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Transformadoresde deforça forçaeede demedição medição Transformadores
Maturidade e
inovação Reportagem: Marcos Orsolon
O
mercado de transformadores, sejam eles de força ou medição, é um dos mais tradicionais da área elétrica. No entanto, isso não significa que os equipamentos pararam no tempo. Ao contrário, os fabricantes seguem investindo em pesquisa e desenvolvimento na busca por soluções cada vez mais seguras, eficientes e confiáveis. No segmento de transformadores de força, ou potência, esse movimento tem resultado em soluções que aliam a tradição de décadas de existência e o novo, a maturidade tecnológica e a inovação, tão necessária para a evolução de um setor. É verdade que este mercado ainda é dominado pelos tradicionais equipamentos que utilizam o óleo mineral como isolante. No entanto, nos últimos anos houve avanço significativo no uso de óleos vegetais e na utilização dos transformadores a seco. Em linhas gerais, os transformadores de potência são destinados a rebaixar ou elevar a tensão no trans-
porte de energia e, consequentemente, aumentar ou reduzir a corrente de um circuito, de modo que não se altere a sua potência. É o equipamento que permite que a tensão seja regulada para as mais variadas aplicações, sem contar que também ajuda a reduzir as perdas de energia durante a transmissão e distribuição. Quanto aos modelos disponíveis, o mais comum, ou mais visível, é o transformador de poste. No entanto, também são encontrados no mercado os transformadores de chão, o tipo pedestal e os subterrâneos. Em relação ao uso, alguns fabricantes dividem o mercado em dois grandes grupos. Um deles é o de transformadores de força, onde os produtos são utilizados para gerar, transmitir e distribuir energia em subestações e concessionárias. Os equipamentos possuem tipicamente potência de 5 a 500 MVA e operam em tensões até 800 kV. De outro lado estão os transformadores de distribuição, que são usados para rebaixar a tensão para
Tradicionais equipamentos da área elétrica, transformadores seguem apresentando evolução tecnológica em algumas linhas. 44
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ser entregue aos clientes finais das empresas de distribuição de energia. Eles são normalmente instalados em postes ou em câmaras subterrâneas e possuem potência de 5 a 5.000 kVA. Não existem dados oficiais que dimensionem o tamanho desse mercado no Brasil, mas as projeções de alguns players indicam que ele pode movimentar mais de R$ 2,5 bilhões por ano. Marcelo Cruz, diretor Comercial e de Projetos da Transformadores União, estima que o volume comercializado em transformadores de média potência (entre 500 kVA e 20 MVA) seja da ordem de R$ 1,2 bilhão por ano. Nessa área, ele cita que existem cerca de 40 fabricantes atuando no País, sendo que os cinco maiores são responsáveis por aproximadamente 65% do mercado. Quanto ao comportamento das vendas, a avaliação geral é que o setor de transformadores de força como um todo passa por um período de baixo crescimento, principalmente em função do momento econômico difícil no País. “Atrelado aos indicativos econômicos dos últimos anos, o mercado de transformadores de potência no Brasil passa atualmente por uma fase de ligeira estagnação, depois de um período estendido de crescimento. Entretanto, no caso dos transformadores do tipo ‘secos encapsulados’, é possível perceber um leve crescimento
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em comparação aos transformadores imersos em líquido isolante”, observa Marcelo Cruz, destacando que sua empresa tem boas perspectivas de crescimento nos próximos anos: “A expectativa de aumento nas vendas nos próximos cinco anos é de aproximadamente 15% por ano”. Para Alessandro Augusto Hernandez, diretor de Vendas da WEG Transmissão & Distribuição, o mercado como
um todo tende a acompanhar a curva de aumento do consumo de energia. “O segmento de energia deve manter-se com crescimento entre 3% e 4% ao ano, tendendo a estabilizar-se a partir de 2017 por volta de 2,5%. É evidente que tudo depende da capacidade do governo em incentivar (o setor) com novos leilões, tanto para as fontes convencionais, como para as renováveis”, comenta Hernandez.
Mercado tem potencial para avançar Apesar do momento econômico complicado, que atrapalha os negócios e freia a venda de transformadores de força, alguns fabricantes acreditam que o mercado brasileiro ainda oferece boas oportunidades, com possibilidades reais de expansão nos próximos anos. Até em função das carências que o País ainda tem. “A venda de transformadores está basicamente ligada a investimentos no setor elétrico, de infraestrutura e indus46
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trial. Em um País de dimensões continentais como o Brasil são muitos os investimentos ainda necessários para dar confiabilidade ao sistema integrado de fornecimento de energia”, comenta Alessandro Hernandez, da WEG. Hernandez também observa que a confiabilidade de fornecimento e os aportes em novas redes de transmissão e distribuição estimulam os investimentos industriais. Isso porque permitem que o segmento procure novos locais de
instalação, com novos recursos de mão de obra e custo de energia, desonerando a operação. “Com o desenvolvimento de outras regiões, fugindo dos grandes centros, são criados novos centros consumidores que carecem de investimentos, o que amplia a cadeia como um todo, estimulando vendas de equipamentos”, explica o diretor da WEG, destacando que o grande mercado para transformadores ainda é o das concessionárias de
energia. “Em seguida vêm as empresas geradoras independentes. A indústria também tem um peso importante, principalmente nos setores de siderurgia, cimento, papel e celulose, mineração e óleo e gás”. Jens Peter Fritz John, CEO de Transformadores da Siemens no Brasil, afirma que o Brasil tem um mercado de transformadores em ampla expansão, pois há diversos projetos de infraestrutura em andamento, sendo que a energia é indispensável para o funcionamento deles. O executivo cita que um acontecimento importante que poderá agitar o setor em 2015 envolve a transmissão em corrente contínua. “Para o próximo ano, estão sendo planejados leilões para linhas de transmissão em corrente contínua, como, por exemplo, o segundo bipolo de Belo Monte. Acreditamos que esta seja uma tendência do mercado que crescerá na próxima década. O sis-
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A venda de transformadores está basicamente ligada a investimentos no setor elétrico, de infraestrutura e industrial. Alessandro Augusto Hernandez | WEG Transmissão & Distribuição
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tema de transmissão em corrente contínua tem menores custos de transmissão, menos impactos ambientais, menores perdas elétricas e são altamente recomendados para sistemas de longa distância, atendendo extensões acima de 2.000 km”, afirma Jens Peter Fritz John. Alexandre Malveiro, gerente geral de Vendas e Marketing de Transformadores da ABB, também faz projeções otimistas para o setor. “O futuro aponta para uma tendência muito positiva, com grandes investimentos em transmissão e geração atrelados a projetos de infraestrutura. Independentemente das oscilações econômicas, o mercado doméstico tem um grande potencial de ampliação. Os diversos projetos de concessão de energia, tanto na geração quanto na transmissão, têm sido os maiores responsáveis pela evolução do mercado brasileiro, e projetos como Rio Madeira e Belo Monte se tornam cada vez mais necessários. A perspectiva é que o segmento seguirá com crescimento sólido nos próximos anos”, destaca Malveiro. O gerente da ABB também vê opor-
tunidades no mercado internacional. “O mercado de exportação, principalmente para a América Latina, não pode deixar de ser mencionado, pois, hoje, os fabricantes brasileiros são os principais responsáveis pelo abastecimento de transformadores de força”, ressalta. Marcelo Cruz, da Transformadores União, chama a atenção para o fato de que, no caso dos transformadores de média potência do tipo seco, além da expansão dos segmentos da economia, existem ainda outros fatores que impulsionam as vendas. Entre eles ele cita a exigência por instalações com mais segurança em áreas de grande movimentação de pessoas; as aplicações onde há restrições ecológicas e ambientais para a instalação de transformadores imersos em líquido isolante e a própria evolução dos projetos. Cruz destaca que o volume de vendas atual da Transformadores União é da ordem de R$ 25 milhões (em 2014). “Temos apurado um aumento acumulado de 30% nos últimos dois anos. Nossa previsão para 2015 é de aumentar as vendas em, no mínimo, 15%”.
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Brasil tem um mercado de transformadores em ampla expansão. Jens Peter Fritz John | Siemens
Concorrência e usuários variam de acordo com as linhas disponíveis Na mesma medida em que oferece oportunidades de negócios, o mercado de transformadores de força também é bastante concorrido. Atualmente, são mais de 50 marcas atuando no País, mas nem todas concorrem entre si. Segundo Alessandro Augusto Hernandez, da WEG, os competidores podem ser divididos em três grupos. O de distribuição, com equipamentos até 300 kVA, é extremamente pulverizado, com
muitos fabricantes locais, que atuam regionalmente com baixos preços, porém, nem todos com bom nível de qualidade. Outro grupo é o industrial, com transformadores de 500 a 5.000 kVA. “Embora exista um número menor de fabricantes que a distribuição, a característica de baixos preços e o problema de qualidade persiste, inibindo a participação dos principais fabricantes”, comenta Hernandez.
Equipamentos são fundamentais para o transporte de energia elétrica e contribuem para a redução de perdas. 48
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Por fim, o executivo da WEG cita o grupo potência, com equipamentos acima de 5.000 kVA. Este mercado é disputado pelos principais players mundiais, com fábrica no Brasil, incluindo empresas como Alstom, Siemens, ABB, Toshiba e WEG. Da mesma forma que os fabricantes, os usuários se dividem entre os vários tipos de transformadores de potência disponíveis. Por isso, as vendas de uma determinada família de produtos nem sempre tem o mesmo comportamento que outra, voltada para outro segmento do mercado. As indústrias, por exemplo, costumam utilizar equipamentos de 69 a 500 kV. Devido à retração no setor, o consumo de transformadores tem regis-
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cado. No caso dos transformadores de força, os principais clientes são as concessionárias de energia (estatais e privadas), EPCs (Engineering Procurement and Construction) e grandes indústrias. Os transformadores a seco são largamente empregados em projetos do setor terciário, como shopping centers, hospitais e hotéis. Por último, os transformadores de distribuição são muito utilizados pelas concessionárias de energia e aplicados em postes das linhas de rede de distribuição ou em sistemas subterrâneos. Sem deixar de mencionar os projetos eólicos, que vêm crescendo fortemente e demandam tanto transformadores de força quanto de distribuição (a óleo ou seco)”, explica Alexandre Malveiro, da ABB.
Setor industrial é um importante consumidor de transformadores de força. Foto: Divulgação
trado baixo crescimento, não passando de 1% ao ano. A situação das vendas para as distribuidoras de energia, que consomem peças de 69 e 138 kV, é um pouco melhor. “Embora as distribuidoras tenham sido afetadas negativamente na arrecadação pela compra de energia da base de geração térmica, muito mais onerosa, as mesmas tiveram que manter um mínimo de investimentos em melhorias e expansão para cumprir os compromissos com os órgãos reguladores, para que pudessem requerer autorização para revisão tarifária. Este fato manteve as compras neste setor”, comenta Hernandez da WEG. Já as geradoras e transmissoras de energia, que utilizam equipamentos iguais ou maiores que 230 kV, têm consumido mais, com crescimento de cerca de 3% ao ano. Obviamente, a tecnologia empregada nos equipamentos também varia de um consumidor para outro. “Para cada tipo de produto temos um mer-
Fabricantes brasileiros são os principais responsáveis pelo abastecimento de transformadores de força para a América Latina. Alexandre Malveiro | ABB
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Os transformadores de força são produzidos envolvendo basicamente duas tecnologias: a dos equipamentos com isolante a óleo (mineral ou vegetal) e a dos transformadores a seco. Em termos de vendas, as peças a óleo mineral ainda são maioria, embora as outras tecnologias venham ganhando espaço nos últimos anos. Entre as vantagens competitivas do óleo mineral estão o custo mais baixo em relação ao óleo vegetal e o fato do óleo mineral poder ser regenerado. Ou seja, depois que ele pega propriedade dielétrica, é possível fazer sua regeneração para nova utilização. O óleo vegetal não permite essa regeneração, devendo ser incinerado depois que pega propriedade dielétrica de refrigeração. No entanto, ele também oferece vantagens importantes, o que explica seu avanço no mercado. Trata- se de um óleo biodegradável, portanto, mais amigável ao meio ambiente
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Produtos têm tecnologias diferentes
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– lembrando que o óleo mineral, em caso de vazamento ou explosão, traz riscos de contaminação ao ambiente e às pessoas. Outra vantagem é que o óleo vegetal tem um ponto de fulgor mais elevado, o que lhe confere mais segurança no uso em transformadores. Por isso o seu uso é apontado como uma das grandes evoluções tecnológicas do setor nos últimos anos. “Nos transformadores a óleo, o principal desenvolvimento está na substituição do óleo mineral pelo vegetal, biodegradável. A nova tecnologia é resultado (no caso da ABB) de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento em parceria com uma importante concessionária do Brasil. O resultado do projeto, inédito mundialmente, foi preencher Evolução normativa tem favorecido o crescimento das vendas de transformadores a seco no Brasil. Oscar Liberato Martins Filho | Blutrafos
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NBR 14039 exige a instalação de transformadores a seco em ambientes internos de locais como shoppings, hospitais e aeroportos.
um transformador com 100% de óleo vegetal combinado com Nomex, material isolante de última geração, que proporciona ganho de até 40% na potência de transformadores. Essas características aumentam a disponibilidade do transformador e a confiabilidade do fornecimento de energia para os consumidores”, comenta Alexandre Malveiro, da ABB. Importante destacar que os transformadores a óleo - mineral ou vegetal – são fabricados em dois tipos de tecnologias: o equipamento aletado, que é o mais comum, e o com tanque corrugado, que é uma tecnologia muito disseminada na Europa e que está ganhando espaço no Brasil. O tanque corrugado permite o preenchimento integral do óleo no momento em que ele
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aquece e expande. Com isso, reduz o risco de contaminação do óleo com o ar. Os transformadores a seco, por sua vez, têm se destacado no mercado pela baixa necessidade de manutenção e segurança na instalação em ambientes internos e de alta circulação de pessoas, como hotéis, shopping centers, edifícios comerciais, aeroportos ou indústrias. Além disso, também pode ser empregado no setor de energia eólica, visto que é auto extinguível, não oferece risco de vazamento de óleos tóxicos e não emite gases contaminantes ou inflamáveis. “Devido aos riscos de contaminação ambiental e de incêndio, muitos clientes estão optando em seus projetos por transformadores do tipo seco. Estes equipamentos são praticamente livres de manutenção”, destaca Malveiro, citando que, recentemente, em um projeto pioneiro no Brasil, a ABB fabri52
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cou e entregou à COELBA (concessionária de energia no Estado da Bahia) os maiores transformadores a seco do Brasil. “Estes equipamentos irão alimentar o recém-inaugurado estádio da Fonte Nova. Eles têm a capacidade de 25 MVA cada e nível de tensão de 72,5 kV”, completa. Malveiro comenta ainda que, em janeiro de 2014, a ABB inaugurou em sua planta em Blumenau (SC) uma linha de produção de transformadores a seco de baixa tensão para suportar demandas do mercado brasileiro em segmentos como o de conversores de energia eólica e solar, sistemas de controle de energia UPS e aplicações marítimas, entre outros. Oscar Liberato Martins Filho, diretor Técnico da Blutrafos, ressalta que
É preciso ter conhecimento técnico na escolha dos transformadores de medição. Nelson Milani | Kron
a própria evolução normativa tem favorecido o crescimento das vendas de transformadores do tipo seco no Brasil. Foto: Ricardo Brito/HMNews
Aquecimento do setor de energia eólica gera demanda por transformadores de força.
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As projeções de alguns players indicam que o mercado de transformadores de força movimenta mais de R$ 2,5 bilhões por ano no Brasil Ele lembra que a NBR 14039 - Instalações elétricas de média tensão de 1 kV a 36,2 kV tem o item 9.4.4, que diz: ‘Quando a subestação de transformação fizer parte integrante da edificação residencial e/ou comercial, somente é permitido o emprego de transformadores a seco, mesmo que haja paredes de alvenaria e porta corta-fogo’. “Com isso, o transformador a seco passou a ser fabricado em grande escala, substituindo os tradicionais transformadores a óleo nestas aplicações”, comenta Martins Filho, que estima que, hoje, no Brasil, o mercado de transformadores a seco de média tensão seja da ordem de 15.000 peças ao ano. “É um mercado em franca expansão. No Brasil, todo ano são construídos no-
vos shoppings, hospitais, aeroportos e grandes condomínios residenciais, onde, conforme a NBR14039, devem ser usados transformadores a seco”, afirma o diretor da Blutrafos, que projeta mais crescimento pela frente. “O Brasil tem muitas obras represadas e com perspectivas de serem reativadas. Tem também a Olimpíada do Rio de Janeiro, que será uma grande consumidora de transformadores a seco. A Copa foi também um grande consumidor desses equipamentos, pois foram os transformadores usados nos estádios”, comenta Martins Filho, destacando que a Blutrafos fabrica aproximadamente 1.300 peças por ano deste tipo de produto, com aumento em torno de 10% ao ano.
Otimismo no mercado de transformadores de medição Assim como ocorre com os transformadores de força, o mercado de transformadores de medição também está diretamente ligado aos investimentos no setor de energia e em novos projetos, ampliação e modernização industrial. O comportamento das vendas é crescente, embora sem grandes saltos. Segundo José Adário Milani, diretor da Braspel, o mercado de transformadores de Foto: D
medição no Brasil vem crescendo ano a ano pela necessidade de ampliação das redes, modernização das subestações e aplicação na indústria de painéis. Adário estima que os transformadores de medição de média tensão giram cerca de R$ 150 milhões ao ano no Brasil. E ele projeta avanços. “Estamos otimistas para os próximos anos, prevendo um forte potência
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O mercado brasileiro está bem servido por fabricantes tradicionais de transformadores de medição.
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crescimento não só no mercado interno como também no mercado externo. Apesar de termos muitas variações econômicas acreditamos que o setor energético ganhe prioridade nos investimentos, pois o crescimento industrial do País caminha em paralelo com o crescimento energético”. Este setor divide-se entre os transformadores de corrente (TC) e os transformadores de potencial (TP), que são equipamentos maduros e consolidados tecnologicamente, por isso não apresentam grandes evoluções. As peças são utilizadas em instalações de baixa, média e alta tensão. E sua função é baixar a corrente (TC)
ou tensão (TP) de um barramento ou cabo para ser transmitida a um instrumento de medição ou proteção. Essa conversão é necessária porque a leitura de energia em circuitos de alta corrente ou tensão é impraticável. No que tange à concorrência, Nelson Milani, gerente Comercial da Kron Medidores, comenta que o mercado brasileiro possui diversos fabricantes para este tipo de produto, sem contar os itens asiáticos importados. O problema, em alguns casos, está na qualidade dos itens ofertados. “Com relação à qualidade dos produtos temos algumas restrições tendo em vista que é sabido que alguns fabricantes não possuem equipamentos adequados para calibração”, alerta Milani, que afirma que é preciso ter cuidado na escolha dos produtos. “O mercado brasileiro está bem servido de fabricantes tradicionais. Em termos de produtos existem diversas opções para os projetistas e instaladores elétricos, porém, é necessário que se tenha conhecimento técnico para adequar as diversas opções às exigências das instalações. Transformador de medição tem que ser encarado com bastante seriedade, pois ele é responsável não só pelas precisões em termos de medição, mas também para garantir ‘retorno financeiro’ em determinadas instalações onde se utilizam medidores de faturamento das empresas”, destaca Milani. E ele completa: “Um dos grandes problemas enfrentados é o desconhecimento do cliente quando se especifica um transformador de medição. Muito se preocupa com o medidor e pouco com o
Mercado de transformadores de medição terá forte crescimento nos próximos anos. José Adário Milani | Braspel
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transformador. Será necessário dar um salto de qualidade neste setor e o cliente final terá que exigir dos fabricantes o cumprimento das normas técnicas vigentes no País. Hoje vemos muitas instalações onde é exigido um nível alto de precisão para o uso dos medidores, por exemplo, e colocam-se transformadores que nem sempre atendem a essas exigências”. Quanto ao futuro do setor, Milani também mantém projeções otimistas. “Acreditamos ser um mercado com boas perspectivas de evolução, tendo em vista as diferentes situações encontradas para entregar confiabilidade aos sistemas industriais. Cada vez mais temos máquinas e equipamentos mais sensíveis, necessitando de melhor precisão na medição, e isto faz com que tenhamos que desenvolver produtos novos a cada projeto”.
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Um dos produtos da empresa é o transformador pedestal. A compactação aliada a proteções integradas é sua principal característica, sendo próprio para instalações ao tempo ou subterrâneas. Características: isolado em óleo mineral ou em fluídos especiais; enrolamentos primários e secundários em cobre eletrolítico/alumínio, com fusíveis de proteção contra sobrecarga e curto circuito na AT; potências de 75 KVA a 3.500 KVA; AT: Classe 7,2, 15, 24,2 e 36,2 kV e BT: Classe 1,2 kV.
Entre os destaques da empresa estão os transformadores de potencial para uso interno BPS11. Características: Destinados para medições elétricas de tensão em linhas primárias (7,2 – 15 kV); instalações em cabines primárias ou painéis blindados; atende a todas as especificações das normas ABNT, ANSI e IEC; uso interior para medição e proteção através de relés de falta de fase ou queda de tensão em sistemas de duas fases (Grupo 1 da ABNT) ou fase terra (Grupos 2 e 3 da ABNT).
A empresa oferece uma gama variada de transformadores. Entre eles está o modelo MOLD EPÓXI, equipamento trifásico, a seco, moldado em resina epóxi na cor vermelho óxido de ferro. Características: classe de tensão da AT: 7,2 / 15 / 25 e 36,2 kV; classe de tensão da BT 0,6 / 1,2 kV (outras sob consulta); elevação de temperatura Classe F 105º C (outras sob consulta); material Isolante Classe F (155º C) ou H (180º C) e frequência de 50 Hz ou 60 Hz.
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A companhia conta com diversas soluções nessa área. Um dos equipamentos que se destacam é o transformador de força trifásico de 138 kilovolt (kV),100% Óleo Vegetal (Biodegradável), combinado com Nomex (material isolante de última geração).
Os transformadores a seco da empresa proporcionam segurança, economia de espaço e redução dos custos de instalação e manutenção. Com equipamentos isolados em epóxi, a linha apresenta soluções para todos os tipos de ambientes. Devido ao seu processo de encapsulamento a vácuo e à qualidade da resina utilizada, proporciona um expressivo aumento na vida útil do transformador. Estão disponíveis nas potências de 112,5 até 20.000 kVA, nas classes de tensões até 36,2 kV.
A linha de transformadores a seco Geafol reúne todas as vantagens para a distribuição de energia elétrica, de forma econômica, segura, confiável e ecológica, pois dispensa o uso de óleo, diminuindo o risco de explosão. Geafol ocupa aproximadamente 45% da área de um transformador em líquido isolante, o que permite que seja adaptado aos mais diferentes tipos de estruturas, como shoppings center, prédios, indústria, aeroportos e estações de metrô.
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Entre as várias soluções oferecidas nesse segmento, um dos destaques da empresa é o transformador de força – monofásico, de extra alta tensão UHV – 1.200 kilovolt (kV), corrente alternada.
A empresa oferece vários tipos de transformadores comprados pelo mercado nacional, como: transformador de distribuição, pedestal, para excitação de gerador, para aterramento e para inversores de 12, 18 e 24 pulsos. Na foto, transformador a seco, classe 36,2 kV, com potência de 7 MVA.
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A empresa destaca os transformadores a seco de baixa e média tensão até 15 MVA e isolação até 36 kV. Entre suas diversas áreas de aplicação, estão: excitação estática de geradores (ponte retificadora de seis pulsos), “compound”, distribuição, fornos elétricos, plataforma marítima, potência, retificação (06, 12, 18 e 24 pulsos) e tração elétrica.
A empresa apresenta ao mercado a sua mais nova linha de transformadores de potencial 36 kV. Nas versões Fase-Fase ou Fase-Terra e para instalações interior ou exterior, os novos modelos são resultado da mais avançada tecnologia de projeto de campo elétrico, culminando em peças compactas que atendem os mais altos requisitos elétricos.
A empresa oferece uma gama variada de produtos para este setor. Entre eles está o transformador de corrente bipartido para medição KBP82. O equipamento é de grande utilidade onde existem circuitos que não podem ser abertos. Seu uso facilita a instalação, podendo também ser retirado sem a necessidade de abrir o circuito.
A companhia atua há vinte anos na fabricação de transformadores, autotransformadores e reatâncias monofásicas e trifásicas a seco, com potências até 1.000 kVA. Um dos destaques, é o transformador de potência trifásico com potência de 200 kVA.
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Um dos destaques da empresa é o transformador compacto selado. Características: potências de 225 a 5.000 kVA; AT: Classe 7,2, 15, 25 e 36,2 kV e BT: Classe 1,2, 7,2, 15, 25 kV. Instalação: cabines ou subestações, em ambientes internos, externos, normais ou agressivos.
Um dos destaques da empresa é o transformador de corrente de medição modelo KR 111. O produto conta com invólucro em caixa termoplástica para aplicação em baixa tensão. Campos de medição: 5 a 400 Aca (Corrente primária), secundário de 5 Aca.
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Os transformadores de corrente da empresa são adequados para uso em todo o espectro de baixa tensão de 40 a 6.000 A. Vantagens: ampla seleção de correntes: de 40 a 6000 A; segurança: tampa de isolamento selada e instalação em trilho simétrico DIN, em placa de montagem ou em barramento. Os equipamentos fornecem no secundário uma corrente (0-5 A) proporcional à corrente medida no primário, podendo ser utilizados em combinação com dispositivos de medição. 58
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A empresa oferece ao mercado uma linha de transformadores de média potência do tipo seco encapsulado sob vácuo ou imerso em líquido isolante entre 500 e 10.000 kVA, nas classes de tensão de 1,2 até 36 kV. A linha pode ser aplicada em instalações, como elevadores ou rebaixadores de tensão, em subestações e/ou cabines primárias, para cargas lineares ou não lineares, em sistemas de retificadores, conversores, de excitação, energia fotovoltaica e UPS.
Comel Transformadores A empresa oferece transformadores de distribuição imersos em óleo mineral isolante - trifásicos de 15 a 3.000 KVA, nas classes 15, 25 ou 34,5 KV, com tensões secundárias que podem ser 220/127 V, 380/220 V ou 440/254 V, com instalação para postes, cabines, plataformas ou Torre H.
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