Edição 12 da Revista da Instalação - março de 2017

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A N O 1 - N º 12

EDITORA

Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, hvac, fotovoltaica, incêndio, dados e manutenções

Março 2017

Oportunidade para

instaladores

Potencial de crescimento da Geração Distribuída no País abre um mercado gigantesco para atuação das empresas de instalação especializadas no segmento fotovoltaico

Mercado Drywall

ANO 1 – Nº 12 – Revista da Instalação

Sistema de gesso acartonado traz vantagens como flexibilidade de projeto, rapidez e limpeza na execução da obra

Destaque

aquecimento solar

Problemas na instalação ainda preocupam fornecedores de sistemas de aquecedores solares de água


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perfeito com o melhor

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Índice

Março 2017 | Edição 12 |

Evento

Edição 2017 da Expo Revestir, realizada de 7 a 10 de março, no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP), foi encerrada com visitação de quase 70 mil pessoas.

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Matéria de Capa

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Projetos de Geração Distribuída avançam no Brasil e abrem boas oportunidades para a atuação das empresas de instalação especializadas no segmento fotovoltaico.

Sempre aqui 06 Editorial ■ 08 Notas ■ 28 Artigo Procobre ■ 30 Espaço Sindinstalação ■ 32 Abrinstal ■ 33 Abrasip ■ 34 Seconci ■ 35 HBC ■ 48 Case Tigre ■ 52 Artigo Lutron ■ 56 Produtos ■ 58 Link / Agenda

Mercado

Cada vez mais utilizado no Brasil, sistema de drywall traz vantagens como flexibilidade de projeto, rapidez e limpeza na execução da obra, além de precisão e maior qualidade de acabamento.

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40

Destaque

Problemas graves na instalação ainda preocupam fornecedores de sistemas de aquecedores solares de água. Revista da InstalaçÃO 3


Fórum 2017

o naçã n e d r Coo f. Hilto Pro eno

Mor

Eventos com duração de um dia com palestras de consultores renomados e especialistas de empresas.

CIDADES QUE VÃO RECEBER O

FÓRUM POTÊNCIA 2017

Fotos: Divulgação

ABRIL

11/04

Brasília (DF) AGOSTO

15/08

Salvador (BA)

MAIO

16/05

Rio de Janeiro (RJ) SETEMBRO

14/09

Porto Alegre (RS)

JUNHO

20/06

Campinas (SP) OUTUBRO

17/10

São Paulo (SP)

JULHO

06/07

Maringá (PR) NOVEMBRO

21/11

Ribeirão Preto & Sertãozinho (SP)

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Fórum 2017

Principais Temas Iluminação (LED), Fotovoltaica, Baixa Tensão, Média Tensão, Medição e Termografia, Eficiência Energética, Proteção e Seletividade, Painéis Elétricos, Subestações e Automação

Fórum Potência 2015-2016 (17 etapas)

8.500 Empresas inscritas: 2.600

Profissionais inscritos:

PROFISSÃO

RAMO DE ATIVIDADE Concessionária Distribuidor/ Revendedor Pública 5% 4% Construtora 5% Consultoria 5%

Outros Técnicos/ Tecnólogos 8%

Projetos 15%

Outros 6%

Professores/ Estudantes 3%

Outros Engenheiros 8%

Autônomo 8%

Engenheiros Eletricistas 39%

Instalação 11% Outros 8%

Eletricistas /Instaladores 13% Ensino 9%

Manutenção 11% Indústria 9%

Técnicos/Tecnólogos/Eletrotécnicos 23%

Serviços Públicos 10%

Divulgação Revista

Organização

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editorial

Fotos: Ricardo Brito/HMNews

Expediente

Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno

ano 1 • nº 12 • Março'17

Marcos orsolon

Diretor de Redação |

Hilton Moreno

| Diretor

Mercados em crescimento A matéria de capa desta edição da Revista da Instalação, que circula na Feicon 2017, trata do mercado de Geração Distribuída. Este setor apresenta um grande potencial de crescimento no Brasil e, consequentemente, a tendência é que surjam boas oportunidades de trabalho na área. No entanto, um entrave neste momento é a grande falta de mão de obra qualificada, que pode resultar em importantes problemas, que vão desde acidentes de trabalho até instalações malfeitas e pouco seguras. Nossa matéria mergulhou fundo nessa questão e apresenta um retrato bastante atual do tema. Uma outra área em franco desenvolvimento no Brasil é a que trata do sistema de gesso acartonado (drywall). Esta solução apresenta várias vantagens em relação a outros sistemas, como flexibilidade de projeto, rapidez e limpeza na execução da obra, além de precisão dimensional, maior qualidade de acabamento e ótimo desempenho acústico. Leia mais em nossa matéria sobre normas técnicas, capacitação da mão de obra, riscos e erros cometidos pelos instaladores. E por falar em erros, os problemas na instalação ainda preocupam fornecedores de sistemas de aquecedores solares de água, uma vez que o desempenho dos produtos depende da sua boa aplicação. Nossa equipe fez a cobertura da 15ª edição da Expo Revestir, realizada de 7 a 10 de março de 2017, em São Paulo. A tradicional feira registrou este ano visitação recorde, de mais de 68 mil visitantes, o que representa um crescimento de 8,7% em comparação à edição de 2016. Veja nesta edição alguns destaques do setor apontados pela reportagem da Revista da Instalação. Além dessas e outras interessantes matérias, trazemos para você colunas, notícias da área, lançamentos de produtos e muitas outras informações. Desfrute mais esta edição da Revista da Instalação, seja em papel, tablet, computador ou smartphone e curta também nossa página no Facebook! Tenha uma ótima leitura! Abraços! 6 Revista da InstalaçÃO

Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.

Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon

Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Luiz Carlos Veloso, Luiz Antonio Alvarez, Marco Alberto da Silva, Víctor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Fernando Belotto Ferreira e Surahia Maria Jacob Chaguri.

Redação

Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231) Colaborou nessa edição: Clarice Bombana

Departamento Comercial

Executivos de Vendas: Cecília Bari, Júlia de Cássia Barbosa Prearo e Rosa M. P. Melo

Gestores de Eventos Pietro Peres e Décio Norberto

Gestora Administrativa Maria Suelma

Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC

Impressão Grupo Pigma

Gestor de Mídias Digitais Ricardo Sturk

Contatos Geral Rua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100 São Caetano do Sul - SP contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 4225-5400

Redação redacao@revistadainstalacao.com.br Fone: +55 11 4746-1330

Comercial publicidade@hmnews.com.br F. +55 11 4225-5400

Fechamento Editorial: 24/03/2017 Circulação: 30/03/2017 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.



NOTAS Ações e novidades dos players do setor.

News Activities and news from main sector players.

Notas Actividades y noticias de los principales actores del sector.

Foto: Divulgação

NOTAS

Reutilização de água O Cantareira Norte Shopping, empreendimento inaugurado em abril de 2016 na capital paulista, comemora o sucesso do modelo de instalações hidráulicas implantado no complexo, o qual possibilita sua autossuficiência em abastecimento de água. Com reutilização de 100% da água usada internamente, o Cantareira Norte Shopping obtém uma economia de aproximadamente 20% a 25% do consumo para a utilização dos sanitários públicos; 2% a 5% para a irrigação e 10% a 15% no sistema de ar-condicionado, totalizando um potencial de economia de quase 50% do consumo total das áreas comuns do empreendimento.

O resultado é possível graças às instalações de dois sistemas de captação: um sistema de ar-­ condicionado com equipamento de termo acumulação de água gelada, e um sistema de coleta de águas pluviais para reúso nos sanitários públicos, na irrigação das áreas verdes do centro comercial e no abastecimento das torres de resfriamento, que consomem diariamente em torno de 150 m³. Há ainda um poço artesiano que abastece o reservatório, além do tratamento completo do esgoto gerado pelo shopping. O Cantareira Norte Shopping ocupa um terreno de 75 mil m² e tem 27 mil m² de Área Bruta Locável (ABL).

Indústria de refrigeração Dando continuidade à sua estratégia de crescimento, a Termomecanica investiu R$ 8 milhões na implantação de uma fábrica (infraestrutura e equipamentos) no polo industrial de Manaus (AM). A nova unidade cria condições para que a empresa, líder do setor de transformação de metais não ferrosos, cobre e suas ligas, passe a atender com mais agilidade e preços competitivos - principalmente aos fabricantes do setor de refrigeração, que em grande parte se concentram na região. A expectativa é de que, a partir de 2018 a Termomecanica da Amazônia esteja usando 100% de sua capacidade instalada, atingindo a produção de 150 toneladas mensais de insumo para atender a indústria de refrigeração. De acordo com Carlos Alberto Legori, diretor

Foto: Fotolia

8 Revista da InstalaçÃO

Industrial da TM da Amazônia, embora a Termomecanica já tenha market share significativo nesse segmento, a nova unidade industrial aproxima a companhia da meta de abastecer 100% do mercado nacional, que hoje ainda importa parte desses insumos. “A TM da Amazônia facilita muito a logística de entrega de produtos, reduz custos e nos deixa muito mais competitivos para a entrega de produtos com a mesma qualidade que os fabricados em nossas plantas em São Bernardo (SP). Os clientes ainda têm o benefício de não precisar manter grandes estoques para atender às suas necessidades. A reserva poderá ficar armazenada em nossa própria planta”, explica. O carro-chefe da linha de produção da Termomecanica Amazônia é o tubo de cobre ranhurado que possui excelente aplicação na fabricação e instalação de sistemas de refrigeração e ar-condicionado, assim como de compressores, linha branca, refrigeradores comerciais, evaporadores, trocadores de calor, conexões, purificadores de água, entre outros. A TM da Amazônia é a quinta fábrica da Termomecanica, que conta ainda conta com duas unidades em São Bernardo do Campo (SP), uma no Chile e uma na Argentina, além de um Centro de Distribuição em São Bernardo do Campo (SP) e outro em Joinville (SC).


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Prêmio ISB

O desenvolvimento da área de segurança contra incêndio no Brasil passa obrigatoriamente pela necessidade de certificação de produtos e equipamentos para garantir a eficácia aos sistemas de proteção. Foi com esse tema que Marcelo Alexandre Cicerelli, major do Corpo de Bombeiros de São Paulo, se consagrou vencedor da quarta edição do Prêmio Instituto Sprinkler Brasil de Trabalhos Técnicos. Na apresentação do trabalho, Cicerelli explica que “o estudo tem como principal objetivo propor uma forma de atuação dos Corpos de Bombeiros Militares na atividade de certificação de produtos de segurança contra incêndio”. O especialista defende que “a qualidade da segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco somente poderá ser garantida se ela for observada em todas as vertentes, sendo necessário um bom regulamento técnico, um bom projeto técnico, produtos e instalações adequadas”. A pesquisa de Cicerelli tomou como base um estudo sobre a qualidade dos chuveiros automáticos/sprinklers no Brasil, no qual se constataram diversos problemas de não conformidade, que resultam em falhas de funcionamento e afetam a segurança da população. “A falta de regulação do setor tem afetado também a concorrência no mercado e o próprio Corpo de Bombeiros, que vê prejudicado seu esforço despendido na área de prevenção”, acrescenta. Para o diretor geral do Instituto Sprinkler Bra-

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a

sil (ISB), Marcelo Lima, o trabalho premiado está alinhado com as discussões que vêm ocorrendo sobre a necessidade de utilização de produtos certificados na área de proteção contra incêndio. “Neste momento, diversas instituições públicas e privadas estão trabalhando conjuntamente no sentido de termos um avanço na certificação de produtos de segurança contra incêndio no Brasil”. Lima destaca também a importância da iniciativa do Prêmio no fomento à pesquisa sobre incêndio no Brasil e na formação de bibliografia em língua portuguesa. “Há uma grande limitação na produção científica, até porque há pouquíssimos cursos de formação específica, além dos raros materiais em português”, complementa. Por ter vencido o 4º Prêmio Instituto Sprinkler Brasil de Trabalhos Técnicos, Marcelo Alexandre Cicerelli receberá um prêmio no valor de R$ 10 mil, uma viagem ao Centro de Pesquisas da FM Global, nos Estados Unidos, e a publicação do seu trabalho em livro. Na segunda posição ficou Braulio das Mercês Gonçalves Viana (profissional da Skop), autor do trabalho ‘Sprinklers no Brasil: Apresentação e análise da nova norma ABNT NBR 16400:2015 Enfim uma sólida base técnica para a construção de um mercado confiável’. Na terceira colocação ficaram Larissa Jagnez e Ivan Ricardo Fernandes, com o trabalho ‘Estudo sobre a escolha do fator de vazão no dimensionamento do sistema de chuveiros automáticos’.

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NOTAS

Centro de Capacitação A Viapol, referência nacional no desenvolvimento de soluções completas e eficazes para cada necessidade da construção civil, proporciona a profissionais que desejam se qualificar cursos gratuitos de capacitação profissional, facilitando a reintegração ao mercado de trabalho. O Centro de Capacitação da Viapol, localizado em São Paulo, conta com toda a infraestrutura necessária para oferecer palestras e treinamentos de aprimoramento técnico para aplicação de produtos impermeabilizantes a profissionais autônomos e da construção civil. “Nos sentimos muito honrados em oferecer a esses profissionais a possibilidade de se aperfeiçoarem e aumentarem sua chance de reintegração no mercado de trabalho. Desde 2011, já qualificamos mais de 6 mil pessoas”, afirma a gerente de Marketing da Viapol, Cristiane Gottsfritz.

O público é formado por aplicadores, pedreiros, ajudantes de pedreiro, mestres de obra, técnicos, arquitetos, engenheiros, estudantes, entre outros. As aulas são ministradas por técnicos da Viapol, que compartilham com os alunos conhecimento prático-teórico que adquiriram ao longo de suas carreiras, contribuindo assim para a melhoria da qualificação profissional do setor. Os cursos mais procurados são os Treinamentos de Mão de Obra para aplicação de Mantas e de produtos Químicos –, além da Palestra Técnica sobre Projeto e Sistemas de Impermeabilização. Para conferir os cursos em andamento, número de vagas, como se inscrever e a agenda dos próximos meses, acesse o site: www.viapol. com.br/agenda/cursos-e-treinamentos/centro-de-treinamento-viapol

Investimentos em saneamento

O contexto de crise econômica pode acelerar as convergências de interesses entre o setor público e privado para solucionar questões táticas e estratégicas determinantes para a realização de investimentos no setor de saneamento no Brasil, país onde as perdas na gestão da água chegam a R$ 10 bilhões/ano, enquanto a média de investimento é de cerca de R$ 8,5 bilhões. A afirmação foi feita pelo diretor-presidente da Acciona no Brasil, André Clark Juliano, no evento ‘As Soluções para o Saneamento Básico e os Recursos Hídricos no Brasil’, realizado em março, em São Paulo, pela Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB). “O Brasil apresenta diversas oportunidades de investimento, com novos projetos greenfield e um grande mercado para expandir, atraindo o interesse de empresas como a Acciona, que detém expertise no setor e atua em diversos países, em ambientes de regulações diversas”, afirmou Clark. Segundo ele, há muito capital internacional disponível, o que pode acelerar essa interação entre o setor público e privado, no contexto das Leis das Estatais e do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Foto: Fotolia

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Contudo, segundo Clark, os desafios para os investidores incluem a governança heterogênea e fragmentada da gestão da água, a falta de planejamento e de transparência, a estrutura tarifária, a regulação difusa, a ineficiência do setor, a falta de projetos básicos e de definição das prioridades e respectivos prazos, além da falta de garantia de prazo para liberação dos recursos e a própria estrutura dos editais. Na visão de Clark, uma tarefa primordial do BNDES é estruturar as transações para o setor de saneamento de forma que contemplem mais municípios em cada projeto, como forma de atrair investimentos de maior porte. “Para investir, precisamos de clareza nas responsabilidades e na regulação do setor, projetos mais estruturados, mais garantias e um melhor entendimento entre os setores público e privado. Os investidores estrangeiros deste setor interessam-se por ativos maiores do que apenas disputar uma única concessão”, ressaltou o diretor-­presidente da Acciona no Brasil. “A lei das Estatais melhora as parcerias, mas muitas chamadas para as empresas participarem dão apenas dois meses para se avaliar o investimento, quando este deve ser muito bem analisado, por se tratarem de projetos de 40 anos”, exemplificou.


Mercado de HVAC A Trane® - especialista global no fornecimento de soluções e serviços de conforto interior e uma marca da Ingersoll Rand® - terminou o ano de 2016 com excelente market share, obtendo seu melhor desempenho, comparado aos resultados anteriores, e promete investir em novas soluções para crescer ainda mais. Luiz Moura, líder da Trane no Brasil, explica que o setor de Aquecimento, Ventilação e Ar-Condicionado (HVAC) é um dos últimos a sentir os efeitos da retração do mercado e, ao mesmo tempo, acaba sendo um dos últimos a se recuperar. “Quando surge uma crise, existem projetos em andamento e que, inevitavelmente, precisam de sistemas de refrigeração e climatização”, disse. “Por outro lado, o setor também acaba sendo um dos últimos a se recuperar quando há um sinal de melhoria de mercado, pois existe um prazo de maturação para que os projetos sejam contratados e gerem novas demandas para alocação dos nossos produtos”, enfatiza. A Trane acredita que, independente da instabilidade da economia, é preciso investir em pesquisa para entender as constantes mudanças do mercado e desenvol-

ver produtos que atendam às necessidades dos clientes brasileiros. Por isso, no final de 2016, a Trane lançou dois novos produtos: o Fan Coil Titanium, que faz parte do portfólio de climatização da companhia, e o TVR™ LX, de sistemas de Fluxo de Refrigerante Variável (VRF). “O mercado de climatizadores é um dos maiores do Brasil, com cerca de 100 mil toneladas de refrigeração/ano, segundo dados da Abrava. E temos certeza que o Fan Coil Titatinum é um produto robusto e de alta durabilidade, com vazões de ar que variam de 1.300 a 40.000 m³/h”, esclarece o executivo. “Já o TVR™ LX é um produto muito flexível, que visa atender escritórios, auditórios, lobbies de hotéis, entre outros ambientes com grande carga térmica ou de ocupação, climatizando de forma efetiva esses locais a fim de proporcionar conforto térmico”, ressalta Moura. Por ser uma empresa global, a Trane acredita que a desaceleração do mercado é apenas algo momentâneo. “Sabíamos que o ano passado seria desafiador. No entanto, temos uma indicação de bons resultados para 2017, considerando a recuperação gradativa da economia”, ressalta o líder da Trane no Brasil.


Matéria de CApa

| Mercado de Geração Distribuída

Grandes oportunidades Potencial de crescimento da Geração Distribuída no País abre um mercado gigantesco para atuação das empresas de instalação especializadas no segmento fotovoltaico. por Paulo Martins

Foto: Fotolia

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O

Brasil detém um dos maiores potenciais do mundo para produzir energia limpa e competitiva a partir de fontes renováveis. Com a oficialização do modelo de Geração Distribuída, há alguns anos, essa capacidade passou a estar ao alcance de cada consumidor, que pode instalar micro ou mini pontos de geração na própria residência, comércio, indústria, prédio público ou qualquer outro tipo de estabelecimento.

O advento dessa modalidade abriu um leque de oportunidades para a criação de novos negócios ligados às áreas de projeto, fabricação, venda, instalação e manutenção de sistemas destinados à geração de energia e também um vasto campo de trabalho. No momento a atividade de Geração Distribuída apresenta grande crescimento e ótimas perspectivas no Brasil, mas existe o receio de que a falta de qualificação e especializa-

Distributed Generation market has great potential for growth in Brazil. It means good job opportunities in the area. But the fact is that today there is a lack of skilled labor, which can result a large number of problems, from accidents to bad quality installations.

El mercado de Generación Distribuida tiene un gran potencial de crecimiento en Brasil. En consecuencia, la tendencia es el surgimiento de buenas oportunidades de trabajo en el área. Pero hoy en día hay carencia de mano de obra especializada, lo que puede resultar en un grande número de problemas, como accidentes de trabajo hasta instalaciones de mala calidad.

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Matéria de CApa

14 Revista da InstalaçÃO

MW), do total de 8.931 sistemas existentes (100 MW). O setor de Geração Distribuída envolve disciplinas como elétrica, eletrotécnica e eletrônica. Os sistemas de maior porte abrem espaço para a contratação de empresas de EPC (do inglês Enginnering, Procurement e Construction - Engenharia, Aquisição e Construção), que costumam trabalhar por empreitada, projeto a projeto. Já os sistemas de menor porte são uma oportunidade para integradores e instaladores. Segundo os profissionais

Crescimento do mercado pode criar entre 500 mil e 750 mil empregos. RAPHAEL PINTÃO NEOSOLAR

que atuam nesse mercado, por envolver trabalho especializado, a área normalmente proporciona remuneração Foto: Divulgação

ção técnica nessa área possa acabar atravancando o processo em algum momento. Apesar desse ainda ser um mercado novo, é possível traçar algumas perspectivas, considerando a situação de momento e alguns planejamentos já anunciados pelo governo federal. Segundo dados divulgados em meados de março pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil possuía 8.931 sistemas de Geração Distribuída conectados à rede, totalizando por volta de 100 megawatts (MW) instalados. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) projeta que o País terá 1.200.000 ligações de Geração Distribuída, até 2024. Considerando uma média de 5 kW de potência para cada instalação, chega-se a um total de 6 GW de potência instalada, movimentando por volta de R$ 27 bilhões em investimentos. “Isso representaria a criação de noventa mil empregos de qualidade”, destaca Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). Existe ainda uma estimativa feita com base em projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e que envolve um cenário ligeiramente mais distante. A previsão é de que até 2030 o Brasil possa atingir 25 GW de potência instalada, o que corresponde a investimentos de R$ 125 bilhões. “Sendo a energia solar uma fonte que gera muitos empregos cerca de 20 a 30 por MW instalado -, estamos falando de algo entre 500 mil e 750 mil vagas”, informa Raphael Pintão, sócio-diretor da NeoSolar Energia, empresa especializada em soluções e treinamento na área de energia solar fotovoltaica. Vale lembrar que a Geração Distribuída envolve ainda outras fontes, como eólica, biomassa e biogás. Entretanto, neste momento a solar fotovoltaica domina as aplicações no Brasil, com 8.832 unidades (que produzem 67

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| Mercado de Geração Distribuída


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acima da média do universo da construção civil e das instalações elétricas convencionais. Os números do setor são animadores, mas, como sempre no Brasil, existe um porém: apesar de haver um grande contingente de desempregados no País, falta mão de obra adequada nas mais diversas áreas, incluindo a de energia. “Sem dúvida ainda há uma grande carência de profissionais qualificados para atuar nesse setor”, atesta Carlos Evangelista, destacando que a ABGD tem atuado fortemente no intuito de estimular a criação de cursos de formação na área fotovoltaica. Para Raphael Pintão, não existe mão de obra suficiente no mercado brasileiro nem em quantidade nem em qualidade. “O que se vê no momento é uma parcela de empresas preocupadas Revista da InstalaçÃO 15


Matéria de CApa

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| Mercado de Geração Distribuída

com o tema e buscando qualificação, e uma parcela que infelizmente oferece serviços sem a qualificação necessária, prejudicando os clientes e o setor como um todo”, constata. Entre outras funções, essa carência envolve, por exemplo, engenheiros e técnicos especializados. Falta gente com conhecimento para atuar como projetista, montador e instalador de sistemas.

Apesar de relativamente novo no Brasil, o setor de Geração Distribuída tem registros de um velho costume nacional: aprender a fazer algo ‘na raça’ ou ‘fuçando’. Na opinião do presidente da ABGD, essa é uma prática “pouco inteligente” e que “felizmente” estaria sendo cada vez menos utilizada. “Quando ocorre, existe grande possibilidade de o profissional desperdiçar

Contratação de pessoal sem qualificação pode comprometer a qualidade das instalações, colocando em risco o sistema fotovoltaico e os trabalhadores envolvidos. 16 Revista da InstalaçÃO

recursos ou danificar equipamentos ao ‘aprender’ na prática. Coloca sua segurança e a de terceiros em risco. Investir em treinamento e capacitação custa muito menos do que aprender ‘na raça’ errando, tendo retrabalho ou que refazer instalações problemáticas que irão trazer problemas futuros”, analisa Carlos Evangelista. O executivo da NeoSolar confirma que o problema ainda é muito comum no País, e ressalta os riscos a que a sociedade está sujeita devido a essa velha mania: “Muitos profissionais de áreas correlatas começam a trabalhar sem maiores preocupações, e, geralmente, o maior prejudicado é o cliente. A economia, ao contratar um profissional de baixa qualificação, será mais que extrapolada pelos custos futuros ou simplesmente pela não otimização do sistema. Posso dizer isso com tranqui-


lidade, pois já fomos contratados algumas vezes para corrigir problemas causados por profissionais pouco qualificados”, alerta. Vale lembrar que a Geração Distribuída envolve uma série de riscos, primeiramente por lidar diretamente com eletricidade e, em grande parte dos casos, com trabalho em altura. A lista de possíveis consequências decorrentes de um serviço malfeito é enorme, e inclui: dano à propriedade (desde

goteiras e vazamentos até incêndios e acidentes graves, se as placas fotovoltaicas se soltarem); mau desempenho ou perda de eficiência do sistema; redução da vida útil do sistema e acidentes de trabalho. Resumindo: a contratação de pessoal inexperiente ou sem qualificação e conhecimento adequados pode comprometer a qualidade das instalações, colocando em risco o sistema fotovoltaico e os próprios trabalhadores envolvidos.

Soluções para o problema Na opinião de Carlos Evangelista, para combater esse problema o mercado precisa criar, estimular e difundir cursos de formação e capacitação bem estruturados, focados no conhecimento técnico e comprometidos com a qualidade. “(Tem que) Evitar e rejeitar cursos ‘relâmpago’ que não formam ninguém, apenas criam uma falsa sensação de segurança que poderá custar caro ao cliente final e, muitas vezes, ao próprio profissional”, defende.

O presidente da ABGD informa que a entidade tem firmado parcerias com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e Institutos Federais de Ensino, instituições que, ao ser ver, possuem “competência e tradição” para formar esses profissionais. “Evidentemente há várias outras instituições com essa capacidade. No entanto, devido à capilaridade, qualidade e especialização das entidades citadas, optamos por iniciar com as mesmas”, complementa.

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Matéria de CApa

Foto: Divulgação

Evangelista recomenda procurar cursos reconhecidos pelo mercado, completos (prático e teórico), com carga horária de pelo menos 40 horas (“o mínimo para profissionais que desejam atuar no setor elétrico especializado em solar fotovoltaico”). É preciso ainda dominar as normas NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade) e NR-35 (Trabalho em Altura) e participar constantemente de congressos, atualizações e treinamento no setor. Outra questão fundamental para o setor: a Associação Brasileira de Geração Distribuída está implantando neste momento o processo de certificação de profissionais interessados em atuar na área fotovoltaica. O sistema envolve a aplicação de provas práticas e teóricas e destina-se ao reconhecimento de dois tipos de especialistas: Instalador FV e Projetista FV. “A certificação está baseada nas melhores práticas internacionais que se adota nesse setor, corroboradas pelas principais empresas e profissionais que atuam no Brasil”, destaca o presidente da entidade. A fim de atender todo o território nacional, a ABGD estabeleceu um

convênio com universidades de todo o Brasil. As questões da prova foram elaboradas por uma instituição de ensino que atua no setor de energia fotovoltaica há mais de 30 anos. A primeira prova está marcada para maio e será destinada à certificação de Projetista FV (nesse caso, somente prova teórica). “Concomitantemente, a entidade segue estimulando a criação de cursos de formação e capacitação técnica completa, abrangente e profissional, com conteúdo reconhecido pelo MEC e qualidade internacional”, reforça Carlos Evangelista. Raphael Pintão concorda que o primeiro passo a ser dado envolve a busca da capacitação. Entretanto, ele também diz que é preciso grande atenção nessa escolha: “Recomendamos buscar cursos de instituições renomadas, como o Senai, ou então de empresas há mais tempo no mercado e reconhecidas pelo rigor técnico. Os cursos oferecidos por empresas muitas vezes são os mais atualizados e com melhor estrutura especializada, porém, é preciso muita atenção, pois aquilo que se vê na divulgação nem sempre é o que se encontra na prática. É muito importante avaliar dois pontos: 1) Estrutura física e equipamentos disponíveis, uma vez que aprender na prática faz toda a diferença; 2) Experiência e formação do profissional responsável, para evitar ‘aventureiros’ que se passam por especialistas”. A NeoSolar oferece uma ampla gama de cursos voltados ao segmento fotovoltaico. “O mais importante é que são programa práticos, focados na ‘mão na massa’ mesmo. Claro que existem

Mercado precisa criar, estimular e difundir cursos de formação e capacitação focados no conhecimento técnico e na qualidade. Carlos Evangelista ABGD

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| Mercado de Geração Distribuída

cursos introdutórios, mas o diferencial é a variedade de equipamentos e sistemas que o aluno instala durante o curso”, destaca Raphael. Os cursos dividem-se em temas como sistemas conectados à rede (Geração Distribuída), sistemas isolados (off-grid), carregadores de veículos elétricos, bombeamento de água com energia solar e projetos e softwares de apoio a projetos. Até o momento, segundo a NeoSolar, mais de 500 engenheiros, técnicos e outros profissionais passaram pelos cursos práticos presenciais da empresa. Conforme explica Raphael, dependendo do programa escolhido, ao fazer


Mercado

o curso o profissional poderá dimensionar e especificar equipamentos e instalar e comissionar sistemas completos, tanto na parte elétrica quanto mecânica. “É claro que um curso de quatro ou cinco dias, sozinho, não é suficiente, se o profissional não tem experiência prévia correlata ou formação na área. Inclusive, formalmente lhe será exigido formação prévia na área, certificações específicas de segurança, etc. No entanto, no que tange à parte específica sobre energia solar, os cursos são bastante abrangentes e profundos”, garante o porta-voz. Para o sócio-diretor da NeoSolar, além de investir em qualificação, é pre-

Ascensão da geração distribuída abre espaço e oportunidades para os profissionais instaladores.

ciso estudar a possibilidade de maior controle ou regulação para o segmento. “É claro que ninguém tem interesse em dificultar ou burocratizar o setor - isso prejudica a todos. Por outro lado, é importantíssimo ter um nível mínimo de validação ou controle sobre quem está atuando e como se está atuando, de forma a garantir o crescimento sustentável da energia solar no médio e longo prazos”, justifica. Revista da InstalaçÃO 19


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Evento

| Expo Revestir 2017

Expo Revestir 2017 A 15ª edição da Expo Revestir, realizada de 7 a 10 de março de 2017, no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP), foi encerrada com visitação recorde de mais de 68 mil pessoas. Reportagem: Clarice Bombana

U

ma edição histórica. Assim os organizadores da Expo Revestir definiram a 15ª edição do evento realizado entre 7 e 10 de março de 2017, no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP). O encontro atraiu visitação recorde de mais de 68 mil pessoas, o que representa um crescimento de 8,7% em comparação à edição de 2016.

22 Revista da InstalaçÃO

Para Antonio Carlos Kieling, presidente da Expo Revestir e superintendente da Anfacer, “ao completar 15 anos, a feira se consolida como a principal oportunidade para impulsionar novos negócios, principalmente as exportações do setor”. Lauro Andrade Filho, diretor geral dos eventos, afirma que “esta edição foi surpreendente pelo recorde de público, conteúdos inéditos e lançamentos inspiradores”. Evento conjunto à feira, o Fórum Internacional de Arquitetura e Construção recebeu mais de 3,5 mil profissionais altamente qualificados que assistiram às

palestras de grandes nomes nacionais e internacionais. Antes de iniciar os debates, Antonio Carlos Kieling realizou uma homenagem aos parceiros importantes e fundamentais para o sucesso dos eventos, que receberam uma placa comemorativa. Os contemplados foram os ex-presidentes da AsBEA, Henrique Cambiaghi, Jorge Königsberger, Ronaldo Resende, Eduardo S. Nardelli e a atual presidente, a arquiteta Miriam Addor. Confira nas próximas páginas alguns dos produtos e soluções apresentados no evento.


La 15ª edición de Expo Revestir, celebrada del 7 al 10 marzo de 2017, registró un récord con más de 68.000 visitantes, lo que representa un aumento del 8,7% respecto a la edición de 2016. Lea aquí algunos destaques del sector seleccionados por nuestros reporteros.

Fotos: Divulgação/Sidney Doll

The 15th Expo Revestir, held from March 7 to 10, 2017, was visited by a record number over 68,000 visitors, representing a growth of 8.7% compared to the 2016 edition. Read here some highlights from our report team.

SABBIA A grife catarinense de cubas, banheiras e lavatórios lançou na feira diversos produtos em Duramatt, material do tipo solid surface, fosco, de acabamento acetinado, muito resistente, com isolamento térmico e mais higiênico se comparado aos materiais utilizados na fabricação das banheiras convencionais. Entre eles: a banheira Angra, desenhada ergonomicamente para envolver o usuário e proporcionar conforto digno de um spa; a banheira Petrópolis, de estilo vitoriana, que possui desenho escultural, destacado pelas curvas da borda e pés metálicos; e a banheira Olinda, compacta, que atende as necessidades de projetos com espaço reduzido, além de ter instalação simples, e por ser simétrica, permite flexibilidade no uso.

DOKA Durante a Revestir, a empresa lançou vários modelos de banheiras contemporâneas. As novidades são fabricadas em Quarrycast, uma rara rocha vulcânica misturada à resina de alto desempenho e que proporciona vários benefícios às peças, como: não amarelar ou desbotar, mesmo quando expostas ao sol, manter a temperatura da água quente por mais tempo e oferecer maior resistência. Freestanding, ou seja, não necessitam de acabamento em alvenaria, as banheiras podem ser instaladas em qualquer lugar do banheiro. Inspirada no movimento do mar, a banheira Pescadero possui um design que lembra uma onda: 79,8(l) x 169,5(c) x 65,3 (a) cm. A Terrasa possui algumas particularidades, como linhas ovais ao redor da peça: 79,3 (l) x 170,2 (c) x 52,8 (a) cm. A Warndon possui design simétrico e encosto duplo: 80,1 (l) x 170,2 (c) x 59,8 (a) cm. Revista da InstalaçÃO 23


Evento

| Expo Revestir 2017

SANITRIT

ATENUASOM

O novo Sanicompact C4 é um vaso sanitário, equipado com bomba trituradora para triturar massa orgânica, incluindo papel higiênico, transformando-os em líquido descartado no esgoto principal do imóvel, por meio de tubos pequenos de PVC de 32 mm. O sistema bombeia as águas residuais do vaso e lavatório até 3 metros na vertical ou 30 metros na horizontal, permitindo instalar um lavabo em qualquer local do imóvel, sem quebrar o piso e mesmo sem escoamento gravitacional. Ecológico, pois consome 1,5 ou 3 L por descarga. Saída vertical 3 m e horizontal 30 m. Diâmetro da evacuação: 22/28/32 mm; temperatura máxima: 38ºC; consumo do motor: 0,7 cv; peso 23,2 kg; válvula de retenção: 1; entrada: 2; IP 44; 220 V/60 Hz. Silencioso (51 dB).

Para unir a necessidade de ventilação e isolamento acústico, a nova Smart Window da empresa possui sensores que captam o ruído que entra no ambiente e fecha automaticamente se o local estiver ruidoso, proporcionando isolamento acústico. Quando o ruído cessa, ela volta a abrir para ventilação do ambiente. Além disso, a janela se conecta a um aplicativo que emite os comandos de abertura e fechamento das folhas, além de medir a temperatura e nível de ruído do local, pela tela do celular.

DOCOL Com conceito inovador no mercado de metais sanitários, o novo purificador de água Docolvitalis apresenta eficiência máxima comprovada, garante a Docol. Segundo a empresa, ele reduz o cloro da água em 99% (enquanto outros produtos do mercado têm um índice médio de 75%), possui capacidade máxima de retenção de partículas e ainda elimina 99% das bactérias. Com design contemporâneo, inspirado nas formas de uma garrafa de água, tem duas bicas independentes e com giro de 360º. Como os canais são separados, durante o uso não há qualquer contato entre a água purificada e a comum. A linha é composta por monocomando, torneira e bica com purificador de água.

OWA SONEX Os revestimentos Nexacustic foram desenvolvidos para proporcionar conforto acústico e requinte aos mais variados ambientes. Produzidos em MDF, são indicados para acabamento de paredes. Os painéis Nexacustic são perfurados com a face frisada em três diferentes modelos: 32, 16 e 8. Como opção acusticamente refletora, os painéis são oferecidos nas versões lisa ou frisada 32 RF, 16 RF e 8RF sem perfuração. Já os forros removíveis Nexacustic estão disponíveis em diversos modelos de perfurações e padrões amadeirados, indicados para escritórios, salas de vídeo conferência, restaurantes, salões de festas, centros de convenções, etc. Características: elevada performance acústica (NRC até 1,0) e resistência ao fogo (MDF Ignífugo – classe IIA – NBR 9442/ASTM E662). 24 Revista da InstalaçÃO


DUPONT CORIAN A empresa apresentou na Expo Revestir uma cozinha com bancada funcional e ilha em balaço, feitas integralmente pelo material Corian, na cor concrete. O conceito de bancada inteligente integrou acessórios, como escorredor de louças e tábua deslizante, também feitos em Corian. O espaço ainda conta com a tecnologia Corian Charging Surface, que permite o carregamento de celulares e tablets sem usar fios, somente através da superfície. Na área de toalete, foram mostrados dois lavatórios em semitorres na cor glacier white e espelho com moldura luminária no tom translúcido, glacier ice.

NICAWE A empresa fornece os medidores de umidade para concreto da linha Tramex (Irlanda), que permitem a leitura rápida e fácil do teor de umidade do concreto, gesso, lajes, tijolos, pisos e contrapisos sem a necessidade de destruir a amostra. O equipamento CMEx II possui uma gama de opcionais, que inclui a sonda Hydro-I para leitura de umidade em profundidade e a sonda martelete para madeiras. Sua faixa de leitura vai de 0% até 6,9%. Portáteis e versáteis, verificam as infiltrações em inspeções prediais, cobrindo grandes áreas. Atendem as normas BS (britânica) e ASTM (EUA).

FORMARIS BOUTIQUE A Formaris Boutique apresentou peças feitas com Duramatt, material resistente, térmico, higiênico e não poroso. Um dos diferenciais estão nos tamanhos, que se encaixam tanto em ambientes maiores quanto em espaços reduzidos. Alguns destaques: a banheira Floripa apresenta curvas delicadas e amplo encosto para maior conforto, com apoio para a cabeça. Já a banheira Sampa é indicada para espaços reduzidos. Com 150 cm, adequa-se à maioria dos ambientes. A cuba Pérola é apresentada em formato de semiesfera, com contornos esculturais, acabamento acetinado fosco e é produzida em dois tamanhos: com 25 ou 17 cm de altura.

ASTRA A banheira Accessibile da Astra foi projetada com base na acessibilidade, pensando no conforto do consumidor, principalmente do cadeirante e de pessoas com mobilidade reduzida. Seu design é totalmente diferenciado, porque possui uma porta de ampla abertura que permite maior mobilidade e autonomia. Já o novo flipseat é inovador porque deixou de ser um simples assento e virou um sistema. O produto é diferenciado por ser fixado na parede por uma barra horizontal de 93 cm. O mecanismo permite que a cadeira retrátil deslize no sentido horizontal através de roldanas, garantindo apoio e segurança. Suporta no máximo 150 kg. O banco possui medidas de 37x32 cm.

Revista da InstalaçÃO 25


Evento

| Expo Revestir 2017

DE BACCO Entre os lançamentos está a cuba Riviera reversível com canal organizador úmido. Prática e sofisticada, possui o diferencial de ter a cuba e o canal organizador de 45 cm em uma única peça. Com acabamento em aço inox escovado e espessura de 1 mm, o produto possui 1,10x15 de largura, cuba e canal organizador com profundidade de 20 e 15 cm, respectivamente. A cuba pode ser instalada no sistema “Embed” (embutir) ou no sistema “Slimtop” (sobrepor). Disponibilidade de três modelos de acessórios e de instalação do triturador de alimentos por meio do furo de válvula de 41/2”.

RIOLAX Três novos produtos foram lançados no Espaço Riolax durante a Revestir: 1) spa Maitê: espaço otimizado sem perder conforto com design voltado ao relaxamento - medidas: 1,80 x 1,80 m, 4 lugares; 2) spa Paola: compacto com design novo - medidas: 1,80x1,30 m, 3 lugares; 3) banheira Kate: linhas retas e design único - medidas: 1,80 x 1,20 m, 2 lugares.

RALO LINEAR O sistema exclusivo Fecha Ralo foi a principal novidade da empresa na Revestir 2017. Ele oferece dupla proteção: junto com a grade de retenção de detritos impede a entrada de insetos no sistema de escoamento, sem comprometer a vazão. O dispositivo mantém as saídas dos ralos vedados e só abre para o escoamento da água, fechando assim que ele terminar. Fabricado em PVC, o Fecha Ralo é compatível tanto com os modelos de ralos lineares quanto com a linha Square (em formato quadrado) e o modelo Public. A empresa apresentou ainda a linha completa de ralos, como as versões ocultas, em que o revestimento do ambiente cobre a peça. Foram destaque a linha Public, para ambientes de grande circulação, e as tampas Fun.

DECA A recém-lançada bacia High Tech possui diversas funcionalidades para trazer praticidade, conforto e bem-estar no dia a dia. Um dos grandes diferenciais é o seu assento que possui ducha higiênica e ducha feminina com cinco tipos de regulagem de pressão de água e temperatura, ajuste de posição e limpeza automática, aliando à bacia as funcionalidades de um bidê. Além do sistema Deca de alta performance, possui uma tecnologia de descarga embutida na própria peça, otimizando o espaço e valorizando o seu design. Para utilização noturna, a bacia possui iluminação interna com LED de baixo consumo para que o usuário não precise acender a luz. Disponível nas versões 110 e 220 V, acompanha controle remoto que permite o comando de todas essas tecnologias.

TRAMONTINA Uma das novidades da empresa é a cuba de sobrepor Marea 2.5C 34. Feita de aço inox 304 e acabamento acetinado, possui boa dimensão nas duas cubas. Para auxiliar nas tarefas domésticas, a Marea ainda oferece uma cuba auxiliar, que permite o uso de triturador de resíduos. Tábua de madeira para corte de alimentos, cesto dosador de ação inox e dosador de sabão são acessórios que acompanham a peça e garantem melhor aproveitamento do espaço, além de facilitar a lavagem da louça. A empresa conta ainda com uma ampla linha de misturadores de inox para compor o projeto. A lixeira de embutir também é uma opção para integrar a bancada. 26 Revista da InstalaçÃO


LORENZETTI Unindo sofisticação e praticidade, a Lorenzetti complementa a linha Acqua Ultra com a versão Acqua Duo. O acabamento com linhas quadradas em formato compacto, similar às duchas frias, é o ponto alto do conceito do produto, que conta com ducha e chuveiro em uma única solução. Versatilidade é a definição do Acqua Duo Ultra, que possui aquecimento elétrico e é compatível com aquecedores solares e com outros sistemas de aquecimento. Na opção de banho com ducha, o jato é direcionável e concentrado, inclinando-se na direção desejada, enquanto o chuveiro proporciona um jato mais espaçado, por meio de um espalhador de grande proporção.

ROCA

VIEGA

Destaque para a linha Modo, de cubas produzidas com a exclusiva matéria prima Surfex, que agrega ao produto versatilidade de formatos, textura acetinada e resistência a impactos, abrasão e raios ultravioletas. No quesito tecnologia, as bacias sanitárias passam a contar com o exclusivo sistema Rimless de descarga, fabricado pela Roca. O desenho interno da bacia permite que a água flua por toda a estrutura, permitindo a lavagem total da parede interna, com menor consumo de água, menos respingos e mais eficiência.

Um dos destaques da empresa foi a caixa de descarga Viega Mono Tec para bacias e bidês, fixada na parede de alvenaria. Possui estrutura em aço galvanizado com autoclismo de 8 cm para a fixação da bacia na parede e tubo flexível de alimentação pré-montado. Modelo com tubo de descarga para ligação ao ventilador. Versão Viega Mono Slim: fácil fixação na alvenaria mediante duas pastilhas, curva de descarga com isolamento e curva de descarga ajustável posteriormente na vertical (2 cm para cima, 1 cm para baixo).

ICASA A linha infantil da Icasa agregou a bacia com caixa acoplada (IP73) para fazer par com a bacia convencional (IP72). Desenvolvidas para oferecer conforto e segurança às crianças, as peças são indicadas para instalações em creches, escolas e hospitais infantis, além do uso residencial. O modelo IP73 possui sistema duplo de acionamento de descarga com 3 a 6 L, que garante uma economia de até 40% por fluxo na vazão líquida. Fabricadas na cor branca, a IP73 (com caixa acoplada) mede 635x320x600 mm.

WEBER QUARTZOLIT No segmento de impermeabilização, a empresa lançou a solução Parede Premium Quartzolit, indicada para a proteção de paredes e fachadas com três cores de acabamento (bege, cinza e branco). Três em um: sela, impermeabiliza e dá acabamento. Balde de 18 kg rende 75 m². Para impermeabilizar grandes áreas, especialmente lajes de cobertura e estacionamentos, a Weber apresentou o PU flexível Quartzolit, opção de fácil aplicação com função de impermeabilização e acabamento final. E ainda, a manta asfáltica, indicada para as principais e mais importantes obras de impermeabilização. Revista da InstalaçÃO 27


artigo

| Fios e Cabos Elétricos

Condutores elétricos para infraestrutura aeroportuária

N

a edição de fevereiro da Revista da Instalação iniciamos a publicação de uma série de artigos baseados na coleção de Guias de Aplicação de Cabos que o ICA/ Procobre acaba de lançar. O primeiro texto teve como tema central as instalações em ambientes portuários. Agora é a vez de abordarmos a infraestrutura aeroportuária. O ambiente aeroportuário está sujeito a condições severas de aplicação dos cabos, cujas principais são: ✹ Corrosão: o ambiente é um grande agressor, que aliado aos inúmeros produtos químicos, combustíveis e lubrificantes, podem modificar o solo e a atmosfera; ✹ Proteção mecânica: o ambiente está sujeito à movimentação de maquinário pesado, excesso de peso,

acidentes em manobras e práticas agressivas de carregamento (aeronaves, caminhões, ônibus, veículos pesados, dentre outros). Exemplo: na instalação dos condutores elétricos na área de pista e pátio, utiliza-se somente instalação enterrada em banco de dutos (eletrodutos de PVC envelopados com concreto, dimensionados para suportar os excessivos esforços mecânicos da superfície); ✹ Proteção contra a explosão: algumas áreas são classificadas e podem estar sujeitas às condições de risco de explosão ou início de incêndio, bem como áreas específicas de inflamáveis. Exemplo: local de abastecimento de combustível, gás GNV (Gás Natural Veicular) e gás GLP (Gás Liquefeito de Petróleo); ✹ Aterramento: o sistema de prote-

Tipos de cabos elétricos utilizados

Classes de encordoamento

ção é extremamente importante em todos os tipos de operação, sejam aeronaves, hangares, instalações elétricas, equipamentos de transporte, esteiras, gruas, rampas de acesso e equipamentos em geral. Em aeroportos, é utilizado o maior nível de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA - Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas). A Tabela a seguir elenca as classes de encordoamento e os locais onde são instalados os diferentes tipos de cabos elétricos. Cabe esclarecer que o conteúdo desta tabela, como também as informações técnicas deste item, buscam representar a maioria dos cabos elétricos utilizados neste setor. Contudo, variações podem ocorrer devido à ampla variedade de cabos e às particularidades de cada projeto:

Local onde é utilizado

Cabos de cobre nu 2

SPDA e aterramento utilizados em instalação predial, pistas e pátios

Cabos de cobre com isolação ou coberto

Aterramento temporário móvel

5 e 6

Fios e cabos para instalação predial 750 V, conhecidos como BW (“Building Wire”) com características de baixa emissão de fumaça e gases tóxicos e livre de halogênio

5

Instalações prediais

Fios e cabos para instalação predial 750 V, conhecidos como BW (“Building Wire”)

5

Hangares e instalações externas

Cabos de controle, instrumentação e auxílios visuais 5 e 6

Pistas, pátios e sítios para auxílio à navegação aérea (salas de controle, painéis de comando e equipamentos eletrônicos da navegação aérea)

Cabos de potência 0,6/1 kV 2 e 5

Instalações prediais, elevadores, elevadores de carga dos hangares e oficina de manutenção

Cabos de potência até 69 kV

Transmissão e distribuição de energia elétrica

Cabos para auxílios luminosos 3,6/6 kV

2 e 5 2

Pistas

Cabos de uso móvel 5

Alimentação da aeronave através da GPU (General Power Unity) e também em gerador de emergência móvel para outras finalidades (GMG Diesel - Grupo Moto Gerador)

Busway blindado de cobre

Áreas comerciais e administrativas

28 Revista da InstalaçÃO

Barramento


No caso de cabos para auxílios luminosos em aeroportos, existe uma norma específica, a ABNT NBR 7732:2011 – “Cabos Elétricos para auxílios luminosos em aeroportos, na tensão de 3,6/6 kV”, para aceitação e recebimento de cabos unipolares em cobre isolados em borracha etilenopropileno (EPR ou HEPR) ou polietileno reticulado (XLPE). Para o emprego de sistemas de aterramento para proteção de auxílios luminosos, utiliza-se a ABNT NBR 12971:1993 – “Emprego de Sistema de aterramento para proteção de auxílios luminosos em aeroportos”, que discorre sobre o projeto, execução e manutenção destes sistemas. No sistema de bagagens, os cabos de energia e controle estão submetidos a altas temperaturas de operação e ficam sujeitos ao envelhecimento prematuro, porém, devem garantir segurança aos passageiros em caso de incêndio, assegurando baixa emissão de gases tóxicos (livre de halogênio) e de fumaça. Há predominância de cabos flexíveis para as instalações prediais, baixa tensão e cabos de uso móvel. Para os cabos de média e alta tensão, verifica-se a utilização da classe 2 de encordoamento. Os principais benefícios que os cabos elétricos com condutores em cobre oferecem para esta aplicação são: ✹ Confiabilidade das conexões; ✹ Maior flexibilidade e otimização de espaço na instalação, facilitando o lançamento em longas distâncias em rotas não retilíneas, portanto,

Choice of electrical wires and cables for airport infrastructure should consider the specific characteristics of each environment.

o uso de cabos flexíveis também visa a facilidade, segurança e redução de custos operacionais nas instalações; ✹ Raio de curvatura reduzido; ✹ Resistência à corrosão do condutor; ✹ Maior capacidade de corrente e menor perda por aquecimento. Tipos de isolações usualmente utilizadas: ✹ EPR e HEPR: em função da classe de temperatura de operação do cabo (maior ampacidade); ✹ Compostos não halogenados: em locais onde há grande concentração de pessoas (áreas de embarque e áreas administrativas); ✹ Silicone: em função da segurança em circuitos de segurança e emergência. Tipos de coberturas usualmente utilizadas: ✹ PVC: para os cabos de potência em baixa, média e alta tensão; ✹ Compostos não halogenados: em locais onde há grande concentração de pessoas (áreas de embarque e áreas administrativas); ✹ Neoprene e Hypalon: para os cabos de uso móvel. Principais características que devem ser sempre lembradas, desde o projeto, para a correta especificação dos cabos elétricos de cobre em áreas específicas do setor aeroportuário: ✹ Resistência mecânica;

Elección de alambres y cables eléctricos para aplicación en la infraestructura aeroportuaria debe tener en cuenta las características específicas de cada ambiente.

artigo Artigos exclusivos escritos por reconhecidos especialistas do mercado.

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✹ Resistência às intempéries; ✹ Flexibilidade; ✹ Resistência à corrosão do condutor; ✹ Resistência aos agentes químicos, aos combustíveis, aos lubrificantes e à água presente nas áreas de pista. Os métodos de instalação predominantes são leitos, bandejas, eletrodutos aparentes ou embutidos, dutos corrugados, galerias, todos previstos nas Normas ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 14039. Algumas aplicações específicas são adotadas, tais como os cabos de auxílios de pista de (BT) e (MT) utilizados nos controles e alimentação de periféricos e iluminação.

Carlos Simões e Marcelo Oriani

Consultores do Procobre Brasil. Revista da InstalaçÃO 29


Espaço Sindinstalação Notícias e informações sobre o mercado de instalações e as ações do Sindinstalação e seus parceiros.

Convenções coletivas de trabalho da categoria de instalações Abril e maio, meses das negociações das convenções coletivas de trabalho da categoria de instalações: O que vem a ser e como é realizada neste ano de 2017?

30 Revista da InstalaçÃO

Foto: Fotolia

C

omo histórico, a Convenção Coletiva de Trabalho nasceu na Grã-Bretanha quando, a partir de 1824, com a revogação da lei sobre delito de coalisão, as ‘trade unions’, então organizadas pelos trabalhadores, passaram a ajustar com empregadores condições de trabalho a serem respeitadas na relação de emprego. A Holanda (1909) e a França (1919) foram os primeiros países que legislaram sobre o tema, sendo que a lei francesa serviu de modelo ao Decreto Legislativo nº 21.761, assinado por Getúlio Vargas em 23 de agosto de 1932. O artigo 611 da CLT define Convenção Coletiva de Trabalho como o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. É o conjunto de procedimentos adotados pelos representantes dos trabalhadores, de um lado, e dos empregadores, de outro lado, que tem por objetivo pactuar a auto-regulamentação das condições de trabalho, observadas as garantias legais. Geralmente, parte dos trabalhadores interessados em melhorar suas condições de vida e suas relações de trabalho. O sindicato convoca uma assembleia destinada a aprovar a “Campanha Salarial” e aprovar a “pauta de reivindicações da categoria” que será negociada com a representação dos empregadores.

O Sindinstalação, a cada ano, durante os meses de março e abril recepciona um conjunto de pautas reivindicatórias formuladas pelos Sindicatos Laborais advindos de suas assembleias de aprovação. Da mesma forma, o Sindicato Patronal Sindinstalação convoca as empresas associadas para sua Assembleia Geral Extraordinária, neste 2017 será realizada em 12 de abril próximo e será devidamente publicada em 05/04 no Jornal DCI, dando início à agenda de reuniões de discussão com os representantes das empresas com o propósito de analisar e definir a possibilidade de atendimento das pautas, que nada mais é do que a pretensão dos trabalhadores.

No intuito de acordar a Convenção Coletiva de Trabalho - CCT entre as partes cuja data base é 1º de maio, uma extensa agenda de encontros é definida com foco de preparar a Proposta Patronal, ou seja, um elenco de itens de atendimentos que vão desde o percentual de reajuste salarial, passando por benefícios sociais e econômicos, além de outras propostas destinadas à melhora do ambiente de trabalho e condições não previstas na CLT. Neste mês, o Sindinstalação já recepcionou várias pautas reivindicatórias, mais uma vez, um elenco de imposições pelo Sindicato de Trabalhadores a começar pelo índice de reajuste das cláusulas econômicas e sociais da CCT. As condições de êxito pleno entre as


Espaço Sindinstalação

Espaço Sindinstalação

News and information on the installation market and activities from Sindinstalação and partners.

Noticias e informaciones sobre el mercado de instalaciones y las acciones de Sindinstalação y sus organizaciones asociadas.

partes nem sempre é alcançada, basta voltar ao acordado em 2015, um ano atípico para o setor e não muito diferente do acontecido em 2016 quando as empresas instaladoras reunidas na sede do Sindinstalação reagiram com muita cautela às pautas de reivindicação. As restrições são ainda impostas pela recessão macroeconômica que afeta o País, e que atinge fortemente o segmento de instalações, afetando diretamente os negócios das empresas instaladoras e dos seus clientes, contratantes e fornecedores, numa cadeia produtiva da construção civil com crescentes índices negativos. O propósito maior é o de atender em parte as reivindicações dos trabalhadores, num patamar justo, porém, sempre com atenção na responsabilidade social de tentar preservar os empregos e, dentro das possibilidades de custeio e caixa das empresas. As rodadas com os Representantes dos Sindicatos Laborais ainda não se iniciaram, provavelmente no decorrer da 2ª quinzena de abril e até maio.

Mais atentos, estamos, na verdade passando por momentos de mudanças que influenciam as negociações e as relações sindicais pois presentes estão as pautas da reforma trabalhista e previdenciária, assim como a definição da Lei da Terceirização, que tão importante é ao segmento das instalações. No mais, o Sindinstalação, como mediador e conselheiro, amparado pelo Corpo Jurídico e juntamente com os representantes de empresas instaladoras assiduamente presentes estão mantendo um grupo de trabalho participativo, pretendendo uma vez mais com muita cautela formatar uma digna e possível Proposta Patronal avançando para melhor condição de vida e relações de trabalho dos colaboradores das instaladoras. As Convenções Coletivas de Trabalho firmadas pelo Sindinstalação e Sindicatos Paritários da Construção Civil podem ser acessadas pelas empresas filiadas e associadas, no site institucional da Entidade www.sindinstalacao.com.br, na página de Convenções Coletivas.

Instalação do Comitê de RHs – Participe! O Sindinstalação vê nos comitês setoriais uma forma de agregar qualidade e conhecimento quando em sua sede se reúnem os representantes das empresas visando estabelecer uma pauta e discussão sobre um tema específico de cada comitê. Desta vez, estamos criando o comitê de RHs das empresas instaladoras, buscando auxiliar em sua

gestão assim como nas resoluções das demandas do dia a dia do departamento. Atenção: Gerentes, Assistentes e Coordenadores de RH participem deste novo comitê, que se reunirá mensalmente em nossa sede a partir de 26 de abril próximo, sob a coordenação do Dr. Igor Bicudo da BMM Advocacia Personalizada.

Inscrições com a Silvana pelo telefone: (11) 3266-5600.

Diretoria JOSÉ SILVIO VALDISSERA Presidente e Delegado Representante Fiesp Efetivo CARLOS FREDERICO HACKEROTT Diretor VP de Relações Institucionais – Delegado Representante Fiesp Efetivo MARCOS ANTONIO PASCHOTTO Diretor VP de Instalações Prediais Elétricas Luiz Carlos Veloso Diretor VP de Instalações Prediais Hidráulicas e Gás - Delegado Representante Fiesp Suplente LUIZ ANTONIO ALVAREZ Diretor VP de Sistemas de Aquecimento – Delegado Representante Fiesp Suplente Marco Alberto da Silva Diretor VP de Instalações Industriais VICTOR JOSÉ RONCHETTI Diretor VP de Instalações Prediais de Sistemas Complementares Diretores VP – Conselho Fiscal NELSON GABRIEL CAMARGO IVAN MACHADO TERNI RAMON NICOLAS OLMOS ODIL PORTO JUNIOR Fernando Belotto Ferreira Surahia Maria Jacob Chaguri Diretor-Executivo JOSÉ ANTONIO C. BISSESTO Av. Paulista, 1313 - 9º andar - cj 905 Cerqueira Cesar - São Paulo 01311-923 - (11) 3266-5600 www.sindinstalacao.com.br

Revista da InstalaçÃO 31


Espaço Sindinstalação

| Abrinstal

Dia Internacional do Instalador Hidráulico O dia 11 de março foi marcado por várias ações. Principal evento foi realizado na Fiesp, em São Paulo, durante Workshop para empresas instaladoras hidrossanitárias

O

instalador hidrossanitário tem a missão de um agente de saúde, que leva água encanada e saneamento básico para as pessoas”, disse Valdissera. O diretor-executivo da Abrinstal, Alberto J. Fossa, fez uma apresentação no workshop, sobre o trabalho realizado pelo Conselho Mundial das Instalações Hidrossanitárias (WPC - World Plumbing Council) e da proposta da entidade de promover a saúde a partir da distribuição de água e saneamento básico para todos. Ele ressaltou a importância dos instaladores, como peça fundamental nesse processo de levar água potável e saneamento às comunidades. “É preciso reconhecer o trabalho e qualificar esse profissional. E há muito trabalho a ser realizado. No Brasil, segundo estudos mais recentes, ainda há 34 milhões de pessoas sem acesso à água encanada e mais da metade não tem coleta de esgoto”, disse Fossa. A importância da capacitação da mão de obra foi tema recorrente em todas as apresentações. Na abertura do evento, Maria Luisa Passerini, presidente da Associação Brasileira de Sistemas Prediais (Abrasip), destacou a importân-

cia do instalador hidráulico. “Esses profissionais merecem o reconhecimento de toda a cadeia, pois lidam com água e gás, elementos muito importantes num empreendimento”, disse Maria Luisa. Carolina Reis, da Comgás, falou sobre a capacitação profissional e as normas de competência para instalação de gases combustíveis; e Léo Fábio de Barros, do Sindinstalação, que coordenou pela ABNT a norma que estabelece perfil do instalador hidráulico predial (ABNT NBR 15539, validada em 2011), abordou a importância da qualificação para o mercado. O gerente de Instalações Prediais da Tecnisa, Marcelo Matsusato, abordou o tema “A importância da capacitação da mão de obra para as instalações prediais”. A coordenadora técnica do Senai, Vania Oliveira, apresentou a estrutura de cursos de formação técnica e profissional para o segmento hidráulico e falou sobre o programa de certificação profissional nacional.

Fotos: Divulgação

Dia do Internacional do Instalador Hidráulico - 11 de março - foi comemorado com uma série de atividades no Brasil. O principal evento foi realizado no dia 10 de março, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), durante o 5º Workshop Técnico das Empresas Instaladoras Hidrossanitárias e Águas Pluviais – Qualinstal. Durante o workshop que reuniu cerca de 50 representantes da indústria de instalações sanitárias, infraestrutura predial e gases combustíveis, entre outros, o presidente da Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações (Abrinstal), Sílvio Valdissera, anunciou o lançamento de dois concursos internacionais, destinados às crianças do ensino fundamental, relativos ao Dia do Instalador Hidráulico: um de produção de pôster e outro de vídeo. Valdissera também anunciou um concurso para a escolha do mascote do Dia Internacional do Instalador Hidrossanitário. As regras dos concursos serão divulgadas nos próximos dias no site da Abrinstal (www.abrinstal.org.br). “Vamos trabalhar para criar a consciência de que o

32 Revista da InstalaçÃO


| Abrasip

Caminhando juntos para a eficiência Instaladores e projetistas devem unir forças para que nossas edificações sejam cada vez mais eficientes. de tornar real o que está no projeto de instalações está nas mãos do instalador, e não deveria exigir nenhuma mágica, apenas uma boa dose de experiência. Isso porque quase nunca ele terá em mãos um projeto de execução, mas sim um executivo que deixa espaço (ou liberdade, se assim preferirmos) para a escolha de alguns materiais e caminhamentos. Só que essa escolha deve ser consciente e contar com total apoio do projetista. Encastelado em seu escritório, afundado em centenas de e-mails diários para responder e em prazos cada

Foto: Fotolia

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rojetar requer imaginação. O desenho em muito ajuda a traduzir o que está na cabeça do projetista, mas, sem uma boa dose de abstração, é quase impossível transformar traços e textos em algo real, como uma edificação. O BIM (Building Information Modeling – Modelagem de Informações da Construção) veio para diminuir a carga de imaginação do processo e melhorar a visualização do projeto, mas não esqueçamos que o 3D nada mais é do que um 2D com uma bela perspectiva. No mundo da construção civil, a arte

vez mais exíguos para cumprir, nem sempre o projetista de instalações vive o dia a dia da obra. E, muitas vezes, é contatado tarde demais, na hora de “apagar o incêndio”, quando poderia evitá-lo. Espaços como o Qualinstal são extremamente importantes para a troca de experiências entre projetistas e instaladores, mas é no dia a dia da obra que vão ocorrer os testes de fogo. Em muitos casos, quando projetistas e instaladores se sentam a uma mesa de reunião com seu cliente em comum, estão de lados opostos, quando deveriam estar lado a lado, resolvendo juntos um problema que escapou à fase de projeto. Por isso, é essencial que instaladores deem seu “feedback” aos projetistas, seja crítica ou elogio. O advento da Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575/13) poderia ter aberto um fórum de troca de experiências entre esses profissionais, mas nós perdemos essa chance e estamos trabalhando em paralelo, ao invés de juntos. Afinal, quem melhor que o instalador para atestar o desempenho de um processo ou de um produto? Mas ainda é tempo de retomar esse diálogo. E a Abrasip estará sempre de portas abertas para receber o Sindinstalação e, assim, caminharmos juntos para que nossas edificações sejam cada vez mais eficientes.

FABIANA REWALD AUGELLI - Sócia

da Rewald Engenharia Revista da InstalaçÃO 33


Espaço Sindinstalação

| Seconci

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Estudo aponta principais causas de afastamento dos trabalhadores

ores lombares e articulares e inflamações, além de faringites, amigdalites, sinusites, gripes e viroses foram as principais causas de afastamentos dos trabalhadores da construção civil em 2015, segundo pesquisa realizada pelo Seconci-SP (Serviço Social da Construção). De acordo com a Dra. Norma Araujo, superintendente do Iepac (Instituto de Ensino e Pesquisa Armênio Crestana), do Seconci-SP, os resultados foram levantados a partir da análise de 65.792 consultas médicas realizadas na Unidade Central da entidade, na capital paulista, que geraram 7.879 atestados de afastamento. Entre as principais causas de falta ao trabalho estão as dores nas costas, juntas e inflamações (ombro, juntas e tendão) em qualquer faixa etária, correspondendo a 34,4%. Faringites, amigdalites, sinusites, gripes e viroses foram responsáveis por 10,7% do absenteísmo. Os pacientes que procuraram o Seconci-SP para realização de exames com duração superior a três horas ou precisaram ficar em observação clínica – e, dessa forma, perderam o dia de trabalho – correspondem a 7,8% dos atestados emitidos, seguidos de contusões, entorses, distensões, traumatismo e acidentes, com 8,5%. Má digestão, gastrite, diarreia, úlceras e inflamação no intestino equivaleram a 5,5%, e hipertensão arterial e doenças cardíacas, a 5%. Neste cenário, a médica destaca uma tendência nos últimos anos. “Diminuiu a incidência de doenças ligadas aos cuidados da empresa e da própria pessoa em relação à sua saúde e à segurança do trabalho. Ao mesmo tempo, elevou-se a proporção das doenças Distribuição dos Atestados Segundo Grupo de Doenças em Linguagem Coloquial Hipertensão arterial, doenças cardíacas: 5,0% Doenças do olho e anexos: 5,3% Má digestão, gastrite, diarréia, úlceras, inflamação no intestino: 5,5% Dores (lombares, articulares) e inflamações (ombro, juntas, tendão): 34,4%

Exames duração > 3h e Observação Clínica para Diagnósticos: 7,8%

Série histórica motivos de afastamento de trabalhadores da construção civil – 2012 a 2015 34.4%

Dores (lombares, articulares) e inflamações (ombro, juntas, tendão)

34.5% 35.0% 43.0% 18.7% 10.3%

Outros Diagnósticos

21.6% 17.0% 10.7%

Faringites, amigdalites, sinusites, gripes, viroses

9.2% 8.4% 7.0% 8.5% 9.2% 10.7%

Contusoes, entorses, traumatismos, ferimentos Exames duração > 3h e Observação Clínica para Diagnóstico Má digestão, gastrite, diarréia, úlceras, inflamação no intestino Doenças do olho e anexos

13.0% 7.8% 13.6% 5.3% 5.5% 4.6% 6.9% 11.0% 5.3% 4.3% 7.2% 6.0%

Contusos, entorses, traumatismos, ferimentos: 8,5%

Outros Diagnósticos: 18,7%

relacionadas à má qualidade de vida na cidade, como as respiratórias: faringites, amigdalites, sinusites, gripes e viroses”, informa. “A queda progressiva no número de contusões, entorses, traumatismos e ferimentos pode estar relacionada ao aumento de investimentos dos empresários com ações e medidas preventivas de segurança e saúde para seus funcionários”, diz a dra. Norma. No que se refere às especialidades, a Clínica Médica emitiu 72,1% dos atestados, seguida por Ortopedia, com 20%, e Oftalmologia com 3,4%. De acordo com a dra. Norma, o levantamento pode ajudar as empresas a conhecer melhor as causas que afastam seus trabalhadores e, com essa análise, propor medidas e programas de promoção de saúde, prevenção de doenças, tratamentos específicos às suas realidades, ou seja, gestão da saúde dos funcionários.

Faringites, amigdalites, sinusites, gripes, viroses: 10,7%

Hipertensão arterial, doenças cardiácas

5.0% 5.2% 4.8%

Não informado 0%

5.6%

5%

10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 2015

34 Revista da InstalaçÃO

2014

2013 2012


| HBC Advogados

iante do recente julgamento do Supremo Tribunal Federal – STF, que excluiu o valor do ICMS da base de cálculo das contribuições PIS e COFINS, incidentes sobre a receita bruta das empresas, criou-se um importante precedente para as empresas prestadoras de serviço buscarem a exclusão do ISS da base de cálculo destas mesmas contribuições, e ainda a recuperação dos valores recolhidos a maior nos últimos 5 anos. Isso porque, da mesma forma que as empresas sujeitas ao ICMS fazem a inclusão deste imposto na base de cálculo do PIS e da COFINS, as empresas prestadoras de serviços devem considerar, para fins de receita bruta, o valor devido a título de ISS. Na referida decisão do STF, os ministros se manifestaram favoravelmente à tese do contribuinte, no sentido de que, embora os valores recebidos pelas empresas pela venda de mercadorias contêm o valor do ICMS, esta “receita”, ao final, é destinada ao governo, quando do recolhimento efetivo do imposto aos cofres estaduais. Portanto, os ministros, em sua maioria, entenderam não haver sustentação jurídica para se tributar o valor correspondente ao ICMS, visto não se tratar de receita do contribuinte. A princípio, com esta definição, os contribuintes do ICMS teriam o direito, além da redução de base de cálculo, a restituição dos valores pagos a maior a título de PIS e COFINS nos últimos 5 anos, devidamente corrigidos. Porém, é provável que estes efeitos sejam restringidos apenas aos contribuintes que ajui-

TAXAS Ilustração: Fotolia

D

Exclusão do ISS da Base de Cálculo do PIS e Cofins

zaram a ação até a data do julgamento (15/03/2017), o que deverá ser definido nos próximos dias pelo STF. Assim, as demais empresas que não ajuizaram a respectiva ação, perderão a oportunidade de buscar a restituição dos valores. Esta restrição se dá em razão dos impactos financeiros desta decisão aos cofres públicos, que nas estimativas do governo poderiam chegar a R$250 bilhões o que prejudicaria ainda mais a recuperação da economia. Diante deste cenário, a possibilidade de exclusão do ISS da base de cálculo do PIS e da COFINS ganhou força, visto que a fundamentação jurídica é semelhante, ou seja, o valor do ISS incluso no preço do serviço não pode ser considerado receita do prestador, visto que este valor é repassado aos cofres municipais. Na verdade, esta questão já vem

sendo analisada pelos Tribunais Estaduais e Superior, sendo que atualmente não há uma posição pacífica sobre o tema, havendo tanto decisões favoráveis à tese quanto desfavoráveis. Com o posicionamento recente do STF na questão do ICMS, há grande possibilidade de que outros casos semelhantes, como a exclusão do ISS da base de cálculo do PIS e da COFINS, e até mesmo da Contribuição Previdenciária sobre Receita Bruta - CPRB, para aquelas empresas que fizeram esta opção, sejam julgados em favor dos contribuintes, pacificando o tema. Dessa forma, as empresas prestadoras de serviços podem se valer deste importante precedente para buscar em juízo o reconhecimento do direito à redução da base de cálculo do PIS e da COFINS, bem como à restituição ou compensação do crédito apurado nos últimos 5 anos.

*HBC Advogados é o escritório contratado pelo Sindinstalação para assessoria jurídica ao setor de instalações. Para mais informações acesse www.hbclaw.com.br Revista da InstalaçÃO 35


Destaque

| Aquecimento solar de água

Desempenho depende da boa aplicação Problemas na instalação ainda preocupam fornecedores de sistemas de aquecedores solares de água.

Foto: Fotolia

Reportagem: Marcos Orsolon

Installation problems still worry solar water heater systems installers. Product performance depends on their correct application.

36 Revista da InstalaçÃO

Problemas de instalación todavía preocupan los proveedores de sistemas de calentadores solares de agua. El desempeño de los productos depende de sus correctas aplicaciones.


A

ssim como ocorre em qualquer segmento de mercado, a qualidade também é fundamental nas instalações de aquecedores solares de água. Afinal, um sistema mal aplicado pode gerar uma série de problemas, que vão desde pequenos vazamentos de água, até o baixo rendimento dos equipamentos. Mas como tem se comportado esse mercado no Brasil hoje, em relação à qualidade das instalações? Segundo Leonardo Abreu, responsável pela área de Marketing da Rinnai, há no País uma grande variação quando falamos da qualidade das instalações. Principalmente em função do profissional que efetua o trabalho. “De um modo ge-

ral, podemos considerar que o instalador especializado em solar brasileiro tem um excelente nível técnico, e realiza serviços de ótima qualidade. O problema é que muitas instalações ainda são feitas por profissionais não especializados, em grande parte porque o próprio usuário não valoriza o trabalho capacitado, e abdica do instalador especializado por questões de custo. Ao fazer isso, pode colocar em risco o desempenho, a eficiência e até a segurança do sistema”, explica Abreu. José Raphael Bicas Franco, diretor Técnico da Soletrol, segue na mesma linha de raciocínio: “Infelizmente, ainda há muitos problemas com relação às instalações de sistemas solares. Por falta de conhecimento, muitas vezes o

usuário procura instaladores com conhecimento de hidráulica e com pouco ou nenhum conhecimento de instalação de sistemas de aquecimento de água através da energia solar. Como o sistema solar ainda é pouco conhecido, o usuário normalmente reclama do produto e não da instalação, sendo que o ônus fica com o fabricante do setor”. Um fator que agrava essa situação é a carência de mão de obra especializada no setor. Mesmo com as ações de treinamento e formação de alguns fabricantes, o mercado brasileiro necessita de um volume maior de profissionais para atender à demanda da área. “Ainda falta muita mão de obra para instalação de sistemas solares, principalmente em regiões fora do eixo

Revista da InstalaçÃO 37


Destaque

| Aquecimento solar de água

zam a qualificação de instaladores para o mercado, porém, a certificação só será oficializada quando o Programa Qualisol (programa que envolve fabricantes, Senai e Inmetro) estiver operando”.

São Paulo/Minas Gerais, locais onde estão os principais fabricantes do País”, destaca Franco, acrescentando que, hoje, não há no Brasil a certificação compulsória desse tipo de profissional. “Alguns fabricantes reali-

Entre os erros mais comuns cometidos pelos profissionais com pouco conhecimento nessa área, podemos citar: coletores instalados com direções e inclinações inadequadas, aplicados em locais com incidência de sombra, ou ainda um coletor fazendo sombra sobre outro. Deixar de utilizar dispositivos de segurança como vasos de expansão ou válvulas, utilizar tubulação inapropriada, instalar os reservatórios sem a infraestrutura para mitigar os efeitos de eventuais vazamentos (ponto de escoamento), falta de atenção quanto à qualidade da água (água dura pode prejudicar a durabilidade do sistema), também são mencionados por Leonardo Abreu, da Rinnai.

Leonardo Abreu Rinnai

Foto: Divulgação

A boa instalação do equipamento solar é essencial para o bom desempenho e a eficiência do sistema.

Obviamente, quando um ou mais desses equívocos são cometidos, surge uma série de riscos em torno do sistema de aquecimento e seu desempenho. E, caso ele não funcione como esperado, seguramente o usuário ficará insatisfeito. O risco maior nesse caso é o cliente colocar a culpa na tecnologia e não na má instalação. Ou seja, ele pode simplesmente desinstalar o sistema solar e dizer a amigos e parentes que o aquecimento solar não funciona bem, prejudicando a imagem da empresa fornecedora e dessa tecnologia como um todo. O que é péssimo para o mercado. Além do funcionamento em si, há também o risco da instalação malfeita gerar infiltração de água por vazamento, danificando o imóvel. “Ocorre ainda o risco, porém, em escala muito pequena, de sistemas solares pressurizados que podem explodir se não forem corretamente instalados e se estiverem com manutenção precária”, completa José Raphael Bicas Franco, da Soletrol. Para evitar problemas, tanto de desempenho, quanto vazamentos e explo-

Foto: Fotolia

Erros comuns cometidos na instalação sões, é preciso que o profissional tome alguns cuidados durante a aplicação. Conforme explica Leonardo Abreu, a boa instalação do equipamento solar tem diversos detalhes a serem observados, dos quais dependem o desempenho e a eficiência do sistema. Por exemplo, a orientação dos coletores em relação ao sol, o ângulo de inclinação, e as distâncias e alturas entre coletores e reservatório se quiser utilizar a circulação natural (termosifão). “Isso supondo-se que os passos anteriores à instalação tenham sido bem-feitos, como o dimensionamento adequado do sistema para a demanda pretendida e a seleção de produtos e acessórios apropriados”. Um detalhe nesse cenário é que o setor possui normalização técnica adequada para balizar o trabalho de instalação dos sistemas solares. É a ABNT NBR 15569:2008 - Sistemas de aquecimento solar de água em circuito direto - Projeto e instalação.

Manutenção do sistema fica em segundo plano Mesmo quando um sistema é instalado adequadamente, é preciso que o usuário invista em sua manutenção preventiva para garantir sua segurança, desempenho e maior vida útil. Afinal, o sistema fica exposto ao tempo, com agressões de toda ordem. 38 Revista da InstalaçÃO

No entanto, como é típico na maior parte dos mercados, essa postura é rara. A manutenção, quando ocorre, é a corretiva, ou seja, o sistema tem que apresentar algum problema de funcionamento para que o cliente acione os especialistas para efetuarem os reparos necessários.


Prejuízo

Instalação malfeita do sistema solar pode gerar vazamentos que danificam o imóvel.

“São poucos os usuários que fazem a manutenção preventiva. Normalmente, eles procuram o instalador ou fabricante apenas quando há problema no sistema solar”, lamenta Franco, destacando que o usuário deve se ater às instruções de manutenção contidas no manual técnico do fabricante para usufruir ao máximo do equipamento instalado. O diretor da Soletrol cita algumas manutenções básicas que devem ser feitas ao longo do tempo: ➧C oletor solar: lavar o vidro pelo menos uma vez ao ano, antes do período do inverno; ➧V álvula anti congelamento: testar o funcionamento do acessório antes do período do inverno; ➧R eservatório térmico pressurizado: verificar o conjunto de válvulas e vaso de expansão pelo menos uma vez ao ano; ➧R eservatório térmico: verificar a ocorrência de vazamento a cada seis meses. Normalmente, o início de um vazamento ocorre através de gotejamento de água, quase imperceptível, e como normalmente o reservatório térmico é instalado em local de difícil acesso, quando o usuário percebe já ocorreu a infiltração na laje. Tal fato pode ser evitado se o usuário fizer a impermeabilização da laje, conforme recomendação da norma ABNT NBR 15569. Revista da InstalaçÃO 39


Mercado

| Instalação de drywall

Sistema de gesso acartonado traz vantagens como flexibilidade de projeto, rapidez e limpeza na execução da obra, além de precisão dimensional, maior qualidade de acabamento e ótimo desempenho acústico. Fo to

:F oto

lia

Reportagem: Clarice Bombana

Drywall system has many advantages such as design flexibility, work speed and cleanliness as well as dimensional accuracy, higher quality finish and optimum acoustic performance. Read here about standards, technical training, risks and installer mistakes. 40 Revista da InstalaçÃO


A hora e a vez das instalações de drywall

A

instalação no Brasil de fábricas de chapas de gesso para drywall, iniciada em meados dos anos 90, representou um esforço pioneiro visando a modernização da construção civil brasileira, tradicionalmente caracterizada pelo uso de métodos artesanais, com baixa produ-

tividade, elevados níveis de desperdício e reduzida valorização da mão de obra. Apesar de tantos fatores negativos que assolam o País, como recessão e queda dos índices do setor da construção civil, o segmento de drywall é um dos poucos que têm apresentado crescimento constante. Mesmo com a redução do volume

de novas obras, a procura pelo sistema de gesso acartonado tem aumentado com as permanentes reformas e retrofits. As chapas de drywall, que fazem parte do método conhecido como construção a seco, estão aumentando sua participação em obras voltadas prin-

Sistema de planchas de drywal tiene ventajas como la flexibilidad de diseño, velocidad y limpieza en la ejecución, así como precisión dimensional, acabado de mayor calidad y óptimo rendimiento acústico. Lea aquí sobre normas, capacitación técnica, riesgos y errores cometidos por los instaladores. Revista da InstalaçÃO 41


Mercado

| Instalação de drywall

Principais vantagens oferecidas pelo sistema drywall: ➧ Redução do volume de material transportado ➧ F acilidade durante a instalação, evitando quebra ➧ Mínimo desperdício e retrabalho ➧ Flexibilidade nos layouts (é possível fazer curvas) ➧ Redução da mão de obra ➧ Menor espessura do material com ganho de área útil ➧ Redução do peso: estrutura e fundação

Foto: Fotolia

➧ Custo mais atrativo se comparado aos métodos de construção convencionais: o gesso representa de 0,5 a 1,0% do custo total de uma obra ou projeto

Foto: Ricardo Brito/HMNews

cipalmente ao mercado corporativo, dada a tendência natural das empresas a mudanças físicas e exigência de uma performance acústica maior. A tecnologia, que tem origem nos Estados Unidos, combina estruturas de aço e chapa de gesso de alta resistência, e reduz o tempo de duração de uma obra feita em alvenaria. É utilizada na construção de pisos, tetos, paredes e revestimentos. De acordo com a Associação Brasileira

do Drywall, no ano passado, o consumo nacional do produto foi de 70 milhões de metros quadrados e, este ano, estima-se um crescimento de até 5% com o mercado estabilizado. Porém, o consumo per capita nacional do sistema ainda é um dos mais baixos da América Latina, 0,26 metro quadrado por habitante/ano, similar ao consumo da Argentina e inferior ao do Chile (1,8 m²/hab/ano). O mercado norte-americano é líder mundial, com um consumo de chapas de gesso por pessoa de 30 m²/ano. Os dados são da Associação Brasileira do Drywall. No Brasil, existem quatro empresas fabricantes do produto: a Placo, do grupo francês Saint Gobain; a alemã Knauf; a Gibson, do grupo belga Etex; e a Trevo

A migração dos métodos construtivos tradicionais, como a alvenaria, para as tecnologias mais modernas e industrializadas, como o drywall, é impulsionada pela necessidade das construtoras ganharem tempo e qualidade. Celso Ribeiro Júnior Ettore Premium Décor

42 Revista da InstalaçÃO

Brasil, única 100% brasileira. O drywall é usado em instalações internas de edificações e, segundo especialistas, gera menos resíduos durante a construção (todos recicláveis). Além disso, permite a engenheiros e arquitetos modificar rapidamente os projetos. “A migração dos métodos construtivos tradicionais, como a alvenaria, para as tecnologias mais modernas e industrializadas, como o drywall, é impulsionada pela necessidade das construtoras de abreviar cronogramas de execução e de garantir o desempenho mínimo exigido em norma”, afirma Celso Ribeiro Júnior, diretor da empresa Ettore Premium Décor, de São Paulo. Uma combinação de fatores explica o atual estágio de desenvolvimento desse mercado. Desde que abriram o capital, em 2007, as construtoras passaram a demandar sistemas racionalizados. “É impossível construir em escala industrial, como se requer hoje, utilizando métodos artesanais ou semiartesanais. Há alguns anos, um edifício demorava de quatro a cinco anos para ficar pronto, hoje precisa ser executado em 18 meses. A tecnologia abrevia até 70% o tempo de execu-


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Mercado

| Instalação de drywall

nho ampliou o interesse das construtoras pelo sistema. “Isso porque a chapa de gesso acartonada atende a todos os requisitos de resistência mecânica, estanqueidade, isolamento sonoro e comportamento perante o fogo – 20% do peso da chapa é água, retardando o incêndio”, lembra o engenheiro.

ção de uma obra”, afirma o engenheiro Luiz Antonio Martins Filho, gerente executivo da Associação Drywall. A oferta de layout flexível e de várias opções de planta em empreendimentos residenciais também contribui para elevar o consumo do drywall. Para culminar, a entrada em vigor da NBR 15.575:2013 − Edificações Habitacionais - Desempe-

Foto: Divulgação

As soluções em drywall disponibilizadas pelo mercado são compostas de placas, perfis, materiais para tratamento de juntas (massas e fitas), elementos de fixação (parafusos e acessórios) e de materiais para isolação acústica (lã de vidro e banda acústica). Como destaque, as placas são os componentes com maior diversidade de aplicação, a saber: ◗ Placa branca (ST) - placa de uso geral: indicada para aplicação em áreas secas, como corredores, salas de estar, dormitórios, etc. ◗ Placa rosa (RF) - placa resistente ao fogo: indicada para áreas que necessitem de maior resistência ao fogo, como saídas de emergência, escadas enclausuradas, CPDs, etc. ◗ Placa marine (RU) - Placa resistente

à umidade: indicada para áreas úmidas, como banheiros, lavabos, cozinhas, etc. Não é indicada para aplicação em áreas de saunas e piscinas. E ainda sistemas especiais, como chapas Phonic, com alta densidade para maior isolamento acústico; chapas hardboard, com maior dureza superficial para áreas de grande circulação de pessoas; chapas Safeboard, especialmente desenvolvidas para proteção radiológica; além das chapas Cleaneo, para absorção acústica e neutralização de odores. O sistema drywall oferece vantagens como flexibilidade de projeto, rapidez e limpeza na execução, além de precisão dimensional, maior qualidade de acabamento e ótimo desempenho acústico. Mas esses benefícios só são notados quando a execução em obra é correta. “É importante atentar que o sistema foi concebido para uso nas vedações internas (paredes, forros e revestimentos) de qualquer tipo de edificação. Portanto, não é recomendado para uso externo. Além disso, as paredes drywall não são estruturais, ou seja, não suportam cargas, como ocorre com paredes de alvenaria estrutural, nas quais podem ser

O profissional de instalação de drywall existe, mas seu nível de especialização deixa a desejar, pois falta capacitação técnica. Omair Zorzi Knauf do Brasil

44 Revista da InstalaçÃO

Foto: Divulgação/Knauf

Qualidade da instalação

apoiadas lajes e vigas”, afirma Carlos Roberto de Luca, gerente técnico da Associação Drywall. Os sistemas drywall são um dos poucos setores onde praticamente todos os componentes – como chapas, perfis, massas, parafusos, acessórios, lãs, etc. – são normalizados. Existem normas prescritivas para todos os itens do sistema e normas para projeto, execução e desempenho dos sistemas. Além de seguir as normas técnicas, é preciso especificar o sistema completo, sem improvisações. Uma parede para a qual a norma técnica indique a necessidade de uso de lã mineral em seu interior para isolamento sonoro, por exemplo, não pode ser executada sem esse item. “Removê-la reduz o custo da vedação, porém, prejudica o desempenho, mancha a imagem da construtora e do sistema drywall e ainda expõe os responsáveis às sanções do Código de Defesa do Consumidor”, lembra Martins Filho.


As normas que regem o segmento de drywall são: ◗ ABNT NBR 14.715:2010 – Chapas de gesso para drywall (Requisitos e Métodos de Ensaio) ◗ ABNT NBR 15.217:2009 – Perfis de aço para sistemas construtivos em chapas de gesso para drywall (Requisitos e métodos de ensaio) ◗ ABNT NBR 15.758:2009 – Sistemas construtivos em chapas de gesso para drywall – Projeto e procedimentos executivos para montagem (Requisitos para sistemas usados como parede, forro e revestimento) ◗ ABNT NBR 15.575-4:2013 – Edificações habitacionais – Desempenho Os produtos a serem adquiridos também devem ser aprovados pelo Programa Setorial da Qualidade do Drywall (PSQ-Drywall), vinculado ao Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), do Ministério das Cidades. “É preciso saber se os materiais e os componentes das placas de gesso realmente cumprem os requisitos das normas técnicas”, observa Martins Filho, enfatizando que a comercialização

Lista dos equipamentos e ferramentas necessários para a aplicação e montagem do sistema drywall 1. Trena 2. Cordão para marcação ou fio traçante 3. Giz ou lápis de cor 4. Nível laser 5. Linha de náilon 6. Prumo 7. Nível de bolha 8. Mangueira de nível 9. Faca retrátil ou estilete 10. Serrote comum 11. Luvas 12. Serrote de ponta

13. Furadeira 14. Parafusadeira 15. Plaina 16. Serra copo 17. Tesoura para perfis metálicos 18. Alicate puncionador 19. Levantador de chapa de pé 20. Levantador de chapa manual 21. Desempenadeira metálica 22. Espátulas 23. Batedor 24. Finca pino 25. Estilete

* Para utilização e manuseio seguro dessas ferramentas, deve-se fazer uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) padrão na construção civil, como botas, óculos, capacetes, luvas, etc.

e o uso de materiais em desacordo com as normas é crime. O PSQ prevê que um Instituto Técnico de Avaliação (ITA), devidamente habilitado, recolha junto aos fabricantes, distribuidores, instalações e

obras, os componentes dos sistemas de drywall e os avalie em seus laboratórios, credenciando, assim, as empresas que estão em conformidade e denunciando junto ao Ministério Público as não conformes.

Como existe um total controle de todos os produtos utilizados nos sistemas drywall, o único elo da cadeia que poderá apresentar problemas é a mão de obra. “O profissional de instalação existe, mas seu nível de especialização deixa a desejar, falta capacitação técnica”, sublinha Omair Zorzi, gerente Técnico da Knauf do Brasil. Existem diversas patologias causadas pela deficiência da mão de obra, que se traduzem em trincas e fissuras nos sistemas até a ruptura global do mesmo. Normalmente, isto ocorre por não serem respeitadas as normas vigentes, as recomendações do fabricante e as boas práticas da engenharia. “O principal erro é acreditar que um mesmo sistema pode ser utilizado em qualquer situação, ou

Foto: Divulgação/Placo

Qualidade da mão de obra

Revista da InstalaçÃO 45


Mercado

É fundamental que o instalador seja treinado e capacitado para o uso dos sistemas em drywall adequados para cada tipo de instalação. Carlos Caruy Placo

das cabeças dos parafusos jamais deve ser feito com gesso e sim com massa específica, sob pena de ocorrerem trincas, que impactam a estética, e fissuras, que prejudicam o desempenho acústico das paredes. “Se o tratamento das juntas for feito com fita telada (tela de plástico) em vez de fitas de papel microperfurado, como recomendado pela norma, a qualidade do acabamento também será comprometida”, lembra de Luca, que completa: “O sistema não admite improvisações. Todos os seus componentes foram projetados para serem utilizados em conjunto e montados da forma como a norma recomenda. Retirar um elemento ou substituí-lo por outra fora da norma é inaceitável”. Existem vários programas de formação de instaladores de drywall, em escolas profissionalizantes e por meio de curFoto: Divulgação/Placo

seja, o instalador pensar que como já fez de uma determinada maneira uma vez, a mesma serve para tudo. Mas, não é bem assim. Para cada situação, deve ser analisada a melhor solução, seja em forros, paredes ou revestimentos. Não podemos pegar uma única tipologia de parede e aplicá-la em qualquer caso, temos que observar a altura do pé direito, se é uma área úmida, etc.”, alerta Zorzi. Dentre os erros de execução mais críticos está o uso de perfis estruturais em desacordo com a norma, o que pode provocar perda da estabilidade e resistência mecânica da parede, além de impedir o suporte e a fixação de cargas de modo adequado. Durante a execução, o uso da banda acústica (fita de espuma autoadesiva que deve ser colada em todo o perímetro da estrutura em contato com a estrutura do edifício) é um cuidado importante. Além de corrigir pequenas imperfeições da superfície, esse acessório veda a passagem de ruídos, impedindo que o desempenho acústico do sistema seja comprometido. Outro ponto que requer atenção é o tratamento das juntas. O recobrimento

Foto: Divulgação

| Instalação de drywall

46 Revista da InstalaçÃO

sos oferecidos pelos fabricantes em suas sedes ou até em canteiros de obras. “Mas ainda assim, é necessária uma ampliação da quantidade e abrangência regional destes programas, além de uma uniformização do conteúdo dos programas e carga horária mínima. Também é fundamental que o instalador seja treinado e capacitado para o uso dos sistemas em drywall adequados para cada tipo de instalação, além de ser informado sobre as questões de segurança na obra e durante a instalação das placas de gesso”, adverte Carlos Caruy, gerente técnico, produtos e desenvolvimento da Placo. A Knauf do Brasil já treinou, qualificou e certificou, em parceria com o Senai, em todo o Brasil, 2.219 profissionais especializados em drywall. A empresa também mantém convênio com instituições privadas, como o Instituto da Construção, Escola Top Tean e outros, e tem em sua página na Internet um EAD - Ensino a Distância. “Sempre recomendamos que as instalações de drywall sejam feitas por empresas ou profissionais especializados, afinal uma equipe devidamente capacitada consegue otimizar a produtividade da instalação, reduzir desperdícios e entregar a obra dentro dos prazos estabelecidos, sem retrabalhos”, finaliza Caruy, da Placo.


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Crescimento sustentável

Solidez empresarial e inovação consagram Tigre como um dos principais provedores de soluções para construção civil do País. Com aquisição da Fabrimar, Grupo entra agora no segmento

Reportagem: PAULO MARTINS

U

manteve um forte ritmo de investimentos destinados ao lançamento de produtos, melhoria de seus processos internos e aquisição de outras marcas. O resultado não poderia ser outro, se não a previsão de mais crescimento nos próximos anos. A Tigre destaca que a inovação e o empreendedorismo são as características essenciais que nortearam o Grupo ao longo desses 75 anos de história. “A força da nossa marca é resultado do empenho de toda a equipe, do bom relacionamento que firmamos com os clientes e do nosso foco no futuro”, sintetiza Rene Kuhnen, gerente de Marketing de Produtos da Tigre. Durante todos esses anos a companhia construiu um portfólio formado por mais de 15 mil produtos a fim de atender

às demandas da construção civil, oferecendo soluções adequadas para cada etapa da obra, como infraestrutura, fundação, estrutura, parede, telhado e acabamento. Os produtos Tigre destinam-se à aplicação em segmentos como água, elétrica, telecomunicações, gás, ventilação, esgoto, combate a incêndio e áreas externas. Além da área predial, a empresa atende os setores de infraestrutura, de irrigação e industrial. “Para mantermos a posição de liderança do mercado investimos no desenvolvimento de soluções inovadoras em diversas frentes, reforçando a atuação em setores nos quais já atuamos e explorando o universo de produtos e serviços que podemos oferecer”, comenta Rene. Foto: Fotolia

ma companhia tradicional e ao mesmo tempo moderna, atenta às necessidades de seu público e movida pela inovação. Essa é uma das definições possíveis que se aplicam à Tigre, especialista na fabricação de plásticos para materiais de construção e líder em diversos mercados. Com mais de 75 anos de atividades, o grupo contabiliza números invejáveis: 22 fábricas, mais de 7 mil funcionários, 15 mil itens em portfólio, 100 mil pontos de venda e faturamento anual superior a R$ 3 bilhões. Os investimentos previstos até 2020 totalizam R$ 600 milhões. Nem mesmo a fase mais crítica da história da economia brasileira foi suficiente para atrapalhar os planos da empresa, que

de metais sanitários.

48 Revista da InstalaçÃO


A força da nossa marca é resultado do empenho de toda a equipe, do bom relacionamento que firmamos com os clientes e do nosso foco no futuro. Rene Kuhnen Gerente de Marketing

vinculada ao Ministério da Justiça. “Estamos muito focados no crescimento dos nossos negócios no Brasil e no exterior. Por esse motivo, buscamos oportunidades que complementem a nossa atuação ou, ainda, que possibilitem a entrada do Grupo em novos segmentos”, diz Otto von Sothen, presidente do Grupo Tigre. O Grupo Tigre possui sólida atuação também no mercado internacional, onde opera há quase quatro décadas. Ao todo são 12 plantas distribuídas por Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai, empregando cerca de dois mil colaboradores. Em 2015 foram investidos mais de US$ 30 milhões na inauguração da mais moderna fábrica fora do Brasil, localizada no distrito de Lurin, a 32 quilômetros de Lima, capital peruana. “Nós seguimos analisando oportunidades de novas unidades fabris no exterior, com especial interesse na Colômbia e nos Estados Unidos”, revela Rene Kuhnen.

Momento e futuro Apesar das dificuldades vividas pelo Brasil em 2016, a Tigre informa que conseguiu manter um bom desempenho de vendas e estabilidade de resultados, graças à forte mobilização que envolveu funcionários, clientes e parceiros, de maneira integrada e estratégica.

Foto: Divulgação

Bastante conhecida por sua atuação no mercado de tubos e conexões, a Tigre vem conquistando um amplo espaço também no segmento de esquadrias de PVC (com a marca Claris Tigre), de pincéis (Tigre Ferramentas para Pintura) e de tubulações de PEAD para saneamento e drenagem (com a Tigre-ADS). “A Claris Tigre, nossa divisão de portas, janelas e esquadrias de PVC, é uma das apostas de crescimento e ampliação de mercado. Investimos R$ 12 milhões na empresa em 2016 e há previsão de R$ 30 milhões para os próximos três anos. O PVC é uma matéria-prima muito competitiva, com diversos benefícios, como isolamento acústico e térmico, e deve se tornar cada vez mais popular no Brasil”, analisa o executivo de Marketing da Tigre. A aquisição de empresas é outra estratégia adotada pela companhia, que estuda permanentemente as oportunidades de crescimento e inserção em novos negócios. “Empreender faz parte da história da empresa, e, portanto, sempre estaremos atentos a essas possibilidades”, observa Rene. Recentemente o Grupo Tigre confirmou a aquisição da Fabrimar, tradicional fabricante carioca de metais sanitários, acessórios e afins. A operação já foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autarquia

O grande leque de soluções Tigre é uma das características que contribuem para a empresa alcançar resultados interessantes. Afinal, mesmo tendo havido redução na construção de novas habitações, o mercado de reformas segue demandando produtos, movimentando

TIGRE em números

✹ Unidades fabris = Plantas no Brasil: Joinville (SC), Castro (PR), 2 em Rio Claro (SP), Indaiatuba (SP), Escada (PE), Manaus (AM), 2 em Marechal Deodoro (AL) e Rio de Janeiro (Fabrimar); plantas no exterior: Argentina (2), Bolívia (2), Chile (2), Colômbia, Equador, Peru, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai ✹ Capacidade produtiva = Superior a 500 mil toneladas ✹ Funcionários = Sete mil colaboradores ✹ Portfólio de produtos = Mais de 15 mil itens ✹ Lançamentos = Mais de 500 produtos por ano ✹ Número de pontos de venda = 100.000 (Grupo) / 65.000 (Tubos e Conexões Brasil) ✹ Faturamento anual = Superior a R$ 3 bilhões (Grupo Tigre) Fonte: Tigre

After 75 years of activities, Tigre is one of the largest business groups in Brazil, with a major expertise on pipes and connections. The company continues to grow and invest, among other things, in the acquisition of companies. Recently the group acquired the manufacturer of sanitary metals Fabrimar.

Después de 75 años de actividad, Tigre es uno de los mayores grupos empresariales de Brasil, con gran experiencia en el área de tuberías y accesorios. La compañía sigue con grande crecimiento e invistiendo, entre otras cosas, en adquisición de empresas. Recientemente, el grupo adquirió el fabricante de metales sanitarios Fabrimar. Revista da InstalaçÃO 49


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| Negócios

Relacionamento com o mercado

A Tigre tem grande tradição também no aspecto de relacionamento com o cliente final e com os canais de vendas. Neste ano a empresa reforçou suas ações de parceria com as revendas, investindo em treinamento, ações de marketing e comunicação no PDV, de forma a contribuir com os negócios. “A Tigre valoriza muito a parceria com os lojistas e sabemos da importância deste pilar para gerar resultados positivos para ambas as partes. Por esse motivo organizamos diversas ações ao longo do ano. Uma delas é disponibilizar materiais de merchandising, enxovais completos para as lojas, com cartazes, faixas de gôndolas, testeiras e displays de balcão. São materiais feitos sob medida, sempre inovadores. Além disso, oferecemos cursos de capacitação técnica e de gestão e criamos ações de marketing de incentivo às vendas para os diversos públicos, como balconistas, instaladores e consumidores”, relata Rene Kuhnen. A Tigre possui ainda programas específicos de apoio aos profissionais da construção civil, como o ‘Mundo Tigre’, um programa de relacionamento e desenvolvimento do profissional da área. “A plataforma contém cursos de capacitação online, treinamentos presenciais e outras interações digitais. Além disso, para comemorarmos os 75 anos do grupo Tigre, desenvolvemos o aplicativo ‘Para Toda a Obra®’, que disponibiliza indicações de bons profissionais, como instaladores, eletricistas e encanadores”, finaliza o gerente de Marketing da Tigre. Confira a seguir as principais ações da empresa na área de relacionamento com o mercado. ✹ Criatigre - Programa interno para geração e modelamento de ideias, baseado no processo de Crowd Design, no qual a interação dos colaboradores é a peça fundamental. Trata-se de um processo de inovação, onde três finalistas recebem premiação para aperfeiçoamento estudantil. A empresa estuda as soluções geradas para possíveis desenvolvimentos futuros. ✹ Teletigre - Canal de atendimento técnico a consumidores finais, construtoras e projetistas. Lá são cadastradas sugestões de novos produtos, reclamações de produtos,

dúvidas técnicas, solicitações de cursos e palestras. ✹ PraTodaObra - O aplicativo ‘Para Toda a Obra®’ disponibiliza indicações de bons profissionais, como instaladores, eletricistas, encanadores e tutoriais do tipo ‘faça você mesmo’. A plataforma também traz busca detalhada por perfis desses profissionais e regiões de atuação. Esse aplicativo faz parte do Mundo Tigre. ✹ Mundo Tigre - Programa de relacionamento e desenvolvimento do profissional da construção. A plataforma contém cursos de capacitação online, treinamentos presenciais, e outras interações digitais. Além disso, são oferecidos prêmios para os profissionais de obras, de vendas e técnicos que interagirem no ambiente digital ✹ PTC Programa Tigre Competitividade - A Tigre criou o Programa Tigre de Competitividade em 1996 com o objetivo de estabelecer as metas da empresa para cada exercício e proporcionar aos funcionários eventual participação nos resultados alcançados. Muito mais do que uma possibilidade de remuneração extra, o PTC é uma ferramenta que procura estimular todos a aceitar novos desafios, superar limites e buscar as inovações. ✹ Gazeta do Antenado - A iniciativa surgiu em 2014 na área de Inovação e se expandiu entre as diversas áreas da Tigre. Trata-se de um processo colaborativo de monitoramento de informações que auxilia na Gestão do Conhecimento. Os participantes selecionam matérias de interesse e enviam para a área de Inovação, que as publicam em forma de um jornal - com o colaborador como repórter da matéria. Para estimular o processo, ao final de cada edição todos os participantes votam na melhor matéria do mês e é eleito um autor que ganha um prêmio de participação. As publicações são mensais e cada uma conta com dez matérias. O projeto vem contribuindo para a ampliação do monitoramento informacional da empresa e seus segmentos, bem como na cultura de inovação. Fonte: Tigre

assim os negócios. “Ao reformar um banheiro, por exemplo, normalmente trocam-se as tubulações de água, assentos sanitários, sifões e outros produtos que temos em nosso portfólio. O mesmo acontece quando se reforma uma cozinha ou uma área de festas. Temos possibilidades de retrofit em todas as frentes, desde água e esgoto até incêndio e gás. Isso acontece devido à nossa ampla 50 Revista da InstalaçÃO

gama de produtos e de mercados onde atuamos”, comemora Rene. Apesar de o setor da construção civil ter sido duramente impactado pela recessão, a Tigre acredita na recuperação do segmento a curto e médio prazos. “Estimamos um crescimento de um dígito, ligeiramente acima do registrado em 2016”, adianta Rene. Para o futuro, a Tigre tem como ob-

jetivos dar sequência à expansão geográfica no continente americano, ampliar o portfólio de produtos e ingressar em outros segmentos estratégicos. “Todas essas ações e investimentos que realizamos estão ligados à meta macro de reforçar nossa liderança em tubos e conexões, tornando a Tigre a principal escolha do setor de construção civil”, complementa o executivo.



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| Iluminação

Serviços de suporte e o impacto positivo nos sistemas de controle de iluminação

A

tualmente, os sistemas avançados de controle de iluminação apresentam um impacto muito maior sobre as operações de construções e no seu desempenho do que víamos anos atrás, o que faz com que o projeto de lighting design se torne cada dia mais complexo. Os geren-

tes das instalações são os responsáveis por manter estes sistemas atualizados, tendo que retirar dali o máximo de eficiência possível, sendo capazes ainda de se adaptarem rapidamente a todas as mudanças nos requisitos da construção. Desta forma, identificar a melhor combinação de serviços de suporte no

início do projeto, o que inclui treinamento e manutenção preventiva, é uma das melhores formas de se maximizar a eficiência do sistema, garantir longa vida ao produto – e consequentemente redução de custos – e minimizar os riscos desde o projeto até a ocupação do prédio por quem realmente importa: as pessoas.

Começando do início Um investimento relativamente pequeno, porém, planejado no que se refere a tempo e dinheiro, pode fazer com que todo o processo do trabalho de controlar a iluminação aconteça de uma forma mais suave, reduzindo as indesejadas ordens de modificação, evitando falhas de comunicação, agravamentos e economizando um tempo incalculável. E é preciso ter em mente que você não precisa fazer tudo sozinho: serviços de suporte ajudam a desbloquear todo o potencial do sistema de iluminação, minimizar riscos e elevar as receitas. O serviço de suporte pode, por exemplo, mensurar o quanto de ener-

gia elétrica pode ser economizado com o uso dos sistemas, e o que fazer para atingir a meta se ela não for inicialmente alcançada. E o melhor momento para considerar todas essas possibilidades é antes mesmo de pensar em design do sistema, instalação e comissionamento. Os responsáveis pelas instalações de iluminação devem agendar, antes de mais nada, uma visita apenas para consulta a empresas de construção, integradores de sistemas, profissionais de TI e outros especialistas envolvidos com a arquitetura da iluminação, com o objetivo de analisar a integração entre o

Today, advanced lighting control systems have a much greater impact on building operations and performance than some years ago, resulting in more complex lighting design activities.

En la actualidad, los sistemas de control de iluminación avanzados tienen un impacto mucho mayor en las operaciones y rendimiento de los edificios en comparación con años pasados, lo que hace que el proyecto de lighting designer se vuelve más complejo cada día.

52 Revista da InstalaçÃO

sistema de controle de iluminação e outros sistemas de gestão de edifícios, garantindo que a iluminação irá funcionar de maneira ininterrupta e sem percalços. Visitas de consulta prévia também irão ajudar a planejar uma sequência de operações: é muito mais fácil envolver os seus pensamentos em tudo o que precisa ser feito ainda no início do processo. Um processo como esse é uma avalanche de novas informações, novidade e detalhes que precisam ser considerados. É difícil pensar em um processo do começo ao fim que não tenha tido sequer uma alteração no projeto inicial, e quando falamos de sistemas de iluminação a situação não é nem um pouco diferente. Por isso, jamais menospreze a etapa de consulta. Essa importante fase dará a você e a sua equipe mais tempo para considerar o que cada espaço foi projetado para fazer, como os ocupantes deste lugar serão acomodados e como poderão se sentir confortáveis com a luz presente no local e que tipos de treinamentos serão necessários para as equipes de instalação e manutenção destes locais.


Correção de sensores de ocupação Praticamente qualquer novo sistema de controle de iluminação inclui os sensores de ocupação, os tradicionais aparelhos que detectam movimentos e acendem as luzes diante destes sinais, e muitos deles também possuem sensores de luz natural que ajustam automaticamente à luz elétrica em resposta à luz natural disponível. Produtos sem fio, wireless, tornam mais fáceis os ajustes necessários de posicionamento e programação destes controles, mas eles ainda podem ser um desafio para que se tenha a certeza de que eles estão no local ideal para que sejam atingidas todas as metas previstas de economia de energia e para que a penetração de luz no espaço seja atingida ao máximo. Geralmente, os sensores de ocupação resultam em um impacto imediato e mensurável no consumo de energia, mas a instalação no local exato é fundamental para que todos os seus benefícios sejam maximizados. Pense que poucas coisas são mais desagradáveis do que estar sozinho em um local e as

luzes se apagarem. Ligar novamente as luzes se torna um exercício cansativo e desanimador. Ou seja: o layout do sensor e os ajustes necessários irão garantir que eles estarão sempre no lugar certo e estarão funcionando corretamente. Um sensor de ocupação pode ser detalhista a ponto de registrar o movimento de uma pessoa digitando em um teclado, folheando um livro, mexendo as pernas enquanto está sentada. Esse sensor pode fazer com que uma espreguiçada de um funcionário fazendo hora extra seja apenas um método de relaxamento, e não uma tentativa de acabar com a escuridão por falta de um movimento mais enérgico. O contrato de serviços de controle de iluminação também deve prever um acompanhamento próximo, para garantir que o posicionamento e a programação continuem a fazer sentido quando o edifício estiver totalmente ocupado. Além disso, o desempenho do sensor de ocupação pode ser afetado por es-

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tantes de livros, cortinas, divisórias ou uma variedade de outras coisas que precisam ser levadas em conta em um projeto. Prédios são ocupados por pessoas, e por isso o espaço nunca será igual todos os dias. Pense nisso.

Serviços de inicialização para garantir a melhor configuração do sistema A inicialização do sistema é um passo importante para todos os envolvidos em um projeto de controle de iluminação. Geralmente, as equipes de instalação estão ansiosas para comprovar que o sistema está funcionando como o esperado assim que o projeto for entregue.

Empreiteiros querem reduzir as chances de ter que corrigir algo – o que é perfeitamente compreensível – e o fornecedor dos sistemas sabe que a sua reputação pode estar em jogo e quer garantir que o sistema de controle funcione como o esperado e projetado e que os ocupan-

tes do edifício saibam como utilizá-lo. Mas é preciso ter calma. Dependendo do tempo de execução e de treinamento, os serviços de inicialização do sistema podem ser adaptados especificamente para cumprir os requisitos de orçamento e de cronometragem.

Pense no LEED A cada dia que passa, o sistema de controle de iluminação é um dos elementos mais críticos para que sejam atendidos diferentes códigos de construção, requisitos locais ou metas de sustentabilidade.

Quando você inclui serviços de desempenho e documentação do sistema nos requisitos iniciais do projeto, você não será pego de surpresa por uma documentação que você não sabia que era necessária, verificações do sistema que

você pode não estar preparado para fornecer, e os resultados dos testes exigidos pelas normas, códigos ou programas de certificação, como o LEED. O certificado LEED – Leadership in Energy and Enviromental Design (LideRevista da InstalaçÃO 53


artigo

| Iluminação

rança em Energia e Design Ambiental) tem se tornado cada vez mais uma meta para empresas ambientalmente responsáveis, além de engenheiros e arquitetos de grandes empreendimentos. É como se fosse um selo. Trata-se de um sistema de classificação iniciado em 1998 e administrado pelo United States Green Building Council (USGBC). Ele fornece um padrão nacional objetivo para o que constitui um edifício sustentável, oferecendo um conjunto de critérios de desempenho com base científica para a certificação de projeto LEED. Os sistemas de controle de iluminação podem ajudar em seis das sete categorias observadas em um empreendimento para a obtenção do certificado: ✹ Espaços Sustentáveis – para seleção de espaços e estratégias de design responsáveis e ecologica-

Os sistemas de controle de iluminação podem ajudar em seis das sete categorias observadas em um empreendimento para a obtenção do certificado LEED. mente corretas. ✹ Energia e Atmosfera – Para otimizar a eficiência energética do edifício inteiro. ✹ Materiais e recursos – Para promover a gestão responsável de resíduos e seleção de materiais. ✹ Qualidade ambiental interna – para minimizar os contaminantes e otimizar o ambiente interno, in-

cluindo o uso de controles de iluminação e luz natural. ✹ Inovação no design – para o desempenho exemplar superior aos requisitos da LEED para recentes inovações de edifícios sustentáveis. ✹ Prioridade regional – para incentivar a obtenção dos créditos da LEED que sejam importantes à geografia local.

Pense na prevenção e não na cura de eletricidade ao longo do tempo. Além disso, os serviços de manutenção ajudam a acalmar a tensão e a ansiedade dos gestores – afinal, ninguém precisa trabalhar com medo de um imprevisto ou algo pior e isso limita qualquer surpresa desagradável. Para os atuais sistemas de controle digital, os contratos de manutenção de soft­ware podem estender a garantia destes programas, oferecer testes de compatibilidade das versões de softwaFoto: Divulgação

Assim como em todos os sistemas de um edifício, o controle de iluminação possui muitas peças e detalhes para serem gerenciados. Os edifícios mudam, os ocupantes e seus objetivos mudam. Assim, o software de gerenciamento precisa ser planejado para que ele possa ser atualizado sempre que for necessário. Revisões periódicas e programadas dos dados de utilização de energia elétrica podem ajudar a melhorar a economia

re a medida em que são atualizados, e fornecer um excelente custo-benefício se eles incluem atualizações de licenças no custo dos acordos. Eficiência energética é importante – não apenas pela questão da redução de custos, mas como parte do crescente comprometimento global com a sustentabilidade – mas a ênfase na economia de energia é algo relativamente novo. Sistemas de controle de iluminação têm apenas cerca de 50 anos e o objetivo sempre foi o de fornecer benefícios significativos para a vida das pessoas que vivem ou trabalham em um determinado local. Mesmo na melhor das situações as coisas podem dar errado, e necessidades podem mudar. Os serviços de apoio rapidamente irão gerar retorno do investimento, aumentando o ciclo de vida de sistemas de construção, economizando tempo e dinheiro, e um monte de estresse, também. Pedro Polo

Diretor-geral da Lutron Electronics Brasil 54 Revista da InstalaçÃO



produtos

produtos Divulgação de novos produtos e soluções.

❱❱ Fixação de cabos

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Para atender aos profissionais do segmento de elétrica, a Fixtil incluiu em seu mix novos modelos de Fixadores para Fios e Cabos. A empresa destaca o Fixador nylon autoadesivo, indicado para fixação de fios e cabos, devendo ser utilizado com abraçadeiras de nylon. A linha conta ainda com outros modelos: Fixador clip (nylon) autoadesivo, apropriado para organizar fios e cabos, devendo ser aplicado em superfícies lisas, madeira, vidro, metal, etc.; Fixador nylon com bucha e parafuso, indicado para fixação de fios e cabos, devendo ser utilizado com abraçadeiras de nylon e Fixador alça nylon, adequado para ser fixado com pregos ou parafusos em estruturas de madeira ou também com parafuso e bucha em paredes de alvenaria. Estes acessórios são direcionados para uso doméstico, em empresas, fábricas, condomínios, lojas de shoppings, etc.

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❱❱ Harmonia e funcionalidade

A Codda Metais apresenta a Linha Canon, composta por chuveiro, quatro modelos de torneiras, registro, porta papéis, cabide, porta papel higiênico e porta toalhas para que os metais e acessórios para banheiro estejam em perfeita harmonia na hora de decorar. Conforme destaca a empresa, muito mais que aparência, os metais da Linha Canon são funcionais, oferecendo praticidade na hora do uso. Os metais possuem dois tipos de acabamentos: cromado e níquel escovado. A Codda Metais oferece 10 anos de garantia pelo produto. Todos os misturadores da Codda Metais de banheiro funcionam em alta e baixa pressão, consumindo em média de 5 a 8 litros por minuto, sem perda na qualidade. Os arejadores, desenvolvidos na Alemanha, proporcionam uma sensação gostosa e, ao mesmo tempo, economizam a água. Os chuveiros acompanham o restritor de fluxo para alta pressão, que pode ser retirado em caso de baixa pressão.

❱❱ Ferramenta para drywall

O portfólio de soluções da Skil, marca de ferramentas elétricas do Grupo Bosch, está ainda mais completo com nova parafusadeira 6520 de 520 W de potência. A ferramenta foi desenvolvida pensando nas demandas de profissionais que trabalham com drywall, já que possui alta resistência ao pó de gesso, o que garante maior eficiência e durabilidade do produto. Versátil e com atrativo custo-benefício para os usuários, o produto também entrega a ergonomia necessária para os trabalhos desse segmento. Devido ao seu sistema de regulagem com limitador de profundidade, a ferramenta realiza parafusamentos e desparafusamentos com mais agilidade e precisão, evitando danos aos materiais. Com o objetivo de proporcionar praticidade aos usuários, a parafusadeira 6520 é compacta e leve (pesa apenas 1,3 quilos), tem cabo emborrachado para melhor controle durante o manuseio e botão-trava que facilita os trabalhos contínuos. 56 Revista da InstalaçÃO


❱❱ Para grandes ambientes

❱❱ Resistência mecânica

Conduletes metálicos são equipamentos imprescindíveis em instalações elétricas aparentes, tanto em ambientes internos quanto externos, quando não se tem a intenção de quebrar a parede para embutir a fiação. Marca reconhecida neste segmento, a Tramontina amplia sua linha com o Condulete Americano com índice de proteção IP66. A novidade, certificada pela agência americana UL, atende a uma necessidade do mercado por um produto que, além de poder ser instalado em ambientes externos, sob sol e chuva, possa também ser utilizado em ambientes com grande incidência de poeira e em locais suscetíveis a jatos potentes de água. Estes conduletes têm um formato mais arredondado do que os produtos normalmente comercializados no mercado brasileiro. O principal diferencial, no entanto, está em sua robustez: ensaios mecânicos mostraram que o Condulete Americano resiste de 50% a 150% mais carga do que os conduletes mais resistentes contemplados na norma ABNT NBR 15701 - Conduletes Metálicos Roscados e Não Roscados para Sistemas de Eletrodutos. Motivo pelo qual o Condulete Americano deve ser direcionado para locais onde a resistência mecânica é fator fundamental. Fabricados de liga de alumínio com elevada resistência mecânica, os conduletes são fáceis de instalar, resistentes, seguros, econômicos e ainda permitem fácil manutenção.

As novas Centrais de Incêndio Endereçáveis da Intelbras visam atender a atual demanda de produtos de incêndio com tecnologias atualizadas e preços competitivos. Assim, garante a empresa, chega ao mercado com excelente custo-benefício. Esse sistema é inteiramente projetado para grandes ambientes, pois é capaz de detectar o local onde está ocorrendo o princípio de incêndio e agir pontualmente. Entre os seus diferenciais está a instalação flexível, ou seja, em sistemas classe A ou B, simplificando o produto. São três novos modelos para atender às diversas necessidades e projetos, sendo um deles a CIE 1125, que comporta até 125 dispositivos em seu laço, a CIE 1250, que comporta até 250 dispositivos e a CIE 2500, que comporta até 500 dispositivos divididos em dois laços. Outras características das centrais endereçáveis são proteção contra surtos na rede elétrica, fonte chaveada, gabinete exclusivo, painel com display, software de programação, instalação em Classe A ou B, setorização de ambientes, nível de acesso por senha e bivolt automático.

❱❱ Dispositivo de retenção

A ponteira de retenção para esgoto da Japi tem corpo produzido em PVC e tampa em alumínio. Instalada em ramais prediais, evita o retorno do mau cheiro, esgoto e águas pluviais em situações como inundações, enchentes, refluxo de marés, entupimentos e vazões elevadas em períodos de chuva. Seu diferencial fica por conta da tampa em alumínio com estrutura mais robusta e mais resistente ao clima e à ameaça de roedores.

Revista da InstalaçÃO 57


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| Abril/Maio 2017

Eventos e Cursos Fórum Potência – Etapa Brasília Data/Local: 11/04 – Brasília (DF) Informações: (11) 4225-5400 e www.forumpotencia.com.br

Curso BIM (Building Information Modeling) aplicado à certificação LEED BD+C Data/Local: 25 e 26/04 – São Paulo (SP) Informações: cursos@gbcbrasil.org.br e (11) 4191-7805

Curso Integrador de Sistemas Residenciais Data/Local: 25 a 27/04 – São Paulo (SP) Informações: contato@aureside.org.br e (11) 5588-4589

Fórum Potência – Etapa Rio de Janeiro Data/Local: 16/05 – Rio de Janeiro (RJ) Informações: (11) 4225-5400 e www.forumpotencia.com.br

Exposolar Brasil – II Feira Internacional de Tecnologia Solar Data/Local: 17 a 19/05 – São Paulo (SP) Informações: www.exposolarbrasil.com.br

EnerSolar+Brasil – 6ª Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar Data/Local: 23 a 25/05 – São Paulo (SP) Informações: www.enersolarbrasil.com.br 58 Revista da InstalaçÃO



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