Sistemas de detecção Dispositivos que identificam vazamentos de gases inflamáveis ajudam a evitar acidentes.
Novembro’2013
relés de interface Investimentos em automação industrial aquecem as vendas e impulsionam evolução tecnológica dos produtos.
A N O 10 N º 97
E l é t r i ca , E l e t rô n i ca , i l u m i na ç ã o e ene r g i a
ANO 10 – Nº 97 • Potência
Concessionárias de energia desenvolvem projetos-piloto de redes inteligentes em diversas regiões do Brasil e sinalizam que futuro poderá ser marcado por mais qualidade e diversidade nos serviços prestados e custos mais competitivos para os usuários.
entrevista Indicado como Persona Abreme 2013, Vincenzo Antonio Spedicato fala sobre sua carreira profissional.
prêmio abreme 2013 Lojistas homenageiam os principais fornecedores do ano.
CADERNO
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
sumário
potência
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sumário
• Capa: Sérgio Ruiz • Foto: Dreamstime
12 entrevista
Indicado como Persona Abreme 2013, o engenheiro italiano Vincenzo Antonio Spedicato fala sobre sua chegada ao Brasil e sua carreira profissional, com destaque para a fundação do Grupo Intelli, que acaba de completar 40 anos.
Outras seções 06 › Ponto de vista 08 › ao leitor 08 › cartas 10 › Holofote 40 › espaço abreme
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Concessionárias de energia investem na implantação de projetos-piloto de Smart Grid em diversas regiões do Brasil. Expectativa é que ações ajudem as empresas a testarem soluções em campo e a desenvolverem modelos próprios de negócios para suas redes inteligentes, que tendem a agregar qualidade e diversidade aos serviços prestados.
52 › GTD 54 › economia 57 › link direto 58 › agenda
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Investimentos em automação industrial aquecem as vendas de relés de interface e impulsionam a evolução tecnológica dos produtos ofertados.
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Lojistas de material elétrico homenageiam seus principais parceiros no Prêmio Abreme Fornecedores 2013, que foi realizado no início de dezembro, em São Paulo.
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Sistemas de detecção de gases inflamáveis são fundamentais para que empresas identifiquem com rapidez os vazamentos em suas plantas fabris. Medida ajuda a evitar acidentes e até a desclassificar áreas.
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E X P E D I E N T E
ponto de vista
Prontos para 2014!
Diretores: Habib S. Bridi (in memorian) Elisabeth Lopes Bridi ano X • nº 97 • novembro|2013
Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comunicações Ltda, com circulação nacional, dirigida a indústrias, compradores corporativos, distribuidores, varejistas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia e instaladores que atuam nos segmentos elétrico, eletrônico e de iluminação; geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme - Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos.
Não foi como todos queriam. Não foi fácil !
fez para aproveitar os bons momentos passa-
Aqueles que entraram em 2013 com receio dos
dos. Preferiu-se surfar nas ondas que surgiram
ventos que soprariam estavam certos. A eco-
do que construir um alicerce para o País. Sobrou,
Redação redacaopotencia@grau10.com.br
nomia não andou como o Governo esperava.
de novo, para o empresariado brasileiro, que terá
Desencontros de opiniões, revisões de metas, o
que garantir a competitividade mesmo diante da
medo da inflação voltando ao noticiário, juros
falta de estrutura e infraestrutura.
Diretora de Redação: Beth Bridi Editor: Marcos Orsolon Repórter: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775)
em nova curva ascendente, dólar valorizado, e
Já há quem diga que o Brasil estagnou.
o Real e os planos brasileiros muito parecidos:
Que haverá uma bolha imobiliária aqui, simi-
na corda bamba.
lar ao que aconteceu nos Estados Unidos e
Mas é um ano para riscar do mapa? Houve
que o crédito vai rarear. Entretanto, o mercado
prejuízo? Demissões? Desemprego? Não! Na
imobiliário brasileiro é muito insipiente, ainda.
grande maioria dos segmentos econômicos fo-
Sem contar que o nível de endividamento da
ram registrados ganhos, modestos se compara-
sociedade brasileira, historicamente, nunca foi
dos a média de 15 a 20% de anos como o de
parecido com o dos americanos.
2011, mas muito mais realistas. O novo cená-
O ano da Copa do Mundo está prestes a
rio econômico absorveu muitos esforços para
começar. Cheio de incertezas, como todos os
que se conseguisse fechar o ano com algum
anos que se iniciam, mas com as cartas do
crescimento real.
jogo abertas. Que venha 2014! Traga saúde às
A cena continuará tensa. A recuperação da
pessoas que atuam no segmento eletro eletrô-
economia americana aponta para uma valoriza-
nico, lucidez aos governantes, credibilidade às
ção do dólar e para dias mais difíceis aos países
instituições, serenidade à sociedade, coragem
emergentes, que poderão deixar de ser atrativos
e determinação aos empresários, muita garra
para os investidores internacionais. A saída para
aos executivos e que seja um ano marcado por
este cenário chama-se competência. É verdade
grandes realizações. Tenhamos todos um feliz
que por parte do Governo pouco – ou nada - se
e realizador Ano Novo !
Conselho Editorial potencia@grau10.com.br Beth Bridi, Francisco Simon, José Luiz Pantaléo, Mauro Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e Roberto Said Payaro. Publicidade publipotencia@grau10.com.br Diretor Comercial: Edvar Lopes Coord. de Atendimento: Cléia Teles Contato Publicitário: Silvana Ricardo e Christine Funke Produção Visual e Gráfica layout@grau10.com.br Chefe de Arte: Sérgio Ruiz Designer Gráfico: Márcio Nami Atendimento ao Leitor leitorpotencia@grau10.com.br Coordenação: Paola Oliva Administração administracao@grau10.com.br Gerente: Edina Silva Assistente: Bruna Franchi e Ana Claudia Canellas Impressão Prol Editora Redação, Administração e Publicidade Sede Própria: Rua Afonso Braz, 579 - 11º andar Vila Nova Conceição - 04511-011 - São Paulo-SP PABX: (55) (11) 3896-7300 Fax redação: (55) (11) 3896-7303 Fax publicidade: (55) (11) 3896-7307 Site: www.grau10.com.br
Fechamento Editorial: 17/12/2013 Circulação: 30/12/2013
Beth Bridi
diretora de redação
potencia@grau10.com.br
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Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e coFiliada ao laboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Potência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios, informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Circulação Abreme são de responsabilidade da Associação. Não e t i ra g e m publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reauditadas servados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da Grau 10 Editora, assinada pela jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa. ISSN 2177-1049
Ano de novidades
ao leitor
E
ssa foi a última edição da revista Potência do ano de 2013. E ela marca o encerramento de mais um ano difícil para o
setor eletroeletrônico. Um ano com altos e baixos na economia brasileira e que exigiu muito trabalho e criatividade por parte da indústria, do varejo e da distribuição de material elétrico. É verdade que, na média, o setor registrou crescimento. Os dados da Abinee, por exemplo, indicam que a indústria elétrica e eletrônica registrou avanço de 8% no seu faturamento. No entanto, os empresários reclamam que parte desse incremento decorre da importação de produtos e equipamentos, principalmente da Ásia. Mas nem só de dados econômicos vive o setor eletroeletrônico. Para nós, da Grau 10 Editora, 2013 marcou a entrada da Potência em seu décimo ano de vida. A revista, que foi lançada em 2004 com uma nova proposta editorial para este mercado, chega a essa marca disposta a fazer mais e melhor. E é nisso que estamos trabalhando agora. Aproveitando o final do ano, que é um momento tradicional de balanços e reflexões, estamos olhando para dentro para verificar o que pode ser melhorado. A ideia é aproveitar nossos pontos fortes e agregar mais força ao nosso conteúdo. Queremos fazer de 2014 um ano histórico para nós, com uma revista revigorada e pronta para atender às demandas das empresas do setor eletroeletrônico. Para atingir nossos objetivos já estamos trabalhando em algumas novidades que serão apresentadas ao longo do ano. Novidades que terão como foco principal levar informação de qualidade ao mercado, sempre contando com a colaboração dos parceiros da indústria, da distribuição e do varejo. A todos estes parceiros nós desejamos um ótimo ano novo e que os resultados sejam bem melhores que os obtidos em 2013. E contem com a Potência para noticiar tudo de bom que está por vir. Marcos Orsolon, editor
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notícias do setor
Casa nova
A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil prevê para o primeiro trimestre de 2014 a inauguração de sua nova sede, em São Paulo. Com o objetivo de atender à crescente demanda de associados, melhorar a infraestrutura de eventos e modernizar as instalações da entidade, a GS1 Brasil estará localizada em um novo endereço na região da avenida Faria Lima (rua Henrique Monteiro, 79), no bairro de Pinheiros. De acordo com João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, “este é um importante passo para consolidar a atuação da entidade no País, no que se refere às necessidades da comunidade de negócios”. Ao atingir 57 mil empresas associadas, em seus 30 anos de
atividades no País, a GS1 Brasil é a quinta organização-membro do mundo em número de associados. Um dos grandes destaques da nova sede será o Centro de Inovação e Tecnologia, que vai oferecer recursos multimídia para treinamento e experiência interativa com as soluções da GS1. “Nosso objetivo é apoiar e incentivar empresas públicas e privadas de vários setores e portes a investirem em tecnologia de ponta”, comenta Roberto Matsubayashi (foto), diretor de Inovação e Alianças Estratégicas da GS1 Brasil. A GS1 Brasil promove a automação comercial ao disseminar um Sistema de Identificação único e global, aplicado hoje em mais de 20 segmentos do mercado, incluindo desde produtos de consumo, logística e transporte até segmentos mais específicos como saúde e defesa.
Iluminação eficiente
Fotos: Divulgação
A fabricante de eletrônicos CCE implantou um projeto de eficiência energética para instalação de iluminação com LED em lojas do Grupo Pão de Açúcar (GPA), em São Paulo (SP). As unidades Pão de Açúcar (Av. Ibirapuera e República do Líbano), Extra (Belenzinho) e Extra Hiper (Morumbi e Jaguaré) já contam com lâmpadas tubulares da linha Square, que oferece mais qualidade de luz, conforto e melhor visualização das embalagens nos supermercados. Produzidas nas fábricas da Lenovo,
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que adquiriu a CCE no ano passado, as luminárias apresentam alta eficiência energética e maior durabilidade, com vida útil de no mínimo 40 mil horas e redução do consumo de energia em até 65%. A produção é realizada no Polo Industrial de Manaus (AM). A parceria com o GPA se estende para outras quatro unidades na Baixada Santista que tiveram iluminação LED da CCE implantada recentemente com sucesso. “As lâmpadas de LED são responsáveis por uma revolução no mercado de iluminação, pois são produtos sustentáveis de alta durabilidade e eficiência, que além de diminuírem os custos com manutenção, reduzem o desperdício de energia e representam uma maior preservação do meio ambiente”, diz Vanderlei Ferreira, gerente geral da divisão de LED Lighting do Grupo Lenovo. A CCE anunciou o ingresso no
Foto: Dreamstime
holofote
Gestão de resíduos
Além de procurar fabricar produtos eficientes e de alta qualidade, a FLC informa que cuida de seus materiais quando estes precisam ser descartados, realizando o descarte ecológico de lâmpadas eletrônicas, reatores e baterias. Por essa preocupação, a empresa foi certificada com o Cadri (Certificação de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental) para descarte de lâmpadas, baterias e reatores. O Cadri é uma ferramenta utilizada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para regularizar e aprovar a correta destinação de resíduos de empresas com atividades que impactam o meio ambiente, bem como armazenamento adequado desses produtos, de acordo com normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). No caso das lâmpadas eletrônicas, esses cuidados são importantes porque ainda que essas lâmpadas sejam mais econômicas e eficientes que as tradicionais incandescentes, possuem metais necessários para a reação química geradora de luz.
mercado de lâmpadas em novembro. A empresa possui uma completa infraestrutura e engenharia de produção estabelecidas no Brasil, que receberam investimentos e foram modernizadas após a aquisição pela Lenovo. Entre os produtos fabricados pela marca, destacam-se as famílias de lâmpadas Downlight, Highbay e Street light, que atendem a projetos específicos de iluminação interna e externa de acordo com variações de luz, cores e tamanhos.
Foco no Brasil
Foto: Dreams
A Schmersal, multinacional alemã especialista em sistemas de segurança para máquinas e equipamentos, recebeu a Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) para seu novo prédio construído seguindo o conceito de Green Building. LEED é um sistema internacional de orientação e certificação ambiental para edificações atualmente utilizado em 143 países e visa incentivar projetos, obras e construções com foco na sustentabilidade ambiental. A certificação internacional LEED é concedida pelo Green Building Council e possui sete dimensões a serem avaliadas nas edificações. Todas elas possuem pré-requisitos e recomendações que quando atendidas garantem pontos à edificação. A Schmersal conquistou a certificação em nível Gold no mês de outubro. “Entre os nossos valores priorizamos a sustentabilidade, por isso, temos nosso sistema de gestão ambiental que inclui processos e produtos que garantem economias em nossas instalações”, declara Rogério Baldauf, diretorsuperintendente da Schmersal. Alguns dos benefícios econômicos, sociais e ambientais desta certificação correspondem à diminuição dos custos operacionais, diminuição dos riscos regulatórios, valorização do imóvel para revenda ou arrendamento, modernização da edificação, melhoria na segurança e priorização da saúde de seus colaboradores e ocupantes, conscientização dos colaboradores, aumento da produtividade e estímulo a políticas públicas de fomento à construção sustentável. Também são considerados uso racional e redução da extração dos recursos naturais, redução do consumo de água e energia, uso de materiais e tecnologias de baixo impacto ambiental, redução, tratamento e reuso dos resíduos da construção e operação.
Foto: Dreamstime
Construções verdes
A AES Eletropaulo, com o apoio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), está engajando consumidores para o consumo consciente e seguro da energia elétrica no cotidiano. Criada pela Dim&Canzian, a campanha “Energia Elétrica Seja Consciente” cita dicas reais de clientes sobre formas de evitar desperdício e riscos no uso da energia elétrica. Aliado a isto, a ação incentiva as pessoas a colaborarem com a consciência coletiva, por meio do envio de sugestões criativas no perfil oficial da campanha no Facebook (facebook.com/ SejaMaisConsciente). Fruto de estudos realizados pela AES Eletropaulo, em parceria com a Dim&Canzian, a ação explora de forma inusitada os tipos mais comuns do mau uso da energia nas relações diárias das famílias. Dentre os exemplos de desperdício e da falta de segurança mostrados estão o abre e fecha contínuo da geladeira e construir próximo à rede elétrica, respectivamente. A campanha é composta por sete filmes para TV, 36 spots de rádio, mídia impressa e OOH, além de forte convergência para as redes sociais. A ação começou em dezembro e segue ao longo de todo o ano de 2014. “Nosso objetivo com essa campanha é reduzir o número de acidentes com a população e de forma lúdica conscientizar a sociedade sobre o uso eficiente da energia elétrica”, revela Carlos Rafael Tanjioni, analista de Gestão da Marca da AES Eletropaulo.
time
Campanha educativa
Importante player do mercado norte-americano de equipamentos e sistemas para medição e controle de processos, a Omega Engineering instalou sua primeira planta no Brasil, na cidade de Campinas (SP). A opção pela cidade levou em conta a localização logisticamente favorável e por ser um polo de tecnologia, com profissionais qualificados e que atendem aos pré-requisitos técnicos que compõem a seleção do time. A unidade está estruturada para atender a todo o território nacional, estimando que cerca de 70% das vendas serão provenientes da Região Sudeste. A entrada da Omega Engineering no Brasil faz parte da estratégia de expansão na América Latina, que ocupa posição de destaque no volume de importação da companhia. O mercado brasileiro representa uma grande oportunidade de negócios para a empresa, que busca consolidar a marca como sinônimo em medição e controle de processos no País. A Omega possui portfólio com mais de 100 mil produtos, incluindo itens para automação industrial, aquisição de dados e aquecedores elétricos.
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entrevista
Vincenzo antonio spedicato
Coração ítalo-brasileiro
A
VINCENZO ANTONIO SPEDICATO, DIRETOR-PRESIDENTE DO GRUPO INTELLI é o homenageado de 2013 pelo prêmio persona abreme. italiano de origem, ele naturalizou-se brasileiro e comanda uma das principais empresas do setor.
Foto: Divulgação
Entrevista a Paulo Martins
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ousadia típica dos jovens, aliada a uma boa dose de empreendedorismo, levou o italiano Vincenzo a abrir uma pequena fábrica no Brasil em 1973, apenas cinco anos após terminar o curso de engenharia. Passadas quatro décadas, a modesta empresa atingiu o status de uma das principais indústrias nacionais de produtos e acessórios para o setor de energia elétrica, exportando para dezenas de países. Nesse período, o jovem conquistou o direito à cidadania brasileira, casou-se, teve cinco filhos, cresceu profissionalmente e tornou-se um respeitado empresário. O negócio em questão é hoje o Grupo Intelli, composto pela Intelli - Indústria de Terminais Elétricos Ltda. e pela Coppersteel Bimetálicos Ltda., ambas funcionando no interior do Estado de São Paulo. O referido engenheiro, atualmente com 65 anos, é Vincenzo Antonio Spedicato. Ao longo de sua trajetória profissional, Vincenzo coleciona uma série de títulos e condecorações que revelam um pouco do que há de melhor em sua forma de conduzir os negócios e sua vida pessoal. Pois ele acaba de ser agraciado com uma nova homenagem: no dia 5 de dezembro Vincenzo Antonio Spedicato, diretor-presidente do Grupo Intelli, foi anunciado como vencedor do Prêmio Persona Abreme, concedido pela Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos. Ou seja, desta vez o reconhecimento de seu trabalho é feito pelos amigos lojistas, profissionais com quem ele se relaciona desde que montou seu pequeno negócio. Vincenzo conta que ia de loja em loja oferecer seus produtos, e por esse estreito vínculo criado, reconhece a importância e as necessidades vividas pelo comércio. “Tenho vasto conhecimento do nosso mercado e das dificuldades enfrentadas pelos lojistas, e assim oriento o nosso setor comercial: para atuarmos como parceiros dos nossos clientes, buscando atender às suas reinvindicações”, comenta.
vincenzo spedicato e josé luiz pantaleo, diretor colegiado da abreme, na Foto: Ricardo Brito/Grau 10
cerimônia de entrega do prêmio persona abreme.
Nesta entrevista exclusiva à revista Potência Vincenzo fala um pouco sobre sua filosofia de trabalho e como conseguiu elevar uma empresa de cinco funcionários
para um complexo de 1.200 trabalhadores, destacando-se entre os principais players mundiais. Revela também como surgiu a ADC Intelli, agremiação que hoje destaca-
-se pelas conquistas do time de futebol de salão, comandado pelo craque Falcão, eleito quatro vezes o melhor atleta do mundo na modalidade.
O senhor foi apontado pelos distribuidores e varejistas de material elétrico como “personalidade do ano” no Prêmio Abreme 2013. O que representa esta homenagem? Inicialmente, a importância da homenagem se observa pela sua seriedade e lisura, considerando que entre diversos destacados empresários, o meu nome foi o escolhido. Isso demonstra também que o Grupo Intelli está no caminho certo, pois o mercado elétrico é regulado pela atuação dos distribuidores e revendedores, se levarmos ainda em conta a instabilidade provocada pelo nosso governo. Por isso me senti muito honrado com o ‘Prêmio Persona Abreme’, pois foi o reconhecimento da qualidade dos serviços prestados pelas nossas empresas, num mercado altamente competitivo.
cia têm os lojistas de material elétrico no dia a dia da empresa? Desde o início das minhas atividades, com a f undação da Intelli, em 1973, mantenho um relacionamento de respeito com os lojistas, pelo simples fato de que, além de cuidar da administração da empresa, eu ia de loja em loja vender os nossos produtos. Por isso tenho vasto conhecimento do nosso mercado e das dificuldades enfrentadas pelos lojistas, e assim oriento o nosso setor comercial: para atuarmos como parceiros dos nossos clientes, buscando atender às suas reinvindicações e cumprindo prazos de entrega. Atualmente, quando reencontro parceiros do passado, me sinto emocionado por constatar o desenvolvimento obtido e que novas gerações assumiram o empreendimento, mas continuam acreditando na participação da Intelli. E esta homenagem é mais uma prova disto.
atuação à frente da Intelli. Conte como foi o processo de trocar a Itália pelo Brasil até o momento em que resolveu abrir uma empresa aqui. Em 1968 eu tive que escolher entre o serviço militar na Itália ou dois anos de serviços técnicos prestados num país em desenvolvimento, com base numa lei europeia que concedia esta prerrogativa ao cidadão de nível superior. Optei pelo Brasil e vim contratado pela Ericsson, no Estado de São Paulo. Especializei-me em eletrônica e telecomunicações, e conheci a cidade de Orlândia em 1971, ao participar de um projeto de implantação de uma central automática da CTBC (Companhia Telefônica do Brasil Central). Constatando o potencial da região e a necessidade do mercado, foi então que surgiu a ideia de criar uma indústria que fabricasse terminais e conectores elétricos. O meu sonho se tornou realidade ao fundar a Intelli em 10 de dezembro de 1973. Acabei ficando em definitivo no Brasil, país do qual hoje sou cidadão naturalizado.
Como tem sido o seu relacionamento com os lojistas dessa área ao longo de sua vida profissional e que importân-
O senhor é bastante conhecido e respeitado no mercado em função de sua
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entrevista
Vincenzo antonio spedicato
A Intelli começou pequena, hoje tem 850 colaboradores e chega aos 40 anos. Que balanço o senhor faz desse crescimento e aonde a empresa ainda quer chegar? Em 1973 o meu sonho começou com cinco funcionários. Hoje a realidade transformou aquela pequena empresa no Grupo Intelli, formado pela própria Intelli, com 850 funcionários, numa área de 58.000 metros quadrados, em Orlândia, e a empresa Coppersteel Bimetálicos, com 350 funcionários, numa área de 45.000 metros quadrados, em Campinas, fabricando terminais e conectores elétricos, hastes de aterramento, fios e cabos bimetálicos, fios telefônicos e outros produtos para os sistemas de energia elétrica e de telecomunicações. As duas empresas possuem o Certificado de Qualidade ISO 9001:2008, com uma grande rede de Representantes Comerciais, exportando para mais de 40 países. Atualmente o Grupo Intelli é reconhecido como o segundo fornecedor mundial em bimetálicos e hastes de aterramento, e se considerarmos a tonelagem dos produtos, somos classificados na primeira colocação. Investimos em alta tecnologia e treinamento e queremos fornecer produtos e serviços com mais qualidade e menores custos, para também viabilizar o desenvolvimento dos nossos clientes.
Quais foram os principais investimentos da empresa em 2013 e quais investimentos estão previstos para o futuro? O principal investimento foi no treinamento de funcionários, com a realização de cursos, palestras, a participação em feiras e a melhoria na qualidade de trabalho. Além disso, foram lançados diversos produtos dentro das necessidades do mercado, proporcionando melhor prestação de serviços ao consumidor final. Atualmente estamos investindo em novo maquinário, projetando outras adequações em nossa linha de produção, para o ano de 2014.
Sempre usei como filosofias de trabalho a dedicação e a seriedade, sabendo que ser bom ou mau é muito fácil, mas o difícil é ser justo.
dedicação e a seriedade, sabendo que ser bom ou mau é muito fácil, mas o difícil é ser justo. Devemos sempre estar atentos às mudanças mundiais, acreditando e investindo não só em máquinas, mas também no ser humano, que reputo ser nosso maior patrimônio. Fotos: Divulgação
Quais são seus pontos fortes como gestor? O que explica o seu sucesso profissional à frente da companhia? Sempre usei como filosofias de trabalho a
Quais foram as principais conquistas da empresa ao longo de 2013? Principalmente a manutenção da nossa credibilidade junto aos clientes e a maior participação nos projetos sociais da comunidade onde estão instaladas as nossas empresas. Foi um ano muito difícil, com crescimento de apenas 8%, enquanto nossa média chegou a 20% em anos anteriores.
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Que avaliação o senhor faz da trajetória da Associação Desportiva Classista Intelli, que tem se destacado internacionalmente pelos resultados do time de futebol de salão? De início o projeto ADC Intelli foi idealizado apenas pelo prazer que eu tenho pela prática do esporte. Aos poucos fui sentindo a importância para a divulgação da marca Intelli e do município de Orlândia. Hoje podemos dizer que as comunidades da nossa região dão verdadeiro valor aos trabalhos realizados pela ADC Intelli, não só na modalidade futsal, mas também no patrocínio de outras práticas desportivas. O reconhecimento tornou-se mundial e isso é gratificante, principalmente quando vemos o ginásio de esportes de nossa cidade lotado, reunindo amigos e famílias numa só torcida. A ADC Intelli é motivo de exemplo e orgulho, devido à conquista de diversos títulos regionais, três títulos estaduais e dois títulos nacionais. No momento (a entrevista ocorreu no mês de dezembro de 2013) a equipe está no Uruguai, disputando a Copa Libertadores da América de Futsal.
18 22 Março/2014 ANHEMBI - SP terça a sexta das 11h às 20h sábado das 9h às 17h
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Organização e Promoção:
matĂŠria de capa
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smart grid
NOVO
modelo de negócios Avanços do Smart Grid no Brasil sinalizam que futuro poderá ser marcado por mais qualidade nos serviços de transmissão e distribuição de energia elétrica e custos mais competitivos para os usuários. Por Paulo Martins
Foto: Dreamstime
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ma das áreas mais dinâmicas da economia mundial, o setor elétrico recebe todos os anos pesados investimentos governamentais e privados, em uma tentativa de promover a evolução tecnológica necessária e atender a crescente demanda por eletricidade. Ainda que parte dos agentes envolvidos nessa cadeia não perceba, está em pleno curso aquela que talvez seja a maior transformação por qual o modelo de negócio já passou. As mudanças incluem novas formas de gerar, transmitir, distribuir, gerenciar e até mesmo utilizar a energia elétrica, exigindo um comportamento diferenciado de empresas, governantes e também dos usuários. Em parte, a nova configuração do setor ocorre por conta de uma evolução natural, mas também não deixa de ser um fenôme-
no provocado artificialmente para permitir a implantação e consolidação do Smart Grid. Aonde vamos chegar, ninguém tem certeza neste momento. Afinal, os caminhos são diversos, as possibilidades, inúmeras, e as necessidades, muitas. Cabe a todos os envolvidos contribuir para que as chamadas Redes Inteligentes de energia possam verdadeiramente agregar melhorias tangíveis ao maior interessado dessa história: o consumidor. Como e por que o modelo de negócios do setor elétrico está mudando mundialmente foi um dos temas discutidos durante o VI Fórum Latino-americano de Smart Grid, realizado em São Paulo (SP) no mês de novembro. O assunto foi alvo de ampla abordagem por parte de Cyro Boccuzzi, CEO da empresa de consultoria ECOee e presidente potência
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Fotos: Dreamstime
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do Fórum Latino-americano de Smart Grid. O executivo apresentou uma comparação entre o que podemos chamar de ‘cenário atual’ e ‘cenário futuro’. A primeira constatação que se faz é a de que o modelo de negócios tradicional sempre esteve alicerçado em concessões de infraestrutura, baseadas em tarifas públicas. Mas, graças ao progresso tecnológico, o acesso aos novos produtos e serviços está menos custoso. Ou seja, os usuários já podem construir sua própria infraestrutura de energia a custos competitivos. Essa é uma transformação fundamental, que coloca em xeque todo o modelo de concessões e inves-
timentos massivos que o setor desenvolveu ao longo de sua história. Outra característica do modelo tradicional consiste na existência de um mercado cativo e único supridor de energia, desde a usina geradora até o usuário final. Considerando as transformações em andamento, surge um cenário em que se têm variadas fontes de energia, de múltiplos usuários e proprietários, trabalhando de forma integrada. Também sob este aspecto as novas tecnologias fazem diferença, pois permitem que os clientes consigam interagir com a energia e até mesmo obter esse insumo sem depender tanto das concessionárias.
Ajustes necessários no arcabouço regulatório • Reconhecer a totalidade dos investimentos nas Redes Inteligentes e definir prazos de recuperação adequados para os novos componentes. • Adequar a metodologia de consideração dos custos de TI e Telecom. • Recompensar as concessionárias pelos investimentos realizados no período entre revisões. • Possibilitar o desenvolvimento de novos negócios a partir das Redes Inteligentes. Fonte: Abradee
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Uma das novas possibilidades é a microgeração, ou seja, a geração de energia feita diretamente pelo consumidor. Além disso, existe o que se chama de desintermediação - quando empresas especializadas implantam uma usina fotovoltaica, por exemplo, e vendem essa energia ao usuário final. “Então surge esse agente estranho, que não é o concessionário, e faz a desintermediação do consumidor cativo. Todas as empresas do mundo estão se preocupando com esse tipo de possibilidade”, comenta Boccuzzi. O modelo tradicional também se caracteriza pelo uso de capital intensivo, com foco no crescimento da energia e da demanda, ou seja, as empresas precisam promover pesados investimentos para atender o mercado. “Estamos vendo que o mercado tem condições de ser atendido por outras formas e a custos competitivos através de novas tecnologias, com geração local. E o
Experiência, tradição e presença nos principais setores da economia. Uma empresa 100% brasileira, que acredita que o futuro é agora. Por isso a Nambei investe constantemente em tecnologia de ponta, produzindo uma completa linha de fios e cabos elétricos para qualquer tipo de instalação: comercial, industrial ou residencial, com a mais alta qualidade e segurança para sua obra.
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foco do novo modelo de negócios não está no crescimento, mas na eficiência energética e no gerenciamento da demanda”, compara Boccuzzi. E mais: estamos migrando de um modelo no qual as políticas de preços são definidas pelos investimentos requeridos e na escala do negócio (volume de vendas), com subsídios políticos embutidos, para um sistema onde os preços são definidos caso a caso, dependendo da confiabilidade adquirida, da tecnologia utilizada e do nível de eficiência atingido. O setor também está mudando no
que se refere ao retorno dos investimentos, que sempre levou décadas para acontecer, e agora pode ocorrer em poucos anos. Por fim, estamos deixando para trás um modelo onde os produtos principais são o quilowatt (demanda) e o quilowatt/hora (energia) e caminhando para um modelo onde o gerenciamento do uso é o driver de valor principal. Feita essa análise, Boccuzzi destaca que ao mesmo tempo em que as margens das concessionárias têm sido reduzidas, os níveis requeridos de qualidade de serviço,
confiabilidade e critérios de atendimento comercial têm sido cada vez mais elevados, ou seja, há mais requisitos de atendimento com menos tarifas autorizadas. Assim, o executivo conclui sugerindo às companhias do setor que mudem urgentemente de postura para manterem-se no jogo: “As empresas estão sofrendo pressões para reduzir tarifas, enfrentam restrições ambientais e o custo de construção dos ativos está subindo. Quem continuar pensando no modelo antigo provavelmente irá desaparecer. É preciso repensar os negócios”, alerta.
Entraves impedem pleno desenvolvimento das redes inteligentes Mesmo já estando em curso uma grande transformação no setor elétrico, a implantação das redes inteligentes de energia ainda tem diversos desafios a serem superados, incluindo escolhas tecnológicas, ajustes regulatórios e questões econômicas. O tema foi abordado durante o VI Fórum Latino-americano de Smart Grid por Nelson Fonseca Leite, presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).
Ao apresentar a visão das distribuidoras nesse processo, Leite destacou que são necessários ajustes no arcabouço regulatório de modo a adequar a metodologia de consideração dos custos de TI (Tecnologia da Informação) e de telecomunicações e possibilitar o desenvolvimento de novos negócios a partir das redes inteligentes. Ele defende também que seja reconhecida a totalidade dos investimentos nas redes
Smart Grid Fórum
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
Promovido pela ECOee e RPM Brasil o Smart Grid Fórum 2013 - VI Fórum Latino-americano de Smart Grid aconteceu no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP), nos dias 26, 27 e 28 de novembro. O evento contou com a participação de 57 palestrantes (16 internacionais) e um público formado por representantes de nove países e de diversos estados brasileiros.
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inteligentes e definidos prazos de recuperação adequados para os novos componentes. E mais: o presidente da Abradee disse que é preciso recompensar as concessionárias pelos investimentos realizados no período entre revisões. Cyro Boccuzzi também defende que sejam estabelecidas políticas públicas “que convidem as distribuidoras para a festa”. Ao cobrar clareza de regras, ele disse que, sem um sinal de que os investimentos a serem feitos poderão ser recuperados, a aplicação de recursos no sistema poderá ser comprometida. E afinal, porque o Brasil não estaria conseguindo implantar as redes inteligentes numa velocidade maior? Para Nelson Leite, a agenda do governo junto ao setor elétrico está consolidada no modelo implantado em 2004, que privilegia a modicidade tarifária. O problema, reclama o dirigente, é que a modicidade tarifária “a todo custo” teria reduzido o Ebitda das distribuidoras em 21%. A propósito, Leite destaca que não se deve afirmar que as redes inteligentes irão promover a almejada modicidade tarifária. Entretanto, ele diz que no futuro tende a haver ganhos de eficiência que poderão, enfim, ser capturados para promover a modicidade tarifária. As redes inteligentes tendem a proporcionar melhorias significativas na qualidade do fornecimento de energia, o que pode vir a justificar eventuais incrementos tarifários.
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
decreto nem subsidiada A tarifa tem que refletir por outras fontes”, exa realidade de escassez plica Boccuzzi. de energia. Ela não Em sua conclusão, pode ser fixada por decreto nem subsidiada Nelson Leite observa por outras fontes. que de fato surgirá um cyro boccuzzi ecoee novo modelo de negócio, mas ainda é incerto como as distribuidoras irão agregar valor implementando as novas tecnologias. Para ele, a chave do sucesso dependerá do modelo regulatório a ser adotado, e que deverá responder questões como quem seus ativos, por exemplo. “Estamos num mopagará a conta e como será a remuneração mento em que as empresas não têm dinheidos ativos. De qualquer forma, o presidente ro nem para fazer operação e manutenção. da Abradee aponta que as distribuidoras poElas estão com dificuldade de fluxo de caixa, dem se preparar valendo-se de três artifícios: porque houve uma mudança significativa na reorganizando seus processos; aprimorando condição regulatória”, diz. suas práticas e capacitando seu pessoal e Na opinião de Boccuzzi, invariavelmencriando reserva de capital e capacidade de te, os países da América Latina têm dedicaalavancagem financeira. do baixa atenção ao uso eficiente de energia Boccuzzi reclamou ainda que faltam poelétrica porque estão muito voltados para a líticas públicas que elevem a modernização expansão da oferta para atender à demanda. da infraestrutura elétrica do País a um estado Isso deveria ser repensado, até mesmo prioritário. Ele alega que o governo não incenporque o índice de perda de energia no tertiva as distribuidoras a melhorarem o uso de ceiro mundo é bastante alto. “No Brasil existe uma tolerância absurda e falta de ferramentas de fato surgirá um novo modelo de negócio, mas para combater o furto de energia. Quem furta energia não tem motivo para economizar. O ainda é incerto como as distribuidoras irão agregar governo deveria ser o primeiro agente a elevalor implementando as novas tecnologias. ger o uso eficiente de energia como prioridade, mas não é isso que a gente vê”, reclama.
“Em pesquisa feita com os consumidores, eles demonstram claramente que estariam dispostos a pagar algum incremento para ter uma qualidade melhor”, observa o presidente da Abradee. De qualquer forma, Nelson Leite destaca que os impactos sobre as tarifas de energia poderão ser minimizados por adequadas políticas públicas que promovam a desoneração dos investimentos em redes inteligentes. Cyro Boccuzzi concorda que não se pode contar com as redes inteligentes para promover a modicidade tarifária. “Quando se fala em Smart Grid, é preciso ter energia precificada adequadamente, e em geral isso traz aumento de preço”, pondera. O executivo diz que o primeiro requisito para construir um programa sério de redes inteligentes e modernizar o sistema consiste em se ter uma política de preços que reflita para o consumidor final os custos reais de fornecimento de energia - neste momento, teríamos uma tarifa totalmente desalinhada da realidade, ainda com muitos subsídios. “A tarifa tem que refletir a realidade de escassez de energia. Ela não pode ser fixada por
smart grid
Até 2030, medição inteligente pode chegar a 75% Durante o VI Fórum Latino-americano de Smart Grid a Abradee apresentou detalhes de um projeto de pesquisa e desenvolvimento que visa elaborar um plano nacional para migração tecnológica do setor elétrico brasileiro do estágio atual para a adoção plena do conceito de redes inteligentes em todo o território nacional. O projeto está dividido em sete blocos de pesquisa, sendo um deles a medição inteligente de energia. Segundo conclusão da associação, no Brasil, será impossível atingir a substituição de 100% dos medidores convencionais por outros eletrônicos até 2030. Na hipótese mais conservadora, deverá ser possível trocar 52% dos medidores, ao final de 15 anos de implantação, começando em 2015. Num cenário moderado poderemos substituir 60% dos equipamentos e, numa visão mais arrojada, 75%. Outro capítulo do estudo da Abradee indica os investimentos totais necessários para implantação das redes inteligentes no País, incluindo medição inteligente, telecomunicações, automação e tecnologia da informação, entre outras áreas.
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matéria de capa
Num cenário conservador, o montante chega a R$ 46 bilhões. O valor pula para R$ 61 bilhões num cenário moderado e para R$ 91 bilhões num ambiente acelerado. Por falar em recursos financeiros, vem gerando grande expectativa entre os profissionais do setor as possibilidades criadas pelo Plano Inova Energia, um programa de financiamento lançado pelo governo federal. A expectativa é de que a linha de crédito possa contribuir para o progresso do Smart Grid no País. Para Cyro Boccuzzi, o programa trouxe um sopro de esperança para as empresas, num momento em que não se dispõe de sobra de caixa e os investimentos seguem pressionados. O Inova Energia tem um orçamento projetado de R$ 3 bilhões, mas a demanda inicial de projetos apresentados chegou a R$ 13,5 bilhões, o que demonstra o grande interesse por parte do setor. “Isso terá um impacto grande. Trata-se de uma articulação importante para trazer empresas fornecedoras investindo em novas tecnologias para servir à indústria nacional”, acredita Boccuzzi.
China Em 2010, a State Grid Corporation of China delineou um programa-piloto visando a implantação de redes inteligentes até 2030. São previstos investimentos de pelo menos US$ 96 bilhões até 2020, visando a eficiência energética e a geração de eletricidade a partir de fontes renováveis.
Japão A Federation of Electric Power Companies of Japan está desenvolvendo redes inteligentes com foco em energia solar, com investimentos governamentais superiores a US$ 100 milhões, até 2020. Estados Unidos Desde 2009 foram destinados US$ 4,5 bilhões à modernização das redes elétricas por meio do American Recovery Reinvestiment Act, visando, entre outras coisas, a rápida integração à rede existente de tecnologias comprovadas.
No Brasil, projetos começam a sair do papel
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outro caminho bastante percorrido. “Os alicerces fundamentais do Smart Grid já estão sendo plantados”, atesta Boccuzzi. O executivo faz o alerta de que o consumidor - que provavelmente é quem vai pagar a conta de tudo isso no final - precisa, necessariamente, estar envolvidos desde o início nesses projetos, caso contrário, corre-se o risco de faltar transparência. “Nos projetos-piloto de cidades inteligentes as concessionárias estão tomando o cuidado de envolver suas comunidades”, reconhece o executivo. No momento estão em andamento nove
Reino Unido O órgão regulador Office of Gas and Electricity Markets tem uma iniciativa, chamada Zona de Energia, voltada ao desenvolvimento e implementação de soluções inovadoras para conectar geradores distribuídos às redes. Os recursos, de até 500 milhões de libras, provêm de um fundo para baixa emissão de carbono. Fonte: Technology Roadmap Smart Grids – IEA – 2011
O Brasil tem hoje 63 concessionárias e 38 permissionárias de distribuição de energia que estão na linha de frente dos investimentos para a efetiva implantação das redes inteligentes. Ao seu modo, cada uma está usando as tecnologias que fazem mais sentido de acordo com as necessidades e características de sua região. Enquanto umas concentram os investimentos em automação de subestações, outras vêm fazendo a aplicação maciça de recursos em telecomunicações ou telemedição de clientes. O uso de fontes alternativas de energias, como eólica e solar configura
Smart Grid panorama mundial
Itália O órgão regulador Autorità per l´Energia Elettrica ed il Gas aprovou, em 2011, oito projetos para modernização do sistema de distribuição de média tensão, financiados pelas tarifas.
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Projetos-piloto de Smart Grid no Brasil
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Foto: Ricardo Brito/Grau 10
projetos-piloto de Smart Grid no É preciso Brasil, nos Estados do Amazorecompensar as nas, Ceará, Minas Gerais, Paraconcessionárias pelos ná, Pernambuco, Rio de Janeiro investimentos (2) e São Paulo (2). realizados no Um dos mais conhecidos é período entre o Projeto InovCity, desenvolvirevisões. do na cidade de Aparecida (SP) nelson leite abradee pela EDP Bandeirante, concessionária do Grupo EDP. Numa primeira fase o projeto contempla seis grandes áreas de desenvolvimento: medição inteligente, eficiência energética, geração distribuída, iluminação pública eficiente, mobilidade elétrica e sensibilização da comunidade. Aparecida já recebeu mais de 13 mil medidores inteligentes, além de 206 luminárias públicas a LED, que garantirão iluminação de melhor qualidade e com menor para a Prefeitura e cinco para o Santuário consumo de energia. Nacional) e instalados cinco postos de recarAinda para fomentar a eficiência energa. Já o envolvimento da comunidade incluiu gética na cidade foram distribuídas mais de a capacitação de professores, distribuição de 60 mil lâmpadas, 460 geladeiras e 560 chukits escolares, realização de palestras e até veiros. Também houve investimentos na efide um programa de rádio. cientização do prédio da prefeitura e foi feita A AES Eletropaulo, que atende 24 mua instalação de painéis solares. nicípios da Região Metropolitana de São Na área de mobilidade Paulo, é outra companhia que segue inelétrica foram doados 17 vestindo pesado na implantação das redes veículos do tipo scooter (12 inteligentes. Entre as atividades desenvolvidas, destaca-se a inserção de inteligência nos equipamentos. Até o momento existem mais de 3 mil religadores instalados na rede em telecomando; 1.570 circuitos alimentadores e 152 subestações totalmente digitalizadas. Vale ressaltar também os investimentos feitos em redes subterrâneas, no sistema de AMAZONAS Parintins (Eletrobras Amazonas Energia) telecomunicações, na medição inteligente CEARÁ Cidade Inteligente Aquiraz (Coelce/Endesa) e no suporte de TI e de comando. De acordo com Otávio Rennó Grilo, diMINAS GERAIS Cidades do Futuro (Cemig) retor de Operações e Planejamento da AES PARANÁ Paraná Smart Grid (Copel) Eletropaulo, a companhia enxerga as redes PERNAMBUCO Arquipélago de Fernando de Noronha (Celpe) inteligentes não apenas como um projeto, mas como uma filosofia. RIO DE JANEIRO Cidade Inteligente Búzios (Ampla/Endesa) e “É algo que tem de estar na cultura da Smart Grid Light (Light) organização, para que todas as ações e inSÃO PAULO Projeto Eletropaulo Digital (AES Eletropaulo) e vestimentos remetam ao Smart Grid e tudo InovCity (EDP Bandeirante) aconteça de forma integrada. É dessa maFonte: Abradee neira que estamos fazendo”, garante.
mercado
Relés de Interface
Fabricantes comemoram aquecimento do setor de relés de interface, que tem sido impulsionado pelos investimentos em automação industrial. Reportagem: Marcos Orsolon
Dispositivo de comunicação O
s últimos dez anos foram bastante positivos no Brasil para as indústrias que oferecem relés de interface. Graças ao forte avanço da automação industrial no País, principalmente a partir do meio da década passada, este segmento tem contabilizado crescimento contínuo de vendas, fenômeno que tende a se manter ainda por um bom tempo. 26
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Assim como ocorre em outros setores, não há dados oficiais que indiquem o tamanho deste mercado no Brasil. No entanto há algumas estimativas que podem dar uma ideia de seu potencial. Alguns players, por exemplo, avaliam que o setor movimente algo entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões. Quanto ao ritmo de crescimento, também não há consenso. No entanto, acredi-
ta-se que o aumento no volume de vendas acompanhe os índices do setor de automação industrial que, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), avançou 9% este ano em relação a 2012. E as projeções são otimistas. “A venda de relés de interface segue no mesmo patamar do crescimento dos novos projetos em
Foto:
automação industrial. Por isso a Siemens espera um crescimento substancial nos próximos anos”, comenta Laís Rodrigues, especialista de produtos da Siemens. A relação dos relés de interface com a automação é relativamente fácil de ser explicada. Grosso modo, estes dispositivos foram criados para fazer o interfaceamento entre o PLC de um determinado sistema e os equi-
Divulg
ação
pamentos de campo. Ou seja, sua atuação é de fundamental importância para a comunicação dentro das instalações industriais e da área de energia, que também é uma grande consumidora deste tipo de solução. No setor de energia elétrica, o consumo de relés de interface tem sido beneficiado pelos investimentos que ganharam força a partir de 2005, que incluem as grandes usi-
nas de geração do Norte do País, os avanços da energia eólica e o início dos trabalhos em torno do desenvolvimento das redes inteligentes, ou Smart Grids. Em menor escala, as interfaces também são aplicadas no setor de automação residencial, que também tem registrado aquecimento. Nessa área, os principais clientes são os condomínios de grande porte e os potência
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Relés de Interface
chamados prédios inteligentes, que investem em automação para melhorar a qualidade de vida das pessoas e possibilitar a redução de consumo de insumos como água e energia elétrica. Um aspecto que tem jogado a favor desse tipo de solução é que, ao contrário do que ocorria até pouco tempo, hoje os usuários já estão mais habituados com o uso dos relés de interface. A massa de profissionais que conhece o produto e entende suas vantagens aumentou significativamente nos últimos anos, o que facilita a venda e permite a inserção constante de novas funcionalidades aos dispositivos. Outro ponto positivo é que algumas companhias aproveitam a venda das interfaces para aumentar as chances de comercializar outras soluções aos clientes. O produto funciona como um ‘abre-alas’ para os fabricantes. “O relé de interface acaba abrindo as portas para que a empresa venda também outros itens de sua linha. Juntamente com os bornes, ele é o produto que abre as portas para nós”, comenta André Marques Petroff, gerente de Marketing de Produto da Phoenix Contact. O aumento das vendas nesse mercado tem sido tão significativo que já é possível
identificar novos players chegando para competir. “A competição tem aumentado ano após ano, com a entrada de novas empresas A venda de relés concorrendo. O que explide interface ca este aumento de com- segue no mesmo petição é o crescimento do patamar do crescimento dos mercado nos últimos dez novos projetos anos. É a atratividade do em automação mercado nacional”, afirindustrial. ma Petroff. Laís Rodrigues Siemens Um dos desdobramentos desse aumento na concorrência é que algumas empresas chegaram ao Brasil com uma política agressiva de preços. O problema é que, nem sempre elas oferecem produtos mais completos. Muitas completo de relés, seja qual for a sua função. vezes, elas oferecem soluções mais simples, “O que ocorre é que algumas emprecom funções limitadas, mas que chamam a sas têm alguns modelos para oferecer, mas atenção de alguns usuários pelo baixo cusnão possuem um portfólio mais completo to. Por isso, vale o alerta para quem é usuem termos de características de números ário: antes de comprar, verifique não apenas de contatos do relé, tensão de operação, o preço, mas se o item em questão de fato corrente de chaveamento, etc. Geralmente atende às suas necessidades. o cliente prefere não comprar relés de difeNo caso de clientes maiores, como as inrentes fabricantes. Normalmente ele padrodústrias de grande porte, a guerra de preços niza um só fornecedor e faz um pacote. Por não chega a atrapalhar. Geralmente, essas isso uma tendência (entre os fabricantes) é empresas acabam optando por fornecedoofertar a cesta completa de produtos”, cores que estejam aptos a fornecer o portfólio menta Petroff.
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mercado
Produto tem história de vários anos
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Mas, como explica Juarez Guerra, diretor Comercial da Finder, até chegar a esta gama de opções houve uma significativa evolução tecnológica, especialmente no que tange à redução do tamanho das peças, à incorporação de eletrônica nos dispositivos e, principalmente, Interfaces têm ao surgimento dos relés de registrado estado sólido. evolução tecnológica Voltando no tempo, significativa nos Guerra lembra que nos anos últimos anos. 60, quando os primeiros PLCs Juarez guerra finder começaram a surgir, era comum utilizar a lógica de relés para fazer o chaveamento e levar informação para que uma determinada máquina executasse uma operação. Nessa época, os profissionais colocavam o Foto: Divulgação
É verdade que a utilização de relés de interface se intensificou no Brasil nos últimos dez anos. No entanto, não se trata de uma solução nova no mercado. Ao contrário, este tipo de dispositivo existe há bastante tempo e tem apresentado evolução contínua ao longo dos anos, tanto, que há hoje diversas opções para os usuários, que exercem funções distintas. Há relés de interface capazes de fazer a conversão de sinais analógicos e de tensão, de oferecer proteção a entradas analógicas contra sobretensão, que amplificam os sinais, fazem a conexão, isolação e multiplicação dos contatos, que controlam a rede e fazem o chaveamento de cargas em corrente contínua e que melhoram a potência na saída de um PLC, por exemplo.
cas. A redução do tamanho das peças, por exemplo, trouxe benefícios consideráveis aos usuários, uma vez que elas passaram a ocupar menos esProcuramos oferecer paço nas instalações. produtos que Outra evolução importante aumentem a teve início com a maior utilizaprodutividade ção da microeletrônica dos rena montagem lés de interface. Esse fenômeno dos painéis. André petroff literalmente mudou o perfil dos Phoenix Contact relés, que no início eram eletromecânicos, mas gradativamente passaram a agregar circuitos eletrônicos. Isso conferiu novas propriedades e funções às peças, permitindo que elas fossem aplicadas em situações que, até então, em função das limitações técnicas, não era possível. sua vida útil maior. De outro lado, os disposiO principal avanço nessa história, no entivos eletromecânicos ainda são mais baratos. tanto, ocorreu com o surgimento dos relés Na escolha entre uma ou outra tecnode estado sólido, ou optoacopladores, que logia, André Petroff, da Phoenix Contact, trouxeram diversas vantagens em relação orienta o usuário a analisar qual delas ofeaos produtos eletromecânicos. Inclusive em rece o melhor custo-benefício em relação a relação a um número maior de aplicações e à sua necessidade. Foto: Ricardo Brito/Grau 10
relé sobre uma placa de material isolante, onde era soldado o fio na parte de baixo e se prendia no painel. Pouco tempo depois surgiu uma evolução com a utilização de barras de conexão na saída para facilitar a troca dos fios e a manutenção. Em seguida apareceu a placa de fenolite, que permitiu que se fizesse o circuito impresso, que levou a uma conexão mais simples e enxuta. E esse ciclo evolutivo continuou até o ponto em que se chegou às placas industrializadas, quando, na opinião de Juarez Guerra, houve uma verdadeira metamorfose. Isso porque o relé, que era sozinho, se transformou no coração da interface. E, mais que isso, começou-se a agregar valor às peças, que se tornaram mais fáceis de manusear, instalar e de se fazer manutenção. Ou seja, a evolução tecnológica dos materiais, do design e da própria microeletrônica, permitiu que as interfaces ficassem menores e mais eficientes, seguras e práti-
mercado
Relés de Interface
Foto: Dreamstime
Juarez Guerra, da Finder, destaca ainda que independente do casamento da necessidade da aplicação com as características de cada tecnologia, o que se espera de uma interface é que ela acione mais de um circuito Informação (carga) ao mesmo tempo com Relés de interface são um único sinal de comando; fundamentais isole galvanicamente dois cirpara áreas cuitos, entrada e saída com siautomatizadas. nais elétricos independentes; acione circuitos de correntes elevadas com sinais elétricos de baixa corrente; e controle cargas em corrente alternada com comandos em corrente contínua e vice-versa. Para que haja o dimensionamento adequado de uma interface, ele orienta que deve-se respeitar alguns princípios conceituais de ciclos de operação do relé por minuto, o básicos, como a frequência de comutação, tipo de carga comutada (resistiva, indutiva, ou mais popularmente falando, o número capacitiva), os valores necessários de iso-
lação elétrica, as características de alimentação da interface e o campo de funcionamento, entre outros.
Mercado oferece várias opções de interfaces Como citado anteriormente, a evolução dos produtos fez com que, hoje, tenhamos no mercado uma gama variada de relés de interface. O que acaba sendo bom para o usuário, visto que ele passou a ter à disposição soluções mais adequadas a sua necessidade. Quanto ao tamanho, o relé mais comercializado em termos de volume hoje no mercado brasileiro é o de 6mm de espessura. Este dispositivo também é chamado por alguns profissionais e empresas como borne relé. Além dele, há também as opções de interfaces com um número maior de contatos, com espessuras maiores. “O número de contatos é um fator muito importante quando o projetista escolhe um relé de interface. Porque ele tem de determinar quantos contatos serão precisos neste relé. Normalmente, os dispositivos de 6mm oferecem um ou dois contatos”, observa Petroff, acrescentando que nos casos em que o projeto exige três ou mais contatos, devese considerar os relés com espessura maior. O gerente da Phoenix Contact destaca ainda que a invenção do relé de 6mm 30
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representou um salto tecnológico importante, porque ele permitiu que o montador de painel ganhasse tempo na montagem e, de outro lado, economizasse espaço na instalação. Outro aspecto que diferencia os produtos, além da espessura e da tecnologia empregada (eletromecânica ou de estado sólido), é o tipo de conexão, que pode ser à parafuso, que é a mais tradicional e que ainda é responsável pela maior parte das vendas, ou à mola, que tem conquistado cada vez mais espaço no mercado, inclusive com a versão de encaixe rápido, que permite mais velocidade na hora da montagem. “Uma tendência que a Phoenix Contact trabalha bastante é a produtividade na montagem do painel elétrico. Nossos relés possuem um sistema de montagem rápida, chamado de push in, que é um sistema mecânico de montagem dos fios nos relés que dispensa o uso de ferramentas, como a chave de fenda que seria necessária em outros tipos de conexão, como à parafuso ou mesmo na conexão à mola convencional. Hoje, a maior parte dos componen-
tes da Phoenix, e os relés são parte desse portfólio, oferece essa opção de montagem rápida chamada de tecnologia push in”, destaca Petroff. Juarez Guerra, da Finder, destaca ainda no aspecto evolutivo o desenvolvimento, por parte de sua empresa, de produtos totalmente plug-in que permitem a troca rápida e fácil do relé, pois é possível substituí-lo sem que ocorra a desconexão dos cabos da base ou a sua retirada do trilho. Ele também cita a busca por peças com dimensões reduzidas e o desenvolvimento de dispositivos com terminais da bobina e dos contatos em lados separados, o que facilita a fiação e identificação dos circuitos. Pelo lado da praticidade, ele cita que uma linha de produtos da Finder, a MasterINTERFACE, incorpora um porta fusível ao corpo da interface, promovendo proteção às cargas comutadas com redução de espaço ocupado em painel, pois elimina a necessidade de uso dos bornes fusíveis e diminui o número de conexões elétricas no painel sem alterar a topologia elétrica do projeto.
O gerenciamento da energia nunca foi tão fácil
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Evento
Prêmio Abreme Fornecedores
Os destaques
da indústria Varejistas e
distribuidores de material elétrico homenageiam os melhores fornecedores do ano no Prêmio Abreme 2013. Reportagem: Marcos Orsolon Fotos: Ricardo Brito
E
mpresários da indústria e do comércio de materiais elétricos se reuniram mais uma vez em São Paulo para acompanhar a entrega do Prêmio Abreme Fornecedores. O evento, realizado no Esporte Clube Sírio, ocorreu no dia 5 de dezembro e contou com a presença de cerca de 600 convidados ligados a este segmento. Organizada pela Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos (Abreme), a premiação chegou à nona edição, se consolidando como um dos principais acontecimentos do setor elétrico nacional. Além disso, o evento se tornou ponto de encontro dos principais empresários desse mercado, que aproveitam a ocasião para rever amigos, fazer contatos e comemorar o encerramento de mais um ano de trabalho. 32
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Aliás, no que tange ao desempenho ao longo de 2013, o sentimento geral durante o evento foi de que tivemos um ano complicado, tanto para a indústria, quanto para os lojistas. No entanto, entre altos e baixos, na média os resultados foram positivos, com leve avanço em relação a 2012.
A Abreme decidiu manter o formato da premiação, inclusive optando pela NewSense como empresa responsável pela pesquisa junto aos lojistas de material elétrico de todo o País. Os segmentos selecionados também foram os mesmos: Iluminação, Fios e Cabos, Dispositivos Elétricos e Material de Instalação.
Os três primeiros colocados de cada segmento foram homenageados com os troféus ouro, prata e bronze. Também foram homenageados os fornecedores que se destacaram na pesquisa em relação aos anos anteriores. O destaque da noite foi a Schneider Electric, que, assim como ocorreu em 2011
e 2012, mais uma vez foi apontada como Fornecedor do Ano. O resultado, segundo a direção da companhia, deve-se à tradição de se manter próxima dos lojistas de material elétrico, sempre oferecendo todo o suporte necessário para auxiliar nas vendas dos parceiros.
Já o empresário Vincenzo Antonio Spedicato foi apontado como Persona Abreme desse ano. Ele foi o fundador da Intelli, que acaba de completar 40 anos de mercado. Veja a seguir os vencedores do Prêmio Abreme Fornecedores 2013 e a lista dos dez primeiros colocados em cada segmento. potência
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Evento
Prêmio Abreme Fornecedores
fornecedor do ano Respeito aos lojistas leva Schneider Electric
Parceria em primeiro lugar
a ser apontada como Fornecedor do Ano.
Melhor do ano Rogério Zampronha (à esq.) e João Carro Aderaldo (a dir.) recebem troféu de Fornecedor do Ano das mãos de Nemias de Souza Nóia, diretor colegiado da Abreme.
Prêmio Abreme 2013 Ranking Geral
Empresa 1º Schneider Electric 2º Siemens 3º Sil 4º Philips 5º Pial Legrand 6º Steck 7º WEG 8º Alumbra 9º Prysmian 10º Osram
Pontos 808 699 522 445 395 381 264 252 246 228
Fonte: Pesquisa NewSense/Abreme 2013
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U
ma explosão de alegria. Essa foi a reação da mesa da Schneider Electric ao receber a notícia de que, mais uma vez, a empresa foi apontada como Fornecedor do Ano no Prêmio Abreme. A empresa repetiu o feito dos últimos dois anos e mais uma vez recebeu o reconhecimento dos lojistas de material elétrico de todo o País. Reconhecimento que, segundo Oney Schliesing, vice-presidente da Área de Negócios Retail da Schneider Electric, deve-se à proximidade com os parceiros distribuidores e varejistas. “Mantemos um canal sempre aberto de comunicação com os lojistas e realizamos, constantemente, pesquisas e visitas periódicas, como forma de avaliar nossas ações junto a esse público e adequar processos e intensificar treinamentos. Essa parceria se traduz no reconhecimento (dos lojistas)”, ressalta o executivo. Schliesing também destaca que os lojistas são peças fundamentais para que a ampla
gama de soluções da companhia chegue aos clientes finais. “Para podermos atender todos os nossos públicos de forma eficiente e com tecnologia de ponta, a parceria com nossos parceiros distribuidores e varejistas é um pilar essencial para nosso sucesso. Por isso, sabemos da importância dessa parceria e trabalhamos para melhor atendê-los, sempre”, comenta. Nesse trabalho, o executivo salienta que a equipe da Schneider Electric é formada por pessoas apaixonadas pelo que fazem e dedicadas a entender e resolver as necessidades dos clientes. “Este é um grande diferencial que se traduz no reconhecimento e qualidade dos produtos Schneider Electric. Nosso propósito é ser uma companhia vertical, com uma série de soluções para os mais variados mercados sem perder agilidade. Nossa expertise e ampla gama de soluções em eficiência energética nos garantem o reconhecimento e liderança nos principais mercados que atuamos e o reconhecimento dos consumidores”, completa.
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Evento
Prêmio Abreme Fornecedores
iluminação
as dez melhores empresas por critérios
RANKING GERAL Empresa Pontos 1º Philips 1.491,0 2º Osram 1.290,3 3º Taschibra 534,3 4º FLC 518,5 5º Sylvania 343,7
Empresa Pontos 1º Philips 1.430 2º Osram 1.264 3º FLC 608 4º Taschibra 557 5º Sylvania 379 6º ECP 358 7º Abalux 300 8º Golden 297 9º Intral 267 10º Bronzearte 260
Empresa Pontos 1º Philips 1.394 2º Osram 1.191 3º Taschibra 539 4º FLC 503 5º ECP 346 6º Sylvania 342 7º Golden 341 8º Abalux 305 9º Intral 283 10º Bronzearte 265
Philips O diretor colegiado da Abreme, Francisco Simon (à dir.), entrega troféu ouro a Laurent De Bray, vicepresidente da Philips Lighting Brasil.
Osram Jean Bazeto, gerente nacional de vendas da Osram do Brasil (à esq.), recebe das mãos de Marcos Sutiro, diretor colegiado da Abreme, o troféu prata.
Taschibra Paulo Roberto de Campos (à dir.), diretor colegiado da Abreme, entrega troféu bronze a Afonso Luíz Schreiber, diretorpresidente da Taschibra.
QUALIDADE Empresa Pontos 1º Philips 1.640 2º Osram 1.412 3º Taschibra 510 4º FLC 457 5º Intral 378 6º Sylvania 314 7º Abalux 310 8º ECP 301 9º Golden 281 10º Bronzearte 243 Fonte: Pesquisa NewSense/Abreme 2013
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potência
Pontos 333,8 311,5 306,8 305,2 255,9 Fonte: Pesquisa NewSense/Abreme 2013
APOIO EM MARKETING
APOIO COMERCIAL
Empresa 6º ECP 7º Intral 8º Golden 9º Abalux 10º Bronzearte
Bronzearte Edson Marasco (à esq.) gerente nacional de vendas da Bronzearte, recebe homenagem das mãos de Daniel Tatini, diretor colegiado da Abreme.
fios e cabos
RANKING GERAL Empresa Pontos 1º Sil 1.874,5 2º Prysmian 1.311,8 3º Corfio 1.013,8 4º Nambei 775,9 5º Nexans 646,5
Empresa 6º General Cable 7º Cobrecom 8º Conduspar 9º Condumig 10º Cordeiro
Pontos 565,7 424,3 201,2 192,8 188,7
as dez melhores empresas
Fonte: Pesquisa NewSense/Abreme 2013
APOIO EM MARKETING Empresa Pontos 1º Sil 1.936 2º Prysmian 1.278 3º Corfio 1.049 4º Nambei 737 5º Nexans 625 6º General Cable 575 7º Cobrecom 430 8º Cordeiro 209 9º Condumig 206 10º Conduspar 198
Sil José Luiz Pantaléo, diretor colegiado da Abreme (à dir.), entrega a Silvio Barone Jr, diretor-presidente da Sil, o troféu ouro.
Prysmian Bernardo Calé, gerente Comercial Distribuição da Prysmian (à esq.) recebe de Roberto Varoto, diretor colegiado da Abreme, o troféu prata.
Corfio Roberto Payaro, diretor colegiado da Abreme (à esq.), entrega troféu bronze a João Carlos Assoni, gerente nacional de vendas da Corfio.
Conduspar O diretor colegiado da Abreme Jorge Parente (à dir.), entrega homenagem a Fernando Almeida, diretor comercial da Conduspar.
por critérios
APOIO COMERCIAL Empresa Pontos 1º Sil 1.851 2º Prysmian 1.200 3º Corfio 1.003 4º Nambei 810 5º Nexans 639 6º General Cable 567 7º Cobrecom 439 8º Conduspar 197 9º Cordeiro 195 10º Condumig 193
QUALIDADE Empresa Pontos 1º Sil 1.846 2º Prysmian 1.452 3º Corfio 995 4º Nambei 775 5º Nexans 672 6º General Cable 557 7º Cobrecom 405 8º Conduspar 208 9º Brascopper 195 10º Condumig 181 Fonte: Pesquisa NewSense/Abreme 2013
potência
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Evento
Prêmio Abreme Fornecedores
dispositivos elétricos
as dez melhores empresas por critérios
RANKING GERAL Empresa Pontos 1º Siemens 2.028,2 2º Schneider Electric 1.663,1 3º Steck 1.370,1 4º Pial Legrand 758,3 5º WEG 577,1
Siemens O assessor jurídico da Abreme, Halim José Abud Neto (à dir.), entrega troféu ouro a Valério Zorzi Garcia, gerente Nacional de Vendas da Siemens.
Schneider Electric Rogério Zampronha, presidente da Schneider Electric (à esq.), recebe de Francisco Simon, diretor colegiado da Abreme, o troféu prata.
APOIO COMERCIAL Empresa Pontos 1º Siemens 1.830 2º Schneider Electric 1.636 3º Steck 1.431 4º Pial Legrand 779 5º WEG 578 6º Eletromar 408 7º Lorenzetti 340 8º GE 333 9º Alumbra 305 10º Fame 249
Steck Nemias de Souza Nóia, diretor colegiado da Abreme (centro), entrega a Luís Valente, presidente da Steck, e a Valderlei Souto, diretor comercial da Steck o troféu bronze.
QUALIDADE Empresa Pontos 1º Siemens 2.278 2º Schneider Electric 1.636 3º Steck 1.236 4º Pial Legrand 764 5º WEG 583 6º Eletromar 390 7º GE 376 8º Lorenzetti 364 9º Alumbra 252 10º Fame 238 Fonte: Pesquisa NewSense/Abreme 2013
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potência
Pontos 394,3 356,2 345,4 276,3 238,9 Fonte: Pesquisa NewSense/Abreme 2013
APOIO EM MARKETING Empresa Pontos 1º Siemens 1.969 2º Schneider Electric 1.726 3º Steck 1.456 4º Pial Legrand 727 5º WEG 568 6º Eletromar 384 7º GE 361 8º Lorenzetti 330 9º Alumbra 271 10º Fame 228
Empresa 6º Eletromar 7º GE 8º Lorenzetti 9º Alumbra 10º Fame
WEG Paulo Rogério Braz, gerente de vendas da WEG, recebe do diretor colegiado da Abreme, Marcos Sutiro (à dir.), a homenagem da empresa.
RANKING GERAL Empresa 1º Cemar Legrand 2º Tigre 3º Wetzel 4º Tramontina 5º Elecon
Pontos 1.013 756 577 495 489
Empresa 6º Carbinox 7º Daisa 8º Real Perfil 9º Calhas Kennedy 10º Amanco
Pontos 477 446 357 305 304
Fonte: Pesquisa NewSense/Abreme 2013
as dez melhores empresas por critérios
APOIO EM MARKETING Cemar Legrand Jorge Parente, diretor colegiado da Abreme (à dir.), entrega troféu ouro a Gerson Roberto Zanotelli, gerente nacional de Vendas da Cemar Legrand.
Empresa 1º Cemar Legrand 2º Tigre 3º Wetzel 4º Elecon 5º Tramontina 6º Carbinox 7º Daisa 8º Calhas Kennedy 9º Amanco 10º Dispan
Pontos 953 746 598 514 503 475 463 346 333 325
APOIO COMERCIAL
Tigre Beth Bridi, diretora da Grau 10 Editora, entrega o troféu prata a Emerson Sá dos Santos, executivo de grandes contas da Tigre.
Wetzel Carlos Soares Peixinho (à dir.), diretor colegiado da Abreme, entrega a André Luís Wetzel da Silva, vicepresidente da Wetzel, o troféu bronze.
Amanco Marlon Ferreira da Fonseca, gerente regional da Amanco, recebe do diretor colegiado da Abreme, Paulo Roberto de Campos (à dir.), a homenagem da empresa.
material de instalação
Empresa 1º Cemar Legrand 2º Tigre 3º Wetzel 4º Elecon 5º Carbinox 6º Tramontina 7º Real Perfil 8º Daisa 9º Amanco 10º Calhas Kennedy
Pontos 1.013 699 560 491 476 461 443 389 331 304
QUALIDADE Empresa 1º Cemar Legrand 2º Tigre 3º Wetzel 4º Tramontina 5º Daisa 6º Carbinox 7º Elecon 8º Real Perfil 9º Dispan 10º Calhas Kennedy
Pontos 1.063 823 577 523 487 481 465 299 289 271
Fonte: Pesquisa NewSense/Abreme 2013
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notícias da associação e do setor
Prêmio Abreme Fornecedores 2013 Noite de confraternização reúne principais líderes e empresas do setor eletroeletrÔNICO
Patrícia Paes comandou a premiação como mestre de cerimônias.
Daniel Tatini, diretor da Abreme, fez a abertura oficial do Prêmio Abreme Fornecedores 2013.
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potência
Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos
01 01- Jorge Parente, Roberto Payaro, Nemias de Souza Nóia, Francisco Simon, José Luiz Pantaleo, todos diretores da Abreme; Vincenzo Antonio Spedicato, do Grupo Intelli; Paulo Roberto de Campos, Roberto Varoto, Carlos Soares Peixinho, Daniel Tatini e Marcos Sutiro, todos da Abreme, em momento solene de encerramento do cerimonial do Prêmio Abreme Fornecedores/2013
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02- Carlos Camargo Costa, presidente do GPACI, apresenta o trabalho da entidade e ressalta que a participação da sociedade é de fundamental importância para a continuidade dos trabalhos. 03- Carlos Camargo Costa, presidente do GPACI, agradece o cheque de doação recebido da Abreme. 04- Paulo Roberto de Campos, Roberto Varoto, Francisco Simon e José Luiz Pantaleo, diretores da Abreme.
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05- Maury Nolly Fernandes, da Elecon; Paulo Moraes Correa, Ettore Di Pieri Filho, ambos da Carbinox; Fernando de Araújo Guzzi, da Elecon e Joel Navarro Jr., da Carbinox. 06- Marcos Rocha, Andre Pisaneschi e Fernando Montanhano, da Weidmüller; Castello Branco, da Ecoblisa e Inco de Abreu, da Weidmüller.
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07- Rodrigo Marangon, da Rockwell Automation; Luiz Varela, da Maxel; Ronaldo Carneiro, da Belden; Hervé Salmon, da Sonepar e Carlos Peixinho, da Abreme. 08- Anderson Guerra da Costa, da Schneider Electric; Francisco Simon, da Abreme; Bernardo Calé, da Prysmian Group e Ilídio Fernandes, Schneider Electric.
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09- Francisco Simon, da Abreme; Ilídio Fernandes, da Schneider Electric; Nellifer Obradovic, da Abreme; Anderson Guerra da Costa, Cosme dos Santos Sales, ambos da Schneider Electric e Jorge Parente, da Abreme. potência
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notícias da associação e do setor
10- Rubens Machado, da Hammel; Alexandre Ferrari, da GE; Benedito Garcia, da Nexans; José Zanchi, da Hammel e Panayotis Spanos, da Legrand. 11- Em pé: Fabio Terzian, da Ficael e Claudio Ortiz de Camargo, da Tigre. Sentados: Emerson Sá dos Santos, da Tigre; Tarcila Maria Gianotti, da Ficael; Sandra Nalli; Ivanilda B. Martini, Silvia Autobelli Nalli, Sofia Altobelli Nalli, todas da S.A.S. Nalli e Fernando Terzian, da Ficael.
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12- José Paulo Hernandez e Viviane Rambelli, da NewSense; Glaucia S. C. Blazeck, Carla Priscila Del’Nero, do GPACI; Francisco Simon (em pé), da Portal; Franco Sabatini, Carlos Camargo Costa, Ricardo Jiacov e Luiz Maurício S. Blazeck, todos do GPACI. 13- José Tadeu Mazzoco, Jones Sérgio Motta, Vincenzo Antonio Spedicato, Márcia Prudente Corrêa Spedicato, Chiara Degiovanni Spedicato, Bruno Ventre e Lorenzo Prudente Corrêa Spedicato, todos do Grupo Intelli. 14- Em pé: Sandra Ferreira Bedeschi, da Amanco; Francisco Simon, da Abreme; Miguel Petronilo de Oliveira Junior e Luciana Oliveira, da Amanco; Pedro Vieira Filho, da Portal. Sentados: Marlon Ferreira da Fonseca, Leonardo Alves Milanês, Djalma Caetano de Medeiros Junior e Marcos Soares, todos da Amanco. 15- Halim José Abud Neto e Nellifer Obradovic, ambos da Abreme; Viviane Rambelli, da NewSense; Marilda Abreu, da Abreme e José Paulo Hernandez, da NewSense. 16- Abduch Bernaba Jorge e Karina Jorge Bassanti, da Santil; Nemias de Souza Nóia e Roberto Varoto, da Abreme. 17- Antonio Mendoza, da Abreme; Roberto Payaro, da Nortel; Francisco Simon, da Abreme; Carla Priscila Del’ Nero e Franco Sabatini, do GPACI; Carla Flores, da Steck; Pedro Vieira Filho, da Portal e Vanderlei Souto, da Steck. 18-ABB Marcelo Vilela, Thiago Mendonça, Fernando Leonardis (em pé), Ricardo Martoni, Gustavo Vazzoler, Willians Santos, Leonardo Correa, Marisa César, Paulo Boccardo, todos da ABB. 19-AMANCO Em pé: Djalma Caetano de Medeiros Junior, Luciana Oliveira, Miguel Petronilo de Oliveira Junior e Marlon Ferreira da Fonseca, todos da Amanco. Sentados: Leonardo Alves Milanês, Sandra Ferreira Bedeschi e Marcos Soares, todos da Amanco. 42
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Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos
20-CARBINOX Arnaldo Zerillo, Marcelo Lopes Barbosa, Júlio Cesar Craveiro Conti, Jeomar Amauri Tassi, Joel Navarro Jr., Ettote Di Pieri Filho, Danilo Di Pieri e Paulo Moraes Correa, todos da Carbinox.
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21-COBRECOM Arlete Arenas, Luiz Gustavo Vieira, João Bosco Leite de Queiroz, Celso Ribeiro (em pé), Sérgio Hernandes (sentado), Thélio Bentes de Maia Júnior (em pé), Gustavo Verrone Ruas, Jaime Nunes e Paulo Alessandro Delgado, todos da Cobrecom. 22-CORFIO Gilberto Aparecido Girotto, da DW; Guilherme Inácio e Ana Cristina S. Silva, da Centelha; Mario Perez, da Corfio; Thalita Leite e João Carlos Assoni, da Corfio e Sival Seidel, da DW.
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23-DAISA Ronaldo Neiva, Artur Shiguefuzi, Hélio Ituo Daikuara, Alexandre Cazante (em pé, atrás), Mayumi Santos, Paulo Santos, Rafael Almeida (em pé), Luiz Motoki (em pé), Denys Firmino, Pedro Bertolazzi, da Daisa. 24-DUTOPLAST Rubens Faceto, Wellington Vieira de Lima (atrás, em pé), Clóvis Rodrigues dos Anjos, Inácio Vaz (atrás, sentado), Andréia Sapucaia, Carlos Faria, todos da Dutoplast e Sérgio Félix, da Elétrica PJ e Neblina. 25-GE Alexandre Ferrari, Tiago Machado, Eduardo Nebrado, João Neto, Maurício Carbonari, Eneida Alves, Alessandro Valvo e Mateus Costa, todos da GE.
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26-GENERAL CABLE Em pé: Guilherme Inácio, da Centelha; Marcos Sutiro, da Abreme; Eduardo Navarro Siqueira e Alexandre Abreu, da General Cable; Marcos Roberto de Almeida, da DW. Sentados: Luiz Filho, Roberto Seta, Luiz Fernando Rodrigues, Paulo Mesquita e Janaina Silva, da General Cable. 27-LEGRAND Rogério Franceschini, da Legrand; Marcelo Carvalho, da JVDC Representações; Gerson Roberto Zanotelli, Meyer Bibliowicz e Francisco Filletti, da Legrand.
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28-NAMBEI Em pé: Maurício Peixoto e Ítalo Bartolomeu, ambos da Nambei. Sentados: Mario Casemiro Anderlini, da Nambei; Artur Fernando Pereira, da FF Guarulhos; Marcos Douglas Nascimento, Nilton Guerardt Junior, José Antonio da Costa, Eduardo Rovay e Marcelo Daniel Carvalho, todos da Nambei; Rafael Rodrigues Gonçalves, da Templo Elétrica. 29-NEXANS Miguel Leal, do Grupo Rosa Leal; Júlio Bertolin, Osmar Araújo, Celso Pereira, da Nexans;Andrea Pagni, da Voltimum; Melina Konig, da Nexans; Hervé Salmon, da Sonepar e Paschoal Guglielmi da Nexans. potência
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notícias da associação e do setor
30-NUTSTEEL Paulo Bareli, Carlos Augusto Melo, Maria Luiza Toledo, Osvaldo Araújo, Evelin Matushita e José da Silva, todos da Nutsteel. 31-OSRAM Em pé: Felipe Miguel Seman de Melo, da DW. Sentados: Hugo Eduardo Silveira , da Dimensional; Rafael Pedreca, Ricardo Passos, Marcelo Marques, Fabio Mizani, Jean Bazeto , todos da Osram e Mário Jorge Amaral, da Dimensional.
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32-PHILIPS Adriano Barbosa, Gerival Pereira, Marcio Gonzalez, Renato Garcia, Rene Scholl, Laurent de Bray e Lamaro Parreira (em pé), todos da Philips. 33-PRYSMIAN Bernardo Calé, da Prysmian; Adilson Martins de Oliveira, da Jabu; Sandro Rezende, da Prysmian; Batista Garcia, da Elétrica PJ; José Rubens Assumpção, da Prysmian; Ademar Benedito da Silva, da Andra e Mônica Rosa da Silva. 34-SCHNEIDER ELECTRIC Em pé: Jonatas Ramos Tardivo, Fabiano Pires Vieira, Oney Schliesing Junior, Ilidio L. Fernandes, Anderson Guerra da Costa, Gerson Vieira de Souza e Ricardo Menck, todos da Schneider Electric. Sentados: Sonia Aparecida Turolla Santos, João Carro Aderaldo, Cosme dos Santos Sales e Renato Micheletti, todos da Schneider Electric. 35-SIEMENS Em pé: Moisés Colla e André Belluomini, ambos da Siemens. Sentados: Ana Flávia Borges Martins, Ronnie Eusébio, José Borges Frias Jr., Henrique Ramos, Valério Zorzi Garcia e Clayton Marcondes, todos da Siemens. 36-STECK Em pé: Viviane Dias, Ricardo Silva e Luis Valente, todos da Steck. Sentados: Luciano Bento, Sebastião Neto, Vanderlei Souto, Abner Fernandes, Tatiana Neves, Carla Flores e Melissa Camossato, todos da Steck. 37-TRAMONTINA Em pé: André Luis de Lima, Douglas Ribeiro da Silva, Benedito Augusto Arruda e Roberto Luiz Aimi, todos da Tramontina. Sentados: Agostinho Gimenez, da Elética Marmota; Darcy Galafassi da Tramontina; Veridiana Bernaba, da Santil Comercial Elétrica; Gustavo Fiúza, da Tramontina e Marco Aurélio Gimenez, da Elétrica Marmota. 38-REVISTA POTÊNCIA Paola Oliva, Marcos Orsolon, Christine Funke, Silvana Ricardo, Cléia Teles, Edvar Lopes e Beth Bridi, todos da Grau 10 Editora. Em pé: Euller Müller, da Ressarcir. 44
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Editorial
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Marcos Sutiro Diretor Colegiado Abreme - abreme@abreme.com.br
C
O que esperar de 2014
hegamos ao final de 2013 e as empresas, já de posse de seus orçamentos para o ano de 2014, aguardam o início do ano, entretanto, é sempre válido compartilhar impressões e revisitar algumas premissas, se não para verificar se os cenários imaginados estão adequados, ao menos para identificar a maior ou menor possibilidade destes orçamentos serem de fato cumpridos. A maioria dos negócios teve dificuldades neste sentido nos anos anteriores, principalmente, devido às projeções deveras otimistas de crescimento do PIB e de controle da inflação por parte do Ministério da Fazenda. Por isso, para 2014, além dos indicadores básicos da economia, alguns outros fatores que podem impactar no cumprimento das projeções devem ser contemplados, tais como: o calendário comercial, as eleições, os indicadores de consumo e, finalmente, o cenário econômico internacional. Quanto aos indicadores básicos da economia, espera-se que sejam mais confiáveis em 2014 uma vez que este último ano serviu para demonstrar que otimismos injustificáveis já não mais convencem os mercados. Relativo aos indicadores básicos da economia, segundo o relatório Focus do Banco Central, a previsão de crescimento do PIB para 2014 é de 2,10 contra os 2,35 no qual deve fechar 2013, enquanto que o IGP-M irá dos atuais 5,41% para 6% e o IPCA dos atuais 5,70% para 5,92%. O calendário comercial, fator importante para muitos negócios no comércio de material elétrico, que depende de um faturamento diário, será mais apertado, muito em função da realização da Copa do Mundo que diminui dias úteis do total do ano. São previstos para o ano que vem um total de 243 dias úteis, enquanto em 2013 esse número foi de 248.
As eleições, que podem trazer alguma expectativa de faturamento gerada pela entrega de obras públicas, pode não gerar o mesmo efeito neste ano. As pesquisas demonstram uma vantagem da atual presidente na corrida presidencial, o que somado à necessidade iminente de controle dos gastos públicos, irá influenciar a predisposição do governo em entregar obras de última hora com altos custos. O consumo, que é outro fator de relevância para aqueles negócios com maior foco no varejo, deve ponderar as previsões, uma vez que se identifica uma desaceleração de seus índices, muito por causa do esgotamento do modelo de crescimento do PIB baseado na oferta de crédito no qual ainda insiste o governo federal. Segundo reportagem de Tainara Machado, no Valor Econômico de 12 de dezembro deste ano, economistas identificam um crescimento do varejo em 2013 de 4,5% enquanto que em 2012 chegou-se ao percentual de 8,4%. Por outro lado a inadimplência dá sinais de recuo, tendo caído 3,22% em novembro deste ano quando comparado ao mesmo mês em 2012, segundo a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL). Finalmente, ademais dos aspectos domésticos, há que se considerar o cenário internacional, principalmente quanto ao impacto no câmbio, que afeta diretamente os custos de alguns itens do material elétrico. Neste sentido podemos esperar algum aumento do dólar, passando dos atuais 2,30 para mais próximo dos 2,40 (R$/US$), consequência da melhora da economia americana, mas sem nenhuma disparada da cotação, pois a economia americana ainda enfrentará o grande desafio de manter os atuais níveis de consumo sem que, para isso, tenha que aumentar os juros básicos da sua economia. Com base nestes dados, po-
de-se concluir que o ano de 2014 trará uma realidade muito parecida a 2013 com baixo crescimento e aumento dos gastos das empresas. Situação que seguirá exigindo das empresas de forma geral, inclusive para o setor de material elétrico a busca cada vez maior de produtividade a fim de se manterem as margens já diminuídas ao longo desses últimos anos. Ainda assim, como é habitual de nós, empresários brasileiros, sejamos otimistas. Que as projeções possam ser superadas e que venha 2014!
Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos FUNDADA EM 07/06/1988
Rua Oscar Bressane, 283 - Jd. da Saúde 04151-040 - São Paulo - SP Telefone: (11) 5077-4140 Fax: (11) 5077-1817 e-mail: abreme@abreme.com.br site: www.abreme.com.br
Membros do Colegiado Roberto Said Payaro Nortel Suprimentos Industriais S/A Francisco Simon Portal Comercial Elétrica Ltda. Marcos Augusto de Angelieri Sutiro Comercial Elétrica PJ Ltda. José Jorge Felismino Parente Bertel Elétrica Comercial Ltda. José Luiz Pantaleo Everest Eletricidade Ltda. Roberto Varoto Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda. Paulo Roberto de Campos Meta Materiais Elétricos Ltda.
Conselho do Colegiado Carlos Soares Peixinho Ladder Automação Industria Ltda. Daniel Tatini Sonepar Nemias de Souza Nóia Elétrica Itaipu Ltda.
Secretária Executiva Nellifer Obradovic potência
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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf sistemas de detecção de gases
Controle e segurança Sistemas de detecção de gases inflamáveis reduzem riscos e evitam acidentes nos parques fabris. Reportagem: marcos orsolon
caderno ex
Foto: Dreamstime
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feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
A
o abordar o tema áreas classificadas, nos acostumamos com alguns termos que são recorrentes em qualquer reportagem sobre este segmento. Entre eles, estão palavras como risco, segurança e controle. Mais que simples vocábulos, estes termos se misturam quando falamos em atmosferas explosivas. Até porque, no dia a dia de uma indústria a falta de “controle” pode elevar o nível dos “riscos”, colocando a “segurança” da planta em xeque. O problema é que as fábricas podem ter riscos distintos umas das outras. Mesmo uma indústria pode ter áreas com riscos diferentes, o que exige soluções e precauções igualmente específicas para cada caso. Entre esses cuidados, um dos mais importantes é a detecção de gases e chamas em áreas classificadas. Os gases inflamáveis são uma causa co-
Apoiador:
mum de classificação de ambientes. Quando combinados com o ar (oxigênio) e em contato com uma fonte de ignição, que pode ser um interruptor, tomada ou motor de uma máquina, estes elementos podem desencadear um processo de combustão grave, capaz, em muitos casos, de ferir pessoas e gerar incêndios de grandes proporções. Ou seja, quando o processo produtivo envolve gases e vapores inflamáveis, é preciso contar com um sistema eficiente de detecção para evitar problemas. Em condições normais de trabalho estes gases não ficam expostos ao ambiente. Mas podem ocorrer vazamentos nas tubulações ou no maquinário. “Essa detecção por sensores deve existir por alguns motivos. E um deles é que pode haver um vazamento (de gás). Como as áreas industriais são grandes, muitas vezes ocorre de ter poucas pessoas traba-
lhando no local para identificar que há um problema. Sem contar que há situações em que a pessoa não consegue detectar o vazamento, principalmente no caso de gases que não têm cheiro. Então, os sensores se tornam importantes para se detectar um eventual vazamento antes dele chegar numa concentração perigosa”, explica Frank Thomas Raab, diretor da Fratex, lembrando que essa “concentração perigosa” varia de um gás para outro. Vítor Kiem, gerente de produto de Detecção Fixa de Gases e Chamas da MSA do Brasil, observa que os sistemas fixos de detecção de gás em áreas classificadas permitem uma avaliação contínua do ambiente, com monitoração 24 horas por dia. “O importante é que os sistemas fixos de detecção de gás conseguem identificar vazamentos em concentrações muito baixas, bem abaixo do limite inferior de explosivida-
Apoio Institucional:
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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf sistemas de detecção de gases completo, que inclui, por exemplo, uma central que receberá os dados enviados pelos sensores e alarmes sonoros e visuais para alertar os trabalhadores quando há algum problema. “Nas plataformas de petróleo, por exemplo, para o gás H2S, que é um gás perigoso em concentração ideal, tem uma lâmpada cor de abóbora e um som que avisa o
de do gás. Com isso você tem tempo hábil para tomar uma ação, que pode ser desde um shutdown no processo para interromper a passagem de gás pela área, até o desligamento de todas as máquinas para evitar uma fonte de ignição”, completa. Obviamente, apenas o detector não é suficiente para garantir a segurança do local. É preciso contar com um sistema
pessoal que se trata de um vazamento de H2S. Outro gás presente em plataformas é o metano, mas nesse caso a lâmpada é azul, além do alarme sonoro. Os dois avisos são necessários, pois se a pessoa está trabalhando num local de muito ruído, que exige um protetor auricular, talvez ela não escute o alarme sonoro. Deve-se ter também o visual. O ideal é ter os dois”, afirma Frank Raab.
Segurança exige sistema completo de detecção
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
caderno ex
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ou mais complexas, exigindo a utilização de máscaras quando há gases tóxicos, corte de energia elétrica para evitar fontes de ignição, evacuação imediata do local, acionamento do sistema de inertização, etc. Foto: Dreamstime
de detecção fixa. A começar pela instalação dos sensores, que devem ser colocados em locais com maior probabilidade de ocorrência de vazamentos. Evidentemente, cada indústria tem uma situação distinta, por isso deve-se analisar com cuidado os locais com risco maior de vazamentos. Em geral, é preciso ter atenção especial com áreas próximas a tanques pressurizados, caldeiras a gás, compressores e tubulações. O gás a ser monitorado também é importante na definição do melhor local para o detector. Por exemplo, gases mais leves que o ar, como o metano e a amônia, exigem que os sensores sejam instalados em níveis elevados. Já os gases como o butano e o dióxido de enxofre, que são mais pesados que o ar, necessitam de detectores em níveis mais baixos. Importante lembrar que os detectores são responsáveis apenas por obter a informação. Ele verifica se há ou não vazamento e comunica à central O sistema de detecção de de controle, que normalmente fica gás empregado em uma área segura, longe dos lode maneira cais onde há passagem dos gases correta e vapores inflamáveis. permite a Obviamente, as ações de segudesclassificação de uma área. rança a serem deflagradas por esta Vítor kiem central variam de empresa para MSA empresa, de acordo com o nível de risco de cada local. Por isso, podem ser mais simples, como a mera evacuação do prédio,
Apesar da importância dos equipamentos de alarme, contar com um sistema completo e adequado às necessidades da planta é fundamental para garantir a segurança. Esse sistema varia de acordo com cada empresa, mas geralmente é composto por diversas soluções, que incluem os próprios detectores e alarmes, além das centrais que recebem as informações e são programadas para, quando necessário, deflagrar automaticamente as medidas necessárias para evitar acidentes. Sem contar dispositivos como displays, relés e controladores. Nesse contexto, vários aspectos devem ser considerados na aplicação do sistema
feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
Mercado tem várias tecnologias à disposição
Apoiador:
sa um ruído numa frequência ultrassônica e a gente tem um detector que capta este ruído específico”, explica Kiem, que resume o que ocorre nesse mercado em termos de tecnologia: “O sensor catalítico foi o primeiro que surgiu, depois veio o sensor tipo infravermelho, que tem algumas vantagens, como uma vida útil maior. Depois vem o infravermelho de caminho aberto (open path) e, em seguida, o ultrassom”. Mas como escolher a melhor opção para uma determinada instalação? Segundo Vítor Kiem, o gás encontrado no local é o aspecto mais importante, embora não seja o único. “Quando entramos em contato com o cliente, a primeira pergunta é: que gás você tem nesse ambiente? Isso não apenas para saber se é um gás mais perigoso ou mais tranquilo de se lidar, mas também porque isso determina qual das tecnologias eu vou escolher. Isso influencia bastante”, comenta o executivo da MSA. Foto: Dreamstime
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
consegue detectar o hidrogênio”, comenta Vítor Kiem, explicando que o sensor catalítico atua fazendo uma reação similar à da queima. Um pouco mais modernos, os sensores por infravermelho apresentam algumas vantagens em relação aos do Os sensores são tipo catalítico, o que explica importantes para seu avanço no mercado. Eles se detectar um oferecem, por exemplo, temeventual vazamento po de resposta mais rápido antes dele chegar e baixos níveis de manutennuma concentração perigosa. ção. Sem contar que podem Frank thomas raab atuar sem falhas numa amfratex pla faixa de temperatura ambiente e de condições de pressão e umidade. Mas os avanços não param por aí. Também são encontrados no mercado os detectores infravermelhos de caminho aberto, ou do tipo open path. Estes dispositivos utilizam tecnologia infravermelha e laser na forma de um feixe amplo, capaz de cobrir uma área Hoje, no mercado brasileiro é possível mais ampla, que pode passar de cem meencontrar o que há de mais moderno em tros quadrados. termos de detectores de gases combustíveis, “Nesse caso há um emissor e um recepou inflamáveis. E a escolha pela melhor tector de luz, sendo que quando qualquer gás nologia também varia em função do ramo combustível passa por este feixe de luz, ele de atuação e da realidade de cada parque consegue determinar a sua concentração. fabril, considerando, inclusive, os tipos de Assim, é possível fechar um perímetro. Imagases e vapores encontrados no local. gine que você tenha uma área com tanques Em linhas gerais, pode-se dizer que o com gás combustível. Você fecha o perímedetector com sensor catalítico, ou eletrocatro com estes detectores tipo open path e talítico, ainda é o mais usado pelas emprese tiver qualquer vazamento nesse território sas, até pelo seu custo relativamente baixo. ele identifica. Funciona como se fosse uma Mas, aos poucos, ele vem perdendo espacerca”, ressalta Kiem. ço para os sensores do tipo infravermelho. Uma curiosidade é que, até pouco temAmbos são enquadrados entre os chamapo, estes equipamentos eram utilizados apedos detectores pontuais, onde se instalam nas como complemento da detecção pontuvários sensores individuais para cobrir uma al. Mas, a partir de sua evolução, eles tamdeterminada área. bém passaram a ser instalados como princi“A tecnologia catalítica foi muito utilizapal fonte de detecção de gases inflamáveis. da no passado, mas aos poucos está sendo Seguindo na linha evolutiva, há ainda substituída, em alguns casos, pela infraveros detectores por ultrassom, que detectam melha. Mas existem tipos de detecção, como o som do vazamento. “Eles são mais para a do gás hidrogênio, por exemplo, em que a aplicação onde há gás em alta pressão. tecnologia catalítica permanece como a mePorque quando há um vazamento, ele caulhor opção, já que o infravermelho ainda não
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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf sistemas de detecção de gases Outro ponto importante para se definir o tipo de equipamento é saber se o cliente tem uma instalação à prova de explosão ou se ele vai utilizar o equipamento intrinsecamente seguro. “Também temos estas duas opções. E é preciso verificar se ele tem a classificação de área, se é um equipamento para zona, 0, 1 ou 2”, completa. Uma curiosidade é que há sensores que podem ser utilizados para a detecção de mais de um tipo de gás, desde que se faça
a sua correta instalação e calibração. Kiem destaca que o sensor catalítico, por exemplo, detecta a maior parte dos gases, desde que haja a calibração correta. “Este detector queima qualquer tipo de gás ou vapor combustível que passar por ele. Na calibração você ajusta a sensibilidade para o seu gás objetivo. Ou seja, a partir do momento que se sabe qual o gás objetivo, se consegue fazer a calibração adequada para aquele gás. E com isso você mitiga os riscos,
pois consegue fazer uma detecção antecipada do gás correto”, observa o executivo. Também é preciso ter alguns cuidados com os dispositivos após a calibração. Isso porque, geralmente, ambientes industriais são inóspitos, expondo os sensores a elementos que, muitas vezes, podem levar à sua degradação e consequente descalibração. Por isso, deve-se verificar os detectores regularmente e fazer a sua recalibragem sempre que for necessário.
Sistemas podem ajudar a desclassificar uma área Os cuidados e investimentos com os sistemas de detecção podem gerar benefícios relevantes para as empresas, embora nem todos os potenciais usuários enxerguem isso. Obviamente, a primeira vantagem está em tornar a planta fabril mais segura, evitando
acidentes, afastamentos e prejuízos por paralisações não programadas. Mas há também um benefício que é pouco percebido. Através da instalação de um sistema eficaz de detecção é possível mitigar os riscos do ambiente a ponto até
de se conseguir desclassificar a área. Claro, desde que esse sistema venha acompanhado de outras ações. “O sistema de detecção de gás empregado de maneira correta permite a desclassificação de uma área porque, através dele, se
Foto: Dreamstime
caderno ex
Vantagens Os cuidados e investimentos com os sistemas de detecção podem gerar benefícios relevantes para as empresas.
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feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
consegue detectar o vazamento no começo e, a partir daí, é possível tomar as medidas cabíveis antes que o vazamento crie uma explosão”, observa Vítor Kiem. O fato a se lamentar é que, assim como ocorre com o setor de áreas classificadas como um todo, também na parte de detecção ainda há muitas indústrias negligentes, que não tomam nenhuma medida preventiva no sentido de proteger seus processos contra eventuais vazamentos. “Hoje, o que temos de referência de empresa que trabalha com seriedade olhando para a parte de detecção de gás e chama é, em primeiro lugar, a Petrobras. Depois vêm as outras indústrias químicas e de óleo e gás, que são empresas que já trazem esta cultura de fora. E agora começou alguma conscientização em empresas dos ramos siderúrgico, automobilístico e de alimentação. Mas nas empresas de pequeno e médio porte os projetos são bem mais raros”, lamenta Kiem.
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geração, transmissão e distribuição
Foto: Dreamstime
O Conselho de Administração da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) elegeu no dia 2 de dezembro Rinaldo Pecchio Junior como diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Ele assume o cargo antes ocupado por Reynaldo Passanezi, atual presidente da companhia. Com 28 anos de experiência em finanças, sendo 11 deles no setor
elétrico, Pecchio Junior atuou na Elektro Eletricidade e Serviços, onde exerceu o cargo de diretor Financeiro e de Relações com Investidores; e na AES Brasil (AES Eletropaulo, AES Sul, AES Tietê e Uruguaiana) foi vicepresidente de Finanças e Relações com Investidores. O executivo é formado em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Contabilidade pela Pontifícia Universidade Católica Campinas (PUCcamp) e MBA em Finanças pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec). Iniciou carreira em auditoria contábil na Arthur Andersen, foi gerente de Contabilidade Corporativa da Champion Papel e Celulose Ltda. e diretor executivo de Finanças e Business Transformation para América do Sul e Central na Tetra Pak.
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Eleição na CTEEP
Fornecedora homologada
A SIL comemora a conquista do Certificado de Homologação como Fornecedora para todo o Grupo Celesc – Centrais Elétricas de Santa Catarina, maior empresa de comercialização e distribuição de eletricidade do Estado. O certificado comprova que a SIL está registrada no Sistema de Fornecedores para todo o Grupo Celesc e, portanto, apta a participar de licitações públicas para novas transações. Todos os produtos da empresa estão inseridos nesta homologação, divididos em dois grupos: Cabos e fios de cobre nu e Cabos e fios de cobre isolados até 1kV. Segundo o assessor Técnico Industrial da SIL, Ricardo Finzetto, o processo de conquista desta homologação foi longo, de quase dois anos, mas o resultado, bastante positivo. “As exigências são muitas e a empresa precisa comprovar, por meio de documentação, sua idoneidade como fornecedora. Mas não houve dificuldades neste sentido”, afirma. A expectativa da SIL é que a entrada num mercado ainda não explorado pela empresa no Estado de Santa Catarina se traduza em grande potencial de negócios. “Podemos atender às principais concessionárias de fornecimento de energia elétrica, e acreditamos que a homologação deverá favorecer a realização de importantes transações comerciais e parcerias”, destaca Finzetto.
Sistema de geração solar A Itaipava Arena Pernambuco recebeu o primeiro sistema de geração solar fotovoltaico do Estado. A Usina Solar São Lourenço tem potência instalada de 1 megawatt pico (MW/p), suficiente para gerar 1.500MW/h por ano, o que equivale ao consumo de 6 mil habitantes. A unidade será responsável por até 30% da energia consumida pelo estádio que sediará a Copa do Mundo. O investimento de R$ 10 milhões é resultado da parceria entre o Grupo Neoenergia, por meio da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e a Odebrecht. Situada em um terreno de 15 mil m², anexo à Arena, a usina solar faz parte do Projeto Estratégico de Pesquisa e Foto: Dreamstime Desenvolvimento - “Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração Solar Fotovoltaica na Matriz Energética Brasileira”, da Aneel. Além da usina, o projeto de Pesquisa e Desenvolvimento contempla outros
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investimentos que totalizam R$ 24,5 milhões. Os 3.652 painéis solares fotovoltaicos que compõem o sistema captam a luz emitida pelo sol e a convertem em energia elétrica. Inversores realizam a adequação da energia gerada na tradicionalmente utilizada pelas indústrias e residências. A energia produzida é entregue ao sistema elétrico do estádio e o que não for utilizado pela arena será injetado na rede de distribuição da Celpe. A usina é composta por um sistema central, correspondendo a 95% da geração de energia com módulos de silício monocristalino, além de um sistema direcionado à pesquisa (campo) que se divide em cinco tecnologias com o objetivo de possibilitar o estudo do potencial de radiação da região e de geração de energia fotovoltaica por meio de diferentes tecnologias.
Energia para 2018
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Realizado no dia 13 de dezembro pelo governo federal para suprir a demanda de eletricidade do País no ano de 2018, o 2º Leilão de Energia A-5/2013 resultou na contratação de 3.507MW através de 119 empreendimentos de geração de eletricidade. Do total de projetos contratados, a grande maioria – 97 empreendimentos – é de parques eólicos. O leilão negociou ainda 16 pequenas centrais hidrelétricas, cinco termelétricas a biomassa (bagaço de cana e cavaco de madeira), além da hidrelétrica de São Manoel (700MW), arrematada por consórcio formado pelas empresas EDP e Furnas. O preço médio de venda ficou em R$ 109,93/MWh – um deságio de 8,67% frente ao teto inicial médio. Serão investidos recursos de até R$ 12,8 bilhões na construção das usinas, situadas nos seguintes estados: BA, CE, PE, PI, RN, RS, SC, GO, MG, MS, MT, PA e SP. O leilão atendeu integralmente a demanda apresentada pelas distribuidoras, que assinarão junto aos empreendedores das usinas contratos de compra e venda válidos a partir de 1º de maio de 2018, com duração de 20 anos (para a fonte eólica), 25 anos (para as térmicas a biomassa) e 30 anos (para São Manoel e as PCHs).
Comemoração em Itaipu
No dia 12 de dezembro, a Itaipu Binacional colocou uma vantagem de quase meio milhão de megawatts-hora (MWh) na produção de 2013 em relação ao mesmo período de 2012, ano em que a usina bateu o recorde de geração de energia elétrica e estabeleceu nova marca mundial. Do começo de janeiro até meados de dezembro a hidrelétrica produziu 93.525.431MWh, ante 93.054.105MWh no ano passado. Com essa diferença a mais, Itaipu caminha para superar a si mesma e fica cada vez mais próxima da meta da geração anual de 100 milhões de MWh. Nenhuma hidrelétrica atingiu esse patamar. O superintendente de Operação Celso Torino ressalta que a produção de Itaipu saltou de um patamar entre 90 e 95 milhões de megawatts-hora (que parecia ser o limite de geração anual), para um número acima de 95 milhões de MWh em 2012. E isso, prevê ele, pode se repetir em 2013. Na avaliação de Torino, o resultado é um processo de aprendizagem e aperfeiçoamento ao longo de quase 30 anos de produção, o que se deve ao trabalho dedicado das equipes atuais e daquelas que passaram pela usina e pelas empresas parceiras, como a Eletrobras, a Ande (estatal paraguaia), o Operador Nacional do Sistema (ONS), Furnas Centrais Elétricas e Copel. “O resultado final é energia na quantidade e na hora certa”. Itaipu é atualmente a maior usina hidrelétrica do mundo em geração de energia. Em 2012, forneceu 17,3% da energia consumida no Brasil e atendeu 72,5% do consumo paraguaio.
Autoprodução no Maranhão
A usina termelétrica Parnaíba IV, da Eneva, recebeu no dia 13 de dezembro autorização da Aneel para iniciar sua operação comercial como autoprodutora de energia elétrica. A companhia, em parceria com a joint venture entre Eneva
e E.ON e a Petra Energia, firmou contrato no Mercado Livre visando o fornecimento de 46MW médios da usina Parnaíba IV a um valor anual de R$ 54 milhões por um período de cinco anos. Com capacidade instalada de 56MW, o empreendimento integra o
Complexo Parnaíba, no Maranhão. Parnaíba IV sincronizou-se ao Sistema Interligado Nacional em 28 de novembro de 2013 e atingiu capacidade nominal plena no mesmo dia. A usina é composta por três unidades geradoras com capacidade
instalada de 18,8MW cada. Com o início de operação da usina, o Complexo Parnaíba alcançou capacidade instalada operacional de 901MW e consumo de gás natural de aproximadamente 6 milhões de m3 por dia.
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Verba para inovação
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, o presidente da Finep, Glauco Arbix, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, lançaram no final de novembro o Plano Inova Sustentabilidade, em reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação, realizada em São Paulo. O objetivo do Inova Sustentabilidade, que também conta com participação do Ministério do Meio Ambiente, é incentivar a realização de investimentos na área ambiental, com a promoção de soluções inovadoras capazes de mitigar impactos das atividades produtivas sobre o meio ambiente. Com dotação orçamentária de R$ 2 bilhões, divididos igualmente entre Finep e BNDES, para operações contratadas no período de 2014 a 2016, o Inova Sustentabilidade terá quatro principais linhas temáticas: produção sustentável, recuperação de biomas e atividades produtivas sustentáveis de base florestal, saneamento ambiental e monitoramento de desastres ambientais. A atuação conjunta dos órgãos governamentais proporcionará maior coordenação das ações do governo no fomento à inovação e melhor integração de instrumentos de apoio à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação disponíveis para o setor. Os projetos das empresas brasileiras candidatas a financiamentos no âmbito do Inova Sustentabilidade serão submetidos ao processo de seleção pública conjunta.
Balança segue em queda
Drea
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Material Elétrico de Instalação (19,2%) e Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica (22,1%). A balança comercial do setor eletroeletrônico deverá atingir déficit de US$ 36 bilhões, 11% superior ao registrado em 2012 (US$ 32,5 bilhões). O resultado é fruto de exportações de US$ 7,3 bilhões e importações de US$ 43,4 bilhões. Barbato acredita que a situação não mudará muito em 2014, por ser ano de eleições, o que, historicamente, gera paralisia no País. “Tudo é determinado pelo calendário eleitoral. Se não rompermos esta equação permaneceremos prejudicando a indústria devido à descontinuidade de políticas, o que gera insegurança jurídica e falta de previsibilidade”, destacou. Foto :
A indústria elétrica e eletrônica brasileira deve fechar o ano com um faturamento de R$ 156,6 bilhões, o que representa crescimento nominal de 8% e real de 5%, na comparação com 2012 (descontada a inflação). Apesar do indicador positivo, a produção física do setor apresentou baixo desempenho: variação de 2% em relação ao ano de 2012 e queda de 7% sobre 2011. Desta forma, as importações continuaram ocupando espaço do mercado brasileiro, atingindo, no caso dos bens finais, a participação de 22,9% no consumo interno. O presidente da Abinee, Humberto Barbato, salientou a participação das importações em segmentos como Equipamentos Industriais (29,3%),
Saldo da Balança Comercial de Produtos Elétricos e Eletrônicos (US$ bilhões)
-14,7
-17,9 -22,1
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-28,1 -32,5
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-32,5 -36,0
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013*
*projeção - Fonte: MDIC/SECEX
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Expansão em Goiás
A cidade de Catalão entrou na rota de crescimento para muitas empresas do Estado de Goiás, sendo um importante polo metalmecânico e de mineração. Com a meta de ampliar as vendas de grupos geradores, peças e serviços de assistência técnica na região, a Distribuidora Cummins Centro Oeste (DCCO) abriu um posto de atendimento em Catalão no mês de outubro. Até o final de 2013, a empresa projetava um aumento de 25% no faturamento, e para 2014, um crescimento de 15%. Para atingir os resultados no próximo ano, a DCCO - único distribuidor dos grupos geradores da Cummins Power Generation, em Goiás, Distrito Federal e Tocantins -, manterá os investimentos na equipe de pós-venda, com técnicos qualificados, ferramental adequado e peças disponíveis, com o objetivo de otimizar o atendimento aos clientes. “Além de Catalão, desde o início do ano, estamos com unidade operando em Rio Verde, onde a receptividade local tem sido bastante positiva”, diz Eduardo de Oliveira, diretor de Operações da DCCO. Mas os planos de expansão da empresa vão muito além dessas duas cidades. Em 2014, mais três postos de atendimento deverão ser abertos. Entre as cidades mapeadas pela DCCO estão Araguaína, Itumbiara e Cristalina. De acordo com Oliveira, o mercado de geradores no Centro Oeste é basicamente voltado para uso emergencial. “As duas principais concessionárias de energia enfrentam sérios problemas de capacidade de investimento e, por isso, a qualidade de energia é afetada, com oscilações ou quedas frequentes de energia”, afirma o executivo. Foto: Dreamstime
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4th Annual Electric Energy Storage Data/Local: 14 a 16/01/2014 – San Diego (EUA) Informações: tylerke@marcusevansch.com
ISC Brasil 2014 – 9ª Feira e Conferência Internacional de Segurança Data/Local: 19/03/2014 a 21/03/2014 – São Paulo (SP) Informações: www.iscbrasil.com.br
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Fontes Luminosas Data/Local: 21/01/2014 – São Paulo (SP) Informações: (11) 4704-3540
Tecnologia LED Data/Local: 22/01/2014 – São Paulo (SP) Informações: www.expersolution.com.br
Harmônicos e Desequilíbrios em Sistemas Industriais Data/Local: 17 a 20/02/2014 – Itajubá (MG) Informações: (35) 3629-3500
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