transformadores de força Equipamentos a seco e com óleo vegetal avançam, mas óleo mineral ainda domina o mercado.
ELETRICIDADE ESTÁTICA Fonte de ignição que atua de forma silenciosa e invisível oferece riscos em áreas classificadas.
CADERNO
ATMOSFERAS
DEz’2013/Jan’2014
EXPLOSIVAS
ANO 10 – Nº 98 • Potência
AN O 10 N º 98
E l é t r i ca , E l e t rô n i ca , i l u m i na ç ã o e ene r g i a
Empresários do setor eletroeletrônico esperavam por um desempenho melhor em 2013, apesar do leve crescimento. Para este ano, a expectativa é de avanço, com dificuldades. ENTREVISTA José Sebastião Viel fala sobre a atuação do Brasil na IEC e afirma que País tem hoje uma base normativa para produtos elétricos das mais modernas do mundo.
• Capa: Sérgio Ruiz
16
Outras seções 04 › Ponto de vista
12 Entrevista
José Sebastião Viel, superintendente do Cobei, fala
08 › ao leitor
sobre a importância da atuação brasileira na IEC, que
08 › cartas
levou o País a construir uma base normativa para
10 › Holofote
produtos elétricos que pode ser considerada uma das
48 › espaço abreme
mais modernas do mundo.
51 › GTD
16 Matéria de Capa
52 › economia 53 › vitrine
Apesar do crescimento registrado em 2013,
54 › Opinião
38
empresários da indústria e comércio do setor
57 › link direto
eletroeletrônico esperavam por um desempenho
58 › agenda
melhor. Executivos projetam que 2014 será um ano difícil, com avanço moderado das vendas.
32 Mercado
Setor de transformadores de força de média tensão começa a ganhar novos contornos com os equipamentos a seco e que utilizam óleo vegetal conquistando espaço. No entanto, soluções com óleo mineral ainda dominam o segmento.
32
38 caderno ex
44
Caracterizada por atuar de forma silenciosa e invisível, eletricidade estática oferece riscos relevantes como fonte de ignição em áreas classificadas.
44 praticando ideias Rede de supermercados investe em unidade
totalmente iluminada por LED. Objetivos são economizar energia, reduzir custos de manutenção e
12
aumentar o nível de eficiência luminotécnica.
E X P E D I E N T E
ponto de vista
Algum dia houve casamento? A declaração de um ex-ministro do gover-
baseado em políticas que não solucionaram as
no Lula, de que a lua de mel dos empresários
desigualdades – o que contribuiu sobremanei-
e investidores com o Brasil acabou, gerou re-
ra para que o Brasil surfasse por cima da onda
percussão na mídia. Com certeza, a ameaça de
chamada crise. Isso levou o nome do país à mí-
rebaixamento da nota brasileira nas agências
dia internacional e encheu de orgulho grande
internacionais vem deixando os investidores
parte da sociedade. Para a autoestima do povo
internacionais bastante desconfiados e caute-
foi bastante positivo.
Diretores: Habib S. Bridi (in memorian) Elisabeth Lopes Bridi ano X • nº 98 • Dez'13 | Jan'14
Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comunicações Ltda, com circulação nacional, dirigida a indústrias, compradores corporativos, distribuidores, varejistas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia e instaladores que atuam nos segmentos elétrico, eletrônico e de iluminação; geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme - Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos. Redação redacaopotencia@grau10.com.br Diretora de Redação: Beth Bridi Editor: Marcos Orsolon Repórter: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775) Conselho Editorial potencia@grau10.com.br Beth Bridi, Francisco Simon, José Luiz Pantaléo, Mauro Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e Roberto Said Payaro.
losos com o Brasil. Muito provavelmente, o País
Mas, infelizmente, os condutores do País
não será mais o foco das atenções no futuro
não aproveitaram esse momento de sorte para
Publicidade publipotencia@grau10.com.br
próximo e deixaremos de ter os investimentos
prover o país com aquilo que ele precisava. Ti-
tão necessários para a nossa balança.
nham tudo para fazê-lo, mas preferiram optar
Diretor Comercial: Edvar Lopes Coord. de Atendimento: Cléia Teles Contato Publicitário: Silvana Ricardo e Christine Funke
Já com os empresários brasileiros o mais
pelo populismo. Por isso, os empresários nunca
Produção Visual e Gráfica layout@grau10.com.br
acertado seria dizer que o casamento foi can-
deixaram de criticar a falta de política energé-
Chefe de Arte: Sérgio Ruiz Designer Gráfico: Márcio Nami
celado. Isso porque, a grande maioria, em espe-
tica (estamos vendo agora os efeitos nocivos e
Atendimento ao Leitor leitorpotencia@grau10.com.br
cial a que compõe o segmento elétrico, nunca
a ameaça de apagões), de política de infraes-
Coordenação: Paola Oliva
chegou a casar com a política econômica bra-
trutura (nem para a Copa do Mundo as obras
Administração administracao@grau10.com.br
sileira nos últimos 14 anos. Quando muito hou-
conseguem ser concluídas), de políticas sociais
Gerente: Edina Silva Assistente: Bruna Franchi e Ana Claudia Canellas
ve um namoro, repleto de dúvidas, incertezas
e urbanas. O Brasil é o mesmo de sempre, com
Impressão
e desconfianças.
os mesmos problemas, em especial os ocasio-
Prol Editora Redação, Administração e Publicidade
O Brasil teve a sorte – sim sorte, porque
nados pela corrupção, que apesar dos esforços
como já dissemos aqui inúmeras vezes nada foi
de alguns poucos continua enraizada na política
feito para que isso acontecesse – de se manter
nacional. Como poderíamos estar em lua de mel?
Sede Própria: Rua Afonso Braz, 579 - 11º andar Vila Nova Conceição - 04511-011 - São Paulo-SP PABX: (55) (11) 3896-7300 Fax redação: (55) (11) 3896-7303 Fax publicidade: (55) (11) 3896-7307 Site: www.grau10.com.br
estável quando todas as economias mundiais Fechamento Editorial: 12/02/2014 Circulação: 21/02/2014
entraram em pane. A situação foi fruto de uma conjuntura interna, na qual as classes C e D tiveram uma ascensão ao consumo – também
Beth Bridi
diretora de redação
potencia@grau10.com.br
4
potência
Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e coFiliada ao laboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Potência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios, informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Circulação Abreme são de responsabilidade da Associação. Não e t i ra g e m publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reauditadas servados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da Grau 10 Editora, assinada pela jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa. ISSN 2177-1049
18 22 Março/2014 ANHEMBI - SP terça a sexta das 11h às 20h sábado das 9h às 17h
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Copa, eleições e ano difícil
ao leitor
O
ano de 2014 começou sob uma forte desconfiança do mercado. Primeiro, porque a economia brasileira não tem se mostrado
assim tão sólida. O País não dá sinais de que nos próximos anos será capaz de crescer a níveis maiores do que os observados no momento. Além disso, a pressão inflacionária persiste e tem levado o Banco Central a elevar sucessivamente a taxa de juros. De outro lado, o real tem se desvalorizado frente ao dólar, o que é bem-visto por parte da indústria, mas que também pode ajudar a elevar os preços de alguns produtos. E há os eternos problemas de infraestrutura, que encarecem a produção local e dificultam o crescimento do País. Sem contar as panes na área de energia! Mas não é apenas a economia que preocupa. Com Carnaval em março, Copa do Mundo entre junho e julho, e eleições no segundo semestre, 2014 se torna um ano bastante atípico. E, até o momento, ninguém sabe ao certo quais serão os efeitos dessa agenda tão diferente. Parte dos empresários acredita que estes eventos tendem a prejudicar os negócios. Eles reclamam que teremos menos dias úteis de trabalho e que a disputa política pode travar parte dos investimentos – que já têm ocorrido em patamar inferior ao desejado. Mas também há executivos que entendem que estes acontecimentos não terão tanta influência no desempenho de suas companhias. São empresários que concordam que não teremos um ano fácil, mas que acreditam em desempenho similar ao obtido em 2013, quando houve leve aumento no volume de negócios. A mensagem que fica, portanto, não é de pessimismo ou de otimismo. A recomendação é manter os pés no chão, fazer a lição de casa e não perder oportunidades, pois elas podem não aparecer novamente. Boa leitura. Marcos Orsolon, editor
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holofote
notícias do setor
Foto: Divulgação
A Schneider Electric, especialista global em gestão de energia, é uma das 100 empresas com práticas mais avançadas em desenvolvimento sustentável, segundo a Corporate Knights. Este é o terceiro ano consecutivo em que a companhia figura na lista, saltando três posições em relação a 2013 e assumindo a liderança na sua indústria e em bens de capital. A publicação canadense, especializada em capitalismo verde, divulgou o ranking durante o Fórum Econômico de Davos, na Suíça. O “The Global 100 Most Sustainable Corporations in the World” avalia companhias de capital aberto do mundo todo, de acordo com uma série de métricas de sustentabilidade específicas para cada setor. Os dados são inicialmente coletados pela Bloomberg e contam com o engajamento direto de 350 empresas préselecionadas, escolhidas entre aquelas com maior capitalização. “A Schneider Electric prospera novamente na lista The Global 100, conquistando a décima colocação no ranking. Destacar-se como líder na nossa indústria é um forte incentivo para fortalecer o nosso engajamento com a sustentabilidade”, comenta Jean-Pascal Tricoire, CEO da Schneider Electric. Desde 2005 a Schneider Electric mede e publica trimestralmente o progresso do seu dashboard de sustentabilidade, o Barômetro Planeta & Sociedade. São 14 indicadores que permeiam áreas-chave para a estratégia de desenvolvimento sustentável da empresa: a economia, o meio ambiente e o social. Essa ferramenta permite à companhia avaliar e auditar regularmente suas ações e compartilhá-las com os seus stakeholders.
Foto: Divulgação
Empresas sustentáveis Novo diretor A Eaton comunicou a nomeação de Omar Zaire para o cargo de diretor da divisão Power Distribution e a Divisão Bussmann do Grupo Elétrico da Eaton para a região da América Latina. Zaire ficará na unidade Eaton de Jundiaí (SP). Neste novo papel, Zaire vai gerenciar todas as atividades comerciais e de produção, além de implantar iniciativas de crescimento e fornecer orientação e suporte local aos clientes. O executivo é formado em engenharia elétrica pelo Instituto de Tecnologia Mauá e possui MBA executivo da Brazilian Business School.
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potência
A SMS Tecnologia Eletrônica, especialista na fabricação de estabilizadores e nobreaks, e o Centro Universitário da FEI anunciaram a inauguração de um laboratório de eletrônica de potência no campus São Bernardo do Campo (SP) da universidade. A parceria tem como objetivo a criação de um polo de excelência em eletrônica de potência e assim incentivar pesquisas para o desenvolvimento de produtos inovadores. A SMS investiu recursos para montar o laboratório de eletrônica de potência permitindo que professores e alunos comecem a tomar contato com essa competência e a ampliar o trabalho de pesquisa e desenvolvimento nesta área. O laboratório ocupa uma sala de 90 m² e conta com instrumentos necessários ao desenvolvimento de estudos em eletrônica de potência, como osciloscópios, multímetros TRUE RMS, equipamentos de informática, fonte para simulação de surtos e harmônicos em redes de potência e medidor de qualidade de energia. Segundo o gerente de Desenvolvimento de Novos Produtos da SMS, Leandro Siqueira, “o Laboratório de Eletrônica de Potência da FEI é um espaço dedicado ao estudo, simulação e desenvolvimento de protótipos na área de eletrônica de potência. Além de permitir aos estudantes a implementação prática de diversos experimentos com total segurança”.
Instalação segura Foi publicada no Diário Oficial da União do dia 30 de janeiro a Portaria 51 do Inmetro, que institui, no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade, a certificação voluntária para instalações elétricas de baixa tensão. Os requisitos estabelecidos pela citada Portaria se aplicam às instalações de edificações novas e a reformas em edificações existentes, qualquer que seja seu uso (residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro, etc.), incluindo as préfabricadas. Foto: Dreamstime
Foto: Divulgação/Cadú Copini
Laboratório de eletrônica
Mudança no comando
Iluminação com LED
Após um ano marcado por grandes projetos em diversos setores para melhorar a infraestrutura do País, a GE inicia 2014 com um novo comando local. Gilberto Peralta, que atuava como diretor regional da GE Capital Aviation Services para a América Latina, acumula suas funções à liderança da empresa como novo presidente e CEO da GE do Brasil. Ele substitui Adriana Machado, que passa a ser vice-presidente de Assuntos Governamentais e Políticas Públicas da GE para a América Latina. Peralta está na GE desde 1980, quando iniciou suas atividades na GE Celma, em Petrópolis (RJ), como engenheiro de Desenvolvimento e Manutenção. Atuou em diversas posições na área de vendas de serviços para motores, chegando à vice-presidência para programas Airbus. Em 2006 ele se juntou ao time da GE Capital Aviation Services para exercer a função atual, que passou a acumular com a de CEO no Brasil. “Foi com muita satisfação que aceitei o convite para o grande desafio que é comandar uma das principais operações da GE no mundo atualmente”, afirma Peralta. À frente das operações brasileiras, o executivo estará focado em iniciativas-chave e estratégicas para o crescimento local da GE, além de ampliar a parceria histórica da companhia com o País. Foto: Divulgação
A Gomaq, que atua no mercado de tecnologia de impressão, acaba de trocar mil lâmpadas convencionais por unidades de LED, fornecidas pela Dascom, que foram instaladas nos quatro andares do prédio da empresa. Com a iniciativa, a companhia prevê economizar, em média, 50% do gasto mensal com a iluminação.
Prevenção de incêndios
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Desde o incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que completou um ano, a Abinee tem integrado os trabalhos desenvolvidos no âmbito do Grupo Setorial de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio (GSDAI), mantido pela entidade, às ações em andamento após a tragédia. A Abinee contribuiu com o trabalho da Comissão Externa da Câmara dos Deputados, coordenada pelo deputado federal Paulo Pimenta, e que elaborou o projeto de legislação de prevenção a incêndios, que agora aguarda apreciação do Congresso Federal. O GSDAI contribuiu, também, para a elaboração da norma ABNT NBR 17240:2010 - Sistemas de detecção e alarme de incêndio - Projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos. Ao mesmo tempo, a Abinee promove o debate sobre a prevenção e detecção, ampliando a conscientização de todos envolvidos.
Segurança O Expo Center Norte, em São Paulo, será palco da 9ª edição da ISC, uma das maiores feiras mundiais do ramo de segurança. O evento ocorre entre 19 e 21 de março e reúne soluções integradas, equipamentos e serviços para todas as necessidades de segurança.
Arena Corinthians Antecipando em 30 dias o cronograma de obras, a AES Eletropaulo entregou no dia 31 de janeiro a rede de energia da Arena Corinthians. Situado no bairro paulistano de Itaquera, o estádio será usado na Copa do Mundo da Fifa. O estádio é abastecido por dois circuitos de distribuição com 13.800V e 12,6 km de extensão. Esse total dividese em partes aérea e subterrânea. Cada circuito será alimentado por subestações diferentes e o trajeto deles é também distinto um do outro, dando confiabilidade ao fornecimento. No trecho aéreo a obra contempla o uso da rede compacta, um sistema mais resistente aos fatores externos, como interferência de galhos na rede. No total, o projeto reuniu 336 postes instalados e 37,8 km de fios de energia. “Estamos fornecendo energia elétrica com confiabilidade e segurança para a Arena Corinthians. Além disso, com a antecipação da entrega da obra vamos gerar benefícios para os nossos parceiros do projeto”, afirma Britaldo Soares, presidente do Grupo AES Brasil. o: Fot o
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potência
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entrevista
José Sebastião Viel
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
Lado a lado com a IEC brasil intensifica sua atuação na principal entidade internacional de normalização técnica para o setor elétrico. Entrevista a marcos orsolon
12
potência
O
trabalho do Brasil junto à International Electrotechnical Comission, ou simplesmente IEC, levou o País a construir uma base normativa para produtos elétricos que pode ser considerada uma das mais modernas do mundo. E este resultado é fruto das ações do CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade do Cobei (Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações), que está vinculado à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Como explica José Sebastião Viel, superintendente do Cobei, a atuação brasileira na IEC tem ganhado força nos últimos anos. Tanto que o País encerrou o ano de 2013 como membro ‘P’ (participante) de 49 comitês da IEC. Em outros 67 o País participa como membro ‘O’ (observador). Além disso, durante a 77ª reunião Geral da IEC, ocorrida em outubro na Índia,
Participação do Brasil na IEC dÁ força política à atuação do país no desenvolvimento de normas técnicas internacionais para o setor elétrico e permite acompanhar as novidades do setor. o Brasil foi reeleito para o Conselho de Gerenciamento da Normalização e eleito para o Conselho de Gerenciamento da Avaliação da Conformidade, lembrando que cada conselho é formado por apenas 15 países. Como explica Viel na entrevista que segue, a participação nesses conselhos e
comitês consolida a posição brasileira dentro da IEC e dá força política à atuação do País no desenvolvimento de normas técnicas internacionais para o setor elétrico. Sem contar que permite ao Brasil acompanhar todas as evoluções normativas, o que está em desenvolvimento e quais as últimas novidades.
“Nossa maior preocupação (ao participar dos conselhos e comitês da IEC) é que o Brasil esteja acompanhando tudo o que ocorre na IEC. Isso para que, no mínimo, o País não fique para trás no que tange à tecnologia mundial. Hoje, o Brasil tem à disposição toda inovação tecnológica do mundo”, ressalta Viel.
Em outubro de 2013 ocorreu na Índia a 77ª reunião Geral da IEC. Em que consiste essa reunião e qual a sua importância? Essa reunião é uma assembleia geral da IEC com todos os países associados. E nela são votadas as grandes decisões, sendo que cada país participa com um voto. E isso é muito importante. Porque países como Estados Unidos e Alemanha, que participam com mais de 300 pessoas em praticamente todos os comitês e subcomitês técnicos, têm direito a apenas um voto, assim como qualquer outro país.
de. Em que consiste cada um desses conselhos? A IEC tem três vice-presidências, que são três conselhos: o SMB, que é o Conselho de Gerenciamento de Normalização; o CAB, que é o Conselho de Gerenciamento de Avaliação de Conformidade; e o MSB, que é o Conselho de Gerenciamento de Estratégia de Mercado. O Brasil foi reeleito para o SMB. Vamos para o décimo ano nesse conselho, sendo que eu é que participo em nome do País. E no CAB nós participamos por seis anos, ficamos um ano sem participar e agora fomos eleitos novamente. No caso dos conselhos, são 15 países em cada um e a participação é como país e não como pessoa física.
que está acontecendo. Agora mesmo foram criados dois comitês técnicos novos: o de Extra Alta Tensão em Corrente Contínua e o de Extra Alta Tensão em Corrente Alternada. Isso é muito importante para o Brasil porque o País tem grandes extensões. A Extra Alta Tensão é defendida pela Rússia, China, Canadá e Brasil, que são países com grandes extensões territoriais. O Brasil é um dos interessados e participou bem disso através do pessoal da Eletrobras. Não temos no País nem a comissão de estudos espelho, mas participamos como um observador dos dois comitês.
Mas por que isso é importante? Porque uma norma, quando sai, é filtrada desde a comissão técnica pelo voto de cada país, durante todo o seu desenvolvimento. Isso vale para todos os países associados, independentemente dele ser mais ou menos desenvolvido. Por isso dizemos que se trata de uma norma internacional. A definição de norma internacional é que a participação é aberta a todos os países do planeta, sem exceção, e cada país tem direito a um voto. Durante a 77ª reunião Geral da IEC o Brasil foi reeleito para o Conselho de Gerenciamento da Normalização e eleito para o Conselho de Gerenciamento da Avaliação da Conformida-
Por que é importante para o Brasil fazer parte desses conselhos, entre os 15 países? São conselhos de normalização. O SMB tem uma série de atribuições, sendo que a maior delas é a criação de comitês técnicos. Por exemplo, se o Brasil deseja criar um comitê novo, ele faz a proposta e o SMB coloca em votação para todos os países a criação ou não desse comitê, e se será criado um novo comitê ou se ele fará parte de um que já existe como subcomitê técnico. Agora, a participação do Brasil é importante porque ficamos sabendo de tudo o que está acontecendo com toda a normalização, ou melhor, estará disponível para nós tudo o
Ao participar dos conselhos o Brasil passa a ter mais força política no momento de colocar algo para votação? Sem dúvida. Hoje, o Brasil é ouvido, até porque estamos há muito tempo participando (da IEC). Há um interesse mundial no Brasil. Obviamente, o Brasil não é líder em termos de inovação tecnológica nessa área, mas é importante como um país que tem um mercado técnico muito grande. Por exemplo, tem um comitê técnico que trata de energia de ondas e marés. O Brasil, com mais de oito mil quilômetros de costa e alguns projetos-piloto, é membro ‘O’ (observador) desse comitê. Ainda não somos membro ‘P’ (participante), mas estamos acompanhando tudo o que acontece nesse comitê. Nossa maior preocupação é potência
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entrevista
José Sebastião Viel
E quais as atribuições do CAB? Por que o Brasil voltou para este conselho? O CAB cuida do sistema de avaliação da conformidade. A IEC tem este conselho porque chegou num determinado momento em que tinha que provar a todos, inclusive para a Associação Mundial do Comércio, que as normas estavam sendo aplicadas nos produtos elétricos e que ela, IEC, controlava essa aplicação. Isso nasceu aí. A IEC fez um sistema para a área elétrica, voltado aos países que utilizam as normas IEC, que são os países membros. Diria que é um sistema mais filtrado para a área elétrica e para países que conhecem e participam da IEC. No caso da avaliação da conformidade, é possível que a volta do Brasil ao CAB traga alguma novidade em relação ao que é feito hoje aqui? Diria que quem puxa uma avaliação de con-
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
que o Brasil esteja acompanhando tudo. Isso para que, no mínimo, o Brasil não fique para trás na corrida tecnológica mundial. Hoje, o Brasil tem à disposição toda a inovação tecnológica do mundo.
Hoje, o mundo é uma grande loja, sem barreira nenhuma. Daí a importância de ter norma internacional.
Objetivos do Cobei Prover suporte técnico, econômico e financeiro às atividades de normalização do ABNT/CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade em âmbito nacional; Assegurar e proceder ao pagamento das anuidades da IEC; Participar ativamente nos conselhos, comitês e subcomitês técnicos da IEC; Promover, divulgar, desenvolver e dar sustentação às atividades de normalização técnica do setor eletroeletrônico; Participar em fóruns que envolvem a normalização técnica do setor eletroeletrônico; Incrementar a representatividade e a participação de empresas e entidades na normalização técnica no Brasil e no exterior.
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potência
formidade, ou mesmo uma norma, é o mercado. Hoje, o mundo é uma grande loja, sem barreira nenhuma. Você entra na internet e compra de qualquer lugar do mundo. Daí a importância de ter norma internacional. Não adianta fazer uma norma nacional se há produtos no mundo que atendem a uma norma internacional e que atendem melhor a sociedade. É preciso ter bom senso e a norma não deve servir como barreira comercial. O Brasil está no mercado global. Como funciona a participação nos diversos comitês e conselhos da IEC? Primeiramente temos de pagar a IEC, tem uma anuidade. Pagando, temos o direito de participar de todos os comitês e subcomitês. Como se trata de um voto brasileiro, do País, e não de um grupo ou empresa, fazemos isso através de uma comissão de estudo espelho montada aqui no País. Quem sempre vota é a comissão de estudo. Essa comissão é regida por um procedimento, uma organização, que é da ABNT. Não esqueça que somos ABNT, somos o CB-03. Então, somos obrigados a atender os procedimentos da ABNT, que adota os critérios da ISO. Então, a comissão de estudo pode chegar e pedir para participar do seu espelho na IEC, que é um comitê técnico. Isso é colocado em ata e solicitamos que o Brasil quer ser membro nessa comissão. Podemos ser membro ‘P’ ou ‘O’. Qual a diferença? O membro ‘O’ apenas observa e acompanha o que está acontecendo. O membro ‘P’ participa. E jamais você pode internar uma norma IEC para tentar nacionalizá-la, se você não for pelo menos um membro ‘O’. Para ser membro o país precisa pagar alguma taxa adicional? Não. Quando há interesse, a comissão de estudos daqui pede para ser membro. E quando não tem uma comissão de estudos montada aqui, por exemplo, quando há um comitê muito novo na IEC, nós convidamos algumas empresas para participar como membro ‘O’, como a Eletrobras. E questionamos a Eletrobras se é o caso de se criar
Hoje o Brasil participa de quantos comitês na IEC? Como membro ‘P’, em novembro nós estávamos em 49 comitês. E como membro ‘O’ em outros 67. Em função da maior proximidade com a IEC, o Brasil, em termos de normas para o setor elétrico, está nivelado com o que há de melhor no mundo? Exatamente. E isso é importante principal-
A SIL conquistou o Brasil, porque tem tecnologia 100% nacional, tem o nosso jeito, a nossa ginga, a nossa força e o orgulho de ser brasileira. Não é à toa que Brasil tem SIL até no nome, afinal, participamos da construção do nosso país. Por isso, quando precisar de fios e cabos elétricos, não pense duas vezes: escolha a qualidade que se destaca no mercado. Fique com SIL.
SIL, conduzindo a energia que o Brasil precisa.
EMPRESA ASSOCIADA
mente para a pequena e média empresa. Se você for numa empresa exportadora, o sistema é bom. Se for num importador, ou cliente final, também é bom. Por exemplo, a Petrobras é que pediu a participação no IECEx (sistema de certificação de conformidade de equipamentos elétricos para atmosferas explosivas), porque ela compra produto no mundo todo e não pode comprar produto de um país que não tenha o mesmo procedimento de avaliar a conformidade que o mundo adota. Então, comprando um produto certificado no IECEx, ela sabe que o procedimento é o mesmo. Se você pega um item aqui no Brasil certificado pelo IECEx e um certificado do outro lado do mundo, você sabe que esse item atende à mesma norma da IEC e aos mesmos procedimentos de avaliação.
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
uma comissão espelho no Brasil. Aí eles analisam se vale a pena montar a comissão, ou se é melhor esperar um pouco mais. É o caso da Extra Alta Tensão, pois eles estão discutindo isso em fóruns que envolvem Furnas, Eletrobras e outras empresas. E em algum momento eles vão querer formar uma comissão para criar uma NBR IEC.
matĂŠria de capa
retrospectiva 2013/Perspectivas 2014
Cresce(re)mos,
mas nem tanto Por Paulo Martins
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potĂŞncia
Ilustração: Dreamstime
Empresas do setor eletroeletrônico crescem em 2013, mas muitos executivos esperavam por um desempenho melhor. Para este ano, projeção é de dificuldades e avanço moderado.
D
oze meses repletos de sobressaltos. Assim pode ser resumido o ano de 2013 para o setor eletroeletrônico, do ponto de vista econômico. Escalada da inflação, aumento de custos, importação desenfreada e oscilação do câmbio foram alguns dos eventos que mais afetaram o desempenho da indústria, do comércio e da área de prestação de serviços. Embora o balanço final indique saldo positivo, a maioria dos segmentos não esconde uma ponta de decepção com os números - a reclamação é de que o crescimento ficou abaixo do esperado. Diante de tantos problemas, claro que a simples virada do calendário não seria suficiente para dissipar os temores dos empresários. Pelo contrário. O ano de 2014 reúne características
capazes de fazê-lo entrar para a história do País. A apreensão dos executivos e lideranças empresariais entrevistados nesta matéria é justificada. Para começar, o Carnaval em março ajuda a comprometer o resultado de todo o primeiro trimestre. Na sequência a Copa do Mundo tende a atrair todas as atenções, não só durante o período de jogos - entre meados de junho e julho -, mas também semanas antes e depois. De quebra, este evento poderá trazer a tiracolo uma nova onda de protestos nas ruas, a exemplo do ocorrido no ano passado, durante a Copa das Confederações. Por fim, em outubro teremos eleições. Tudo isso junto tende a gerar menos dias trabalhados, produção e vendas menores, desvios de foco e um campo fértil potência
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retrospectiva 2013/Perspectivas 2014
Geração, Transmissão e Distribuição (GTD). A produção física deve crescer 2% em relação a 2012, mas cair 7%, em relação a 2011. Dois mil e catorze Segundo Barbato, a nos preocupa demasiadamente, indústria vai mal, e 2013, dada a cultura do definitivamente, não deibrasileiro de que xará saudades. “Continunada acontece em amos com taxa de câmbio ano eleitoral. Humberto barbato valorizada, o real valorizaabinee do frente a outras moedas e com uma infraestrutura que penaliza demasiadamente a indústria”, enumera. Uma das preocupações de Barbato enres, o que resulta em uma balança comercial volve o crescente índice de participação das importações de bens finais no mercado indeficitária em US$ 36 bilhões (número 11% terno do setor. Em 2013 esse índice chegou maior do que em 2012). a chegou a 22,9% - o maior, desde 2008. A Abinee reclama que até mesmo segmentos tradicionalmente competitivos coEnquanto as importações totais da inmeçam a apresentar influência mais forte dústria elétrica e eletrônica cresceram 8%, das importações - caso das áreas de Equipaas exportações em 2013 foram 5% menomentos Industriais, de produtos para GTD e de Material de Instalação. “Ninguém ganha do Brasil em tecnologia de equipamentos Carnaval, Copa e eleições irão gerar menos para GTD. E a participação das importações no consumo aparente nessa área chegou a dias trabalhados, produção e vendas menores, 22,1%”, menciona Barbato. comprometendo o desempenho da economia do País. João Carro Aderaldo, vice-presidente da Schneider Electric, também avalia que
para práticas eleitoreiras. “Dois mil e catorze nos preocupa demasiadamente, dada a cultura do brasileiro de que nada acontece em ano eleitoral. Lamentavelmente, nós poderemos continuar andando de lado”, comenta Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). ‘Andar de lado’, no caso, significaria continuar crescendo em ritmo lento. Os números de 2013 não são definitivos, mas o balanço divulgado em dezembro pela Abinee indica que foi um ano duro. A projeção de faturamento dessa indústria é de R$ 156,6 bilhões - crescimento nominal de 8%, em relação a 2012. Descontada a inflação do setor, o crescimento real cai para 5%. O número de empregados diminuiu, de 183 mil para 178 mil, devido principalmente ao encerramento de contratos de fornecimento de equipamentos para a área de
Faturamento da Indústria Elétrica e Eletrônica
Como se comportaram as vendas da sua empresa em 2013?
(R$ milhões)
4,5%
Áreas
2011
2013*
Automação Industrial
3.725 3.920 4.263 4.593
Componentes
9.828 9.755 10.789 11.738 22.272 22.322 23.818 24.914
GTD
13.097 15.307 16.042 16.788
Informática
43.561 43.561 46.937 46.374 19.901 22.811 26.620 31.318
Utilidades Domésticas
16.102 17.841 18.662 19.520
Indústria Elétrica e Eletrônica 138.140 144.536 156.565 165.132 * projeção •Fonte: Abinee
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potência
27,3%
9.654 9.019 9.434 9.887
Telecomunicações
Foto: Dreamstime
9,1%
2014*
Equipamentos Industriais
Material de Instalação
4,5%
27,3%
27,3% Crescimento até 5% Crescimento entre 6% e 10% Crescimento entre 10% e 15% Crescimento acima de 20% Estabilidade Queda
*Enquete realizada pela Revista Potência junto a 22 indústrias do setor
2012
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
matéria de capa
Qual será o efeito das eleições desse ano para os negócios da sua empresa?
Quais são as projeções de vendas de sua empresa em 2014?
52,2%
4,3%
39,1%
Positivos Negativos Não terá nenhuma influência
Ele explica que o centro de controle, utilizando sistemas Schneider Electric, controlará mais de 30 mil variáveis de todos os equipamentos, incluindo as 3 mil luminárias da parte externa do Maracanã. A companhia forne-
4,3%
13,1%
17,4%
26,1%
34,8% Crescimento até 5% Crescimento entre 6% e 10% Crescimento entre 10% e 15% Crescimento acima de 20% Estabilidade Queda
ceu ainda as subestações de energia, painéis elétricos e o sistema de CFTV com câmeras e sistemas de gravação e monitoramento.
*Enquete realizada pela Revista Potência junto a 23 indústrias do setor
8,7%
*Enquete realizada pela Revista Potência junto a 23 indústrias do setor
2013 foi um ano difícil para o setor. Entretanto, apesar do cenário desfavorável, a companhia conseguiu atingir os objetivos de crescimento. De acordo com ele, a estratégia de oferecer soluções inovadoras, confiáveis e que permitam ganhos de eficiência energética e produtividade tornou-se um diferencial junto aos clientes. Afinal, é crescente a preocupação das empresas em serem mais eficientes. “Os custos com energia são cada vez mais representativos, e, portanto, a economia desse recurso é necessária para sermos mais sustentáveis e competitivos”, pondera o executivo. Aderaldo comemora também o fato de a Schneider Electric ter alcançado êxito como fornecedora para os estádios da Copa do Mundo da Fifa: “Estaremos presentes em dez, das doze arenas, com destaque para o Maracanã, onde nossas soluções transformarão o estádio em um dos mais inteligentes e eficientes do mundo”.
retrospectiva 2013/Perspectivas 2014
Qual será o efeito da Copa do Mundo para os negócios da sua empresa?
O real tem apresentado desvalorização frente ao dólar nos últimos meses. Qual o impacto para os seus negócios?
26,1% 39,1%
34,8%
Positivos Negativos Não terá nenhuma influência
Foto: Divulgação
que existe demanda e previsão de investimentos na infraestrutura do País, incluindo a exploração do Pré-Sal, que exigirão grandes aportes de dinheiro. “Sempre que temos cenários como esses surgem ótimas oportunidades, tanto para o segmento como para a companhia”, comemora o porta-voz da Schneider Electric. A TS Shara, fabricante de equipamentos de proteção de energia, espera aumentar em 28% as vendas de nobreaks em 2014, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste do País, que carecem de sistemas de proteção de energia em razão da alta concentração de chuvas e raios que ocorre no primeiro trimestre do ano. “Apesar do otimismo conservador, apostamos em um ano de crescimento na casa dos dois dígitos. Esperamos transformar os desafios em boas oportunidades de negócios”, A preocupação destaca Pedro Sakher Al Shacom a eficiência ra, CEO da TS Shara. Em 2013 energética criará a empresa registrou aumento oportunidades para a empresa, em de 27% no faturamento, em função das soluções comparação a 2012. O execuque ela pode tivo atribui o bom desempeoferecer. nho de 2013 a mudanças na João aderaldo schneider electric estratégia de mercado, como a entrada em novos setores entre eles o segmento corporativo de médio e grande porte; a oferta de produtos
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potência
17,4%
82,6%
Positivos Negativos Nenhum impacto
*Enquete realizada pela Revista Potência junto a 23 indústrias do setor
O resultado de uma enquete feita pela revista Potência com indústrias do setor eletroeletrônico revela números positivos, quanto ao balanço do ano de 2013. Das 23 empresas que preencheram o questionário (43 foram convidadas), apenas uma disse que houve queda nas vendas. Uma informou que o quadro foi de estabilidade e outra não respondeu esse item. As demais apresentaram crescimento. Outra questão tratava da projeção de vendas para 2014. De novo houve um registro de estabilidade e outro de queda. Segundo a expectativa das outras 21 empresas, haverá crescimento. Seis delas, inclusive, esperam aumentar as vendas em mais de 20%. O leitor pode acompanhar o resultado detalhado das cinco perguntas feitas na enquete nos quadros dispostos ao longo desta matéria. Para 2014, a Schneider Electric revela uma postura otimista, inclusive mantendo previsão de crescimento. “Mesmo em um cenário econômico desfavorável, a preocupação com a eficiência energética e operacional cria inúmeras oportunidades para a Schneider Electric em função das soluções que podemos oferecer”, destaca João Carro Aderaldo. O executivo conta que a companhia planeja lançar novos produtos e seguir investindo para melhorar o atendimento prestado aos clientes. Aderaldo lembra
*Enquete realizada pela Revista Potência junto a 23 indústrias do setor
matéria de capa
mais focados no setor governamental e a participação em editais públicos. Pedro Al Shara considera que 2013 foi um ano desafiador, e acima de tudo, de preparação para as demandas que surgirão no mercado brasileiro em função da Copa do Mundo. “Ao longo de 2013 já provemos diversas empresas do setor de infraestrutura com equipamentos que permitirão a continuidade de seus negócios durante períodos de pico, como os que podem ser gerados pelo grande evento esportivo”, comenta. A expectativa da Abinee para 2014 é que o faturamento do setor tenha aumento de 5% em relação a 2013, atingindo R$ 165,1 bilhões. Os maiores crescimentos estão previstos para as áreas de Telecomunicações (18%), Componentes (9%) e Automação Industrial (8%). Equipamentos Industriais, Material de Instalação e Utilidades Domésticas devem crescer 5%. Já para o segmento de Informática é esperada queda de 1% no faturamento. A associação observa que a atividade do setor deverá continuar amparada pelo mercado interno, com destaque para o crescimento das vendas de tablets, smartphones e equipamentos industriais seriados. O número de empregados da indús-
tria eletroeletrônica deverá crescer 1%, chegando a 180 mil. Já o nível de investimentos permanecerá igual a 2013, ou seja, na casa dos R$ 3,9 bilhões. Como se vê, mesmo diante de um cenário tão diverso, o empresariado do setor eletroeletrônico acredita que haverá crescimento em 2014, ainda que discreto. Mas nada virá fácil. O ano de 2014 irá exigir toda criatividade, iniciativa, esforço, talento e ginga de que pudermos dispor. Se é verdade que o brasileiro não desiste nunca, e que tem orgulho e amor pelo País onde nasceu, como propaga a música que é ressuscitada pelos torcedores de futebol a cada quatro anos, agora é uma boa hora para provar.
Projeções para a Indústria Elétrica e Eletrônica Indicadores
2013
2014
Variação (%)
Faturamento (R$ milhões)
156.565
165.132
5%
Faturamento (US$ milhões)
72.150
70.269
-3%
Exportações (US$ milhões)
7.364
7.400
0%
Importações (US$ milhões)
43.407
45.100
4%
Saldo (US$ milhões)
-36.043
-37.700
5%
Emprego (milhares)
178,0
180,0
1%
Investimentos (R$ milhões)
3.957
3.963
0%
Investimentos (% do faturamento)
2,5%
2,4% Foto: Dreamstime
Fonte: Abinee
Balança comercial registra déficit ainda maior aposta pessoal (não uma posição oficial econômicos. Lamentavelmente não é bem da Abinee, como frisou) de que o dólar isso que a gente tem visto ultimamente”, poderá chegar a R$ 2,70 neste ano. Na reclama o presidente da Abinee. sequência, o executivo comentou como João Carro Aderaldo, vice-presidente avalia esse número: “Usando critérios da Schneider Electric tem uma opinião estritamente econômicos para avaliar em semelhante: “Talvez os aspectos mais que nível deveria estar o real, em relação negativos sejam a instabilidade e a falta ao dólar, a maioria dos economistas tem de previsibilidade da taxa de câmbio, o dito que deveria estar girando em torno que atrapalha muito o planejamento das de R$ 3,20. Quando a gente escuta as empresas”. empresas associadas à Abinee, percebemos que o câmbio a R$ 2,70 é um número bastante razoável”. Barbato disse “querer acreditar” que esse índice pode proporcionar a competitividade necessária ao Brasil, tanto para nos proteger das importações como também para viabilizar um pouco mais o mercado externo para o País. Independente de Apostamos em valores, conforme descrescimento taca Barbato, para ser na casa dos bom, o câmbio tem que dois dígitos. Esperamos estar equilibrado. “Para transformar os ter uma indústria pudesafios em boas jante no País é preciso oportunidades. regras estáveis e prePedro al shara ts shara visibilidade, em termos Foto: Divulgação
A Abinee projeta que a participação das importações de bens finais no mercado interno do setor eletroeletrônico chegará a 24,2%, em 2014. As exportações deverão se manter estáveis, enquanto as importações tendem a aumentar em 4%. Com isso, o déficit da balança comercial do setor deverá alcançar a casa dos US$ 37,7 bilhões, valor 5% acima de 2013. Esse número assusta, pois comprova uma forte tendência de alta nos últimos anos. Em 2007, por exemplo, o déficit da balança comercial da indústria elétrica e eletrônica foi de “apenas” US$ 14,7 bilhões. A questão cambial, a propósito, continua sendo um dos assuntos mais controversos da economia. Afinal, é sempre muito difícil conciliar o interesse de todos. É sabido que o câmbio influencia diretamente no custo dos produtos importados e também nas principais matérias-primas, como metais e plásticos que possuem cotação internacional. Mas, quando num nível mais alto, o câmbio acaba incentivando a produção local. Durante entrevista coletiva, no final de 2013, Humberto Barbato revelou sua
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retrospectiva 2013/Perspectivas 2014
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Avanço tímido Indústria de condutores elétricos registra baixo crescimento e expectativa dos fabricantes é de aumento moderado das vendas em 2014.
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desoneração do IPI e das ações voltadas à área habitacional, com o Programa Minha Casa, Minha Vida e a maior disponibilidade de crédito”, analisa. A SIL registrou crescimento de faturamento e Haverá um modesto de volume de vendas enaquecimento e consequente tre 5% e 10%. Entre as aumento nas dificuldades encontradas vendas no setor da durante o ano a empreconstrução civil e sa destaca a circulação no infraestrutura. mercado de produtos fora gustavo verrone ruas cobrecom de norma, prejudicando todos aqueles que procuram trabalhar corretamente, a escassez de mão de obra qualificada e os roubos de produto final, que ainda Foto: Divulgação
A
queda da atividade econômica no País refletiu nos resultados do segmento de fios e cabos. A associação que representa a área ainda não tem números fechados, mas, segundo especialistas ouvidos nesta matéria, em 2013 o desempenho oscilou entre a estabilidade e pequenos aumentos na demanda. O balanço final é positivo, graças, em grande parte, à construção civil. De acordo com o supervisor de Marketing da SIL, Rodrigo Morelli, os investimentos públicos e privados em infraestrutura, mesmo que abaixo do esperado, foram importantes para o desenvolvimento do setor. “Eles complementaram os efeitos positivos que já vemos nos últimos anos por conta da
para concessão de rodovias, aeroportos e exploração do pré-sal: “Esperamos fornecer produtos e soluções para essas obras, assim como o aumento da demanda por nossos produtos”. Ruas diz ainda que o menor número de dias úteis em 2014, por conta da série de eventos programados para o País, não deverá influenciar no desempenho da empresa: “Acredito que não haverá mudanças, pois a tendência é A expectativa é a antecipação das compras por atingir os mesmos índices verificados parte do mercado”. em 2013, com Rodrigo Morelli, da SIL, aumento de acredita que 2014 não será um 5% a 10% no ano muito diferente do antefaturamento. rior, em termos de crescimento. rodrigo morelli sil Para ele, a questão cambial e a inflação ainda deverão afetar a economia, mas outros investimentos públicos, como as concessões anunciadas, deverão elevar a atividade de alguns setores econômicos. “O País é carente em infraestrutura em diversas áreas, e projetos como esses se de construção civil, como já tem ocorrido. fazem urgentes. Todas essas obras estão Ele também confia que os programas de diretamente relacionadas ao setor de fios habitação e saneamento ajudarão a mane cabos e temos totais condições de forneter o bom ritmo do setor em 2014. cer materiais para esses projetos”, garante “Acreditamos que o ano proporcionao executivo. rá crescimento e a expectativa é que a SIL Morelli destaca ainda que os grandes registre os mesmos índices verificados em eventos esportivos são uma oportunidade 2013, com aumento de 5% a 10% no fapara o desenvolvimento de projetos na área turamento”, revela. Foto: Divulgação
estariam ocorrendo em grandes volumes. A comercialização de produtos fora de norma, configurando concorrência desleal, é um problema citado também por Gustavo Verrone Ruas, diretor Comercial da Cobrecom Fios e Cabos Elétricos. Outro ponto negativo do ano, segundo ele, foi a instabilidade monetária e da economia, que gerou momentos de desaquecimento no mercado. Em 2013 a Cobrecom contabilizou 8% de aumento nas vendas, resultado considerado apenas satisfatório pela companhia. Gustavo Ruas informa que durante o ano os investimentos estiveram concentrados no upgrade do parque fabril, na melhoria do atendimento aos clientes e nas novas tecnologias para agilizar e aperfeiçoar a fabricação dos cabos não halogenados (Superatox). Com os investimentos promovidos no ano passado a Cobrecom pretende melhorar seus resultados em 2014. A previsão é de crescimento de 8%. “Acredito que haverá um modesto aquecimento e consequente aumento nas vendas no setor da construção civil e infraestrutura”, projeta Ruas, destacando ainda que a empresa pretende continuar investindo em novas linhas de produtos e em alta tecnologia. O executivo da Cobrecom mantém boas expectativas também em relação aos possíveis negócios que venham a ser gerados por conta da realização dos leilões
retrospectiva 2013/Perspectivas 2014
Desempenho positivo Novas tecnologias e busca por eficiência energética puxam as vendas e norteiam os investimentos na área de iluminação.
A
indústria de iluminação registrou incremento de 4% nas vendas em 2013, em relação ao ano anterior. O faturamento saltou de R$ 3,8 bilhões para R$ 4 bilhões. Para a Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação), o desempenho positivo deve-se à oferta de produtos mais eficientes (fontes de luz e luminárias) e à evolução do mercado com a chegada de novas tecnologias. Também ajudou nas vendas a redução da alíquota do IPI aplicado sobre luminárias. Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, presidente da Abilux, ressalta que o setor foi penalizado por problemas como aumento dos custos com mão de obra, variação cambial e falta de financiamento para os projetos 24
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atividade, a Abilux cita a variação cambial e a indisponibilidade de recursos financeiros. Para este ano a Abilux está planejando uma série de ações para impulsionar o setor. Uma delas envolve o estabelecimento de uma Política Nacional para apoiar o desenvolvimento e a fabricação de produtos com tecnologia LED no território nacional. Também serão buscadas parcerias para fomentar o desenvolvimento de produtos que se destaquem pela tecnologia e design visando incrementar as exportações. Tradicional provedora de soluções em iluminação, a Intral S/A registrou em 2013 um crescimento de 10%, em relação a 2012. Para este ano, a empresa aposta na tecnologia LED para atingir suas metas de crescimento. A expectativa é que os negócios tenham incremento de 15% neste ano. “Temos expectativas de um forte aumento nas vendas de produtos LED, principalmente em função dos lançamentos desses artigos e de alguns itens em LED de fabricação nacional”, adianta Edson D´Arrigo, diretor-presidente da Intral. Para a companhia, a regulamentação dos produtos baseados na tecnologia LED irá aumentar a competitividade das empresas e importadores, que precisarão estar em conformidade com as novas exigências. Neste ano a Intral irá participar de três feiras do segmento a fim de impulsionar os negócios. A instalação de um novo Centro de Distribuição, em Belém (PA), é outra estratégia que sairá do papel neste ano. A medida irá agilizar o atendimento aos clientes da região Norte do País. Por fim, a Intral pretende ampliar as exportações, com destaque para a América Latina. “Estamos prospectando novos clientes e em vias de concretizar importantes parcerias no Chile, em Cuba e no Panamá”, adianta D´Arrigo.
de eficiência energética. Para 2014, a Abilux espera que seja possível repetir o índice de crescimento de 4%. Entre as apostas do setor para este ano está a realização da Expolux. A 14ª edição da Feira Internacional da Indústria da Iluminação está marcada para acontecer entre os dias 22 e 26 de abril, em São Paulo. A expectativa é positiva também em função dos negócios que poderão ser gerados pela Copa do Mundo e OlimpíSetor foi penalizado por adas e até mesproblemas como aumento dos custos com mão de mo pelas eleições. obra e variação cambial. Entre os fatores Carlos eduardo uchôa que poderão lifagundes Abilux mitar o nível de
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matéria de capa
retrospectiva 2013/Perspectivas 2014
Período delicado criam dificuldades para o setor de geração, transmissão e distribuição de energia.
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cas para poder fazer frente a um problema nas termelétricas, que produzem energia criado”, critica. mais cara. Para o dirigente do Instituto Acende Logo as distribuidoras se viram desconBrasil, a consequência desses fatos foi um tratadas num volume importante de energia, terrível abalo na confiança que os investidoe, com a não realização do esperado leilão res tinham no setor. Esse trauma, prossegue A-1 no ano passado (que seria uma obrigaele, ajuda a afugentar os investimentos ou ção do governo), foram forçadas a comprar os torna ainda mais caros. energia no mercado de curto prazo. Este, “Em 2013 assistimos a promulgação de por sua vez, estava com os preços altíssiuma sucessão de MPs e decretos para mimos, justamente devido ao uso acentuado da energia térmica. O governo decidiu então dar a um encargo setorial, o CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) a atribuição de suportar o caixa das distribuidoras - o dinheiro foi injetado pelo Tesouro Nacional. O problema, explica Sales, é que as distribuidoras deverão cobrar dos cidadãos futuramente para ‘devolver’ o dinheiro ao funEm 2013 houve um grande do. “Daqui a cinco anos abalo na confiança que os investidores tinham sobre o consumidor vai ter que o setor elétrico, que deixou pagar uma conta que ele de ser economicamente nem sabe do que é. Trasustentável. ta-se de uma espiral de cláudio sales Instituto acende brasil artificialidades econômiFoto: Divulgação
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ois mil e treze foi bastante crítico para o setor elétrico. O resumo é de Cláudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, ao destacar que nesse ano foram percebidas “graves consequências” que teriam sido geradas a partir da publicação da Medida Provisória 579, além de outras MPs e decretos subsequentes. O problema começou a ganhar contornos a partir da publicação da MP 579, em setembro de 2012. Resumidamente, o documento continha regras para renovação das concessões do setor elétrico que estavam para vencer e prometia a redução da conta de energia para o consumidor. A diminuição da tarifa de eletricidade de fato ocorreu, em boa parte, porém, “graças a artificialidades sem sustentação econômica ou de longo prazo”, conforme aponta Cláudio Sales. Como consequência, o valor das ações de diversas empresas do setor elétrico despencou no mercado. Paralelamente, como o consumo seguia aumentando mais do que as reservas do País, foi necessário acionar mais as usi-
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Avanço das importações e efeitos da MP 579
tigar os efeitos negativos da MP 579, mas que no seu conjunto fizeram com que o setor elétrico brasileiro deixasse de ser economicamente sustentável”, lamenta Sales. Na opinião do executivo, 2014 será bastante complexo, possivelmente atrapalhado pela politização das discussões, devido à realização das eleições. Para Cláudio Sales, por ser fundamental para o desenvolvimento de qualquer país, o setor elétrico precisa ser tratado com visão de estado, de longo prazo, e não sofrer influências de cunho político-eleitoreira. “Vejo com muita apreensão os riscos a que estaremos expostos ao longo deste ano”, revela. Um dos desafios apontados pelo dirigente envolve a oferta e consumo de energia. Para Sales, o País tem problemas complexos nessa área que poderão sofrer agravamentos em 2014. Quanto à construção das usinas e linhas de transmissão, por exemplo, ainda há uma grande insegurança em relação aos processos de licenciamento ambiental. E aqui não falamos somente do licenciamento, propriamente dito, mas também do receio de
interferências como invasões de usinas e ações de vandalismo - obstáculos capazes de provocar atrasos significativos nas obras. “Essas questões já vêm de algum tempo, e não sou otimista a ponto de achar que elas estarão resolvidas em 2014. É algo que ainda estará presente, com consequências difíceis de medir”, aponta. Por fim, Cláudio Sales destaca que o Brasil continuará precisando contar com o funcionamento das
usinas termelétricas. O dirigente faz questão de destacar a “bravura” das empresas do setor elétrico ao desenvolver o que ele chama de “espetacular capacidade de resistência”, para fazer frente aos problemas citados. Entretanto, Sales faz um alerta: as companhias elétricas estariam “muito perto” de seu limite.
Consumo de energia subirá 4,3% A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) atualizou as previsões para o consumo de energia elétrica no horizonte de dez anos. O crescimento médio anual da demanda total de eletricidade (que inclui consumidores cativos, livres e autoprodutores) será de 4,3%, nos próximos dez anos, atingindo 781,7TWh (terawattshora) em 2023, contra os 514TWh atuais. A taxa considera um crescimento do PIB de 4,3% ao ano. Para 2014, a previsão é de que haja um crescimento do consumo de 3,8%. Em 2013, segundo dados preliminares, o consumo de energia cresceu 3,5%.
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Foto: Ricardo Brito/Grau 10
Indústria tem crescimento moderado
transmissão de energia. De acordo com o executivo, Exportador de são vários os fatores que afetam minério de ferro, a competitividade dessa indúso Brasil ampliou tria no País, como variação camimportações de perfis metálicos bial, altos custos de matéria-pripara montagem ma, encarecimento da mão de de torres de obra e infraestrutura ineficiente transmissão de e cara. “Levar um transformador energia. até o porto custa 10% do valor newton duarte abinee do produto. E para levar do porto até outro país custa 1,5%”, rede elétrica, a KRJ confirmou que o desemcompara Duarte. penho do ano de 2013 ficou abaixo das exO executivo da Abinee também consipectativas iniciais por conta do problema. derou que a área de GTD teve um ano difícil “No mercado interno, estamos sofrendo as devido ao “cataclismo” provocado pela MP consequências do corte de investimentos por parte das distribuidoras de energia, em função da Medida Provisória 579”, reclaO aumento das importações é uma das adversidades mou o engenheiro Roberto Karam Jr., direque mais preocupam o setor. No ano passado, as tor Comercial da KRJ. A empresa registrou um crescimento de encomendas do exterior tiveram aumento de 30%. 35% no volume de vendas em 2013. Apesar desse resultado parecer extremamente positivo, Karam observa que a expectativa inicial era crescer 54%. “E somente conseguimos 579. “O setor de geração, que dava lucro, mos importando apenas sistemas de alta atingir esse crescimento (35%) em função hoje dá prejuízo”, lamentou o porta-voz, tecnologia agregada. Conforme destaca de nossas vendas para o mercado internadurante entrevista coletiva no mês de deNewton Duarte, diretor da área de GTD da cional e do lançamento de novos produtos”, zembro. Abinee, mesmo sendo o maior exportador argumenta. As exportações da KRJ subiram Fabricante de minério de ferro do mundo, o Brasil am40%, em relação a 2012. de conectopliou em 41% as importações de perfis meAs previsões da KRJ para 2014 não res para a tálicos utilizados na montagem de torres de são nada otimistas: a empresa projeta uma queda na ordem de 20% no volume de vendas. “Com certeza a queda nos investimentos por parte das distribuidoras será maior”, diz Karam. Além disso, o executivo acredita que os grandes eventos previstos para o ano Às 15h38 do dia 30 de dezembro a usina hidrelétrica Itaipu Binacional bateu prejudicarão as atividades do setor, não só o recorde mundial de geração de energia elétrica. O empreendimento fechou o atrapalhando o andamento das negociaano com a produção histórica de 98.630.035 megawatts-hora (MWh). O recorde ções, mas também gerando perda de proanterior era de 2012 – 98.287.128MWh. Desde 1984, quando Itaipu começou a dutividade. operar, foram gerados 2.135.680.660MWh. Em 2013, Itaipu atendeu 16,9% da A Copa do Mundo tende a quebrar o ritdemanda brasileira de energia e 75% do mercado paraguaio. mo de trabalho nos dias de jogos da seleção brasileira. Nesta edição do torneio, em par-
Itaipu bate recorde de geração
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A exemplo das concessionárias de serviços, a situação da indústria que fornece produtos e equipamentos para os segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia também não é nada confortável. Segundo estimativa da Abinee, a área de GTD deve fechar o ano de 2013 com faturamento de R$ 16 bilhões, o que representa um crescimento de 5% em relação a 2012. O aumento das importações é uma das adversidades que mais preocupam o setor. No ano passado, as encomendas do exterior tiveram aumento de 30%. As importações de grupos eletrogêneos, por exemplo, subiram 109%. Mas engana-se quem pensa que esta-
A energia eólica se destacou fortemente em dois leilões realizados no finalzinho de 2013. No Leilão de Energia A-3/2013 (novembro), foram contratados 39 empreendimentos eólicos, somando uma capacidade instalada de 867,6MW. O preço médio foi de R$ 124,43/MWh. Em dezembro, no 2º Leilão de Energia A-5/2013, foram contratados 97 empreendimentos de parques eólicos, com capacidade instalada de 2.337,8MW e preço médio de R$ 119,03. A energia eólica tem hoje participação de 2% da matriz brasileira, configurando a segunda fonte mais competitiva do País, atrás da hidrelétrica.
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Energia eólica conquista espaço
Estamos sofrendo as consequências do corte de investimentos por parte das distribuidoras de energia, em função da Medida Provisória 579. roberto karam jr - krj
ticular, Karam acredita que haverá maiores problemas devido ao maior fluxo de visitantes que receberemos e às deficiências na infraestrutura do País. “Imagine o que teremos que enfrentar para fazer viagens de negócios nesse período. Já as eleições deste ano, por envolverem diretamente o Poder Executivo,
terão um peso maior, o que irá dificultar o planejamento de futuras ações”, acredita. De acordo com Karam, a estratégica a ser adotada em 2014 é a de “sobrevivência”. As metas traçadas envolvem o rigoroso controle dos custos, a consolidação da introdução no mercado dos conectores KBEX,
KMED, KLOK e KATRO e o forte crescimento nas exportações. “O ano de 2014 irá exigir prudência e assertividade, acima de tudo”. De acordo com projeções traçadas pela Abinee, a área de GTD poderá atingir um crescimento de 5% em 2014, chegando aos R$ 16,7 bilhões de faturamento.
Só quem está há mais de 40 anos no topo do mercado sabe que o brasileiro exige sempre o melhor. Por isso a Nambei investe constantemente em tecnologia de ponta, produzindo uma completa linha
matéria de capa
retrospectiva 2013/Perspectivas 2014
Anos difíceis Distribuição e varejo de material elétrico têm momento complicado, com baixo índice de crescimento.
Desempenho do comércio de material elétrico Distribuição 2013 - crescimento de 6% 2014 - crescimento de 5% Varejo 2013 – crescimento de 4% 2014 – crescimento de 3% 30
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vez mais importantes para as empresas”, complementa Payaro. Um dos principais players do setor, a Sonepar, entende que entre os avanços do ano merece destaque o esforço do governo em promover a transparência nos negócios, através de ferramentas como o SPED Contábil, o SPED Fiscal e a Substituição Tributária, que restringem as possibilidades de manobras irregulares. Dentre as dificuldades, o grupo cita a complexidade fiscal, que gera grande burocracia e, consequentemente, exige uma à realização das eleições. “Estamos consienorme máquina para a gestão dos seus derando um ano próximo ao de 2013, com parâmetros. A venda direta feita por alcrescimento para o setor em torno de 5%”, guns fabricantes também foi citada como calcula o dirigente. um dos maiores problemas do setor. Líder Payaro ainda avaliou a influência camno mercado nacional de distribuição de bial no mercado e comentou sobre a estimaterial elétrico, a Sonepar Brasil, grupo mativa feita por alguns empresários de que formado por oito empresas, registrou em o dólar pode chegar a R$ 2,70 neste ano. 2013 crescimento de 7,5% nas vendas, em De acordo com ele, a alta do dólar aurelação a 2012. Já o comércio varejista de material elétrico registrou altos e baixos em 2013, fechando o ano com um crescimento de aproximadamente 4% no estado de São Paulo, patamar considerado razoável pelas lideranças do setor. Para 2014, a Abreme prevê um ano ainda mais complicaEstamos do, sem grandes perspectivas de considerando um crescimento. De acordo com Roano próximo ao de 2013, com um berto Payaro, a Copa do Mundo crescimento para não deverá agregar praticamente o setor em torno nada ao setor. Além disso, as dede 5%. cisões de investimento tendem a roberto payaro abreme sofrer mais postergações, devido Foto: Divulgação
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setor de distribuição de material elétrico teve um ano de 2013 bastante difícil, com crescimento estimado em 6% - um índice baixo, segundo avaliação da Abreme (Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos). De acordo com o diretor Colegiado Roberto Payaro, vários fatores contribuíram para esse resultado. Como a indústria fechou com crescimento tímido, os investimentos acabaram sendo postergados. Já a construção civil imprimiu uma forte desaceleração, a partir do segundo semestre. Um ponto favorável citado pelo executivo envolve a área de serviços, principalmente manutenção industrial, que teve sustentação pelo ritmo de produção constante do ano. “Os avanços não foram grandes. O que posso citar como pontos importantes é a continuidade na automação dos processos e o reforço no treinamento das equipes, fatos cada
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mentaria a competitividade das empresas brasileiras que exportam, porém, pressionaria ainda mais a inflação. “Particularmente, não acredito que em um ano eleitoral o governo permita uma trajetória na ordem dos R$ 2,70. Eles não medirão esforços para manter o dólar em um patamar abaixo de R$ 2,50”, acredita o diretor da Abreme. Também para a Sonepar a expectativa do cenário econômico em 2014 é de repetição de 2013. Entretanto, o grupo aposta nas parcerias que construiu e em suas próprias iniciativas para ir adiante. A previsão do grupo é crescer 10% neste ano. Na opinião de Marco Aurélio Sprovieri Rodrigues, presidente do SincoElétrico (Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos no Estado de São Paulo), 2014 será um ano delicado para o setor, com crescimento de 3%. Um dos motivos que vêm tirando o sono dos lojistas é o alto nível de endividamento da população, o que mina o poder de compra. “As despesas das famílias têm crescido mais do que a renda. Isso é preocupante em médio prazo”, comenta. Sprovieri revela preocupação também com a alta da inflação. Para ele, o governo se vale de “artifícios conLogística tábeis” para conter a escalada dos Lojistas terão que preços, mas esse combate estaria prestar atenção ficando apenas no papel. “Ele está ao cronograma de entregas durante os colocando recebíveis como recebieventos programados do, contando com receitas futuras, para este ano. segurando o preço dos combustí-
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
veis e a tarifa de energia. Isso tudo é inflação represada que vai se materializar em algum momento. Não obstante o governo esteja fazendo todos esses artifícios, a inflação vem Empresário vai ter que subindo mês a mês. Quer passar o ano com o dizer, os artifícios não umbigo no balcão, atento estão sendo suficientes ao comportamento da sua clientela e dos para contê-la”, critica o fornecedores. dirigente. marco aurélio Sprovieri O grande risco, prossincoelétrico segue Sprovieri, é que a inflação provoca efeitos nocivos no mercado como um todo, corroendo o poder de compra do consumidor e dificultando a formação e administração dos estoques por parte dos lojistas. Indagado sobre que orientação daria aos lojistas, Sprovieri recomenda uma postura de atenção ao comportamento do merele não irá tomar dois”, ilustra. cado, de forma a evitar o endividamento e o O dirigente recomenda aos lojistas redoexcesso de estoques. “O empresário vai ter brarem a atenção nos dias próximos ao Carque passar o ano com o umbigo no balcão, naval, Copa do Mundo e eleições para não atento ao comportamento da sua clientela descuidar da logística, garantindo que as e dos fornecedores”, comenta o presidente entregas programadas sejam feitas. “Tudo do SincoElétrico. tem que ser monitorado permanentemente As lideranças ligadas ao comércio copara não gerar prejuízo. É preciso se orgamentaram também sobre a influência dos nizar”, alerta Sprovieri. eventos sobre os negócios. Sprovieri destaRoberto Payaro, da Abreme, acredita cou que a indústria, quando deixa de funque os eventos de fato resultarão em mecionar um dia, consegue repor a produção nos dias úteis, o que tende a prejudicar o retrabalhando uma hora a mais ao longo de sultado das empresas. “Como dependemos alguns dias, o que não é possível no comérem boa parte da manutenção das indústrias cio. De acordo com ele, uma loja, quando e da construção civil, teremos nesses dias deixa de vender por algum motivo, acaba paralisações que afetarão o faturamento, e ‘perdendo’ aquele momento. “Se alguém ia com raras exceções, será muito difícil recutomar um sorvete hoje, e não foi, amanhã perar esses dias”, acredita.
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Equipamentos a seco e que utilizam óleo vegetal conquistam espaço do setor de transformadores de força de média tensão, mas soluções com óleo mineral ainda representam maior parte das vendas. Reportagem: Marcos Orsolon
Tradição e evolução N
o setor eletroeletrônico nem sempre é possível acrescentar inovações tecnológicas a pro dutos mais tradicionais. Em ge ral, ou estes equipamentos acabam cedendo lugar a outros, mais modernos e eficientes, ou eles permanecem no mercado com carac terísticas que pouco evoluem, seja porque já atingiram o ápice no que tange à tecnologia empregada, ou porque realmente oferecem pouca possibilidade de evolução – vide as lâmpadas incandescentes. Mas há também nesse segmento algu mas soluções que unem a tradição e o novo, maturidade e inovação. São equipamentos que se consolidaram no mercado ao longo de décadas de atuação, mas que não para ram no tempo. Ao contrário, oferecem a possibilidade de evolução. E é isso que vemos hoje no mercado
de transformadores de força, ou de potên cia, de média tensão. Apesar de ainda ser amplamente do minado pelos tradicionais equipamentos que utilizam o óleo mineral como isolan te, este setor tem registrado importantes avanços nos últimos anos, com os diversos fabricantes investindo para ampliar os ní veis de segurança e de eficiência energéti ca dos produtos. Mas o que é o transformador de for ça e qual sua importância nas instalações elétricas? Grosso modo, o transformador de po tência foi desenvolvido para elevar ou rebai xar as tensões de transporte, distribuição e consumo nas redes de energia elétrica. Ou seja, ele permite que a tensão seja regulada para as mais variadas aplicações, sem contar que também ajuda a reduzir as perdas de energia durante a transmissão e distribuição. Como explica o departamento de Mar keting da Unidade Transmissão & Distribui ção da WEG, no caso das distribui doras este tipo de equipa potência
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Transformadores de Força de Média Tensão
mento permite que se reduzam as tensões de transmissão para valores que possam ser utilizados pelos consumidores industriais, ou distribuídos pelas redes alimentadoras dentro e fora das cidades. Com isso, temos energia segura disponível nas residências ou outros pontos de utilização. Alexandre Malviero, gerente de Vendas e Marketing de Transformadores da ABB, observa que esses equipamentos podem ser divididos em dois grupos. Um deles é o chamado transformador de força, que é uti lizado para gerar, transmitir e distribuir ener gia em subestações e concessionárias. Eles possuem potência de 5 a 500MVA e quan do operam em alta tensão têm até 800kV. O outro grupo é o do transformador de distribuição, que é utilizado para rebaixar a tensão para ser entregue aos clientes finais das empresas de distribuição de energia. São normalmente instalados em postes ou em câmaras subterrâneas e possuem potência de 5 a 300kVA, sendo que o enrolamento de alta tensão têm tensão de 15, 24,2 ou 36,2kV, e o enrolamento de baixa tensão tem 380/220 ou 220/127V. No Brasil, a falta de dados oficiais di ficulta o levantamento do tamanho desse segmento. No entanto, há algumas estima tivas que indicam que ele possa movimentar
algo em torno de R$ 2,5 bilhões por ano. E, apesar dos baixos índices de crescimen to do País nos últimos anos, as vendas têm registrado leve Consumo de aquecimento. transformadores Edi Carlos Martins dos de força tem sido puxado pelos Santos, gerente de Marketing investimentos da Schneider Electric, comenta nos setores de que o mercado tem apresenta infraestrutura e do crescimento moderado por construção civil. Edi carlos que nem todos os setores têm martins dos santos registrado avanços. O que tem Schneider electric puxado o consumo de transfor madores são os investimentos no setor de infraestrutura pesada e no seg mento de construção predial. “O problema é que nos últimos anos observamos uma usina de Belo Monte e Santo Antônio. Es redução na indústria. Por isso temos este ses empreendimentos geram uma demanda crescimento moderado, entre 3% e 5%. É importante por transformadores não apenas um pouco acima do PIB, com alguns setores na região, mas ao longo de toda a cadeia, dando um salto, como o de energias renová da geração até a distribuição de energia. veis e o de construção predial, que em 2013 Alexandre Malviero, da ABB, completa: teve muito investimento em edifícios comer “O fator principal que impulsiona a venda ciais, shoppings e nos próprios estádios para dos transformadores de força são os proje a Copa do Mundo”, observa Edi Carlos. tos de concessão de energia, tanto geração Jens Peter, diretor da divisão de Transfor quanto transmissão. Porém, a idade média madores da Siemens no Brasil, lembra que que vem atingindo o parque instalado destes outro investimento importante tem ocorrido equipamentos também vem gerando muitas no norte do País, na construção das grandes oportunidades de substituição”. hidrelétricas do rio Madeira, que incluem a Foto: Divulgação
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Tecnologias à disposição no mercado
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Quanto aos modelos disponíveis aos usuários, o mais comum, ou mais visível é o transformador de poste. No entanto, também são encontrados no mercado os transformadores de chão, o tipo pedestal e os subterrâneos. Alexandre Malviero destaca que os transformadores de distribuição (poste) monofásicos ou trifásicos são especialmen
te projetados para alimentação de cargas residenciais de distribuição aérea, também sendo aplicados para cargas de iluminação comercial e industrial. “Eles são projetados para condições de aplicação normalmente encontradas em sistemas de distribuidoras de ener gia. E são os mais comumente vistos, instalados em sua quase sua totalidade
Além de elevar e rebaixar a tensão durante o transporte de energia, equipamentos ajudam a reduzir perdas.
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em postes. Já os transformadores do tipo subterrâneo podem ser construídos com potência entre 300 e 2.500kVA e são es pecialmente projetados para aplicação em sistemas de distribuição subterrâneos, principalmente em centros urba nos de regiões metropolitanas”, mercado explica Malviero, que também faz Setor menção aos transformadores tipo movimenta cerca de R$ pedestal: “Eles podem ser cons 2,5 bilhões truídos com potência entre 15 e por ano. 1.500kVA e são especialmente projetados para aplicação em sis temas de distribuição subterrâne os, alimentando shopping centers, condo mínios residenciais, escolas, instituições e estabelecimentos industriais”. Além desses modelos, há uma divisão em função da própria tecnologia empre gada nos equipamentos. No caso, há os já neral pode ser regenerado. Ou seja, de citados transformadores com isolamento pois que ele pega propriedade dielétrica, a óleo mineral, as soluções que utilizam é possível fazer sua regeneração para óleo vegetal como material isolante e os nova utilização. Já o vegetal não permite transformadores a seco, sendo que os dois essa regeneração, portanto, depois que últimos têm conquistado mais espaço no ele pega propriedade dielétrica de refri mercado nos últimos anos. geração deve ser descartado, ou melhor, Wagner Leopoldino, chefe de Produto incinerado. de Transformadores da Schneider Electric, Por outro lado, o óleo vegetal ofere explica que os transformadores a óleo mi ce vantagens relevantes. Primeiro, por neral dominam o mercado por conta dos que trata- se de um óleo biodegradável, custos, já que ainda são mais baratos que ou seja, mais amigável ao meio ambiente os equipamentos a óleo vegetal. Outra - enquanto o mineral, em caso de vaza vantagem está no fato de que o óleo mi mento ou explosão, traz riscos de conta
minação ao ambiente e às pessoas. Além disso, o óleo vegetal tem um ponto de ful gor mais elevado, o que lhe confere mais segurança. Geralmente, o óleo mineral tem ponto de fulgor de 140ºC - embora o silico ne possa chegar a 300ºC -, enquanto que o vegetal chega a 330ºC. Significa que o óleo vegetal precisa de uma temperatura muito maior para pegar fogo. “O óleo vegetal é uma fonte renová vel de energia, biodegradável, reciclável e de fácil descarte. Pode ser considerado uma revolução em fluídos isolantes para transformadores, pois apresenta carac
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Transformadores de Força de Média Tensão
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mais segurança na operação e reduz ris cos de incêndio em subestações”, afirma Alexandre Malviero, da ABB. Essas e outras vantagens têm levado vários fabricantes a apostar nas linhas a óleo vegetal, que tendem a conquistar mais espaço no futuro. “Temos grandes projetos em torno do óleo vegetal, pois ele tem várias vantagens no custo total da subestação em comparação com o óleo mineral. A subestação pode ser menor que a que usa o óleo mi Temos grandes neral. E a subestação e o trans projetos em torno do óleo vegetal, formador podem ficar mais per pois ele tem várias tos da produção de energia. É vantagens no custo uma grande vantagem. Temos total da subestação os primeiros projetos e estamos em comparação discutindo o óleo vegetal, mas com o óleo mineral. jens peter hoje ainda o mineral domina o siemens mercado”, comenta Jens Peter, da Siemens. Outro aspecto a ser considerado é que os transformadores a óleo (mineral ou ve getal) estão disponíveis em dois tipos de tecnologias: o equipamento aletado, que é o mais comum, e o com tanque corrugado, terísticas como alta estabilidade térmica que é uma tecnologia muito disseminada e ponto de combustão muito acima dos na Europa e que está crescendo no Brasil. óleos minerais. Além disso, proporciona
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Em linhas gerais, a tecnologia do tan que corrugado permite o preenchimento integral do óleo no momento em que ele aquece e expande. Ou seja, ele permite que a expansão ocorra no próprio trans formador, sem ter o contado com a atmos fera externa, reduzindo o risco de conta minação do óleo com o ar e, consequen temente, diminuindo a necessidade de manutenção preventiva, lembrando que a recomendação é que se faça a cada ano, ou, no máximo, até três anos, a verifica ção do óleo nos transformadores comuns, e a cada dez anos no corrugado. “Essa é uma tecnologia em que apos tamos muito e é um diferencial para os clientes que estão fazendo o investimento no transformador. O preço é similar ao de um transformador aletado, que é o con vencional utilizado no mercado. Porém, com um custo menor de operação”, res salta Wagner Leopoldino. Edi Carlos completa: “A tecnologia do transformador com tanque corrugado re duz a contaminação do óleo com o ar e isso prolonga a vida do transformador a óleo, que é justamente um dos problemas desse tipo de equipamento quando com parado ao transformador a seco”. Aliás, a manutenção, ou a baixa ne cessidade de manutenção, figura entre as principais vantagens do transformador a seco. É verdade que ele normalmente exi ge um investimento mais alto no ato com pra na comparação com os equipamentos com isolação a óleo, mas permite ganhos expressivos na manutenção e operação. “O transformador a seco tem vanta gens que incluem o fato dele não ter prati camente manutenção, ser sustentável por não emitir nenhum gás tóxico, contami nante ou inflamável, e seguro por ser au toextinguível. Esse tipo de transformador é indicado para instalação em ambientes internos e de alta circulação de pessoas como aeroportos, shopping centers, edi fícios comerciais, ou indústrias. Além dis so, também pode ser empregado no se tor de energia eólica”, comenta Alexan dre Malviero.
Empresas apostam em mais crescimento dos próprios equipamentos a óleo vegetal, timentos em transmissão e geração atre que tendem a avançar, espera-se que, cada lados a grandes projetos de infraestrutura. vez mais, os produtos agreguem inteligên “Independentemente das oscilações cia ao seu funcionamento, principalmente econômicas, o mercado doméstico tem um para ampliar os parâmetros de qualidade, grande potencial de ampliação. O merca segurança e eficiência. do de exportação, principalmente Amé “Uma coisa importante é que esta rica Latina, também não pode deixar de mos agregando inteligência aos transfor ser mencionado, pois hoje, os fabricantes madores para facilitar a sua supervisão brasileiros são os principais responsáveis e manutenção. Estamos melhorando os pelo abastecimento de transformadores sistemas de monitoramento dos equipa de força (na região). A perspectiva é que o mentos”, revela Jens Peter, da Siemens. O segmento seguirá com crescimento sólido executivo explica que isso se torna fun nos próximos anos”, declara o executivo damental em situações, por exemplo, em da ABB, destacando que a empresa aca que a subestação fica numa área distante, ba de inaugurar uma planta em Blumenau de difícil acesso. para a produção de transformadores de “Esse sistema ajuda até a prever pos baixa tensão. síveis falhas futuras. E através desse mo Edi Carlos, da Schneider Electric, cita nitoramento eu tenho como avaliar alguns ainda que a expectativa da empresa é indicadores que podem revelar que é pre de que o setor de infraestrutu ciso fazer uma manutenção, por exemplo, ra apresente mais crescimento Transformadores nos próximos seis meses. Hoje, o transfor nos próximos anos, com inves a óleo mineral mador é diferente do que era no passado. timentos na área de transporte ainda dominam Está mais computadorizado, com mais in urbano e no setor de construção o mercado brasileiro. teligência”, completa Peter. predial. “No setor industrial tam Wagner leopoldino Edi Carlos, da Schneider Electric, tam bém apostamos em crescimento, Schneider electric bém cita que há avanços no sentido de se mas 2014 será apenas um pouco manter a faixa de tensão, com comutador melhor que 2013. Mas em três automático sobre carga. “Vemos as con a cinco anos nós apostamos que o avan cessionárias preocupadas com o nível de ço será maior na indústria. Esperamos por tensão, pois se aumenta muito o consumo, uma retomada, até pela melhora no cená ou a corrente, você reduz a tensão. Então, rio internacional”, ressalta. a concessionária tem interesse em fazer a Além do aspecto financeiro, os fabri comutação automática do secundário do cantes também acreditam na evolução transformador para garantir o nível de ten dos produtos, ou melhor, na continuação são que será entregue (ao usuário)”. da evolução dos produtos. No caso, além o departamento de Marketing da Unidade Transmissão & Distribuição da companhia, após os fortes investimentos em geração Próximos anos serão marcados por mais crescimento e transmissão por parte do governo, há a necessidade de se cumprir a próxima eta nas vendas de transformadores e por avanços pa, que é o investimento em redes de dis tecnológicos dos equipamentos. tribuição para fazer a energia chegar aos consumidores. “Esta é uma tendência para os próximos quatro anos”. Alexandre Malviero, da ABB, entende que o futuro aponta para uma tendência muito positiva com a sequência de inves Fotos: Divulgação
Os principais players do mercado de transformadores estimam que as vendas deverão permanecer aquecidas nos próxi mos anos, inclusive com maior movimen tação em torno dos clientes industriais. A WEG, por exemplo, considera que o mercado está em expansão no Brasil, prin cipalmente porque está diretamente liga do às distribuidoras de energia. Segundo
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf eletricidade estática
Discreta e
perigosa
Eletricidade estática oferece riscos relevantes em áreas classificadas, como fonte de ignição que atua de forma silenciosa e invisível.
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Reportagem: marcos orsolon
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feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
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omo já destacamos diversas vezes nesse espaço, áreas classificadas exigem atenção redobrada, estejam elas presentes em uma indústria, numa empresa de serviços, armazém de açúcar ou em qualquer outro lugar. E um dos principais cuidados nesses ambientes está relacionado às fontes de ignição, ou melhor, ao controle delas. Nesse universo, há uma fonte que muitas vezes passa despercebida: a eletricidade estática, ou eletrostática que, por ser discreta, é responsável por um grande número de acidentes. O fato é que quando pensamos em fontes de ignição em áreas classificadas, normalmente vêm à mente produtos e equipamentos elétricos, eletrônicos, mecânicos ou magnéticos instalados na unidade. Isso porque eles são de fácil identificação e visualização. A eletricidade estática tem perfil diferente, pois não é palpável. Como ela não está envolvida em invólucros, não aparece fisicamente, ou seja, não pode ser vista. E aí é que reside o perigo. Pois ela pode se manifestar a qualquer momento, surgindo nos equipamentos de produção, nos produtos manipulados e ainda nos próprios operadores de processo. E, se o ambiente não estiver preparado para controlá-la, surge o risco de geração de uma centelha, que numa área classificada pode levar a uma explosão. “A eletricidade estática é um fenômeno que se apresenta em determinadas condições e sob certas circunstâncias. Então, temos que enxergá-la como uma fonte de ignição que independe dos sistemas elétricos ou eletrônicos. Ela é um fenômeno físico que é consequência, por exemplo, da manipulação de produtos inflamáveis, sendo que todos estes produtos são isolantes (em maior ou menor grau)”, comenta Nelson López, presidente da Associação Brasileira para Prevenção de Explosões (ABPEx). No dia a dia, o acúmulo de cargas estáticas ocorre em diversos locais e situações. O fenômeno acontece, por exemplo, quando se passa o pente pelo cabelo, ou quando a pessoa despe suas roupas no final de um dia de trabalho, especialmente se as peças forem de material sintético. Ou mesmo quando alguém caminha com sapatos de solado de borracha por um carpete. Mas, por não causar danos maiores à saúde das pessoas nesses momentos, essa carga acaba não chamando muita atenção das pessoas. Apoiador:
Apoio Institucional:
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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf eletricidade estática Mas quando analisamos a presença de eletricidade estática nos sistemas produtivos a realidade é diferente, e exige cuidados. Essas cargas podem, por exemplo, destruir compo-
nentes eletrônicos. E, como alerta Jefferson Valle Barcello, diretor da ESD Antiestáticos, uma centelha de estática pode ter efeitos catastróficos em uma atmosfera combustível. “Muitos
incêndios industriais e ferimentos pessoais podem ser diretamente atribuídos à ignição de uma atmosfera de vapor, gás ou pó, por uma centelha de estática”, afirma Barcello.
Cargas estáticas em ambientes de trabalho
em qualquer processo industrial no qual exista movimento, a união e separação de
caderno ex
materiais irá gerar eletricidade estática. irá gerar eletricidade estática. Isso pode ser representado pelo fluxo de líquido através de um cano, pelo pó descendo por uma calha, por um processo de mistura ou por uma pessoa andando ao longo do piso. “Se o objeto ou peça da instalação tiver um contato suficientemente bom com um ponto de terra, essa carga será dissipada conforme for sendo produzida. Porém, se o objeto estiver isolado do potencial de terra, a carga começará a se acumular, resultando em um aumento da tensão”, explica Barcello, destacando que as cargas podem
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re quando o funcionário trabalha com botas isolantes e circula sobre um piso que também tem características isolantes. O simples fato de caminhar com este calçado isolante sobre esta superfície já é suficiente para gerar eletricidade estática. Outro exemplo comentado pelo presidente da ABPEx ocorre quando há um tanque ou um reservatório carregado de produto inflamável, como acetona, querosene, gasolina ou óleo diesel, e é preciso transferir este material através de bombas e mangueiras para um caminhão ou para as máquinas que irão processá-lo ou utilizá-lo. “Porque todos estes produtos inflamáveis têm características de isolação elétrica. Então, quando você faz a transferência, o atrito do material isolante com as mangueiras, somado à pressão do produto e à sua velocidade dentro da tubulação vai gerar uma carga eletrosFoto: Ricardo Brito/Grau 10
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Grosso modo, podemos dizer que o principal risco causado pela eletricidade estática é a faísca de descarga que ela gera quando um material (que pode ser uma máquina ou uma pessoa, por exemplo) já carregado se aproxima de um corpo ligado à terra. Ou seja, é nesse momento que ela se configura numa fonte de ignição. Mas em que situações os corpos são carregados de cargas estáticas num ambiente de trabalho, seja ele uma indústria, comércio ou empresa de serviços? As maneiras são as mais variadas, o que reforça a necessidade de atenção máxima. Como ressalta Jefferson Barcello, em qualquer processo industrial no qual exista movimento, a união e separação de materiais
rapidamente se acumular até um potencial alto, com tensões variando de 5kV a mais de 30kV. O risco surge quando outro A eletrostática é um fenômeno objeto que se encontre no potenfísico gerado pela cial de terra (ou potencial inferior) própria operação e se aproxima do objeto carregado exige atenção. de carga estática, pois um campo Nelson lópez ABPex elétrico será imediatamente estabelecido entre os dois e surge a possibilidade da geração de uma faísca. Nelson López cita que uma situação típica de acúmulo de cargas estáticas ocor-
feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
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ção ao solo, porque ele está isolado através dos pneus. E esse caminhão vai circular por centenas de quilômetros sobre um asfalto, que também é isolante. Além disso, ele anda numa determinada velocidade e o atrito do vento com a carroceria vai gerar mais eletricidade estática. Uma centelha de Ou seja, ele sai do termiestática pode ter nal carregado de estática com efeito catastrófico o solo, e se carrega ainda mais em uma atmosfera combustível. com o asfalto e com o vento. Se Jefferson barcello ele chegar ao local da entrega esd antiestáticos do combustível e ninguém ligar o caminhão à terra antes de começar o descarregamento do produto, essa carga eletrostática vai gerar uma faísca no exato momento em que houver o contato de um elemento metálico com ele, como uma mangueira metálica, por exemplo. E se tiver vapores de produto inflamável nesse ambiente, teremos um problema grave. tática”, comenta López. “Como se vê, a eletrostática é um fenôDa mesma maneira, quando um camimeno físico gerado pela própria operação e nhão tanque vai até um terminal de inflaexige atenção. Até as roupas que o funciomáveis para buscar álcool, gasolina ou óleo nário tem de usar em uma área classificada diesel para transportar, há uma sequência devem ter cuidados, devem ser fabricadas de acontecimentos que levam ao acúmulo com material antiestático, ou seja, com alde cargas eletrostáticas. No processo de engodão. Não pode ter aventais de poliéster, chimento do tanque já há a geração de elepor exemplo, ou uma blusa de lã”, comtricidade estática, uma vez que o caminhão pleta López. está eletrostaticamente carregado em rela-
Aterramento passa a ser fundamental para a segurança Se o surgimento da eletricidade estática é inerente aos próprios processos, não há alternativa a não ser a prevenção. E isso envolve tanto ações para impedir o carregamento estático, quanto as iniciativas para o escoamento da carga estática à medida que ela é gerada. A principal solução para essas situações é o aterramento. E aí estamos falando da NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, norma que traz as indicações de como o trabalho deve ser feito. Em linhas gerais, o sistema de aterraApoiador:
mento é efetivo quando interliga os componentes por meio de condutores a uma malha de aterramento ou a tubulações metálicas de água ou aquecimento enterradas, ou ainda a estruturas enterradas em solo condutor. E vale lembrar que ele deve ser executado por profissional qualificado, devendo ainda ser vistoriado periodicamente. “Uma vez feito o aterramento, é preciso verificar constantemente se o escoamento para a terra está acontecendo. É preciso ter uma boa supervisão desse sistema. Hoje
Medidas que evitam o acúmulo da eletrostática Nos ambientes de processo • Usando revestimentos de algodão • Usando conexões na terra • Umidificando os ambientes • Limitando a velocidade de líquidos • Usando plásticos antiestáticos • Usando mangueiras aterradas • Usando sapatos dissipativos • Fazendo a inspeção de aterramentos • Inertizando processos Na manipulação de líquidos • Evitando agitação violenta • Mantendo índices de fluxo tão baixos quanto possível como, por exemplo, abaixo de 1m/s para líquidos com condutibilidade <1.000 pS/m • Usando aditivos antiestáticos para solventes com condutibilidade <1000 pS/m • Evitando aerossóis (também de líquidos com alta condutibilidade) • Evitando a queda livre (por exemplo: > 1m) Na manipulação de pós e sólidos não condutivos • Evitando agitação violenta e turbulência • Mantendo índices de fluxo baixos como, por exemplo, abaixo de 25 ton/h para pós poliméricos com tamanhos particulares entre 1000pm ou 4 ton/ h para granulado • Aumentando a umidade relativa do ar • Usando aditivos antiestáticos (durante a preparação da matéria-prima) Apoio Institucional:
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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf eletricidade estática tam combustíveis, López indica que uma forma de prevenção é a instalação de um sistema supervisor de aterramento. “Nesse caso, o produto inflamável sai do tanque e vai para o caminhão, gerando eletrostática, graças a uma bomba, que é supervisionada por este sistema supervisor que apenas deixará a bomba funcionar se ela estiver aterrada. Se ela não estiver aterrada ela não vai funcionar”, explica. Uma alternativa preventiva, e que não envolve o aterramento, ocorre na transferência de líquidos. Nesse caso, é possível diminuir a velocidade de transporte do produto dentro da tubulação, ou reduzir a pressão, para evitar o acúmulo de carga estática. “A carga eletrostática se eleva com o aumento da velocidade de escoamento do
o aterramento é a principal medida de proteção contra os possíveis efeitos da
Transporte a granel de líquidos inflamáveis por meio de caminhões tanque Transporte de líquidos inflamáveis por tubulações a alta pressão e alta velocidade Enchimento de líquidos inflamáveis em tanques verticais por queda livre Processos de filtragens de soluções inflamáveis em alta pressão Transporte pneumático de sólidos a granel por tubulações isoladas Transporte de sólidos combustíveis a granel por meio de fitas transportadoras
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eletricidade estática.
Operações de processo geradoras de eletrostática
Fonte: ABPEx
existem sistemas supervisórios de aterramento justamente para garantir que o aterramento de fato tenha sido concretizado”, comenta Nelson López. O presidente da ABPEx afirma ainda que já no estudo de classificação de área deve-se indicar os cuidados a serem tomados com as cargas eletrostáticas, incluindo o aterramento. “Isso é mandatório nesse estudo. É nele que falamos de todos os equipamentos elétricos para áreas classificadas, assim como os sistemas de potência, de comando, etc. Além disso, dizemos que será necessário aterrar todas as estruturas que transferem produtos, assim como os sistemas de exaustão e de ventilação”, comenta. No caso dos equipamentos móveis, como os caminhões tanque que transpor-
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feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
líquido, uma vez que aumenta a força e, consequentemente, a energia com a qual um fluido pode bater em queda livre nas superfícies internas do reservatório. Por isso, a possibilidade de formação de uma carga estática sobre a superfície do líquido contido num reservatório pode ser diminuída através da redução da velocidade de escoamento dentro do reservatório”, pondera Jefferson Barcello. O diretor da ESD também destaca que, no caso dos trabalhadores, calçados e luvas dissipativas de estática podem ser utilizados para garantir que a pessoa fique continuamente ‘aterrada’. “Existem dispositivos de teste para garantir que os calçados estejam em conformidade com as normas pertinentes”, afirma Barcello, advertindo que, ao projetar uma área de trabalho, é importante que a empresa também garanta que o piso tenha um nível adequado de condutividade, pois os calçados dissipativos se tornarão ineficazes se o usuário estiver sobre um piso ou revestimento isolante.
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Praticando ideias
Iluminação
Com foco na sustentabilidade, primeiro hipermercado do País totalmente iluminado por LED projeta grande economia de energia, além da redução dos custos de manutenção.
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á está em funcionamento o primeiro hipermercado do Brasil a contar com iluminação totalmente baseada na tecnologia LED. A unidade, da rede Walmart Brasil, fica em Indaiatuba, cidade da região de Campinas (SP). Desenvolvido em parceria com a Philips, o projeto resultou em uma iluminação eficiente e moderna que proporcionará significativa redução na conta de energia elétrica e nos custos com manutenção do estabelecimento. A iniciativa faz parte do programa global do Walmart para aumentar o nível de 44
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eficiência energética em suas lojas. A fim de estabelecer uma operação mais sustentável, nos últimos anos a companhia adotou diversas ações que visam a constituição das chamadas ‘unidades ecoeficientes’. Entre as iniciativas estão a correta gestão dos resíduos sólidos e do uso da água e a instalação de modernos sistemas de refrigeração e ar condicionado e de iluminação inteligente. Considerando que a eletricidade exerce um grande peso nos custos de estabelecimentos comerciais do gênero, esse tipo de providência torna-se fundamental
Reportagem: Paulo Martins
para equacionar o negócio - a iluminação, especificamente, pode representar 15% dos gastos com energia de uma loja. A iluminação totalmente composta por LED exigiu um custo inicial 40% maior do que os sistemas convencionais. Entretanto, a redução do consumo de energia exigido pela iluminação poderá superar a casa dos 27%. Desta forma, o retorno do investimento deverá acontecer em quatro anos. “Ao adotar o sistema LED de iluminação em 100% da loja, esperamos reduzir 190 mil KWh em um ano no consumo de ener-
economia Balcões refrigerados e freezers também receberam iluminação em LED.
led Soluções de iluminação foram desenvolvidas para atender as necessidades de cada ambiente da loja.
gia elétrica em iluminação no hipermercado de Indaiatuba, em relação a uma loja com iluminação tradicional. Como as lâmpadas LED têm vida útil em média três vezes maior, vamos reduzir também o custo operacional de manutenção”, analisa Bruno Vaz, diretor de Projetos e Design do Walmart Brasil. Conforme conta Márcio Panassol, diretor geral de Compras Indiretas do Walmart Brasil, abrir um novo hipermercado com iluminação 100% LED foi um desafio e tanto. “Não havia soluções disponíveis no merca-
do. Foi necessário desenvolver luminárias e sistemas LED sob medida para a unidade de Indaiatuba. O projeto foi desenvolvido por profissionais das áreas de design e compras do Walmart em conjunto com a Philips”, relata. Como cada ambiente tem suas particularidades, as soluções foram criadas de forma a atender essas necessidades pontuais. Para William Noronha de Melo, coordenador de Marketing de Produto do Departamento de Luminárias Profissionais da Philips, o maior desafio foi projetar a iluminação para o salão de vendas, devido ao pé direito alto e à ampla dimensão - são 5,2 mil metros quadrados destinados à exposição de produtos. Ao todo o hipermercado possui 7,9 mil m² de área construída e 1.190 pontos de iluminação. No Walmart de Indaiatuba as soluções em LED estão presentes inclusive dentro dos balcões refrigerados e freezers da área de vendas. “As lâmpadas LED são mais eficientes em ambientes refrigerados, em relação às tradicionais”, compara Bruno Vaz. Além dessa característica, o LED é vantajoso nesse tipo de comércio por gerar menor dissipação de calor, não irradiando raios ul-
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Iluminação
travioleta, e por fidelizar a reprodução de cores, ou seja, não distorcer a cor dos produtos. William Melo destacou o orgulho de participar de um projeto de tal vulto e ajudar a quebrar barreiras. “Este trabalho é um marco e reforça a proposta da Philips, de levar inovação ao mercado. A empresa acredita na tecnolo100% led Áreas gia LED e continuará investinexternas, como o do. Novas soluções virão”, gaestacionamento, estão rante. A companhia reconhece integradas ao conceito de eficiência energética. que o projeto proporciona um grande aprendizado e adianta que essa é uma experiência que poderá ser replicada, inclusive em outros países. Vale lembrar que todo o desenvolvimento dos produtos Philips foi feito no próprio Brasil. As luminárias utilizadas no hipermercado de Indaiatuba foram fabricadas na planta que a multinacional holandesa mantém na cidade de Varginha, interior de Minas Gerais. Em 2013, a rede Walmart investiu R$ 1 bilhão na inauguração de 22 lojas e na reforma de outras 40 unidades no Brasil. A loja de Indaiatuba foi aberta no dia 17 de dezembro e consumiu investimentos totais de R$ 39 milhões. Foram criados 187 empregos diretos e 300 indiretos. Por dia, 3 mil clientes visitarão o estabelecimento, que comercializará 65 mil itens. Atuando em 27 países, o Walmart tem 550 lojas no Brasil (distribuídas em nove bandeiras), empregando 81,5 mil funcionários.
Walmart Indaiatuba Primeiro hipermercado do Brasil a contar com iluminação 100% LED Foram utilizados 13 tipos de luminárias Total de 1.190 pontos de iluminação Economia prevista de 27% em iluminação Esperada redução de 190 mil KWh por ano no consumo de energia (em iluminação) Retorno previsto para 4 anos Investimento total na loja de R$ 39 milhões Criação de 187 empregos diretos e 300 indiretos Loja com 7,9 mil m² de área construída e 5,2 mil m² de área de vendas 65 mil itens à venda Estacionamento para 290 veículos
Fotos: Ricardo Brito/Grau 10
Praticando ideias
Foi necessário desenvolver luminárias e sistemas LED sob medida para a unidade.
Esperamos reduzir o consumo de energia elétrica em iluminação e também o custo de manutenção.
Este trabalho é um marco e reforça a proposta da empresa, de levar inovação ao mercado.
Márcio Panassol - walmart
bruno vaz - walmart
William melo - philips
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Editorial
Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos
Roberto Payaro Diretor Colegiado Abreme - abreme@abreme.com.br
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Um ano difícil
rezados Leitores, um bom 2014 a todos. Isso é o que realmente desejo aos que participam desse mercado vibrante que é o da fabricação e distribuição de materiais elétricos no Brasil. Porém, desejar o melhor não significa acreditar que teremos um ano esplendoroso de crescimento e desenvolvimento. Fazer um planejamento realista e coerente com a situação econômica que estamos vivendo é um bom começo para que o empresário não seja pego desprevenido; já pude observar no passado empresas que estavam indo muito bem, fazendo investimentos e contratando, mas que com um revés repentino da situação econômica se encontraram em sérias dificuldades. Coisas do Brasil. Desejando que todos tenham um bom ano, gostaria de alertar para a situação que estamos passando. Teremos um ano difícil, com poucas possibilidades de crescimento, e mesmo sendo um ano de eleições o governo terá muito pouco a fazer, em termos de investimento. O seu endividamento chegou a um ponto insustentável e o tamanho da máquina administrativa consome a grande parte dos recursos arrecadados. Nem com todo o movimento das eleições será possível promover a gastança tão comum nessa época. Em 2013, nem mesmo com o controle dos chamados preços administrados, como o da gasolina e das tarifas de energia elétrica - que subiram apenas 0,95% - a inflação ficou dentro da meta estabelecida pelo Banco Central de 4,5%; a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 5,91%, superior ainda ao já péssimo índice de 2012, que atingiu 5,84%. O controle da inflação, que foi subjugado pelo governo no passado recente, será o ponto
mais importante do ano para quem pretende ser reeleito. Com a pressão dos preços administrados citados anteriormente e a falta de uma reforma estrutural na máquina do governo, não restará outra ação a não ser de aumento de juros e redução na disponibilidade no crédito. Na área externa a balança comercial teve seu pior desempenho dos últimos 13 anos, com 2,6 bilhões de dólares, valor contestado pelo mercado, que acredita em um déficit comercial, se excluídas algumas artimanhas do governo como a contabilização da exportação de plataformas de petróleo que nunca saíram do País. O governo passou 2013 tentando se explicar e fingindo que os problemas estavam em outro lugar, culpando o cenário externo e adotando medidas mal concebidas e desorganizadas; enquanto isso, as contas públicas só pioraram, o déficit externo aumentou e a inflação está em um patamar bastante perigoso. O prestígio do País, adquirido na década passada, já foi quase totalmente consumido com os desfeitos do governo do PT e o investimento internacional não chega mais com a mesma força. Adicionalmente, ainda teremos a Copa do Mundo que mobilizará o País inteiro, paralisando vários setores como a indústria e a construção civil, o que nos afeta diretamente; um mês inteiro em que as atividades de compra desses setores devem ficar com volumes muito baixos e que sabemos, não são fáceis de recuperação posterior. Caros Leitores, todos temos a função de fazer mais com menos, essa seria a forma mais resumida de tentar explicar os princípios de uma boa administração, e é isso que desejo a todos, que tenham a capacidade e o empenho de fazer isso nesse ano que se inicia. Um bom empate, nesse ambiente
difícil que iremos enfrentar, mantendo nossas empresas e nossos empregos de forma saudável, é algo que deve ser comemorado. Não é o típico feliz ano novo que gostaria de desejar a todos, mas me parece o mais realista, levando em conta todo o cenário atual; é tempo de se resguardar ao máximo em relação às decisões que podem trazer riscos; como diz o ditado popular, “Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.” Essa é a minha humilde recomendação.
Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos FUNDADA EM 07/06/1988
Rua Oscar Bressane, 283 - Jd. da Saúde 04151-040 - São Paulo - SP Telefone: (11) 5077-4140 Fax: (11) 5077-1817 e-mail: abreme@abreme.com.br site: www.abreme.com.br
Membros do Colegiado Roberto Said Payaro Nortel Suprimentos Industriais S/A Francisco Simon Portal Comercial Elétrica Ltda. José Jorge Felismino Parente Bertel Elétrica Comercial Ltda. José Luiz Pantaleo Everest Eletricidade Ltda. Roberto Varoto Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda. Paulo Roberto de Campos Meta Materiais Elétricos Ltda. Marcos Augusto de Angelieri Sutiro Comercial Elétrica PJ Ltda.
Conselho do Colegiado Nemias de Souza Nóia Elétrica Itaipu Ltda. Carlos Soares Peixinho Ladder Automação Industria Ltda. Daniel Tatini Sonepar
Secretária Executiva Nellifer Obradovic
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Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos
notícias da associação e do setor
espaço abreme
Eficiência na distribuição de materiais elétricos
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o ano de 1998 o engenheiro Antonio Flávio Guimarães Junior, fundador da Tecaut, deu início a um grande sonho: construir uma empresa que pudesse oferecer soluções tecnológicas, apresentando inovações e prestando o mais perfeito atendimento aos clientes. O sonho transformou-se em realidade e a Tecaut Automação Industrial tornou-se uma das maiores e mais conhecidas empresas - de âmbito nacional - de distribuição de materiais elétricos, automação industrial, fabricação de painéis e manutenção de equipamentos. Localizada em Birigui, interior de São Paulo, a Tecaut está instalada em três Unidades, contando com completa infraestrutura e logística de ponta, além de manter uma forte parceria com os principais fornecedores de produtos elétricos e eletrônicos na-
cionais e importados, objetivando atender às necessidades dos seus clientes; atualmente, são mais de 5000 clientes industriais ativos. “Atuamos desde a venda de um simples produto até o desenvolvimento de soluções inteligentes em plantas industriais, desta forma, conquistamos uma posição de destaque no segmento de automações elétricas industriais. Nossa prioridade é fornecer valor agregado a nossos clientes, pois em última análise nosso sucesso depende da satisfação deles”, declara Antonio Flávio. E o engenheiro complementa: “Oferecemos soluções que capacitam nossos clientes a atingirem seus objetivos com mais rapidez e facilidade e com maior eficiência. Nosso grande diferencial, nesse aspecto, é poder contar com uma equipe de colaboradores, composta por engenheiros, técnicos e pro-
fissionais altamente qualificados e treinados, com competência para auxiliá-los na busca de soluções com melhor custo-benefício”. A Tecaut está presente nos mais variados segmentos: usinas, indústrias alimentícias, químicas, metalúrgicas, embalagens, gráficas, indústrias papeleiras, saneamento básico, entre outros. A empresa conta com soluções que incluem a distribuição de materiais elétricos industriais; fabricação de painéis elétricos de baixa e media tensão; automação de plantas industriais; laboratório técnico; distribuição de automação e acionamentos; serviços de montagens elétricas e sistemas de CFTV. Na distribuição de materiais elétricos industriais a empresa trabalha com um amplo e variado estoque de produtos oferecendo qualidade, rapidez e inovações tecnológi-
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notícias da associação e do setor
Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos
Fotos: Divulgação
tividade, qualidade e segurança, viabilizando o melhor custo-benefício. No segmento de engenharia elétrica a empresa está capacitada a desenvolver projetos elétricos de baixa e média tensão, fornecendo mão de obra e material para toda instalação, tais como: Estrutura cabines primárias/secundárias, Tecaut conta cabeamento, aterramento, paracom três unidades na raios e acionamento. cidade de O laboratório técnico da Birigui (SP). companhia é altamente capacitado para realização de manutenção preventiva e corretiva em inversores de frequência, soft-starter e equipamentos eletrônicos em geral, oferecendo tecnologia de ponta, plantão 24 horas, na planta do cliente ou no próprio laboratório contando com profissionais altamente habilitados e treinados, disponibilizando as seguintes soluções: Infraestrutura eletromecânica; Iluminação; Projetos Elétricos; Aterramento e SPDA; Sensoriamento; Instrumentação; Instalações de Painéis de Baixa e Media Tensão. o desempenho das áreas de separação e cas, visando assim o melhor custo-benefício Todas as formas e processos do atendiconferência de material é medido através para produtividade em plantas industriais, mento são informatizadas, desde a emissão de indicadores de qualidade. tais como: Estruturação (leitos, eletrocalhas, do pedido efetuado pelo vendedor, todas as Na fábrica de painéis elétricos a Tecaut eletrodutos, conduletes); Iluminação (lumietapas dos processos de separação e confeproduz CCMs – Centro de Controles de Motonárias industriais, reatores, lâmpadas); Marência até a etapa da expedição do materes, Quadros de distribuição, Banco Automátiteriais a prova de explosão (estruturação e rial solicitado. Inclusive, o desempenho das co de Capacitores, Controlador de Demanda, iluminação); Fios e Cabos para toda instaáreas de separação e conferência de matePainéis de Comando, Painéis com Acionamenlação industrial; Seccionadoras e Disjuntorial são medidas através de indicadores de to Sincronizados e Painéis Especiais de acordo res para baixa e media tensão; Comandos qualidade. Esse é o perfil da Tecaut: uma com a especificação do cliente. Elétricos (contatores, botoeiras, relés, borempresa sólida, que valoriza o material huOs painéis são produzidos nos mais alnes); Acionamentos (inversores, soft-starter mano, dinâmica e inovadora, comprometida tos padrões de qualidade, com relatório de e contatores de potência); Automação (CLPs, com os princípios da ética e qualidade total ensaios de rotina de acordo com a NBR IEC IHMs e I/Os) e Motores Elétricos. - o que caracteriza a filosofia de trabalho de 60439-1, relatório de inspeção de qualidade, A companhia tem milhares de peças em seu fundador - engenheiro Antonio Flavio FIPPE (Formulário de Informações para Proestoque à pronta entrega e soluções em maGuimarães Junior - objetivando manter-se, jeto de Painéis Elétricos), saindo da linha de teriais elétricos para toda planta fabril. Todas sempre, como sinônimo de excelência, refemontagem totalmente testado e aprovado. as formas e processos do atendimento são rência comercial e técnica para seus clientes. Na área de automação industrial a Teinformatizadas, desde a emissão do pedido Trabalhar com produtos diversificados caut cria a solução mais adequada para auefetuado pelo vendedor, todas as etapas dos e certificados, atendimento de qualidade, tomação de uma máquina ou todo processo, processos de separação e conferência até a pronta entrega, preços competitivos, estoauxiliando os clientes na melhora de produexpedição do material solicitado. Inclusive, que e logística adequados, são alguns dos fatores que contribuíram enormemente na através de suas três unidades, Empresa mantém forte conquista da fidelização de seus clientes e fornecedores, bem como pelo nome Tecaut parceria com os fornecedores de material elétrico. ser reconhecido como empresa líder na distribuição de materiais elétricos. 50
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A ABB concluiu o projeto de revitalização de transformadores na Usina Hidrelétrica Governador Ney Aminthas de Barros Braga, localizada no Rio Iguaçu (PR). Com potência instalada de 1.260MW, a unidade é uma das maiores da Companhia Paranaense de Energia (Copel). O contrato está estimado em R$ 17 milhões. O projeto consistiu na revitalização de 12 transformadores, cujo grande diferencial é o ABB Transformer Eletronic Control (TEC), sistema de monitoramento online que auxilia na manutenção preventiva, evitando falhas e permitindo maior controle na utilização do transformador, além de aumentar sua vida útil. Por meio de algoritmos customizados, projetados especificamente para cada transformador, os dados são inseridos no software do ABB TEC, que cria um ‘finger-print’, aumentando a precisão das medições. O ABB TEC combina recursos inovadores de supervisão online, alta capacidade de armazenamento inteligente de dados e recursos especializados de diagnóstico. Equipado com moderna tecnologia em sensores, transdutores e plataformas de aquisição de dados, o sistema possui interface interativa, com gráficos para apresentação de resultados, e é de fácil instalação.
Gestão ambiental
A EDP Escelsa, distribuidora de energia elétrica do Grupo EDP, manteve pelo segundo ano consecutivo a certificação ISO 14001, do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), atestando que as instalações físicas no Centro Operacional de Carapina (COC) e as Subestações de Maguinhos, na Serra, e de Goiabeiras, em Vitória, estão adequadas aos mais rigorosos padrões ambientais. A norma ISO 14001 avalia a excelência dos programas ambientais como a identificação, controle dos processos e impactos. Todo o processo de auditoria foi aplicado pelo Bureau Veritas Certification (BVC), grupo internacional especializado em auditorias e certificações de gestão em relação às normas regulatórias ou voluntárias. A manutenção da ISO 14001 foi possível após a execução de medidas e adequações nas instalações físicas localizadas no COC, almoxarifados e nas Subestações de Goiabeiras (foto) e Manguinhos, bem como o monitoramento dos requisitos legais, da implementação e revisão de procedimentos, pertinentes ao Sistema de Gestão Ambiental. A EDP Escelsa realizou ainda palestras e treinamentos para disseminar a importância e a conscientização ambiental dentro da empresa, com as equipes de colaboradores próprios e contratados, envolvidos no processo de certificação ambiental, reforçando o comprometimento de todos os colaboradores neste rigoroso processo de certificação.
Novo gerente
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) anunciou a contratação de Rodrigo Sacchi como novo gerente da área de Preços. O cargo estava sendo ocupado interinamente pelo gerente executivo de Regras, Capacitação e Procedimentos, Jean Albino, desde a saída de Gustavo Arfux, em setembro de 2013. A área de Preços é responsável pelo desenvolvimento de diversos estudos envolvendo a formação de preço no mercado brasileiro de energia elétrica. Entre as atribuições da gerência estão o cálculo semanal do Preço de Liquidação das Diferenças, utilizado para valorar a energia transacionada no Mercado de Curto Prazo. Com graduação, mestrado e doutorado em engenharia elétrica pela USP São Carlos, MBA em Gestão Empresarial pela FGV, Sacchi atuou também como pesquisador visitante na University of Florida e na University of California. O gerente ainda passou pelo Grupo CPFL, onde foi especialista de comercialização da CPFL Brasil e coordenador de planejamento na CPFL Geração.
Economia de energia
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Projeto de revitalização
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geração, transmissão e distribuição
Indústrias de médio porte do Rio Grande do Sul estão fazendo uma economia total de energia elétrica estimada em 6,5GWh ao ano. O dado foi apresentado no dia 21 de janeiro em workshop realizado na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), para divulgação de resultados do convênio firmado com a Eletrobras, que implementou medidas de eficiência energética em empresas do estado. Na cerimônia, a Eletrobras foi representada pelo diretor de Geração da companhia, Valter Cardeal, que destacou ser o investimento em eficiência energética estratégico para o País. “A geração de energia está cada vez mais difícil e cara. A sua conservação e o seu uso racional tornaramse fundamentais”, disse o executivo, que acenou com a possibilidade de um novo convênio ser assinado com a Fiergs. O convênio, encerrado em dezembro de 2013, durou cinco anos e recebeu aporte de R$ 1.025.150,00, sendo cerca de 75% arcados pela Eletrobras e 25% pela Fiergs.
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finanças e investimentos
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economia
Negociação internacional eam : Dr stim e
A Reason conta com 100 funcionários e atende a grandes empresas, além das principais concessionárias de transmissão e distribuição de energia no Brasil e América Latina. O alcance comercial mundial da Alstom Grid e a liderança de mercado de ambas as empresas irá acelerar a expansão da Reason em mercados internacionais. “Esta aquisição é outro importante passo em nossa contínua jornada para a excelência de mercado no negócio de automação de subestação”, afirmou Hervé Amossé, vice-presidente de Soluções de Automação de Subestação da Alstom Grid.
Ativos de iluminação
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a solicitação das prefeituras e concedeu a ampliação do prazo para a totalidade dos municípios faltantes, e não só para aqueles com população inferior a 50 mil habitantes (que era a proposta inicial da audiência pública), para assumir os ativos de iluminação pública. A nova data estabelecida pela agência é o dia 31 de dezembro de 2014. As prefeituras apontaram dificuldades como o alto índice de renovação de prefeitos verificada no último pleito municipal, o que provocou a interrupção da interlocução entre distribuidoras e prefeituras, além da necessidade de ajustes à Contribuição de Iluminação Pública ou mesmo sua criação. Com a transferência dos serviços de iluminação pública, que englobam o projeto, implantação, expansão, instalações, manutenção e consumo de energia, a Aneel bus-
ca atender a Constituição Federal de 1988, que definiu que a iluminação pública é de responsabilidade do município e, para isso, permite a cobrança da Contribuição de Iluminação Pública (CIP). O cronograma de transferência está previsto no artigo 218 da Resolução Normativa nº 414/2010, que trata dos direitos e deveres dos consumidores de energia elétrica. Foto: Dreamstime
o Fot
A Alstom Grid anunciou a aquisição da brasileira Reason Tecnologia, fornecedora de produtos de medição e rede de automação de subestação para clientes de transmissão e distribuição. Com a transação, a Alstom Grid irá reforçar sua presença no mercado de automação de subestação na América Latina e fortalecerá sua oferta de subestação digital no mundo, acelerando o caminho da inovação em direção à construção de subestações totalmente digitais.
Suprimento de energia O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) desenvolveu uma técnica que dá mais precisão e segurança ao trabalho para remediação de solos contaminados. Para manter funcionando o equipamento transportado em caminhão para qualquer ponto da cidade, o IPT adquiriu um grupo gerador da Cummins Power Generation, que fornece 25kVA. De acordo com dados divulgados pelo IPT, com uma amostra de terra, pesquisadores fazem o diagnóstico de um terreno doente. Só no Estado de
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São Paulo, existem mais de quatro mil áreas contaminadas. A técnica de injetar um produto no solo para combater a contaminação já vem sendo feita no Brasil há alguns anos. A novidade é o uso de um computador para monitorar a eficácia e a qualidade do produto químico (antídoto) aplicado no solo. Em 2013, a Cia. Distribuidora de Motores Cummins atendeu o Laboratório de Segurança ao Fogo e a Explosões do IPT com o fornecimento do grupo gerador RS30, de 30 quilowatts, utilizado no equipamento que rea-
Fabricação local
A Alstom Transport vai inaugurar uma nova linha de produção dedicada a VLTs em Taubaté (SP), que entrará em operação a partir de dezembro de 2014. Baseada na atual unidade de geração de energia hidrelétrica do grupo em Taubaté, a nova linha de fabricação atenderá aos mercados brasileiro e latino-americano, onde os projetos estão a todo vapor. A linha, que representa um investimento de cerca de 15 milhões de euros, irá cobrir uma área de 16.000m². Os primeiros VLTs que deverão ser produzidos em Taubaté são aqueles encomendados em setembro de 2013 pelo consórcio VLT Carioca para a cidade do Rio de Janeiro. A Alstom está fornecendo um sistema de VLT livre de catenárias, que inclui 32 Citadis, além de abastecimento de energia, sinalização e sistemas de telecomunicações. A entrega dos VLTs deve ocorrer entre o início de 2015 e meados de 2016, a tempo para os Jogos Olímpicos. Para atender ao prazo contratual, a Alstom produzirá os primeiros Citadis na Europa e os demais em Taubaté. “O VLT está ganhando importância como uma das soluções para os problemas de mobilidade urbana nas cidades do Brasil e da América Latina. É por isso que a Alstom decidiu investir em uma linha de VLTs em Taubaté, que atenderá aos projetos brasileiros, além de projetos exportados para a América Latina”, afirmou Michel Boccaccio, vice-presidente Sênior da Alstom Transport na América Latina.
liza testes com materiais em alta temperatura. “Os ensaios de resistência ao fogo são irreversíveis. Quando se iniciam não podem ser interrompidos, pois são destrutivos. Quando ocorre uma queda de energia pode-se perder trabalhos de meses, associados à preparação de corpos de prova, retardando o resultado de processos de avaliação. Portanto, é imprescindível contar com a garantia de uma fonte alternativa de energia”, explica Carlos Roberto Metzker de Oliveira, do Laboratório de Segurança ao Fogo e a Explosões do IPT.
produtos e soluções
vitrine
Switches industriais A Rockwell Automation está ampliando sua família de switches industriais e roteadores AllenBradley Stratix, anunciando novos equipamentos wireless e produtos de segurança projetados para atender a requisitos de redes industriais. A expansão inclui: o switch industrial gerenciado Stratix 5700 Ethernet com a funcionalidade de tradução de endereço de rede incorporada; o roteador Stratix 5900 e novas opções para fibras óticas e energia via rede Ethernet (PoE) para os switches Stratix 5700, Stratix 8000 e Stratix 8300.
Quadros removíveis A Steck apresenta a linha de quadros Quasar®. Totalmente removível, a linha pode ser montada de acordo com a necessidade de cada ambiente, tanto em indústrias quanto em obras, garantindo total segurança. Equipados com chassis removíveis, os quadros vêm com furação pré-marcada, o que permite a montagem de equipamentos e cabos com mais facilidade para instalação. Além disso, possuem amplo espaço interno que possibilita fácil acesso das mãos e ferramentas. Eles são fabricados em plástico de engenharia e estão disponíveis nas opções para tomadas de embutir e para distribuição com módulo DIN e interface.
Luminária pendente A Avant lançou recentemente a luminária pendente em alumínio Reto Vazado, que faz parte da Linha de Pendentes e está disponível em duas opções: com cúpula simples ou tripla. As peças, que utilizam lâmpadas de até 60W com base E-27, podem ser utilizadas sozinhas ou num jogo de alturas com o modelo triplo e são indicadas para iluminar locais como a mesa de jantar, salas de estar, varandas e escritórios.
Precisão no foco A Fluke Corporation destaca os Termovisores Fluke® Ti200, Ti300 e Ti400 com conectividade e precisão avançadas para maximizar a produtividade dos técnicos em campo. Os novos equipamentos vêm com o recurso LaserSharp™ de foco automático que utiliza um laser para identificar onde a câmera deve focalizar para obter sempre imagens com foco preciso. Eles conectam-se com o sistema sem fio Fluke CNX, permitindo que sejam usados como unidade principal para exibição de medições ao vivo de até cinco módulos sem fio em sua tela e para integrar os dados à imagem infravermelha. As peças vêm com conectividade sem fio para facilitar a transferência de imagens diretamente para PCs, iPads ou iPhones, podendo então ser importadas para o software Fluke SmartView®, um conjunto profissional de ferramentas de análise e relatório para a otimização e análise das imagens infravermelhas e a produção de relatórios profissionais. potência
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opinião
Prevenção
Segurança em
medições elétricas Além de conhecer as regras de segurança e testes elétricos e quem as estabelece, é imprescindível saber se o medidor é eficiente.
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ão há dúvida de que a segurança em medições elétricas é uma questão importante para eletricistas, engenheiros, funcionários, sindicatos e o governo. Todos os dias, em média, nove mil operários sofrem lesões incapacitantes no trabalho, nos Estados Unidos. E no Brasil não é diferente. Seguir e conhecer todas as normas e padrões internacionalmente estabelecidos e utilizar equipamentos devidamente certificados são aspectos primordiais para garantir e maximizar a segurança em medições elétricas, tanto para quem as realiza, como para quem usufrui das instalações. É preciso que tanto empregadores como empregados tenham uma boa compreensão das regras e dos padrões que regem o trabalho seguro com eletricidade. Alguns órgãos governamentais, como a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos (OSHA) e o Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH), e organizações independentes, como Associação Nacional de Proteção Contra Incêndios (NFPA), o Instituto Nacional de Padrões dos EUA (ANSI), o Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) e a Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC), supervisionam a segurança no ambiente de trabalho. Além desse conhecimento técnico, com o objetivo de colaborar para que o trabalho seja realizado com segurança, existe no mercado uma série de ferramentas e equipamentos de testes. E para que estes realmente protejam de possíveis lesões, algumas vezes letais, devem funcionar corretamente. Infelizmente, apenas olhando na caixa não é possível reconhecer
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se uma ferramenta foi projetada para cumprir com padrões de segurança e se proporcionará o desempenho correspondente ao seu custo. A IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional), por exemplo, desenvolve e propõe padrões, mas não é responsável pelo cumprimento dos mesmos. Outro ponto de atenção é que expressões como “Projetado para cumprir com a especificação...” talvez não signifiquem que a ferramenta tem, de fato, um desempenho de acordo com as especificações. As intenções do projetista nunca substituem um teste verdadeiramente independente. Merece destaque ainda o fato de que a marca CE (Conformité Européenne, ou seja, Conformidade Europeia) indica que ele cumpre com os requisitos de saúde, segurança, meio ambiente e proteção ao consumidor que foram estabelecidos pela Comissão Europeia. Entretanto, os fabricantes têm permissão para certificar a eles mesmos, indicando que cumpriram com os padrões, e emitir a sua própria Declaração de Conformidade e colocar a marca “CE” no produto. Desta forma, para ter certeza de que essas ferramentas de teste elétrico estejam proporcionando toda a proteção demandada, é preciso certificar-se de que foram testadas e certificadas por pelo menos dois ou mais laboratórios de testes independentes, o que é atestado se levarem o símbolo e o número de listagem do UL, nos Estados Unidos; da CSA, no Canadá ou
da TÜV, na Europa. Esses símbolos só podem ser usados quando o produto passa nos testes de acordo com o padrão da agência, que é baseado em normas nacionais/internacionais. Outro ponto de atenção é com relação ao cumprimento do padrão 70E da Associação Nacional de Proteção Contra Incêndios (NFPA), que estabelece que as ferramentas de teste devem passar frequentemente por uma inspeção visual para detectar danos e garantir a operação adequada. É preciso verificar se a caixa está quebrada, ou o visor apagado; inspecionar as pontas de prova, procurando fios desgastados ou quebrados; e certificar que tenham conectores reforçados, proteção para os dedos, classificações de CAT iguais ou superiores às do medidor, isolamento duplo e o mínimo de metal exposto nas pontas de prova. Inspeções complementares, como procurar a classificação de 600 ou 1.000V, CAT III ou 600V, CAT IV na parte frontal dos medidores e testadores e o símbolo de “isolamento duplo” na parte posterior, também são importantes. Além disso, é uma boa garantia adicional sempre consultar o manual para ter certeza de que os circuitos de resistência e continuidade têm o mesmo nível de proteção que o circuito de teste de tensão e certificar-se de que a corrente e a tensão dos fusíveis do medidor estão de acordo com as especificações. A função de teste do próprio medidor também pode ser utilizada para procurar quebras internas e saber se os fusíveis estão em ordem e funcionando corretamente. As ferramentas que forem reprovadas em qualquer uma dessas inspeções devem ser trocadas por ferramentas novas de um bom fabricante. Concluindo, é muito importante estar atento a todos esses regulamentos e especificações mencionados acima, pois foram criados da mesma forma, ou seja, a partir da experiência e de princípios baseados no bom senso. Entretanto, merece ser ressaltado que nenhuma ferramenta, por maior qualidade e número de certificações que tenha, faz o trabalho sozinha. Cabe ao usuário aprender os regulamentos e padrões de segurança e usá-los com eficiência no trabalho. Afinal de contas, é a segurança dele, principalmente, que está em jogo.
René guiraldo gerente nacional de vendas da fluke do brasil
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Fevereiro/março 2014
Eventos
Fórum de Comercialização de Energia Data/Local: 24 e 25/02 – Rio de Janeiro – RJ Informações: (11) 3266-3591 / www.blueoceanevents.com.br
Seminário Internacional de Biocombustíveis Data/Local: 17 e 18/03 – São Paulo – SP Informações: (21) 2112-9000 / www.ibp.org.br
Feicon Batimat 2014 Data/Local: 18 a 22/03 – São Paulo – SP Informações: (11) 3060-4911 / www.feicon.com.br
Encontro de Profissionais Eletricistas de Minas Gerais Data/Local: 19/03 – Belo Horizonte – MG Informações: (11) 4028-5451 / www.abracopel.org
VI SMARS – Seminário Brasileiro de Meio Ambiente e Responsabilidade Social do Setor Elétrico Data/Local: 23 a 25/03 – Brasília – DF Informações: www.smars.com.br
Fórum de Iluminação Pública Data/Local: 27/03 – São Paulo – SP Informações: (11) 5093-7847 / www.ip2014.com.br
Cursos
Curso: Sistemas de Aterramento, Projeto, Construção, Medições e Manutenção Data/Local: 18 a 20/03 – Rio de Janeiro – RJ Informações: (11) 2344-1722 / www.abnt.org.br
Curso: Conformidade das Instalações Elétricas de Baixa Tensão Data/Local: 17 e 19/03 – São Paulo – SP Informações: (11) 5031-1326 / www.barreto.eng.br
Curso: Instalação de Sistemas Fotovoltaicos Data/Local: 20 e 21/03 – Ribeirão Preto – SP Informações: (16) 4009-5600 / www.blue-sol.com
Curso: O Mercado Brasileiro de Energia Elétrica e Seus Agentes Data/Local: 24/03 – São Paulo – SP Informações: (11) 3060-5050 / www.abce.org.br
Curso: Norma ISO 50001 – Sistema de Gestão de Energia Data/Local: 27/03 – Rio de Janeiro – RJ Informações: (21) 2532-7373 / www.metrologia.org.br
Curso: Iluminação Pública Data/Local: 28/03 – São Paulo – SP Informações: (11) 4704-3540 / www.expersolution.com.br
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potência
A PHELPS DODGE PASSA POR RESIDÊNCIAS, EMPRESAS, CIDADES E PAÍSES DO MUNDO TODO. E AGORA PASSA A CHAMAR-SE
GENERAL CABLE.
CONSTRUÇÃO CIVIL GERAÇÃO,TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
Um dos maiores fabricantes de condutores elétricos presentes no Brasil agora passa a apresentar-se com a marca General Cable, um dos maiores fabricantes mundiais, com 57 fábricas em 26 países, 165 anos de experiência e mais de 14.000 colaboradores. A filosofia da General Cable, através dos seus colaboradores, é oferecer a seus clientes, a agilidade de uma pequena empresa com toda força e valor de uma
ÓLEO, GÁS E PETRÓLEO
grande companhia. No Brasil, servimos nossos clientes através de nossas duas fábricas e de um Centro de Distribuição no Nordeste, com produtos destinados a: construção civil; geração, transmissão e distribuição de energia elétrica; indústrias; energias renováveis; óleo, gás e petróleo; setor naval; setor ferroviário (metrôs e ferrovias); telecomunicações; mineração.
A marca mudou. A qualidade e credibilidade da Phelps Dodge que você conhece continuam as mesmas. www.generalcablebrasil.com