Trabalhador Modelo, que foi entregue a um mestre de obras da Even Construtora e Personalidade do Ano, selecionada pelo Conselho Deliberativo do Seconci-SP, destinada a uma pessoa com grande representatividade no setor da Saúde e Segurança do Trabalho. Nessa categoria, o vencedor foi Walter Vicioni Gonçalves, diretor regional do Senai-SP e superintendente do Sesi-SP. A Comissão Julgadora é composta por especialistas da Escola Politécnica da USP, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Feticom-SP, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), JDL Qualidade, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente; Senai-SP, Sesi-SP, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE)-SP e Sintesp/Sintracon-SP.
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4º Prêmio Seconci-SP valoriza as boas práticas em saúde e segurança
José Silvio Valdissera, presidente do Sindinstalação, entrega o prêmio para a MRV Engenharia.
Empresas vencedoras ✦ CEAS Construtora ✦ Construtora Adolpho Lindenberg ✦ Construtora Ferreira Guedes ✦ Crego Painceira ✦ Even Construtora ✦ Grupo Pacaembu ✦ MPD Engenharia ✦ MRV Engenharia ✦ Odebrecht Realizações ✦ R. Pagano ✦ Racional Engenharia ✦ Tap Construtora ✦ Tecnisa
O secretário adjunto da Saúde do Estado e futuro secretário da Saúde do Município de São Paulo, Wilson Pollara, apresentou ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, as medidas adotadas pelo governo estadual para melhorar o atendimento à população. A apresentação foi feita em 5 de dezembro na Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) do governo do Estado, administrada pelo Seconci-SP. Além das equipes do ministro e do secretário, participaram do encontro o presidente do Seconci-SP, Sergio Porto; o vice-presidente
40 Revista da InstalaçÃO
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Ministro da Saúde visita a Cross, central administrada pelo Seconci-SP
O ministro Barros, o secretário Pollara e Sergio Porto, na Cross.
Haruo Ishikawa; o superintendente geral Fernando Costa e o superintendente da Cross, Didier Roberto Torres Ribas. Pollara relatou as ações de gestão da Saúde no Estado, com a criação de indicadores, a racionalização de custos e a gestão das Organizações Sociais de Saúde que administram hospitais da rede pública, como o Seconci-SP. O ministro também recebeu informações sobre o funcionamento da Cross e sua importância para o diagnóstico da situação dos leitos hospitalares e as ações adotadas para otimizar sua utilização.
| HBC Advogados
Projeto de Lei reabre prazo para repatriação de bens no exterior
O
plenário do Senado aprovou em 23/11/2016 o projeto de lei que reabre, em 2017, o prazo para adesão ao Regime de Regularização Cambial e Tributária RERCT, mais conhecido como “Lei da Repatriação”, pelo qual se possibilita aos contribuintes que mantêm recursos no exterior não declarados à Receita, desde que obtidos de origem lícita, regularizar sua situação, aproveitando-se da anistia tributária e, principalmente, penal. Embora ainda não haja uma data definida, a expectativa de reabertura é para meados de fevereiro, com o término do programa em abril de 2017. Este prazo, na verdade, vai depender de quando o projeto for aprovado em definitivo, visto que, conforme consta do seu texto, a adesão deverá ser feita em até quatro meses passados 30 dias da publicação da nova lei no “Diário Oficial da União”. Na nova etapa, aprovada pelo Senado, porém, as alíquotas de imposto de
C
renda e multa foram majoradas de 15% para 17,5%, que na prática representará uma tributação de 35% sobre os ativos regularizados. A justificativa para o aumento dos percentuais é dar uma espécie de “ônus” a quem não participou da primeira fase. Outra questão importante, é que o câmbio do dólar que será utilizado como referência nesta etapa será o de 30 de junho de 2016, que era de R$ 3,20, o que também deverá onerar um pouco mais os contribuintes, visto que na primeira fase do regime o câmbio era o de R$ 2,6562, referente a data de 31 de dezembro de 2014. Uma das novidades do projeto é a inclusão de contribuintes não residentes no Brasil, desde que comprovada residência fiscal em solo nacional entre 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2016.
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Por todo o exposto, caso seja aprovada esta nova fase do RERCT, haverá uma nova oportunidade para os contribuintes com patrimônio no exterior regularizarem sua situação perante a Receita Federal e, principalmente, ter anistiados crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e sonegação fiscal. Nosso escritório permanece à disposição para esclarecer qualquer consulta porventura necessária a respeito do tema.
Parcelamento de débitos do Simples Nacional
om a publicação da Resolução CGSN nº 132/2016 e da Instrução Normativa RFB nº 1677/2016, as micro e pequenas empresas poderão parcelar seus débitos apurados pelo regime do Simples Nacional. Os contribuintes optantes pelo Regime e que tenham débitos com a Receita Federal relativos a competências até maio de 2016 poderão optar pelo parcelamento da dívida em até 120 meses, com prestação mínima de R$ 300,00,
implicando na desistência compulsória de outros parcelamentos em curso e eventuais defesas administrativas ou judiciais. No caso de parcelamento de débito inscrito em dívida ativa, o devedor pagará custas, emolumentos e demais encargos legais. Para maiores informações, o HBC Advogados está à disposição para prestar eventuais esclarecimentos.
*HBC Advogados é o escritório contratado pelo Sindinstalação para assessoria jurídica ao setor de instalações. Para mais informações acesse www.hbclaw.com.br Revista da InstalaçÃO 41
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Hilton Moreno
Diretor Técnico
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Diretor de Redação
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| Qualidade
Seis razões que comprovam que a certificação de cabeamento é mais necessária que nunca
O
atual cenário de crise econômica que o País enfrenta demandou uma reestruturação dos orçamentos de TI. Reduzir custos é a prioridade número um das empresas, que precisam tomar decisões difíceis para reduzir despesas operacionais e de capital. No entanto, neste processo, é fundamental que os gerentes de TI não se esqueçam de que uma infraestrutura de rede saudável está diretamente ligada à produtividade, eficiência e expansão de serviços. Uma opção tentadora para reduzir as despesas de TI pode ser adiar a manutenção. Embora nenhuma organização prorrogue uma manutenção realmente crítica, existem tarefas que podem ser adiadas, pois estão em uma zona cinzenta que pode ser considerada “opcional”. Trafegar nessas decisões não é fácil, mas seria um grave erro suspender os testes da fundação de cada rede: seu cabeamento de cobre e fibra. O teste mais completo para o cabeamento de rede é a certificação. A certificação prova que um sistema de cabos adere a rigorosos padrões de desempenho e de execução da instalação, por isso, este procedimento requer técnicos treinados e equipamentos de teste especializados. Este é um esforço caro que pode ser adiado, certo? Errado. O cabeamento é responsável por metade de todas as falhas na rede. Ao 44 Revista da InstalaçÃO
certificá-lo, as falhas são significativamente reduzidas. Em tempos financeiramente desafiadores, este é um benefício crucial que pode ser potencializado de seis maneiras:
A certificação de cabos de cobre e fibra previne problemas. Sem ela os reparos devem ser feitos em uma rede ativa ou, pior, em uma rede que está sofrendo uma interrupção. O tempo de inatividade da rede resulta em perda de receita e produtividade, redução de serviço ao cliente e desvantagem competitiva. Um estudo do Gartner estimou que uma hora de inatividade de uma rede corporativa custa, em média, US$ 42.000,00 - dependendo da indústria. Se uma empresa é desafiada a melhorar seu tempo de atividade anual de 99,9% para 99,99%, ela precisa reduzir
o tempo de inatividade por oito horas. Usando a estimativa do Gartner sobre o custo de inatividade, isso gera economia para a empresa de US$ 336.000,00 por ano. Mas como se chega lá? Há muitas causas de inatividade. Um estudo do Gartner/Dataquest apontou que os erros humanos e de aplicação são responsáveis por 80% das falhas. Mas se a rede representa apenas 20% da causa, ela responde por US$ 67.000,00 da exposição. Compare isso com o custo da certificação. Uma rede com 600 linhas de cobre Categoria 6 passa por testes de certificação. Uma suposição realista é que 5% dos links falham no teste inicial e devem ser reparados e testados novamente. Usando um certificador de cabo moderno todo o processo levaria aproximadamente 11 horas. A uma taxa comercial de R$ 50,00 por hora, a despesa será de R$600,00. Ou seja, R$ 600,00 de despesa para economizar
Moment of crisis drives companies to reduce costs in all areas. However, it is necessary to be careful. In IT sector, for example, cuts can’t compromise the network infrastructure, because its quality is directly linked to productivity, efficiency and service expansion.
Momento de crisis lleva a las empresas a reducir costos en todas las áreas. Sin embargo, es preciso tener cuidado. En el área de TI, por ejemplo, los cortes no pueden comprometer la infraestructura de red, ya que su calidad está directamente vinculada a la productividad, eficiencia y expansión del servicio.
1. Certificar é mais barato que reparar.
A certificação de cabos de cobre e fibra previne problemas. Sem ela os reparos devem ser feitos em uma rede ativa ou, pior, em uma rede que está sofrendo uma interrupção.
US$ 67.000,00. O caso de sucesso da certificação é evidente.
2. As garantias do produto estão limitadas. Em tempos difíceis um proprietário de rede pode ser tentado a usar a garantia de um fabricante por segurança. Isso é compreensível uma vez que a maioria dos fabricantes de cabos e conectores oferecem boas garantias e estão por trás de seus produtos. Entretanto, esses fabricantes não podem garantir a instalação final. A qualidade de uma instalação de cabos está em grande parte nas mãos dos instaladores. Se a habilidade do profissional é fraca, mesmo produtos excelentes falham. As falhas e problemas associados à rede estão fora do escopo de uma garantia de hardware, de modo que o proprietário da rede e o instalador devem negociar a correção. A única maneira de assegurar que a obra do instalador atenda aos padrões e que as melhores práticas sejam seguidas é através dos testes de certificação. A certificação dá a proteção necessária contra custos imprevistos ao proprietário da rede e, quando os ventos da economia estão desfavoráveis, essa proteção é sempre bem-vinda.
3. Certificação e Recertificação serão a prova de futuro da infraestrutura.
Você pode acreditar que um cabo, após instalado e certificado, nunca mais precisará de atenção. Isso pode ser imprudente. Uma planta de cabeamento recertificada pode provar ser compatível com o tráfego de alta velocidade que é implantado anos após o cabo ser instalado pela primeira vez. Quão importante é o suporte para velocidades mais altas? De acordo com levantamento de datacenters pela empresa de pesquisa BSRIA, a tecnologia multigigabit é comum agora:
10Gb 40Gb 100Gb
por serviços de TI repercutir, a planta de cabos recertificados estará pronta para suportar novos equipamentos e expandir os serviços.
4. Cabeamento não certificado = Capital Subutilizado. É um fato: Recessões agitam o mercado, especialmente o imobiliário. Quando um novo inquilino entra em um edifício o estado de seu cabeamento apresenta uma série de questões. Quantos
60% 20% 10%
Quais são as implicações disto? O cabo de cobre da categoria 6 foi projetado para suportar uma taxa de dados de 1 Gigabit por segundo. Os recentes testes de certificação em campo indicam que boa parte do cabo Cat 6 usado nos datacenters está em conformidade com o padrão 10GBASE-T e pode suportar o serviço de 10 Gigabit em distâncias curtas a moderadas. Se você recertificar o cabo Cat 6 em seu datacenter pode encontrar um caminho eficiente para uma taxa de transferência de 10X, evitando alguns ou todos os custos de substituição de cabeamento. Além disso, quando a demanda
anos têm? Funciona? Para que foi usado? Quando? O novo inquilino pode ver essa quantidade de cabos de cobre e/ ou fibra como um mistério e não como algo bom. Certificar 200 links de cabos custará menos de R$ 1.000,00. A instalação de 200 novas linhas do novo cabo Cat 6 custará de R$ 5.000,00 a R$ 10.000,00. A escolha para o locatário é fácil. A certificação é sinônimo de capital poupado para os proprietários de edifícios e inquilinos. A falta de certificação transforma o cabeamento legado em capital subutilizado: dinheiro gasto que não pode ser recuperado. Revista da InstalaçÃO 45
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5. Reduzir resíduos é uma boa política. O argumento econômico para estender a vida dos cabos foi descrito no item 4, mas pode não ser o pior caso. O Código Elétrico Nacional (NEC 2002) requer a remoção de cabos abandonados que não sejam identificados para uso futuro. Sem certificação, o custo do cabo legado pode incluir a despesa com a remoção e reciclagem dos cabos e/ou o impacto ambiental da eliminação. Maximizar o uso de cabos de cobre e fibra existentes é uma política de negócios consistente. Quando devidamente conservado tem uma longa vida útil. Com orçamentos limitados exigindo maior eficiência, faz sentido usar a certificação para implementar os três pilares da gestão ambiental: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
6. Comprador Cauteloso. Uma tendência inquietante na indústria de cabos refere-se a produtos das categorias 5, 6 e 6A. Estes cabos são muitas vezes fabricados fora do país e são mais baratos se compara46 Revista da InstalaçÃO
dos aos de grandes fabricantes. Infelizmente, muitos destes cabos baratos são produzidos com materiais inferiores e em processos de fabricação questionáveis. Em 2008, a Communications Cable & Connectivity Association testou nove marcas de cabos sem nome em comercialização no mercado. Porém, nenhuma delas atingiu os requisitos físicos definidos no TIA 568-B.2; apenas cinco atenderam aos padrões de teste elétrico determinados no TIA 568-B.2; e somente uma atende aos pré-requisitos de segurança definidos pelas normas UL 1666 e NFPA 262. Mas como esse cabo tão fraco chega ao mercado? Isso acontece porque as agências de segurança realizam testes aleatórios na fábrica e não no campo. O abismo no processo de qualidade deixa os usuários finais expostos a riscos de segurança e desempenho totalmente evitáveis. Para assegurar que não haja prejuízo ou riscos ocultos com cabos Cat 5, 6 e 6A de baixo custo, as empresas e instaladores devem se certificar de que
o cabeamento esteja de acordo com os padrões da indústria. Em suma, o cabeamento certificado tem muito mais valor. E pode variar dependendo da aplicação e da empresa. Considere as armadilhas dos cabos não certificados. Considere o trade-off entre os testes e “espere o melhor”. A esperança é raramente uma boa estratégia e, em uma economia desafiadora, é ainda mais perigosa.
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Especialista de Produtos da Fluke Networks Brasil.
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Fórum de Gestão e Economia de Energia Evento realizado pela Abrinstal revela que há muito espaço para avanço do tema eficiência energética no Brasil. Potencial de melhoria na indústria passa de 50%, segundo a Agência Internacional de Energia.
A
maioria das empresas tem o exato controle das cópias que são impressas. Sabe quantas páginas cada colaborador imprimiu. Mas um custo muito mais relevante, várias vezes maior que o de cópias e infinitamente mais pesado para os orçamentos das empresas, principalmente para as indústrias, o da conta de energéticos, é, na maioria dos casos, negligenciado. “A maior parte das empresas ainda não tem essa cultura de gerir os gastos
em energia, o que significa, muitas vezes, desperdício de dinheiro, além da questão ambiental, pois o tema mudanças climáticas está na pauta dos líderes mundiais”, disse o diretor-executivo da Abrinstal, Alberto J. Fossa, durante o 6º Fórum de Gestão e Economia de Energia, realizado no dia 30 de novembro, na Fiesp, em São Paulo. A situação da baixa atenção com o tema não é uma exclusividade do Brasil. Uma pesquisa feita em Viena, em 2016, pela Organização das Nações
Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) para avaliar a realidade de 17 países em desenvolvimento, que têm programas implantados de eficiência energética com apoio dessa organização, revelou que a maior barreira é a ausência de especialistas em energia nas indústrias, seguido da falta de comprometimento da alta direção das empresas participantes do programa com o tema. “Os ganhos econômicos são muito significativos. Ainda há muito trabalho a ser realizado, a conscientizaFoto: Divulgação/Izilda França
48 Revista da InstalaçÃO
ção e o envolvimento ainda são baixos”, observou Fossa. Segundo uma pesquisa da Agência Internacional de Energia (AIE - International Energy Agency), ainda há no
vem das indústrias. Nos prédios, o potencial de avanço de gestão e economia de energia é o maior de todos: cerca de 80% não contam com ações nessa área, segundo o estudo da Agência.
mundo mais de 50% de potencial de melhoria de eficiência energética na indústria, que é uma das maiores responsáveis pelas emissões no planeta - cerca de 1/4 dos gases emitidos na atmosfera
Foto: Divulgação/Izilda França
Brasil pode ser âncora de ações na América Latina tilhar experiências da ISO 50001 que foram bem-sucedidas em outros países, para serem aplicadas no Brasil. A ideia é trazer para o País as melhores práticas relativas à gestão e economia de energia. “Os desafios são grandes para o programa funcionar efetivamente. Ele exige também o apoio do governo local para incentivar programas nessa linha, que incluam principalmente treinamento para a indústria, que é uma das principais consumidoras de energia”, afirma Graziela.
Para Graziela Siciliano, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, que coordena um grupo sobre eficiência energética, que reúne representantes do governo de 17 países, o Brasil tem grandes oportunidades de avanço nessa área. “Estamos interessados em ampliar o diálogo com o Brasil sobre o tema gestão e economia de energia. O País deverá servir de âncora para ações de eficiência energética em toda a América Latina”, afirmou Graziela. Uma das principais ações previstas pela coordenadora do grupo é compar-
Retorno financeiro é fundamental para programa avançar
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Na avaliação de Paulo de Tarso Cruz, da companhia Vale, o ponto crucial para um programa de normalização de eficiência energética é oferecer condições seguras de retorno financeiro para a empresa. “Para a indústria, o racional econômico é fundamental. A lógica do mercado de busca por resultado é fundamental para o tema avançar no Brasil”, destacou. A Vale desenvolve várias ações relacionadas à eficiência energética, que abrangem as vertentes técnica e cultural. A parte de equipamentos eficientes é muito importante para
Event organized by Abrinstal in São Paulo reveals that there is room for the advancement of the energy efficiency theme in Brazil. According to the International Energy Agency, potential for improvement in the industry exceeds 50%.
Evento organizado por Abrinstal en Sao Paulo revela que hay mucho espacio para el avance del tema de la eficiencia energética en Brasil. De acuerdo con la Agencia Internacional de Energía, el potencial de mejora en la industria supera el 50%. Revista da InstalaçÃO 49
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| Abrinstal
ISO 50001 é debatida desde 2008
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equipamentos, tem que se trabalhar na questão dos comportamentos e valores.
a produtividade do negócio, mas também é fundamental conscientizar as pessoas que operam esses
Participação nacional e internacional Foto: Divulgação/Izilda França
O presidente da Abrinstal, Sílvio Valdissera, lembrou que o tema vem ga-
50 Revista da InstalaçÃO
nhando cada vez mais importância no mundo e que o Brasil assumiu junto à Organização das Nações Unidas (ONU) o compromisso de economizar 10% de energia até 2030, conforme o Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf). Com a confirmação oficial da meta, o País se compromete, perante o cenário internacional, a trabalhar de forma mais pragmática e direta na busca do atendimento deste objetivo. “A Abrinstal tem participado ativamente desse tema, tanto nacional como internacionalmente, e vamos continuar avançando nas discussões, envolvendo o maior número de agentes possíveis para que o projeto avance no País. Todos ganham com a eficiência energética”, disse Valdissera.
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As primeiras discussões formais sobre normatização no mundo sobre o tema eficiência energética começam em 2005. Em 2008, foi criado o fórum para elaboração da ISO 50001, que é a norma que visa a implementação de um sistema de gestão para energia, assim como a ISO 9001 e a ISO 14001. A ISO 50001 estabelece diretrizes e requisitos para estabelecimento e implementação de um sistema de gestão de economia de energia. Desde 2008, o Brasil acompanha os trabalhos relativos ao tema. Em 2015, a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, criou o Comitê Brasileiro de Gestão e Economia de Energia, o CB-116, que é gerido pela Abrinstal. Este ano, foi criado o TC-301, o comitê técnico de gestão e economia da energia, que tem o objetivo de otimizar trabalhos e focar o desenvolvimento das normas internacionais. Alberto Fossa é o vice chair do TC-301. Com a nomeação do brasileiro, o País ganha mais peso nas discussões da normalização e padronização, relativas às questões de gestão e economia de energia.
Evento
| Abrinstal
Mercado do gás natural ganha novo fôlego Programas lançados pelo Governo Federal e pelo Estado de São Paulo devem estimular o uso de gás
O
gás natural vive um bom momento para conseguir ganhar novos mercados. Tanto o governo federal como o do Estado de São Paulo lançaram programas de incentivo ao energético. No âmbito federal, foi lançado o programa “Gás para Crescer”, do Ministério de Minas e Energia (MME). O Estado de São Paulo criou o “Plano Estadual do Gás Natural”. “O empenho dos governos para o setor de gás é o mais favorável dos últimos dez anos. Além disso, o produto está bem competitivo em relação à energia elétrica, um dos seus maiores competidores”, disse o professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, Edmilson Moutinho 52 Revista da InstalaçÃO
dos Santos, no workshop “Uma análise sobre a Gestão de Energia e Usos Inovadores do GN na indústria, no cenário internacional e no Estado de São Paulo”, que foi realizado no último dia 1º e dezembro, na sede da Fiesp, em São Paulo. No programa paulista, o gás natural é considerado o insumo de transição para as energias renováveis e deverá ser fomentado nos próximos anos. A projeção do governo é que, até 2029, deverá dobrar o número de municípios atendidos, passando dos atuais 143 para 285, o que compreenderia 44% das cidades paulistas, atendendo 5,2 milhões de clientes. Esse crescimento demandaria um investimento por parte das distribuidoras de R$ 12,8 bilhões nos próximos anos. “Esse é o momento de trabalharmos para o uso inovador do gás natural. Ainda tem muitas aplicações industriais que podem ser exploradas no contexto dos Arranjos Produtivos Locais - APLs, com ganhos de economia de energia, de eficiência e produtividade”, comentou Santos. Além do bom momento institucional para o avanço do gás natural, a questão tarifária também é bastante positiva. De 2013 a 2015, no estado de São Paulo, o preço médio das contas de eletricidade subiu 66%, frente a um aumento de 15% na tarifa do gás. Para o diretor-executivo da Abrinstal, Alberto J. Fossa, a fase atual abre boas perspectivas para a realização de novos projetos de Pesquisa & Desenvolvimento
na área de gás natural. “É preciso ter um olhar inovador, que tenha uma compreensão tecnológica apurada, que conheça o que mais moderno na área de gás está sendo aplicado no mundo, e que também tenha uma vertente de mercado”, disse Fossa. O Workshop, que contou com cerca de 40 participantes, foi dividido em quatro paineis, que abordaram as ações de promoção e gestão de energia nos Estados Unidos e na América Latina no Setor Industrial, da ISO 50001, com a apresentação de cases de 12 países, e dos usos inovadores do gás natural e a promoção de eficiência energética em arranjos produtivos locais. Foto: Divulgação/Izilda França
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natural no Brasil.
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56 Revista da InstalaçÃO
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CUIDADO, AS APARÊNCIAS ENGANAM
A QUALIFIO atua há mais de 20 anos para zelar pela segurança dos consumidores de fios e cabos elétricos. A QUALIFIO monitora, identifica e notifica as autoridades competentes, as certificadoras e os fabricantes que operam de maneira irregular (em desacordo com as exigências das normas e regulamentos pertinentes).
Fios e cabos elétricos destinados à construção civil devem ser certificados compulsoriamente (obrigatório), ou seja, tem seu processo regulamentado pelo INMETRO. Os produtos certificados devem apresentar na embalagem e diretamente no produto o símbolo de identificação do Sistema Brasileiro de Certificação, que deve ser acompanhado do nome ou logo do Organismo de Certificação de Produtos credenciado pelo INMETRO.
NÃO SE ARRISQUE: FIOS E CABOS ELÉTRICOS SÓ COM CERTIFICAÇÃO W W W. Q U A L I F I O . O R G . B R
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| Janeiro 2017
CURSOS Instalador Sistemas Conectados à Rede - Geração Distribuída Data/Local: 17 a 20/01 - São Paulo (SP) Informações: http://www.neosolar.com.br/aprenda/curso-energia-solar
Instalação e manutenção de equipamentos elétricos em atmosferas explosivas Data/Local: 23/01 a 02/03 - Santos (SP) Informações: http://santos.sp.senai.br/curso/75285/201/instalacao-e-manutencao-de-equipamentos-eletricos-em-atmosferas-explosivas
Aterramento elétrico e proteção de edificações e equipamentos sensíveis Data/Local: 30/01 a 01/02 - São Paulo (SP) Informações: cursos@barreto.eng.br e www.barreto.eng.br
Minicurso Z-WAVE - Produtos Flex/Z-Wave Data/Local: 31/01 – Curso à distância Informações: www.aureside.org.br e (11) 5588-4589
Cálculo Hidráulico Assistido por Computador para Sistemas de Sprinkler Padrão NFPA 13/NBR 10897 Data/Local: 31/01 - São Paulo (SP) Informações: http://www.abspk.org.br/curso-de-calculo-hidraulico-assistido-por-computador/ 58 Revista da InstalaçÃO