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In Brazil, the benefits provided by BIM software platform (Building Information Modeling) are being increasingly recognized by the construction industry professionals. One of the main advantages of the model, according to experts, is the resolution of conflicts between the different disciplines involved in a project, thus ensuring greater control over the construction. 14 Revista da InstalaçÃO
En Brasil, los beneficios proporcionados por la plataforma de software BIM (Building Information Modeling) están siendo cada vez más reconocidos por los profesionales de la industria de la construcción. Una de las principales ventajas del modelo, según los expertos, es la resolución de conflictos entre las diversas disciplinas que intervienen en un proyecto, garantizando así un mayor control sobre la obra.
Plataforma de software BIM ajuda a prevenir conflitos entre as disciplinas envolvidas nos projetos, garantindo maior integração entre as áreas e controle sobre a obra como um todo.
Ano I Edição 04 Julho’16
Por Paulo Martins
A evolução da construção
U
ma verdadeira revolução está em curso neste momento no setor da construção civil, graças a uma plataforma de software. Ainda pouco conhecido no País, mas cada vez mais requisitado, o sistema BIM (Building Information Modeling, ou Modelagem de Informações da Construção) vem contribuindo para a adoção de uma nova forma de planejar e executar obras, influenciando ainda a manutenção e a operação das edificações depois de prontas. A ferramenta tem sido apontada como uma eficaz solução para um dos maiores problemas da indústria da construção: os
constantes conflitos entre as diversas disciplinas envolvidas em um projeto, como elétrica, hidráulica, civil, climatização e combate a incêndio. Muitas vezes as incompatibilidades existentes entre essas áreas são resolvidas somente depois do início da obra, o que pode elevar custos e atrasar os cronogramas. A proposta do modelo BIM é justamente prevenir esse tipo de situação, proporcionando maior controle sobre a obra como um todo. Para muitos especialistas, no atual mercado competitivo, a adesão a esse conceito é cada vez mais necessária. Não Revista da InstalaçÃO 15
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à toa, já há registros de movimentação inclusive na esfera política no sentido de exigir o uso do BIM nos projetos que envolvam obras públicas. Na prática, o BIM já vem impactando fortemente o segmento da construção. Na opinião do engenheiro civil Rodrigo Broering Koerich, gerente de Produtos e Serviços da AltoQi - que atua no mercado nacional de desenvolvimento de soft wares para construção civil -, a adesão à plataforma tornou-se uma questão de sobrevivência para as companhias que atuam no segmento. “Podemos olhar o tamanho do problema ou o tamanho da oportunidade, mas as empresas precisam perceber que uma locomotiva vem aí. Ou pegam carona ou ficarão para trás”, alerta o especialista. Conforme definição adotada pela Softplan, uma das maiores empresas do Brasil no desenvolvimento de soft wares de gestão, o BIM consiste em uma nova forma de projetar, baseada em modelos 3D, em vez de projetos planificados. Com a técnica, é possível integrar e agregar informações, tornando o projeto visível em um único modelo. “Isso tudo aumenta a comunicação e a integração entre profissionais, reduz e confronta erros de projeto e agiliza as
etapas de um empreendimento”, informa a companhia. Para Ítalo Batista, engenheiro responsável pela Proerg Engenharia e Projetos, empresa de Belo Horizonte (MG), a tecnologia BIM é capaz de mudar completamente a forma de gestão de uma obra, desde a etapa inicial de projeto até a gestão da manutenção da edificação. “A obra parou de lidar com desenhos, saindo do papel para um modelo virtual, onde todos os componentes desta são mostrados exatamente como serão construídos. Além disso, todas as informações dos materiais e equipamentos utilizados permanecem à disposição do engenheiro responsável para quaisquer
Com a volta do crescimento da economia brasileira, o uso da tecnologia BIM será o padrão de mercado. ÍTALO BATISTA PROERG
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Controle
A tecnologia BIM é capaz de mudar completamente a forma de gestão de uma obra.
ações posteriores, como compra, estoque ou reposição”, aponta. Com o uso do BIM, prossegue Batista, o proprietário terá certeza de que a obra foi melhor executada e a vantagem de poder acessar a qualquer momento, e em três dimensões, toda a memória da construção. “Possuir o registro de todos os materiais utilizados facilita muito a operação e a manutenção da edificação”, destaca. Para Anauri Marafon, analista de Negócio da Unidade Indústria da Construção da Softplan/Poligraph, uma das principais influências do BIM na construção civil consiste na mudança do próprio processo de desenvolvimento dos projetos. “No conceito BIM os projetos são desenvolvidos simultaneamente, e
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os conflitos, resolvidos antes de iniciar a construção, já que normalmente os próprios softwares apontam essas divergências, análise esta conhecida como Clash Detection”, explica. O planejamento da obra também se torna muito mais consistente. De acordo com Marafon, graças à possibilidade de integrar o modelo em 3D a softwares de planejamento, é possível perceber mais facilmente atividades não planejadas, como a necessidade de contratar uma
grua, ou alguma dificuldade técnica a ser enfrentada no período ‘x’ da execução, o que exigirá o envolvimento de mais colaboradores ou o uso de algum equipamento específico. “Com fre quência vemos vídeos do prédio subindo e uma linha do tempo ao lado. Isto é aplicação do BIM no planejamento”, sintetiza. A plataforma propicia ainda a obtenção de uma lista de materiais muito mais consistente, já que por meio do sistema BIM é possível fornecer informa-
ções a cada elemento construtivo, como especificações técnicas e até a marca a ser comprada. O engenheiro eletricista Francisco Gonçalves Jr., especialista em Produtos da AltoQi destaca que a aplicação do BIM em projetos deve estar acompanhada de mudanças radicais de processos, conceitos e perfil profissional. Primeiramente, destaca ele, a ferramenta exige mais planejamento e menos execução: “Existe uma quebra de paradigmas envolvendo o conceito de
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Agilidade
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A adoção do BIM na execução de obras públicas pode ajudar a diminuir os prazos de entrega.
projetar, pois atualmente prevalece o modelo 2D, que exige muito trabalho braçal e tem como características a falta de precisão, possíveis fontes de erro, revisão demorada e retrabalho”. Já no sistema BIM, os projetos se tornam mais completos, precisos em suas especificações, documentações, orçamentos e quantitativos. “A precisão é garantida pelo desenho em três dimensões e pela possibilidade de simulação. Caso algum item seja alterado, o desenho atualiza automaticamente os demais pontos que dependem dessa mudança. Com isso, os profissionais podem antecipar e resolver problemas de
compatibilização antes mesmo da execução da obra”, compara Gonçalves Jr. Para as construtoras, os benefícios decorrentes do uso da plataforma BIM são consideráveis: melhor visualização de como ficará a obra após a entrega; facilidade de tomar decisões em torno de eventuais conflitos de projeto; redução de erros em documentos e no canteiro de obras; redução de retrabalho; redução de desperdício; maior controle entre os agentes e etapas da obra e maior segurança no cumprimento dos prazos. Naturalmente, a somatória desses elementos acaba resultando em economia financeira para as empresas.
No sistema BIM, os projetos se tornam mais completos e precisos em suas especificações, documentações e orçamentos. 18 Revista da InstalaçÃO
Quando o agente contratante é o governo, a adoção do BIM na execução de obras públicas pode ajudar a diminuir a lacuna que existe nas relações ‘prazo x entrega’ e ‘custo total do orçamento x custo total realizado’. Os reflexos dessa nova sistemática tendem a gerar resultados positivos também para as instaladoras. “As vantagens são inúmeras e muito significativas, já que o instalador passa a ver a obra pronta em um modelo virtual, deixando de ter que tomar decisões ou consultar os projetistas envolvidos durante a execução dos serviços, além de ter o controle de materiais e das etapas de execução da obra bem resolvido”, confirma Ítalo Batista, da Proerg. Na opinião de Anauri Marafon o principal benefício proporcionado pelo uso do BIM é a compatibilização de projetos, principalmente pelo fato das instaladoras serem as mais prejudicadas, quando precisam ‘resolver’ algum problema na obra, como desvio de tubulação ou uma furação não planejada no concreto. “É complicado alterar questões estruturais, portanto, ‘sobra’ para as empresas que executam os projetos complementares. Além disto, o aumento de produtividade devido à eliminação de retrabalhos e tarefas não planejadas na hora da execução é traduzido em mais lucro para as instaladoras”, analisa o especialista da Softplan/Poligraph. Rodrigo Koerich, da AltoQi, também destaca a redução de conflitos como uma grande vantagem para as instaladoras: “Quando se desenvolvem projetos segundo o modelo BIM são eliminadas as incompatibilidades e previstas soluções para os problemas ainda na fase de projeto. Com isso, a solução é mais direta e econômica e implica em redução de mão de obra e do tempo de execução”.
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Profissionais da área precisam se alinhar ao conceito BIM
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Outro aspecto positivo da plataforma BIM é que esse tipo de software pode ser utilizado em qualquer fase da obra, partindo do estudo de viabilidade, passando pela construção e chegando à manutenção e operação pós-entrega da edificação. De acordo com Francisco Gonçalves Jr., a ferramenta é indicada tanto para projetos de engenharia civil quanto de arquitetura, contribuindo para a evolução dos processos como um todo. Por meio do conjunto de práticas é possível reunir em uma representação grá-
fica todas as informações - desde as construtivas até a quantificação de trabalhos e tempos de mão de obra -, além de incluir dados do processo de desmontagem ao fim do ciclo de vida útil. “Assim, adotar a modelagem de informações é a chance de tornar o projeto visível, facilitando seu entendimento pelos diversos profissionais que atuam nas edificações, entre eles, engenheiros, arquitetos e instaladores”, menciona o executivo da AltoQi. Segundo Anauri Marafon, no Brasil, a aplicação hoje ainda é mais comum na etapa de projeto, mas as empresas já começam a investir na implementação do software também durante a construção. “Na minha opinião, a utilização nas fases posteriores será uma consequência natural com o passar do tempo”, comenta. Quanto ao tamanho da obra, a princípio, o uso da plataforma BIM é indicado para todos os tipos de edificação. “Naturalmente, quanto maior é o porte da obra, mais significativos são os
No conceito BIM os projetos são desenvolvidos simultaneamente, e os conflitos, resolvidos antes de iniciar a construção. ANAURI MARAFON SOFTPLAN/POLIGRAPH
impactos. Mas mesmo numa pequena edificação, se não forem resolvidas as incompatibilidades na fase de projeto, serão necessárias adaptações na obra, sempre mais caras e tecnicamente piores”, alerta Rodrigo Koerich, da AltoQi. Ítalo Batista, da Proerg, concorda que o uso dos softwares BIM nas pequenas obras é importante, pois estas normalmente possuem uma estrutura menor na sua execução. No caso de grandes obras, prossegue ele, a adesão é imprescindível. “Com esta tecnologia os prazos para tomada de decisões são reduzidos, assim como os custos, já que tempo é dinheiro”, menciona. Anauri Marafon confirma que para aplicação do BIM não existe limitação ou contraindicação relacionada ao porte da empresa ou das obras que ela executa, mas observa que a medida requer investimentos para aquisição de soft wares e capacitação de pessoal. Desta forma, o especialista recomenda pesar o custo-benefício, recorrendo à ajuda de especialistas, se necessário, para buscar a análise mais assertiva: “O benefício do BIM é inegável em qualquer obra, mas é preciso analisar se realmente os serviços executados pela empresa possuem porte e valores que justifiquem os investimentos”, orienta. Revista da InstalaçÃO 19
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Atenção
Graças à possibilidade de integrar o modelo 3D a softwares de planejamento, é possível perceber mais facilmente as atividades não planejadas.
a plataforma reúne uma vasta quantidade de softwares, cada um indicado para uma determinada disciplina ou análise. Além disso, cada programa possui requisitos diferentes de computadores e redes para utilização. Entretanto, conforme observa Anauri Marafon, nos dias atuais, o preço dos computadores mais robustos já não é tão elevado quanto no passado. “Outra infraestrutura importante é que a empresa possua algum repositório digital para os documentos e modelos, algo organizado e de fácil acesso a todos envolvidos”, avisa. Naturalmente, é fundamental que os colaboradores da empresa estejam capacitados e alinhados ao conceito BIM. “Essencialmente, é necessário entender que o fluxograma de projetos feitos em BIM é diferente do modo tradicional de projetar. A equipe multidisciplinar de projetos precisa trabalhar junto desde o início, de modo colaborativo, fazen-
Saber aplicar o BIM é um diferencial importante para os profissionais e também uma grande oportunidade de mercado para as empresas. FRANCISCO GONÇALVES JR ALTOQI
do interações através de softwares que suportem o modelo BIM”, complementa Rodrigo Koerich. Francisco Gonçalves Jr. lembra que a demanda por BIM é latente no mercado, o que vem exigindo que profissionais liberais, empresas e governos procurem se adequar para atender a esse tipo de solicitação. “Diante do cenário promissor para a aplicação dessa tecnologia na construção civil, toda a cadeia produtiva deve se preparar. Saber aplicar o BIM é Foto: Marcos Orsolon/HMNews
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Uma vez que a empresa opte pela utilização da plataforma BIM, é importante analisar de forma detalhada qual ferramenta é mais adequada para cada caso, principalmente no que diz respeito à normatização seguida pelo software. “Alguns não estão preparados para a norma brasileira e demandam grande esforço de configuração, e às vezes até de programação, para tornarem-se aderentes. O ideal é contratar uma consultoria especializada em implantação BIM para indicar os mais aderentes à realidade da empresa e apresentar o custo- benefício de cada um”, sugere Anauri. De maneira geral, a relação custobenefício das soluções BIM é vantajosa para os usuários, conforme destaca o especialista da Softplan/Poligraph. “As empresas sabem como é trabalhoso o levantamento de quantitativos de um projeto, a extração destas informações para algum meio digital e a inclusão e redigitação em algum software de orçamento. Com a automatização que conseguimos implementar para este processo, o trabalho que muitas vezes levaria semanas pode ser reduzido para horas ou mesmo minutos”, justifica. Rodrigo Koerich admite que a adoção do BIM pode exigir alguns ajustes na empresa, mas reforça as vantagens oferecidas pelo sistema: “É natural que para os escritórios de projetos haja um período de adaptação e mudança de processos, e uma transformação desse porte tende a causar perda de produtividade no curto prazo, mas na medida em que o projetista for ganhando prática e moldando o processo, o tempo tende a se assemelhar ao gasto no método tradicional. Mas uma coisa é fato: os donos de construtoras e os governos preferirão pagar 25% a mais no preço dos projetos do que gastar 10% a mais no custo da obra”. Em uma empresa bem estruturada, os requisitos necessários para se adotar com sucesso a plataforma BIM não devem ser um grande problema. Claro que
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Mercado é novo, mas registra forte ritmo de crescimento encontre o caminho do desenvolvimento. “Com a volta do crescimento da economia, o uso da tecnologia BIM será o padrão de mercado”, acredita Ítalo Batista, da Proerg. A Proerg é uma das empresas de projetos que utilizam soluções associaFoto: Fotolia
No Brasil, o número de empresas que aderiram à plataforma BIM ainda é pequeno, mas está aumentando de forma exponencial. Na opinião dos especialistas do setor, a tendência é de que essa onda cresça ainda mais à medida que o País re-
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4 pontos de ancoragem, proporcionando super travamento e fixação.
Raio circular, aumentando a resistência da bucha. Super Aletas, proporcionando maior aderência.
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Produzida com material de alta resistência.
AÇÃ
O analista da Softplan/Poligraph destaca ainda que o advento dessa plataforma de software proporcionou o surgimento de uma nova profissão na área: o ‘BIM manager’, ou ‘gerente de BIM’. “Esse profissional é um especialista em Modelagem de Informações da Construção, entendendo de forma considerável os conceitos desta prática, as ferramentas para implantá-la e os soft wares relacionados. Deve também conhecer os processos de levantamento, orçamento, planejamento e coordenação de obras. Ele deve ter cursado ensino superior completo em arquitetura ou engenharia civil, ter experiência em projetos e construções, gerenciamento de projeto, conhecimentos de TI e, é claro, de softwares BIM”, informa Anauri.
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um diferencial importante para os profissionais e também uma grande oportunidade de mercado para as empresas, pois quem se adaptar rapidamente poderá obter vantagens competitivas”, comenta o especialista da AltoQi. De acordo com Anauri Marafon, qualquer profissional com formação técnica na indústria da construção tende a estar apto para utilizar o sistema BIM, desde que tenha conhecimento de projetos e, se possível, de execução de obra. “Existem muitos cursos para cada soft ware a ser utilizado, e o acesso a estes está ficando mais facilitado com o passar do tempo. Para profissionais acostumados à utilização de ferramentas CAD, a transição para ferramentas BIM costuma ser bem tranquila”, analisa.
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Prego
Ferragens
Brocas
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Disco Diamantado
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Material p/ Sinalização
Tomada e Plugue
Extensão Elétrica
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das à plataforma BIM nos serviços que presta. “Já fizemos projetos para quatro obras, no momento estamos criando para outra obra e temos contrato para pelo menos mais duas que ainda irão iniciar”, revela o executivo. Conforme avaliação feita anteriormente, Batista aprova o sistema, mas observa que existem pontos a evoluir. “A tecnologia é fantástica. Porém, as dificuldades de utilização no mercado brasileiro são grandes, já que alguns softwares ainda não se adaptaram completamente às normas locais. Além disso, os fornecedores de materiais ainda não disponibilizam modelagem dos seus produtos. Isto faz com que as empresas de projetos tenham que se adaptar a essa realidade, acarretando custos elevados para implantação”, pondera. Marcelo Marcos Maraschin, coordenador de Marketing da AltoQi, garante que a companhia vem investindo constantemente na realização de pesquisas e estudos de mercado para desenvolver soluções adequadas às necessidades dos projetistas e totalmente adaptadas ao conceito BIM de integração de projetos. “O Eberick V10, software para projetos estruturais em concreto armado e pré-moldado, lançado no início deste ano, trouxe esse conceito de integração de projetos no seu DNA. Nessa solução foi acrescentado o recurso que permite exportar o modelo da estrutura para um arquivo no formato universal IFC (Indus-
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SOFTWARE SIENGE SOFTPLAN
try Foundation Classes), possibilitando aos diversos softwares BIM partilharem informações sobre os projetos”, relata. Outro produto da AltoQi, o QiBuilder consiste em uma plataforma integrada de projeto de edificações que conta com soluções para as áreas de elétrica, SPDA, hidrossanitária, incêndio, gás e alvenaria estrutural. “Este é o único software no mercado nacional através do qual é possível elaborar os projetos de instalações com cálculos integrados e com exportação em formato ‘.IFC’. Após a concepção dos projetos em sistemas especializados, como os da AltoQi, é possível exportá- los e utilizar programas específicos para detecção, integração e modelagem de projetos de diferentes disciplinas da
Benefícios proporcionados pela plataforma BIM ✔ Melhor relação ‘durabilidade x custo x manutenção do empreendimento’ ✔ Compatibilização de projetos ✔ Redução de erros de execução ✔ Redução de erros em documentos ✔ Redução de retrabalho ✔ Maior segurança no cumprimento dos prazos ✔ Possibilidade de identificar e criar novas oportunidades de serviços 22 Revista da InstalaçÃO
Principal solução desenvolvida pela Softplan para aplicação da plataforma BIM está relacionada à integração do ERP Sienge com ferramentas de modelagem.
construção”, comenta Maraschin. O coordenador de Marketing da AltoQi, observa que o Brasil vem entendendo gradativamente os benefícios do uso do BIM nas obras, mas ressalva que o mercado nacional está bastante atrasado em relação a outros países na adoção dessa tecnologia. “Mas o jogo está mudando. Estamos diante de um divisor de águas nas áreas de arquitetura, engenharia e construção. O desperdício de recursos e a baixa produtividade são dois grandes problemas no setor da construção no Brasil, e as construtoras começaram a entender isso. A adoção de BIM passou a ser uma questão de sobrevivência”, sintetiza Maraschin. Para o especialista, a adoção do BIM no Brasil é um caminho sem volta, sendo a vantagem financeira e o maior controle sobre as obras as principais motivações do mercado. “Existem mandates no Brasil, como os governos de Santa Catarina, Bahia e São Paulo, que já têm projetos de lei para obrigar a entrega de projetos em BIM em todas as obras
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quando apresentamos a solução na Feicon, em São Paulo. O lançamento oficial ocorreu há alguns dias e já temos muitos clientes atuais e prospects interessados em conhecer a solução”, comemora. Na opinião de Anauri, um dos fatores que poderiam contribuir para aumentar a aceitação e a aplicação do BIM no mercado brasileiro seria o maior envolvimento de órgãos governamentais na divulgação e incentivo para que as empresas conheçam e adotem o conceito. “Talvez uma linha de crédito facilitado para as empresas adquirirem softwares e treinamento”, imagina. Além disto, prossegue o especialista, seria ideal que os próprios órgãos investissem em suas equipes técnicas para conhecer os conceitos e começar a exigir a adoção do BIM em futuros projetos e execuções de obras públicas. “Temos alguns órgãos estaduais que já exigem, mas são inciativas isoladas. E ainda falta envolvimento de órgãos federais. Além disto, é preciso maior preocupação por parte das instituições de ensino em relação a esta tecnologia. Muitas faculdades de engenharia e arquitetura não possuem nenhuma disciplina focada em BIM”, completa Anauri. Ilustração: Fotolia
públicas. A mesma iniciativa também já está em discussão na Câmara dos Deputados”, informa Maraschin. Anauri Marafon diz que muitas empresas até conhecem o conceito, mas ainda não puderam aferir na prática os benefícios do BIM. De qualquer forma, ele acredita que é uma questão de tempo para que isto aconteça. “O papel das entidades de classe e associações do setor e das entidades acadêmicas será fundamental para difundir este conceito e aumentar a confiança das empresas para futura adoção”, destaca. Ele conta que a principal solução desenvolvida pela Softplan para aplicação da plataforma BIM está relacionada à integração do ERP Sienge com ferramentas de modelagem. “O Sienge é uma solução específica para empresas da indústria da construção, sendo utilizado por mais de dois mil clientes. Esta integração possibilita vincular os serviços do Sienge ao modelo em BIM, extrair seus quantitativos e gerar automaticamente planilhas de orçamento no Sienge”, explica Anauri. Segundo o analista da Softplan/Poligraph, a demanda por esse tipo de solução está acima do esperado: “Tivemos uma resposta muito boa do mercado Vantagem
Correta aplicação da tecnologia BIM pode levar à redução de custos na construção.
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