Potência HMNews - Edição 102 - maio de 2014

REPARO DE EQUIPAMENTOS Aumenta número de oficinas certificadas para efetuar reparos em produtos CADERNO ATMOSFERAS SFERAS para áreas classificadas.

EXPLOSIVAS

MAIO’2014

BOTÕES, BOTOEIRAS E SINALIZADORES Baixo nível de investimento industrial faz com que setor tenha crescimento apenas moderado.

ANO 10 – Nº 102 • POTÊNCIA

A N O 10 N º 102

E L É T R I CA , E L E T RÔ N I CA , I L U M I N AÇÃO E E N E R G I A

Comércio eletrônico começa a render bons resultados para as empresas do setor eletroeletrônico, que estão animadas com as perspectivas de crescimento nas vendas pela internet.

ENTREVISTA O engenheiro eletricista Eduardo Daniel assume a coordenação da Comissão de Estudos responsável pela revisão da NBR 5410 com a missão de acelerar os trabalhos de campo.

Capa Potência Mai’14 (C).indd 1

6/24/14 2:23 PM

sumário

12

Outras seções 04 › Ponto de vista 06 › ao leitor 08 › Holofote 36 › espaço abreme 42 › economia 43 › gtd 44 › Vitrine 46 › opinião

24

49 › link direto 50 › agenda

• Capa: Sérgio Ruiz • Foto: Dreamstime

08 Entrevista Novo coordenador da Comissão de Estudos responsável pela revisão da NBR 5410, o engenheiro eletricista Eduardo Daniel tem como missão acelerar os trabalhos do grupo.

12 Matéria de Capa Comércio eletrônico rende primeiros resultados para as empresas do setor eletroeletrônico, que estão animadas com as perspectivas de crescimento nas vendas pela internet.

20 Mercado Setor de botões, botoeiras e sinalizadores passa por momento de crescimento moderado. Baixo nível de investimento industrial explica desempenho modesto.

20 32 08

24 caderno ex Número de oficinas certificadas para efetuar reparos e manutenção em equipamentos elétricos para áreas classificadas aumenta no Brasil.

32 REdes subterrâneas Evento realizado em São Paulo reúne especialistas do setor, que discutiram alternativas para superar dificuldades na implantação de redes subterrâneas no Brasil.

potência

3

E X P E D I E N T E

ponto de vista

Um pequeno alívio

Diretores: Habib S. Bridi (in memorian) Elisabeth Lopes Bridi ano

A competitividade da indústria nacional

certeza, mas não resolverão os grandes pro-

vive uma crise de confiança. Com juros em alta,

blemas enraizados na indústria brasileira. É

crédito mais difícil, economia desaquecida e em

natural, e não deve ser encarado como prote-

desvantagem com a concorrência estrangeira,

cionismo, que governos tomem atitudes como

a indústria brasileira vinha dando sinais claros

essas, desde que um país não seja governado

de que estava doente e precisava de cuidados.

por medidas pontuais. Desde que haja uma

Nessa hora, mais um pacote voltado ao setor

política clara de estímulo à competitividade

produtivo foi anunciado, o que soou como um

nacional, o que não é o caso.

analgésico providencial.

X

•

nº

102

•

Maio

2014

Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comunicações Ltda, com circulação nacional, diri­gida a indústrias, compradores corporativos, distribuidores, varejistas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia e insta­ladores que atuam nos segmentos elétrico, eletrônico e de iluminação; geradoras, trans­misso­ras e distribuidoras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme - Associação Brasileira dos Re­vendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos.

Redação redacaopotencia@grau10.com.br Diretora de Redação: Beth Bridi Editor: Marcos Orsolon Repórter: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775) Conselho Editorial potencia@grau10.com.br Beth Bridi, Francisco Simon, José Luiz Pantaléo, Mauro Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e Roberto Said Payaro.

É de se lamentar que um segmento tão

A preferência por produtos brasileiros para

importante, considerado a locomotiva de gran-

compras governamentais, mesmo que custem

des Nações, viva no Brasil à mercê de pacotes,

até 25% mais do que importados, foi muito bem

estímulos, ajudas, aqui e ali, que priorizam os

recebida pelos industriais, assim como os novos

mais prejudicados ou os que melhor se arti-

percentuais de entrada do Refis, programa de

culam, enquanto que uma Política Industrial

renegociação de dívidas vencidas de pessoas

nunca sai do papel. Mas, diante da situação,

jurídicas com a União, entre outras medidas.

esperemos, então, pelo menos, por um desem-

Publicidade publipotencia@grau10.com.br Diretor Comercial: Edvar Lopes Coord. de Atendimento: Cléia Teles Contato Publicitário: Silvana Ricardo e Christine Funke Produção Visual e Gráfica layout@grau10.com.br Chefe de Arte: Sérgio Ruiz Designer Gráfico: Márcio Nami Atendimento ao Leitor leitorpotencia@grau10.com.br Coordenação: Paola Oliva

São medidas importantes, de fato. Servem

penho melhor da indústria nos próximos me-

Administração administracao@grau10.com.br

como um alento à indústria nacional, que passa

ses. Não vamos nos esquecer que no início de

Gerente: Edina Silva Assistente: Bruna Franchi e Ana Claudia Canellas

por um período de desaceleração. Entretanto,

2012, após um resultado muito ruim um ano

Impressão

são medidas paliativas, quando o que precisa-

antes, a presidente Dilma Rousseff afirmou que

mos é uma verdadeira reforma. A realização de

o governo não abandonará a indústria brasilei-

reformas tributária, previdenciária, trabalhista

ra. Que bom saber!

Prol Editora Redação, Administração e Publicidade

e fiscal e a implantação de uma política industrial efetiva é o que deveria ser feito para que o segmento tenha crescimento em longo prazo.

Fechamento Editorial: 18/06/2014 Circulação: 27/06/2014

As medidas anunciadas pelo Governo Federal em meados de junho trarão resultados, com

Beth Bridi

diretora de redação

potencia@grau10.com.br

4

potência

Sede Própria: Rua Afonso Braz, 579 - 11º andar Vila Nova Conceição - 04511-011 - São Paulo-SP PABX: (55) (11) 3896-7300 Fax redação: (55) (11) 3896-7303 Fax publicidade: (55) (11) 3896-7307 Site: www.grau10.com.br

Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e coFiliada ao laboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Potência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios, informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Circulação Abreme são de responsabilidade da Associação. Não e t i ra g e m publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reauditadas servados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da Grau 10 Editora, assinada pela jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa. ISSN 2177-1049

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fazendo acontecer

ao leitor

E

m períodos de economia turbulenta, como o que vivemos no momento no Brasil, sempre o mercado se divide entre as empresas que param

para reclamar e aquelas que tentam tirar oportunidades na dificuldade. Não que seja fácil ultrapassar as adversidades. Mas o fato é que, historicamente, há companhias que se superam nessas situações e conseguem sair das crises ainda mais fortes e maiores.

Não há receita para atingir o sucesso nessas situações. No entanto, seja qual for o segmento do mercado, algumas características são idênticas, como a criatividade para resolver problemas, a persistência e a confiança de que, em algum momento, a situação irá melhorar.

Nesse pacote, investir em novas tecnologias e abrir o leque de canais para incrementar as vendas podem ser alternativas interessantes e viáveis. E, nesse sentido, um dos caminhos é a venda pela internet, ou o e-commerce.

Como você pode constatar em nossa matéria de capa, assinada pelo jornalista Paulo Martins, o comércio virtual ainda engatinha no setor eletroeletrônico brasileiro. Porém, já há empresas saindo na frente. São companhias que estudaram essa modalidade comercial e se prepararam para usufruir de suas vantagens, inclusive com investimentos em infraestrutura logística, capacitação do pessoal e desenvolvimento de sites de vendas.

Na visão desse pessoal, com ou sem crise, a internet pode ser um bom negócio. Mais que isso, ela tende a ser um canal importante para ampliar o faturamento da empresa. E isso num prazo não muito distante.

A mensagem que estas empresas deixam não é apenas de ousadia e otimismo. O recado principal é que não basta esperar para ver o que acontece na economia. Enquanto alguns esperam, outros se antecipam e fazem acontecer.

Boa leitura!

Marcos Orsolon, editor

6

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entrevista

Eduardo Daniel

Sob nova coordenação Representante do Sindicel assume coordenação da Comissão de Estudos responsável pela revisão da norma abnt nbr 5410 - instalações elétricas de baixa tensão

Entrevista a Paulo Martins

8

potência

U

m dos mais importantes documentos destinados à promoção da segurança das pessoas e da preservação do patrimônio, a norma ABNT NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão passa no momento por mais um crucial trabalho de revisão.

Desde março de 2012, profissionais de diversas áreas dedicam seu tempo e seus conhecimentos para a formatação de um novo texto que irá nortear o trabalho de indústrias, projetistas, instaladores e usuários de materiais elétricos.

Foto: Ricardo Brito/Grau 10

As discussões ainda transcorrerão por vários meses, e tendem a continuar acompanhando as novas diretrizes estabelecidas pela IEC (International Electrotechnical Commission), uma organização internacional de padronização de tecnologias.

A novidade mais recente envolvendo a revisão da norma foi registrada no time de especialistas responsável pelo trabalho. O engenheiro eletricista Eduardo Daniel é o novo coordenador da Comissão de Estudos de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (CE 03:064.01) do Comitê Brasileiro de Eletricidade (CB-03) da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que está atualizando o documento.

Gerente de Tecnologia do Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo), ele foi eleito por aclamação em reu-

inclusive estimulando a participação dos demais especialistas no processo. Outra preocupação é agilizar os trabalhos, e por conta disso já foram agendadas reuniões mensais envolvendo os componentes do grupo.

Nesta entrevista, o coordenador fala sobre sua eleição e como será o processo de revisão, além de analisar a norma 5410, que pode ser considerada um dos regulamentos mais importantes para a sociedade em geral.

Como foi o processo que culminou com sua indicação para coordenar a Comissão de Estudos que revisa a norma 5410?

Pelo regimento da ABNT, o coordenador das comissões tem que ser escolhido anualmente. O ideal é que haja consenso em torno de um candidato único e eleição por aclamação.

Normalmente todas as comissões de estudo funcionam assim. O Sindicel apresentou o interesse de fazer o trabalho de coordenação da comissão e foi o que aconteceu. Como cabe ao coordenador indicar o secretário da comissão, fiz o convite para o Magno Ruivo de Almeida continuar na posição e ele aceitou.

são. Ele tem um trabalho bastante grande na área de normalização.

Durante a reunião em que houve sua eleição muitos fizeram questão de destacar o trabalho feito até então pelos antigos responsáveis pela Comissão de Estudos, não?

O Zé Rubens (José Rubens Alves de Souza) participou da elaboração da norma por mais de 30 anos. Ele entende muito do assunto, é um cara que tem que ser ouvido sempre.

Além de atuar na tradução da norma, tem bastante contato com o exterior. Inclusive, é representante do Brasil em vários grupos da IEC que discutem assuntos elétricos. O Magno trabalha na Siemens e está há muitos anos na função de secretário da comis-

E quem são os demais componentes da comissão?

Participam da Comissão de Estudos os fabricantes de materiais de instalações elétricas, individualmente ou representados por associações como Abinee e Sindicel; projetistas e instaladores da área elétrica; representantes do segmento de construção civil e concessionárias de energia. Esse fórum reúne um monte de cabeças que conhecem a norma.

Se somarmos, temos aqui o conhecimento do Brasil, em diversos aspectos. Mas, a princípio, qualquer pessoa pode contribuir para o desenvolvimento de normas.

Nos critérios de avaliação da IEC já constavam requisitos sobre queda de tensão, capacidade de corrente e demais aspectos de segurança. Agora ela coloca também requisitos para harmônicos nas linhas e compatibilidade eletromagnética. São dois Foto: Ricardo Brito/Grau 10

nião realizada no dia 29 de abril, em São Paulo (SP).

Daniel substitui o engenheiro José Rubens Alves de Souza, que coordenou a comissão por aproximadamente 30 anos. O engenheiro Magno de Almeida Ruivo foi convidado para continuar como secretário do grupo e aceitou.

Eduardo Daniel promete continuar o ótimo trabalho da gestão anterior de modo proativo e democrático à frente da comissão,

Participam da Comissão de Estudos os fabricantes de materiais de instalações elétricas, projetistas, instaladores, representantes do segmento de construção civil e concessionárias de energia

Que motivos levaram à revisão da norma 5410 no Brasil?

Como toda norma, ela precisa ser revisada periodicamente. Quando acontece uma revisão na norma IEC, na qual ela se baseia, acaba sendo disparado um novo processo de revisão no Brasil também. Não que nossa norma atual seja ruim ou esteja defasada, mas a IEC acrescentou algumas coisas novas ao documento.

Já é possível citar alguma mudança que poderá ser feita na norma? potência

9

entrevista

Eduardo Daniel

assuntos novos que não eram tratados na nossa norma, então agora precisamos fazer a adequação.

to. A ABNT formatará o projeto incluindo o retorno da sociedade e devolverá para a Comissão de Estudos. Então nós faremos a análise de votos recebidos e, se houver nova alteração de conteúdo durante essa etapa, mandaremos o projeto novamente para consulta nacional. Se não, o projeto é aprovado e remetido para a ABNT fazer a publicação.

A revisão da norma brasileira partiu de que ponto?

Havia uma discussão desde março de 2012 sobre qual seria o texto-base da norma. O que geralmente todos os órgãos de normalização fazem: quando há uma norma para ser revisada, utiliza-se a versão anterior como texto-base. Neste caso, vamos pegar o que saiu de novo na IEC, mais as eventuais propostas dos participantes da Comissão de Estudos, fazer a análise crítica nas reuniões e ir agregando ou não no texto-base da norma anterior.

Quais os prazos previstos para revisão dessa norma?

A norma é muito complexa para ser revisada. Marcamos reuniões mensais e vamos fazer um esforço para adiantar bastante o trabalho daqui para frente. Deve ir para votação em 2016. Mas historicamente o processo de votação dessa norma nunca foi muito problemático.

Foto: Ricardo Brito/Grau 10

Quais são os procedimentos até a finalização do trabalho de revisão?

A Comissão de Estudo tem que fazer o texto-base, que é no que estamos trabalhando agora. O projeto de revisão da norma tem que ser aprovado e mandado para a ABNT, que o colocará em consulta nacional, fase em que qualquer pessoa poderá fazer contribuições em torno do documen-

O que é possível fazer para otimizar o trabalho de revisão da norma?

Nos outros processos de revisão a norma era dividida, para que um grupo de trabalho cuidasse de cada capítulo. Marcava-­ se uma reunião para dali a dois ou três meses e nesse meio tempo o pessoal ia trabalhando aquele texto. Depois isso era enviado para a secretaria e coordenação da comissão, que montavam uma planilha onde constavam as mudanças sugeridas pelos participantes. Na plenária tratava-se desses casos que já estavam formalizados de alguma maneira. Isso era um problema,

Marcamos reuniões mensais e vamos fazer um esforço para adiantar bastante o trabalho daqui para frente.

10

potência

porque não havia discussão. Nós estamos achando que não precisa fazer essa divisão por capítulos agora, porque isso multiplica muito os esforços. Alguns teriam que participar de mais de um grupo de trabalho, e pode não haver tempo. O que estamos fazendo por enquanto: seguimos a sequência da norma discutindo os itens com todo mundo junto, numa plenária. A discussão pessoal dá mais trabalho, mas é muito mais rica.

E como será sua linha de trabalho à frente da comissão?

A coordenação da comissão é um trabalho mais político do que técnico, até porque não sou o maior especialista nessa norma. Pretendo fazer um trabalho proativo, ir atrás da solução dos problemas. E o processo participativo tem que ser democrático. Se houver algum ponto polêmico, vamos chamar todos e conversar, escutar as propostas. Não queremos que ninguém sinta que passaram por cima dele. Consenso não é chegar à votação, pois isso é muito desgastante. Uma ideia é fazer um plano de comunicação para essa norma.

Vamos discutir com os envolvidos e ver como podemos unificar as posições das partes interessadas sem cometer nenhum pecado técnico. Esse é o desafio, pois não queremos que a norma tenha ‘cara’ deste ou daquele interessado.

Como você resumiria a importância da norma 5410 para a sociedade?

Em qualquer país, as normas de instalação elétrica de baixa tensão sempre estão entre as mais importantes. Isto porque a eletricidade está em todo lugar. Seja rico ou pobre, todo mundo está sob o guarda-chuva dessa norma. Inclusive, a 5410 só deixou de ser recordista na venda de exemplares quando saiu a ISO 9001, que trata do sistema de gestão da qualidade. A norma 5410 é universal. Ela agrega o conhecimento de diversos profissionais que de alguma maneira contribuem para a qualidade e segurança das instalações. Isso é importante para todos nós, cidadãos.

matéria de capa

e-commerce

S Futuro promissor

egundo o relatório WebShoppers 2014, publicado pela E-bit, empresa especializada na divulgação de informações sobre e-commerce, o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 28,8 bilhões ao longo de 2013. Naquele ano, o número de pedidos feitos pela internet chegou a 88,3 mi-

Modalidade relativamente nova em segmentos como material elétrico, componentes eletrônicos e iluminação, comércio eletrônico rende primeiros resultados para as empresas, que estão animadas com as perspectivas de crescimento.

Por paulo martins

lhões. O estudo diz ainda que 51,3 milhões de consumidores já fizeram ao menos uma compra por essa via. Para 2014, a estimativa é de que o setor cresça 20%.

Vários fatores explicam a multiplicação desses números. Pela internet é possível consultar preços e a disponibilidade do produto desejado em várias lojas em poucos minutos, ou seja, o consumidor tem sua tarefa facilitada e ganha tempo. Além disso, em muitos casos são oferecidas promoções e condições especiais de pagamento.

Para as empresas, o e-commerce proporciona custos mais baixos, alcance a um público maior e a possibilidade de conhecer e estudar os hábitos de compra do consumidor. Por esses motivos, hoje vende-se de tudo pela internet: perfumes, eletrodomésticos, computadores, brinquedos, livros, DVDs, remédios, roupas e sapatos. Em determinadas cidades, é possível até fazer compras em supermercados por esse canal.

E quanto ao setor eletroeletrônico? Será que a indústria e o comércio já implantaram 12

potência

Foto: Dreams

time

ou pretendem oferecer o e-commerce? E o consumidor desse tipo de material, comprou a ideia?

Na web já é possível encontrar lojas virtuais especializadas em material elétrico de instalação, componentes eletrônicos, iluminação e até em instrumentos de teste e medição elétrica. Mas, de maneira geral, a modalidade ainda é pouco adotada no setor.

Karina Jorge Bassani, diretora Financeira da Santil Comercial Elétrica, destaca que o segmento de casa e decoração já movimenta boa parte de seu faturamento por meio

das vendas on-line, mas observa que em determinadas categorias, como materiais elétricos, o processo é mais recente e menos popularizado.

“O consumidor está acostumado a encontrar esses produtos dentro do universo de material para construção, como um todo. Em um site específico, com todos os benefícios que isso pode proporcionar, ainda está sendo descoberto”, comenta.

Leonardo Zocolotti, gerente de Comércio Eletrônico do home center Balaroti, entende que alguns compradores ainda não aderiram à compra desse tipo de material via internet talvez por acharem que precisam sentir e experimentar antes. “Mas é questão de tempo. Com vídeos, fotos, manuais e algumas programações avançadas, é bem provável que esse quadro mude”, prevê.

Para Leonardo Foresti, supervisor de potência

13

e-commerce

e-Commerce da Ferramentas Gerais, a modalidade virtual já é bem aceita por compradores de segmentos profissionais, como indústria e construção civil: “Talvez a compra de materiais elétricos para decoração, por exemplo, ainda seja menos explorada”.

Marcos Sutiro, diretor Colegiado da Abreme (Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos), analisa que o e-commerce nessa área é novidade talvez porque a estrutura de logística e os processos de venda ainda não estejam suficientemente adaptados para a adoção da modalidade. No entanto, prossegue ele, não há motivos para que essa adesão não aconteça: “Para mim é questão de tempo até que isso se torne uma prática”.

Na opinião do dirigente, a princípio, o formato do e-commerce é factível para todo tipo

de mercadoria. “Mas, seguramente, os produtos de menor complexidade técnica possuem maior viabilidade”, complementa Sutiro.

Rivaldo Caram, diretor-presidente da subsidiária brasileira da Semikron, fabricante alemã de semicondutores de potência, conta que a grande maioria dos clientes entendeu a proposta e está utilizando a loja virtual do grupo como ferramenta de compras.

“Aqueles que não se adaptaram continuam sendo atendidos pelo corpo de vendas da Semikron”, garante.

Mais do que vender seus produtos, a Semikron enxergou nesta modalidade a chance de agregar serviços. “É importante destacar que não se trata simplesmente de um sistema de e-commerce, já que através do nosso portal também oferecemos suporte técnico especializado aos clientes”, informa Caram.

Foto: Dreamstime

matéria de capa

Modalidade exige investimento e organização das empresas que apenas a compra e a entrega do material são necessárias, esses processos podem ser otimizados pela internet”, enfatiza o diretor da Abreme.

De qualquer forma, oferecer uma loja virtual exige cuidados especiais das empresas.

Controle de estoque, logística e pós-venda são alguns aspectos que necessitam de atenção. É preciso se preocupar também com a segurança dos dados fornecidos pelos clientes e com a atualização do conteúdo do portal.

“O estoque tem que ser preciso, com altíssimos índices de acuracidade. A logística deve contar com o maior nível de agilidade e de rastreabilidade possível. O pós-venda precisa se antecipar a qualquer falha. Tendo uma logística eficiente e rastreabilidade, isso tudo é possível”, orienta MarE-commerce é cos Sutiro. uma tendência Karina Bassani conta irreversível em segmentos que já se que o projeto de consdestacam e também trução da loja virtual da na categoria de Santil exigiu grande plamaterial elétrico. nejamento. A estruturakarina bassani santil ção consumiu significatiFoto: Divulgação

Conforme mencionado, o e-commerce proporciona benefícios diversos. Mas e quanto a eventuais desvantagens? Afinal, a falta de contato ‘cara a cara’ com o consumidor não pode ser prejudicial às empresas que disponibilizam esse canal de vendas?

Marcos Sutiro reconhece que o relacionamento pessoal com o cliente é sempre importante, mas destaca que, com o advento da tecnologia, ele pode ser utilizado quanto realmente valer a pena. “Para os casos em

14

potência

vos investimentos em infraestrutura e tecnologia, de forma a proporcionar o acesso eficiente e garantir a segurança dos dados dos clientes.

Além disso, as áreas de logística e pósvenda recebem investimentos contínuos na busca do aperfeiçoamento. A empresa dispõe de um Centro de Distribuição com área de estoque de produtos de 9 mil m², de onde partem os itens adquiridos pela loja virtual.

Uma equipe de conferentes e separadores treinados contribui para tornar mais rápido e eficiente o processo de separação e entrega, de forma a manter um baixo índice de devolução de produtos.

Conforme ressalta Karina, uma das etapas mais importantes foi a descrição de todos os itens, de modo a tornar as informações claras e de fácil compreensão, inclusive para os consumidores leigos. “Atualmente, mais de 50% dos produtos estão expostos com imagem em dimensões diferentes, com possibilidade de visualização com ampliação de detalhes. A meta, nos próximos meses, é ter 100% dos produtos nestas condições”, adianta a executiva.

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Não conseguimos imaginar os negócios no futuro sem que passem pela modalidade on-line.

Já a atualização das informações prestadas na loja virtual é toda informatizada, a fim de minimizar a chance de erros. “Contamos com uma equipe interna que monitora todas estas informações, e também mantemos a opção do consumidor fazer cotações por meio do site, uma facilidade a mais para os profissionais que fazem aquisições em grandes volumes, no atacado”, menciona Karina.

Segundo a Ferramentas Gerais, o estoque precisa estar dimensionado para atender aos pedidos, e, ao mesmo tempo, não pode ser demasiado para não agregar custo. A companhia informa que fez um estudo detalhado sobre o mix que iria iniciar a operação para trabalhar o estoque a partir dali.

De acordo com Leonardo Foresti, logística é outro ponto fundamental para o sucesso da operação. “Como é praticamente impossível prever o destino das mercadorias, o segredo é se cercar de empresas parceiras para essas entregas”, recomenda.

Já a segurança deve ser controlada e atualizada todos os dias, de forma a detectar eventuais riscos. A equipe de Tecnologia da Informação, por sua vez, precisa estar bastante acostumada aos problemas decorrentes desse tipo de operação on-line.

Indagado sobre a apresentação da loja virtual, Foresti considera que grande parte do sucesso do e-commerce depende da

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e-commerce

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qualidade do descritivo técnico e comercial do produto. “Claro que uma posição privilegiada nos mecanismos de busca reflete diretamente em vendas, mas essa posição de destaque passa também pela relevância que os internautas dão aos sites, e isso acaba sendo o reflexo de uma boa qualificação dos dados”, acredita.

O supervisor da Ferramentas Gerais diz ainda que a fase de pós-venda é um momento em que o cliente costuma dar abertura para ser estabelecida uma relação de fidelidade. “Por mais que possa parecer que é uma porta de entrada para problemas, essa é uma excelente oportunidade para fidelizar esse cliente e melhorar os processos”, alerta Foresti.

Segundo Leonardo Zocolotti, a loja virtual da Balaroti conta diretamente com o suporte do estoque do Centro de Distribuição e das lojas físicas. “Temos uma área no CD destinada apenas à loja on-line. Essa área atende as entregas feitas pelos Correios e pelas transportadoras. Quando a entrega é feita por nossos freteiros, os produtos saem diretamente da nossa expedição”, explica.

Outra grande preocupação é com a proteção dos dados do cliente. A Balaroti informa que acompanha as regras de segurança do

E-commerce no Brasil Ano Faturamento Volume

em bilhões de pedidos

de reais em milhões 2014*

34,6

111,54

2013

28,8

88,3

2012

22,5

66,7

2011

18,7

53,7

*estimativa • Fonte: E-bit Informação

comércio eletrônico, o que inclui o selo de segurança que consta no rodapé da loja on-line.

O acompanhamento pós-venda da Balaroti é feito por equipes que incluem vendedores e os responsáveis pelos pedidos. O suporte é reforçado ainda por ferramentas como Chat On-line e o link ‘Fale conosco’.

Já a atualização da loja virtual da Balaroti fica a cargo do Departamento de Compras, que é integrado com ao ERP (sistema de informação para integração de dados).

A informação que consta no sistema da Balaroti estará disponível na loja on-line. A apresentação dos produtos no e-commerce inclui a descrição completa e busca inteligente com autocomplete e fonética (quando se escreve errado o sistema corrige, ou quando não escreve a palavra inteira o sistema completa). Também é possível inserir até 12 fotos, vídeo e especificações técnicas.

A Semikron criou um setor específico para atender o funcionamento do portal de

ime

reamst

Foto: D

vendas on-line SindoPower. O estoque físico e as definições logísticas são compartilhados com a Semikron, o que exigiu um pequeno investimento. “A disponibilidade dos produtos ocorre em tempo real, através do cruzamento das informações de estoque da Semikron no Brasil e o tempo de fabricação dos produtos”, explica o diretor-presidente Rivaldo Caram.

As informações dos produtos comercializados no portal estão disponíveis no banco de dados e informações da Semikron. “Informações técnicas atualizadas por nossos gerentes de produtos, tais como desenhos, data-sheets e informativos de aplicação são automaticamente replicadas ao e-commerce”, explica Caram.

De acordo com ele, por questões de segurança, os dados dos clientes não são armazenados. Além disso, a modalidade de pagamento digital ainda não é oferecida, o que diminui consideravelmente os riscos à empresa e ao cliente.

Perspectivas de crescimento animam setor eletroeletrônico Como se vê, o e-commerce ainda é novidade para boa parte das empresas e compradores do setor eletroeletrônico. Entretanto, os primeiros resultados já são significativos, o que logística Agilidade leva as companhias que e precisão na entrega estão entre os principais aderiram à modalidade a cuidados que as acreditar em boas perspecempresas devem ter. tivas de crescimento. Mui16

potência

tos profissionais também concordam em outro ponto: esse é um modelo de negócio que tem tudo para se perpetuar no mercado.

Especialista em suprimentos para MRO (Manutenção, Reparo e Operação) para os setores industrial e de serviços, além do mercado de hobby, a Ferramentas Gerais possui lojas físicas nos estados do Sul e em São Paulo. O segmento de material elétrico

passou a ser comercializado na internet a partir de abril de 2012, momento em que a loja virtual da companhia entrou no ar. Na web é possível encontrar as mesmas linhas disponíveis nos demais canais de vendas da empresa, como ferramentas elétricas, instrumentos de medição, equipamentos de proteção individual e artigos para solda.

A avaliação que a empresa faz dos resultados obtidos com o e-commerce até o momento é bastante positiva, conforme atesta o supervisor da área, Leonardo Foresti: “O canal vem atingindo seus objetivos e crescendo a cada mês”.

O executivo destaca que esta ainda é uma operação bastante recente, mas que veio para somar, atraindo novos clientes das mais variadas regiões do País. As perspectivas são animadoras: “Acreditamos que o e-commerce possa mais que dobrar de tamanho neste ano, em comparação ao ano anterior”, vislumbra.

Foresti comenta que a FG acredita fortemente no segmento de material elétrico até

lojas virtuais Facilitam a vida dos compradores na hora de pesquisar preço e disponibilidade do produto.

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e-commerce

pelo fato de envolver uma gama de produtos voltada especificamente para o consumidor final. “São diversos itens que podem tranquilamente ser comprados pelo público adepto ao ‘faça você mesmo’. Além disso, na sua maioria, são consumíveis, o que torna a recompra mais frequente”, justifica.

Para Foresti, tudo converte para essa forma de negócio devido às facilidades que são geradas ao consumidor, como a comodidade de compra e os preços mais atraentes.

O executivo acredita ainda que as empresas

em 2014, faturamento do e-c0mmerce no brasil deve chegar à marca de R$ 34,6 bilhões.

que dominarem primeiro os atalhos desse mercado certamente levarão vantagem.

“Não conseguimos imaginar os negócios no futuro sem que passem pela modalidade on-line”, finaliza o porta-voz.

De olho em novas oportunidades, a Balaroti, home center com filiais nos estados do Paraná e Santa Catarina, adotou o sistema de e-commerce em 2006. Por esse canal, é comercializada toda a linha vendida nas lojas físicas, exceto madeiras. “Sentimos que a empresa tinha muito potencial para entrar no mercado on-line”, comenta Leonardo Zocolotti.

O gerente revela que os negócios envolvendo o comércio eletrônico da companhia crescem cerca de 30% ao ano. Com base nessa constatação, as perspectivas para o futuro são altamente positivas. “A expectativa é atingir o mesmo faturamento de uma loja física Balaroti”, adianta o executivo.

Filiada ao Grupo Semikron, a SindoPower, empresa de e-commerce especializada em semicondutores de potência, lançou seu portal de vendas no final de 2011. Por esse canal são comercializados módulos de dio18

potência

dos, tiristores e IGBTs; drivers para IGBTs; tentes, já que agora eles podem fazer a pontes retificadoras; diodos e tiristores tipo consulta on-line dos estoques. rosca; diodos e tiristores tipo disco; diodos Ao mesmo tempo, prossegue ele, foi axiais e dissipadores, entre outros compopossível agregar novos clientes localizados nentes. em regiões de difícil cobertura: “O SindoRivaldo Caram, diretor-presidente da Power tem nos possibilitado cobrir regiões Semikron Semicondutores, considera que o geograficamente distantes de nossa fábrica portal propicia o contato direto entre cliente em São Paulo, para o que contamos com final e fabricante, facilitando a elucidação de uma parceria bastante harmoniosa com os questões técnicas, comerciais e logísticas.

Correios”, menciona.

Entretanto, o executivo reconhece que essa é uma ferramenta que precisa estar sempre atualizada de forma a atender às solicitações do mercado: “A Semikron é líder mundial na fabricação de semicondutores de potência e esse é um segmento que requer grande proximidade técnica com os clientes. Talvez nosso SindoPower tenha que aprofundar-se neste 10 /Grau Brito a rd o tipo de facilidade aos nossos Ric : É questão de to Fo clientes em um futuro próximo”. tempo até que o e-commerce de Caram considera a implanmaterial elétrico tação do e-commerce uma inise torne uma ciativa de grande sucesso, pois prática. permitiu à empresa melhorar o Marcos sutiro Abreme atendimento aos clientes exis-

tivas baseiam-se nas visitas realizadas até então no site anterior, que chegavam a 90 mil acessos mensais, nos orçamentos, pedidos e consultas feitas por meio do Serviço de Atendimento ao Cliente”, enumera a diretora Financeira Karina Bassani.

Para a executiva, o crescimento do acesso à internet e o aumento do poder aquisitivo das classes menos favorecidas também colaboram para o aumento das vendas virtuais. “Vemos como uma tendência irreversível, tanto em segmentos que já se destacam, como eletrodomésticos, eletrônicos e moda, como em outros mais segmentados, como é o caso da categoria de material elétrico”, analisa Karina.

No momento a loja virtual da Santil tem à disposição dos clientes um leque de cinco mil itens, com previsão de chegar a 15 mil até o final deste ano. “Os itens mais procurados têm sido os produtos de LED, decoração, ferramentas e acessórios”, informa a diretora.

Foto: Dreamstime

O peso do comércio eletrônico hoje nos negócios da empresa já é significativo. A modalidade representa cerca de 15% do volume de vendas feitas no mercado interno brasileiro, com perspectivas de crescimento. “A expectativa é de que o e-commerce responda por 20% do total de vendas no mercado nacional até o final de 2015”, relata Caram.

A distribuidora de material elétrico Santil atende aos mercados industrial, comercial e residencial, com lojas físicas no Estado de São Paulo. A loja virtual da empresa entrou no ar em março deste ano.

Como se trata de uma operação muito recente, a participação do e-commerce nos negócios totais ainda é tímida.

Entretanto, o clima é de grande otimismo, pois as compras estão sendo feitas por consumidores de todo o Brasil, em volume crescente. A expectativa é atingir um crescimento anual no comércio eletrônico de 30%, nos próximos dois anos. “As perspec-

Número de consumidores que já fizeram pelo menos uma compra on-line (em milhões) Ano E-consumidores 2009

17,6

2010

23,4

2011

32

2012

42,2

2013

51,3

2014* *estimativa • Fonte: E-bit Informação

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mercado

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potĂŞncia

BotĂľes, Botoeiras e Sinalizadores

Ritmo lento Baixo nível de investimento industrial no

País faz com que setor de botões, botoeiras e sinalizadores passe por momento de crescimento moderado.

Reportagem: Marcos Orsolon

Foto: Dreamstime

O

difícil momento econômico brasileiro, caracterizado por evolução lenta do PIB e baixo nível de investimento, tem interferido nas vendas de botões, botoeiras e sinalizadores. Principalmente porque estes produtos estão diretamente relacionados à indústria, que passa por uma fase ruim no País.

Produzida em material plástico ou metálico, esta linha de produtos atende a funções básicas no meio industrial, como a partida e parada de motores. E sua aplicação atinge os mais variados segmentos, como o automobilístico, alimentício, químico, da construção e até mesmo empresas ligadas ao agronegócio. Os principais mercados consumidores são as montadoras de painel e os fabricantes de praticamente todas as máquinas, como injetoras, máquinas operatrizes, pontes rolantes, e até equipamentos mais simples, como fatiadoras de frios, etc.

Numa escala menor, os produtos também destinam-se aos setores terciário, predial e de infraestrutura, onde geralmente

são instalados em quadros de distribuição de energia, aeroportos e obras públicas.

E é graças a essa gama de possibilidades, ou de usuários, que os fornecedores têm conseguido manter as vendas levemente aquecidas. O setor, que no Brasil gira em torno de 90 a 100 milhões de reais, tem registrado crescimento apenas modesto nos últimos anos. “O mercado tem estado estabilizado nos últimos três anos, principalmente pelo fato de que essa linha de produtos é muito utilizada nos processos de manufatura industrial. E, como é sabido, a indústria brasileira vem sofrendo nesse período”, observa Luis Valente, presidente da Steck.

Carlos Leonardo Estácio Bueno, chefe de Produto de Controle e Sinalização da Schneider Electric, explica que o mercado segue em evolução no Brasil, mas é um avanço mais lento. E não apenas pelo comportamento do setor industrial, mas também pela concorrência com outras tecnologias. “É um ritmo mais conservador porque algumas tecnologias têm sido popularizapotência

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mercado

Botões, Botoeiras e Sinalizadores

sas - entre cinco e sete.

Em termos Sobre as soluções comertécnicos e de cializadas no País, Carlos Bueno qualidade, é comenta que, entre os competipossível afirmar que há evolução dores sérios, a qualidade é boa, constante nesse assim como a variedade de itens, setor. que é importante para atender Danilo quintiliano eaton usuários com necessidades bastante distintas.

“Em geral os produtos à disposição no mercado nacional são de boa qualidade e as opções de variedade são plenas. Temos incontáveis casos e variedades, municação em rede e via wireless”, destaporque os botões, botoeiras e sinalizadores ca Bueno, acrescentando que é preciso ter são utilizados nas mais diversas aplicações. cuidado na escolha da melhor opção para Desde a mais simples (como um botão ligacada situação. desliga) até as mais complexas, como a coFoto: Divulgação

das, como as Interfaces Homem-Máquina (IHM) com recursos touch-screen e que podem substituir parte dos botões e sinalizadores”. Ocorre que, em várias situações, essas novas tecnologias têm substituído as linhas de botões, visto que conseguem agregar outras funcionalidades, como o processamento de alguns dados.

Quanto aos produtos à disposição, contamos hoje no Brasil com o que há de mais moderno no mundo, principalmente porque alguns dos principais players mundiais desse segmento também atuam no País. A concorrência, aliás, é bastante acirrada no setor. Há mais de 20 fornecedores com participação no mercado. No entanto, a maior parte das vendas está concentrada em poucas empre-

Setor sofre com produtos de baixo nível

Se a disputa entre os fabricantes sérios torna este setor bastante concorrido, há um fator que cada vez tem preocupado mais os fabricantes sérios: a presença crescente de produtos de baixa qualidade no mercado brasileiro, inclusive com alguns casos de pirataria.

Danilo Quintiliano, da divisão Power Distribution do Grupo Elétrico da Eaton, entende que, em relação à qualidade dos produtos, o mercado pode ser dividido em dois segmentos distintos: “Um é o de empresas globais

Foto: Ricardo Brito/Grau 10

que prezam pela qualidade das peças, como a Eaton. E o outro é formado pelo mercado paralelo de produtos falsificados, que usa matéria-prima de baixo nível e mão de obra da China (muito mais barata), gerando uma competição por preço e não por qualidade”.

Carlos Leonardo Estácio Bueno, da Schneider Electric, alerta que o aumento nas vendas de produtos de baixo custo no mercado brasileiro ocorre devido à própria competitividade desse setor. Porém, ele adverte que a durabilidade e a qualidade desses itens é duvidosa e é preciso que o usuário não considere apenas o preço baixo no momento da escolha.

Para combater o problema e se destacar, Bueno cita que a Schneider Electric investe constantemente em tecnologia e inovação, oferecendo ao mercado brasileiro Mercado tem se novos produtos orientados à economia mantido estável de tempo e mão de obra dos usuários, nos últimos três assim como a redução dos custos de anos.

MRO e estabelecendo uma sinergia com Luís valente steck os demais produtos e sistemas de automação do mercado nacional.

Danilo Quintiliano, da Eaton, chama a atenção que uma grande preocupação na área de botões se relaciona à segurança das máquinas onde os produtos são instalados. Por isso, o preço não pode ser o principal

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potência

ponto no momento da escolha do item. Ele argumenta que as empresas necessitam de produtos cada vez mais confiáveis, que exigem a garantia de interrupção de circuito e sinalização eficiente no painel, entre outros.

E essa credibilidade o mercado paralelo não tem como oferecer.

“O principal problema desse setor está na concorrência acirrada com o mercado paralelo, que oferece itens com preços extremamente baixos, interferindo visivelmente no crescimento da atuação das empresas que produzem peças originais no Brasil”, lamenta Quintiliano.

Segundo alguns especialistas, a quantidade de fornecedores de itens de baixa qualidade tem aumentado nos últimos anos pela própria falta de barreiras no País, que poderiam frear essa invasão. Especialmente no caso de produtos asiáticos, principalmente chineses, que imitam o visual dos produtos de grandes marcas conhecidas, mas que não atendem aos requisitos mínimos de qualidade.

Uma barreira importante seria a compulsoriedade das certificações no segmento, que não existe hoje no Brasil. E isso não ocorre por falta de base normativa, visto que o País conta com uma gama importante de normas alinhadas à IEC.

“Por se tratarem de produtos utilizados em larga escala há muito tempo, o mercado está bem organizado sob este aspecto (normativo). Mas a partir do tema segurança, ainda temos evoluções a serem concluídas na NR-12 que podem interferir neste mercado,

exigindo adaptações dos clientes e fabricantes nele atuantes”, comenta Carlos Leonardo Estácio Bueno, da Schneider Electric.

No caso da Steck, Luis Valente afirma que a empresa segue rigorosamente as normas técnicas. “As normas são voluntárias e

não compulsórias. E a Steck realiza testes e atende a elas para garantir a qualidade e a segurança dos seus produtos e um diferencial no mercado”, destaca Valente.

Há espaço para a evolução tecnológica

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Segundo Bueno, a busca por inovação é um caminho importante para se destacar no mercado. “As inovações vêm se mostrando grandes alavancas de negócios e a Schneider Electric tem trabalhado com foco em prover soluções mais eficientes e a utilização de botões sem fio, botões biométricos e sinalizadores luminosos com ligação à IHM diretamente via USB, mostrando de forma clara como economizar espaços, tempo e dinheiro aos diversos clientes espalhados pelo País”, declara.

Nesse segmento, a Steck também mantém os investimentos em novos produtos. E, hoje, conta com uma gama bastante variada de itens, que inclui botões à impulsão, cogumelo tipo soco, botões de retenção, botões duplos, comutadores, luminosos, LEDs e sinalizador sonoro. Todos nas versões plástica ou metálica.

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alguns clientes, gerando um diferencial em relação ao mercado paralelo”, destaca Danilo Quintiliano, da Eaton.

Quintiliano comenta ainda que, em termos técnicos e de qualidade, é possível afirmar que há evolução constante nesse setor.

“Afinal, cada vez mais surgem linhas diferenciadas para atender todos os tipos de demanda. Algumas delas buscam design diferenciado, outras focam em uma robustez maior. Hoje, a Eaton, por exemplo, tem três linhas diferentes de botão, botoeira e sinalizadores e cada uma delas possui cerca de cinco mil peças”, completa.

Carlos Bueno, da Schneider Electric, destaca que, entre as novidades do mercado, a tecnologia sem fio (wireless) com certeza veio para ficar. “A Schneider Electric vem investindo em pesquisa e desenvolvimento nesta área e a aceitação tem sido muito boa no mercado brasileiro e mundial. A tendência realmente é ser capaz de resolver problemas de maneira simples e eficiente”, comenta.

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Segundo os especialistas da área, apesar de ser considerado um mercado maduro, o setor de botões, botoeiras e sinalizadores ainda apresenta espaço para evolução. E os avanços procuram atender às principais demandas dos usuários, que necessitam de produtos que aliem aspectos como segurança, performance, ergonomia, praticidade na montagem e, claro, novas tecnologias.

Uma evolução recente e que hoje já está bastante disseminada no mercado, foi a substituição das lâmpadas incandescentes pelo LED em algumas peças. Entre outras vantagens, o LED apresenta maior vida útil, menor gasto com energia e maior intensidade luminosa, que permite uma melhor visualização a longas distâncias, com cores mais vivas.

Mas as novidades não param por aí.

“Uma tendência deste mercado é a customização das peças, cujo objetivo é atender as necessidades específicas dos clientes, tanto no aspecto técnico quanto no design. Atualmente, a empresa atua deste modo com

• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf Reparo de Equipamentos para Áreas Classificadas

Cresce no Brasil o número de oficinas certificadas para efetuar reparos e manutenção em equipamentos elétricos para áreas classificadas.

Reportagem: Marcos Orsolon

Qualidade no serviço caderno ex

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trabalho de manutenção de equipamentos é vital em qualquer área, seja ela preventiva ou corretiva. E em ambientes que possuem atmosferas potencialmente explosivas, devido aos riscos envolvidos, essa necessidade é ainda mais relevante. Considerando o mercado como um todo, vários tipos de equipamentos desenvolvidos para locais com áreas classificadas necessitam ser reparados, revisados ou recuperados sempre que apresentam defeitos ou falhas. É uma questão de segurança.

Entre eles, aparecem itens como motores elétricos (de indução ou síncronos) de baixa ou de alta tensão, rádios transmissores (walkie-talkies) intrinsecamente seguros, sistemas de circuito fechado de TV (CFTV),

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potência

instrumentação em geral (transmissores, analisadores e válvulas de controle) e invólucros de painéis (pressurizados, de segurança aumentada ou à prova de explosão).

Nesse contexto, apesar da necessidade evidente de manter a qualidade e segurança dos produtos durante a operação, é preciso lembrar que o serviço de manutenção e reparo de itens para áreas classificadas não pode e não deve ser feito por ‘qualquer’ empresa, visto que estes materiais precisam ser submetidos a procedimentos normalizados de reparo, revisão ou recuperação. Significa que, para atuar nesse segmento, que é bastante específico, é necessário ter a devida capacidade técnica e, de preferência, a certificação que comprove essa capacidade.

A boa notícia é que, hoje, no Brasil, é

crescente o número de oficinas certificadas para a realização desse tipo de trabalho. Já há, por exemplo, alguns fabricantes investindo em oficinas próprias para oferecer este serviço. Porém, na maioria dos casos os reparos são realizados por oficinas especializadas independentes ou por oficinas qualificadas pertencentes a uma rede de assistência técnica. Há ainda situações em que as empresas usuárias de equipamentos Ex possuem estrutura para a realização de manutenção e reparo dos produtos.

A WEG, que é uma das maiores fabricantes de motores elétricos do mundo, é um exemplo da diversidade na prestação desse tipo de serviço. Por um lado, a companhia

feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

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tem uma grande oficina própria certificada em sua fábrica de São Bernardo do Campo (SP), onde efetua reparos em motores de maior porte. De outro lado, a empresa possui uma rede de assistentes técnicos capacitada para atender os clientes, principalmente no caso de motores de menor porte.

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“São empresas capacitadas para fazer reparos em motores Ex. Para elas, criamos uma credencial da WEG que diz que a oficina está apta a realizar reparos nestes equipamentos. Para se candidatar a esta credencial, ela deve possuir certificação ISO 9001 e NBR IEC 60079-19, além de atender aos

critérios de estrutura de oficina e capacitação de pessoal definidos pela WEG”, explica Claus Weissenstein, chefe de Vendas de Serviços de Partes e Peças da WEG Energia.

A evolução normativa explica, em grande parte, o maior número de oficinas certificadas para a realização de reparos em equiApoio Institucional:

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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • Reparo de Equipamentos para Áreas Classificadas pamentos Ex no Brasil. Roberval Bulgarelli, que é consultor Técnico da Petrobras e coordenador do Subcomitê SC-31 do Cobei, observa que os serviços de reparo, revisão e recuperação de equipamentos elétricos são realizados no Brasil desde o início de sua instalação, por volta do final dos anos 1940.

No entanto, ele lembra que somente em 2008 foi elaborada pela Comissão de Estudo CE 03:031.01, do Subcomitê SC-31 do Cobei, e publicada pela ABNT a norma NBR IEC 60079-19 - Atmosferas explosivas - Parte 19: Reparo, revisão e recuperação de equipamentos, que trata dos requisitos técnicos, procedimentos, gestão da qualidade e de competências pessoais das oficinas de serviços de reparo de equipamentos Ex. Foi nesse momento que a situação começou a mudar.

“Até então as oficinas de serviços de re-

paro realizavam os trabalhos com base em suas ‘boas práticas de manutenção’, aplicáveis a equipamentos similares para áreas não classificadas ou A quantidade de de acordo com as recomendaoficinas de serviços ções dos respectivos fabricantes de reparo de equipamentos Ex dos equipamentos Ex. A partir da com certificação publicação dessa norma, empretem registrado um sas que são usuárias de equiparitmo de evolução mentos Ex começaram a exigir, impressionante. roberval bulgarelli em seus contratos, que as oficinas petrobras de serviços de reparo emitissem uma declaração de que os requisitos da norma seriam aplicados”, comenta Foto: Ricardo Brito/Grau 10 Bulgarelli. E os avanços não pararam por aí.

Em 2012, a NBR IEC 60079-19 foi revisada equipamentos Ex, especialmente nos novos pelo Subcomitê SC-31 do Cobei e ganhou contratos de serviços envolvendo empresas força no sentido de servir como referência das áreas de petróleo, petroquímica, químinormativa para a realização de reparo de ca, alcooleira, farmacêutica e de alimentos.

Certificação de oficinas ainda não é obrigatória

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Depois da publicação da NBR IEC 60079-19, em 2008, a primeira oficina de serviços de reparo de equipamentos Ex certificada por um Organismo de Certificação de Produtos (OCP) ocorreu em 2009. Passados

alguns meses, a procura pela certificação aumentou e, hoje, já há no Brasil 50 oficinas certificadas, de acordo com os requisitos da norma, da ISO 9001 e pelos Documentos Operacionais do IECEx (IEC System for Certification to Standards relating to Equipment for use in Explosive Atmospheres).

“A quantidade de oficinas de serviços de reparo de equipamentos Ex com certificação tem registrado um ritmo de evolução impressionante. Isso tem sido impulsionado pela NBR IEC 60079-19, pela existência de um sistema internacional do IECEx de certificação deste tipo de empresa de prestação de serviços Ex, pelo apoio que a ONU tem demonstrado no sentido da aplicação dos sistemas internacionais de certificação do IECEx, pelos requisitos contratuais das empresas das áreas de petróleo e petroquímica e pelo RAC que está sendo elaborado pelo Inmetro”, comenta Roberval Bulgarelli.

Quanto à atuação, estas oficinas possuem capacidade para reparar itens como motores elétricos de baixa e alta tensão, rádios portáteis de comunicação industrial,

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potência

sistemas de CFTV e de sistemas fixos de intercomunicação industrial.

“Dentre os tipos de proteção de equipamentos que fazem parte do escopo de certificação destas oficinas podem ser destacados os seguintes: Ex “e” (segurança aumentada), Ex “n” (não centelhante), Ex “t” (proteção por temperatura de invólucro para poeiras combustíveis), Ex “i” (Equipamentos intrinsecamente seguros) e Ex “d” (invólucros à prova de explosão)”, destaca Bulgarelli.

Apesar do avanço registrado na parte normativa e no próprio número de oficinas certificadas, esta certificação ainda não é obrigatória no Brasil. Pelo menos não do ponto de vista legal. Como citado anteriormente, no momento, o que temos visto no mercado é a exigência de algumas empresas no sentido de pedir a seus prestadores de serviços que tenham a certificação, especialmente no setor de óleo e gás.

“Sob o ponto de vista legal, a compulsoriedade da aplicação da NBR IEC 60079-19 e dos requisitos indicados nos Documentos Operacionais do IECEx no processo de cer-

• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • Reparo de Equipamentos para Áreas Classificadas Importante observar que, assim como ocorre em qualquer processo de certificação, é necessário que as oficinas de serviços de reparo passem por avaliações periódicas para ratificar que continuam mantendo e aplicando, ao longo do tempo, todos os requisitos para os quais foram certificadas.

No caso, as oficinas devem se submeter a essas avaliações a cada três anos para manter a certificação.

tificação de oficinas de serviços de reparo Ex depende do tipo de RAC (Requisitos de Avaliação da Conformidade) a ser publicado pelo Inmetro. No momento, este RAC está sendo elaborado tendo como base os requisitos de certificação voluntária, com a tendência de que passe a ser do tipo compulsório à medida que o sistema seja consolidado pelas empresas de prestação de serviços, no Brasil”, comenta Bulgarelli.

Reparos malfeitos geram riscos graves cimento para executar o trabalho. Ou seja, nem todas são confiáveis.

“Muitas destas empresas de prestação de serviços de reparo não conhecem a NBR IEC 60079-19 e tampouco as demais normas da Série NBR IEC 60079 que tratam dos tipos de proteção Ex “n”, Ex “e”, Ex “i”, Ex “t” ou Ex “d”. Além disso, tais oficinas não certificadas também não possuem pessoal técnico ou de supervisão qualificado para a execução dos serviços em equipamentos Ex”, adverte Bulgarelli.

O problema, no caso, é que essas empresas acabam efetuando reparos e manutenção em desacordo com os requisitos das respectivas normas Perigo Quando da Série NBR IEC 60079. Com isso, o reparo no muitas vezes os equipamentos Ex equipamento não é bem‘reparados’ por este pessoal perfeito, há risco dem as características especiais de de acidentes proteção originais, para as quais graves. foram certificados. Ou seja, eles passam a oferecer riscos se forem instalações em áreas classificadas.

“Na maioria das vezes os equipamentos Ex com serviços de reparo indevidos são reinstalados em áreas classificadas e continuam operando, aparentemente sem a apresentação de problemas visíveis. No entanto, sob o ponto de vista de proteção contra explosão, tais equipamentos podem conter falhas que somente serão observadas

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Mesmo com os significativos avanços registrados nos últimos anos, ainda há no mercado nacional empresas de serviços não certificadas fazendo reparos e manutenção em equipamentos Ex. E, infelizmente, nem todas possuem capacidade técnica e conhe-

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potência

Entenda as normas

O processo de avaliação, auditorias e cer-

tificação de empresas de serviços de reparo, revisão e recuperação de equipamentos Ex é baseado, principalmente, em duas normas brasileiras: a NBR IEC 60079-19 e a NBR ISO 9001.

A IEC 60079-19 trata dos requisitos técnicos, dos recursos de instalação das oficinas, procedimentos técnicos de execução dos serviços, dos sistemas de gestão da qualidade aplicados e dos requisitos de experiências, conhecimentos, habilidades, treinamentos e competências pessoais dos executantes e das pessoas responsáveis pelos serviços de reparos realizados.

A NBR ISO 9001 trata dos requisitos de gestão da qualidade que as oficinas de serviços de reparo devem possuir, de forma a atender os requisitos indicados na NBR IEC 60079-19.

Além destas normas, existem também Documentos Operacionais do IECEx (IEC System for Certification to Standards relating to Equipment for use in Explosive Atmospheres), que apresentam requisitos adicionais aos indicados na NBR IEC 60079-19, especificamente para a certificação de empresas de prestação de serviços de reparos Ex. Entre estes Documentos Operacionais podem ser destacados: - OD 315-4: Requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade para empresas de serviços do IECEx envolvidas em reparo, revisão e recuperação de equipamentos Ex. - OD 315-5: Requisitos adicionais para empresas de serviços IECEx envolvidas em reparo, revisão e recuperação de equipamentos Ex. - IECEx 03-5 FAR: Formulário IECEx do Relatório de Avaliação da Empresa (FAR) e Formulário IECEx de Não Conformidades (NCR) combinados, para empresas de prestação de serviços de reparo, revisão e recuperação de equipamentos Ex.

• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf Reparo de Equipamentos para Áreas Classificadas

Foto: Divulgação

se houver vazamento de substância inflamável, em uma plataforma offshore, refinaria de petróleo, planta petroquímica ou usina de açúcar e álcool. Neste momento, os equipamentos podem se tornar fontes de ignição e provocar grandes explosões, com sérias consequências do ponto de vista de destruição de instalações, danos Estrutura ao meio ambiente e perda de viWeg mantém das humanas”, explica Bulgarelli. uma oficina própria No caso de um motor elétricertificada em co Ex, por exemplo, se ele não for sua fábrica de reparado de acordo com os requiSão Bernardo sitos das normas técnicas, pode do Campo (SP). ocorrer dele ser montado com folgas e interstícios entre as suas juntas à prova de explosão e áreas de passagem de chama que não irão impedir a propagação de uma eventual explosão interna para a atmosfera explosiva que está ao redor do motor.

“Este tipo de falha na execução dos servios principais aspectos a serem considerados ços de reparo pode levar toda uma instalação são a revisão dos procedimentos técnicos de a uma situação de risco, em função do não trabalho para serviços que são realizados atendimento dos requisitos normativos, por dentro da oficina ou no local da instalação falta de conhecimentos e competências mínido equipamento Ex. Outro ponto importante mas requeridas das oficinas de serviços de ree que requer a ação das empresas que busparo de equipamento Ex”, completa Bulgarelli. cam a certificação está relacionado com a Por isso é correto afirmar que o principal qualificação, treinamentos e competências objetivo de certificar uma oficina é comprodos profissionais que executam os serviços var que ela tem, de fato, condições de realide reparo e das pessoas responsáveis pela zar os reparos necessários em equipamentos aprovação final destes serviços. para áreas classificadas. E, nesse processo,

Pelo lado do usuário dos equipamentos, é fundamental que ele entenda que não basta comprar equipamentos Ex certificados pelos fabricantes. Isso é importante, mas não é suficiente para garantir a segurança das instalações e das pessoas em atmosferas explosivas ao longo do tempo. Para que isso ocorra, é necessário que haja o acompanhamento dos equipamentos Ex durante todo o ciclo de vida das instalações.

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Produtos reparados normalmente não precisam de nova certificação Roberval Bulgarelli explica que a NBR IEC 60079-19 apresenta duas alternativas para a execução dos serviços de reparo em equipamentos Ex. Uma envolve os serviços realizados com base na disponibilidade de toda a documentação de certificação do produto, incluindo os desenhos de fabricação dos respectivos fabricantes. Nestes casos, o certificado de conformidade do equipamento Ex continua válido e os serviços de

reparo devem ser identificados por meio de uma placa de marcação adicional, incluindo uma letra “R” no interior de um quadrado.

No entanto, em muitos casos, os usuários não possuem todos os documentos de certificação do produto, ou mesmo o seu certificado. Nestes casos, que são mais frequentes, a norma apresenta uma segunda alternativa de serviços de reparo, que é a de atendimento dos requisitos das normas dos

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respectivos tipos de proteção existentes nos equipamentos a serem reparados.

“Por exemplo, um antigo motor Ex “d” (à prova de explosão) do qual o usuário não mais possua os desenhos de fabricação ou o certificado de conformidade, pode ser reparado de acordo com os requisitos indicados na NBR IEC 60079-19 e nos requisitos da Norma NBR IEC 60079-1 (Proteção de equipamentos com tipo de proteção “d” - à prova

feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

o serviço de manutenção e reparo de itens para áreas classificadas não deve ser feito por ‘qualquer’ empresa, visto que estes materiais precisam ser submetidos a procedimentos normalizados de reparo, revisão ou recuperação. de explosão). Nestes casos, o certificado de conformidade do equipamento Ex também continua válido e os serviços de reparo devem ser identificados por meio de uma placa de marcação adicional, incluindo a letra “R” no interior de um triângulo”, explica Bulgarelli.

Nos dois casos, o certificado de conformidade original do equipamento continua válido, e não há necessidade dele ser submetido a um novo processo de certificação. No entanto, em alguns poucos casos de reparo, recuperação ou modificação dos equipamentos Ex, existe a necessidade de se alterar as suas características, incluindo os tipos de proteção contra explosão. Nestes raros casos, de acordo com os requisitos da NBR IEC 60079-19, os produtos precisam passar por ensaios específicos ou por um processo de avaliação por parte de um organismo de certificação, fazendo com que seja emitido um novo certificado, atestando que eles continuam seguros para instalação em áreas classificadas.

Há também situações em que não se recomenda o reparo ou recuperação de um produto. “Isso depende muito do estado em que se encontra o motor. Dependendo do grau de dano, não recomendamos o reparo. Nós explicamos a situação ao usuário e mostramos que não vale à pena recuperar.

Mas deixamos o cliente resolver”, comenta Claus Weissenstein.

Bulgarelli também chama a atenção para outra possível situação. Ele explica que quando o equipamento não tem placa de marcação e de certificação e não existem meios documentais de se vincular o equipamento com um determinado certificado

de conformidade Ex do seu fabricante, não é possível afirmar que ele é certificado, ou qual o seu tipo de proteção, sua classe de temperatura, grupo de equipamento ou EPL. “Nestes casos, é recomendado que o equipamento, caso seja reparado, seja reinstalado somente em área não classificada.

Além disto, quando da necessidade de realização de serviços de reparo ou de recuperação que invalidem as características de proteção contra explosão, é também recomendado que a placa de marcação Ex seja removida e que o equipamento seja instalado somente em áreas não classificadas”, completa Bulgarelli.

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Soluções eficientes A Project-Explo é a mais tradicional empresa especializada em Atmosferas Explosivas do país. Há mais de 25 anos oferece soluções e presta serviços de alto nível em todo o Brasil e América Latina, apresentando soluções práticas e eficientes para prevenção, proteção, controle e eliminação de riscos de explosões. Para maiores detalhes ou informações, contate-nos através do www.project-explo.com.br ou pelo tel. 11 5589-4332.

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potência

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Evento

Redes Subterrâneas

Desafio

constante Concessionárias de energia

buscam soluções para driblar dificuldades na implantação de redes subterrâneas no Brasil.

Reportagem: Paulo Martins

Foto: Dreamstime

C

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onstruir e operar redes subterrâneas de energia nas cidades de médio e grande porte tornou-se um enorme desafio para as concessionárias de eletricidade.

Diante do grande fluxo de pessoas e carros nas vias, das restrições de horário de trabalho e da limitação para circulação de máquinas, realizar o serviço dentro do orçamento e dos prazos estabelecidos é hoje um objetivo muito difícil de ser atingido.

Isso sem falar nas complicações para trabalhar em um subsolo completamente congestionado por cabos e tubulações das mais diversas empresas de utilidades, como água, gás, telefone, televisão, energia e departamento de trânsito.

Esse foi um dos temas discutidos durante a 10ª edição do ‘Fórum Redes Subterrâneas de Energia Elétrica’, realizada pela RPM Brasil no mês de junho, em São Paulo (SP).

Durante o encontro, as concessionárias de energia procuraram mostrar que em vez de apenas reclamar dos problemas, é preciso buscar soluções. Dentro dessa linha de pensamento, elas revelaram algumas das ações implementadas para contornar as dificuldades que se apresentam no dia a dia.

Paulo Deus de Souza, engenheiro do Sistema Elétrico da AES Eletropaulo falou sobre os desafios para implantar um projeto que incluiu a construção de uma linha de transmissão subterrânea em São Paulo (SP).

O prazo de execução era de cerca de um ano. O ramal subterrâneo de 3,6 quilômetros corta dois bairros nobres da capital paulista: Vila Olímpia e Itaim Bibi. Trata-se de uma região altamente urbanizada,

São Paulo Especialistas de todo o mundo se reuniram para discutir as tendências envolvendo as redes subterrâneas de energia.

com vida noturna agitada e moradores de alto poder aquisitivo, ou seja, com elevado nível de exigência.

Souza conta que a AES Eletropaulo elaborou um plano de comunicação voltado a diversos segmentos da sociedade para falar sobre o projeto. “Foram feitas reuniões com grandes clientes, representantes dos moradores e do comércio para sensibiliza-los sobre a necessidade da obra, que é fundamental para a região. Foi exposto que haveria transtorno sim, e abrimos os canais de comunicação para que as reclamações vies-

Certificado NBR ISO 9001

sem diretamente para nós para tentarmos sana-las”, disse o porta-voz.

De fato, a obra precisou passar por ruas onde existem hospital, shopping e prédios comerciais e residenciais, o que dificultou a execução. Outra complicação foi a autorização para trabalhar apenas durante o final da noite e parte da madrugada.

Outro empecilho foi o fato de as equipes de trabalho ‘toparem’ com várias interferências não cadastradas no subsolo. “Na fase de projeto foi feito um levantamento, inclusive com consulta ao cadastro das con-

cessionárias. Mesmo assim foi encontrada muita coisa diferente do que estava no levantamento, o que trouxe diversos problemas para a obra”, conta Souza.

Como boa parte do serviço foi executada em região próxima a rio, o solo contém bastante água, o que exigiu um cuidadoso escoramento a fim de evitar desbarrancamentos e retrabalho.

Outra dificuldade foi a movimentação de bobinas de cabos que chegam a 4 metros de diâmetro por ruas estreitas. “A logística para lançamento de cabos teve que ser muito bem

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Redes Subterrâneas

planejada para que conseguíssemos fazer o trabalho sem causar grandes transtornos”, destaca o especialista da concessionária.

Mais um desafio: a AES Eletropaulo exige em sua especificação que toda linha de transmissão subterrânea seja ensaiada ao final da instalação com teste de tensão aplicado por fonte externa. Em atendimento a este item, a fabricante de cabos General Cable trouxe uma fonte dos Estados Unidos exclusivamente para fazer o ensaio. A logística foi complicada, pois o equipamento precisava chegar ao local no momento exato dos testes.

No final, deu tudo certo. Como resultado da mobilização e do planejamento feito, a AES Eletropaulo conseguiu atender a obra um mês antes do prazo e sem nenhum acidente de trabalho ou ambiental. O projeto foi concluído com 102% do budget. A companhia atribuiu o sucesso à qualidade do projeto, aos profissionais que executaram o serviço e às empresas parceiras nesse trabalho.

O case abordado por Moacir Fernandes, coordenador técnico de Infraestrutura Civil da AES Eletropaulo, destacou a solução encontrada pela empresa para transpor uma das mais importantes vias públicas de São Paulo, a Avenida 23 de Maio, durante a implantação da Linha de Distribuição Subterrânea Miguel Reale III. O grande pro-

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Fotos: Ricardo Brito/Grau 10

Evento

blema é que a referida via fica no fundo de um vale, apresentando um considerável desnível em relação às imediações. Como agravante, tinha-se a informação de que um curso d´água (o Rio Itororó) corre sob a avenida, mas sua localização até então era imprecisa.

Curiosamente, o trabalho exigiu a quebra de um paradigma, pois nesse ponto o sistema subterrâneo teve que dar lugar a um pequeno trecho aéreo. Após estudar várias alternativas, chegou-se à opção de cruzar a avenida junto ao Viaduto Pedroso. Entretanto, o tabuleiro - elemento vazio presente em pontes para a passagem de serviços de infraestrutura - estava ocupado. Pelo eixo central também não era possível passar por questões estruturais. A

solução encontrada foi a construção de um pórtico de metal paralelamente ao viaduto para abrigar os cabos. A estrutura tem vão principal de 78 metros, altura máxima de 7 metros e consumiu 45 toneladas de aço.

Até a cor do pórtico foi escolhida de forma a não destoar do viaduto: cinza.

Também a manutenção das redes subterrâneas de distribuição de energia nas grandes cidades tem suas dificuldades, conforme abordou o técnico da AES Eletropaulo Vitor Cesar Telles.

Como concessionárias de diversos serviços atuam no subsolo, é relativamente comum que os cabos sejam atingidos acidentalmente. A dificuldade está justamente em localizar esses pontos.

Nesse contexto, o especialista falou sobre a experiência da empresa na realização de inspeção e detecção de falhas utilizando o recurso da termografia. De acordo com Telles, quando ocorre uma anomalia no sistema, como um curto-circuito, geralmente há aumento de temperatura. Partindo desse principio, para localizar as falhas, a companhia começou a utilizar termovisores, que são equipamentos que fazem o monitoramento da temperatura.

Com o equipamento em mão, a equipe de campo percorre o circuito e identifica o ponto de aquecimento onde está a anomalia. Pelo método anterior à utilização da termografia, seria necessário fazer escavações para localizar o problema.

O método é utilizado desde 2012 e vem proporcionando resultados consideráveis para a empresa, como redução de 80% no tempo de localização de falhas e de 85% no valor das obras civis, além de agilizar o restabelecimento da energia para o cliente.

“A utilização da técnica de termografia para localizar falhas em redes secundárias de baixa tensão trouxe ganhos expressivos para a concessionária e para os clientes, uma vez que assertividade está em torno de 95% das inspeções”, informa Telles. De acordo com ele, a AES Eletropaulo já estuda a utilização do método como ação preventiva, e não apenas corretiva.

Smart Grid é nova variável no enterramento de cabos o planejamento urbano. “O Smart Grid integra as infraestruturas de energia e de telecomunicações, que são os vetores tecnológicos fundamentais das cidades do futuro”, menciona.

Fotos: Ricardo Brito/Grau 10

Smart Grid foi o tema abordado por Cyro Boccuzzi, sócio-diretor da empresa de engenharia e consultoria ECOee. Ele introduziu o assunto destacando que é um desafio promover a integração entre o suprimento de energia, que inclui a construção de redes de distribuição, e o planejamento urbano das cidades.

Ele observou que os sistemas elétricos são construídos com visão de longo prazo, ou seja, as concessionarias preveem o crescimento da demanda e também a evolução de seus sistemas. Por este motivo, as empresas estariam melhor estruturadas que as prefeituras das cidades para planejar.

“Os municípios precisam se aparelhar através de assessoramento técnico profissional que permita coordenar essa atividade junto à sociedade e às concessionárias”, sugere.

Boccuzzi destacou que as redes inteligentes de energia trazem consigo um novo cenário de oportunidades de integração com

O diretor da ECOee entende que o Smart Grid permitirá ao Poder Público compartilhar custos, além de otimizar outros serviços, como mobilidade, transporte, segurança pública e iluminação.

Para Boccuzzi, a disseminação das redes subterrâneas e do Smart Grid é apenas uma questão de tempo, na medida em que a tecnologia e o aumento de escala proporcionarem vantagens econômicas.

“As cidades vão ter que investir para viabilizar essa infraestrutura necessária no século 21, a começar pela energia.

Isso implica na oportunidade de Smart Grid traz diluir custos, acelerar a moderum novo cenário nização e a qualidade dos serde oportunidades viços para a população. Nesse de integração com aspecto, as redes subterrâneas o planejamento entram como ingrediente funurbano.

Cyro Boccuzzi damental no processo de transECOee formação”, completa.

Experiência, tradição e presença nos principais setores da economia. Uma empresa 100% brasileira, que acredita que o futuro é agora. Por isso a Nambei investe constantemente em tecnologia de ponta, produzindo uma completa linha de fios e cabos elétricos para qualquer tipo de instalação: comercial, industrial ou residencial, com a mais alta qualidade e segurança para sua obra.

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Editorial

Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos

Carlos Peixinho Diretor Colegiado Abreme - abreme@abreme.com.br

É

Informatização ou inovação disruptiva?

óbvio que a aceleração transformadora da tecnologia de informação é assunto corrente. No ambiente empresarial temos: necessidades de investimentos em automação de rotinas empresariais, modelo de negócios adequado ao novo comportamento de consumo, capacitação dos recursos humanos, comércio eletrônico, e tantas outras variáveis decorrentes dos efeitos das novas formas de relacionamento entre pessoas e entre empresas.

Como se sabe, a venda de computadores pessoais tem perdido participação para os aparelhos de comunicação individual. Fabricantes de telefones inteligentes e computadores estão redefinindo suas estratégias de marketing. Aplicativos para telefones inteligentes são criados de maneira intensa.

Empreendedores perceberam a necessidade de investimentos nos meios de atender a demanda de bilhões de pessoas virtualmente conectadas.

Moedas virtuais circulam pela internet sem regulação de autoridade monetária. Governos tentam definir formas de arrecadar tributos sobre transações de comércio onde o território de origem, o território de destino e a transferência de recursos monetários desafiam a lógica estabelecida nas últimas décadas.

Em países avançados, cada vez mais, Indivíduos e famílias se abastecem de suprimentos via internet ameaçando as grandes redes mundiais de comércio varejista.

Pedagogos refletem sobre a necessidade de adequar métodos de alfabetização ao novo perfil de civilização.

Jovens ingressam no mercado de trabalho trazendo sua história desenvolvida neste novo

ambiente digital. Pela primeira vez acontece o encontro de quatro gerações disputando ao mesmo tempo o mercado de trabalho.

Telefone inteligente, carro inteligente, casa inteligente, fábrica inteligente.

Parece surgir a expectativa de que as empresas, de qualquer tamanho, passem a se constituir em “agências de inteligência” coletando informações sobre mercados, consumidores e suas interações; tentando antecipar os novos comportamentos humanos e desenvolvendo modelos de negócios para criar valor e conectar provedores de soluções às diversas demandas. O trabalhador está mais produtivo? As empresas estão mais eficientes com a disponibilização das novas tecnologias?

Naturalmente, os efeitos dessas mudanças variam de acordo com a geografia, cultura, maturação social, economia, regulamentação, ambiente, entre outros.

Cabe aos gestores dos recursos a habilidade de orquestrar a sobrevivência dos empreendimentos, expandi-los e perpetuá-los.

Distribuidores e revendedores que tradicionalmente viabilizam a movimentação de materiais e serviços parecem ser desafiados a transformar a cadeia de suprimentos em cadeia de valor, criando mercado, aproximando a comunidade de fabricantes e os pontos de vendas físicos ou virtuais.

Como gerir os processos internos e a força de trabalho das empresas neste ambiente de inovação? A história mostra que sempre foi assim, ou seja, transformações que destroem negócios e empresas dando lugar a novas organizações; empresas que se transformaram completamente e sobreviveram em novos ambientes.

Vale lembrar que não há informática sem energia elétrica. Portanto, geração, transmissão e distribuição de energia elétrica são vitais para que o acesso às novas tecnologias esteja disponível ao maior número de pessoas com equipamentos e soluções que permitam processos produtivos mais eficientes, consumindo menos energia, seguros do ponto de vista do patrimônio e, principalmente, seguros para as pessoas que os operam.

Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos FUNDADA EM 07/06/1988

Rua Oscar Bressane, 283 - Jd. da Saúde 04151-040 - São Paulo - SP Telefone: (11) 5077-4140 Fax: (11) 5077-1817 e-mail: abreme@abreme.com.br site: www.abreme.com.br

Membros do Colegiado Francisco Simon Portal Comercial Elétrica Ltda.

José Jorge Felismino Parente Bertel Elétrica Comercial Ltda.

José Luiz Pantaleo Everest Eletricidade Ltda.

Roberto Varoto Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda.

Paulo Roberto de Campos Meta Materiais Elétricos Ltda.

Marcos Augusto de Angelieri Sutiro Comercial Elétrica PJ Ltda.

Conselho do Colegiado Nemias de Souza Nóia Elétrica Itaipu Ltda.

Carlos Soares Peixinho Ladder Automação Industria Ltda.

Daniel Tatini Sonepar

Secretária Executiva Nellifer Obradovic

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Prêmio

Abreme

FORNECEDORES

A tradicional premiação que mobiliza os revendedores e distribuidores de todo o País chega à sua décima edição. A pesquisa que apontará os premiados será novamente conduzida pela NewSense, empresa com mais de 30 anos no mercado de pesquisa e consultoria. Os trabalhos de campo começam em 28 de julho, sob a coordenação do professor José Paulo G. Hernandez, docente da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, diretor da NewSense e responsável técnico pela área de Pesquisa e Consultoria de Marketing.

Revendedor Quando receber o questionário da pesquisa, responda-o, expresse sua opinião e nos ajude a reconhecer os seus melhores parceiros. Sua opinião e participação são de fundamental importância para a justiça e o sucesso do Prêmio Abreme Fornecedores.

Realização

Pesquisa

Apoio de Divulgação

espaço abreme

perfil do associado

Foto: Divulgação

Há mais de 100 anos fornecendo soluções energéticas eficientes

Eaton

A

companhia global Eaton fornece soluções que ajudam seus clientes a fazer um uso mais sustentável, seguro e eficiente das energias elétrica, hidráulica e mecânica. Nestes mais de 100 anos de atividade, a empresa permitiu-se modificar e ampliar constantemente sua gama de produtos, sempre com foco em soluções inovadoras e inteligentes para distribuição de energia, tecnologias para veículos e soluções hidráulicas e de filtração.

Com atuação em 175 países, a companhia é líder global em tecnologia de 38

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serviços, sistemas e produtos elétricos para qualidade, controle e distribuição de energia, transmissão de energia, produtos para fiação e iluminação; serviços, sistemas e componentes hidráulicos para equipamentos industriais e de mobilidade; sistemas pneumáticos, hidráulicos e de combustível aeroespacial para uso comercial e militar; e sistemas de trem de força de automóveis e caminhões para a melhoria do desempenho, economia de combustível e segurança.

Em 1911, J.O. Eaton iniciou a história da empresa pela área de autopeças e, a partir

de então, ano a ano ela se reinventou, ampliando seu portfólio para incluir soluções hidráulicas e elétricas. O crescimento, concebido através de aquisições e da ampliação de produtos próprios, fez com que a companhia se tornasse sólida, com aumento constante de vendas e lucro.

Na década de 50, sua primeira unidade brasileira foi inaugurada em São José dos Campos (SP), onde mantém até hoje a produção de válvulas de motor para carros de passeio. No total, são nove unidades fabris no país: Guaratinguetá, Guarulhos, Jundiaí, Valinhos, São José dos Campos,

Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos

Mogi Mirim, Caxias do Sul (RS), Votorantim e Porto Feliz.

Com investimentos robustos ao longo dos anos, a Eaton registrou 65 aquisições, sendo que a maior delas aconteceu em 2012 com a compra da irlandesa do setor de energia Cooper - um investimento de mais de US$ 13 bilhões. O objetivo foi se alinhar às novas megatendências mundiais, amplian-

do seu alcance para diversos mercados, expandindo o portfólio de produtos, serviços e soluções, e intensificando sua cobertura geográfica mundial.

A Cooper acrescentou competências comprovadas na distribuição de energia, smart grid (rede inteligente de energias), controles de iluminação, serviços de instalação elétrica e soluções de segurança aos pontos fortes da

Eaton na qualidade de energia, distribuição e serviços de energia. São tecnologias complementares que aceleram ainda mais seu crescimento como uma empresa global de gerenciamento de energia integrada com foco em uma das megatendências mais desafiadoras de nossos tempos: os custos elevados e o aumento do impacto ambiental do uso crescente da energia do mundo.

Portfólio de distribuição de energia

Foto: Divulgação

que desempenhem o foco de seu negócio.

A partir da plataforma global Power Estes investimentos da empresa no Brasil Xpert, a Eaton produz no Brasil, em sua visam potencializar e maximizar o knowsede de Jundiaí (SP), os painéis de média h­ow da companhia através da oferta de tensão UX e os de baixa tensão CX/CXH. soluções integradas aos clientes, já que a Os painéis têm sido produzidos e montaEaton é detentora de tecnologia e focada dos no País com alto índice de nacionalizaem inovação e desenvolvimento de abranção, assim é possível atender oportunidades gência em produtos. Hoje, a Eaton atua no que exigem produtos com conteúdo nacioBrasil com montagens, serviços e soluções nal, principalmente nos mercados de óleo e integradas e desenvolvidas com a finaligás, data centers, mineração, infraestrutura dade Turn Key. Estas montagens recebem e iluminação comercial. os painéis de baixa tensão (CX/CXH) e de Os painéis IEC de baixa tensão CX e média tensão (UX).

CXH para centro de controle de motores Os itens seguem as diretrizes Eaton ou distribuição de energia são testados para promover a sustentabilidade, segurane certificados. Eles seguem a nova norma IEC 61439 e a norma brasileira NBR IEC 60439 e podem ser aplicados em diversos segmentos como infraestrutura, data centers, saneamento, automobilística e indústrias em geral.

Já os painéis IEC de média tensão UX, também testados e certificados de acordo com IEC 62271-200, incluindo os testes de arco interno até 50kA, são indicados para tensões de operação até classe 24kV, corrente nominal de barramento principal até 4.000A e capacidades de interrupção (curto circuito) até 50kA. O UX pode ser aplicado em distribuições primárias e controle de motores nos mercado de mineração, óleo Produção & gás, infraestrutura e inno brasil dustriais.

Empresa fabrica ampla Com a plataforma Polinha de wer Xpert de painéis elétripainéis no cos, a Eaton consegue atenPaís. der uma tendência: dar aos clientes a tranquilidade para

ça e confiabilidade em seus equipamentos compactos, que atendem as mais exigentes normas mundiais. A linha de painéis de Power Xpert UX utiliza os disjuntores WVACi com tecnologia de interrupção a vácuo, dispensando a utilização do SF6 (hexafluoreto de enxofre) - um dos gases listados no Protocolo de Kyoto para as Nações Unidas e que deve ter seu uso diminuído ou extinto e listado pelo IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) como um dos mais potentes para o efeito estufa.

As linhas de produtos Power Xpert UX e CX (Painel de distribuição e controle de motores em Baixa Tensão) são as plataformas globais da Eaton também integradas em ElectrocentersTM, “casas elétricas” préfa­bricadas - tendência cada vez mais forte no mercado de indústria pesada no Brasil devido às altas reduções dos custos de implantação e startup. A produção local inclui a customização de disjuntores de Baixa e Média tensão com suporte técnico local.

Electrocenters TM são construídos de acordo com o projeto do cliente, eles incluem a linha Power UX & CX bem como dispositivos de segurança como alarme de incêndio, climatização, controle de ruído, equipamentos a prova de explosão, automação e gerenciamento de energia.

Totalmente pré-fabricados, diminuem sensivelmente os custos de gerenciamento de projeto, startup e construção em geral. Pela ampla experiência e pioneirismo da Eaton nestas soluções, hoje os Electrocenters™ Eaton ocupam espaço nas instalações das maiores Indústrias do Brasil e América Latina. potência

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notícias da associação e do setor

Foto: Dreamstime

Abreme firma parceria com Caban

O

escritório Cabanellos Schuh Advogados Associados estabeleceu parceria com a Abreme em janeiro de 2014, motivada pelo ingresso do Dr. Halim José Abud Neto, assessor jurídico da Abreme, na sociedade de advogados através do escritório de São Paulo.

A Cabanellos Schuh Advogados Associados é um dos mais respeitados escritórios de advocacia do Sul do Brasil, fundado pelo Dr. Luiz Henrique Cabanellos Schuh em 2001, na cidade de Porto Alegre (RS), ampliando, posteriormente, suas atividades para os Estados de Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.

“No decorrer desses anos, o escritório desenvolveu uma advocacia voltada para o universo Corporativo, em especial para o atendimento de empresários carentes de assessoria jurídica direta, ágil e acessível”, declara Dr. Halim José Abud Neto.

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“A Cabanellos Schuh apoia juridicamente seus clientes no dinâmico e desafiador ambiente empresarial, cuja missão tem por base o sucesso dos mesmos e, para alcançá-lo, empenha comprometimento, conhecimento especializado, experiência e ética. Buscando, constantemente, antecipar-se às questões com soluções criativas, pois, na visão da Cabanellos, são as soluções criativas que separam um desafio de uma oportunidade”, complementa Dr. Halim.

O escritório conta com aproximadamente 450 colaboradores, dos quais 220 são advogados divididos em diversas especialidades de ramos do direito, focando principalmente em áreas sensíveis para os empresários, tais como: tributária, societária, trabalhista e contratos.

Ao longo de mais de 13 anos de existência, a Cabanellos Schuh investiu em tecnologias limpas e em atualização para tor-

nar os processos diários mais sustentáveis.

Criou, inclusive, um ambiente virtual de trabalho que, além de eliminar o consumo de papel, integra todas as regiões e as etapas da operação. Para o cliente, isso resulta em valor agregado, com processos mais ágeis e transparentes.

Esse trabalho pioneiro no ambiente jurídico foi reconhecido por dois dos mais importantes prêmios brasileiros em sustentabilidade. Em 2009, a Cabanellos Schuh recebeu o Prêmio ECO da Câmara Americana de Comércio. Em 2010, conquistou a sexta posição dentre os 27 cases classificados no ranking do Programa Benchmar­ king Ambiental Brasileiro. A parceria da Abreme com a Cabanellos Schuh Advogados Associados propiciará - aos associados da Abreme – o acesso à assessoria jurídica de qualidade e com custo diferenciado nas seguintes áreas:

Foto: Divulgação

Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos

A Cabanellos Schuh apoia juridicamente seus clientes no dinâmico e desafiador ambiente empresarial.

Halim José Abud Neto

ellos Schuh Advogados Associados ✹ Societário: nossos clientes contam com um completo portfólio de serviços e com uma equipe sintonizada com as profundas mudanças na regulamentação societária. ✹ Tributário: em qualquer das esferas, seja federal, estadual ou municipal, oferecem serviços de consultoria, planejamento e orientação estratégica ou legal, além de contenciosos administrativos e judiciais. ✹ Contratos e Negócios Comerciais: a qualificação e a experiência dos profissionais do Escritório Cabanellos Schuh garantem ao cliente a segurança jurídica indispensável à elaboração e à negociação de contratos. ✹ Reestruturação de Empresas: a equipe da Cabanellos é formada por profissionais de diversas áreas da consultoria legal e do contencioso, para oferecer total assessoria na recuperação

A assessoria jurídica da Abreme, representada pelo Dr. Halim José Abud Neto, foi constituída com a finalidade de proporcio-

de empresas, por consultores e por auditores legais, incluindo representação do cliente em comitês e assembleias. ✹ Ambiental: os especialistas e técnicos da área ambiental atuam em conjunto com os advogados, resultando em ações que antecipam e minimizam os riscos da expansão empresarial. ✹ Trabalhista: nosso foco é a consultoria preventiva referente à relação de trabalho embasada na CLT, soluções visando aprimorar a relação laboral, reduções legais de custos e prevenção de demandas futuras. ✹ Impostos: em 2010, o Cabanellos Schuh criou uma nova área dedicada, com exclusividade, aos impostos. Por meio de consultoria, realizam análises de profundidade e de amplitude no complexo âmbito tributário.

nar aos seus associados uma prestação de serviços eficiente, ágil e com excelência, em conformidade com a legislação em vigor,

permitindo uma significativa diminuição de custos, onde futuros processos tenham o menor impacto possível. potência

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finanças e investimentos

Combinação de expertises

Fusões e aquisições

Fotos: Dreamstime

No primeiro trimestre do ano, as companhias de energia realizaram 13 fusões e aquisições, o que representa um aumento de 160%, na comparação com o mesmo período de 2013, quando foram concretizadas cinco transações. Os dados constam de pesquisa realizada trimestralmente pela KPMG com 43 setores da economia brasileira.

Do total de negociações fechadas nos primeiros meses de 2014, nove foram do tipo doméstica, três CB1 (empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no Brasil) e uma do tipo CB4 (empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil).

“Apesar da crise que o setor de energia está enfrentando, a promessa de recuperação e melhor desempenho da economia brasileira, somada às perspectivas positivas para os leilões que serão realizados no decorrer deste ano, estão gerando um impacto bastante positivo e aquecendo a indústria nacional de energia”, analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.

Escritório no Brasil

A Toshiba Global Commerce Solutions anunciou o início de suas operações próprias no mercado brasileiro. A empresa, que atuava no País através de um representante comercial, estabeleceu sede própria em São Paulo. O escritório estará a cargo de Raul Souza, diretor Geral para o Brasil, e Emerson Paliuco, gerente de Canais e Contas Estratégicas.

Com esta ação, a Toshiba Global Commerce Solutions visa atender diretamente seus clientes no País.

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Em 30 de maio de 2014, a SOB Schurter + OKW do Brasil assinou o contrato para a aquisição da fabricante de gabinetes e peças plásticas Quickplast.

Com o negócio, a SOB espera ampliar suas atividades no setor de gabinetes industriais. A empresa até o momento não operava com nenhuma fabricação nacional.

“Com a aquisição da Quickplast estamos acolhendo uma empresa especializada em engenharia eletromecânica, no desenvolvimento e produção de gabinetes plásticos

para o portfólio da SOB e ao mesmo tempo fazendo um acréscimo substancial de nossas competências comerciais para o desenvolvimento da empresa”, diz o diretor Geral Marcelo Soares.

Segundo o executivo, a Quickplast é uma marca com ótima reputação como fabricante de gabinetes plásticos customizados. “Ao adquirirmos a empresa, estamos combinando o know how de um forte time de desenvolvimento técnico e produção industrial com a uma forte equipe comercial”, destaca.

Exportações em alta

Em 2013, foram registradas exportações da ordem de US$ 5,9 milhões em luminárias e reatores, pelas 20 indústrias que integram o Lux Brasil, programa de incentivo às exportações da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) em parceria com a Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação). O crescimento, se comparado a 2012, foi superior a 80%, e as luminárias representaram 85% dos negócios realizados.

Os outros 15% foram de reatores.

De acordo com o gerente-executivo do Lux Brasil, Arnaldo Galvão, o valor representa mais do que 18% do total das exportações de luminárias e reatores realizadas em 2013 pelas indústrias brasileiras do setor, que no período exportaram US$ 31,8 milhões.

“Os bons resultados são consequência de um trabalho que vem sendo realizado há cinco anos”, argumenta Galvão. Segundo ele, as indústrias de luminárias e reatores que fazem parte do Lux Brasil tiveram a oportunidade de, através do programa, participar de feiras internacionais e nacionais e de rodadas de negócios realizadas no Brasil e no exterior.

Investimentos no País

Fotos: Dreamstime

economia

Focada em dar continuidade à expansão de sua cadeia produtiva em Minas Gerais, no dia 28 de maio a GE promoveu em Belo Horizonte, em parceria com o Sistema FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) e o INDI (Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais), encontros com mais de 100 potenciais fornecedores locais com atuação em segmentos como petróleo & gás, iluminação, ferroviário, de saúde, geração e conversão de energia e soluções industriais.

Na ocasião, o presidente & CEO da GE do Brasil, Gilberto Peralta, reforçou o compromisso da companhia com os investimentos programados de US$ 1,3 bilhão no País entre 2011 e 2016. “Todos os investimentos previstos para o País, atualmente o terceiro maior mercado mundial da GE e onde estamos presentes há mais de 94 anos, continuam sendo aplicados em setores estratégicos, incluindo transporte ferroviário de carga, saúde, energia e petróleo & gás”, garantiu.

geração, transmissão e distribuição

gtd

Foto: Dreamstime

Consumo de energia A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revisou a projeção do consumo de energia elétrica para 2014, após o fechamento do primeiro trimestre, elevando para 4% a expectativa para o aumento do consumo no país. Em relação à projeção anterior houve aumento de 0,1%.

O destaque ficou para os setores comercial e

residencial, que continuarão puxando o consumo, com alta de 6% e 6,2%, respectivamente, enquanto o setor industrial teve o consumo reduzido em 2,8% na nova projeção, passando a representar alta de 1,3% em relação ao ano anterior. O total de energia que deverá ser consumida este ano soma 482.081 gigawatts.

Foto: Divulgação

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A concessionária Cemig concedeu às empresas Intelli e Coppersteel Bimetálicos mais um Atestado de Suprimento Assegurado de Material, válido até julho de 2015, por terem cumprido os requisitos que garantem a eficiência da gestão da qualidade dos processos de produção, bem como o atendimento às exigências de saúde, segurança e socioambientais.

O referido atestado, desde que respeitadas as suas condições, proporciona a dispensa das inspeções da Cemig como pré-requisito para entrega de material.

Através de uma grande solenidade, os troféus com os respectivos certificados foram entregues ao diretor Comercial do Grupo Intelli, Jones Sérgio Motta, no dia 21 de maio.

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Atuação reconhecida

Cidades Inteligentes

A EDP, empresa do Grupo EDP Energias de Portugal, anunciou o lançamento do Inovcity, projeto pioneiro no Espirito Santo, que tornará os municípios de Domingos Martins e Marechal Floriano as primeiras cidades dotadas de uma rede inteligente de energia (Smart Grid).

A iniciativa é realizada em parceria com o governo do Estado, com a Agência de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (ASPE) e as prefeituras dos municípios, e faz parte da estratégia mundial de investimento em inovação do Grupo EDP, que tem o desenvolvimento de redes inteligentes como uma de suas ações estratégicas.

O projeto, que tem investimento de R$ 5 milhões, prevê a implantação de um conjunto de tecnologias que permitirão uma maior eficiência e qualidade na prestação de serviços ao cliente, como a medição inteligente, iluminação pública eficiente, microgeração com fontes renováveis de energia, mobilidade elétrica e ações de eficiência energética.

“As redes inteligentes ainda se encontram em estágio inicial de desenvolvimento em todo o mundo, e a EDP está à frente deste processo na cidade de Aparecida, em São Paulo, e na Europa, onde já temos uma experiência muito bem-sucedida e reconhecida pela Comunidade Europeia, na cidade portuguesa de Évora”, comenta o diretor vice-presidente de Operações da Distribuição da EDP, Miguel Amaro.

Programa de Transformação

A CPFL Energia anunciou Luiz Eduardo Fróes do Amaral Osorio como vice-presidente de Relações Institucionais, à frente das áreas de Relações Institucionais, Jurídico, Meio Ambiente, Comunicação Empresarial e Sustentabilidade. O presidente do Grupo, Wilson Ferreira Junior, acumulava interinamente a função. Luiz Eduardo Osorio tem larga experiência nas áreas de relações internacionais, assuntos corporativos e sustentabilidade.

Energia eólica

A Alstom assinou um contrato com a CPFL Renováveis para fabricar, montar e comissionar 19 aerogeradores ECO 122 no complexo eólico Pedra Cheirosa, localizado no Ceará.

O contrato foi assinado no âmbito do último leilão A-5 no Brasil, que está relacionado com projetos que devem operar nos próximos cinco anos. As turbinas estarão prontas para operação comercial em dezembro de 2017 e serão produzidas na unidade fabril da empresa em Camaçari (BA). Os parques eólicos vão gerar 50MW, valor que pode levar energia para cerca de 100.000 pessoas.

“O Brasil está aproveitando seu enorme potencial de energia eólica. A parceria com a CPFL Renováveis é uma confirmação de nossa estratégia local, que é a de melhorar o uso das fontes renováveis, o desenvolvimento de projetos sustentáveis e o foco na criação de empregos”, afirma Yves Rannou, vice-presidente sênior da Alstom Wind. potência

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vitrine

produtos e soluções

controlador de demanda O PWR-3200 plus da Full Gauge Controls é um controlador de demanda e fator de potência dotado de 32 saídas totalmente configuráveis, capaz de medir, mostrar ao usuário e armazenar em datalogger diversas grandezas elétricas, contribuindo significativamente para a eficiência energética de empresas e indústrias. O aparelho também pode ser utilizado com o software de gerenciamento à distância Sitrad - empregado em instalações de refrigeração, aquecimento, climatização e aquecimento solar -, que configura e armazena continuamente dados de temperatura, umidade, tempo, pressão e voltagem, totalmente gerenciável através da Internet.

diversidade em extensões A linha de extensões da Tramontina Eletrik está disponível em diferentes tamanhos, configurações e cores, o que permite diversas combinações nas tomadas, de acordo com cada necessidade. As Extensões Múltiplas, por exemplo, estão disponíveis com três e cinco tomadas modelos 2P e 2P+T, na cor cinza, com fios nos comprimentos de 1,5, 3 e 5m e corrente máxima de 10A. A empresa oferece também as extensões de Cabide, Coloridas e para telefonia.

Iluminação com led A linha de painel Super LED da FLC possui produtos de diversos tamanhos, formatos e potências. São indicados para ambientes comerciais ou residenciais, promovendo iluminação intensa e eficiente. Os painéis Super LED quadrado possuem tonalidade branca neutra (4.000K) e branca intensa (6.400K). Na foto, o modelo 16x16cm, que possui design ultrafino e pode substituir as luminárias de lâmpadas fluorescentes comerciais.

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potência

Lâmpadas compactas De dimensões compactas, a linha Loren Prime de lâmpadas fluorescentes da Lorenzetti é indicada para uso em abajures, luminárias, lustres e mini arandelas, além de ambientes residenciais e comerciais. São vinte modelos de lâmpadas fluorescentes nas versões espiral (voltagens de 9, 14, 18 e 23W) e 4U (19W-foto) nas tensões de 127 e 220V. Todos os produtos possuem um ano de garantia. Eles contam com 6.000 horas de durabilidade e proporcionam economia de até 80% de energia em comparação com os modelos incandescentes.

opinião

Portaria nº 51 do Inmetro Fo t

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Importância da certificação das instalações elétricas publicação da Portaria nº 51 atende aos anseios das entidades de classe, fabricantes e sociedade em geral.

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potência

vés do mecanismo de certificação, visando a prevenção de acidentes decorrentes da construção e manutenção de instalações elétricas inadequadas nas edificações.

A Portaria nº 51 prevê duas etapas para a avaliação inicial: • Análise documental, que consiste na verificação da adequação do projeto aos requisitos da Norma ABNT NBR 5410 (instalações elétricas de baixa tensão) e, no que couber, a outras exigências previstas nos requisitos de avaliação de conformidade, documento este anexo a Portaria; • Inspeção visual e realização dos ensaios previstos no documento anexo a Portaria.

(A certificação deverá ser feita por Organismos de Certificação previamente acreditados pelo INMETRO) Apesar de voluntária, a publicação da Portaria nº 51 atende aos anseios das entidades de classe, fabricantes e sociedade em geral, já que, tão importante quanto a certificação dos componentes da instalação,

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e

é a certificação do “conjunto da obra”, ou seja, a comprovação de que a instalação é feita de acordo com o documento que é a base técnica do assunto, a norma ABNT NBR 5410. Dentro deste contexto, a certificação dos componentes da instalação, tais como cabos, interruptores, tomadas e disjuntores, é de grande importância, visto que o desempenho dos produtos individualmente tem papel significativo na inspeção, ensaios e certificação da instalação elétrica como um todo.

Mesmo que a instalação disponha de componentes de qualidade comprovada, um ponto muito importante a ser verificado na etapa da inspeção visual, durante o processo de avaliação inicial, é o modo como estes componentes são aplicados. É nessa hora que será também avaliada a qualidade da mão de obra utilizada na instalação.

Como a Portaria nº 51 não é compulsória, o desafio agora é que haja uma conscientização para a adesão a ela, levando-se em consideração não apenas o custo da certificação, mas o benefício de, nós, como cidadãos, estarmos circulando por edificações com instalações seguras. Isso também vale para nossas casas, apartamentos, locais de circulação pública como shopping centers, cinemas, teatros, entre outros. Cabe mais uma vez à sociedade cobrar do poder público que este processo evolua cada vez mais, visando nossa própria segurança.

Foto: Divulgação

os últimos anos, a certificação de materiais e instalações elétricas no Brasil deu alguns passos importantes, no que diz respeito à melhoria de desempenho e segurança. Essa evolução está relacionada aos problemas nas instalações e nos equipamentos elétricos, que geraram grandes tragédias nos anos 70 e 80, como os incêndios nos edifícios Joelma, Andraus, Grande Avenida e Andorinhas, entre outros.

Com isso, começaram a surgir os programas de avaliação de conformidade, que analisam se produtos, processos e serviços estão aptos através de processos que podem ocorrer de forma voluntária ou compulsória.

Atualmente, a sociedade como um todo, começou a se conscientizar do perigo de instalações elétricas inadequadas e da importância da normalização, certificação e fiscalização de tudo o que envolve uma instalação, mas existe ainda a necessidade de um modelo de regulamentação da certificação no país, assim como uma forma de fiscalização da efetividade desta certificação.

Em Janeiro de 2014, um grande passo foi dado neste sentido com a publicação pelo Inmetro da Portaria nº 51, que institui a certificação de instalações elétricas de baixa tensão, em caráter voluntário, mas que representa um grande marco no assunto.

O objetivo da portaria é estabelecer os critérios para o Programa de Avaliação da Conformidade para instalações elétricas de baixa tensão, com foco na segurança, atra-

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agenda

Julho/Agosto 2014

eventos EnerSolar + Brasil Data/Local: 16 a 18/07 – São Paulo – SP Informações: (11) 5585-4355 / www.enersolarbrasil.com.br

Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (Cobee) e Expoeficiência Data/Local: 21 e 22/07 – São Paulo – SP Informações: www.cobee.com.br

Feira da Metalmecânica, Energia e Automação (MEC Show) Data/Local: 22 a 25/07 – Serra – ES Informações: (27) 3434-0600 / www.mecshow.com.br

Cadeia de Valor do Setor Elétrico Data/Local: 25/07 – São Paulo – SP Informações: (11) 5051-6535 / www.viex-americas.com

Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional & Expo Data/Local: 04 a 07/08 – São Paulo – SP Informações: (11) 4191-7805 / www.expogbcbrasil.org.br

Feira Internacional da Construção (Construsul) Data/Local: 06 a 09/08 – Novo Hamburgo – RS Informações: (51) 3225-0011 / www.feiraconstrusul.com.br

cursos Eletricidade Data/Local: 23 a 25/07 – São Paulo – SP Informações: (11) 2344-1723 / www.abnt.org.br

Aterramento Elétrico e Proteção de Equipamentos Sensíveis (APS) Data/Local: 28 a 30/07 – São Paulo – SP Informações: (11) 5031-1326 / www.barreto.eng.br

Medidas Elétricas na Manutenção Data/Local: 28 a 30/07 – Itajubá – MG Informações: (35) 3629-3500 / www.fupai.com.br

Qualidade da Energia Elétrica – MG Data/Local: 04 a 06/08 – Uberlândia – MG Informações: (34) 3210-9088 / www.tllv.com.br

Qualidade da Energia Elétrica – SP Data/Local: 04 a 07/08 – São Paulo – SP Informações: (11) 3579-8768 / www.engepower.com

Diagnósticos e Ensaios em Transformadores (Prático) Data/Local: 04 a 08/08 – Curitiba – PR Informações: (41) 3361-6276 / www.sistemas.lactec.org.br

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