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The manpower shortage is a common problem to many types of activities in Brazil. This situation can be observed both in traditional sectors, such as electrical, hydraulic, mechanical and cooling and in newer segments, such as photovoltaic energy. A possible solution to this problem involves some investment in qualification of workers.
En Brasil, la falta de mano de obra es un problema común a muchas actividades. Esta situación se puede encontrar tanto en áreas tradicionales como la eléctrica, hidráulica, mecánica y refrigeración, como en los segmentos más nuevos, como la energía fotovoltaica. Una de las posibles soluciones a este problema podría ser a través de inversiones en la calificación de los trabajadores. 18 Revista da InstalaçÃO
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Problema
Ano I Edição 03 Juhno’16
estrutural
Reportagem: Paulo Martins
País apresenta déficit de profissionais especializados em diversos segmentos da instalação, obrigando empresas a investir no treinamento dos funcionários para suprir suas necessidades.
I
ndependentemente da crise econômica que assola o Brasil no momento, o país mantém boas perspectivas de crescimento futuro, inclusive com chances de se tornar referência global em determinadas áreas, como energias renováveis, eficiência energética e construções sustentáveis. Entretanto, esse processo esbarra em um fato recorrente, que costuma atrapalhar o desenvolvimento de vários mercados: a falta de mão de obra especializada. O déficit envolve praticamente todas as funções, incluindo o quadro administrativo, gerencial e operacional, e o problema é bastante evidente em segmentos menos amadurecidos, como o de energia solar fotovoltaica e o de automação residencial e predial, entre outros. Entretanto, mesmo áreas mais consolidadas, como o setor de soldagem, a elétrica e o mercado de drywall registram carência de profissionais que estejam a par das recentes técnicas e inovações tecnológicas. Revista da InstalaçÃO 19
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Como consequência desse quadro, aumentam as chances dos serviços apresentarem falhas de execução, gerando retrabalho, desperdício de materiais, aumento de custos e atraso nos cronogramas das instaladoras. E, mais importante, existe o risco de comprometimento da segurança, tanto de quem executa o trabalho sem o devido conhecimento, quanto de quem utilizará as instalações. Com um contingente superior a 900 mil trabalhadores, o Brasil é hoje um dos maiores empregadores do mundo na área de energias renováveis. Entretanto, no segmento de energia fotovoltaica o número de profissionais atuantes ainda é pequeno em torno de 4 mil -, o que contrasta com o forte ritmo de desenvolvimento dessa atividade. “A energia solar fotovoltaica constitui uma área nova, que ainda não possui mão de obra qualificada suficiente para atender o crescimento do mercado”, destaca Paulo Frugis, gerente de Treinamento da empresa Neosolar Energia. A carência de funcionários é registrada em toda a cadeia fotovoltaica, mas principalmente no campo operacional e de instalação. “Temos notado uma defasagem grande em relação à função de instalador fotovoltaico, motivo pelo qual iniciamos os investimentos e ações para melhorar a formação nessa área. Também há defasagem de projetistas de sistemas fotovoltaicos para minigeração”, completa Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). A falta de mão de obra especializada no segmento pode resultar em instalações mal executadas, comprometendo desta forma a qualidade dos projetos e dos equipamentos e gerando riscos de acidentes durante a execução e operação do sistema e também para o cliente. “Um sistema solar é projetado para vida útil acima 20 Revista da InstalaçÃO
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Segurança
Profissionais da área elétrica são responsáveis pela segurança de usuários leigos no assunto, o que exige grande compromisso na execução dos trabalhos.
de 30 anos. Porém, se mal executado, já terá problemas nos primeiros meses de funcionamento. Não esquecendo que um eventual retrabalho gera custos adicionais não previstos”, observa Paulo Frugis. Evangelista alerta ainda para o risco de destruição da imagem positiva que a energia solar vem construindo. “Se começarem a surgir problemas por erros de projeto ou na instalação, ou até mesmo devido à utilização de equipamentos de baixa qualidade, a
percepção do mercado irá se alterar negativamente, acontecendo o mesmo que ocorreu no início do mercado solar térmico no Brasil. Uma parcela achará que os sistemas fotovoltaicos ‘não funcionam’, que são improvisados ou fadados a dar problemas. Isso não é verdade e não podemos deixar essa falsa percepção tomar o mercado”, defende o presidente da ABGD. O engenheiro eletricista Eduardo Daniel, diretor da MDJ, empresa especializada em assessoria empresarial e engenharia consultiva, chama atenção ainda para o novo cenário que se criou com o advento da Geração Distribuída de energia no Brasil. Afinal, através desse sistema passa a haver uma interação no campo técnico, en-
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tre concessionárias e consumidores, que antes não acontecia. Até então, as empresas prestavam o serviço de
fornecimento de energia e os usuários se limitavam a pagar a conta. Como se sabe, um dos preceitos da GD é que o consumidor pode produzir a eletricidade para seu consumo próprio a partir de painéis fotovoltaicos instalados em sua residência ou empresa. Existe também a possibilidade desse consumidor fornecer o excedente para a rede de distribuição, e é nesse ponto que reside o perigo. “Agora temos uma rua de duas mãos, pois envolve o fato de o consumidor poder transferir energia para dentro do sistema da distribuidora”, alerta Eduardo. Obviamente, toda a estrutura necessária para fazer a geração e a transmissão dessa energia de modo seguro precisará ser planejada, projetada e construída por especialistas devidamente preparados, até porque existem diferenças entre as instalações elétricas convencional e fotovoltaica. Com larga experiência nas áreas de normalização e certificação de produtos e de instalações elétricas, Eduardo Daniel diz que ainda se depara com problemas sérios no mercado, por conta da falta de qualificação de determinados profissionais. “A preocupação com mão de obra é constante. Na área de instalação predial, tanto residencial quanto comercial - sem considerar a indústria, que é um mercado diferente -, a mão de obra continua muito ruim”, critica. O diretor da MDJ observa que as construtoras normalmente acompanham a qualidade das obras e enfrentam muitos casos em que é necessário refazer o trabalho, gerando altos custos. “Segundo as empresas, o problema mais
A energia fotovoltaica é uma área nova, que ainda não possui mão de obra qualificada suficiente para atender o crescimento do mercado. PAULO FRUGIS NEOSOLAR ENERGIA
Falta de profissionais especializados no mercado pode acarretar problemas como retrabalho, desperdício de material, atrasos na execução dos serviços e comprometimento da segurança das instalações. frequente envolve as instalações hidráulicas. Porém, os maiores custos são da área elétrica”, comenta. A qualidade da mão de obra das empresas instaladoras é uma questão que influencia também o setor de refrigeração, aquecimento e tratamento de ar. De acordo com Carlos Eduardo M. Trombini, presidente do Sindratar-SP, sindicato que representa essa indústria em São Paulo, para que um sistema de climatização funcione dentro dos parâmetros projetados, independentemente de tamanho e uso (do residencial ao industrial), é necessário o envolvimento de engenheiros e técnicos qualificados desde o projeto até a construção, e também no treinamento do usuário final, quando este fica responsável pela operação. Revista da InstalaçÃO 21
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O executivo destaca que cada vez mais os pequenos sistemas são controlados por dispositivos eletrônicos, visando alcançar a eficiência energética estabelecida para o equipamento e os parâmetros de conforto projetados. Entretanto, prossegue Trombini, se houver dimensionamento inadequado da ca-
pacidade, ou a instalação não seguir requisitos técnicos estabelecidos em normas técnicas, o sistema irá operar consumindo mais energia e provocando desconforto para o usuário. “Nos sistemas comerciais e industriais, a qualificação do instalador é ainda mais exigida. Instalações hidráulicas, elétricas e de automação são de maior complexidade, e onde erros cometidos causam custos de operação inadmissíveis e queda da qualidade dos serviços prestados”, comenta. Trombini diz ainda que a falta de qualificação acarreta prejuízo de imagem para o setor como um todo e aos agentes participantes do mesmo. O
Segundo as empresas, o problema mais frequente envolve as instalações hidráulicas. Porém, os maiores custos são da área elétrica. EDUARDO DANIEL MDJ
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Qualificação
Instalador fotovoltaico precisa ter conhecimento específico na área e também sobre as normas de instalações elétricas e de trabalho em altura.
executivo observa que na maioria dos casos as empresas de instalação também são responsáveis por cuidar da imagem das marcas de equipamentos e periféricos que utilizam em seus serviços, e, sendo assim, a eventual má qualidade de uma instalação pode afetar a forma como o mercado vê esses produtos e a própria empresa. “Não podemos esquecer que boa parte dos clientes que contratam diretamente as empresas instaladoras, e indiretamente os equipamentos e periféricos, não são conhecedoras de sistemas de climatização, refrigeração, ventilação e aquecimento, e ao menor deslize na qualidade dos serviços prestados isto causará muitos ruídos no setor”, analisa o presidente do Sindratar-SP.
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Instalações eletromecânicas Outra área que se mantém permanentemente atenta à qualidade da mão de obra dos trabalhadores é a que envolve as empresas que fazem instalações eletromecânicas. O segmento envolve os serviços de elétrica, hidráulica e mecânica e no Estado de São Paulo é representado pelo Grupo Setorial de Instalações Eletromecânicas (GSEL) do Sindinstalação (Sindicato da Indústria de Instalação - SP). Segundo o engenheiro Mário Mendes Júnior, presidente do GSEL, há casos em que determinados serviços acabam reprovados nas inspeções regulares feitas na obra para efeito de controle da qualidade. Normalmente essas vistorias são realizadas pelo contratante ou pela própria instaladora. Caso seja constatado um problema decorrente de falha da mão de obra, é necessário refazer o trabalho, o que pode gerar prejuízos para a empresa executante, por conta do uso extra de materiais e de horas de trabalho. A carência de mão de obra no segmento de instalações eletromecânicas é mais evidente longe dos grandes centros urbanos. Quando uma instaladora de São Paulo, por exemplo, precisa realizar determinados serviços pelo interior do An_revInstalacao_9x21.pdf 1 21/03/2016 09:03:55
País, é comum que ela tenha que deslocar especialistas de sua matriz para o site, devido à escassez dessa mão de obra na região onde o trabalho será executado. Desta forma, a empresa acaba tendo que arcar com custos extras para garantir moradia, transporte e alimentação a seus profissionais, o que não aconteceria, se houvesse disponibilidade local de mão de obra.
Outro inconveniente decorrente das falhas na formação dos profissionais é a baixa produtividade. No Brasil, a quantidade de horas empregadas para fazer um trabalho (quantificada pelo índice denominado homem-hora) chega a ser 20% maior do que em países mais desenvolvidos. Antes de citar os profissionais que estão em falta na área de instalações
Em alta
O soldador é uma das profissões mais valorizadas do mercado, mas especialistas precisam estar atentos à evolução tecnológica desse segmento.
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O frequente registro de problemas na execução dos serviços especializados pode fazer com que um setor inteiro ou uma determinada tecnologia caia em descrédito junto à população. eletromecânicas, convém explicar que a mão de obra nas instaladoras divide-se em duas categorias: área de engenharia e os trabalhadores de campo. Uma figura da qual as empresas têm grande dependência é o profissional responsável por entender o processo completo e gerenciar o trabalho como um todo (normalmente um engenheiro). Com capacidade para liderar equipes, eles são o que se pode chamar de “mosca branca”, por serem raros. Não há formação acadêmica que dê a ele esse conheciAtualização
Avanços tecnológicos da área de refrigeração e aquecimento exigem que as empresas instaladoras mantenham equipes com maior conhecimento.
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mento, que é fruto de anos de experiência prática. Ainda que a empresa disponha de uma excelente equipe de campo, o resultado final pode acabar comprometido, se não contar com esse ‘cabeça’ para gerenciar o serviço. “Quem determina a qualidade do trabalho é o engenheiro gestor e seus supervisores. Eles é que dão a cara da empresa para a obra”, comenta Antonio Celso Padovani, responsável pelo departamento de Engenharia da GTEL (Grupo Técnico de Eletromecâ-
nica S.A.), empresa de São Paulo que há mais de 40 anos presta os serviços de montagem, instalação e manutenção. A área de soldagem é um dos segmentos onde a mão de obra especializada é mais escassa e valorizada. Essa é uma profissão que requer grande habilidade manual, precisão, prática e até conhecimento de materiais como o metal. Em determinados tipos de instalações, como indústrias alimentícias e de medicamentos, por exemplo, não se admite que haja rugosidades nas soldas das tubulações, portanto, o trabalho tem que ser perfeito. Outro profissional estratégico para as instaladoras, e difícil de se encontrar, ou mesmo de formar internamente, é o orçamentista especializado na área. Vale lembrar que um orçamento errado pode gerar grandes prejuízos para uma empresa, pois os projetos nessa área normalmente envolvem valores altos. A elaboração de um orçamento é um trabalho bastante meticuloso e que precisa considerar variáveis como o Foto: Fotolia
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custo dos materiais e também da mão de obra (homem-hora). O cálculo do custo do homem-hora, por sua vez, é um pouco mais complicado, pois considera elementos como salários e encargos dos funcionários, gastos com estadia, transporte e alimentação das equipes, etc. O orçamentista de instalação precisa também dominar determinados conhecimentos técnicos usuais da área, ainda que básicos. É preciso cuidado, por exemplo, para não fazer confusão com as grandezas e escalas usadas para quantificar determinados materiais em um projeto. “Em um projeto são utilizadas diversas unidades para quantificar um mesmo tipo de material, tais como metro, barra ou quilograma, usadas para
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dimensionar uma tubulação. O orçamentista tem que ser cuidadoso ao fazer o levantamento para não trocar as unidades e causar eventuais prejuízos”, expli-
ca Mário Mendes, que, além de presidir o Grupo Setorial de Instalações Eletromecânicas do Sindinstalação, atua como responsável comercial da empresa GTEL.
Investir no treinamento de pessoas vira rotina para muitas empresas Quando não há tempo hábil para moldar o trabalhador conforme o padrão da empresa, pode-se tentar ‘recrutar’ um funcionário já ‘pronto’ que esteja atuando no mercado. Entretanto, até para isso existem regras. “Tem cliente que especifica em contrato que não se pode contratar funcionário de outra companhia que esteja atuando no mesmo site durante certo período, para evitar que haja disputas por funcionários entre as empresas”, conta Padovani. Além do treinamento promovido pelas próprias empresas, seria interessante para o País a criação de mais programas de capacitação profissional, de forma a atender à demanda
do mercado. Essa, aliás, tem sido uma das preocupações do Sindinstalação, que vem se empenhando no combate à falta de capacitação profissional. “Estamos atuando contra esse pro-
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Diante da carência de mão de obra especializada e qualificada no Brasil, é grande o número de empresas que se veem obrigadas a investir na qualificação de seus funcionários, preparando-os não só no aspecto técnico, mas também para atendimento às legislações de segurança e meio ambiente. “Na maioria das vezes, as empresas de instalações eletromecânicas dependem única e exclusivamente de mão de obra formada internamente”, confirma Mário Mendes, presidente do GSEL. A GTEL, por exemplo, procura aproveitar o vasto conhecimento adquirido ao longo de sua atuação no mercado para transmitir a filosofia da companhia aos novos contratados. “Dispomos de pessoal antigo na empresa, que já conhece nossa maneira de trabalhar. Quando ganhamos uma obra, procuramos inserir as novas pessoas junto aos mais experientes para que elas captem isso e adquiram nossa cultura”, conta Antonio Padovani.
Na maioria das vezes, as empresas de instalações eletromecânicas dependem única e exclusivamente de mão de obra formada internamente. MÁRIO MENDES JÚNIOR GSEL
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Procuramos inserir os novos contratados da empresa junto aos mais experientes para que eles captem nossa maneira de trabalhar. ANTONIO CELSO PADOVANI GTEL
blema promovendo cursos em diversas áreas, por meio do GSEL”, informa Mário Mendes. O Grupo Setorial de Instalações Eletromecânicas tem procurado organizar cursos para formar justamente os profissionais considerados estratégicos para o segmento, como orçamentista de instalações e especialista administrativo de obras. Para o mês de julho, por exemplo, está marcado um workshop no Sindinstalação sobre sistemas de proteção contra incêndio - mais especificamente sobre sprinklers -, promovido em parceria com a Associação Brasileira de Sprinklers. Um detalhe curioso comprova a dificuldade de se encontrar especialistas em determinados setores: nos cursos para preparação de orçamentista e administrativo de obras, não havia professores no mercado para aplicar os programas. Desta forma, as próprias companhias do setor tiveram que ceder seus especialistas para administração das aulas, cuja 26 Revista da InstalaçÃO
grade curricular também foi desenvolvida por essas empresas. Para o presidente do Sindratar-SP, Carlos Eduardo M. Trombini, a solução para as empresas de instalação melhorarem a qualidade da mão de obra é investir no treinamento de seus profissionais. “Os avanços tecnológicos têm demandado que os instaladores tenham equipes com maior conhecimento”, justifica. O executivo diz que ainda é habitual que os profissionais que atuam no segmento aprendam na prática, em vez de passarem por qualificação formal, mas observa que essa situação vem mudando rapidamente. “A era digital está se encarregando desta mudança. O acesso à internet tem proporcionado transferência de conhecimento imediato através de cursos à distância e acesso a muitas informações disponíveis em sites, vídeos, blogs e páginas web de fabricantes e entidades de ensino”, aponta. O dirigente destaca ainda que entidades como o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) disponibilizam bons cursos voltados para a área, que conta ainda com os programas de
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graduação e pós-graduação oferecidos pelas faculdades de engenharia. “Além disso, as empresas fabricantes de equipamentos, ferramentas e periféricos transferem muita informação sobre como aplicar, instalar e operar suas soluções. Elas oferecem muito da experiência que acontece com seus produtos em campo. O número de publicações especializadas também é grande para atender ao público. Eventos presenciais têm ocorrido com muito mais frequência, o que permite ao profissional estar em contato direto com outros especialistas, pesquisadores e divulgadores de novas tecnologias”, complementa. De acordo com Trombini, a área de refrigeração, aquecimento e tratamento de ar necessita de profissionais com formação técnica e universitária. As principais habilidades requeridas são: conhecimento das leis da física voltadas para a termodinâmica; mecânica dos fluidos; eletrotécnica, eletrônica e resistência dos materiais. “Somam-se a estes conhecimentos o acompanhamento de temas da modernidade, como sustentabilidade e meio ambiente, seus efeitos e consequências”, revela o presidente do Sindratar-SP.
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Segmento de energia fotovoltaica mira certificação de profissionais energia e outros mais específicos de renováveis, onde a área fotovoltaica já faz parte da grade curricular. Existem também MBAs em energias renováveis e programas de mestrado voltados para o segmento solar”, enumera. A Neosolar oferece cursos na área desde 2012, período no qual formou cerca de 700 alunos. No início deste ano inaugurou seu Centro de Treinamento próprio e atualmente oferece quatro cursos diferentes. De acordo com Paulo Frugis, o conteúdo dos cursos é definido com base em vários parâmetros, como a experiência e vivência de mercado da empresa; sugestões citadas pelos alunos e tendências e necessidades do mercado. “Os cursos teóricos dão uma noção geral do segmento e capacitam o aluno a atuar
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Em franco crescimento, e com boas perspectivas para o futuro, o setor de energia solar fotovoltaica constitui hoje um enorme campo de trabalho. Mas não basta ter vontade, é necessário apresentar determinados conhecimentos para conquistar uma vaga na área. De acordo com Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída, é recomendável que um instalador fotovoltaico tenha, no mínimo, cursos de NR10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade) e NR35 (Trabalho em Altura), além de formação na área elétrica (engenharia, técnico eletricista, etc). Além disso, também são bem-vindos conhecimentos de eletrônica de potência e de instalações de baixa e média tensão e/ou curso específico do setor fotovoltaico com uma carga horária de pelo menos 40 horas. “Claro que isso é uma definição genérica e aberta, pois há inúmeras competências que permitem ao profissional atuar nesse setor. No entanto, é fundamental a experiência teórica e prática com sistemas solares fotovoltaicos devido às suas particularidades e especificidades”, finaliza o dirigente. Na opinião do gerente de Treinamento da Neosolar, Paulo Frugis, com a demanda cada vez maior por qualificação na área fotovoltaica, as próprias instituições de ensino brasileiras tendem a criar cursos mais segmentados para atender os interessados em ingressar no setor. “Atualmente existem alguns cursos de formação em engenharia de
na área como indicador de negócios, prospectar mercado em sua região e dimensionar sistemas de microgeração distribuída ou isolados. Os cursos de instalação capacitam o aluno com relação à instalação dos equipamentos e estruturas dos sistemas fotovoltaicos, porém, ele precisa ter capacitação em eletricidade, NR10 e NR35, que deve ser adquirida em instituições de ensino técnico”, explica o porta-voz da Neosolar. Uma notícia excelente para esse mercado é que a Associação Brasileira de Geração Distribuída criou a certificação do instalador de sistemas fotovoltaicos. De acordo com Carlos Evangelista, o profissional que se inscrever passará por uma entrevista, precisará comprovar que possui cursos de NR10 e NR35 e treinamento e/ou experiência no setor fotovoltaico e fará uma prova (prática e teórica) aplicada por instituição reconhecida do mercado. No caso de São Paulo, esse trabalho caberá ao IEE (Instituto de Energia e Ambiente) da USP (Universidade de São Paulo). “Se o profissional tirar nota igual ou acima de sete nessa prova, receberá a Certificação do Instalador Fotovoltaico”, garante. Ainda segundo Evangelista, em uma segunda fase, já em estudo, e com o apoio da TÜV Rheinland (organismo de certificação), a associação promoverá a certificação das instalações. Futuramente será criada a certificação de empresas. “Também há estudos para certificar profissionais que atuam com sistemas de Geração Distribuída envolvendo outras fontes de energia, como biomassa e biogás”, adianta. Revista da InstalaçÃO 27