Edição 10 da Revista da Instalação - janeiro de 2017

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ANO 1 - N º 10

EDITORA

Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, hvac, fotovoltaica, incêndio, dados e manutenções

ANO 1 – Nº 10 – Revista da Instalação

Janeiro 2017

Mercado

Instalação do DR

Aplicação correta do dispositivo reduz riscos em relação aos choques elétricos

Destaque Atenuação acústica

Norma estimula uso de soluções para reduzir nível de ruídos em tubulações de água e esgoto

Construção civil Empresas instaladoras aguardam com ansiedade o retorno dos investimentos na área da construção para retomar ritmo mais forte de atividades


Fórum 2017

o naçã n e d r Coo f. Hilto Pro eno

Mor

Eventos com duração de um dia com palestras de consultores renomados e especialistas de empresas.

CIDADES QUE VÃO RECEBER O

FÓRUM POTÊNCIA 2017

Fotos: Divulgação

ABRIL

11/04

Brasília (DF) AGOSTO

15/08

Salvador (BA)

MAIO

16/05

Rio de Janeiro (RJ) SETEMBRO

14/09

Porto Alegre (RS)

JUNHO

20/06

Campinas (SP) OUTUBRO

São Paulo (SP)

JULHO

06/07

Maringá (PR) NOVEMBRO

28/11

Ribeirão Preto & Sertãozinho (SP)

Informações sobre patrocínio:

(11) 4225-5400

publicidade@hmnews.com.br


Fórum 2017

Principais Temas Iluminação (LED), Fotovoltaica, Baixa Tensão, Média Tensão, Medição e Termografia, Eficiência Energética, Proteção e Seletividade, Painéis Elétricos, Subestações e Automação

Fórum Potência 2015-2016 (17 etapas)

8.500 Empresas inscritas: 2.600

Profissionais inscritos:

PROFISSÃO

RAMO DE ATIVIDADE Concessionária Distribuidor/ Revendedor Pública 5% 4% Construtora 5% Consultoria 5%

Outros Técnicos/ Tecnólogos 8%

Projetos 15%

Outros 6%

Professores/ Estudantes 3%

Outros Engenheiros 8%

Autônomo 8%

Engenheiros Eletricistas 39%

Instalação 11% Outros 8%

Eletricistas /Instaladores 13% Ensino 9%

Manutenção 11% Indústria 9%

Técnicos/Tecnólogos/Eletrotécnicos 23%

Serviços Públicos 10%

Divulgação Revista

Organização

www.forumpotencia.com.br linkedin.com/company/revistapotencia facebook.com/revistapotencia


Índice

| Edição10 | Janeiro 2017

12

Matéria de Capa

Empresas instaladoras aguardam retomada dos investimentos na construção civil para incrementar seus negócios.

30

44

Destaque

Norma ABNT NBR 15575 estimula a utilização de soluções para atenuação de ruídos em tubulações de água e esgoto.

Artigo

Redes subterrâneas de energia elétrica apresentam apelo estético e oferecem vantagens técnicas relevantes, como níveis elevados de segurança e confiabilidade.

4 Revista da InstalaçÃO

Mercado

Escolha e instalação correta do DR eleva nível de segurança das instalações elétricas no que tange aos choques elétricos.

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50

22

Artigo

Instalações de gás devem passar por inspeções constantes para garantir que estão em plena condição de uso.

Artigo

Limpeza dos aparelhos de ar-condicionado pode evitar multas e manter ambientes mais saudáveis.

Sempre aqui 05 Editorial ■ 06 Notas ■ 36 Espaço Sindinstalação ■ 38 Abrinstal ■ 39 Abrasip ■ 40 Seconci ■ 41 HBC ■ 52 Produtos ■ 58 Link / Agenda ■


editorial

Fotos: Ricardo Brito/HMNews

Expediente

Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno

ano 1 • nº 10 • Janeiro'17 Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.

Marcos orsolon

Diretor de Redação |

Hilton Moreno

| Diretor

Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon

Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Luiz Carlos Veloso, Luiz Antonio Alvarez, Marco Alberto da Silva, Víctor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Fernando Belotto Ferreira e Surahia Maria Jacob Chaguri.

Redação

Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Colaborou nessa edição: Érica Munhoz Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231)

Departamento Comercial

Executivos de Vendas: Cecília Bari, Júlia de Cássia Barbosa Prearo e Rosa M. P. Melo

Gestores de Eventos Pietro Peres e Décio Norberto

Gestora Administrativa Maria Suelma

Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC

Impressão Grupo Pigma

Gestor de Mídias Digitais Ricardo Sturk

Contatos Geral Rua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100 São Caetano do Sul - SP contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 4225-5400

Redação redacao@revistadainstalacao.com.br Fone: +55 11 4746-1330

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Muito trabalho pela frente O ano de 2017 começou sob grande expectativa na área da instalação. Depois de um período de forte queda nos negócios do setor, finalmente parece ter chegado o momento de parar de cair e, num segundo momento, começar a avançar novamente. Ninguém projeta um ano espetacular, mas há certo consenso de que os próximos meses serão marcados pela leve retomada da economia. Na HMNews Editora e Eventos começamos janeiro a mil. Diante da esperança de um ano melhor, além da produção com todo o gás das edições de janeiro da Revista Potência e da Revista da Instalação, já definimos as datas e locais de todas as oito etapas do Fórum Potência deste ano. Além disso, graças a algumas ações coordenadas nossos portais e, sobretudo nossas páginas no Facebook, não param de crescer. No momento que esta edição chegar em suas mãos, já teremos atingido e ultrapassado a expressiva marca de 100 mil fãs na Fanpage da Revista Potência, e quase 40 mil na Revista da Instalação. Também planejamos várias novidades para 2017, sejam em novos produtos ou na forma de cobrir os assuntos relevantes do mercado. Em outras palavras, arregaçamos as mangas e partimos para ações concretas, que serão divulgadas ao longo dos próximos meses. É com a energia de toda a nossa equipe que esperamos construir um grande ano, com muitas realizações, em parceria com nossos clientes, fornecedores, leitores, internautas e congressistas. Desejamos a todos um ano produtivo e cheio de realizações! Boa leitura!

Fechamento Editorial: 31/01/2017 Circulação: 06/02/2017 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.

Revista da InstalaçÃO 5


NOTAS

Ações e novidades dos players do setor.

News Activities and news from main sector players.

Notas Actividades y noticias de los principales actores del sector.

Foto: Divulgação

6 Revista da InstalaçÃO

Redução de acidentes

A tecnologia Protera®, da DuPont, contribuiu para os níveis de segurança de gasistas que trabalham para a Comgás, profissionais que atuam em zonas controladas ou de risco. De acordo com o indicador LTIF (Lost Time Injury Frequency Rate) adotado pela companhia, a incidência caiu de 0,17 em 2014 para 0,10 milhão de horas trabalhadas pelas equipes da Comgás no ano seguinte. O cálculo leva em conta a quantidade de funcionários e parceiros contratados, o número de horas do expediente, quantos dias foram trabalhados no ano e o total de acidentes que resultaram em afastamentos por mais de 24 horas. Além do indicador LTIF, a companhia evoluiu de 92% para 94% no indicador “Conformidade Operacional” e de 88% para 90% em “Conformidade de Processo”. A tecnologia da DuPont foi aprovada nos quesitos resistência, durabilidade, desempenho, conforto, maleabilidade, aderência e ajuste ao corpo. Para chegar à aplicação de DuPont™Protera® aos trajes, a Comgás fez testes no manequim Thermo-Man®, também da DuPont. O aparelho é equipado com 122 sensores de calor, conectados a um software. Dessa forma, diferentes temperaturas e seus efeitos foram analisados em situações de fogo repentino. Utilizando os mesmos critérios foi desenvolvida a aplicação do uso do conjunto de proteção contra chuva sobreposto à roupa de proteção principal. “O indicador de ‘Conformidade Operacional’ revela uma nota resultante das inspeções de campo às equipes da Comgás e de seus parceiros contratados. Já o indicador ‘Conformidade de Processo’ é resultado das auditorias nos processos do sistema de gestão da Comgás e de seus parceiros contratados”, explica José Carlos Broisler, diretor de Operações e Serviços da Comgás. “Os números são bastante reduzidos e as ocorrências, sem maior gravidade, graças à cultura e gestão de segurança na Comgás, prioridade absoluta da companhia”, finaliza. Foto: Divulgação

NOTAS

Lã de PET

Não existe lixo, existe matéria-prima valiosa e mal aproveitada. A frase é de Maurício Cohab, diretor da Trisoft, que inaugurou o mercado de materiais reciclados e 100% recicláveis para mais de 70 setores da indústria brasileira e que hoje é o maior fabricante de materiais com lã de PET da América Latina. Entre os produtos, estão enchimentos, mantas e revestimentos para o mercado moveleiro, de decoração, construção civil, de produtos para bebês, academias de ginásticas e inclusive para o mercado hoteleiro, um dos mais promissores para 2017. Para Maurício, tudo pode ser reciclado, inclusive e principalmente o que é biodegradável: “além disso, materiais sólidos precisam virar matéria-prima. Esse é o futuro, não há como fugir”. Em pouco mais de 55 anos no mercado, a empresa já realizou transformações irreversíveis e que mudaram o mercado para melhor: a primeira delas foi decidir usar a lã de PET como matéria-prima. Maurício conta que o processo não foi fácil e não apenas pela falta de maquinário: “Tivemos que criar processos e tecnologias que ainda não existiam, mas o fator mais difícil foi a aceitação do mercado. Nossos clientes temiam que o resultado dos produtos não fosse o mesmo dos produtos já utilizados, como a espuma de PU. Mas a Trisoft provou o contrário, superando produtos tradicionais”. Aos poucos, a Trisoft provou para seus mais de 25 mil clientes que o produto não só era equivalente, como ainda mais durável e econômico: “Encontramos uma forma de vender o Petfom, que é nossa alternativa sustentável para a espuma, em placas que evitam o desperdício”. A segunda transformação abraçada pela Trisoft foi a eliminação da água no processo produtivo: “Nós sabíamos que a sustentabilidade deveria ser completa, para que pudéssemos comprovar que ela é possível e não acarreta perdas. É preciso apenas a tomada de decisão pela transformação e, em pouco tempo, o retorno dos investimentos acontece”. A Trisoft, hoje, permite e incentiva que seus clientes possam aderir à logística reversa: “nosso objetivo é que não haja mais descarte de colchões, por exemplo, já que nosso produto é reciclado e 100% reciclável, ou seja, permite que toda a peça seja reaproveitada de alguma forma”, enfatiza Cohab.


Geração Distribuída

Em quatro anos, o número de conexões de micro e minigeração de energia superou 7 mil instalações. O número cresceu de 4 conexões registradas em dezembro de 2012 para 7.658 ligações registradas na Aneel em 25 janeiro de 2017, o que representa uma potência instalada de 75.071,09 kW – suficiente para abastecer 60 mil residências. A fonte mais utilizada pelos consumidores-­ geradores é a solar, com 7.568 adesões, seguida da eólica com 45 instalações. O estado com o maior número de micro e minigeradores é Minas Gerais (1.644 conexões), seguido de São Paulo (1.370) e Rio Grande do Sul (782).

A geração de energia pelos próprios consumidores tornou-se possível a partir da Resolução Normativa Aneel nº 482/2012. A norma estabelece as condições gerais para o acesso de micro e minigeração aos sistemas de distribuição de energia elétrica e cria o sistema de compensação de energia elétrica, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade consumidora e trocar energia com a distribuidora local. A resolução 482 foi revista em novembro de 2015 e, na época, estimou-se que no ano de 2024 mais de 1,2 milhão de consumidores passem a produzir sua própria energia.

Foto: Fotolia

profissional, que levam sempre a mensagem de boas práticas e segurança nas instalações. O programa que visa capacitar profissionalmente, facilitar a realização de novos negócios e ainda permitir que o profissional acumule pontos por meio das interações no site, que poderão ser trocados por prêmios, teve 2 mil eletricistas participando de desafios propostos pelo canal e mais de 50 prêmios distribuídos. “Para nós, os números alcançados em 2016 reafirmam a importância e o sucesso do projeto. Para 2017 o objetivo é alcançar o número de 15.000 cadastros”, finaliza Antonio Maschietto, diretor-adjunto do Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre).

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Eletricista Consciente

2016 foi um ano positivo para o Programa Eletricista Consciente. Além do lançamento do aplicativo APOIE, que auxilia os profissionais a formalizar orçamentos, gerar lista de materiais e estimar preços, a iniciativa fechou o ano com mais de 9.500 profissionais cadastrados. E, para fortalecer ainda mais o projeto, entram como parceiras a Nexans, a Prysmian e a Schneider Eletric, grandes nomes no segmento. Com o intuito de oferecer materiais para auxiliar na certificação dos profissionais, o programa apresentou 16 webinars de treinamentos, com mais de 24h de conteúdo exclusivo. Foram 61.200 páginas lidas1 21/03/2016 dos fascículos An_revInstalacao_9x21.pdf 09:03:55 de aprimoramento


NOTAS

Foto: Fotolia

Produtos customizados A multinacional Midea, líder mundial em ar-­ condicionado e eletrodomésticos, vai investir US$ 30 milhões na expansão de seus negócios para América Latina e Central, oferecendo produtos customizados para cada país. O Head Quarter da operação será em Miami. A empresa, com receita superior a US$ 24 bilhões, mais de 20 fábricas e 124 mil funcionários no mundo, pretende atingir uma área fundamental para sua estratégia global de expansão, o da América Latina e Caribe, que apenas em 2016 teve um volume de 12 milhões de unidades vendidas. Atualmente a Midea está presente na região no Brasil, Argentina e Chile, por meio da joint-­ venture com a americana Carrier. “Nosso objetivo é reforçar ainda mais a marca globalmente, posicionando produtos com tecnologia de ponta e qualidade. Vamos trazer para este mercado nossa expertise já presente em 150 países”, afirma João

Claudio Guetter, CEO da Midea LATAM. “A estratégia será introduzir os produtos gradativamente neste novo mercado com um cronograma de lançamentos. Para conquistar os consumidores locais, vamos desenvolver uma linha de produtos diferenciada, que terá as características de cada país onde serão ofertados, com design que agrade o consumidor e características singulares a cada local”. A partir de março os produtos já serão distribuídos nos países como Bolívia e Honduras, seguidos por Trinidad Tobago, Nicarágua, Guatemala, Suriname, Colômbia, Porto Rico, El Salvador, Jamaica, República Dominicana, Suriname, Guiana e Guiana Francesa, além de outras ilhas do Caribe. Em alguns destes lugares já há distribuidores locais que vendem itens Midea. Agora, os produtos serão fabricados sob demanda para cada país, seguindo as legislações locais referentes às certificações e outras especificidades regionais.

Equipe reforçada

Foto: Divulgação

A Armacell reforça seu time de consultores e contrata Juliano Souza da Silva para integrar a equipe comercial da empresa. O profissional vai atender o mercado de HVAC-R nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. Formado em administração de empresas pela Faculdade Anhembi Morumbi, com especialização pelo Senai em técnico em refrigeração e ar-condicionado, Silva tem mais de dez anos de experiência em vendas técnicas, com atu-

ação em multinacionais como Schneider Electric, Invensys Control - Eliwell e Full Gauge Controls. “Precisamos estar próximos dos clientes para entender as características e dificuldades do mercado local na aplicação de sistemas de HVAC-R. Minha percepção é que muitos instaladores, técnicos e projetistas ainda desconhecem a importância da espuma elastomérica ou isolamento térmico“, afirma Silva.

Site no ar O novo site da Papaiz (marca da Assa Abloy Brasil) já está no ar. Ao acessar o endereço www. papaiz.com.br o internauta encontrará uma mídia de layout moderno, intuitiva e de fácil navegação que o transportará ao universo das fechaduras, cadeados e componentes Papaiz utilizados em portas. É também responsivo, o que possibilita ajuste a qualquer dispositivo móvel. Com foco nos mais diversos públicos, o site da Papaiz foi desenvolvido para aproximar profissionais, parceiros e consumidores dos produtos da marca. É possível encontrar facilmente a solução

8 Revista da InstalaçÃO

procurada. Os produtos estão organizados por categorias e subcategorias. Representantes que comercializam os mais de 30 modelos de maçanetas, com diversas variações de acabamento e aplicações; travas de tamanhos e tipos os mais variados e mais de 40 modelos de cadeados com variações de cores e estampas, itens que integram o portfólio da marca em todo o território nacional, também são facilmente localizados. Basta um click na aba “Representantes”. Além disso, o usuário poderá ficar por dentro das novidades Papaiz em “Notícias”.


Controle total

A Schneider Electric, especialista global em gestão de energia e automação, e a construtora Beco Castelo entregaram o prédio Hamilton Araújo Top Residence, edifício totalmente automatizado na Beira Mar Continental, em Florianópolis (SC). O edifício conta com um sistema robusto e normatizado que garante o conforto, a segurança, a gestão de energia, água e gás dos apartamentos e das áreas comuns.

O que muda para os moradores: ✶ Se o vento estiver muito forte ou chover, as persianas podem fechar automaticamente, aumentando o conforto e protegendo a mobília. ✶ S e o interfone tocar, através do celular ou tablet é possível acessar as câmeras do condomínio e saber quem está na portaria do empreendimento. ✶ O controle do apartamento pode ser feito por pulsadores, pelo teclado KNX ou pelo App Inside Control da Schneider Electric, três opções de controle – padrão em todos apartamentos – para o morador controlar sua casa como achar melhor. ✶ Ao entrar em casa ou quando estiver a caminho de casa, com um comando simples o apartamento pode se preparar para receber a família para um jantar, uma festa ou assistir filmes,

criando o cenário perfeito para cada momento. ✶ Com apenas um toque em uma tecla na saída do apartamento ou da rua pelo aplicativo, é possível desligar a iluminação, fechar as venezianas e desligar a tomada do ferro elétrico, proporcionando conforto, segurança e economia.

O que muda para o condomínio: ✶ Sensores de gás, presença, temperatura, vento, sol, chuva e crepúsculo estão integrados à automação, então, é possível com auxílio do clima, supervisionar e controlar equipamentos à distância garantindo o conforto, segurança, economia e gestão energética do salão de festas, fitness, brinquedoteca, salão de jogos, playground, garagens, fachada RGB, iluminação de obras de arte e áreas externas. ✶ É possível monitorar e receber avisos do funcionamento do grupo gerador, do nível das caixas d›água, funcionamento de bombas, acionamento de cargas pesadas fora de horário de pico – para economia de energia, medição do consumo de gás e água com relatórios de gastos dos apartamento e áreas comuns. Corte de energia do ambiente e acionamento de alarmes são realidades, no caso de vazamentos de gás no salão de festas, por exemplo.

Foto: Divulgação

Logística reversa Líder nacional na construção de moradias populares, a MRV Engenharia vem intensificando a implantação de projetos de logística reversa em seus canteiros de obras. As ações visam o descarte ambiental e reaproveitamento de materiais como blocos de concreto e mangueiras, diminuindo assim seu impacto no meio ambiente. A gestão do entulho é um trabalho conjunto com o fornecedor. A MRV faz a postagem dos materiais descartados junto à Presto Blocos e Pisos de Concreto e à Itaipu Pré-Moldados, fornecedoras de blocos de concreto que recebem o entulho de concreto e fazem a sua reciclagem. Os resíduos como concreto, bloco e argamassa (entulho cinza) são utilizados na produção de novos blocos de concreto com baixa resistência

(sem função estrutural na obra) e retornam à construtora. “Com o aumento de nossa produção, aumenta também a quantidade de resíduos gerados em nossos canteiros. A MRV sabe da sua responsabilidade na reutilização e descarte consciente destes resíduos, evitando comprometer o meio ambiente e impactar o bem-estar dos moradores no entorno das nossas obras”, explica João Paulo dos Santos, engenheiro ambiental da Regional São Paulo da MRV. Desde 2015, a MRV trabalha a logística reversa de entulho cinza em São Paulo, caracterizado por restos de concreto. Em dois anos, a MRV instaurou esta política ambiental na construção de seis empreendimentos e poupou o descarte de 389.903 quilos de resíduo.

Ilus

traçã

o: Fotolia

Revista da InstalaçÃO 9


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Hilton Moreno

Diretor Técnico

Marcos Orsolon

Diretor de Redação


Matéria de CApa

| Impactos da construção civil

Construção gera expectativa positiva

S

Ins tal aç ão Elé tric a

12 Revista da InstalaçÃO

egundo estimativas de 2014, o déficit habitacional no Brasil afeta por volta de 6 milhões de famílias. O levantamento da situação do saneamento básico revela números ainda mais preocupantes: 16,4 milhões de moradias não têm água tratada e outras 38,8 milhões seguem sem coleta de esgoto. O País apresenta

grande carência de infraestrutura também em outras áreas, como energia, transportes e telecomunicações. Ou seja, há muito a ser feito, como comprova um estudo da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que mapeou todos esses segmentos. Apresentado em dezembro, durante o 12º ConstruBusiness (Congresso Brasi-

Ins tal aç ão de Gá s


Área da instalação mantém boas perspectivas

Civil construction traditionally boosts many other sectors of the Brazilian economy. This is the case of the installation sector, which anxiously awaits the return of investments in the country in order to increase the pace of the activity.

quanto à retomada da atividade na construção civil, que tende a gerar grande repercussão em toda a economia.

ão ria ç a l nitá a t Ins ossa r hid

r e FV a l o S ação Instal Foto: Fotolia

es d re e od ã aç l a t Ins

La construcción civil tradicionalmente impulsa la mayoría de los sectores de la economía brasileña. Este es el caso del sector de instalaciones, que espera con interés el retorno de las inversiones en el país para adoptar un mayor ritmo de actividad.

AC V eH

Revista da InstalaçÃO 13


Matéria de CApa

| Impactos da construção civil

Saneamento básico no Brasil (2014)

Déficit habitacional brasileiro por região (2014) Norte 632.067

Água tratada Moradias com acesso 53.767.360

Nordeste 1.900.646

Moradias sem acesso 16.455.049

Sudeste 2.425.679

Coleta de esgoto Moradias com acesso 31.410.744

Sul 645.189 Centro-Oeste

464.480

Moradias sem acesso 38.811.665

Total 6.068.061

Fonte: ConstruBusiness 2016

Foto: Ricardo Brito/HMNews

leiro da Construção), o documento indica a necessidade de se investir R$ 682 bilhões por ano em desenvolvimento urbano e na ampliação da infraestrutura econômica brasileira, no horizonte de 2017 a 2022. Claro que essa é apenas uma sugestão, mas a simples divulgação de números tão expressivos já serve de alento para um País combalido pela crise voltar a sonhar com a retomada da economia. Esse aumento da confiança é compreensível, afinal, a construção civil que tende a ser a mola propulsora de todo esse processo -, tradicionalmente impulsiona uma enorme cadeia, que vai desde fornecedores de insumos primá-

rios até prestadores de serviços especializados, beneficiando nesse caminho a indústria, o comércio e o universo das construtoras. Entre as atividades que alimentam grande expectativa quanto à liberação dos investimentos que estão represados no País, o destaque vai para o segmento de instalações, que está intimamente ligado à construção civil. Conforme explica José Silvio Valdissera, presidente do Sindinstalação (Sindicato da Indústria da Instalação-SP), as redes elétrica, hidrossanitária, de gás e de incêndio perfazem de 12 a 20% do custo total de uma obra na especialidade ‘edificações’. Em áreas como energia elétrica, saneamento e telecomunicações, esse percentual é ainda maior. “Portanto, todo e qualquer investimento na cadeia da construção tem um impacto direto e imediato no nosso setor”, comemora. Valdissera confirma a participação do Sindinstalação nas discussões para elaboração do estudo ConstruBusiness e diz que a entidade concorda com os valores de investimentos apontados como necessários na construção civil, mas ob-

Todo e qualquer investimento na cadeia da construção tem um impacto direto e imediato no setor de instalações. JOSÉ SILVIO VALDISSERA SINDINSTALAÇÃO

14 Revista da InstalaçÃO

Foto: Fotolia

Fonte: ConstruBusiness 2016

serva que nem sempre as cifras anuais são alcançadas. “Vai depender muito da capacidade de investimento do governo. Mas estamos otimistas quanto à retomada do investimento no segundo semestre de 2017”, revela. Na opinião do dirigente, um eventual incremento de obras no País seria capaz de contemplar todas as disciplinas que compõem a área da instalação. “Conhecedor do efeito multiplicador do setor da construção civil, o governo não priorizará um tipo específico de obra. Ele distribuirá os investimentos pelos vários setores que compõem o nosso mercado de tal forma que todas as instalações serão beneficiadas. Porém, dentro das composições de custo das instalações, considero que as instalações elétricas são as que terão maior valor agregado”, comenta Valdissera. Quanto ao tipo de obra que normalmente demanda mais serviços de


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instalação, o presidente do Sindinstalação informa que no passado recente a construção de habitações populares gerou várias contratações, porém, com grande dificuldade de viabilizar preços, fazendo com que algumas instaladoras optassem por se manter afastadas desse nicho. As obras envolvendo indústrias e shoppings, prossegue o dirigente, são as mais interessantes, com valores contratuais elevados e uma boa margem de retorno. Entretanto, costumam exigir investimentos das instaladoras no departamento de engenharia, fator que inibe a participação de empresas de médio e pequeno porte. Já as edificações residenciais e comerciais são as obras mais concorridas e onde existe maior número de instaladoras atuando. “Seria o carro-chefe do setor, apesar de não ser o de maior retorno”, completa Valdissera. Revista da InstalaçÃO 15

K


Matéria de CApa

Além de ser uma das contratações de maior impacto no custo de uma obra, a instalação tem um papel preponderante também no planejamento de execução da mesma. De acordo com o presidente do Sindinstalação, o ideal é que a construção tenha início já com as instalações contratadas, ainda que no início da obra o volume de serviço da instaladora seja pequeno: “Manda a boa técnica que as instalações andem paralelamente com os demais serviços, de tal forma que não haja retrabalho”. Embora a contratação possa ocorrer logo no início da obra, o desembolso financeiro ainda pode levar um tempo para ocorrer. “Andamos a reboque do construtor. Só estaremos bem se o contratante se encontrar em boas condições”, sintetiza Valdissera.

Foto: Fotolia

| Impactos da construção civil

Divisão dos investimentos O estudo divulgado pela Fiesp durante o 12º ConstruBusiness indica a necessidade do País investir R$ 682 bilhões por ano, no horizonte de 2017 a 2022, em duas frentes: desenvolvimento urbano e ampliação da infraestrutura econômica. Segundo o documento, essas estimativas foram feitas considerando as necessidades da sociedade brasileira e as possibi-

lidades, em termos técnicos e de financiamento. Para desenvolvimento urbano, a recomendação é de que sejam destinados investimentos de R$ 387,6 bilhões por ano. Nessa frente incluem-se as seguintes áreas: habitação (novas moradias; reformas e manutenção), saneamento, mobilidade e outras obras urbanas (construção e ampliação de ruas e cal-

Investimentos necessários em desenvolvimento urbano e infraestrutura econômica, em bilhões de reais Área Média anual de investimento Habitação 361,026 Saneamento 13,148 Outras obras urbanas*

11,012

Energia elétrica

17,586

Telecomunicações 7,759 Outras obras e serviços da construção**

180,556

Fonte: ConstruBusiness 2016 *inclui a construção e ampliação de ruas e calçadas, serviços de drenagem, cuidados com áreas de risco, etc. **edificações não residenciais (hospitais, escolas, escritórios, centros comerciais, etc.), instalações industriais e de armazenamento

16 Revista da InstalaçÃO

çadas, drenagem, cuidados com áreas de risco, etc.). Somente para novas moradias é sugerido um investimento na casa dos R$ 205,5 bilhões/ano. Para reformas e manutenções, a quantia recomendada é de R$ 155,4 bilhões/ano. Seria necessário aplicar ainda R$ 13 bilhões/ ano em saneamento (expansão das redes de distribuição de água e coleta de esgoto, estações de tratamento de esgoto e de tratamento de resíduos sólidos). Já para infraestrutura econômica o ideal seria a destinação de investimentos de R$ 114 bilhões por ano. Essa frente inclui as seguintes áreas: transportes (todos os modais, instalações elétricas e estações de embarque), energia elétrica, bens minerais (petróleo e gás, incluindo oleodutos e minerodutos) e telecomunicações. Segundo o estudo, o setor de transportes precisa de investimentos de R$ 68 bilhões/ano. Também seria preciso aplicar recursos em energia elétrica (R$ 17,5 bilhões/


ano), bens minerais (R$ 20,6 bilhões/ ano) e telecomunicações (R$ 7,7 bilhões/ano).

Mais R$ 180,5 bilhões/ano seriam destinados a outras obras e serviços da construção (edificações não residenciais,

como hospitais, escolas, escritórios e centros comerciais), instalações industriais e de armazenamento.

A força da construção civil tiu que o setor está preparado e empenhado em cumprir sua vocação de indutor da economia e grande gerador de emprego. “A cadeia produtiva da construção constitui uma imensa força que pode contribuir de maneira significativa para o crescimento do Brasil. Atualmente suas atividades representam 13,7% da população ocupada e 9,3% do PIB brasileiro”, destacou. Segundo estimativas citadas no estudo ConstruBusiness para o ano de 2016, os investimentos em obras e serviços de construção devem gerar um PIB de R$ 502,1 bilhões na cadeia produtiva da construção, sendo que essas atividades devem envolver 12,5 milhões de pessoas na média do ano. A maior parte do PIB da cadeia produtiva (R$ 321 bilhões, ou 64,5%), refere-se à atividade de construção

em si, e envolve tanto a produção das construtoras, que executam obras ou etapas das obras de engenharia, quanto as obras de autogestão, autoconstrução e reformas. O PIB da indústria de materiais, máquinas e equipamentos para construção deve ficar na casa dos R$ 58,4 bilhões (10,8% do total), empregando 772 mil pessoas. Já a venda de materiais para construção (comércio atacadista e varejista) deve ocupar 1,054 milhão de pessoas e gerar um valor adicionado de aproximadamente R$ 43 bilhões. Por fim, o PIB das atividades de pres-

Oportunidade

Retomada dos investimentos na construção deve gerar milhares de empregos.

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Durante o 12º ConstruBusiness, uma das questões mais abordadas foi a importância histórica da construção civil para a economia brasileira e o potencial que essa área tem para ajudar a tirar o país da crise. José Carlos de Oliveira Lima, vice-­ presidente da Fiesp e presidente do Conselho Superior da Indústria da Construção (Consic) da Fiesp lembrou que a construção civil foi fundamental para alavancar a economia nacional na crise de 1998, quando o País sofria com a desvalorização do real frente ao dólar. Dez anos depois, a economia escapou relativamente ilesa da extensa crise internacional graças aos investimentos em habitação e infraestrutura. Carlos Eduardo Auricchio, diretor-titular do Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da Fiesp garan-

Revista da InstalaçÃO 17


Matéria de CApa

tação de serviços deve alcançar R$ 79,6 bilhões em 2016, ocupando 1,9 milhão de pessoas. Nessa categoria incluem-­ se as seguintes divisões: incorporação, compra e venda de imóveis, aluguel de máquinas e equipamentos, serviços técnicos profissionais (como projetos de engenharia e arquitetura) e manutenção predial (ex.: conservação de elevadores e outras máquinas e equipamentos prediais). Apesar de toda essa pujança, o setor da construção civil também vem sofrendo com a paralisação generalizada que toma conta dos negócios no País há pelo menos dois anos e cobra a imediata retomada do crescimento da economia. Segundo Carlos Auricchio, este é um dos momentos mais desafiadores para a cadeia produtiva da construção. Para ilustrar o fato, ele compara dois períodos recentes. Entre 2009 e 2014, o investimento em obras cresceu quase 5% ao ano no País, chegando a representar 11,5% do PIB brasileiro, em 2014. De 2014 até agora, os investimentos em

Ilustração: Fotolia

| Impactos da construção civil

construção registraram queda superior a 19%, retornando a patamares de 2009 e 2010. “Esse declínio pode chegar a 35% em curto período de tempo, caso não sejam implementadas mudanças

de posicionamento, com medidas emergenciais e estruturais que possibilitem a recuperação dos investimentos”, alerta o diretor-titular do Departamento da Indústria da Construção da Fiesp.

Saímos da UTI, diz ministro reconheceu que a queda de 19% na atividade da construção é “séria” e “mosFoto: Fotolia

Presente ao 12º ConstruBusiness, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles

18 Revista da InstalaçÃO

tra a dimensão dessa crise”. Meirelles destacou também que esta é uma crise de longa duração e cujo “combate eficaz” só teria começado em maio de 2016 - ele assumiu o cargo nessa ocasião. O ministro disse que a retomada da economia desta vez deveria demandar mais tempo do que em crises de menor vulto e fez uma analogia, dizendo que na metade de 2016 o País estava na UTI, mas, com as medidas adotadas, já teria deixado a Unidade de Terapia Intensiva: “(O País) não está correndo, ainda. Não está andando rápido. Está, na realidade, ainda num processo de recessão para estabilização e retomada do crescimento. Com a ajuda de todos, vamos sair desta crise”. Durante o congresso, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ligou para o presidente da República Michel Temer e o colocou


Abrangência

no viva-voz do celular para que o público ouvisse. “Nessa área de infraestrutura nós estamos procurando avançar bastante. Por exemplo: para o Minha Casa Minha Vida há um planejamento para 2017 para a construção de milhares de casas em todo o País”, disse Temer. O ministro das Cidades, Bruno Araújo, informou que o governo já havia autorizado a retomada da construção de 28 mil habitações que estavam paradas e que neste ano serão construídas de 550 a 600 mil unidades no programa Minha Casa Minha Vida. Temer garantiu ainda que ampliou o financiamento para incentivar o setor da construção civil e que lançou o Cartão-reforma. O programa visa auxiliar pessoas com renda familiar bruta mensal de até R$ 1,8 mil na aquisição

Mercado da construção tem impacto direto em diversos setores da economia.

de materiais de construção para melhorar suas casas. O setor da construção recebeu ainda outra boa notícia, que pode repercutir positivamente também nas empresas de instalação. O governo anunciou redução de prazo para pagamento das construtoras que executam obras para o Minha Casa Minha Vida através do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). Até o ano passado, esse prazo era de 30 dias para as pequenas construtoras, 45 dias para as médias e 60 para as grandes empresas. Com a redução, os prazos iriam cair para 10, 20 e 30 dias, respectivamente.

Brasil precisa investir R$ 682 bilhões por ano em desenvolvimento urbano e ampliação de infraestrutura entre 2017 e 2022. Revista da InstalaçÃO 19


Matéria de CApa

| Impactos da construção civil

Dirigente destaca expertise das instaladoras ro a condição básica que as empresas da área de instalação precisam atender: “Se esses investimentos se concretizarem, o segmento de instalações teria aumento na demanda de trabalho, o que seria muito importante, neste momento que estamos passando. Mas as empresas têm que estar preparadas tecnica-

mente para atender a essa demanda, entregando serviços de qualidade para os usuários”, alerta. Uma ferramenta interessante que o mercado dispõe para assegurar a qualidade dos serviços é o Qualinstal, o Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas Instaladoras e Instalações.

Foto: Fotolia

Cedo ou tarde, as oportunidades de negócios ressurgirão no País. Mas nada virá ‘de mão beijada’. É fundamental que as instaladoras se qualifiquem adequadamente para atender às exigências do mercado e enfrentar a concorrência que já é forte normalmente, e que se acirra em tempos de crise. As empresas modernas precisam estar atentas à gestão do negócio como um todo, de forma a garantir solidez financeira e administrativa que permita tocar o negócio no dia a dia. Paralelamente, a excelência na prestação dos serviços precisa ser perseguida e exercitada continuamente. Conforme divulga a Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações (Abrinstal), as instalações são essenciais para o perfeito funcionamento de qualquer prédio, sendo que inadequações nas redes podem comprometer todo um projeto e também a reputação da empresa responsável. Indagado sobre sua expectativa em torno da retomada dos investimentos na área da construção civil, Alberto Fossa, diretor-executivo da Abrinstal deixa cla-

Construtora prevê cenário positivo A Danpris Construtora e Incorporadora, que investe no plano Minha Casa Minha Vida, enxerga um panorama de sucesso para este ano. O motivo dessa expectativa está relacionado a uma melhora na confiança do consumidor no longo prazo, que se sente mais seguro em fechar negócio. A queda da inflação e a perspectiva de reduções da taxa básica de juros nos próximos meses também tandem a proporcionar benefícios para a construtora. “Em um momento delicado, como o que estamos atravessando, a Danpris busca ino-

20 Revista da InstalaçÃO

var, oferecendo opções e novidades, com empreendimentos completos, além de condições especiais de venda para atrair novos compradores e negociações mais flexíveis”, explica Dante Seferian, CEO da construtora, sediada na cidade de Osasco, Região Metropolitana de São Paulo. Entre as estratégias da construtora está o investimento em novidades e facilidades nas condições de pagamento. “Um exemplo disso foi que recentemente lançamos em Osasco o Terraço Quitaúna, um empreendimento enquadrado no plano Minha Casa Minha Vida, com

terraço gourmet e estrutura completa de lazer nas áreas comuns, e já contabilizamos 65% de unidades vendidas. Além disso, oferecemos condições atrativas para o pagamento, com zero de entrada, parcelas pequenas durante a construção e a vantagem do comprador poder parcelar a entrada, usando inclusive, o 13º salário”, completa o CEO. Em relação ao estoque da empresa, Dante acredita que pode diminuir em pouco tempo, já que o valor estaria atrativo, principalmente se comparado aos imóveis comercializados na vizinha capital paulista.


promisso de atender seus requisitos. Na sequência a empresa tem de escolher um Organismo de Avaliação da Conformidade (OAC) independente e reconhecido pela Abrinstal para sua avaliação. O OAC fará a auditoria para verificar os requisitos técnicos e de gestão do Qualinstal. Se todos os requisitos forem atendidos, o organismo emitirá o Certificado de Conformidade da instaladora. A empresa certificada terá então que declarar seu compromisso de atender os requisitos de forma permanente. As instaladoras certificadas são cadastradas no site do Qualinstal, que pode ser consultado pela sociedade.

De olho no mercado de cobre

Foto: Divulgação

A Alubar Metais e Cabos, sediada em Barcarena, no nordeste do Pará, segue em grande expectativa quanto ao reaquecimento do mercado de cobre. Por acreditar que este deve ser o ano da recuperação do setor, a empresa já se prepara para atender especialmente as demandas da construção civil, uma vez que as instalações prediais movimentam grande quantidade de cabos de cobre. Com os cabos Tecnofire, Tecnax e Tecnotox, a Alubar atende a diversas classes de tensão e temperatura que os clientes usam. “Nosso port­ fólio também contempla a fabricação dos cabos não halogenados,

que são produzidos com materiais livres de halogênio e emitem baixa quantidade de fumaça, gases tóxicos e corrosivos”, destaca Fábio Camargo (foto), coordenador Comercial Norte/Nordeste da Alubar. No setor da construção civil a empresa vislumbra clientes como as principais construtoras e revendas de material elétrico, que se preocupam com a qualidade do produto e com a relação custo/benefício. “Temos participado de grandes feiras nacionais para apresentar todo o nosso potencial para a construção civil”, afirma Camargo. No ano passado, a Alubar Metais e Cabos chegou a uma produção, em uma primeira etapa, de 1.500 toneladas/mês de cabos nus e isolados de baixa e média tensão. O novo negócio também impactou na criação de postos de trabalhos. No total, houve um acréscimo de 20% no número de colaboradores contratados em 2016. A empresa fechou o ano com o desenvolvimento de novos produtos, como os cabos de controle, concêntrico, fotovoltaico e cabo de média tensão.

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Coordenado pela Abrinstal, o programa estabelece as condições e requisitos técnicos e de gestão aplicáveis às empresas instaladoras e instalações, de forma a garantir a crescente estruturação do setor e a melhoria da qualidade e segurança dos serviços prestados. “A iniciativa envolve um conjunto diversificado de agentes da cadeia da construção civil, de fabricantes de materiais e equipamentos, empresas de projetos, mão de obra e, claro, as empresas instaladoras”, menciona Alberto. Para ingressar no programa, a instaladora precisa declarar formalmente sua adesão ao Qualinstal e assumir o com-

Empresas têm que estar preparadas tecnicamente para atender demanda futura, entregando serviços de qualidade para os usuários. ALBERTO FOSSA ABRINSTAL

A Tecnisa é uma das empresas que conquistaram a certificação Qualinstal. Como consequência do aumento da qualidade do serviço prestado, a construtora destaca que vem conseguindo reduzir ano a ano as solicitações de assistência envolvendo as áreas elétrica e hidráulica dos prédios que constrói. Segundo José Silvio Valdissera, presidente do Sindinstalação, de forma geral as instaladoras estão devidamente qualificadas para atender a um eventual aumento de procura pelos serviços por elas prestados, por conta da retomada da economia do País. “As boas instaladoras estão sempre prontas para atender à demanda do mercado. Tratam-se de serviços técnicos que dependem de expertise, e isso é o que de melhor temos para oferecer aos nossos contratantes. O DNA das instalações está dentro de cada colaborador das empresas do setor, e nem vejo necessidade de reestruturação das instaladoras. Precisamos apenas voltar a crescer”, comenta o dirigente. Revista da InstalaçÃO 21


Mercado | DR

Mandatory in almost every situation provided by the standard ABNT NBR 5410 - Low Voltage Electrical Installations, RCD act in order to strongly reduce the risks to people of electric shocks (RCD). 22 Revista da InstalaçÃO

Prácticamente obligatorio en casi todas las situaciones establecidas en la norma ABNT NBR 5410 - Instalaciones eléctricas de baja tensión, RCD actua para reducir mucho los riesgos para las personas en relación a las descargas eléctricas (RCD).


A importância do DR para a segurança das instalações elétricas Aplicação correta do DR reduz os riscos para as pessoas em relação aos choques elétricos.

por: Hilton Moreno

Foto: Fotolia

S

e não é razoável imaginar um automóvel sem freio e cinto de segurança, o mesmo acontece em uma instalação elétrica sem dispositivos como o DR. Obrigatórios em diversas situações previstas na norma ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão, esses produtos atuam para que os riscos para as pessoas diminuam muito em relação aos choques elétricos. O DR, Dispositivo Diferencial-Residual, foi mencionado pela primeira vez na versão de 1990 da NBR 5410, mas somente foi tornado de uso obrigatório na edição de 1997. A seguir serão tratados os principais aspectos relacionados à seleção, especificação e utilização desse dispositivo de proteção essencial. Mas antes, vamos falar um pouco sobre a eletricidade e seus efeitos no corpo humano. O conhecimento da eletricidade, em suas formas mais primitivas, remonta a milhares de anos e em sua “forma industrial, comercial e residencial” desde o final do século XIX. Ou seja, a eletricidade é nossa velha conhecida, tanto nos seus aspectos úteis quanto nos seus perigos. Os cientistas, engenheiros e técnicos dominam completamente as diferentes tecnologias seguras para a geração, transmissão, distribuição, controle, automação e uso final da eletricidade, enquanto que usuários Revista da InstalaçÃO 23


Mercado | DR

tecnicamente leigos convivem, quase sempre, pacificamente com a eletricidade ao seu redor. A eletricidade é tão familiar no dia-­ a-dia das pessoas que a imensa maioria nem percebe que ela existe, somente

percebendo a sua importância nos momentos em que ela falta. Porém, como pode um recurso tão familiar e útil ser o causador de milhares de acidentes no Brasil e no mundo, com incontáveis vítimas, muitas delas fatais?

A provável resposta está na “falta de conhecimento” sobre diferentes aspectos deste recurso, seja por parte dos profissionais e autoridades que lidam com ela, seja também por parte de seus usuários.

A resposta do corpo humano à eletricidade de uma corrente elétrica externa através das células nervosas pode ser sentida e confundida com outras respostas sensoriais. O coração, por exemplo, é muito receptivo ao estímulo elétrico. Quando células cardíacas estão em estado de repouso e um sinal elétrico, seja do próprio mecanismo do coração, seja de uma outra fonte externa, é aplicado e se espalha pelo coração, o resultado é uma contração coordenada do órgão, ou seja, um batimento cardíaco. No Ilustração: Fotolia

Tudo o que o corpo humano sente é produzido, de uma forma ou de outra, por sinais elétricos. As células nervosas enviam mensagens ao cérebro por meio de pequenas tensões e correntes elétricas. A maioria destes sinais elétricos individuais tem uma intensidade muito reduzida para chamar nossa atenção, mas sentimos frio, queimaduras e cortes porque muitas células nervosas foram ativadas. Assim, de modo inverso, uma reação similar causada pela passagem

entanto, imediatamente após o início da contração, quando apenas algumas células retornaram ao repouso e outras ainda estão se contraindo, um sinal elétrico aplicado adicionalmente pode produzir contrações desorganizadas, conhecidas por fibrilação. Em alguns casos, pode ser impossível restabelecer o batimento coordenado necessário para promover a circulação do sangue. Assim, a passagem de correntes elétricas pelo coração é um tema vital para a segurança das pessoas, mesmo para aquelas que não têm problemas cardíacos. O “liminar de percepção” da passagem da corrente elétrica pelo corpo depende de diversos parâmetros, tais como a área do corpo que está em contato com o condutor de eletricidade, se a pele está molhada ou seca, sua temperatura, as condições psicológicas do indivíduo (calmo, estressado, etc.), etc. Em geral, um valor de 0,5 mA é considerado como o limiar de percepção. Uma vez que os impulsos nervosos do cérebro para os músculos que comandam os movimentos são também de natureza elétrica, há um ponto além do qual a corrente elétrica que flui através do corpo provoca um estímulo do nervo e uma pessoa que está em contato com um condutor vivo não é mais capaz de soltá-lo (tetanização). Este limiar,

Segurança

Utilização de dispositivos como DR aumenta nível de segurança no uso de eletricidade. 24 Revista da InstalaçÃO



Mercado

Foto: Fotolia

| DR

Atenção

chamado de “limite de largar”, também depende de diversos fatores, situando-­ se, nas frequências de 50 e 60 Hz, entre 6 e 14 mA (média 10 mA) em mulheres, entre 9 e 23 mA (média 16 mA) em homens. Para corrente contínua, o valor médio é de 51 mA em mulheres e 76 mA em homens. O “limiar da fibrilação ventricular” depende igualmente de vários fatores próprios de cada indivíduo, assim como de parâmetros elétricos (duração e caminho da corrente, tipo de corrente CA ou CC, etc). No caso de correntes alternadas de 50 e 60 Hz, há uma considerável redução neste limiar de fibrilação quando a corrente circula por mais de um ciclo cardíaco. Nestes casos, os músculos cardíacos começam a vibrar muito rapidamente e o resultado é que o coração não é mais capaz de bombear sangue para o organismo, reduzindo a pressão arterial para zero, provocando desmaio e parada respiratória, quase sempre fatal. 26 Revista da InstalaçÃO

Experiências práticas têm mostrado que correntes de 5 mA provocam choques desconfortáveis e, nos casos de crianças e pessoas em mesas de operação, esta corrente pode causar sérios desconfortos e complicações até mesmo fatais. Acidentes com correntes contínuas são menos frequentes do que o esperado, tendo em vista o menor número de aplicações deste tipo de corrente. A maioria dos acidentes fatais em CC tem acontecido em condições de influências externas extremamente desfavoráveis como é o caso, por exemplo, em minas e, mais recentemente, em instalações fotovoltaicas. Isto é particularmente devido ao fato de que, em corrente contínua, o limiar de corrente para soltar o condutor vivo é menor do que em CA e que, para durações de choques maiores do que o período do ciclo cardíaco, o limiar de fibrilação permanece consideravelmente maior do que para a corrente alternada.

Aplicação do DR é obrigatória em circuitos elétricos de ambientes como cozinhas e banheiros.

A principal diferença entre os efeitos das correntes CA e CC no corpo humano está relacionada às variações da intensidade da corrente, especialmente quando se fecha e abre o circuito. Para se produzir os mesmos efeitos de excitação celular, a intensidade da corrente contínua deve ser entre duas a quatro vezes maior do que a corrente alternada. Como descrito, fica evidente que correntes elétricas, alternadas ou contínuas, de muito baixa intensidade (mA) podem ser extremamente perigosas, às vezes fatais, sob certas condições de tempo e caminho de circulação pelo corpo humano. Sendo assim, é fundamental que as instalações elétricas possuam meios que impeçam ou minimizem os efeitos da circulação dessas correntes perigosas. É aí que entra em cena o dispositivo DR.


Seccionamento automático da alimentação elétrica tomático deve acontecer em um tempo no máximo igual ao especificado na tabela 25 da norma, que varia de 0,05 s a 0,8 s, dependendo da tensão nominal do circuito e da situação das pessoas (pela seca, úmida ou molhada). No esquema TN, desde que essa condição seja atendida, podem ser usados para o seccionamento automático visando proteção contra choques elétricos tanto os dispositivos de proteção a sobrecorrente (disjuntores ou fusíveis), quanto os dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual (DR). Além dessa regra geral de seccionamento automático, que vale para todos os circuitos de uma instalação, a NBR 5410 obriga o uso de dispositivos DR de alta sensibilidade (com corrente diferencial-residual nominal menor ou igual a 30 mA) como proteção adicional contra choques elétricos em algumas situações específicas. A proteção adicional provida pelo uso de dispositivo diferencial-residual Foto: Fotolia

O seccionamento automático da instalação, no caso da ocorrência de uma situação que possa resultar em perigo de choque elétrico, consiste em desligar automaticamente toda instalação ou parte dela para que o perigo seja eliminado e a pessoa protegida. O princípio estabelecido pela NBR 5410 nesse assunto é que, ocorrendo em qualquer ponto da instalação elétrica uma falta de impedância desprezível entre um condutor de fase e o condutor de proteção ou uma massa, um dispositivo de seccionamento automático deve desligar o circuito em um tempo bastante reduzido e seguro. No esquema de aterramento tipo TN, o mais comum no País, as características do dispositivo de proteção contra choques elétricos e a impedância do circuito devem obedecer uma regra. Ocorrendo uma falta de impedância desprezível entre um condutor de fase e o condutor de proteção ou uma massa, em qualquer ponto do circuito, o seccionamento au-

de alta sensibilidade visa casos como aqueles onde há falha de outros meios de proteção e de descuido ou imprudência do usuário. As situações que são objeto da medida de proteção adicional por uso de DR de alta sensibilidade são as seguintes: ✹ Nos circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização (iluminação e força) situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens. Há uma exceção a esta regra unicamente para os de pontos de iluminação situados a mais de 2,50 m do piso; ✹ Nos circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de tomada situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens; ✹ Nos circuitos que, em qualquer tipo de edificação, sirvam a pontos de utilização (iluminação e força) situados em locais contendo banheira ou chuveiro; ✹ Nos circuitos que, em qualquer tipo de edificação, sirvam a tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação ou tomadas de corrente situadas em áreas internas, mas que possam vir a alimentar equipamentos no exterior da edificação. Importante destacar que as exigências de proteção adicional por DR de alta sensibilidade mencionadas se aplicam somente às tomadas com corrente nominal de até 32 A. Revista da InstalaçÃO 27


Mercado | DR

Ligação dos dispositivos DR Os dispositivos DRs podem ser ligados individualmente por circuito, por grupos de circuitos ou pode ser usado um único DR geral, protegendo todos os circuitos de uma instalação. O DR deve ser escolhido e os circuitos devem ser divididos de tal modo que a soma das correntes de fuga à terra que podem circular pelo DR durante o funcionamento normal das cargas não seja suficiente para provocar a atuação do dispositivo.

N F 1 F2

PE

Como as normas técnicas do DR indicam que eles já podem atuar a partir de 50% de sua corrente de disparo nominal, é preciso conhecer com bastante detalhe as cargas que serão alimentadas por um único DR. Por exemplo, um DR de corrente nominal de disparo de 30 mA pode disparar a partir de correntes de fuga à terra maiores ou iguais a 15 mA. Dependendo da natureza das várias cargas ligadas a um único DR de 30 mA, por exemplo, este valor (15 mA) pode ser

N

PE

F1 F2

facilmente atingido, resultando em constantes desligamentos da instalação e causando enorme desconforto aos usuários. Uma solução que pode conciliar custo com continuidade de operação é o uso de um DR para um determinado grupo de circuitos. Obviamente que, sob o ponto de vista técnico, sem levar em conta os custos, o uso de um único DR para cada circuito minimiza, ou praticamente elimina, os inconvenientes causados pelos desligamentos causados por correntes de fuga naturais.

PE

F1 F2

N

DTM DTM

DTM

IDR

DTM

DTM

IDR

IDR

IDR DTM

DTM IDR DTM

DTM

DTM

IDR

(A) DR GERAL

(B) DRS INDIVIDUAIS

IDR = Interruptor Diferencial Residual

(C) DR POR GRUPOS

DTM = Disjuntor Termomagnético

Tipos e normas técnicas de dispositivos DR Os tipos mais usuais de DRs encontrados no Brasil são aqueles para instalação em quadros elétricos, embora existam versões para instalação diretamente em caixas de ligação (4x2” ou 4x4”). Os DRs geralmente são comercializados nas versões bipolares e tetrapolares, lembrando que o condutor de proteção nunca deve ser ligado aos terminais do dispositivo, mas apenas os condutores vivos (fases e neutro). Os produtos podem ainda ser fabricados na versão Interruptor DR (IDR) ou Disjuntor DR (DDR). O primeiro tipo atua 28 Revista da InstalaçÃO

exclusivamente como seccionador do circuito no caso de correntes de fuga, enquanto que, no segundo caso, o dispositivo atua adicionalmente na proteção do circuito contra sobrecargas e curtos-circuitos. Os Interruptores DR devem atender as seguintes normas técnicas em vigor quando da elaboração desta matéria: ✹ ABNT NBR NM 61008-1:2005 - Interruptores a corrente diferencial-­ residual para usos domésticos e análogos sem dispositivo de proteção contra sobrecorrentes (RCCB) - Parte 1: Regras gerais

(IEC 61008-1:1996, MOD); ✹ ABNT NBR NM 61008-2-1:2005 - Interruptores a corrente diferencial-residual para usos doméstico e análogos sem dispositivo de proteção contra sobrecorrentes (RCCB) Parte 2-1: Aplicabilidade das regras gerais aos RCCB funcionalmente independentes da tensão de alimentação (IEC 61008-2-1:1990, MOD). Não há, neste momento, norma brasileira sobre Disjuntor DR (DDR), devendo-­ se, nesse caso, especificar os dispositivos conforme a norma IEC 61009-1.


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Destaque

| Tecnologia

Conforto acústico

D

estinado principalmente ao repouso, o lar é um lugar onde o homem passa grande parte de sua vida, seja em família, seja na companhia dos amigos. Com a tendência das empresas de aderir ao sistema de home-office, e até como forma de se proteger do aumento da violência nas cidades, vem crescendo a utilização desse espaço como local também de trabalho, estudos e lazer.

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30 Revista da InstalaçÃO

Para garantir uma boa qualidade de vida aos ocupantes durante esse período de permanência maior, é essencial que o imóvel contemple as mais diversas disciplinas que influenciam o conforto ambiental do mesmo, como iluminação, climatização e ventilação.

Além dessas áreas, o conforto acústico é um dos segmentos que vêm recebendo cada vez mais atenção no Brasil nos últimos anos, especialmente por conta da evolução normativa. Anteriormente, de maneira geral, a preocupação com o desempenho acústico das edificações estava mais restrita a hotéis e empreendimentos de alto padrão. Agora esse quadro está mudando, por conta da norma ABNT NBR 15575,


Norma estimula utilização de soluções para atenuação de ruídos em tubulações de água e esgoto.

Peportagem: Paulo Martins

A house must follow a lot of disciplines that influence the comfort, such as lighting, air conditioning and ventilation. Another subject that deserves close attention is the acoustic attenuation of sanitary pipes, which is covered by technical standards.

Es esencial que una residencia cumpla con las distintas disciplinas que influyen en el confort ambiental, como la iluminación, el aire acondicionado y la ventilación. Otra área que merece atención es la atenuación acústica de las tuberías sanitarias, que incluso se regulan por norma.

Revista da InstalaçÃO 31


Destaque

| Tecnologia

A norma de desempenho ABNT NBR 15575 aplica-se a edifícios habitacionais novos, que tiveram projetos protocolados nas prefeituras de todo o país após 19 de julho de 2013. protocolados nas prefeituras de todo o país após 19 de julho de 2013. Catherine destaca também que a Parte 6 da norma - que trata especificamente de equipamentos prediais e sistemas hidrossanitários -, nesta primeira versão ainda não exige o atendimento dos critérios de desempenho acústico. “Ela apenas recomenda níveis de conforto de forma orientativa. Acredita-se que na próxima revisão da norma os

Foto: Fotolia

que estabelece requisitos e critérios de desempenho para edificações habitacionais e em sua Parte 6 trata especificamente de equipamentos prediais e hidrossanitários. Entre os produtos mais promissores voltados a esse segmento destacam-se aqueles destinados a promover a atenuação de ruídos em tubulações de água e esgoto. “A demanda pela solução tende a aumentar, pois, com a introdução da norma de desempenho e consequente mobilização da cadeia construtiva, surge uma nova conscientização dos usuários dos novos imóveis no critério ‘conforto’, em geral”, confirma a arquiteta Catherine Schrader, consultora técnica da Armacell, empresa líder mundial no mercado de materiais isolantes térmicos flexíveis (mecânicos). A norma de desempenho ABNT NBR 15575 aplica-se apenas a edifícios habitacionais novos, que tiveram projetos

32 Revista da InstalaçÃO

critérios para esse sistema passem a ser exigidos, como já acontece com os outros elementos construtivos”, observa a consultora da Armacell. Especificamente para reduzir o nível de ruído que pode comprometer o conforto no interior de ambientes, a empresa oferece ao mercado a solução Fonoblok Plus, destinada à atenuação acústica em tubulações de água e esgoto e suas conexões. Conforme explica Catherine, a norma de desempenho estabelece limites para os ruídos gerados por instalações hidrossanitárias e outros equipamentos, a serem medidos nos dormitórios. O regulamento recomenda que cada construtora realize ensaios de campo com a solução proposta, de modo a chegar a um resultado real na medição do nível de pressão sonora no interior do referido cômodo. A especialista destaca que o resultado do produto utilizado depende de diversos fatores - de acordo com a solução construtiva adotada pela edificação - e revela os números apurados no teste envolvendo o Fonoblok Plus: “Em ensaios realizados em laboratório interno da empresa, os resultados comparativos em um determinado sistema hidrossanitário mostraram reduções sonoras que variaram de 2 a 10 decibéis, de acordo com cada produto testado, na comparação do sistema com e sem o Fonoblok”. A consultora da Armacell observa que esses resultados se aplicam somente à condição específica montada para esse ensaio.



Destaque

| Tecnologia

Como funciona a solução fixadas, sendo feito um corte ao longo do comprimento do produto, encapando a tubulação e unindo as partes com a fita adesiva especial da Armacell. Segundo a empresa, a instalação do Fonoblok é bastante tranquila, bastando seguir o manual. “Deve-se utilizar uma trena, os gabaritos para recorte das conexões e uma faca com boa afiação. A aplicação é muito simples e o produto é de fácil manuseio, não sendo necessária mão de obra especializada. Mas é de extrema importância desacoplar o sistema hidrossanitário da estrutura”, detalha Catherine. Para o dimensionamento da solução mais adequada para cada caso, a arquiteta observa que o projetista deverá considerar todos os componentes do sistema predial, como as dimensões do recinto, materiais que o ruído percorrerá, elementos de desacoplamento, entre outros, e assim escolher o melhor produto, de acordo com o nível de conforto desejado. “O isolamento acústico

Aplicação

O Fonoblok Plus é indicado para tubulações com diâmetro de 50, 75 e 100 mm, nas espessuras de 10 e 20 mm.

do Fonoblok é apenas um dos elementos dentro de um conjunto que irá definir o nível de ruído de pressão sonora dentro do recinto medido”, finaliza Catherine.

Fotos: Divulgação

O Fonoblok Plus consiste em um tubo em espuma elastomérica flexível de cor preta que reveste externamente as tubulações de água, esgoto e suas conexões, com a finalidade de minimizar os ruídos emitidos pelo funcionamento desse tipo de sistema, contribuindo assim para atender às referências da norma de desempenho ABNT NBR 15575-6. O produto pode ser aplicado em tubulações com diâmetro de 50, 75 e 100 mm, e nas espessuras de 10 e 20 mm. A solução inclui uma cinta acústica adesiva reforçada com fios e tramas, para fazer o acabamento das conexões. O Fonoblok pode ser utilizado em todos os tipos de tubulações, tanto novas quanto em instalações já existentes. Catherine explica que o produto pode revestir o tubo de PVC de duas formas: por ‘encamisamento’ ou ‘abraçamento’. No encamisamento, o Fonoblok é utilizado inteiramente, revestindo a tubulação antes de fixá-la ao sistema. Já o abraçamento é realizado em tubulações já

Conforto

Revestimento externo das tubulações de água, esgoto e suas conexões minimiza os ruídos emitidos pelo funcionamento desse tipo de sistema.

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Espaço Sindinstalação Notícias e informações sobre o mercado de instalações e as ações do Sindinstalação e seus parceiros.

Contribuição sindical patronal

A

Contribuição Sindical é o mais importante instrumento de atuação das entidades sindicais para o exercício de atividades que visam o interesse das categorias representadas. Está prevista no art. 149 da Constituição Federal e no artigo 578 da Consolidação das Leis do Trabalho. Os valores arrecadados via contribuição sindical permitem que as entidades sindicais tenham recursos para preservação da sua real autonomia, garantindo a atuação efetiva em defesa das categorias por meio da representação perante autoridades, órgãos públicos, conselhos e comissões, gastos com convênios, parcerias e obtenção de outros benefícios. Independentemente de realização de assembleia ou previsão estatutária, a Contribuição Sindical tem imposição automática anualmente, de acordo com a lei.

ráter obrigatório para todos os integrantes da categoria, independentemente de filiação, possuindo natureza tributária.

Da obrigatoriedade

Prazo de recolhimento

A Contribuição Sindical está prevista nos artigos 578 a 589 da CLT e tem ca-

A Contribuição Sindical tem seu vencimento no dia 31 de janeiro de cada

Das empresas optantes pelo Simples Nacional

ano e seu pagamento deve ser efetuado por meio da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana (GRCSU), conforme modelo aprovado pela Caixa Econômica Federal. Foto: Fotolia

Apesar do entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que as empresas optantes pelo Simples Nacional possuem isenção da Contribuição Sindical, é preciso considerar que muitas vezes são estas empresas que demandam maior suporte técnico das entidades sindicais. Caberá exclusivamente aos empresários a decisão de efetuar ou não o recolhimento da contribuição pelas empresas optantes pelo Simples Nacional, ponderando sua decisão com base no interesse de toda a categoria representada e também no interesse de sua organização, que contribuindo, poderá usufruir de todo o suporte técnico oferecido pelo sindicato.

36 Revista da InstalaçÃO


Espaço Sindinstalação

Espaço Sindinstalação

News and information on the installation market and activities from Sindinstalação and partners.

Noticias e informaciones sobre el mercado de instalaciones y las acciones de Sindinstalação y sus organizaciones asociadas.

Diretoria

C on trib uiç ão Sin dica l 2017 Um investimento, muitos benefícios

O pra z o está aca bando Caro empresário de instalações

JOSÉ SILVIO VALDISSERA Presidente e Delegado Representante Fiesp Efetivo CARLOS FREDERICO HACKEROTT Diretor VP de Relações Institucionais – Delegado Representante Fiesp Efetivo MARCOS ANTONIO PASCHOTTO Diretor VP de Instalações Prediais Elétricas Luiz Carlos Veloso Diretor VP de Instalações Prediais Hidráulicas e Gás - Delegado Representante Fiesp Suplente

O prazo para recolhimento da Contribuição Sindical 2017 é até 31 de janeiro.

LUIZ ANTONIO ALVAREZ Diretor VP de Sistemas de Aquecimento – Delegado Representante Fiesp Suplente

Está com dúvidas se deve contribuir?

Marco Alberto da Silva Diretor VP de Instalações Industriais

O não recolhimento do imposto impede a participação em licitações públicas, além de comprometer a rotina administrativa da empresa, que sofrerá restrições ao solicitar empréstimos bancários ou buscar novas parcerias. Invista uma única vez e tenha muitos benefícios o ano inteiro. Saiba mais sobre a Contribuição Sindical em www.fiesp.com.br/contribuicao-sindical.

VICTOR JOSÉ RONCHETTI Diretor VP de Instalações Prediais de Sistemas Complementares Diretores VP – Conselho Fiscal NELSON GABRIEL CAMARGO IVAN MACHADO TERNI RAMON NICOLAS OLMOS ODIL PORTO JUNIOR Fernando Belotto Ferreira Surahia Maria Jacob Chaguri Diretor-Executivo JOSÉ ANTONIO C. BISSESTO Av. Paulista, 1313 - 9º andar - cj 905 Cerqueira Cesar - São Paulo 01311-923 - (11) 3266-5600 www.sindinstalacao.com.br

Revista da InstalaçÃO 37


Espaço Sindinstalação

| Abrinstal

ISO 50001 passa por revisão e Brasil participa dos trabalhos

A

revisão da ISO 50001, que é a norma internacional que trata dos temas relativos à gestão e economia de energia, deverá nortear boa parte dos trabalhos realizados pela área dos projetos de gestão de energia da Associação Brasileira pela Conformidade e Qualidade de Instalações - Abrinstal, neste ano. E essa diretriz vai valer tanto para as atividades nacionais, como internacionais, já que a Abrinstal participa do TC301 - de abrangência global-, e coordena os trabalhos do Comitê Brasileiro de Gestão e Economia de Energia - CB116. Os trabalhos estão sendo desenvolvidos sempre com o objetivo de melhorar o desempenho energético e possibilitar a redução dos custos de energia. “Estamos participando das discussões e levando nossas contribuições. O ano será bem desafiador nessa área. Precisamos garantir que essa norma continue a manter sua relevância e que esteja sempre atualizada, incorporando as adequações necessárias, pois as mudanças são constantes e cada vez mais rápidas, no mundo global que vivemos”, disse Alberto J. Fossa, diretor-executivo da Abrinstal. Este ano, a Associação também irá elaborar a estrutura de operação do CB116, com a determinação de temas nacionais de interesse, que devem estar alinhados com os compromissos brasileiros para a mudança do clima. Outra importante atividade será a estruturação de um plano de trabalho do comitê técnico - Technical Commitee (TC) 301 da ISO. A ISO 50001 foi criada para ajudar as organizações a melhorar o seu de-

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sempenho energético, incluindo melhorias na eficiência energética, reduções no custo e no consumo de energia e, por sua vez, levar a reduções na emissão de gases do efeito estufa. Com base nas informações atualmente disponíveis, a nova versão da norma ISO 50001 será, provavelmente, publicada no final de 2018 ou início de 2019, alinhada com outras normas ISO que estão em revisão ou que já foram revistas. Os principais projetos na área de Gestão de Energia desenvolvidos pela Abrinstal são o CB116 e o TC301: ➧ ABNT/CB116 Gestão e Economia de Energia O CB116 busca estabelecer canais formais para o avanço da normalização e regulamentações associadas, visando o desenvolvimento e a manutenção de práticas de gestão e economia da energia no país. O comitê, lançado no final de 2015, também tem a finalidade de dar visibilidade ao processo de normalização nacional e internacional sobre Gestão e Economia de ener-

gia, fomentar e disseminar as ações associadas ao tema no cenário nacional. As atividades do Comitê são realizadas através da Abrinstal, com base em projeto estruturante da associação que tem por objetivo estabelecer canais formais para o avanço da normalização e regulamentações associadas, visando o desenvolvimento e a manutenção de práticas de gestão e economia da energia no país. O projeto também tem a finalidade de dar visibilidade ao processo de normalização nacional e internacional sobre gestão de energia, fomentar e disseminar as ações associadas ao tema no cenário nacional. ➧ TC301/ISO 50001 Os movimentos internacionais mais concretos sobre gestão da energia tiveram sua origem na organização de requisitos dos sistemas de gestão através do desenvolvimento da ISO 50001. O ISO-TC301 é, hoje, responsável pela gestão e avanço dos conceitos que regulamentam o tema, dentro dos aspectos da normalização internacional. O Brasil, via Abrinstal, responde atualmente pela coordenação (vice-chair) do TC301. Nessa posição, o País passa a ganhar estrutura de suporte adequada que promova a discussão e o debate nacional dos temas em andamento no cenário internacional.

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| Abrasip

O

Horizontais - Por que não?

escoamento nas redes de drenagem de águas pluviais quase sempre se dá à superfície livre, e a maioria dos textos sobre o assunto, inclusive as normas aplicáveis, prescrevem que os condutores (tubulações, canaletas e canais) – designados como condutores horizontais - devem ter declividade no sentido do escoamento. Diante disso cabe uma reflexão: Por que essas tubulações precisam ter declividade no sentido do escoamento? Alguém mais desavisado poderia responder que, sem declividade, o escoamento não ocorreria, mas sabemos que o escoamento se dá sempre no sentido da diminuição da energia, independente da declividade do fundo. Em uma análise mais cuidadosa encontraremos vários motivos para a declividade desses condutores: ✖ Sem declividade, a movimentação de suportes, inevitáveis recalques e deformações do edifício e/ou da própria tubulação, mesmo pequenos, podem ser suficientes para criar pontos baixos, causando acumulo de água, potenciais causas de mau cheiro e criadouro de mosquitos. ✖ Garantir velocidades mínimas do escoamento, mesmo com pequenas vazões, de modo a minimizar a deposição de sujeira, sedimentos e outros materiais sólidos no fundo da tubulação. ✖ No caso de condutores com secção fechada, diminuir a probabilidade de que a superfície do escoamento encontre a geratriz superior do condutor, com o risco de transformar o regime de escoamento, o que exigiria a consideração de outros fatores. ✖ Obedecer as normas aplicáveis. Sendo realista, além desses argumentos, outro fator preponderante é que o dimensionamento de condutores com declividade é muito mais simples e rápido, quase sempre se adotando a boa e velha fórmula de Manning.

Cabe ressaltar que essa metodologia de cálculo é uma simplificação, já que pressupõe que o escoamento seja em regime uniforme e ocorra com lâmina d’água igual à altura normal, o que raramente ocorre em casos práticos. No entanto, é necessário reconhecer que, para o caso das tubulações de instalações prediais de águas pluviais, esse método de cálculo é bastante simples e dá bons resultados, que vêm sendo testados e aprovados com sucesso ao longo de décadas. No caso de canaletas e canais de águas pluviais, a geometria horizontal constitui uma solução tentadora, muitas vezes apresentando diversas vantagens. Canaletas e canais escoam grandes vazões, e em trechos longos ocupam apenas uma fração da altura que seria ocupada pela declividade de tubulações com capacidade equivalente, quase sempre com menor custo de construção. Mantendo a secção transversal ao longo do seu comprimento, quase sempre são mais rápidos e simples de executar do que seus equivalentes com declividade, devido à uniformidade e à padronização construtiva. Algumas das aplicações em que esses benefícios são mais evidentes: Calhas longas em coberturas: utilizadas em grandes coberturas, sua construção, suportação e instalação acabam sendo mais simples por serem horizontais e com secção constante. O fato de terem fundos horizontais facilita a consideração de redundância dos bocais de saída, e muitas vezes por isso resulta em calhas com menores alturas. Canaletas de condução: em situações em que o percurso de condução é longo e o desnível disponível é limitado, canaletas podem oferecer uma solução conveniente. O desnível necessário quase sempre é menor do que o que seria necessário utilizando condutores com declividade.

Canaletas de condução e retenção: em grandes pátios pavimentados, quase sempre canaletas horizontais com grelhas, desempenhando ao mesmo tempo as funções de captação e condução de água oferecem uma solução mais simples e econômica, evitando a necessidade de múltiplos elementos como sarjetas, sarjetões, caixas de captação e tubulações enterradas, com os benefícios adicionais de melhores condições de manutenção. Retenção de águas pluviais: devido às dimensões significativamente menores que outras alternativas, muitas vezes canaletas de condução de águas pluviais podem ser utilizadas também com dispositivo de retenção de águas pluviais. Com a instalação de uma soleira vertente em seu extremo de jusante e pequenas alterações de dimensão, o volume retido pode ser significativo, reduzindo a capacidade ou muitas vezes até eliminando a necessidade de instalação de outros reservatórios de retenção. Em todos os casos alguns cuidados devem ser tomados: Deve ser analisado se é necessário tomar medidas para evitar o acúmulo de água parada depois do fim do escoamento e, em caso afirmativo, que medidas serão essas. Quase sempre isso pode ser resolvido com saídas de fundo exclusivas para esvaziamento, prevendo-se declividades de fundo com esse objetivo específico, mesmo que no sentido oposto ao escoamento. Calhas expostas ao ar livre e bem ventiladas normalmente secam pouco tempo após o final da chuva, e têm baixo risco de acumulo de água. Outro cuidado a ser tomado em todos os casos é prever meios de efetuar a limpeza das canaletas. No caso de canaletas sem declividade, essa necessidade é ainda mais justificável, já que são mais propensas a acumular sujeira em seu fundo, principalmente em áreas urbanas.

Fábio Pimenta - Diretor

da Projetar – Projetos de Sistemas Revista da InstalaçÃO 39


Espaço Sindinstalação

| Seconci

Exposição solar exige cuidados, alerta o Seconci-SP No Brasil, o câncer mais frequente é o de pele. Ele corresponde a cerca de 30% dos tumores malignos registrados no país. Como o seu maior agente é a radiação ultravioleta proveniente do sol, a dermatologista do Seconci-SP, Jussara Gasparotto, recomenda alguns cuidados a respeito: ✹ O hábito de se proteger do sol deve ser como escovar os dentes, frequente e contínuo. Os raios solares continuam agindo mesmo em dias de mormaço ou chuvosos. Luzes artificiais como a do computador também danificam a pele. ✹ Não é recomendado nenhum tipo de bronzeador. ✹ Um produto eficaz para proteção de queimaduras deve ter FPS (Fator de Proteção Solar) 30, no mínimo, e ser reaplicado a cada 2 horas, ou após cada mergulho na água, e caso a transpiração seja excessiva. ✹ Negros, mulatos e pardos também devem usar protetor solar, com FPS 30 ou maior. As convenções coletivas da construção civil trazem uma cláusula específica que obriga o empregador a fornecer protetor solar aos seus trabalhadores. “Mesmo que fornecido gratuitamente, existe uma resistência ao uso do produto,

sobretudo entre os homens”, relata a dra. Ina Irene Liblik Quintaes, gerente da Medicina Ocupacional do Seconci-SP. Tendo em vista essa aversão, a entidade recomenda a esse público: ✹ Usar uniformes de algodão e cores claras, com mangas. Esse tecido facilita o mecanismo de evaporação, pois absorve rapidamente a água, auxiliando o controle do equilíbrio térmico. ✹ Usar capacete com protetor de nuca, não se expor durante o período de descanso, aplicar o protetor solar 30 minutos antes do início da exposição ao sol e reaplicar a cada 2 horas. ✹ Cobrir toda a área do rosto com protetor solar e qualquer outra região do corpo exposta ao sol, espalhando-­ ­o e não esfregando. ✹ Beber de 2 a 3 litros de água por dia para ajudar a minimizar os impactos das altas temperaturas e a baixa umidade. ✹ Aplicar primeiro o protetor solar e depois o repelente contra mosquitos.

AMEs administrados pelo Seconci-SP conquistam certificação nacional de qualidade Os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) Dr. Geraldo Bourroul, no município de São Paulo, e Sorocaba, administrados pelo Seconci-SP para a rede estadual de saúde, acabam de conquistar o selo de Acreditação da ONA (Organização Nacional de Acreditação), que certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil. “A acreditação ONA é o reconhecimento da eficácia do modelo em que Organizações Sociais de Saúde como o Seconci-SP combinam gerenciamento moderno com procedimentos que proporcionam à rede pública um elevado patamar de produtividade e de qualidade no atendi-

40 Revista da InstalaçÃO

Fotos: Divulgação

mento à população”, afirma o presidente do Seconci-SP, Sergio Porto. Para o superintendente dos AMEs Bourroul e Sorocaba, Paulo Sergio Leme Quintaes, a segurança e a qualidade nos serviços da saúde, exigidas pelos usuários, “são ferramentas cruciais na construção da credibilidade da instituição”. Estes foram o segundo e o terceiro AMEs administrados pelo Seconci-SP que obtiveram a Acreditação da ONA. O primeiro foi o AME Barradas, na capital paulista, no grau de Excelência, o mais elevado. Atualmente, 96 ambulatórios médicos possuem a acreditação da ONA em todo o país.


| HBC Advogados

Nova sistemática de apuração da base de cálculo do ISS para os serviços da construção civil

C

om o objetivo de melhor fiscalizar a dedução de despesas da base de cálculo do Imposto sobre Serviços (ISS), a Prefeitura de São Paulo, por meio da Instrução Normativa SF/SUREM nº 24, de 10 de novembro de 2016, lançou uma nova sistemática de apuração, com a implantação do Cadastro de Obras de Construção Civil e do Sistema Eletrônico da Construção Civil - SISCON. Em linhas gerais, as obras de construção civil executadas no território do município de São Paulo, em que há a prestação de serviços de construção civil descritos nos subitens 7.02, 7.04, 7.05 e 7.15 da lista do “caput” do artigo 1º da Lei nº 13.701/2003, devem ser identificadas, para efeitos fiscais, pelo respectivo número do Cadastro de Obras de Construção Civil, que deve ser feito pelo portal eletrônico da Prefeitura (http://www.prefeitura.sp.gov.br/sfobras), estando esta obrigação em vigor desde 16/11/2016. Com o cadastro efetuado pelo responsável da obra, a emissão da Nota Fiscal Eletrônica do Tomador/intermediário de Serviços (NFTS), do Registro de Materiais Dedutíveis (RMD), e da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) pelos subempreiteiros, deverá ser realizada, a partir de 01/02/2017, com a identificação do número de inscrição no Cadastro de Obras de Construção Civil. Ademais, com esta nova sistemá-

tica, para que se viabilize as deduções das despesas com materiais e subempreitadas da base de cálculo do ISS, conforme previsão do artigo 31, inciso I, alínea “b” do Decreto 53.151/2012, será necessário que o prestador de serviços faça o registro dos respectivos documentos fiscais no SISCON, sendo que esta regra passará a ser obrigatória a partir de 1º/04/2017. A partir desta data, além do registro dos materiais e das notas de serviços tomados no SISCON, o prestador de serviços deverá ainda emitir a NFS-e indicando o número de cadastro da obra. Início da Vigência

Excepcionalmente, as NFS-e e NFTS de subempreitadas emitidas até 31/01/2017 poderão ser registradas no SISCON sem a identificação do número de inscrição no Cadastro de Obras de Construção Civil. Diante de tais mudanças, os contribuintes responsáveis por obra de construção civil, ou que prestem os serviços elencados acima, será primordial atentar às datas de início destas novas obrigações para apuração da base de cálculo do ISS, sob pena de indedutibilidade de materiais adquiridos e/ou serviços subcontratados.

Obrigação Fiscal

Responsável

Registro da obra no Cadastro Responsável pela obra; sujeito 16/11/2016 de Obras de Construção Civil passivo do IPTU referente ao imóvel; ou representante autorizado 01/02/2017 01/04/2017 01/04/2017

Emissão da NFTS e da Prestador de serviço (NFTS) e NFS-e identificando o número subempreiteiro (NFS-e) do cadastro da obra Informar no SISCON os documentos fiscais que comprovem as deduções de subempreitadas, materiais incorporados à obra

Prestador de serviço

Emissão de NFS-e informando Prestador de serviço o número de cadastro da obra e as parcelas de dedução

Nosso escritório permanece à disposição para esclarecer qualquer consulta porventura necessária a respeito do tema.

*HBC Advogados é o escritório contratado pelo Sindinstalação para assessoria jurídica ao setor de instalações. Para mais informações acesse www.hbclaw.com.br Revista da InstalaçÃO 41


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artigo

| Redes elétricas subterrâneas

A implantação correta e segura

A

s redes subterrâneas de energia, chamadas pela ABNT NBR 5410 de linhas enterradas, são linhas que estão localizadas abaixo do nível do solo. Estas redes têm um apelo estético grande e também vantagens técnicas, como níveis de segurança e maior confiabilidade. As redes aéreas, principalmente em cabos nus, muito usadas na distribuição pública no Brasil, são responsáveis por um grande número de acidentes por contatos diretos de pessoas com a rede ou devido à queda de cabo. Também ocorrem vários desligamentos de energia por conta de acidentes com árvores, descargas atmosféricas e várias outras causas. Este tipo de rede ainda é muito usado, principalmente pelo baixo custo de implantação. Mas quando se consideram os custos de operação, esta solução pode ser repensada. Um aspecto importante a ser considerado é que no caso das distribuidoras de energia elétrica, as redes e subestações representam uma grande parcela do ativo da empresa. Portanto, uma economia nestes quesitos reflete diretamente no custo de implantação de um novo sistema. Situação diferente de uma planta industrial ou de um condomínio horizontal, onde a rede de distribuição representa uma pequena parcela dos investimentos totais. Logo, é necessário um aumento considerável de custos para refletir significativamente nos gastos totais do projeto. Nestes casos, a implantação das redes subterrâneas é viável. Uma linha elétrica é um conjunto constituído por um ou mais condutores, com os elementos de sua fixação e suporte e, se for o caso, de proteção mecânica, destinado a transportar energia elétrica. Para a transmissão de sinais elétricos, os componentes da

44 Revista da InstalaçÃO

linha são cabos, eletrodutos e proteção mecânica. A NBR 5410 apresenta prescrições para as linhas de baixa tensão e a NBR 14039 para as linhas de média tensão. As linhas elétricas enterradas de baixa tensão são divididas em dois grupos: as com os cabos diretamente enterrados e as com os cabos contidos em eletrodutos enterrados. No Brasil, as linhas com eletrodutos são utilizadas com mais frequência, mas é preciso ressaltar que os cabos unipolares e multipolares são adequados para serem enterrados diretamente. Esta maneira de instalar está prevista na NBR 5410, em todas as edições desde 1980, e é muito utilizada na Europa. No Brasil, ainda influenciado pela filosofia americana de instalações elétricas, se utiliza mais frequentemente os cabos no interior de eletrodutos ou banco de dutos. Independentemente de o cabo ser instalado em eletrodutos ou ser enterrado diretamente, em redes subterrâneas só são admitidos cabos unipolares ou multipolares, ou seja, cabos providos de capa. A NBR 5410 apresenta uma exceção a esta regra na nota do item 6.2.11.6.1, admitindo o uso de condutores isolados (cabos sem capa, somente com isolação) em eletroduto enterrado se no trecho instalado não houver nenhuma caixa de passagem e/ou derivação enterrada e for garantida a estanqueidade do eletroduto. Esta exceção

tem a sua maior aplicação no cabo que liga o padrão de entrada da concessionária de energia com o quadro de distribuição de uma residência. As linhas enterradas devem ser providas de proteção mecânica adicional e sinalização, a não ser que os cabos sejam armados. Esta proteção pode ser, por exemplo, uma pequena camada de

Still little used in Brazil, underground cable networks have a great aesthetic appeal, as well as offering relevant technical advantages, such as safety and reliability high levels.

Aún poco utilizadas en Brasil, redes subterráneas de cables tienen un gran atractivo estético, y proporcionan ventajas técnicas importantes, tales como altos niveles de seguridad y fiabilidad.


de redes subterrâneas no Brasil artigo Artigos exclusivos escritos por reconhecidos especialistas do mercado.

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concreto. No caso da linha enterrada com o uso de eletrodutos, essa proteção não é obrigatória devendo a sua aplicação ficar sob a definição do projetista da instalação. Em qualquer situação, as redes subterrâneas devem ser sinalizadas com a colocação de um elemento de advertência ao longo de toda sua extensão. Para isto existem no mercado fitas específicas resistentes ao ambiente onde estão instaladas, indicando a presença de rede elétrica. Esta sinalização deve ser instalada no mínimo a 10 cm acima da linha. As linhas elétricas devem ser instaladas a uma profundidade mínima de 70 cm da superfície do solo. Essa profundidade deve ser aumentada para 1 m na travessia de vias acessíveis a veículos,

incluindo uma faixa adicional de 0,50 m de largura de ambos os lados dessas vias. Esta prescrição da NBR 5410 tem a finalidade de proteger a linha contra os efeitos de movimentação de terra.

Essas profundidades podem ser reduzidas em terreno rochoso ou quando os cabos estiverem protegidos por eletrodutos que suportem sem danos as influências externas.

Nas distribuidoras de energia, as redes e subestações representam uma grande parcela do ativo da empresa. Portanto, a economia nestes quesitos reflete diretamente no custo de implantação de um novo sistema. Revista da InstalaçÃO 45


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Similar às linhas elétricas enterradas de baixa tensão, as linhas de média tensão também são divididas nos mesmos dois grupos: as com os cabos diretamente enterrados e as com os cabos contidos em eletrodutos enterrados. A mesma exigência da NBR 5410 para rede de BT é válida para a NBR 14039 sobre as redes de MT com relação aos cabos diretamente enterrados: os cabos unipolares ou multipolares devem ser providos de armação ou com proteção mecânica adicional, provida pelo método construtivo adotado. Essa exigência é aplicada porque os cabos devem ser protegidos contra as deteriorações causadas por movimentação de terra, contato com corpos duros, choque de ferramentas em caso de escavações, bem como contra umidade e ações químicas causadas pelos elementos do solo. A norma de MT também estabelece, como prevenção contra os efeitos de movimentação de terra para proteção mecânica dos cabos, que eles devem estar a no mínimo 90 cm de profundidade da superfície do solo. Essa profundidade deve ser aumentada para 1,20 m na travessia de vias acessíveis a veículos e numa zona de 0,50 m de largura, de ambos os lados dessas vias. Semelhan46 Revista da InstalaçÃO

te às redes de BT, essas profundidades podem ser reduzidas em terreno rochoso ou quando os cabos estiverem protegidos, por exemplo, por eletrodutos que suportem sem danos as influências externas a que possam ser submetidos. Um aspecto importante a se considerar é que a profundidade do cabo não tem nenhuma relação com a proteção contra choques; a proteção contra choques é garantida pela isolação do cabo. As redes de MT também devem ser sinalizadas com elemento de advertência, não sujeito à deterioração, situado no mínimo a 0,10 m acima dela. Nos locais onde pode haver a submersão dos cabos, independentemente do tipo de cabo, é obrigatório o emprego de condutores com construção bloqueada. Apresento a seguir algumas considerações aplicáveis para linhas elétricas enterradas, tanto de baixa quanto de media tensão: ✹ A primeira orientação é referente ao cruzamento de linhas elétricas. Deve ser respeitada a distância mínima de 20 cm para duas linhas que se cruzam. O mesmo tamanho deve ser usado para o cruzamento de uma linha elétrica e uma linha não elétrica. No caso de linhas de telecomunicações que estejam paralelas às linhas

de média tensão, a distância mínima deve ser de 50 cm. ✹ As caixas de passagem devem ser construídas em alvenaria ou material equivalente, dispondo de tampa superior resistente à carga a que pode ser submetida. A caixa deve ter dimensão adequada ao manuseio dos cabos que serão instalados, e é recomendável que a menor dimensão seja superior a quatro vezes o maior raio de curvatura mínima dos cabos que serão instalados. As caixas com uma profundidade superior a 60 cm devem ter dimensões que permitam a entrada de pessoas no seu interior. Outro aspecto importante é a drenagem da infraestrutura. Para isto as caixas devem ser providas de drenagem e as linhas de eletrodutos devem ter declividade adequada, para facilitar o escoamento das águas de infiltração, sendo aceitável no mínimo uma declividade de 1%. ✹ Finalmente, deve ser considerado que a distância entre as caixas de passagem deve ser determinada em função do tipo de lançamento dos cabos (manual ou com uso de equipamentos) e da resistência de tração dos cabos, para o caso mais comum que é o manual uma distância de 30 metros entre as caixas é recomendável.

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| Redes elétricas subterrâneas

João Cunha

Consultor Técnico da Nexans Brasil e coordenador da comissão da ABNT responsável pela norma NBR 14039 - Instalações elétricas de média tensão de 1,0 a 36,2 kV.



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| Segurança

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Perigo invisível Instalação de gás pode esconder riscos silenciosos instalações de gás de unidades comerciais e residenciais do Estado do Rio de Janeiro. A ideia não é somente garantir a segurança imediata dos moradores, mas, principalmente, criar a cultura da inspeção e manutenção das instalações com foco na prevenção. São diversos os perigos que podem estar escondidos nas instalações de gás canalizado, assim como os problemas provenientes de uma instalação não adequada, podendo ir desde aumento do consumo, falta de abastecimento e mal funcionamento de equipamentos, até risco de morte por intoxicação e explosão. A vistoria inclui a inspeção de uma série de componentes desconhecidos dos consumidores, mas que podem trazer sérios riscos à edificação e à vida dos moradores. Além da tubulação, registros e sistemas de proteção - itens pouco citados - podem esconder grandes perigos. Um aquecedor de circuito aberto ou a chaminé do aquecedor posicionada em declive, por exemplo, impedem que os gases sejam dispersados e fazem com que fiquem concentrados dentro do ambiente, causando riscos não só de explosão e morte por intoxicação, mas, em longo prazo, prejuízos à saúde por inalação contínua de gases tóxicos.

Gas installations must be constantly inspected to ensure that they are approved to be used. Initiative is aimed at the safety, not only for residents of the building, but for the entire community around it.

Las instalaciones de gas deben someterse a inspecciones constantes para asegurar que están en plena condición de uso. Iniciativa se refiere a la seguridad, no sólo de los residentes del edificio, sino de toda la comunidad en su entorno.

48 Revista da InstalaçÃO

Nos ambientes que têm aquecedores um fator primordial é a existência de um basculante ou janela que tenha saída para uma área externa e que permaneça constantemente aberta, garantindo assim a abertura permanente exigida pela norma. Pois no caso de um vazamento, é necessário ter um canal livre para que os gases possam se dispersar. A queima inadequada nas bocas do fogão, apresentando coloração amarela, ou problemas na combustão ou instalação de aquecedores, exaustores, podem gerar a presença de gases tóxicos, como o monóxido de carbono, que, estando acima dos níveis toleráveis, causam desde tonturas, náuseas e convulsões, até a morte, em casos mais graves. O vazamento de gás é incolor, inodoro e, na maioria das vezes, é fatal. Portanto, é fundamental realizar a autovistoria para ter certeza de que as instalações estão em plena condição de uso, visando a segurança, não só dos moradores da edificação, mas de toda a comunidade no entorno.

Foto: Divulgação

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ual foi a última vez que você checou as instalações de gás do seu imóvel? A resposta que muitos brasileiros vão dar será NUNCA. Isso porque a maioria da população não tem a cultura de realizar a verificação e manutenção periódica em suas residências. O que muitos não sabem é que podem estar literalmente vivendo com um inimigo silencioso e invisível debaixo de seu próprio teto. Não são poucos os casos de acidentes, que presenciamos frequentemente, por explosões ou intoxicação causadas por vazamento de gás canalizado, podendo ocasionar até a morte. Os estragos podem ocorrer também em menores proporções, levando a danos à saúde dos moradores pela exposição contínua ao gás natural, altamente tóxico. Em um dos casos mais recentes, ocorrido em maio de 2015, várias pessoas ficaram feridas e uma morreu em decorrência de uma explosão num apartamento em São Conrado, na cidade do Rio de Janeiro. Para evitar este tipo de acidente causado por negligência, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, em setembro de 2014, promulgou a Lei nº 6.890 – Lei da Autovistoria de Gás, que determina a obrigatoriedade da inspeção de segurança nas

Cláudio R. Biscuola

Gerente de Operações da Intertek, uma das empresas credenciadas para a realização da autovistoria de gás no Rio de Janeiro.



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| Segurança

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A importância da manutenção no ar-condicionado Falta de limpeza do equipamento pode gerar multa nas empresas e prejudicar a saúde de funcionários.

Foto: Fotolia

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ara combater as altas temperaturas neste verão, nada melhor do que um ambiente refrescado por ar-condicionado. Contudo, a Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Abralimp) alerta que a falta de manutenção e limpeza periódica dos equipamentos é sinônimo de risco à saúde. Segundo dados da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento), entidade parceira da Abralimp, uma pessoa respira cerca de 10 mil litros de ar por dia e passa 85% dele dentro de ambientes fechados, estes normalmente climatizados, como hospitais, escritórios, bancos, carros e residências, entre outros. Por essa razão, os especialistas da Abralimp ressaltam que a limpeza dos aparelhos é de extrema importância, tanto do filtro, como também da parte externa, uma vez que as sujeiras, poeira e detritos acumulados dentro do equipamento podem ser aspiradas para dentro do sistema e, consequentemente, levadas junto com o ar para o ambiente fechado, entrando nas vias respiratórias. Entre as legislações que regem o tema está a do Ministério da Saúde

com a Portaria 3.523/98, que determinou um conjunto de regras voltado para garantir a qualidade do ar em ambientes climatizados. A orientação é para que empresas e condomínios contratem técnicos ou um estabelecimento especializado para realizar a limpeza dos aparelhos periodicamente. A limpeza deve ser feita sem improvisos. Por isso, recomenda-se que o trabalho seja realizado por mão de obra especializada, que ajuda a garantir a higienização correta, pois além do acúmulo natural de poeira na máquina, durante o processo de refrigeração, ocorre também a condensação da água, que pode ficar acumulada no interior da máquina, favorecendo assim o surgimento de fungos, bactérias e até

a proliferação do mosquito da dengue. Em outubro de 2000, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também publicou a Resolução 176/00, exigindo testes periódicos nos aparelhos de ar em locais públicos e coletivos. Caso a fiscalização feita pelos técnicos da vigilância sanitária constatar que os limites de tolerância da poluição em ambientes refrigerados foram ultrapassados, os responsáveis podem ser penalizados com multas que variam de R$ 2 mil a R$ 200 mil. Os especialistas ainda ressaltam que as empresas ou estabelecimentos que seguirem essas normas certamente estarão garantindo que a saúde das pessoas não seja comprometida, além de aumentar a vida útil dos aparelhos e reduzir o consumo de energia. Abralimp

Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional. 50 Revista da InstalaçÃO



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❱❱ Ambientes seguros

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A Cobrecom destaca os benefícios de usar cabos elétricos não halogenados. A principal vantagem do material é que são condutores isolados, com cabos uni ou multipolares, cujo material isolante não possui em sua composição o cloro, que é um material altamente tóxico em casos de incêndio. A linha de cabos não halogenados da Cobrecom é a Superatox, formada pelos Cabos Superatox Flex 70º C e Superatox HEPR 90º C para 1, 2, 3 e 4 condutores. O Cabo Superatox Flex 70º C é indicado para tensões nominais até 450/750 V e é composto por fios de cobre nu, eletrolítico, têmpera mole e encordoamento classe 4 (flexíveis). É isolado com material polimérico tipo poliolefínico não halogenado para 70º C com características de não propagação e autoextinção do fogo e baixo índice de emissão de fumaça e sem gases tóxicos e corrosivos. Já o Cabo Superatox Flex HEPR 90º C para 1, 2, 3 e 4 condutores é usado em circuitos elétricos com tensões nominais até 0,6/1 kV e tem como grande diferencial sua isolação em HEPR, que permite temperaturas de até 90º C em regime permanente de trabalho, 130º C em caso de sobrecarga e 250º C quando em curto-circuito.

Divulgação de novos produtos e soluções.

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❱❱ Cabo óptico calibrável

❱❱ Teste de isolamento

A Fluke Corporation, anuncia o lançamento do novo Testador de Instalação Modelo 1663, o primeiro testador de isolamento que ajuda a prevenir danos aos aparelhos conectados. A nova Série 1660 oferece ainda mais capacidade aos usuários, por meio de testes rápidos e eficientes de acordo com as principais regulamentações locais, protegendo os aparelhos que estejam inadvertidamente conectados ao sistema que está sendo testado. Ideal para usuários profissionais, o Fluke 1663 possui funcionalidades repletas de recursos, além de uma avançada capacidade de medição. O funcionamento é intuitivo e facilmente dominado por todos os níveis de trabalhadores no campo. Entre seus principais recursos, destaque para a resistência do isolamento, a impedância de loop, a resistência da conexão com o terra, a resistência de terra, o desempenho RCD em sistemas TT e TN, sequên­cia de fases, impedância de linha/loop e os testes RCD em sistemas de TI. 52 Revista da InstalaçÃO

Atenta às necessidades e dificuldades das concessionárias de energia elétrica, a CAS Tecnologia, empresa desenvolvedora e provedora de soluções para o mercado de utilities, apresenta o exclusivo Cabo RS2000 Óptico Calibrável (RS232), que é compatível com medidores eletrônicos padrão ABNT. Com uma conexão serial e outra óptica, o hardware possui características ajustáveis, tornando a comunicação menos vulnerável a variações de características da interface óptica do medidor de energia e à incidência de luz, natural ou artificial, no ambiente. A calibração é realizada pelo aplicativo MOBii OP Tool, que se comunica via Bluetooth com o dispositivo calibrador, enviando comandos para testar diferentes intensidades de luz, até encontrar a ideal para cada medidor. A ferramenta está disponível para download nos sistemas Android - recomendável 4.0 ou superior.


Foto: Maurício Nahas

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cerca de 70% de cura, 90% de pacientes do sus e referência no tratamento do câncer infantil Com a ajuda de muita gente, ampliamos o nosso hospital e as ChanCes de reCuperação de Crianças e adolesCentes Com CânCer. nosso orgulho é poder mostrar a Cada doador que sua Contribuição é investida Com muita responsabilidade para ofereCer aos paCientes, Como o KaiKe, um tratamento digno, humano e Comparado aos melhores do mundo. junte-se a nós! seja um doador.

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❱❱ Eficiência energética

❱❱ Tecnologia de corte

A Hypertherm apresenta os consumíveis FlushCut™ para os sistemas de plasma a ar Powermax105 e 125. Permitir que o corte seja feito o mais próximo possível da superfície, sem danificar o metal base, é o principal atrativo das novidades. Os consumíveis FlushCut™ liberam o arco de plasma a 45 graus, atributo garantido pelo orifício do bico em ângulo. Ao inclinar a tocha em mais 45 graus durante o processo de corte, o arco elétrico é liberado rente à chapa base. Em vez de ficar na ponta, posição convencional da abertura do bico, no FlushCut™ esse componente encontra-se na parte lateral. Em linhas gerais, isso significa que o arco de plasma sai da tocha num ângulo quase paralelo ao da peça de trabalho. Como resultado, os usuários de Powermax conseguem efetuar cortes bem mais próximos ao metal base, reduzindo significativamente o trabalho de lixamento e aumentando as chances de reutilização de olhais, suportes e acessórios. O novo processo FlushCut™ é útil para uma série de aplicações, incluindo trabalhos que requerem a separação de dois metais, remoção de olhais e suportes temporários de solda sem danificar o material de base, ou seja, a estrutura soldada.

❱❱ Adesivo multifuncional

A reforma ou decoração de ambientes pode ser feita sem envolver a utilização de pregos e parafusos com a linha de adesivos Monta & Fixa da Cascola multissolução em adesivos e selantes pertencente à alemã Henkel. Os produtos facilitam o trabalho do profissional e do consumidor final, pois permitem a realização de pequenos reparos com fácil aplicação e menos sujeira. Para a fixação de cubas e espelhos, a marca oferece o Cascola Monta & Fixa Cuba & Espelho - adesivo multifuncional de alto desempenho, extraforte e com agarre imediato. Prático, impermeável, com alta resistência e poder de aderência em diversas superfícies, o produto fixa e sela de uma só vez mesmo em superfícies molhadas, sem agredir materiais sensíveis, como os espelhos. 54 Revista da InstalaçÃO

A Schneider Electric apresenta a linha de medidores PM2000. Os dois modelos, PM2200 e PM 2100, atuam diretamente na eficiência energética dos clientes ao permitirem o controle de consumo, previsão de gastos, economia de custos e análises com informações precisas e confiáveis sobre o sistema e equipamentos, ajudando os gestores nas tomadas de decisão. O modelo PM 2100 tem um display mais simples. Com visor de LED, conta com navegação intuitiva e duas colunas de LED que indicam, no painel frontal do medidor, o parâmetro escolhido para exibição. O PM 2200 traz mais funções em sua tela. Tem display de LCD monocromático que permite ao usuário ler todos os valores medidos em três fases simultaneamente. O visor anti-reflexo facilita a leitura mesmo em condições extremas de iluminação e diferentes ângulos de visão. Também possui menus intuitivos, textos em vários idiomas, ícones e gráficos que mostram mais detalhes sobre a rede elétrica. A nova linha de medidores é totalmente compatível com todos os equipamentos da Schneider e facilmente integrada a dispositivos de outras empresas.


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❱❱ Descascador de fios

O alicate descascador de fios e cabos isolados Japi pode ser utilizado em fios e cabos paralelos entre 0,75 e 2,5mm de diâmetro. Quando acionado, ele retira a camada isolante com auxílio de uma lâmina sem danificar a parte interna (cobre) do fio e sem a necessidade de ajustes. Possibilita fazer cortes em fios ou cabos a partir de 1cm de comprimento ou na medida necessária, pois o fio pode ser passado dentro do alicate.

❱❱ Solução para escoamento

Especialista em soluções para escoamento, a empresa Ralo Linear tem como um dos destaques de seu portfólio a linha Public. Os ralos lineares neste modelo são desenvolvidos para ambientes com grande circulação de pessoas e espaços comerciais que precisam seguir rigorosas normas de higiene, como restaurantes e cozinhas industriais. O modelo é desenvolvido em aço inox 304, garantindo resistência para uso em espaços onde há grande fluxo de pessoas, carrinhos de cargas ou mesmo veículos de passeio. Para as tampas há a opção de peça em aço inox ou em PVC de alta resistência nas cores vermelho, cinza, preto e branco, que englobam a linha Fun da companhia. Produtos modernos, com design diferenciado e práticos de instalar são a aposta da empresa, que pretende mostrar ao mercado que os ralos podem fazer parte da decoração e tornar os ambientes mais bonitos, limpos e seguros.

❱❱ Fechaduras elétricas

A La Fonte, uma das marcas que no Brasil pertencem à sueca ASSA ABLOY, tem se beneficiado de tecnologias desenvolvidas nos centros de P & D da companhia que é líder mundial em abertura de portas e que há anos está entre as 100 empresas mais inovadoras do mundo, segundo ranking da Forbes. Ao compartilhar com as indústrias que fazem parte do grupo o seu conhecimento, a ASSA ABLOY possibilita que consumidores ao redor do mundo tenham acesso a fechaduras que garantem alto grau de segurança, caso da linha de fechaduras elétricas de sobrepor La Fonte, que agora conta com a tecnologia ASSA ABLOY. Disponíveis nos acabamentos Preto Epóxi e Inox, as fechaduras elétricas de sobrepor La Fonte chegam ao mercado em quatro modelos: ERL 200 (foto); ERL 202; ERL 300 e ERL 302. Indicadas para portas e portões de madeira ou de perfis metálicos, dispõem de trinco reversível, que permite que as fechaduras sejam utilizadas em portas e portões que abrem para dentro e para fora, no lado direito ou esquerdo. As fechaduras elétricas La Fonte ERL 200 e ERL 202 possuem, dentre os seus diferenciais de segurança, botão de acionamento interno para abertura. As ERL 300 e 302 têm entre os diferenciais de segurança memória de acionamento e abertura, mecanismo que faz com que a fechadura, após acionada, permaneça aberta até ser encostada no batente. 56 Revista da InstalaçÃO


CUIDADO, AS APARÊNCIAS ENGANAM

A QUALIFIO atua há mais de 20 anos para zelar pela segurança dos consumidores de fios e cabos elétricos. A QUALIFIO monitora, identifica e notifica as autoridades competentes, as certificadoras e os fabricantes que operam de maneira irregular (em desacordo com as exigências das normas e regulamentos pertinentes).

Fios e cabos elétricos destinados à construção civil devem ser certificados compulsoriamente (obrigatório), ou seja, tem seu processo regulamentado pelo INMETRO. Os produtos certificados devem apresentar na embalagem e diretamente no produto o símbolo de identificação do Sistema Brasileiro de Certificação, que deve ser acompanhado do nome ou logo do Organismo de Certificação de Produtos credenciado pelo INMETRO.

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| Fevereiro/Março 2017

CURSOS Projeto de instalações elétricas de baixa tensão Data/Local: 13 a 15/02 – São Paulo (SP) Informações: cursos@barreto.eng.br e www.barreto.eng.br

Como se tornar um LEED G A (Green Associate) Data/Local: 20 e 21/02 – Rio de Janeiro (RJ) Informações: cursos@gbcbrasil.org.br e (11) 4191-7805

Integrador de sistemas residenciais Data/Local: 20 a 22/02 – São Paulo (SP) Informações: www.cursodeintegrador.com.br

Sistemas Conectados à Rede - Instalador Data/Local: 20 a 23/02 – São Paulo (SP) Informações: http://www.neosolar.com.br/aprenda/curso-energia-solar

Sistemas com Baterias (Rio de Janeiro) Data/Local: 16 e 17/03 – Rio de Janeiro (RJ) Informações: http://www.neosolar.com.br/aprenda/curso-energia-solar 58 Revista da InstalaçÃO

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