Edição 11 da Revista da Instalação - fevereiro de 2017

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A N O 1 - N º 11

Fevereiro 2017

EDITORA

Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, hvac, fotovoltaica, incêndio, dados e manutenções

Mercado

Aquecimento solar Certificação compulsória dos equipamentos oferece uma grande oportunidade para que o setor se desenvolva no Brasil

Destaque

ar-condicionado

ANO 1 – Nº 11 – Revista da Instalação

Manutenção preventiva dos aparelhos garante a saúde dos ocupantes das edificações e evita o desperdício de energia

Apesar da disponibilidade de eficientes sistemas de prevenção e combate a incêndio no mercado, Brasil precisa evoluir em aspectos como legislação e informação da população para reduzir número de acidentes

Atenção aos incêndios


Fórum 2017

ação n e d n r Coo f. Hilto no Pro

e Mor

Eventos com duração de um dia com palestras de consultores renomados e especialistas de empresas.

CIDADES QUE VÃO RECEBER O

FÓRUM POTÊNCIA 2017

Fotos: Divulgação

ABRIL

11/04

Brasília (DF) AGOSTO

15/08

Salvador (BA)

MAIO

16/05

Rio de Janeiro (RJ) SETEMBRO

14/09

Porto Alegre (RS)

JUNHO

20/06

Campinas (SP) OUTUBRO

São Paulo (SP)

JULHO

06/07

Maringá (PR) NOVEMBRO

28/11

Ribeirão Preto & Sertãozinho (SP)

Informações sobre patrocínio:

(11) 4225-5400

publicidade@hmnews.com.br


Fórum 2017

Principais Temas Iluminação (LED), Fotovoltaica, Baixa Tensão, Média Tensão, Medição e Termografia, Eficiência Energética, Proteção e Seletividade, Painéis Elétricos, Subestações e Automação

Fórum Potência 2015-2016 (17 etapas)

8.500 Empresas inscritas: 2.600

Profissionais inscritos:

PROFISSÃO

RAMO DE ATIVIDADE Concessionária Distribuidor/ Revendedor Pública 5% 4% Construtora 5% Consultoria 5%

Outros Técnicos/ Tecnólogos 8%

Projetos 15%

Outros 6%

Professores/ Estudantes 3%

Outros Engenheiros 8%

Autônomo 8%

Engenheiros Eletricistas 39%

Instalação 11% Outros 8%

Eletricistas /Instaladores 13% Ensino 9%

Manutenção 11% Indústria 9%

Técnicos/Tecnólogos/Eletrotécnicos 23%

Serviços Públicos 10%

Divulgação Revista

Organização

www.forumpotencia.com.br linkedin.com/company/revistapotencia facebook.com/revistapotencia


Índice

| Edição11 | Fevereiro 2017

10

Matéria de Capa

Não há estatística oficial no Brasil, mas sabe-se que o número de incêndios que ocorrem no País é preocupante. Apesar da disponibilidade de eficientes sistemas de prevenção e combate a incêndio no mercado, ainda é preciso evoluir em aspectos como legislação e informação da população.

Mercado

Certificação compulsória dos equipamentos que formam o sistema de aquecimento solar de água oferece uma grande oportunidade para que o setor se desenvolva no Brasil.

Sempre aqui 05 Editorial ■ 06 Notas ■ 26 Case Armacell ■ 34 Artigo Procobre ■ 36 Espaço Sindinstalação ■ 38 Abrinstal ■ 39 Abrasip ■ 40 Seconci ■ 41 HBC ■ 42 Artigo Fluke ■ 46 Produtos ■ 50 Link / Agenda ■

28

Destaque

O ar-condicionado é um aparelho cada vez mais presente nas residências brasileiras. Entretanto, os usuários precisam estar atentos à manutenção preventiva periódica mais adequada para cada tipo de equipamento, a fim de garantir a saúde dos ocupantes das edificações e evitar o desperdício de energia.

4 Revista da InstalaçÃO

Artigo

44 ClickSoftware

No mercado competitivo de hoje, os fornecedores de serviços devem pensar constantemente na melhor maneira de oferecer e aprimorar os serviços prestados.

20


editorial

Fotos: Ricardo Brito/HMNews

Expediente

Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno

ano 1 • nº 11 • Fevereiro'17 Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.

Marcos orsolon

Diretor de Redação |

Hilton Moreno

| Diretor

Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon

Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Luiz Carlos Veloso, Luiz Antonio Alvarez, Marco Alberto da Silva, Víctor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Fernando Belotto Ferreira e Surahia Maria Jacob Chaguri.

Redação

Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231)

Departamento Comercial

Executivos de Vendas: Cecília Bari, Júlia de Cássia Barbosa Prearo e Rosa M. P. Melo

Gestores de Eventos Pietro Peres e Décio Norberto

Gestora Administrativa Maria Suelma

Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC

Impressão Grupo Pigma

Gestor de Mídias Digitais Ricardo Sturk

Contatos Geral Rua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100 São Caetano do Sul - SP contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 4225-5400

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Fechamento Editorial: 27/02/2017 Circulação: 07/03/2017 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.

Segurança: precisamos evoluir mais! Passados pouco mais de quatro anos da tragédia da Boate Kiss, nossa matéria de capa desta edição mostra que ainda não há estatística oficial no Brasil, mas sabe-se que o número de incêndios que ocorrem no País é preocupante. Segundo os especialistas entrevistados, apesar da disponibilidade de eficientes sistemas de prevenção e combate a incêndio no mercado nacional, ainda é preciso evoluir em aspectos como legislação e informação da população. Em suma, muita coisa ainda precisa acontecer neste setor para que seja melhorada a segurança das pessoas e dos patrimônios. Confira a reportagem sobre a certificação compulsória dos equipamentos que formam o sistema de aquecimento solar de água. Essa importante iniciativa irá contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento deste setor através do aumento da qualidade e segurança dos produtos e da confiabilidade da tecnologia para o usuário final. Apresentamos também um caso de sucesso de isolamento térmico dos trocadores de calor de uma fábrica de cervejas, na Flórida (EUA), que evita a condensação e o congelamento na parte externa dos equipamentos. Mostramos ainda que os usuários precisam estar atentos à manutenção preventiva periódica mais adequada para cada tipo de ar-condicionado, a fim de garantir a saúde dos ocupantes das edificações e evitar o desperdício de energia. Além dessas interessantes matérias, trazemos para você notícias do setor de instalações, lançamentos de produtos e muitas outras informações. Desfrute mais esta edição da Revista da Instalação, seja em papel, tablet, computador ou smartphone. Boa leitura! Abraços!

Revista da InstalaçÃO 5


NOTAS

TUBOTECH e Wire South America

NOTAS Ações e novidades dos players do setor.

News Activities and news from main sector players.

Notas Actividades y noticias de los principales actores del sector.

Empresários, expositores, parceiros e organizadores da Tubotech - Feira Internacional de Tubos, Válvulas, Bombas, Conexões e Componentes, e da Wire South America, versão Sul-americana da maior feira de cabos e fios do mundo, a Wire Düsseldorf, estiveram reunidos no dia 07 de fevereiro, para conhecer em primeira-mão, as novidades e expectativas para a próxima edição dos eventos, que serão realizados, simultaneamente, entre 03 e 05 de outubro de 2017, no São Paulo Expo, em São Paulo. A Tubotech, evento criado em 2003, e hoje consolidado como a principal feira das Américas para o setor, realiza sua 9ª edição em 2017 com expectativas de reunir 550 expositores, em 20 mil metros quadrados de área de exposição e 15 mil profissionais altamente qualificados dos setores automotivo, óleo e gás, construção metálica, alimentício, móveis, mineração, tintas e infraestrutura, entre outros. Com previsões mais positivas para a economia brasileira em 2017, a expectativa é que o cenário esteja mais propício para novos investimentos, em especial, a partir do quarto trimestre do ano, data em que acontecem os eventos. “Expor nestas feiras garante uma oportunidade real para a expansão dos negócios do setor no atual contexto econômico. Com baixo investimento e elevado foco, as empresas expositoras terão a possibilidade de manter contato direto não só com clientes ativos, mas, sobretudo com potenciais, tanto de setores já

compradores quanto dos inúmeros outros que visitam o evento”, destacou Luciano Targiani, diretor da Tarcom Promoções. A Tubotech é organizada pela Cipa Fiera Milano, promovida pela Tarcom Promoções, com realização da Associação Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios de Metal (ABITAM). Entre as atrações simultâneas está o Techshow (Palestras dos Expositores), com debates sobre temas de interesse para o desenvolvimento de todo o mercado. No encontro, também foram apresentadas as novidades da 3ª edição da Wire South America. Presente no mercado desde 2011, o evento é realizado simultaneamente à Tubotech, cujos produtos e visitantes têm grande sinergia. Daniel Ryfisch, diretor de Portfólio Internacional para Fios e Tubos da Messe Düsseldorf, apresentou as feiras Wire e Tube que acontecerão em Düsseldorf, na Alemanha, em 2018, mostrando a magnitude dos eventos. Segundo o executivo o objetivo da Wire South America 2017 é apoiar e desenvolver sinergias no mercado local. “Esta é uma das feiras do setor de fios e cabos mais importantes da Messe Düsseldorf. É o único trade show que atua na América do Sul como uma plataforma internacional e que recebe o forte apoio de todas as principais associações”, afirmou o executivo. Mais informações: www.tubotech.com.br www.wiresa.com.br

Recorde de vendas

A Henkel, líder global nas áreas de tecnologia de adesivos, cuidados para o lar e cosméticos, conquistou um novo recorde de vendas ao registrar crescimento de 3,5% em 2016, atingindo 18,714 bilhões de euros, no ano fiscal de 2016, e encerrou o ano com uma margem EBIT de 16,9%. Para atingir bons resultados, a Henkel contou com a contribuição de todas as suas áreas de negócios, que relataram sólido crescimento orgânico de vendas: Adhesive Technologies, Beauty Care e Laundry & Home Care registraram aumento orgânico de vendas de 2,8%, 2,1% e 4,7%, respectivamente. “O ano de 2016 foi muito bem-sucedido para a Henkel. Em um ambiente mercadológico desafiador, novamente alcançamos níveis recordes de vendas e lucros, conquistando assim nossos objetivos financeiros para o ano fiscal. Entregamos lucros de alta qualidade. Pela primeira vez, obtivemos um lucro operacional ajustado superior a 3 bilhões de euros,” declarou Hans Van Bylen, CEO da Henkel. O lucro operacional ajustado (EBIT) aumentou em 8,5%, chegando a 3,172 bilhões de euros. As vendas na América Latina tiveram crescimento orgânico de 13,8%, com uma contribuição significativa dos negócios no México que obtiveram aumento de dois dígitos. As vendas nominais alcançaram 1.055 milhões de euros, em comparação aos 1.110 milhões de euros no ano anterior. Foto: Fotolia

6 Revista da InstalaçÃO


Tratamento de água

A parceria realizada entre a GE Water & Process Technologies, um dos negócios da GE Power, e a Braskem, maior petroquímica das Américas, foi contemplada pela Ecomagination, premiação concedida pela GE que homenageia iniciativas que alcançam o equilíbrio entre a eficiência da produção industrial e os maiores desafios de sustentabilidade em escala global. O projeto premiado tem como base a unidade móvel de Osmose Reversa instalada na planta da Braskem em Mauá (SP). “Por meio do sistema de Osmose Reversa, fomos capazes de fornecer à Braskem uma solução eficiente, de fácil instalação, que proporciona resultados rápidos a um baixo custo operacional, possibilitando ao cliente um ganho financeiro de mais de um milhão de dólares ao ano”, explica Eduardo Pavani, diretor-executivo regional da divisão de Water & Process Technologies. A Braskem buscava uma solução para suas operações de tratamento de água e a substituição de sua unidade de desmineralização. Após estudos realizados em colaboração com o grupo de engenharia da petroquímica, a unidade de troca iônica da empresa foi substituída pelo equipamento móvel de Osmose Reversa da Water & Process Technologies, garantindo a continuidade operacional que a planta necessitava. “Nesses mais de 15 anos de atuação na indústria química e petroquímica, a Braskem vem escrevendo uma história de eficiência operacional e desenvolvimento sustentável. Esta parceria com

An_revInstalacao_9x21.pdf 1 21/03/2016 09:03:55

a GE nos traz benefícios de otimização e redução de consumo de produtos químicos no processo produtivo. Recebemos com grande satisfação esse reconhecimento, que representa uma nova meta de superação dos nossos resultados”, comenta Pedro Boscolo, gerente Industrial da unidade de Polipropileno da Braskem em Mauá. O sistema implementado é montado dentro de containers, o que facilita a mobilidade e a agilidade no processo de instalação. A tecnologia da Osmose Reversa remove os sais, produzindo uma água permeada de baixa condutividade a qual é utilizada no sistema de geração de vapor. A instalação “plug and play” do container permitiu uma partida rápida do sistema e disponibilidade imediata de água de qualidade à Braskem, que depende desse recurso para realizar suas operações. A economia de água potável foi um dos resultados positivos que levou a Braskem a ser reconhecida pelo prêmio Ecomagination. “A empresa utilizava água clarificada para alimentação do sistema de troca iônica e, após a instalação do processo de Osmose Reversa, que opera com água de reúso, passou a economizar cerca de 128.115 m³ de água clarificada por ano. A parceria da GE com a Braskem trouxe um significativo ganho financeiro para a empresa, assim como um aumento na eficiência de suas operações e um retorno ambiental extremamente positivo para o meio ambiente”, afirma Eduardo Pavani. Foto: Divulgação


NOTAS

Novas soluções A Trane, uma das líderes globais no fornecimento de soluções e serviços de conforto interior e uma marca da Ingersoll Rand, terminou o ano de 2016 com excelente Mar­ ket Share, obtendo seu melhor desempenho comparado aos resultados anteriores e promete investir em novas soluções para crescer ainda mais. Luiz Moura, líder da Trane no Brasil, explica que o setor de Aquecimento, Ventilação e Ar-­Condicionado (HVAC) é um dos últimos setores a sentir os efeitos da retração do mercado e, ao mesmo tempo, acaba sendo um dos últimos a se recuperar. “Quando surge uma crise, existem projetos em andamento e que, inevitavelmente, precisam de sistemas de refrigeração e climatização. Por outro lado, o setor também acaba sendo um dos últimos a se recuperar quando há um sinal de melhoria de mercado, pois existe um prazo de maturação para que os projetos sejam contratados e gerem novas demandas para alocação dos nossos produtos”, enfatiza. A Trane acredita que, independente da instabilidade da economia, é preciso investir em pesquisa para entender as constantes mudanças do mercado e desenvolver produtos que atendam às necessidades dos clientes brasileiros. Por isso, no final de 2016 lançou dois novos produtos: o Fan Coil Titanium, que faz parte do portfólio de climatização da companhia, e o TVR™ LX, de sistemas de Fluxo de Refrigerante Variável (VRF). “O mercado de climatizadores é um dos maiores do Brasil, com cerca de 100 mil toneladas de refrigeração/ano, segundo dados da ABRAVA. E temos certeza que o Fan Coil Titatinum é um produto robusto e de alta durabilidade, com vazões de ar que variam de 1.300 a 40.000 m³/h”, esclarece o executivo. “Já o TVR™ LX é um produto muito flexível, que visa atender escritórios, auditórios, lobbies de hotéis, entre outros ambientes com grande carga térmica ou de ocupação, climatizando de forma efetiva esses locais a fim de proporcionar conforto térmico”, ressalta Moura.

Foto: Divulgação

8 Revista da InstalaçÃO

Satisfação garantida

Em pesquisa realizada no final de 2016 com a participação de 1.150 consumidores, a Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) registrou, pela primeira vez, 97% de satisfação em sua base de clientes e manteve zerado, pelo segundo ano consecutivo, o índice de “muito insatisfeitos”. Entre os clientes comerciais, a satisfação foi ainda maior: 100% declaram satisfação na utilização do gás natural e suas aplicações. É o melhor resultado da Comgás em 16 anos, desde o início da Pesquisa de Satisfação, realizada anualmente desde 2000. O levantamento avalia os serviços da companhia e a imagem da marca. O resultado final é apresentado à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp). O estudo foi realizado por amostragem entre outubro e novembro de 2016, com 100 participantes do segmento industrial, 200 do comercial e 850 do residencial. Este total atinge as principais cidades – e maiores consumidoras – da área de concessão da Companhia, o que compreende São Paulo, Santos, São José dos Campos e Campinas. As entrevistas foram realizadas pela Experiência Consultoria Estratégica. Entre os que se declararam “insatisfeitos”, o número permaneceu em 1%. O nível de “alguma insatisfação”, que em 2015 havia registrado 3%, caiu para 2% na pesquisa de 2016. Para todos os segmentos avaliados, os critérios que mais contribuíram para o resultado são apoiados pelos atributos de imagem, associados à confiabilidade e segurança, e pelo fornecimento sem interrupção, qualidade do serviço, solução definitiva e rápida das demandas e educação dos atendentes. Entre os “insatisfeitos” o número permaneceu em 1% e os com “alguma insatisfação” caiu para 2%. “O resultado desse ano é reflexo da nossa essência e do trabalho contínuo no relacionamento com os nossos clientes. Mantemos um olhar interessado e uma atitude inquieta para encontrar as melhores soluções em energia, antecipando as necessidades e gerando valor para os nossos clientes”, divulgou a empresa.



Matéria de CApa

| Incêndios no Brasil

Um setor no escuro Faltam dados precisos, mas Brasil pode estar entre os países com maior número de mortos por incêndios no mundo. Área de prevenção e combate passa por grandes transformações, que incluem a discussão de novas

O

extenso território, a população expressiva e o clima quente e seco, aliados a uma atividade econômica considerável, contribuem para a formação no Brasil de um mercado com grande potencial de crescimento na área de soluções de prevenção e combate a incêndio. No exato momento em que o leitor folheia esta revista, é possível que o fogo esteja consumindo uma fábrica, loja ou depósito no País, colocando vidas em risco, destruindo propriedades e agredindo o meio ambiente. A questão é: estamos devidamente preparados para enfrentar essa situação? Sim e não. O segmento até conta com fornecedores sérios de produtos e serviços. Entretanto, o mercado nacional ainda precisa adotar padrões mais rígidos de qualidade, melhorar o nível da mão de obra de seus profissionais, evoluir em aspectos como normalização e legislação e levar mais informação para a população, de forma a estabelecer uma cultura sólida de prevenção. Apesar do progresso registrado nos últimos anos, os especialistas da área consideram primordial também a adoção de um código de segurança contra incêndio que tenha abrangência nacional. Um dos maiores desafios do setor é que não se sabe a força do adversário a ser combatido. Isto se deve à ausência de números relativos a esse tipo de acidente no País, dificultando a adoção de qualquer plano 10 Revista da InstalaçÃO

Foto: Fotolia

legislações.

Por Paulo Martins


There is no official statistics in Brazil, but it is known that the number of fires occurring in the country is worrying. Despite the availability of efficient fire prevention and combat systems in the market, still it is necessary to evolve in aspects such as legislation and population information.

No existen estadísticas oficiales en Brasil, pero se sabe que el número de incendios que ocurren en el país es preocupante. A pesar de la disponibilidad de eficaces sistemas de prevención y combate de incendios en el mercado, todavía es necesario evolucionar en aspectos tales como legislación y información para el público.

Revista da InstalaçÃO 11


Matéria de CApa

| Incêndios no Brasil

Foto: Divulgação

de ação. “No Brasil não há divulgação de dados oficiais de casos de incêndio, o que prejudica o debate e a elaboração de políticas públicas para enfrentamento do problema”, lamenta Marcelo Lima, diretor geral do Instituto Sprinkler Brasil (ISB). Organização sem fins lucrativos dedicada à divulgação de informações relativas ao combate de incêndios por meio da utilização de sprinklers, a entidade resolveu partir para a ação. Desde 2012 o ISB monitora diariamente as notícias de ocorrência dos chamados ‘incêndios estruturais’, ou seja, aqueles que ocorrem em edificações construídas e que poderiam ter sido contornados com a utilização dos chuveiros automáticos. Nesse grupo se encaixam instalações industriais e comerciais, depósitos, bibliotecas, escolas, hospitais, hotéis e prédios públicos, entre outros estabelecimentos. Ainda que parcial, pois envolve apenas as ocorrências divulgadas pela Imprensa, o levantamento constitui atualmente uma das poucas estatísticas de abrangência nacional a retratar os incêndios no Brasil. Em 2015 o estudo detectou a existência de 1.349 sinistros desse tipo no País, gerando uma média de 112 acidentes por mês (veja quadro e gráficos ao longo da matéria).

Medidas de Prevenção e Combate a Incêndio

➤ Proteção passiva: é aquela que não elimina o fogo, mas dificulta a propagação, contribui para a retirada das pessoas do local e garante a estabilidade da edificação até que o fogo seja controlado. Exemplos: ➧ R otas de fuga - propiciam um meio para que os ocupantes deixem a edificação em segurança. Devem ser dimensionadas prevendo tamanho da ocupação, larguras e comprimentos de corredores, portas, escadas, etc; ➧S inalização de emergência - informa aos ocupantes o caminho de fuga, saídas, onde estão hidrantes, extintores, etc; ➧ C ompartimentação - são meios de ‘dividir’ o ambiente de forma que um incêndio não se propague de uma área a outra, ou até mesmo de um andar para o outro. ➤P roteção ativa: são medidas efetivas para controlar o fogo no seu início, pois detectam, informam e podem, por meio de agentes extintores, controlar o incêndio. Exemplos: ➧ S istemas de sprinklers - sistemas que automaticamente despejam água no foco do incêndio, sem necessidade de ação humana; ➧ S istemas de detecção e alarme - possuem dispositivos e detectores que presenciam o início de um incêndio e podem acionar alarme, desligar equipamentos, acionar alguns sistemas de sprinklers (pré-ação e dilúvio), proporcionando tempo para que os ocupantes deixem a edificação; ➧ S istemas de combate com agentes limpos - sistemas que utilizam gases como agente extintor para eliminar um incêndio. Alguns deles: Novec, FM200, Inergen, etc. Fonte: ICS Engenharia

Não há, ainda, um aprofundamento na análise dos dados que permita entender melhor a dimensão do problema. “Não temos como afirmar, com segurança, nada a respeito da gravidade da questão de incêndios no Brasil, por falta de divulgação de dados oficiais”, reforça Lima. Apesar de isoladamente já parecerem significativos, os 1.349 incêndios não são nem sombra do tamanho real da ameaça a qual a população está sujeita, conforme destaca o porta-voz do ISB: “Estimamos que os números apu-

É preciso ampliar o acesso aos dados relacionados aos incêndios e fomentar ainda mais esse debate junto à sociedade. Marcelo Lima Instituto Sprinkler Brasil

12 Revista da InstalaçÃO

rados representam menos de 3% da quantidade real de ocorrências”. Novamente um único dado comprova que estamos diante de uma situação muito mais crítica do que a identificada pelo ISB: segundo o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, somente a capital paulista registrou 2.928 incêndios em edificações, no ano passado. Se o leitor ainda não se impressionou com esses números, certamente ficará preocupado com outra informação revelada por Marcelo Lima. O cruzamento de dados indiretos de mortes relacionadas a incêndio - divulgados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) -, com estatísticas divulgadas por outros países pela Geneva Association, aponta que o Brasil estaria entre os três primeiros países com maior número de vítimas fatais


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Matéria de CApa

| Incêndios no Brasil

Ocorrências de incêndios estruturais (exceto residenciais) noticiados em 2015 – por ocupação Ocupação

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho

Depósitos Comercial (Lojas/Shopping Centers/Supermercados) Indústrias Serviço Profissional (Agências Bancárias/Prédio Comercial) Prédio/Empresa Pública Educacional e Cultura Física (Escola/Universidade) Serviço de Saúde e Institucional (Hospital/Posto de Saúde/Clínica) Local de Reunião de Público (Igreja/Teatro/Aeroporto/Clube /Estádio/Escola de Samba/Casa Noturna/Restaurante/Biblioteca Serviço de Hospedagem Total do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão - excluindo-se ainda dessa lista países com megapopulações, como Índia e China. “Mas, como dito anteriormente, não temos como afirmar com segurança pela falta de estatísticas oficiais”, reafirma o diretor geral do ISB. Na opinião de Lima, falta esclarecimento para que a população possa ser mais atuante quanto à prevenção de incêndios. “Ainda há desconhecimento em relação ao tema. É preciso ampliar o acesso aos dados relacionados aos incêndios e fomentar ainda mais o debate, que é um trabalho que vem sendo realizado

15 49 22 16 8 8 5

21 40 19 12 3 10 5

11 8 19 8 26 30 34 33 26 21 28 21 17 22 14 10 11 12 10 3 4 6 5 4 6 11 8 12 14 12 2 4 5 9 5

13 10 14 11 14 16 17 2 1 0 2 1 1 0 138 121 110 105 118 110 104

pelo ISB desde a sua formação”, observa. O problema da falta de informação no País também é destacado pelo engenheiro Felipe Melo, diretor da ICS Engenharia, empresa que atua na área de proteção contra incêndio: “Não temos divulgação efetiva dos incêndios que ocorrem, e muito menos das causas. Tampouco temos informação de ocorrências evitadas pela existência de sistemas que atuaram de forma eficiente e que, por este motivo, não viraram notícia”, complementa. Para Melo, é preciso investir nos meios de comunicação de massa para

conscientizar a população. “Se nossas crianças tiverem contato desde cedo com o tema, ao tornarem-se adultos poderão tomar medidas mais efetivas de proteção em suas empresas, por exemplo. A população é uma peça que fecha o sistema, pois se tivermos uma legislação eficiente, produtos de qualidade, empresas qualificadas e uma população que sabe cobrar, teremos edificações mais protegidas”, defende o especialista, que atua ainda como coordenador do Comitê Técnico da ABSpk (Associação Brasileira de Sprinklers), outra importante entidade do setor.

Certificação de produtos e qualificação de mão de obra Paralelamente ao trabalho de difusão de informações junto à população em geral, é essencial que mais edificações disponham de mecanismos apropriados para proteção contra acidentes. Segundo os especialistas, a existência de um sistema eficaz de prevenção e combate a incêndio, com produtos e equipamentos certificados e instalados por profissionais devidamente capacitados, é capaz de ajudar a reduzir esse tipo de ocorrência. “Os sistemas de prevenção e com14 Revista da InstalaçÃO

bate podem contribuir totalmente para a segurança dos usuários, pois atuarão no início do incêndio, avisando, controlando, extinguindo ou até mesmo mantendo o fogo afastado”, sintetiza Felipe Melo. Confira no quadro da página 12 alguns dos sistemas de prevenção e combate a incêndio disponíveis no mercado. Conforme exemplifica o ISB, o uso dos sprinklers como medida de combate ao fogo pode salvar milhares de vidas e evitar grandes perdas materiais. “Um sprinkler é

capaz de controlar ou mesmo apagar um incêndio rapidamente, e gastando de mil a dez mil vezes menos água, em comparação ao que seria necessário em uma intervenção manual feita com mangueiras, por exemplo, além de ser um equipamento de proteção automático, que entra em operação sem necessidade de ação humana. Queremos conscientizar a população e os gestores públicos e privados sobre a importância do uso desses equipamentos”, destaca Marcelo Lima.


Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total/Ano 26 25 24 5 3 6 5

15 24 18 13 6 15 4

12 7 2 1 108 103

14 37 19 11 2 8 7

14 17 14 10 4 11 4

17 37 7 10 9 9 5

194 373 225 123 60 124 60

15

21

22

172

2 115

1 96

5 121

18 1.349 Fonte: ISB

Na opinião do diretor geral do ISB, existem produtos destinados a essa área de excelente qualidade, tanto fabricados no Brasil quanto importados. Entretanto, prossegue o executivo, a falta de exigência de certificação desses equipamentos - ou seja, de testes prévios em laboratório e acompanhamento do processo de produção - faz com que muitos sistemas ainda sejam instalados com artigos de baixa qualidade, devido ao menor custo. “O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo recentemente propôs um programa de certificação progressiva para equipamentos de incêndio a serem instalados no estado. A proposta faz parte da revisão da legislação estadual de segurança contra incêndio, que está atualmente sendo analisada pelo governador Geraldo Alckmin. O setor de sprinklers já se colocou à disposição para ser um dos primeiros a adotar as novas exigências, caso sejam colocadas em vigor”, anuncia Lima. Outro problema a ser resolvido no setor é a falta de mão de obra especializada. Marcelo Lima aponta que há muitas pessoas atuando na área sem possuir qualificação específica, aprendendo por tentativa e erro. Ele diz também que o Instituto Sprinkler Brasil apoia a ideia de criar um curso de especialização de engenharia em proteção contra incêndio que Revista da InstalaçÃO 15

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Matéria de CApa

| Incêndios no Brasil

Com legislação eficiente, produtos de qualidade, empresas qualificadas e uma população que sabe cobrar, teremos edificações mais protegidas.

Foto: Arquivo/HMNews

Felipe Melo Ics Engenharia

garanta a habilitação adequada para a atividade. “Essa é uma área de ensino que ainda tem muito a avançar no País. Os principais desafios que temos enfrentado na formação dos profissionais que atuam no setor são a escassez na oferta de cursos, a bibliografia limitada e a falta de padronização do currículo. É necessário criar um currículo específico na formação dos profissionais que irão atuar no setor e incluir a multidisciplinaridade dos conhecimentos”, entende o diretor geral do ISB. Felipe Melo também demonstra preocupação com o assunto e informa que as organizações onde atua estão empenhadas em dar sua contribuição à sociedade. “Através de treinamentos, workshops e palestras, buscamos alcançar o maior número de pessoas e disseminar a cultura e o conhecimento de proteção contra incêndio. A ICS investirá fortemente nesta questão a partir deste ano. E na ABSpk seguimos a mesma linha, fornecendo treinamentos, apresentando congressos e outros eventos para disseminar conhecimento”, garante. Aliás, segundo Melo, as deficiências do mercado na prestação de serviços podem ser percebidas inclusive na atuação de determinadas empresas. “Muitos proprietários e empresas que se dizem especializados utilizam equipamentos 16 Revista da InstalaçÃO

sem certificação para baratear a instalação. Porém, comprovadamente sabemos que produtos de péssima qualidade têm sido usados e que não atuarão como deveriam, em caso de incêndio”, alerta.

O diretor da ICS reconhece que existem empresas altamente capacitadas no mercado, mas observa que a área não está totalmente livre de “aventureiros”. “Existem empresas que visualizam uma boa oportunidade de mercado e buscam somente o próprio crescimento, sem se preocupar com a real proteção da edificação. Digo isso porque não possuem mão de obra qualificada e treinada, usam materiais e equipamentos de qualidade duvidosa e sem qualquer certificação”, denuncia Melo.

País está pronto para legislação nacional? A legislação de prevenção e combate a incêndio no Brasil é de responsabilidade de cada estado, e, segundo os especialistas, as diretrizes adotadas por São Paulo têm servido de base para a maioria das unidades da federação. No

momento há grande expectativa no mercado para a publicação do novo Código Estadual de Proteção Contra Incêndios e Emergências de São Paulo. Recentemente o governo paulista realizou Consulta Pública para discutir as minutas de

Ocorrências de incêndios estruturais (exceto residenciais) noticiados em 2015 – por ocupação Local de Reunião de Público (igreja/ Teatro/Aeroporto/Clube/Estádio/Escola de Samba/Restaurante/Biblioteca)

Serviço de saúde e institucional (Hospital/ Posto de Saúde/Clínica) Educacional e cultura física (Escola/ Universidade) Prédio/empresa Pública Serviço profissional (Agência bancária/ Prédio comercial)

60 124

172

18 Serviço de

Hospedagem

194

60

Depósitos

123

Indústrias

373 225

Comercial (Lojas/ Shopping Center/ Supermercados) Fonte: ISB


ABSpk apoia governo paulista A Associação Brasileira de Sprinklers (ABSpk) manifestou formalmente seu apoio ao Governo do Estado de São Paulo na Consulta Pública realizada para tratar de conteúdo referente à Lei Complementar nº 1.257, de 6 de janeiro de 2015, que institui o Código Estadual de Proteção Contra Incêndios e Emergências. “Entendemos que é nosso papel contribuir alertando a população sobre três importantes tópicos”, declara João Carlos Wollentarski Jr, presidente da ABSpk. “Primeiro, esclarecer sobre os reais riscos de perdas materiais e humanas aos quais a sociedade está exposta; segundo, orientar quanto à necessidade de legislação que contemple a exigência de dispositivos de segurança e prevenção certificados de forma compulsória; em terceiro, posicionar-se em prol de condições de igualdade de competição entre produtos nacionais ou importados, por meio da padronização de processos de produção e regulamentação de utilização. Só assim a sociedade estará livre da falsa sensação de segurança que os produtos não certificados, falsificados e sem qualidade proporcionam”, conclui o executivo. A aprovação da nova legislação é necessária para que o Corpo de Bombeiros possa atuar com ‘poder de polícia’. Assim, os bombeiros poderão vistoriar locais sem que o proprietário solicite. Caso não esteja de acordo com as normas de prevenção contra incêndios ou haja algum problema estrutuProdutos não certificados, falsificados e sem qualidade proporcionam falsa sensação de segurança. JOÃO CARLOS WOLLENTARSKI JR ABSPK

ral que comprometa a segurança, o dono do imóvel pode ser advertido, multado e ter o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) cassado. “É um grande avanço, considerando que, atualmente, o Corpo de Bombeiros só pode fiscalizar estabelecimentos e prédios que tenham solicitado o AVCB, ou em casos de emergência. Mas isso não será suficiente para conter riscos”, afirma Wollentarski Jr. A ABSpk contribuiu com o Corpo de Bombeiros na revisão de Instruções Técnicas que compõem a nova legislação. E se sente responsável por alertar para outro detalhe relevante. Tão grave como não contar com nenhuma instalação de prevenção é ter uma falsa sensação de segurança, com dispositivos que podem não funcionar quando necessário. Há elementos que compõem os sistemas de prevenção que não podem ser testados, como os sprinklers. Por isso, exigir a fabricação, importação e instalação apenas de dispositivos 100% certificados é a única forma para garantir que, quando solicitados, os componentes do sistema de combate a incêndio funcionem e cumpram a sua função. Mas o cenário do mercado brasileiro é preocupante. O País cresceu muito na importação de componentes de sistemas de prevenção e de segurança sem certificação, de qualidade duvidosa ou falsificados. Especificamente quanto a sprinklers, em 2013 foram importadas 1,5 milhão de unidades, e 45% desse volume eram não certificados. Em 2016, chuveiros automáticos sem certificação representaram 75% do volume total importado. Na Consulta Pública a entidade se posicionou para que o uso de dispositivos certificados seja compulsório, e não opcional. Só assim a população deixará de estar exposta a perdas materiais e humanas.

Foto: Arquivo/HMNews

Revista da InstalaçÃO 17


Matéria de CApa

decretos regulamentares alusivos à Lei Complementar nº 1.257, que institui o Código paulista. “As medidas que entendo que trazem benefícios para o mercado estão incorporadas nesta possível revisão. Basicamente, tratam de penalidades para edificações que não estejam atendendo à Legislação e que ofereçam risco à população, além de mudanças referentes à certificação. No novo texto há a exigência de utilização de equipamentos certificados, no que se refere a sistemas de proteção contra incêndio. Diz que o Corpo de Bombeiros poderá exigir que os equipamentos instalados possuam certificação. Este ponto é extremamente importante, pois hoje vemos muitos equipamentos sem qualquer certificação e até mesmo piratas entrando no Brasil”, analisa Felipe Melo. O executivo destaca outro ponto importante que a seu ver deveria fazer parte da nova legislação - mais especi-

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| Incêndios no Brasil

ficamente de uma Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros (a IT-23): um checklist pós-instalação para a entrega da obra. O documento teria diversos questionamentos que precisariam ser preenchidos e assinados pelo responsável técnico e pelo proprietário da edificação. O checklist aborda aspectos como certificação, atendimento ao projeto e normas específicas, realização de testes, etc. e poderia garantir maior segurança. “Não posso afirmar se isso sairá efetivamente, pois participamos da elaboração e correção do checklist, mas ele não seguiu para a consulta pública”, comenta Melo. Para Marcelo Lima, até mesmo a atual legislação de São Paulo, que é referência para o resto do País, possui uma deficiência que precisa ser sanada, no capítulo que envolve a proteção de indústrias. “Algumas pessoas acreditam que a exigência de sistemas de proteção contra incêndio só é necessária quando há grande potencial de perdas huma-

238

nas. Mas tradicionalmente o número de mortes em incêndios industriais não é grande. Em se tratando de grandes incêndios, precisamos atentar também para as perdas econômicas e ao meio ambiente. O incêndio no terminal da Alemoa, em Santos, ocorrido recentemente, é um exemplo de acidente sem perda de vidas, mas com enorme custo econômico e ambiental”, ressalta o diretor do ISB. Tanto Marcelo Lima quanto Felipe Melo disseram ser favoráveis ao estabelecimento de uma legislação nacional de prevenção e combate a incêndios - o que é reivindicado por diversos segmentos da sociedade. “Somos totalmente favoráveis à ideia da criação de um modelo de código de segurança contra incêndio que estabeleceria padrões mínimos de proteção em todo o País. A Frente Parlamentar Mista de Segurança Contra Incêndio, que tem o ISB como um de

137 113

107

99 95 85

Número de incêndios estruturais (exceto residenciais) noticiados na Internet em 2015 – por Estado 53 49

45

35 35

30 29 27 27 23 22 21 18 16 15 13

7

5

3

2

SP MG RS SC PR RJ PE BA MS AM CE MT AL PA GO PI RO PB MA DF ES RN SE TO AP AC RR Fonte: ISB

18 Revista da InstalaçÃO


seus apoiadores entre as organizações da sociedade civil, tem a criação desse código como um dos principais projetos. Em fevereiro deste ano foi criado um grupo de trabalho na Secretaria Nacional de Segurança Pública do Minis-

tério da Justiça para tratar do tema”, confirma Lima. Para Melo, hoje cada Estado determina em sua legislação o que acha mais prudente para sua realidade, mas isto estaria gerando brechas para interpre-

tação dos textos e muita confusão para os projetistas e instaladores. “Sem falar que com uma lei nacional, muito provavelmente o nível de inspeção e cobrança também deverá aumentar”, conclui o diretor da ICS.

Mercado promissor Apesar da crise que afetou grande parte da economia do País, nos últimos anos, o mercado de prevenção e combate a incêndios tem grande potencial de crescimento e oferece perspectivas interessantes para empresas e profissionais especializados. “Temos sido bastante procurados neste início de 2017, com boas oportunidades para serem fechadas nos próximos meses. Vimos com bons olhos esta recuperação do País e enxergamos que será um excelente ano para nossa em-

presa”, revela Felipe Melo. O diretor da ICS conta que a companhia “fechou os olhos” para o pessimismo, decidindo investir em infraestrutura e equipamentos: “Para 2017 nossas metas mais uma vez são agressivas, e temos certeza de que continuaremos em crescimento”. A capacitação dos colaboradores também tem recebido atenção especial da empresa. “Temos uma equipe de coordenadores e supervisores altamente treinada e capacitada para atender-

mos todo nível de exigência normativa, sempre com planejamento, agilidade, limpeza e rigor técnico”, garante Melo. A ICS desenvolve projetos e realiza a instalação de sistemas de proteção contra incêndio, como sprinklers, detecção e alarme, supressão com agentes limpos, sistemas de water spray, proteção em tanques, hidrantes e sistemas com utilização de espuma, entre outros. A empresa também presta serviços de assistência técnica e manutenção nos sistemas que instala.


Mercado

| Aquecimento solar de água

Certificação de equipamentos Novas exigências para componentes de sistemas de aquecimento solar de água no Brasil.

20 Revista da InstalaçÃO

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Por Paulo José Schiavon Ara e Daniel Setrak Sowmy Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

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oletor Solar e Reservatório Térmico são os principais componentes de um sistema de aquecimento solar de água. O coletor solar absorve a radiação solar incidente e aquece a água que circula através dele. O reservatório térmico armazena a água quente que pode ser utilizada inclusive

em períodos sem a presença de radiação solar. Em 1996, o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) deu início ao Programa de Etiquetagem para sistemas e equipamentos de aquecimento solar de água. Coletores, reservatórios térmicos e sistemas acoplados (conjunto composto por coletor e reser-

Compulsory certification of solar water heating system equipment is a great opportunity for the development of this sector in Brazil, increasing the quality and safety of the products and the reliability of the technology for the end user.

Certificación obligatoria de los equipos que componen el sistema de calentamiento solar de agua proporciona una gran oportunidad para que el sector se desarrolle en Brasil, con el aumento de la calidad y seguridad de los productos y la fiabilidad de la tecnología para el usuario.

Revista da InstalaçÃO 21


Mercado

vatório térmico) passaram a ser etiquetados de forma voluntária. Recentemente, o Inmetro transformou o programa de etiquetagem voluntária em programa de certificação compulsória. Hoje, fabricantes e importadores devem submeter seus produtos à certificação através de um Organismo de Certificação de Produtos (OCP) acreditado pelo Inmetro e só podem comercializar os produtos que estiverem certificados e registrados no Inmetro. O coletor solar, quando certificado, possui a etiqueta de identificação, na qual é apresentado o número de registro de objeto, dados do fornecedor e a classificação de desempenho de “A” até “E”. A classificação é função do valor da “Produção Mensal de Energia por m² de coletor” apresentada na etiqueta, também chamada de “Produção Mensal de Energia Específica” (PMEe) em kWh/mês.m².

A PMEe é determinada em ensaio de desempenho térmico realizado em laboratório e representa uma estimativa da quantidade de energia útil a ser produzida pelo coletor durante um mês para cada m² de área do produto. A razão entre PMEe e preço do produto pode ser um bom critério para orientar a escolha do produto por um projetista ou comprador. 22 Revista da InstalaçÃO

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| Aquecimento solar de água

Além do ensaio de desempenho, outros testes passaram a ser exigidos para a certificação compulsória de coletores: ◗ Pressão interna que verifica se o produto não deforma ou apresenta vazamentos quando submetido a determinados níveis de pressão. ◗ Alta temperatura que avalia a capacidade do coletor de resistir a elevados índices de radiação. ◗ Exposição na qual o coletor é deixado sem água exposto ao sol durante vários dias não podendo apresentar danos e degradações. ◗ Choques térmicos, que simulam o dano que pode ocorrer quando o coletor está sem água e quente, e de repente passa a circular água fria (choque interno) ou ocorre uma chuva repentina (choque externo). ◗ Penetração de chuva que verifica a entrada de água no coletor decorrente de uma chuva prolongada. ◗ Carga mecânica que avalia a resistência do vidro quando sofre pressão positiva (uma carga sobre ele, por exemplo) ou pressão negativa (a sucção do vento, por exemplo).

Laboratório

Simulador solar do IPT utilizado para realização de ensaio de desempenho de coletores solares.

Adicionalmente, podem ser realizados os testes de resistência ao congelamento e resistência ao impacto (simulando chuvas de granizo, por exemplo), caso o fornecedor declare o coletor como resistente ao congelamento e ao impacto. Por fim, é realizada uma inspeção final na qual se verifica o estado da amostra após todos os testes e, através da desmontagem do produto, as dimensões geométricas de partes do produto (espessura da placa, diâmetro das calhas, etc.) são medidas e comparadas com as especificadas pelo fornecedor. O reservatório térmico, por sua vez, quando certificado, possui a etiqueta de identificação. Neste caso, não há classificação por letras como no coletor, porém, o reservatório só pode ser certificado caso sua “Perda Específica de Energia Mensal” em kWh/mês.litro, seja menor que a definida pelo Inmetro para o volume em questão. Por exemplo, para um reservatório com volume de 200 litros, o


Inmetro define que a Perda não pode ser maior que 0,27 kWh/mês.litro. Caso o reservatório apresente uma perda de 0,29 kWh/mês.litro, por exemplo, ele estaria reprovado na certificação. Esse valor é determinado em laboratório no ensaio de Perda Específica, em condições padrão, e pode ser consultada, para os produtos certificados, pelo site do Inmetro. Reservatórios que apresentem perda menor tornarão o sistema de aquecimento solar mais eficiente durante o uso, já que terão maior capacidade de “conservar” a temperatura da água quente até ser utilizada. Além do ensaio de Perda Específica, outros testes passaram a ser exigidos para a certificação compulsória de reservatórios: ◗ Marcações e instruções que verificam as instruções do produto e o conteúdo e a durabilidade das etiquetas e identificações do reservatório. ◗ Volume armazenado que verifica se volume real corresponde ao volume nominal. ◗ Pressão hidrostática semelhante à do coletor. ◗ Potência absorvida, tensão suportável e corrente de fuga que verificam a segurança elétrica do reservatório. ◗ Resistência ao calor e fogo que verificam se a capacidade de partes Revista da InstalaçÃO 23


Mercado

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| Aquecimento solar de água

do reservatório de resistir ao excesso de calor e à exposição ao fogo. ◗ Resistência ao enferrujamento que verifica a presença de corrosão nas partes metálicas. Para os reservatórios sem apoio elétrico (sem resistência elétrica), os ensaios de Potência, Tensão, Corrente e Calor e Fogo não se aplicam. Para os coletores abertos (sem cobertura de vidro e caixa externa), os ensaios de Penetração de chuva, Carga mecânica e impacto não se aplicam e o ensaio de Pressão Interna é realizado em um tanque de água quente. Os sistemas acoplados realizam todos os ensaios de coletores e todos os ensaios de reservatório, e também são classificados de “A” até “E”, conforme a PMEe do sistema como um todo, obtido no teste de laboratório. Por fim, outra novidade dos testes para certificação compulsória é o en24 Revista da InstalaçÃO

Novas exigências e requisitos são uma grande oportunidade para que o setor de aquecimento solar de água se desenvolva, com aumento da qualidade e segurança dos produtos. saio de envelhecimento acelerado, no qual as partes plásticas dos produtos são submetidas a um processo de envelhecimento acelerado a fim de simular a durabilidade dos materiais durante a vida útil do produto. A certificação compulsória representa um desafio para o setor de aquecimento solar no Brasil. As novas exigências e requisitos são uma grande oportunidade para que o setor se de-

senvolva, com o aumento da qualidade e segurança dos produtos e da confiabilidade da tecnologia para o usuário. Esta evolução é acompanhada pelos laboratórios de ensaios e avaliações de desempenho que atualizaram sua infraestrutura aos níveis exigidos internacionalmente e oferecem o apoio tecnológico necessário ao setor produtivo, a fim de atender as exigências da certificação compulsória.



Case

| Tecnologia

Proteção contra umidade e condensação Armacell oferece solução que mantém os trocadores de calor livres de

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congelamento na planta da Budweiser.

Q

uando falamos de cerveja, imaginar canecas bem geladas seria desejável, mas um equipamento de processo congelado não é aceitável. Isso era o que mais preocupava Jim Peterson, engenheiro de Utilidades na fábrica da Budweiser de Anheuser-Busch em Jacksonville, Flórida (Estados Unidos), quando o assunto foram os quatro trocadores de calor Shell & Tubes na cervejaria. 26 Revista da InstalaçÃO

Os tanques, que estão sempre em operação, usam amônia a -29°C para refrigerar o glicol a -10°C em vários processos de refrigeração na planta. Dadas as temperaturas extremamente frias dos tanques e o contraste do clima quente da Flórida, o isolamento correto era um fator crítico – não só pela eficiência, como também para prevenir a condensação e posteriormente causar congelamento sobre o equipamento.

Os trocadores de calor haviam sido originalmente isolados com isopor, mas estes tiveram de ser retirados quando os suportes de madeira que sustentavam os grandes tanques começaram a se deteriorar. Em seguida, os tanques tiveram de ser isolados novamente. Em busca de uma solução rápida, de baixo custo, que minimizaria o tempo de parada (downtime), os engenheiros da


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fábrica tentaram primeiro a aplicação de um revestimento cerâmico isolante térmico nos tanques, contudo a con-

densação rapidamente começou a se formar e a congelar. Era hora de procurar outra solução!

O AP Armaflex de 50 mm de espessura foi selecionado e dimensionado para o isolamento dos trocadores de calor da fábrica da Budweiser.

Sem umidade, sem gelo Jim Peterson tinha usado no passado o isolamento de espuma de células fechadas em algumas peças pequenas de outros equipamentos e apreciado sua característica de barreira de vapor incorporado. Baseando-­ se nisso e no aparente desempenho do material, ele optou pela espuma elastomérica de célula fechada AP Armaflex, da Armacell, para isolar os tanques. O AP Armaflex de 50 mm de espessura foi selecionado e dimensionado para o isolamento dos trocadores de calor da fábrica da Budweiser. A espessura do isolamento foi calculada com base nas temperaturas dos tanques, que são consideradas extremas, mas se enquadram no intervalo de utilização de -56°C a 109°C do AP Armaflex.

A Armacell recomenda o cálculo da espessura adequada para cada parte do sistema. A união perfeita, livre de pontes de ingresso de umidade que o AP Armaflex fornece quando devidamente instalado, ajuda a garantir que as superfícies metálicas também estejam protegidas da condensação ou do aprisionamento de umidade que, inevitavelmente, congelam e prejudicam o desempenho e a durabilidade do equipamento. O resultado foi um isolamento de aparência limpa, confiável, e que deverá durar na planta durante vários anos. Embora Bob Mask, da Insulation Specialties, empresa da instalação, tenha admitido que cortar a espuma exigiu uma certa habilidade, o esforço para se chegar no resultado final valeu a pena.

Armacell provides AP Armaflex to insulate the heat exchangers of the Budweiser plant in Florida (USA). Solution prevents the condensation and freezing of the outside part of the equipment of the beer company.

“Estou impressionado. Eu acho que ficou com uma aparência muito boa e todos na planta estão muito felizes e satisfeitos”, comentou Mask. Disponível em tubos e mantas, a espuma elastomérica Armaflex é a mais indicada para a prevenção do ingresso de umidade e condensação. Os produtos em mantas são especificamente projetados para isolar grandes tubos e tanques. Sua flexibilidade também a torna ideal para a obtenção de uma instalação perfeita em superfícies arredondadas. A estrutura de célula fechada de isolamento Armaflex a torna impermeável à umidade, proporcionando, assim, melhor proteção contra mofo e bolor. O isolamento de espuma elastomérica Armaflex é uma solução reconhecida mundialmente.

Armacell suministra AP Armaflex para el aislamiento de los intercambiadores de calor de la planta de Budweiser en Florida (EE.UU.). Solución evita la condensación y la congelación en la parte externa de los equipos de la fábrica de cerveza. Revista da InstalaçÃO 27


Destaque

| Manutenção

28 Revista da InstalaçÃO


Air conditioning is increasingly present in Brazilian homes. However, end users need to be aware of the most appropriate periodic preventive maintenance for each type of equipment in order to ensure the health of occupants of the buildings and to avoid energy wasting.

El aire acondicionado es cada vez más presente en los hogares brasileños. Sin embargo, los usuarios deben estar conscientes a cerca del mantenimiento preventivo periódico más adecuado para cada tipo de equipo con el fin de garantizar la salud de los ocupantes de los edificios y evitar el desperdicio de energía.

Atenção à saúde Sistemas de ar-condicionado requerem manutenção preventiva periódica para não prejudicar saúde dos usuários. Medida é importante também para evitar o consumo exagerado de energia elétrica.

Peportagem: Paulo Martins

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s elevadas temperaturas registradas durante grande parte do ano no Brasil fazem com que o ar-condicionado seja um dos bens duráveis mais utilizados ou desejados no País, tanto em casa e no trabalho quanto em ambientes destinados à prática de atividades educacionais, culturais e esportivas, entre outras. Entretanto, nem todos se atentam para o fato de que os aparelhos requerem manutenção preventiva periódica, feita por especialistas. Esse tipo de cuidado é necessário não só para evitar o consumo excessivo de energia elétrica, mas, principalmente, para preservar o funcionamento do sistema dentro de suas condições originais de projeto, contribuindo assim para não prejudicar a saúde dos usuários. Conforme explica o engenheiro Arnaldo Parra, presidente do Departamento Nacional de Instalação e Manutenção da Revista da InstalaçÃO 29


Destaque

| Manutenção

Cuidados

30 Revista da InstalaçÃO

estabelece um intervalo máximo de 30 dias para cada intervenção de manutenção preventiva. “Por se tratarem de serviços que podem resultar em impacto na saúde das pessoas e coletividade, a definição de quais intervenções devem ser realizadas é feita pelo Responsável Técnico legalmente habilitado, com limitações impostas pelas leis citadas”, completa Parra. Independentemente de prazos, existem alguns sinais que podem indicar a necessidade de manutenção do ar-­ condicionado. Um dos ‘sintomas’ é o aumento do consumo de energia, pois o equipamento passa a gastar mais eletricidade para tentar vencer as barreiras físicas criadas pelo acúmulo de sujeira. “Um aparelho muito sujo chega a consumir até 40% a mais de energia para o mesmo trabalho produzido”, alerta o dirigente da Abrava. Outro indicador é o surgimento de ruídos, tais como chiados provenientes de filtros obstruídos, rolamentos desgas-

Um aparelho de ar-condicionado muito sujo chega a consumir até 40% a mais de energia elétrica para o mesmo trabalho produzido. ARNALDO PARRA ABRAVA

tados ou correias avariadas. A falta de limpeza ou de ajustes característicos da manutenção também pode comprometer o rendimento do sistema de resfriamento ou de aquecimento. No caso do Mini Split, o gotejamento de água para fora do gabinete pode ser uma consequên­cia da sujeira ou falta de rendimento. Um fenômeno nem sempre notado, mas que merece atenção total é a degradação da qualidade do ar, denunciada pelo excesso de pó em suspensão, presença de fungos e bactérias, percepção de odores estranhos como o mofo e o surgimento de manchas nos difusores de ar. “Ao se notarem estes sinais, geralmente o sistema todo já estará conFoto: Divulgação

Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), de forma geral, a operação dos aparelhos de ar-condicionado envolve a recirculação do ar presente no ambiente atendido. Em muitos casos, esta recirculação do ar pode gerar a concentração, em algum nível, de poluentes indesejáveis - daí a importância de se fazer a manutenção preventiva periódica dos sistemas. “Esse trabalho assegura que os equipamentos e demais componentes, como dutos e grelhas, estejam devidamente limpos e ajustados, propiciando assim uma operação livre de componentes nocivos à saúde, além de garantir melhor performance energética”, descreve. De maneira geral, todos aparelhos de ar-condicionado necessitam de manutenção, independentemente de modelo e tamanho - o que pode variar é a intensidade das atividades de cada tipo de equipamento, conforme sua aplicação. Para sistemas de uso em ambientes industriais e comerciais, tais como escritórios e lojas, existe uma lei que define tanto a obrigatoriedade quanto a periodicidade e as rotinas de manutenção. Trata-se da Portaria 3.523 do Ministério da Saúde, regulamentada pela Resolução RE-09 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que

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Todos aparelhos de arcondicionado necessitam de manutenção, independentemente de modelo e tamanho.


taminado, exigindo assim intervenções de maior porte”, observa Parra. Segundo o especialista, os riscos decorrentes da falta de manutenção em um sistema de ar-condicionado podem ser divididos em duas categorias: operacionais e da qualidade do ar. Risco operacional é quando a inexistência de manutenção gera a possibilidade de parada do equipamento, por quebras, falhas, falta de rendimento ou colapso total, dependendo do grau do ocorrido. De acordo com Parra, esses riscos geralmente requerem gastos adicionais para recolocar o equipamento em operação, além do custo da paralisação, desconforto causado ou prejuízo decorrente da parada dos sistemas atendidos pelo ar-condicionado. Nessa classe de riscos estão também aqueles associados à segurança, tais como risco de incêndio e de curto-circuito. Já os riscos associados à má qualidade do ar - decorrentes da manuten-

Evite desperdiçar energia Esta é uma questão que vale a pena reforçar: existe uma relação direta entre o consumo de energia do aparelho de ar-condicionado e a qualidade da manutenção a ele dedicada. Um equipamento que não receba a devida atenção de manutenção sofrerá desgastes prematuros de peças como mancais e correias. Além disso, em decorrência da falta de limpeza poderá operar em regime de sobrecarga por conta do acúmulo de sujeira nas serpentinas e demais componentes. “Um equipamento com manutenção deficiente poderá consumir até 40% a mais de energia elétrica, somente relacionado à obstrução de serpentinas. Somando-se os efeitos de filtros obstruídos, correias frouxas e outras desregulagens, constatamos que não será difícil um equipamento consumir até 50% a mais de energia, para realizar o mesmo trabalho que um equipamento em boas condições”, alerta Arnaldo Parra, presidente do Departamento Nacional de Instalação e Manutenção da Abrava. ção inadequada ou inexistente - provêm da contaminação do ar e componentes do sistema por fungos e bactérias que podem surgir por falta de limpeza adequada. O acúmulo de pó e outras substâncias nas serpentinas e bandejas pode ocasionar a formação de colônias de micro-organismos e permitir sua propaga-

ção nos ambientes atendidos. “Este tipo de contaminação pode ter efeito alérgico em algumas pessoas, e assim afetar a saúde, de modo geral. O excesso de pó também pode criar uma atmosfera interna prejudicial que, além de provocar irritações, pode interferir nos processos industriais”, detalha Arnaldo Parra.

A quem cabe o serviço de manutenção? A maioria dos serviços de manutenção dos sistemas de ar-condicionado geralmente é executada no próprio local da instalação, pois remover os equipamentos para uma oficina geraria custos com transporte, remoção, nova instalação, etc.

A realização de determinados serviços requer uma paralisação programada e por tempo determinado do sistema, portanto, existem cronogramas de manutenção específicos para os diversos tipos de intervenções. “A substituição

de componentes em caráter preventivo geralmente é programada de forma a interferir o mínimo possível no ambiente. Já os casos de falhas ou quebras são tratados com a urgência que cada situação requer”, compara Arnaldo Parra.


Destaque

Existem serviços que podem ser realizados com pouca ou nenhuma interferência nas atividades cotidianas dos ocupantes dos ambientes. É o caso da limpeza de filtros e da realização de leituras de parâmetros de funcionamento dos equipamentos. “Depende muito do que será realizado. Logicamente, serviços que podem oferecer riscos aos ocupantes do ambiente necessitam de interdição temporária. Porém, rotinas de ajustes, medições e regulagens não precisam de interferência junto aos usuários dos sistemas”, compara o especialista. De acordo com o CONFEA (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), os CREAs (Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia) devem fiscalizar a manutenção de equipamentos de climatização, exigindo a participação de profissionais legalmente habilitados nesse serviço para garantir o interesse

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| Manutenção

social e humano, pois essa é uma atividade que requer conhecimento técnico especializado. A norma brasileira ABNT NBR 13971 - Manutenção Programada para Sistemas de Ar-Condicionado, Ventilação e Refrigeração estabelece que Profissional Qualificado é aquele que comprovar a conclusão de curso específico na

Periodicidade para Manutenção do Ar-Condicionado A periodicidade da manutenção dos sistemas de ar-condicionado varia de acordo com o tipo de serviço ou intervenção, com algumas limitações impostas pela Portaria 3.523 e Anvisa RE-09. Estas frequências precisam ser sempre avaliadas pelo responsável técnico legalmente ha-

bilitado, para eventual redução do período entre intervenções. De acordo com a Anvisa RE-09, existem definições de períodos máximos para alguns componentes, que são considerados vetores de disseminação da contaminação física e biológica, tais como:

➮ Tomada de ar externo: limpeza mensal ou quando descartável até sua obliteração (máximo 3 meses); ➮ Filtros de ar: limpeza mensal ou quando descartável até sua obliteração (máximo 3 meses); ➮ Bandeja de condensado: mensal; ➮ Serpentinas: desincrustação semestral e limpeza trimestral; ➮ Umidificador: desincrustação semestral e limpeza trimestral; ➮ Ventilador: desincrustação semestral e limpeza trimestral; ➮ Plenum de mistura/casa de máquinas: desincrustação semestral e limpeza trimestral; ➮ Demais componentes têm a sua periodicidade definida pelo próprio responsável técnico devidamente habilitado. Fonte: Abrava

32 Revista da InstalaçÃO

área, reconhecido pelo sistema oficial de ensino e Profissional Habilitado é o profissional que, previamente qualificado, possua o devido registro legal no competente conselho de classe - no caso, o CREA. Profissional Capacitado é aquele que atenda, simultaneamente, às seguintes condições: a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional legalmente habilitado; e b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado. Assim, informa Arnaldo Parra, o profissional habilitado a prestar serviços de manutenção em sistemas de ar-condicionado, de forma direta, é aquele que tenha alguma formação técnica na área e esteja sob orientação e responsabilidade de um engenheiro mecânico. Já a Responsabilidade Técnica e Legal pelo Programa de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) de sistemas de ar-condicionado deve ser atribuída a um profissional devidamente qualificado e que possua habilitação legal perante o seu Conselho de Classe, no caso, o CREA. “O PMOC é uma atividade dividida em duas partes: manutenção mecânica do sistema de refrigeração e ar-condicionado de um lado; e avaliação da qualidade do ar do outro. A parte relativa à manutenção mecânica é privativa de todos os profissionais da Engenharia Mecânica, como engenheiros, tecnólogos ou técnicos. Porém, a avaliação da qualidade do ar poderá ser feita por profissionais da Engenharia Química, Engenharia de Segurança do Trabalho ou da Engenharia Sanitária”, complementa o porta-voz da Abrava.


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| Fios e Cabos Elétricos

Condutores elétricos para infraestrutura de transporte Escolha dos fios e cabos deve considerar as características dos ambientes Portuários.

C

om o intuito de levar informações a quem projeta ou especifica cabos para os vários segmentos do mercado industrial, o ICA/Procobre, com apoio da indústria de condutores elétricos, publicou uma série de Guias de Aplicação de Cabos. Até o momento, os livros produzidos se voltam para os setores de infraestrutura de transporte, mineração, indústria do cimento e óleo, gás e petroquímico. Mas outros temas também serão contemplados nos próximos meses. Ao longo desse ano, o conteúdo desses livros será publicado na Revista da Instalação na forma de artigos técnicos. E, para começar, o foco será o mercado de infraestrutura de transporte. Como em qualquer instalação elétrica, na área de infraestrutura de transporte a escolha dos condutores a serem utilizados deve respeitar as características de cada ambiente e, obviamente, as exigências e recomendações das normas técnicas aplicáveis a cada situação. Significa que nem sempre o mesmo tipo de cabo poderá ser instalado numa estação de metrô, aeroporto ou em construções portuárias. Antes da especificação, é preciso estudar e entender todos os detalhes do local da aplicação. Por exemplo: o cabo será instalado em áreas internas ou externas? Estará sujeito às intempéries? Quais os tipos de

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produtos químicos que poderão estar presentes no ambiente? Quais normas devem ser consideradas em cada caso? Ocorre que a determinação dos corretos meios de escolha e aplicação dos produtos, identificação das normas aplicáveis, das possíveis inovações tecnológicas, dos novos materiais e processos, são premissas para o desenvolvimento e para a consolidação da aplicação de produtos e métodos. Lembrando que o objetivo final é atender integralmente as necessidades dos clientes. Para facilitar o entendimento, vamos separar o setor de infraestrutura de transporte em três artigos (portuário, aeroportuário e metroviário) e em cada um deles apresentaremos algumas dicas e orientações para a escolha do condutor elétrico mais adequado, lembrando que podem existir particularidades nessas instalações que exijam características específicas com decorrentes variações. Nesse primeiro artigo, vamos abordar o setor portuário. E nas próximas edições da Revista da Instalação trataremos também do aeroportuário e metroviário. O ambiente portuário está sujeito a

condições severas de aplicação dos cabos, cujas principais são: ➧ Corrosão: os cabos elétricos estão sujeitos ao desgaste gradual de ataques químicos e físicos, devido à interação com o ambiente. O ambiente salino inerente aos portos marítimos já é um grande agressor, que, aliado aos inúmeros produtos químicos de transbordo, pode resultar em uma possível modificação da atmosfera; ➧ Proteção mecânica: O ambiente portuário está sujeito à movimentação de maquinário pesado, excesso de peso, acidentes em manobras e práticas agressivas de carregamento (pá carregadeira, conchas, dentre outros) e queda de material sobre os cabos elétricos; ➧ Proteção contra a explosão: O ambiente portuário, como descrito anteriormente, pode conter materiais de transbordo que modifiquem a atmosfera local, gerando risco de explosão ou início de incêndio. Pode conter também áreas específicas de inflamáveis; ➧ Aterramento: O sistema de proteção portuário é extremamente importante em todos os tipos de opera-

Procobre Brasil has published an Application Guide on Electric Cables with Copper Conductors for Transportation Infrastructure. The objective is to provide information to product designers or specifiers of this sector, reinforcing the idea that the choice of wires and cables should be based on the particular characteristics of each application site.

Procobre Brasil publica Guía de Uso de Cables Eléctricos con Conductores en Cobre destinado a la Infraestructura de Transporte. El objetivo es llevar la información a aquellos que proyectan o especifican productos para esto tema, reforzando la idea de que la elección de alambres y cables debe basarse en las características específicas de cada sitio.


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ções, sejam galpões, instalações elétricas, equipamentos de transporte de produtos, esteiras transportadoras, gruas, braços de carregamento e equipamentos em geral. A confiabilidade do sistema também deve ser levada em consideração, pois uma manutenção corretiva não plane-

jada gera altos custos, com danos emergentes e lucros cessantes, perdas que demonstram a grande vantagem dos cabos em cobre, quando adequadamente especificados e instalados. A Tabela abaixo elenca as classes de encordoamento e os locais onde são instalados os diferentes tipos de cabos

Tipos de cabos elétricos utilizados

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elétricos. Cabe esclarecer que o conteúdo desta tabela, assim como as informações técnicas deste item, buscam representar a maioria dos cabos elétricos utilizados neste setor. Contudo, variações podem ocorrer devido à ampla variedade de cabos e as particularidades de cada projeto:

Classes de encordoamento

Locais onde são utilizados

Cabos de cobre nu

2

Sistemas de aterramento

Fios e cabos para instalação predial 750 V, conhecidos como BW: “Building Wire”

5

Edificações em geral

Cabos de controle e instrumentação 5

Nas máquinas operatrizes (aquelas com movimentação), por exemplo em pórticos (Portainers e Transtainers)

Cabos de potência 0,6/1 kV 2e5

Bombas (drenagem de água, tratamento de rede de esgotos, dentre outras) e iluminação externa

Cabos de potência de média tensão (exemplo: 15/25 kV)

2

Subestações e distribuição de energia

Cabos de uso móvel em baixa e média tensão (nestes cabos podem ser incorporadas fibras ópticas no seu interior visando aumentar a velocidade da comunicação entre a máquina e o centro operacional)

5 e 6

Portainers e Transtainers

Tipos de isolações usualmente utilizadas: ➧ PVC; ➧ EPR e HEPR: em função da classe de temperatura de operação do cabo (maior ampacidade). Tipos de coberturas usualmente utilizadas: ➧ PVC: para os cabos de potência em baixa e média tensão; ➧ NEOPRENE: para os cabos de uso móvel (dependendo do tipo de projeto o Hypalon pode ser utilizado). Este segmento exige algumas características a serem consideradas nos cabos de uso móvel utilizados em Pórticos, tais como:

Para saber mais e fazer o download do Guia de Aplicação de Cabos para Infraestrutura de Transporte acesse: http://leonardo-energy.org.br/wpdm-package/guia-de-aplicacao-para-cabos-eletricos-com-condutores-em-cobre-infraestrutura-de-transporte-volume-i/

➧ Resistência aos esforços mecânicos; ➧ Resistência às intempéries, pois os cabos são instalados ao tempo; ➧ Flexibilidade. Não é comum a utilização de armações neste segmento, contudo, quando utilizadas nas instalações da infraestrutura portuária, poderão ser em fitas de aço galvanizado, fios de aço galvanizado ou fitas corrugadas e intertravadas. Por outro lado, apesar de evidente, cabe comentar que os cabos de uso móvel utilizados em máquinas e equipamentos não possuem armação para permitir a flexibilidade exigida.

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Acesse:

Em função de locais específicos de instalação, os cabos necessitam possuir resistência aos agentes químicos. Estão elencados a seguir os principais benefícios que os cabos elétricos com condutores em cobre oferecem para a aplicação no setor portuário: ➧ Confiabilidade das conexões; ➧ Maior flexibilidade e otimização de espaço na instalação, facilitando o lançamento em longas distâncias em rotas não retilíneas, portanto, o uso de cabos flexíveis também visa a facilidade, segurança e redução de custos operacionais nas instalações; ➧ Raio de curvatura reduzido; ➧ Resistência à corrosão do condutor; ➧ Maior capacidade de corrente e menor perda por aquecimento.

Glycon Garcia Júnior

Diretor-executivo do Procobre Brasil. Revista da InstalaçÃO 35


Espaço Sindinstalação Notícias e informações sobre o mercado de instalações e as ações do Sindinstalação e seus parceiros.

Sindinstalação Investindo Continuamente na Qualificação e Treinamento das Empresas Instaladoras

U

m instrumento de resposta bastante eficaz do Sindinstalação é a contínua preocupação em treinar e qualificar as empresas associadas da Entidade, buscando alternativas de cursos e palestras para aperfeiçoamento de seus colaboradores tanto na gestão administrativa e financeira como em temas técnicos visando a eficiência das instalações. Fruto deste trabalho vem, como já dissemos em edições anteriores, do próprio investimento que fazem as empresas instaladoras quando a favor do Sindinstalação recolhem as devidas Contribuições Patronais previstas em lei. Em janeiro de cada ano recolhem a Contribuição Sindical Patronal e no segundo semestre, em 2 parcelas, a Contribuição Assistencial Patronal evidenciada nas Convenções Coletivas de Trabalho firmadas pela Entidade bene-

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Foto: Fotolia

ficiando diretamente as empresas. Durante este mês de março na sede do Sindicato, mais duas ações estarão sendo apresentadas, uma delas a criação do “Comitê Setorial de RHs”. Participarão os gestores de RH e Depto. Pessoal os quais se reunirão mensalmente para debates acerca da rotina diária destes departamentos em ações pontuais, processos envolvidos e suas melhorias e possibilitando ainda nos encontros a troca de experiências de cada empresa. Noutro encontro, com a parceria da

Megabarre Ind. Equipamentos Elétricos Ltda e AES Eletropaulo, o Sindinstalação realizará uma Palestra Técnica sobre “Barramento Blindado”, uma importante ação visando o treinamento dos departamentos de instalação, orçamento e projetos, de cada instaladora, buscando efetivar com qualidade e eficiência a aplicação deste componente na atividade de elétrica. Com mais estas ações pretende o Sindinstalação continuar sempre representando da melhor forma as empresas instaladoras deste Estado.

Contamos com suas inscrições!!! ✖ DATA: 14 de março 2.017 - das 9 ás 12h - Comitê de RHs ✖ DATA: 28 de março 2.017 – das 9 ás 16h – Palestra “Barramento Blindado” Contatar a Sra. Silvana pelo fone 11-32665600 ou comunicacao@sindinstalacao.com.br


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News and information on the installation market and activities from Sindinstalação and partners.

Noticias e informaciones sobre el mercado de instalaciones y las acciones de Sindinstalação y sus organizaciones asociadas.

Atenção Empresas da Baixada Santista e Litoral Sul: Novas Convenções Coletivas de Trabalho Firmadas

Diretoria JOSÉ SILVIO VALDISSERA Presidente e Delegado Representante Fiesp Efetivo CARLOS FREDERICO HACKEROTT Diretor VP de Relações Institucionais – Delegado Representante Fiesp Efetivo MARCOS ANTONIO PASCHOTTO Diretor VP de Instalações Prediais Elétricas Luiz Carlos Veloso Diretor VP de Instalações Prediais Hidráulicas e Gás - Delegado Representante Fiesp Suplente LUIZ ANTONIO ALVAREZ Diretor VP de Sistemas de Aquecimento – Delegado Representante Fiesp Suplente

Foto: Fotolia

Marco Alberto da Silva Diretor VP de Instalações Industriais

R

ecentemente, o Sindinstalação firmou mais duas CCT – Convenções Coletivas de Trabalho com vigência ainda para 2016/2017, uma delas com o SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS URBANAS DE SANTOS, BAIXADA SANTISTA, LITORAL SUL E VALE DO RIBEIRA – SINTIUS e a outra CCT com SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE SANTOS – SINTRACOMOS.

As cláusulas firmadas nos acordos, principalmente as econômicas, salientamos as empresas instaladoras aplicarem aos salários e benefícios com base nas datas acordadas em cada CCT. Mais uma vez nossa preocupação é a de que não se crie passivos trabalhistas por erro ou omissão quanto ao texto acordado e sua aplicação, ou seja, quaisquer dúvidas os responsáveis diretamente pelas folhas de pagamento poderão contatar o Sindinstalação e clarearem suas dúvidas.

As empresas poderão conferir na íntegra o texto e imprimir pelo nosso site institucional www.sindinstalacao.com.br.

VICTOR JOSÉ RONCHETTI Diretor VP de Instalações Prediais de Sistemas Complementares Diretores VP – Conselho Fiscal NELSON GABRIEL CAMARGO IVAN MACHADO TERNI RAMON NICOLAS OLMOS ODIL PORTO JUNIOR Fernando Belotto Ferreira Surahia Maria Jacob Chaguri Diretor-Executivo JOSÉ ANTONIO C. BISSESTO Av. Paulista, 1313 - 9º andar - cj 905 Cerqueira Cesar - São Paulo 01311-923 - (11) 3266-5600 www.sindinstalacao.com.br

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| Abrinstal

Conheça os eventos que a Abrinstal preparou para 2017 Primeiro workshop será sobre instalações hidráulicas, no próximo dia 10 de março; evento será comemorativo ao dia internacional do encanador.

P

articipar de eventos como treinamentos e workshops é fundamental para o profissional se manter atualizado sobre as novidades e as principais discussões do setor. Este ano, a Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações - Abrinstal, preparou uma agenda de eventos que inclui quatro workshops técnicos com as empresas instaladoras e o Fórum de Gestão e Economia de Energia, que chega à sua sétima edição. Veja arte com as datas e os temas nessa página e reserve sua agenda para participar. O primeiro evento programado para este ano será destinado às instalações de água. Será a quinta edição do Workshop Técnico das Empresas Instaladoras Hidrossanitárias e Águas Pluviais - Qualinstal, que acontecerá no dia 10 de março, a partir das 8h30, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). As inscrições já estão abertas, no site da Abrinstal (www.abrinstal. org.br) e o evento é grátis. Esse workshop é destinado às empresas instaladoras, projetistas, construtoras e fabricantes de produtos. Os temas centrais serão as normas técnicas para instalações hidráulicas e programa de capacitação de mão de obra. O evento faz parte das atividades comemorativas ao dia internacional do instalador hidráulico, que é celebrado no dia 11 de março. A Abrinstal faz parte da diretoria do World Plumbing Council (WPC- Conselho Mundial

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de Instalações Hidráulicas) e uma das principais atividades é a promoção do dia do encanador. “Realizar encontros para difundir conhecimento e fomentar a discussão dos temas relativos à conformidade e eficiência das instalações, é uma das atividades mais importantes desenvolvidas pela Abrinstal”, disse o diretor executivo da Abrinstal, Alberto J. Fossa. Este ano, também será realizado workshop técnico relativo à instalação de redes de gases combustíveis e elétricas, além do encontro das empresas instaladoras Qualinstal, que é um Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas Instaladoras e Instalações. Esse programa estabelece as condições e requisitos técnicos e de gestão, aplicáveis às empresas prestadoras de serviços de instalações prediais, de forma a garantir crescimento sustentável e estruturado do setor, buscando melhoria da qualidade e segurança dos serviços prestados e de infraestrutura de serviços prediais.

Cases, debates e networking Todos os anos, a Abrinstal realiza pelo menos três workshops técnicos para apresentar as novidades de cada uma das áreas de instalação: gases combustíveis, elétrica, hidrossanitária, além do Encontro dos Empresas Instaladoras - Qualinstal. Esses encontros técnicos objetivam principalmente a troca de informações, apresentação de cases de sucesso e debates. Além de ser uma excelente oportunidade para networking, pois os encontros reúnem profissionais de todos os elos da cadeia de instalação. Além dos workshops técnicos, deste 2011, a Abrinstal promove um fórum de energia, com o objetivo de passar informações e debater assuntos relacionados à eficiência energética das edificações.

Reserve sua agenda: ✸ 10 de março, pela manhã - 5º Workshop de Empresas Instaladoras – Hidrossanitária e Águas Pluviais - Qualinstal ✸ 18 de maio, pela manhã - 6º Workshop de Empresas Instaladoras – Gases Combustíveis – Qualinstal ✸ 26 de julho, pela manhã - 9º Encontro das Empresas Instaladoras Qualinstal ✸ 21 de setembro, pela manhã - 4º Workshop de Empresas Instaladoras – Elétrica – Qualinstal ✸ 23 de novembro, dia todo - 7º Fórum de Gestão e Economia da Energia


| Abrasip

Isolamento térmico Recursos naturais, e particularmente recursos energéticos, são finitos.

T

ermos como Ecologia, Sustentabilidade e Racionalização, antes restritos ao meio acadêmico ou reservadas para pessoas taxadas como “ecochatas”, assumem papel cada vez maior no cotidiano das pessoas. Sabe-se também que os recursos energéticos poderão ser utilizados por mais tempo, ou seja, durarão mais, se a conservação de energia realmente entrar na pauta da sociedade. Desta forma, torna-se imperativo que todas as partes da cadeia da construção civil busquem edificações mais eficientes. Embora não seja mandatória no Brasil, a certificação energética é regra em muitos países como o Reino Unido, Itália, Irlanda e Portugal. Por aqui já temos iniciativas de certificação voluntária como LEED, Aqua e Inmetro. Na busca pela eficiência energética, parte importante das melhorias possíveis passam pelo sistema de aquecimento de água. Na cidade de São Paulo, desde o decreto 49.148/2008 que torna obrigatória a instalação de infraestrutura para sistemas de aquecimento solar, temos cada vez mais difundidos sistemas de aquecimento central coletivo, em que a água é aquecida em um único ponto e depois distribuída a todos os pontos de consumo. A adoção de sistemas centrais coletivos implica na criação de grandes sistemas de tubulação para distribuição de água quente, com perdas térmicas elevadas distribuídas, quando não bem tratadas, por toda a edificação. No projeto hidráulico deve-se buscar a eficiência já no nascimento do projeto, com soluções que minimizem as perdas térmicas do sistema. É possível termos ganhos consideráveis diminuindo o comprimento das tubulações, locando as prumadas de água quente em posições que fiquem pró-

ximas das peças hidráulicas. Quando por questões de utilização ou por limitações do projeto arquitetônico, não é possível diminuir o comprimento da rede, temos no uso de anéis de recirculação a alternativa técnica para diminuir o desperdício de água no sistema. É justamente nos sistemas de recirculação que temos as maiores perdas térmicas do sistema. Para entender o conceito de perda térmica é importante relembrar alguns pontos sobre transmissão de calor. De forma geral, o calor flui de superfícies mais quentes para superfícies mais frias. Esse fluxo não para até que a temperatura nas duas superfícies seja igual. O requisito básico para isolamento térmico é prover uma resistência significativa para o fluxo de calor através do material isolante. Para isso, o isolante térmico deve reduzir o ritmo de transmissão de calor, seja por condução, convecção ou radiação. Até o início da década de 90, pratica-

PE-X e PPR, difundiu-se a ideia de que tubos plásticos não precisariam de isolante térmico, por terem condutividade térmica menor. Embora seja questionável utilizar tubos plásticos sem isolante térmico, essa decisão pode ser economicamente justificável para ramais curtos (até 15 m) de tubulação sem recirculação, já que a perda de temperatura entre a geração e o ponto de consumo seria tolerável. Há outro cenário para grandes comprimentos de tubulação, sejam os tubos em cobre ou plástico, principalmente em sistemas com recirculação. Nesses casos a perda térmica distribuída ao longo da tubulação se eleva bastante. Para melhor entendimento, segue tabela considerando as perdas térmicas em 100 m de tubos, com diâmetro interno equivalente, instalação aparente e diferencial de temperatura do fluido e meio de 25°C ao longo de um ano. Para se “compensar” a energia desperdi-

DN Cond. Material Térmica Perda (kcal/hm°C) (kcal/ano)

Consumo de gás Natural equiv. (m³)

Cobre - Classe E - Não Isolado Cobre - Classe E - Isolado CPVC - Não isolado CPVC - Isolado PPR PN20 - Não Isolado PPR PN20 - Isolado

126322,73 15,12 151,84 20,44 136,80 25,20

54 54 73 73 90 90

292,41 0,035 0,260 0,035 0,190 0,035

mente todas as instalações de água quente no Brasil eram feitas com tubos metálicos, majoritariamente cobre. Sendo o cobre um excelente condutor térmico, para diminuir as perdas o uso de isolante (polietileno expandido) era bastante difundido. Com o incremento do uso de tubulações plásticas a partir dos anos 90, majoritariamente CPVC,

1086375513,33 130033,66 1305840,69 175786,25 1176495,03 216722,77

çada entre sistemas isolados e não isolados, são necessários, 131 m³ de gás natural por ano para sistemas em CPVC e 111 m³ de gás natural por ano para Sistemas em PPR. Neste cálculo não está considerada a eficiência do sistema de aquecimento (geração, armazenamento e distribuição), o que pode elevar os valores apresentados.

Fábio Pimenta - Diretor

da Projetar – Projetos de Sistemas Revista da InstalaçÃO 39


Espaço Sindinstalação

| Seconci

Pressão alta e diabetes são principais causadores de doença renal Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros têm doença renal crônica. A hipertensão (pressão alta, como é popularmente conhecida) é responsável por 35% dos casos e o diabetes, por 30%. Obesidade, presença de doença renal na família, tabagismo e idade acima de 50 anos também são fatores de risco para o desenvolvimento da enfermidade. Diante deste cenário, Paulo Sergio Rovai, nefrologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), chama a atenção para os riscos da doença. O médico explica que a doença renal é silenciosa e afeta consideravelmente a qualidade de vida de seus portadores. Por isso, a importância da prevenção. “Além de invisível, o dano renal é irreversível e pode progredir até converter-se em insuficiência renal crônica terminal, com necessidade de diálise”, diz. Os rins são responsáveis por quatro funções no organismo: eliminação de to-

xinas no sangue, regulação da formação do sangue e dos ossos, regulação da pressão sanguínea e controle do balanço químico e de líquidos do corpo. Além dessas funções, os rins também controlam a quantidade de sódio e água no organismo colaborando para manutenção da pressão sanguínea. “As doenças renais podem se manifestar como pressão alta, inchaço ao redor dos olhos e nas pernas, fraqueza, náuseas e vômitos, dificuldade para urinar, alterações na urina e histórico de pedra nos rins”, diz o dr. Paulo. O médico recomenda o controle da pressão arterial e checagem da glicemia (nível de açúcar no sangue), além da manutenção de uma alimentação balanceada. “Para o paciente que já tenha o diagnóstico da doença, é fundamental manter uma dieta adequada para o grau de insuficiência renal. A restrição alimentar aumenta à medida em que a doença progride”, explica. Foto: Divulgação

Laserterapia acelera o tratamento da estomatite

Serviço 40 Revista da InstalaçÃO

alivia as dores e ativa as células da reparação no local da lesão. “A cicatrização ocorre mais rápido na maioria dos casos, porém, varia de paciente para paciente”, afirma. O tratamento inclui cuidados especiais com a hidratação e a alimentação dos pacientes, que têm dificuldade para engolir alimentos e fazer a higiene bucal, porque a dor é muito forte. A recomendação é procurar a ajuda de um cirurgião-­

dentista ao perceber os sintomas, para que se identifiquem as possíveis causas e se defina o tratamento mais eficaz.

Empresas que desejam fazer um diagnóstico da saúde bucal dos seus funcionários podem contratar o serviço das unidades móveis odontológicas do Seconci-SP. Tel.: (11) 3664-5844 / relacoesempresariais@seconci-sp.org.br.

Foto: Divulgação

A estomatite, processo inflamatório que acomete a mucosa da boca, se caracteriza pelo aparecimento de aftas, que acometem a região das bochechas, língua, gengiva e o céu da boca, acompanhadas de dor, febre e muito desconforto. Dentre as principais causas estão infecção (vírus, fungos e bactérias) e alergia a medicamentos (quimioterapia e anti-­ inflamatório). De acordo com o cirurgião-dentista do Seconci-SP, dr. José Augusto Cestari, o uso da laserterapia auxilia no tratamento da doença, pois o laser


| HBC Advogados

N

Tributação nos Contratos de Empreitada

o âmbito do setor de instalações, é muito comum que as empresas prestadoras dos serviços de instalação, que exercem a atividade por empreitada e com fornecimento de materiais, façam a opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido, utilizando-se da base de cálculo reduzida de IRPJ, correspondente a 8% do faturamento. Embora a regra geral do regime do lucro presumido determine uma alíquota de 32% para apuração da base de cálculo do IRPJ das empresas prestadoras de serviços, há o entendimento da Receita Federal de que, para os casos em que o empreiteiro fornece todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra, a receita bruta ficará sujeita à aplicação do percentual reduzido de 8% para determinação da base de cálculo do IRPJ. Neste caso, a base de cálculo da CSLL será de 12%. É importante esclarecer que empreitada é a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de equipamentos, que podem ou não ser utilizados, realizada nas dependências da empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa contratada, tendo como objeto um resultado pretendido. No entanto, a redução da base de cálculo tratada acima é aplicável so-

mente nos casos de empreitada global, ou seja, nos casos em que o empreiteiro fornece todos os serviços e materiais necessários para aquele serviço. Porém, se a empreitada for parcial, com fornecimento de parte dos materiais ou somente mão de obra, não cabe a redução, devendo-se recolher o IRPJ e CSLL com base no lucro presumido de 32%. Ocorre que, na prática, a Receita Federal não reconhece alguns serviços como atividade de construção civil na modalidade de empreitada global, para fins de aplicação da base reduzida, como no caso de serviço de instalação de sistema de ar-condicionado, ventilação e refrigeração, ainda que realizadas sob o regime de empreitada e com fornecimento de materiais (Solução de

Consulta nº 27, de 26 de fevereiro de 2015, da Receita Federal do Brasil ), o qual está sujeito à base de cálculo de 32% da receita bruta. Por outro lado, a receita bruta auferida nas atividades de construção de redes de instalações elétricas, instalações hidráulicas e de sistemas de prevenção contra incêndio, por exemplo, há o entendimento fiscal (Solução de Consulta nº 76, de 24 de maio de 2016, da Receita Federal do Brasil ) de que se trata de atividade de construção civil, sujeita, portanto, à base de cálculo reduzida de 8%, desde que prestada mediante empreitada global. Desta forma, é fundamental que a empresa instaladora, ao prestar serviços mediante empreitada global, elabore e formalize seus instrumentos comerciais e contratuais de forma coerente com o conceito de obra civil e empreitada global, como, por exemplo, a proposta ofertada, a definição do escopo no contrato, a descrição do serviço na nota fiscal emitida, bem como qualquer outro documento que dê suporte aos serviços prestados. Caso os documentos não estejam claros quanto aos serviços prestados, há o risco da Receita Federal descaracterizar o serviço de empreitada, exigindo a diferença de IRPJ e CSLL não recolhida nos últimos 5 anos, além do acréscimo de multa e juros de mora. Nosso escritório permanece à disposição para esclarecer qualquer consulta porventura necessária a respeito do tema.

Foto: Fotolia

*HBC Advogados é o escritório contratado pelo Sindinstalação para assessoria jurídica ao setor de instalações. Para mais informações acesse www.hbclaw.com.br Revista da InstalaçÃO 41


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| ABNT NBR 14565

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Auxílio normativo Norma brasileira para cabeamento estruturado auxilia projetistas e instaladores na correta especificação e foco nas melhores práticas.

U

tilizadas para padronizar e indicar um determinado nível de qualidade, as normas regulamentadoras estabelecem o consenso internacional. Desta forma, seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT é fundamental não apenas para que não existam conflitos, mas também para a comparação de pesquisas relacionadas a um mesmo tema. Ao realizar um projeto, o primeiro cuidado é verificar se existe uma norma nacional para aquela atividade e, em caso positivo, reestruturar todo o projeto com base no regulamento já estabelecido. Para o desenvolvimento de um projeto de cabeamento estruturado no Brasil, por exemplo, é necessário seguir a norma elaborada pela Comissão Executiva (CE 003:046.005) associada ao COBEI (Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações), composta de forma heterogênea por profissionais de alto

padrão de diferentes segmentos e inclusive de diferentes fabricantes e integradores/ instaladores. A norma brasileira ABNT NBR 14565 tem como escopo especificar “um sistema de cabeamento estruturado para uso nas dependências de um único edifício ou um conjunto de edifícios comerciais em um campus, bem como para a infraestrutura de cabeamento estruturado de data centers. Ela cobre os cabeamentos metálico e óptico”. O documento auxilia tanto o projetista como o instalador de cabeamento estruturado na realização da especificação correta e focada nas melhores práticas de instalação. Muitas vezes, em decorrência do atual cenário econômico, as empresas buscam poupar investimentos na instalação de sistemas de cabos e realizam essas ligações de forma um pouco improvisada. Muitas vezes, os projetos de cabeamento estruturado são feitos sem que haja um planejamento e o cumprimento das normas estabelecidas, não atendendo aos requi-

sitos mínimos de segurança. Entretanto, o desconhecimento da norma ABNT NBR 14565 é outro grande motivo para o seu não cumprimento, uma vez que uma grande parte dos projetistas ainda não sabe da existência dessa norma nacional. O documento foi originalmente publicado no ano 2000, sendo revisado em 2007 e 2012, recebeu uma emenda em 2013, e está em fase de homologação a revisão efetuada em 2016. Embora de pouco conhecimento, o seu descumprimento pode gerar multas. A ANATEL é o órgão regulador que fiscaliza o segmento de cabeamento. Em casos de descumprimento das normas brasileiras da ABNT NBR 14565, a ANATEL é notificada. Caso a empresa não cumpra as exigências no prazo determinado, o responsável é multado e fichado por crime contra o bem-estar público. Posteriormente, será intimado a prestar esclarecimentos à justiça em âmbito cível (financeiro) e penal (em caso de possíveis riscos à vida).

É notória a importância que deve ser dada ao sistema de cabeamento estruturado em qualquer empresa. O cumprimento das normas publicadas pela NBR 14565 é essencial para garantir eficácia e segurança no sistema de cabeamento, sem colocar em risco o bem-estar público e o desenvolvimento da empresa. Trata-se de uma decisão que impactará positiva ou negativamente na confiabilidade da transmissão de dados, principal objetivo das redes informatizadas. É necessário que as empresas tenham ciência dessas normas e procurem técnicos especializados para implantação do siste42 Revista da InstalaçÃO

ma de cabeamento que atendam a todas as exigências da ABNT e realizem um trabalho responsável. Já as entidades de classes que atuam na área de instalação de cabeamento devem garantir o compromisso de seus associados para que cumpram as normas que regulam este setor. Temos como exemplo a UBIC (União Brasileira de Instaladores de Cabeamento), que garante que suas empresas associadas se familiarizem com as normas e leis relativas às tecnologias de instalação e realizem seus projetos de acordo com a regulamentação estabelecida.

Foto: Divulgação

Como a falta de conhecimento da norma NBR 14565 pode ser resolvida?

Richard Landim

Especialista de Produtos da Fluke Networks Brasil.


Há pouco mais de 50 anos, a Fundação Salvador Arena nascia das mãos do engenheiro Salvador Arena, empresário do setor metalúrgico e proprietário da Termomecanica São Paulo S.A., que, com suas ações humanitárias, colaborava com o bem-estar social dos menos favorecidos, implantando melhorias que ajudassem o desenvolvimento de uma sociedade solidária e altruísta.

Sonho e trabalho duro resumem nossa história, que há meio século vem transformando crianças em jovens cidadãos, proporcionando-lhes jo uma nova etapa de vida, em que a dignidade e os fundamentos da educação e da cidadania possam servir de alicerces para a construção de uma sociedade renovada e digna. Esse é o nosso legado. Esse é o nosso futuro.

Comunicação FSA - 2017

Hoje, nossa instituição mantém um centro educacional que oferece ensino gratuito a mais de 2400 alunos todos os anos, auxilia entidades filantrópicas através de programas de apoio e capacitação de dirigentes e técnicos, além de promover acesso gratuito à cultura para a comunidade por meio de espetáculos teatrais e musicais.

é proporcionar a cada pessoa um motivo a mais para sorrir.

Conheça mais sobre o trabalho da Fundação Salvador Arena em: www.fundacaosalvadorarena.org.br


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| Serviços

Cinco tendências para o futuro do serviço em campo

In today’s competitive marketplace, service providers must constantly rethink on the best way to offer and improve the service. This process must be constant, because the best of today takes the risk of not being good enough tomorrow. 44 Revista da InstalaçÃO

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o mercado competitivo de hoje, os fornecedores de serviços devem repensar constantemente na melhor maneira de oferecer e aprimorar os serviços prestados. Esse processo deve ser algo constante, pois o melhor de hoje corre o risco de não ser bom o bastante amanhã. O cenário empresarial está mudando e as empresas estão adaptando-se a este novo panorama, no qual o serviço de qualidade é o principal diferenciador, especialmente em um mercado saturado. Os consumidores, que hoje possuem expectativas elevadas, passaram a conduzir a economia. No mercado brasileiro o cenário não é diferente. Um estudo conduzido pela Accenture revelou que, somente em 2015, as empresas brasileiras perderam cerca de 217 bilhões de dólares como consequên­cia de clientes que migraram para a concorrência insatisfeitos com os serviços prestados. O levantamento destacou ainda que, em função do mau atendimento, 86% dos consumidores locais passaram a comprar de outros fornecedores – debandada que poderia ter sido evitada pelas companhias em 92% dos casos. Nesse contexto, todas as empresas

de serviços em campo precisam fazer das exigências do cliente a sua prioridade. Fica claro que o gerenciamento móvel é a chave para conduzir o valor do negócio e é fundamental considerar essas cinco tendências para compreender o futuro do serviço em campo:

En el mercado competitivo de hoy en día, los proveedores de servicios deben repensar constantemente cual es la mejor manera de ofrecer y mejorar los servicios. Este proceso debe ser constante, porque lo mejor de hoy corre el riesgo de no ser suficientemente bueno mañana.

1. Serviço como um diferencial Qualidade e confiabilidade são pontos chave que demandam mais atenção das empresas de serviços, especialmente quando se trata de produtos de consumo. O serviço é o fator determinante entre ganhar um novo cliente ou perder uma parcela de mercado. As organizações de serviços precisam estar à frente quando os consumidores comparam serviços semelhantes – e ter os recursos necessários para atendê-los, especialmente em um mercado cada vez mais competitivo. 2. Um novo cliente: o CFO As empresas de serviços não somente vendem seus produtos ao usuário final. Primeiramente, precisam estar aptas


3. A tomada de decisão: o que impulsiona a mudança? Quando as empresas investem em uma solução de gerenciamento de serviço em campo (FSM), surgem muitas especulações em torno desta mudança. É um grande investimento, por isso é tão importante ter uma visão sobre todos os aspectos periféricos. O único tópico em comum em toda esta discussão revelou-­ se a importância da visibilidade como um catalisador para a mudança. Afinal, você não pode gerenciar ou melhorar aquilo que você não vê, que não pode quantificar desde o início. Isso significa que o debate sobre as soluções FSM e resultados afastou-se da equipe de entrega do projeto e dos usuários corporativos do dia-a-dia. E subiu para o topo da cadeia de negócios, para o nível de vice-presidente e CEO. Trata-se muito mais da necessidade de ver o quadro completo. 4. O déficit de capacidades é uma lacuna geracional Não é segredo que a nova geração ama aplicativos, afinal foi criada na era digital e os utilizam desde sempre. Entretanto, eles não têm habilidades aguçadas de engenharia. Por outro lado, as gerações mais velhas de profissionais de serviços entendem a mecânica e os elementos elétricos de forma mais apurada, mas tendem a resistir a soluções

No mercado competitivo de hoje, os fornecedores de serviços devem pensar constantemente na melhor maneira de oferecer e aprimorar os serviços prestados.

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artículo tecnológicas como, por exemplo, aplicativos para celular. As novas tecnologias como a realidade aumentada, poderiam preencher a lacuna entre os diferentes conjuntos de habilidades dos técnicos de serviço em campo? 5. Extrair o máximo das soluções de gerenciamento da força de trabalho móvel por meio da personalização As empresas que investem em uma solução sofisticada de FSM podem gerar uma grande economia de custos e maior eficiência. Trata-se de um projeto de grande escala, que começa com a escolha da solução mais adequada e termina com a implantação e treinamento. As organizações visam ganhar o máximo valor de seus investimentos. Entretanto, as empresas têm diferentes necessidades, por isso não há solução padrão. A personalização é a chave para obter o máximo de sua solução FSM. Repensar a melhor maneira de fornecer serviços é um desafio constante para empresas de todos os tamanhos. Investimento em soluções de apoio que melhoram a experiência com o consumidor através de respostas mais rápidas e maiores realizações de nível de

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serviço – ao mesmo tempo em que reduzem custos e aumentam a eficiência dos recursos de campo – é algo que está rapidamente se tornando a norma. Tais soluções preveem, planejam e gerenciam forças de trabalho móveis em termos dos serviços que eles realizam, assim como quando e onde eles são realizados. Esse é o futuro do serviço em campo.

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a oferecer uma nova oferta de serviços de campo que atenda os anseios dos mais altos níveis da organização. O que inclui o diretor financeiro (CFO), que detém o poder de compra. Ao apresentar ferramentas de gestão de serviço em campo a uma determinada organização, é fundamental compreender o ambiente competitivo em que ela se encontra. E os CFOs precisam ser informados do que a concorrência está fazendo e entender os benefícios da solução sugerida. Por meio da educação será possível atingir este objetivo.

Wagner Tadeu

Gerente Geral da ClickSoftware para América Latina. Revista da InstalaçÃO 45


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Fórum Potência - Etapa Brasília Data/Local: 11/04 - Brasília (DF) Informações: (11) 4225-5400 e www.forumpotencia.com.br

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