ILUMEXPO Evento discute a transferência dos ativos de iluminação pública e evolução dos produtos.
JUNHO’2014
MULTÍMETROS Setor avança sob o ponto de vista tecnológico e produtos apresentam novas funções e facilidades.
ANO 10 – Nº 103 • POTÊNCIA
Trabalho
PESADO
Indústria eletroeletrônica instalada no País sofre com as variáveis que formam o Custo Brasil e perde espaço na economia nacional. Queda no nível de competitividade também abre caminho para a entrada de fornecedores estrangeiros, principalmente asiáticos.
CADERNO
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
CADERNO EX Cuidados com áreas classificadas devem começar no desenvolvimento de projetos, que podem reduzir e até eliminar os riscos dos ambientes industriais. Capa Potência Jun’14 (D).indd 1
7/17/14 6:51 PM
NOSSO PORTFÓLIO DE PRODUTOS AUMENTOU NOVOS PRODUTOS E UMA NOVA MARCA.
vendas@generalcablebrasil.com I N D Ú S T R I A O F F SH O R E Ó L E O ,
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www.generalcablebrasil.com
sumário
10
Outras seções 04 › Ponto de vista 06 › ao leitor
• Capa: Sérgio Ruiz • Foto: Dreamstime
10 Matéria de Capa Afetada pela concorrência com empresas de
08 › Holofote
outros países, indústria eletroeletrônica perde
38 › espaço abreme
competitividade e participação na economia
42 › Vitrine
brasileira. Custo Brasil é o maior entrave.
44 › economia 46 › gtd 49 › link direto 50 › agenda
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20 Mercado Segmento de multímetros avança sob o ponto de vista tecnológico e soluções apresentam cada vez mais funções e facilidades.
26 Radar Depois de investir pesado em várias áreas, Wago registra altos índices de crescimento no Brasil. Próximas ações incluem a construção de nova sede.
20 34 26
30 Caderno Ex Áreas classificadas podem ser reduzidas, e até evitadas, com o desenvolvimento de projetos dedicados.
34 Evento Transferência dos ativos de iluminação pública e evolução tecnológica se destacam entre temas discutidos durante a Ilumexpo.
potência
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E X P E D I E N T E
ponto de vista
Uma nova bola está em jogo
Diretores: Habib S. Bridi (in memorian) Elisabeth Lopes Bridi ano
X
•
nº
103
•
junho
Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comunicações Ltda, com circulação nacional, dirigida a indústrias, compradores corporativos, distribuidores, varejistas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia e instaladores que atuam nos segmentos elétrico, eletrônico e de iluminação; geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme - Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos.
A Copa acabou. A expectativa gerada,
fática. Por isso, este é um momento difícil. Tere-
agora, é fato passado. Ser o anfitrião trouxe ao
mos, muito em breve - calcula-se que logo após
Brasil pontos positivos em função, em grande
as eleições -, os reajustes de energia elétrica,
Redação redacaopotencia@grau10.com.br
parte, da hospitalidade do povo brasileiro e dos
combustíveis e transportes públicos que estão
encantos naturais do País, coisas que nenhum
“congelados” pelo Governo Federal a fim de
brasileiro duvidava. Obras ficaram inacabadas,
conter a inflação. A incerteza sobre como e com
Diretora de Redação: Beth Bridi Editor: Marcos Orsolon Repórter: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Colaborou nesta edição: Taís Augusto Jornalista Responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775)
superfaturamentos foram denunciados e a in-
qual velocidade esses reajustes serão liberados
cógnita sobre o futuro de alguns estádios que
agrava o quadro de apreensão do momento.
Conselho Editorial potencia@grau10.com.br Beth Bridi, Francisco Simon, José Luiz Pantaléo, Mauro Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e Roberto Said Payaro.
podem não ter uso que justifique o investimen-
Apesar do cenário adverso, agora é hora
to são apenas alguns dos problemas a serem
de muito trabalho. O famoso jargão “acreditar
resolvidos no pós-festa. Existem outros, justa-
no seu negócio” pode realmente fazer a dife-
mente os mais antigos e profundos. Com o fim
rença. Há muitos exemplos de empresas que
da festa, a realidade parece ainda mais difícil.
permanecem investindo e se preparando para
O crescimento do PIB preocupa; juros altos
um 2015 muito melhor. Esse é o caminho. A
atrapalham a produtividade e competitividade;
Copa do Mundo se foi, muitos dizem que o ano
a infraestrutura continua à espera de soluções.
agora efetivamente começou, então que assim
A indústria brasileira continua em situação de-
seja! Que se enfrente as situações difíceis e se
licada. Cai cada vez mais o Índice de Confiança
planeje o futuro a médio prazo de forma a man-
Administração administracao@grau10.com.br
do Empresário Industrial, levantado pela CNI –
ter a bola em jogo. E que os esforços visem a
Gerente: Edina Silva Assistente: Bruna Franchi e Ana Claudia Canellas
Confederação Nacional da Indústria. Juntando
vitória sobre adversários difíceis, comandados
Impressão
isso ao quadro de corte de vagas constatado
pela inflação, preços, câmbio, sem deixar que
pela indústria paulista, chega-se perto de uma
a eleição presidencial traga mais incertezas do
situação de recessão no setor industrial.
que as já previstas.
Como todos sabem, a economia é muito atrelada ao humor e muito sensível aos ru-
2014
Publicidade publipotencia@grau10.com.br Diretor Comercial: Edvar Lopes Coord. de Atendimento: Cléia Teles Contato Publicitário: Silvana Ricardo e Marcos Ducatti Produção Visual e Gráfica layout@grau10.com.br Chefe de Arte: Sérgio Ruiz Designer Gráfico: Márcio Nami Atendimento ao Leitor leitorpotencia@grau10.com.br Coordenação: Paola Oliva
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mores. Todos os economistas não cansam de afirmar que o ânimo do mercado interfere no desempenho da economia de forma muito en-
Beth Bridi
diretora de redação
potencia@grau10.com.br
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potência
Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e coFiliada ao laboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Potência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios, informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Circulação Abreme são de responsabilidade da Associação. Não e t i ra g e m publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reauditadas servados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da Grau 10 Editora, assinada pela jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa. ISSN 2177-1049
Foto: Daniel Coelho/Rioluz
Pronto para receber o mundo de braços abertos O monumento ao Cristo Redentor, que já conta com um dos melhores sistemas de iluminação do mundo, passou por uma manutenção e recebeu um novo sistema de proteção atmosférica, monitoramento, cabeamento e eficiência energética, em um projeto viabilizado devido à parceria entre as empresas Centelha, Embraarte, Nexans, Osram e Phoenix Contact. A partir desta união, a Centelha modernizou as instalações elétricas; a Embraarte providenciou o sistema de telecontrole e telesupervisão via internet; a Nexans contribuiu com os fios e cabos; a Osram forneceu novos projetores de LED e uma série inédita de cenas de iluminação programadas; e a Phoenix Contact garantiu os equipamentos para proteção elétrica contra descargas atmosféricas. Tudo para o maior símbolo brasileiro brilhar ainda mais.
precisamos da indústria
ao leitor
P
assada a Copa do Mundo de futebol que, aliás, foi um sucesso no Brasil, o País volta a discutir temas relevantes ligados à política e à economia.
Num primeiro momento, as eleições entraram em pauta, com recentes pesquisas indicando que, provavelmente, teremos segundo turno na escolha para presidente da República. De outro lado, a economia também volta a ser discutida. A inflação continua em patamar acima do desejado, o câmbio segue desfavorável para a produção local, as taxas de juros, pelo menos por enquanto, pararam de subir, e, o pior de tudo, mais uma vez teremos um crescimento medíocre no PIB. Mas o que explica esse desaquecimento da economia nacional? Não há um fator específico. Mas vários problemas que levam a economia brasileira a avançar pouco. Problemas que não são novos e que, infelizmente, passaram da hora de serem resolvidos. Em nossa matéria de capa citamos os principais entraves. Nessa reportagem, mostramos como a indústria instalada no País, e em especial a eletroeletrônica, tem perdido espaço na participação do PIB. E não apenas em função da crise internacional ou do avanço de outras áreas, como a de serviços. Mas também, e principalmente, em função de velhos entraves, como a ineficiência logística, a dificuldade de crédito e a alta carga tributária. O fato é que estes aspectos tiram a competitividade da nossa indústria frente a outros países, o que explica a invasão de importados nos últimos anos. Nossa indústria está enfraquecida. E sem um setor produtivo forte, dificilmente o país voltará a crescer em níveis mais elevados. E para reverter o quadro, nossos governantes precisam agir, em todas as esferas. Ano de eleição, é ano para celebrar a democracia. Mas também é o momento de discutir o que queremos para o futuro de nosso País. Mais que isso, é uma oportunidade para pressionar nossos políticos, de todos os partidos, a se posicionarem em relação aos planos e projetos para o Brasil. Os que não têm projeto, ou não se posicionam, não merecem nossa confiança e nosso voto. Boa leitura!
Marcos Orsolon, editor
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Nova gerência
Foto: Divulgação
A Panduit anuncia a contratação de uma nova gerente para a região Sul do País. Maria Elisa Ferreira Kienast assume a gerência de Contas Territorial e cuidará dos distribuidores, integradores, instaladores e usuários finais no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Profissional com 14 anos de experiência na área comercial, dedicada ao atendimento e relacionamento com clientes finais e corporativos do varejo e da distribuição, Maria Elisa reúne 11 anos de trajetória no mercado de informática. No atual cargo, ela tem como meta fomentar a relação com parceiros da base atual da Panduit e ampliar a participação da companhia na região. “Quero reforçar ainda mais a confiança entre os integradores e instaladores, estreitando o relacionamento, e mirar no incremento dos resultados gerais da região”, declara Maria Elisa. O maior desafio, segundo ela, é a especialização na linha de produtos de comunicação de rede.
Programa de capacitação A 1ª turma do Formare Cummins, com 19 formandos, celebrou dia 07 de julho a conclusão do Programa de Capacitação em Assistente de Produção e Serviços da Indústria Mecânica, no Auditório da Universidade de Guarulhos (SP), com a presença de familiares e dos principais diretores da empresa, incluindo Luis Pasquotto, presidente da Cummins América do Sul e vicepresidente da Cummins Inc. Segundo Pasquotto, o projeto Formare Cummins tem tudo a ver com os valores e os princípios da missão da companhia. “As primeiras proposições nasceram a partir de um grande levantamento feito em 2011, que diagnosticou as necessidades da comunidade onde está instalada a Cummins, em Guarulhos. Identificamos algumas plataformas
Cargos modificados A Osram anunciou ao mercado que Sergio Costa e Rafael Biagioni passaram a exercer novas funções na companhia. Ambos trabalharam juntos no Canal P&S (Projetos & Soluções) da empresa, responsável por projetos de iluminação grandiosos, como o da Arena Corinthians, em São Paulo, e do monumento ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Desde junho, Biagioni assumiu a gerência de P&S, enquanto Costa, que ocupava o cargo anteriormente, passa a ser o gerente Nacional do Canal Retail. Voltado aos produtos destinados ao consumidor final, o Canal Retail atravessa um momento de transição no qual as tradicionais lâmpadas incandescentes estão sendo gradativamente banidas do mercado e as novas tecnologias fluorescente, halógena e LED surgem como opções para substituí-las. “Será um grande desafio elaborar estratégias para atender as expectativas do consumidor brasileiro neste momento em que o mercado de iluminação está se renovando, com tecnologias mais eficientes, mas também menos conhecidas do público”, analisa Costa. Já Biagioni espera por novas conquistas na área de Projetos & Soluções. “A Osram atualmente é referência em iluminação de projetos, pela reconhecida qualidade e eficiência dos seus produtos. A nossa meta é seguir à frente da evolução tecnológica para continuar participando de grandes obras”, declara. Fotos: Divulgação
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Foto: Divulgação
notícias do setor
de ensino e o Formare foi escolhido por conter valores similares aos da Cummins”, argumenta. O programa de capacitação de jovens de baixa renda para o mercado de trabalho, iniciado em 6 de agosto do ano passado, foi liderado pela gerência de Responsabilidade Corporativa da Cummins América do Sul com o time do Seis Sigma da empresa e participação de 262 Educadores Voluntários da própria Cummins, que dedicaram mais de 3 mil horas a esse programa. Os alunos, de beca, produzida pelo Pano Pra Manga, outra iniciativa da empresa com mulheres da comunidade que atuam no ofício de corte e costura, formalizaram o encerramento do curso em uma bela cerimônia de formatura.
Mudança na diretoria Com larga experiência no mercado de energia, Daniel Burban foi promovido a diretor de Vendas da Cummins Power Generation para América do Sul, exceto Brasil. Desde 2011, o executivo está atendendo o escritório da companhia, em Buenos Aires, e tem participado de projetos de geração de energia para atender os segmentos comercial, residencial e industrial. “A América do Sul é uma região com diferentes cenários e tem experimentado um crescimento incrível baseado em commodities, como a soja, cobre, ouro, petróleo e gás, entre outros. Isso levou a um fluxo de investimentos maior para promover a renovação de toda a infraestrutura”, diz Burban.
Foto: Divulgação
holofote
A EDP, empresa do Grupo Energias de Portugal, em parceria com a Casa Redonda, abriu inscrições para a edição 2014 do Concurso Cultural Energias do Mundo. Alunos e professores do 3º ao 7º ano das escolas públicas municipais das cidades de Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes (SP) podem se inscrever por meio do site www. energiasdomundo.com.br até o dia 15 de setembro. A iniciativa tem como objetivo estimulá-los a refletir sobre consumo e cidadania ambiental. Depois da realização de encontros de sensibilização e formação de educadores, grupos de dois a três alunos deverão elaborar trabalhos artísticos que poderão explorar técnicas como colagem, pintura, desenho ou qualquer outra linguagem ligada às artes visuais. Os quatro melhores trabalhos serão premiados da seguinte forma: um notebook para o professor, uma bicicleta para cada aluno vencedor e um troféu para a escola, que serão entregues em data a ser oportunamente agendada entre a instituição de ensino e a organização do concurso.
Nova diretora A engenheira eletricista Paula Campos assume a diretoria executiva da Anace (Associação Nacional dos Consumidores de Energia), atuando ao lado do presidente, Carlos Faria, no apoio aos consumidores industriais associados. Com 14 anos de experiência no setor elétrico e de gás natural, além de vasto conhecimento no ramo de regulação e legislação, Paula já trabalhou em empresas e associações do segmento, como Andrade&Canellas, Comgás, Air Liquide e Abrace.
Mobilidade elétrica Foi inaugurado no dia 18 de junho o centro de operações do Programa de Mobilidade Elétrica Inteligente (Mob-i), desenvolvido por Itaipu Binacional em conjunto com o Centro de Excelência da Indústria da Mobilidade (CEiiA, de Portugal), a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e a Aliança Renault-Nissan. O Mob-i foi lançado nacionalmente em março deste ano, com a formalização
da parceria Itaipu-CEiiA, e prevê ações até 2020. A primeira etapa contemplou a implantação de sistemas de controle e monitoramento de veículos elétricos em Foz do Iguaçu, Curitiba e Brasília. Nesta segunda fase, serão desenvolvidos modelos de compartilhamento de veículos e bicicletas elétricas, além da instalação de um laboratório com eletropostos inteligentes, similar a sistemas já implantados em Portugal. Na terceira fase, o Mob-i pretende fomentar a indústria para que transforme essa nova tecnologia em produtos para os mercados do Brasil, Paraguai e de toda a América Latina.
Catálogos de produtos
Foto: Divulgação
Concurso cultural
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Com objetivo de facilitar a consulta e visualização de suas soluções em iluminação, a Avant reformulou seu catálogo on-line de produtos de LED e também está lançando um catálogo específico de sua nova linha de luminárias decorativas. Ambos estão disponíveis no site da empresa na internet (www.avantled.com.br). De fácil visualização, o catálogo de produtos de LED é organizado de acordo com a aplicação, tipo de lâmpada e potência. Cada item traz, além do código comercial, informações como potência, base, temperatura de cor (K) e vida mediana, no caso das lâmpadas, e outras, como tensão, corrente e metragem, relativas aos acessórios. Outras novidades podem ser conferidas nos folders destinados a LEDs e iluminação profissional e pública, também disponíveis no site. O catálogo on-line de luminárias decorativas, novo segmento de atuação da Avant, apresenta cada uma das linhas e suas informações técnicas. Este catálogo é complementado pelo folder da linha luminárias, com as mais recentes novidades exibidas na Expolux. A ferramenta utilizada para o catálogo on-line da Avant permite imprimir, fazer download e visualizar as páginas de modo geral ou tela cheia. “Com os novos catálogos e folders on-line esperamos facilitar a consulta de revendedores, profissionais especificadores e até de consumidores finais, de nossas soluções em iluminação, sem a necessidade do catálogo impresso”, diz Gilberto Grosso, CEO da Avant.
potência
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matéria de capa
competitividade da Indústria Eletroeletrônica
Indústria
PERDE ESPAÇO Diretamente afetada pela concorrência com empresas de outros países, indústria eletroeletrônica perde participação na economia brasileira. E situação pode se agravar ainda mais.
Q
uem acompanha os eventos e coletivas de imprensa da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) tem notado uma grande preocupação dos dirigentes do setor: a perda de espaço da indústria, na comparação com o restante da economia. Ao analisar os dados disponíveis, confirmamos que o setor industrial tem perdido espaço ao longo dos anos, especialmente nas últimas duas décadas. E o pior: a indústria segue perdendo expressividade na economia, a ponto de alguns empresários alertarem que, se nada for feito, o País pode caminhar para a desindustrialização. Fábio Guerra, economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), lembra que a indústria já teve uma participação bem mais expressiva no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. No começo da década de 10
potência
90, essa participação esteve perto de 40%. Mas hoje ela representa cerca de 25%, ou ¼ da economia. “Vemos uma redução mais drástica quando falamos da indústria de transformação, que é a que está mais exposta à concorrência com os competidores de outros países. Isso acontece tanto quando nossos produtos são colocados para competir no exterior e não conseguem atingir o mesmo padrão de competição que eles têm lá fora, quanto quando os produtos dos estrangeiros são importados para competir no mercado doméstico, seja ele um produto americano ou vindo da China”, comenta Guerra. Dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) confirmam a percepção do economista, reforçando a ideia de que a indústria nacional está numa rota perigosa de queda da participação na economia. Em meados dos anos 1980, a indús-
Foto: Dreamstime
Por marcos orsolon
potĂŞncia
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competitividade da Indústria Eletroeletrônica
tria de transformação representava 27% do PIB do País. Essa participação foi se reduzindo continuamente e desceu ao nível de 15,3%, em 2011. O que mais preocupa é que a perda de competitividade da indústria de transformação brasileira tem sido generalizada. Vide o que temos observado no setor eletroeletrônico. Entre 2006 e 2013, o faturamento do setor em relação ao PIB caiu mais de 1%, descendo de 4,4% para 3,2%. Mas como essa participação caiu, se o faturamento do setor tem avançado ano após ano? Humberto Barbato, presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), explica que o aumento do faturamento ocorreu em função também das vendas dos produtos importados. Significa, em outras palavras, que o produto brasileiro está sendo substituído pelo importado. O saldo negativo da balança comercial do setor eletroeletrônico, que era da ordem de US$ 10,4 bilhões em 2006, chegou a US$ 36,2 bilhões em 2013. No período, as importações saltaram de US$ 19,6 bilhões para US$ 43,6 bilhões, um avanço de mais de 120%. Gilberto Grosso, CEO da Avant, comenta que a indústria de iluminação também tem
perdido campo para os importados. “No segmento de iluminação essa desindustrialização vem ocorrendo desde meados da década 2000-2010, com o fechamento das fábricas brasileiras da Philips, Sylvania e GE. Este fenômeno é de toda a América Latina, exceto o México. Essas multinacionais passaram a importar massivamente suas lâmpadas da China a partir de 2000, mas outras marcas brasileiras Valorização do real frente ao dólar tirou já eram importadoras a competitividade de das fábricas chinesas indústrias que sempre desde o início da décaforam fortes, como da de 1990. Essa onda as de GTD. Humberto barbato se deu no mercado da abinee iluminação devido aos baixos custos dos produtos asiáticos, faltando competitividade aos produtos brasileiros”, explica. Fatores como a valorização do câmbio e a própria crise financeira mundial agravaram o problema nos últimos anos. Como o fletida diretamente nos resultados do setor. Brasil figura entre as principais economias “Os desafios são maiores se considerarmos do mundo, muitas companhias têm se inteagravantes como a questão cambial, que ressado no nosso mercado, aumentando a desestabiliza a economia, e a inflação, que concorrência. voltou a ameaçar”. Segundo Pedro Paulo Assumpção dos Gilberto Grosso também fala sobre os Santos, gerente Comercial da SIL, é nítida a efeitos do câmbio: “Para o importador, o queda da atividade econômica no País, reFoto: Ricardo Brito/Grau 10
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Indústria Eletroeletrônica 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 12
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Saldo Comercial (em bilhões de dólares) 4,4% 4,2% 4,1% 3,5% 3,3% 3,3% 3,3% 3,2%
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
-10,46 -14,72 -22,15 -17,91 -28,11 -32,54 -32,51 -36,23
Fonte: Abinee
Faturamento/PIB
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matéria de capa
competitividade da Indústria Eletroeletrônica
câmbio favorável ao real aumenta a competitividade dos produtos vindos da China. Por outro lado, ainda hoje torna-se muito difícil construir uma fábrica de lâmpadas no Brasil, já que esse investimento necessitaria de produção em grande escala para compensar o aporte financeiro. O que existem são algumas marcas brasileiras importando componentes de LED e montando por aqui algumas luminárias ou lâmpadas. O principal componente, que é o diodo, está nas mãos
de uns poucos fabricantes que detêm essa tecnologia, todos no exterior”. Humberto Barbato alerta que a valorização do real frente ao dólar tem tirado a competitividade até mesmo de segmentos que historicamente sempre foram fortes, como a indústria de equipamentos para GTD (geração, transmissão e distribuição de energia), cujas importações subiram de US$ 428,3 bilhões em 2006, para US$ 1,8 bilhão em 2013.
A direção da Abinee considera que esta área, juntamente com a de equipamentos industriais, são as mais expostas à perda de espaço neste momento. “São áreas que têm alto valor agregado nacional e que estão tendo a cadeia de produção literalmente destruída”, lamenta Barbato, que teme que ocorra com estes setores o mesmo que aconteceu com a área de componentes eletrônicos, que no passado teve uma importante presença no País, mas praticamente desapareceu.
Custo Brasil é principal causa do problema Fábio Guerra, da CNI, observa que três grandes fatores explicam a perda de espaço da indústria no País: Custo Brasil, o avanço de outros setores da economia, como a área de serviços, e a nova geografia da produção mundial. E, sem vacilar, ele aponta o Custo Brasil como o mais grave. Porém, e esse é lado ‘positivo’, é o fator que tem mais margem para mudanças positivas. 14
potência
O Custo Brasil é composto por diversas variáveis. A começar pelo sistema tributário complexo, pouco transparente e oneroso, que se reflete em uma carga tributária elevada. Outro aspecto é a burocracia no País em tudo o que diz respeito à gestão, administração pública, onde os agentes privados têm que interagir e se relacionar com a má-
quina pública. “O processo é moroso e isso incorre em custos. Por exemplo, o processo de abertura de uma empresa no Brasil é muito mais demorado que em outros países”, comenta Guerra, citando que a dificuldade de acesso ao crédito também figura entre os problemas. “O crédito em si é caro. E, de certa forma, está associado a uma questão conjuntural, de juros elevados”.
Foto: Divulgação
Foto: Dreamstime
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mão de obra também interfere na competitividade das indústrias. “Tanto, que quando avaliamos os indicadores de produtividade do trabalho, os nossos são mais baixos do que os de países desenvolvidos e também de muitos em desenvolvimento”, alerta o economista da CNI. Guerra chama a atenção ainda para o déficit de infraestrutura no Brasil, tanto de logística, como de telecomunicação e energia. Mas pondera que, nessa parte, há sinais de possíveis infraestrutura avanços. “Nessa pauta até Problemas logísticos, temos uma expectativa mais como as estradas ruins, tiram a competitividade positiva porque, nos últimos da indústria nacional. anos, especialmente em 2013, foi sinalizada uma aceleração nessa agenda, principalmente em razão da lei dos portos. E também a concessão de algumas rodovias, aeroportos e ferrovias. A expectativa é que essa agenda de melhorias da infraestrutura seja um ponto em que vai haver avanço, com consequente redução do Custo Brasil nos próximos anos”, explica. Pelo lado de quem produz, fica evidente o efeito nefasto imposto pelo Custo Brasil. Vide a observação de Roberto Karam Jr, diA legislação trabalhista é outro ponto retor Comercial da KRJ: “Todos estes fatoa ser destacado, porque ela é de baixa fleres conjugados, falta de infraestrutura aeroxibilidade, o que implica em um custo de portuária e de transporte rodoviário, elevatrabalho mais elevado na comparação com da carga tributária, burocracia, excesso de produtores de outros países. Aliás, ainda faencargos trabalhistas e baixa qualidade de lando de trabalho, a baixa qualificação da
mão de obra, são fatores determinantes de nossa baixa competitividade”. Mesmo segmentos que têm apresentado crescimento nos últimos anos, como o de energia eólica, sente os efeitos desses problemas. “Quanto ao Custo Brasil, a ABEEólica tem interagido com os Ministérios de Minas e Energia e dos Transportes, e também com os órgãos associados a eles, com o intuito de propor melhorias no sistema de transporte das cargas do setor eólico. Os custos e atrasos nas entregas destas cargas, devido às más condições das estradas e despreparo dos caminhoneiros em transportá-las é significativo”, afirma Élbia Melo, presidente Executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). Élbia cita ainda que a associação tem atuado também junto ao Ministério da Fazenda com foco em melhoramentos nas condições tributárias e regulatórias em prol do setor eólico brasileiro. “As melhorias nestes dois aspectos (eficiência nos transportes e redução da carga tributária) são fundamentais para a redução do Custo Brasil para o setor”, completa.
Reivindicações não são novas
Fábio Guerra, da CNI, cita que as reivindicações para reduzir o Custo Brasil não são novas. “Esse é um ponto grave, que gera um custo elevado para a nossa indústria, e que compõe a agenda que a CNI defende há mais de 20 anos. A maior parte dessa agenda é de caráter estrutural, ou seja, que demanda cerIndústria de iluminação tem to tempo para ser formulada e registrado aumento colocada em prática. Mas que na entrada de tem alguns pontos que podem produtos chineses ser implantados num período no Brasil. Gilberto grosso mais curto, como as medidas avant para desonerar os investimen-
tos, tornando-os mais fáceis e baratos”, comenta o economista. E ele completa: “Ainda que seja uma agenda que demore para ser completamente implementada, o mais interessante seria a sinalização do governo, seja ele qual for, de que esses pontos serão melhorados, que é uma agenda perene, que não serão medidas apenas pontuais ou com prazo de validade. Devem ser implementadas medidas em definitivo”. O economista concorda que algumas ações pontuais são justificáveis por parte do governo, especialmente em momentos de crise, como eventuais desonerações e potência
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competitividade da Indústria Eletroeletrônica
medidas com prazo mais reduzido para estimular pontualmente o setor produtivo. Ele cita que isso é natural e não ocorre apenas no Brasil. No entanto, o que o empresariado industrial cobra é que a agenda mais geral, estrutural, também seja identificada pelos governantes e que eles estejam de acordo que é preciso avançar nessa agenda. Inclusive para dar mais confiança ao empresário. “Pelo lado do empresário da indústria, uma vez que ele note que o governo também está pactuado com essa agenda e sinalize que ela será trabalhada e implementada com medidas duradouras, a expectativa que hoje é ruim, melhora. Quer dizer, os índices de confiança do empresário e dos consumi-
dores tendem a melhorar. E É nítida a queda isso puxa os investimentos, da atividade que é o ponto chave para econômica no que a gente saia da situação País, refletida diretamente nos de baixa atividade e dificulresultados do dade da indústria”, explica setor. Guerra. Pedro paulo assuMPção A questão fundamental é sil que as medidas têm de estar voltadas para retomar a conFoto: Divulgação fiança do empresário e, consequentemente, para que ele se sinta estimulado a intensificar que melhoram a produtividade, que é funos investimentos. “Porque o investimento redamental para conseguirmos competir com sulta não somente na expansão da produção, os principais players industriais do mundo”, mas também em inovação, qualificação dos completa Guerra. funcionários e da operação, enfim, medidas
Brasil precisa entender novo quadro produtivo mundial vai proporcionar uma melhor qualidade de serviço, e isso também é bom para a própria indústria. Aliás, esse é um ponto importante. Hoje, a interação entre indústria e serviços é muito grande e a indústria depende bastante também do bom desempenho do serviço, seja na parte de TI, logística, etc. Então, se houver um setor de serviços eficiente, que gere bons resultados, isso é positivo para a indústria”, comenta Guerra. Quanto à nova geografia da produção mundial, ela tem muito a ver com a entrada recente de grandes players no setor produtivo, com destaque para os chineses. Ocorre que a entrada expressiva da China como um dos grandes produtores mundiais mudou o cenário. E junto com ela veio um grande número de países asiáticos que complementam a cadeia, por exemplo, fazendo partes de produtos. E isso se configura numa nova realidade que tem sido nomeada de “Cadeia Global de Valor”. “A ideia é que haja maior interação e integração das indústrias colocadas em países diferentes, gargalo Empresários e que elas se complementem. esperam que lei dos E esse é mais um desafio, um portos ajude a solucionar parte dos problemas de aspecto que o Brasil precisa logística do País. estar atento para saber como
avanço dos serviços”, relata Fábio Guerra. A grande questão, de acordo com o economista, é que o ‘timing’ talvez seja mais desfavorável para o Brasil. Porque esse processo ocorreu nos países desenvolvidos quando eles já tinham uma indústria mais madura, competitiva, com mais tecnologia implementada e até um mercado de trabalho mais maduro, com mais qualificação da mão de obra, o que proporcionou para eles uma transição mais suave e favorável. “Isso porque você tem uma qualidade maior no setor de serviços. A mão de obra deles, que já é mais qualificada que a nossa,
Foto: Dreamstime
Não é apenas o Custo Brasil que interfere na competitividade e na queda de participação da indústria no PIB brasileiro. Como citado anteriormente, o encolhimento na economia também se deve ao avanço de outros setores, como a área de serviços, e a nova geografia da produção mundial. No caso do avanço dos serviços, trata-se de um fenômeno inerente a uma nova realidade, e não só no Brasil. “Vemos que esse processo ocorre em diversos outros países, em especial os ricos e desenvolvidos, onde a indústria foi perdendo espaço dentro da composição da economia, em detrimento do
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potência
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Falta de infraestrutura, carga tributária, burocracia, encargos trabalhistas e qualidade de mão de obra são determinantes para a baixa competitividade.
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As mudanças nas condições do vento causam alteração na distribuição de cargas mecânicas sobre o conjunto aerogerador, modificando a acomodação estrutural do sistema. O Sensor de Inclinação Balluff oferece a medição de ângulo absoluta da torre, permitindo o ajuste operacional do sistema e evitando a fadiga do material. Conheça essa e outras soluções do Sensor de Inclinação para o mercado de energia.
se posicionar nessa nova realidade”, ressalta Guerra, acrescentando que a própria evolução na infraestrutura interna é fundamental para essa inserção do País. “Uma vez que a agenda, que é a raiz de toda a mudança na situação da economia, avance, vamos conseguir melhores resultados. Seremos mais competitivos e isso vai facilitar nossa inserção nessas cadeias globais de valor. Um dos pontos que os estudiosos dessa questão apontam como fundamental para que se tenha a oportunidade de entrar e subir dentro dessa cadeia, produzindo itens com maior valor agregado, é ter condições logísticas eficientes. Não basta ganhar em produtividade e tecnologia, se você não consegue colocar este produto de forma rápida e eficiente no mercado”, destaca Guerra.
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competitividade da Indústria Eletroeletrônica
Para estimar o valor de investimento, a ABEEólica utiliza o índice de R$ 4,5 milhões para cada MW instalado”, explica Élbia Melo, acrescentando que, com base nessa metodologia, foram investidos no setor, em 2013, quase R$ 17 bilhões. Entre 2014 e 2018 são projetados aportes de cerca de R$ 32 bilhões. E não são apenas os ventos que explicam o bom desempenho do setor. Nesse caso, a própria atuação do governo tem ajudado, principalmente com a implantação do Sistema Brasileiro de Leilões. “Ao contrário do que ocorre em muitos países, especialmente na Europa, a fonte eólica no Brasil não possui os subsídios do governo. O sistema brasileiro de leilões para a contratação de potência é mundialmente reconhecido por sua eficiência porque prioriza a concorrência entre as empresas para o fornecimento de energia a preços competitivos”, comenta Élbia. Mas a executiva da ABEEólica afirma que é preciso melhorar algumas condições para aumentar a competitividade das empresas. É o caso, por exemplo, da infraestrutura logística e da adequação das empresas estrangeiras às regras de financiamento do FINAME. Pelo lado das indústrias que conseguem crescer, mesmo atuando em mercados que passam por situação mais difícil, a definição de investimentos e planejamento são pontos fundamentais. No caso da Avant, que atua do setor de iluminação, Gilberto Grosso afirma que a empresa vem investindo fortemente em lançamentos para atender às necessidades e exigências do consumidor, principalmente na parte de LED. “Também Melhorar a eficiência nos transportes apostamos na abertura de novos e reduzir a carga canais de vendas e em treinamentributária são medidas tos, além de concentrar esforços fundamentais para no fortalecimento da marca por a redução do Custo meio da participação em feiras Brasil. élbia melo setoriais e ações de marketing”, abeeólica destaca Grosso. A KRJ é outro caso a ser observado. E o segredo é o investimento em inovação. “O principal aspecto para o sucesFoto: Divulgação
Em meio aos problemas registrados e à visível perda de força da indústria nacional como um todo, há setores que têm conseguido se manter em alta nos últimos anos, inclusive com crescimento. E também algumas empresas que atuam em mercados que têm sofrido bastante. Em relação aos setores ligados à indústria eletroeletrônica, a movimentação em torno de áreas como a de energia limpa e petróleo e gás tem gerado oportunidades. E com elas surgem importantes investimentos, que incluem a diversificação do portfólio, ampliação e inauguração de fábricas e instalação de laboratórios e centros de pesquisa e desenvolvimento no Brasil. No meio dessa movimentação, surgem até novas cadeias produtivas, como a da energia eólica, por conta do grande potencial de geração do País. O mercado de energia eólica é um dos mais promissores. Com potencial de geração da ordem de 143 gigawatts, essa fonte segue em processo crescente de inserção na matriz elétrica brasileira e de atração de indústrias de bens de capital. Segundo a ABEEólica, há dez anos o Brasil tinha apenas um fabricante em seu território. Hoje, existem dez empresas instaladas no País. “O movimento da cadeia eólica (indústria) representado pela potência instalada produz grandes investimentos para o País.
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Alguns segmentos conseguem crescer
so da empresa é estarmos voltados para a inovação. Cumprimos a nossa missão como empresa, de oferecer soluções diferenciadas, que reúnam produtos, acessórios, ferramentas dedicadas, forte assistência técnica e treinamento operacional de campo, visando a melhoria dos sistemas de conexões elétricas, nos aspectos técnicos e econômicos”, explica Roberto Karam Jr, destacando que a empresa também tem avançado nas exportações. A proposta da KRJ é desenvolver e lançar ao menos dois produtos ao ano. “E isso fugindo da briga predatória de preços, tendo um efetivo e rigoroso planejamento financeiro e priorizando sempre o reinvestimento para o crescimento da empresa como um todo”, completa Karam. A Sil, por sua vez, procura manter o foco nos usuários de seus produtos e nos parceiros. “O mercado evolui, os consumidores estão cada vez mais exigentes, por isso procuramos ouvir nossos clientes e desenvolver ações comerciais, de marketing e apoio aos revendedores”, destaca Pedro Paulo Assumpção dos Santos. Ele afirma que a SIL visa a melhoria constante de seus processos. “A atualização tecnológica garante a crescente qualidade dos produtos e o crescimento sustentável da empresa. Outro foco de investimentos é o desenvolvimento de ações voltadas aos canais de distribuição, imprescindíveis para o sucesso das vendas. Daí a importância do bom relacionamento com revendedores e a fidelização de clientes”, completa.
Existem explosOes que nao sAo possĂveis de se evitar.
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Multímetros
Um mercado sem tamanho Com enorme variedade disponível, o segmento de multímetros avança sob o ponto de vista tecnológico e apresenta a cada lançamento novas funções e facilidades. Reportagem: taís augusto
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quisas, levantando dados mais precisos onge de demonstrar sua grandeza sobre esse mercado”. e importância, o mercado brasiInstrumento de medida multifuncioleiro de multímetros padece de nal, o multímetro agrega, entre outras, as falta de informação. Sem uma funções de voltímetro e de amperímetro. entidade que congregue os fabricantes, fica Atualmente, existe no mercado uma enorpraticamente impossível dar a dimensão do me variedade deles, de tipo analógico ou que representa a venda e a produção desdigital; de pequenas (bolso) ou grandes ses itens no País. Cada qual fala por si. Não dimensões; de baixa ou elevada precisão; fosse uma conversa aqui, outra acolá, com de reduzido ou elevado preço. É, de fato, considerável dificuldade, chega-se a um núuma infinidade de informação para agremero: US$ 70 milhões. Neste montante, que gar e talvez, por isso, tamanha dificuldade. contempla, em verdade, o universo dos insRené Guiraldo, gerente nacional de trumentos de teste de medição, estão inseVendas da Fluke, reforça a tese ao explicar ridos os multímetros. que o mercado de multímetros no Brasil é Afora as informações sobre o funcionabastante variado, tanto em termos de quamento dos produtos e toda sorte de contelidade, como de funcionalidades, faixa de údo técnico disponível – cuja importância preços, marcas e modelos. Há exemplares é indiscutível –, nada mais se sabe senão disponíveis de dez a trinta mil reais, englofustigado à exaustão. Tamanho do mercabando os simples, vendidos em lojas do do, seja em peças comercializadas, seja em tipo home center, até os mais avançados, faturamento, também não. Mas nem tudo utilizados por laboratórios como padrões está perdido, ao contrário. A boa notícia é de referência para calibração e estabilidade que de um e de outro se ouve a mesma de frequência: “Por conta dos modelos de conversa: “estamos trabalhando em pes20
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mercado
Multímetros
baixo valor, que vão de dez a cinquenta reais, estima-se que este mercado cresça mais que o PIB brasileiro (estimado em 1,2%)”. Como se vê, a faixa de valores e modelos é bastante grande. Os exemplares mais simples contam com funcionalidades básicas de medidas de tensão AC, tensão DC, resistência e alguns modelos com corrente AC e DC. Normalmente não possuem qualquer certificação independente de segurança e podem oferecer algum risco se submetidos a alguns tipos de medidas. Em se tratando de padrões NR-10, não são recomendados para uso, de acordo com o executivo da Fluke. Já os modelos da faixa de valores de cem a dois mil reais são os que provavelmente terão alguma garantia de proteção elétrica, certificação de normas internacionais e indicação para uso em instalações elétricas residenciais, comercias e industriais. São produtos que possuem alguma funcionalidade extra. Como produto tecnológico que o é, o multímetro também tem evoluído nos últimos tempos. Adicionou-se em alguns modelos comunicação wireless, registro de dados no PC e velocidade de leitura. Além disso, são mantidos e, muitas vezes ampliados, os padrões de segurança e elétrica. Thiago Vieira, gerente técnico da Ins-
trutherm, se aprofunda um pouco mais na história do equipamento e conta que, inicialmente, os multímetros eram somente analógicos. E assim se manteve por bom período. Com o advento da tecnologia, o segmento não ficou para trás e acompanhou os avanços inerentes ao seu crescimento e desenvolvimento e chegaram os modelos digitais. Trata-se, indiscutivelmente, de um mercado muito vasto, composto por multímetros simples, que podem ser usados por alunos de elétrica e eletrônica; por exemplares para desenvolvimentos de projetos pequenos, que não necessitam de tanta precisão (exatidão); pelos mais robustos e precisos, destinados a grandes projetos que demandam maior precisão; e pelos top de linha, utilizados como padrões primários em la-
boratórios e desenvolvimentos de projetos com alta precisão. É um segmento que evolui de acordo com as tecnologias e com a concorrência, diz Vieira. O que há de mais novo no mercado são os multímetros com comunicação Wi-Fi para visualização das medidas por meio de celular, Ipad, tablets, entre outros, bem como aplicativos Android e IOS, por exemplo, além de multímetros com classificação IP67 à prova de água e poeira. “Há multímetros que o cliente não necessita trocar a escala para executar a medição, o mesmo possui um sistema que é capaz de identificar qual tipo de grandeza que o usuário está medindo. São mais de vinte opções dentro de um portfólio que ultrapassa 500 itens. Na Instrutherm, os multímetros representam sozinhos cerca de 10% do volume de vendas”, declara Vieira.
Normas versus informalidade
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e produzidos sem a segurança necessária e das. Tudo isso é comprovado pelo fabricante com certificações falsas. A questão é que cocom testes e certificações em laboratórios locar no mercado um aparelho devidamenindependentes. Não basta um multímetro ser projetado de acordo com a norma. Ele deve ser aprovado pelo laboratório com um selo. Inclusive, é importante destacar que em virtude da ampla adoção da norma o volume de vendas tem aumentado. Há uma maior conscientização em relação aos perigos da eletricidade”, ressalta. Entretanto, na outra ponta Por conta dos – como ocorre em outros segmodelos de baixo mentos –, há quem não trabavalor, que vão de dez a cinquenta reais, lhe com seriedade, colocando estima-se que este em risco a vida de usuários de mercado cresça mais multímetro. Não é incomum ver que o PIB brasileiro. equipamentos importados de René Guiraldo fluke baixa qualidade, desenvolvidos Foto: Divulgação
Se há falta de informação geral de mercado, sobra preocupação no quesito segurança. Com a implantação compulsória da Norma Regulamentadora NR-10 há alguns anos nas empresas que fazem algum tipo de trabalho com eletricidade, o mercado mudou bastante com relação ao uso de multímetros. Guiraldo conta que hoje há um grande entendimento da indústria sobre o quanto essa questão é importante, não somente em procedimentos de trabalho, mas no que diz respeito aos equipamentos usados – atualmente projetados, testados e certificados em normas internacionais de segurança elétrica. “Além disso, a NR-10 define que as ferramentas elétricas devem ser compatíveis com a instalação existente e o isolamento elétrico conciliável com as tensões envolvi-
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tos de qualidade duvidosa e baixo custo. Os concorrentes que vendem produtos de qualidade inferior fazem com que o consumidor final generalize o segmento para o mal. “Acredito que seja necessária divulgação mais direcionada ao combate desses produtos. Temos que mostrar ao cliente que ele pode, sim, adquirir multímetros de excelente qualidade a preço competitivo”, destaca.
Um modelo para cada necessidade Tanto Fluke quanto Instrutherm oferecem grande variedade de multímetros no mercado brasileiro, para as mais diversas aplicações. A primeira divide os equipamentos digitais em cinco categorias: uso geral (atendem a mais completa gama de aplicações, desde residenciais e comerciais até a manutenção elétrica industrial); especializado (equipamentos para atender requisitos específicos com grau de
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te certificado, com selo e que siga todos os padrões de segurança é dispendioso. Além de os testes em laboratórios terem alto custo, o fabricante deve possuir uma equipe de engenheiros, projetistas e de testes capacitada para desenvolver tais equipamentos. Para o gerente Técnico da Instrutherm, infelizmente, em qualquer mercado que envolva tecnologia, sempre haverá equipamen-
Temos que mostrar ao cliente que ele pode, sim, adquirir multímetros de excelente qualidade a preço competitivo.
proteção contra entrada de poeira, água, teste de isolamento e geração de sinais 4 a 20mA); Thiago vieira instrutherm avançado (contam com funções avançadas a capacidade de registro); compacto (para o dia a dia, são projetados e certificados em laboratórios independentes) e de bancada (para uso em laboratório, possuem referência de esta-
Multímetros
Cuidados ao escolher e utilizar um multímetro Escolher um multímetro requer não somente verificar as especificações do produto, mas também analisar características, funções e também o processo de fabricação do equipamento, alerta René Guiraldo, da Fluke. Confiança, especialmente em condições de trabalho difíceis é um dos pontos cruciais. Fornecer espaçamento adequado entre os componentes eletrônicos, duplo isolamento e proteção de entrada ajuda a prevenir lesões e danos ao próprio instrumento quando usado de forma inadequada. Não há dúvida de que a segurança em medições elétricas é uma questão importante para eletricistas, engenheiros, funcionários, sindicatos e governo. Para maximizar a segurança para o usuário e a sua equipe, é necessário ter uma boa compreensão das regras e dos padrões que regem o trabalho seguro com eletricidade. Basicamente no Brasil, as normas indiretas que regem o uso de multímetros estão de acordo com a Norma Regulamentadora NR-10. Tal diretriz estabelece os requisitos e condições mínimas para a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de modo a garantir a segurança dos trabalhadores em serviços com eletricidade. Abrange, ainda, todas as fases da transformação de energia elétrica, desde geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades. Em todas essas fases o uso de multímetros é indispensável. Hoje, a indústria respeita essas regras, porém, o mercado de prestação de serviços ainda está absorvendo as mudanças e padronizações que a NR-10 exige. Em função disso, ainda é sensível a custos e a compra de equipamentos que atendam à norma. “Segurança do usuário é uma consideração primária na concepção de multímetros da Fluke. Por isso, projetamos nossos equipamentos seguindo as mais exigentes normas. Além disso, os acessórios (pontas, clips) devem ser projetados da mesma forma e devem suportar medições de corrente e tensão compatíveis com o multímetro e também suportar algum nível de temperatura”. Thiago Vieira, da Instrutherm, dá mais algumas dicas. Para escolher o multímetro correto a ser utilizado, deve-se atentar à classe de fabricação, que se divide em: CAT I – equipamentos eletrônicos ligados à rede elétrica; CAT II – aparelhos e ferramentas portáteis ligados às tomadas da rede elétrica que estão no mínimo a 10m da CAT IV ou 30m de distância da CAT III; CAT III – equipamentos fixos instalados dentro do prédio e protegidos por disjuntores ou fusíveis; e CAT IV – origem da instalação – ponto de conexão com a rede elétrica pública e qualquer condutor de eletricidade ou equipamento ao ar livre. Vieira pondera que a NR-10 prega que sejam usados equipamentos compatíveis com a instalação elétrica existente, “mas não é dela a responsabilidade de determinar quais os requisitos que estes devem preencher para serem adequados”. E ele completa: “Para isso, existem normas internacionais que devem ser respeitadas em relação a cada tipo de equipamento. No caso dos de teste e medição, a norma a ser seguida é a IEC-61010-1 que, em linhas gerais, categoriza o nível de risco em cada ambiente e determina quais as características eletrônicas e mecânicas que o equipamento deve ter para, usado corretamente, ficar imune a esse risco”. 24
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bilidade e instrumento padrão para medidas de tensão, corrente e resistência). Já a Instrutherm oferece multímetros para todas as classes de risco e todo tipo de grandeza, portáteis (equipamentos menores, mais compactos e de melhor transporte) ou de bancadas (maiores e geralmente utilizados em ambientes fixos e mais precisos). Porém, a empresa atua com foco específico: a classe popular de clientes, que utilizam o produto para manutenção, desenvolvimento de pequenos projetos etc. Não por outro motivo, os últimos lançamentos contemplam equipamentos com comunicação USB e botões de fácil acesso à escala. No início deste ano, colocou no mercado o modelo MD-900, com display de cristal líquido, contagem de 40.000, barra gráfica e luz de fundo. Para este segundo semestre está prevista a apresentação do MSMD-100, multímetro com pinça para medir componentes SMD. Os últimos lançamentos da Fluke foram equipamentos com comunicação wireless e sistemas de medidas integrados. Mais novo, o CNX vem ao mercado para integração de medidas elétricas e capacidade de registro de dados, enquanto os próximos passos da empresa terão como direção a integração do sistema de medidas wireless, de modo a ampliar a gama de grandezas de medidas. Foto: Dreamstime
mercado
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Negócios
Depois de uma série de investimentos envolvendo várias
Hora de colher os frutos P
aciência, ousadia e planejamento são fatores que podem fazer a diferença em momentos de economia conturbada, como o que passamos agora no Brasil. E estes também são alguns dos aspectos que explicam o avanço da Wago no mercado nacional, especialmente a partir de 2013. A multinacional alemã, que possui subsidiária no Brasil desde 2005, acelerou os investimentos nos últimos anos e, agora, começa a colher os frutos, traduzidos em forte crescimento. Em 2013, a companhia registrou incremento de 42%. E em 2014, mesmo com a ansiedade gerada no mercado 26
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pela Copa do Mundo e as eleições, o bom desempenho tem se mantido. Até o mês de maio, o crescimento registrado superou a marca de 50%. “Nosso resultado até maio foi excelente. Nossa meta para 2014 é crescer 20% e estamos muito otimistas, até pelo crescimento alcançado até agora. Claro que há uma preocupação com os possíveis impactos das eleições no segundo semestre, mas estamos confiantes”, declara Marcos Salmi, diretor geral da Wago no Brasil. Salmi explica que um dos motivos que explicam o avanço da empresa no País é a abertura de mercado, ou melhor, a conquis-
áreas, Wago registra altos índices de crescimento no País. E as ações não param. Reportagem: marcos orsolon
ta de novos clientes. “Por mais que a situação econômica não esteja tão boa, quando a empresa consegue aumentar seu market share, abrir novos clientes, isso ajuda muito. Pois se o cliente não está comprando tanto quanto no passado, ele passou a comprar da Wago, o que não fazia antes. Por isso crescemos muito”, argumenta. Este aspecto é tão importante para os planos da companhia, que aumentar a base de clientes continua sendo uma das principais metas. “E isso tem sido algo que medimos mensalmente na empresa. Temos uma média de 5% a 10% do faturamento mensal vindo de novos clientes. Isso realmente tem
Fotos: Ricardo Brito/Grau 10
Perfil Empresa é especialista nas áreas de conexões e automação e estuda estabelecer produção no Brasil.
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nos dado uma grande satisfação. Todo mês temos clientes com o primeiro faturamento com a Wago”, comemora Salmi. Um ponto positivo nesse avanço, é que a Wago tem registrado crescimento tanto na parte de conexões, como na de automação. E isso na área industrial e na predial, que tem se destacado. Hoje, em termos de participação no faturamento, a área predial ainda é pequena, respondendo por 10% a
15%. Mas é a área que mais cresce, já que há dois anos ela não chegava a 2% do faturamento. “Nessa área temos crescido tanto na instalação predial com nossos conectores e emendas, quanto com a automação predial, que tem avançado muito no Brasil. Temos acompanhado o mercado e muitas empresas têm buscado a certificação LEED. O número de certificações tem aumentado expressivamente. E as empresas têm entendido que isso é importante pelo lado do marketing e do retorno do investimento”, comenta Salmi.
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Negócios
Marketing tem papel fundamental nológicos, como ocorre com alguns itens de conexão predial. “Este ano, pela primeira vez participamos da Feicon, que é uma feira realmente orientada para este mercado. E depois levamos um grupo de clientes para Hannover (Alemanha), sendo que metade dele era de clientes voltados para a área predial.
Ilustração: Dreamstime
Todo o crescimento registrado pela Wago tem sido suportado por um forte trabalho de marketing, que inclui participação em feiras e eventos, anúncios em revistas especializadas e visitas de clientes a algumas de suas unidades na Alemanha. O objetivo, no caso, é demonstrar o amplo portfólio de produtos da empresa e seus diferenciais tec-
Ações da empresa incluem participação em feira e visita à matriz para estreitar
Temos uma média de 5% a 10% do faturamento mensal vindo de novos clientes. marcos salmi diretor geral
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Foto: Ricardo Brito/Grau 10
relacionamento com clientes.
Porque temos uma tecnologia nova (para o Brasil) e precisamos mostrar ao usuário o custo-benefício da solução. E felizmente, no caso de grandes instaladoras, onde o tempo, a confiabilidade e a segurança são fatores críticos, o pessoal começa a entender e comprar. Quando elas conhecem nossa solução, elas gostam. Por isso, o crescimento dessa linha é muito grande”, destaca Marcos Salmi. Ainda no que tange aos investimentos para os próximos anos, o principal deles, que já foi aprovado, é a construção de uma sede própria. A direção da companhia já tem três opções de terrenos na região de Itupeva (SP), onde a empresa está instalada hoje. O plano é fechar o contrato até agosto para que, até o final de 2015 ou começo de 2016, ocorra a mudança. “Hoje, graças ao crescimento, não temos mais espaço na atual sede. Estamos no limite da capacidade”, afirma Salmi, revelando que, com a unidade nova, há a possibilidade da Wago passar a produzir no Brasil. “Já fizemos este estudo, mas num primeiro momento a ideia é mudar e ampliar a área de montagem de réguas de bornes que já temos aqui. Pelo estudo inicial, não vamos produzir aqui agora. Mas a nova área já tem espaço para isso. O projeto considera uma segunda fase, onde imaginamos que, em cerca de cinco anos, poderemos começar alguma nova linha. Mas isso ainda não foi definido”. Quanto ao mix de produtos para o Brasil, a estratégia da empresa é manter o ritmo de lançamentos. “A Wago, no âmbito global, definiu como estratégia há uns três anos ampliar o portfólio de produtos de automação predial e industrial. E ela tem feito isso. Hoje, já há mais engenheiros de desenvolvimento na área de automação do que na área de conexão. E a empresa vem trabalhando para ampliar essas linhas. Nossa ideia é inovar sempre, trazendo soluções que não existem no mercado hoje. E tem muita coisa no forno. Ano que vem teremos muitas novidades”, completa Salmi.
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf Planejamento
Ação preventiva Projeto bem desenvolvido pode reduzir e até evitar a criação de áreas classificadas. Reportagem: Paulo Martins
caderno ex
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indústria química, petroquímica e do petróleo surgiu no Brasil por volta dos anos 30. Em grande parte dessas empresas, por muitas décadas, o tema ‘atmosferas explosivas’ causou calafrios nos mais diversos escalões. Partia-se do pressuposto de que as áreas classificadas eram intrínsecas a esse tipo de ambiente. O remédio consistia em instalar os então caros equipamentos à prova de explosão. Sequer se cogitava a possibilidade de reduzir ou eliminar essa classificação. Depois de muito tempo, a Norma Regulamentadora 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis abriu um novo horizonte. O documento determina às empresas que lidam com inflamáveis e combustíveis que façam uma análise para identificar a probabilidade de haver ou não riscos. “Área classificada não é intrínseca à indústria química, petroquímica e de petróleo. É provável que ela exista. Sendo assim, também é provável que não exista”, entende Nelson López, presidente da Associação
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Brasileira para Prevenção de Explosões (ABPEx). Ele próprio reconhece que é pretencioso falar em eliminar completamente uma área classificada, mas observa que em muitos casos dá para reduzi-la, o que pode render uma significativa economia: “Uma área com nível de risco menor pode ser tratada com equipamentos infinitamente mais baratos”. Considerando que a possibilidade de minimizar a classificação de áreas é concreta e vantajosa, é natural que o cliente (empresa) queira partir logo para a prática. Entretanto, vale citar aqui uma recomendação feita pelos especialistas do setor: o ideal é que o planejamento das ações a serem tomadas aconteça já na fase de projeto do empreendimento que será objeto do trabalho. Conforme especifica o engenheiro Ivo Rausch, gerente de Projetos da Project-Explo, é importante que o estudo para classificação de uma área seja feito na fase conceitual da planta - ou seja, juntamente
com o projeto mecânico, durante a confecção do layout dos equipamentos e tubulações e até mesmo antes do projeto elétrico. “Esse é um assunto que começa na arquitetura, que é a base de um projeto”, complementa López.
Foto: Dreamstim
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feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
Antecipação Planejamento envolvendo a classificação de área deve ser feito na fase de projeto da planta.
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Construções, Consultoria e Projetos de Engenharia
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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf Planejamento O especialista relata um recente case de sucesso envolvendo uma empresa do setor alimentício que programava a instalação de uma nova unidade. Seu trabalho incluiu a visita a uma planta existente da referida companhia, para identificar quais eram os pontos onde havia atmosferas Área classificada explosivas. não é intrínseca Desde o início, a ideia foi proà indústria por durante o projeto as soluções química, para que a nova unidade não tipetroquímica e vesse a mesma característica da de petróleo. Nelson López outra, ou seja, que apresentasse abpex uma área classificada reduzida.
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
Esse seria o chamado mundo ideal. Na prática, prossegue Rausch, normalmente a classificação de área é solicitada quando a instalação já está pronta. “O custo vai ser muito mais elevado, se fizer esse trabalho depois da planta estar operando”, alerta. Além disso, dependendo do estágio em que se encontra a instalação, pode não ser mais possível fazer tudo aquilo que se conseguiria durante a fase de projeto. Para determinadas providências, pode até ser tarde demais. “Numa instalação pronta existe um limite de onde se pode chegar. Esse limite poderia ser muito maior, se no projeto houvesse uma concepção diferente”, diz Rausch.
Providências simples trazem bons resultados chado, a poeira gerada pela movimentação irá ficar restrita a esse espaço, não se espalhando pelo ambiente. “Já na etapa de projeto foi definida uma concepção diferente para o processo de transferência do produto. No detalhe do equipamento mudou-se a condição de risco que aquela solução primitiva gerava”, reforça o dirigente. Ivo Rausch menciona outra situação, desta vez envolvendo uma área destinada a abrigar reatores que precisam receber líquidos inflamáveis. Ao abrir a tampa do tambor que contém o produto já acontece a liberação de vapores no ambiente. Ao mesmo tempo, tem-se o reator também com a boca de carregamento aberta. Considerando que haja vários reatores no mesmo local, e que o processo descrito precise ser repetido nos demais equipamentos, todo o ambiente acaba configurando uma área É importante que classificada. o estudo para a classificação de Parte da solução para conuma área seja tornar essa condição, explica feito na fase Rausch, consiste em manter o conceitual da tambor com líquido inflamável planta. dentro de uma cabine dotada Ivo Rausch project-explo de sistema de exaustão.
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Foto: Ricardo Brito/Grau 10
São várias as soluções que podem ser adotadas durante a fase de projeto de uma instalação industrial ou armazém para minimizar a classificação de área. É o caso da instalação de sistemas de exaustão e de incineração de vapores. Mas uma simples mudança no processo também pode contribuir, conforme descrevem a seguir os especialistas consultados nesta matéria. Nelson López cita um exemplo em que é necessário transferir um produto sólido de um ponto para outro dentro da empresa. Mesmo que a opção seja a utilização de uma fita transportadora aberta, desde que esse processo ocorra dentro de um túnel fe-
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Para completar, seria recomendável manter a boca de carregamento do reator fechada, o que é possível fazendo a transferência do produto para o equipamento por meio de tubulação. Ou seja, criou-se uma situação onde se tem o processo todo fechado, praticamente sem liberação de vapores para o ambiente. É válido citar também determinados contextos em que a própria construção adequada do local poderia proporcionar a redução da área classificada. Na Alemanha, certa vez, um celeiro explodiu devido ao contato entre o gás metano produzido pelos animais e uma fonte de eletricidade estática. “O metano é mais leve do que o ar. Se o local tivesse teto com abertura para ventilação natural, ele iria se dispersando conforme fosse sendo formado. Não haveria acúmulo de gás”, explica Rausch. O executivo lembra de outro fato parecido, desta vez envolvendo uma fábrica de resinas, onde todo o processo era feito em instalações fechadas. “A classificação do produto que lá existe só ocorreu pelo fato do prédio ser totalmente fechado. Para aquele tipo de substância, que não gerava tanto vapor, somente o fato de ter as paredes vazadas praticamente teria eliminado a classificação do local”.
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Ganhos múltiplos e gastos reduzidos Claro que adotar as providências necessárias para reduzir a classificação de área exige investimentos. Para convencer quem tem dúvida sobre o assunto, os especialistas argumentam que essa é uma maneira de evitar gastos desnecessários e ainda economizar. Afinal, não são poucas as empresas que instalam sistemas de proteção superdimensionados - mais por medo, do que por conhecimento do assunto. Sem contar que o seguro também pode cair, com a redução das áreas classificadas. De acordo com Ivo Rausch, é possível até recuperar o montante do investimento, em prazos bastante interessantes. “Montar um sistema que possa desclassificar uma área vai gerar um retorno muito grande. Fazendo isso diretamente no início da montagem esse custo se pagará rapidamente”, informa. Uma dica para quem está com o caixa comprometido: já existem linhas de crédito específicas para atender a esse tipo de necessidade. Além de reduzir as áreas classificadas, a adoção de soluções criativas nos campos da arquitetura, engenharia ou processos pode gerar economia de matéria-prima para a empresa e até proporcionar benefícios para o planeta. Como exemplo do primeiro caso é possível citar o ocorrido em uma determinada fábrica de embalagens. A ventilação no local onde o produto passava pelo processo de impressão não era ideal, o que ajudou a causar uma explosão. A solução foi instalar trocadores de calor no ambiente. Assim, a tinta passou a ser utilizada em uma temperatura mais baixa, insuficiente para criar uma atmosfera explosiva. Além da maior segurança, de quebra, a providência proporcionou outro
ganho: a economia de tinta, que deixou de evaporar. Para falar sobre os benefícios gerados para a comunidade onde a empresa está inserida, e, porque não dizer, para a natureza como um todo, precisamos imaginar um galpão onde haja tanques com sistema de respiro, como válvula de alívio de pressão. Em vez de permitir a liberação de qualquer substância para o ambiente, basta encaminhá-la via tubulação para um lavador ou incinerador de gases. Além de reduzir as áreas classificadas, o fato de não haver liberações atmosféricas representará um ganho para o meio ambiente. “Aquela liberação de vapor que era feita no ambiente não acontece mais. Os gases são queimados ou lavados em equipamentos adequados”, detalha Ivo Rausch. I N F ORME P U B L I C I TÁ R I O
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Ilumexpo 2014
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Evento
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Transferência dos ativos de iluminação pública e evolução tecnológica se destacam entre temas abordados durante o evento.
Iluminação pública em discussão Reportagem: Marcos Orsolon
A
ssim como ocorreu no ano passado, a terceira edição da Exposição e Fórum de Gestão de Iluminação Pública (Ilumexpo), realizada em São Paulo entre os dias 3 e 5 de junho, foi marcada pela qualidade dos debates em torno do futuro do setor. O evento, que é organizado pela RPM Brasil e tem apoio da Revista Potência, contou com palestrantes de renome no mercado nacional e com algumas apresentações internacionais. Chamou atenção a variedade dos temas abordados no Fórum, com apresentações sobre a evolução tecnológica e gestão dos sistemas de iluminação pública, eficiência energética, Parcerias
Público-Privadas no setor e, claro, a transferência dos ativos de iluminação pública das mãos das concessionárias de energia para as prefeituras. Relembrando, essa transferência é uma exigência da Constituição Federal promulgada em 1988, que estabeleceu que compete aos municípios organizar e prestar os serviços públicos de interesse local, incluindo a iluminação pública. Para atender à Constituição, em 2010 a Aneel publicou a Resolução Normativa nº 414, que, após algumas mudanças, definiu que a conclusão da transferência de ativos deve ocorrer até o dia 31 de dezembro de 2014. No entanto, ficou claro durante o fórum
que ainda há muito trabalho pela frente. Ricardo Vidinich, diretor da KV Consultoria, citou em sua apresentação que, no momento, 2.358 municípios brasileiros, de oito estados, ainda têm as concessionárias cuidando da iluminação pública. Segundo ele, a situação é mais crítica em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. A complexidade da transição explica o número elevado de cidades que ainda não conseguiram se organizar para assumir a iluminação pública. O processo é difícil, visto que a prefeitura tem de assumir uma nova responsabilidade, que envolve aspectos técnicos e um serviço essencial para a população. Sem contar os custos potência
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Evento
Ilumexpo 2014
ca (CIP). Este mecanismo permite a cada município definir sua forma de arrecadação de recursos, junto à população, para cobrir os gastos com a iluminação pública. Enxergamos a ida O problema é que, até o dos ativos para momento, apenas 67% dos os municípios 5.570 municípios brasileicomo uma oportunidade ros implantaram a CIP, que para melhorar. depende de uma Lei MuniRicardo Carvalho cipal para existir. E mesmo Pinto Guedes Governo de São nas cidades que já criaram Paulo a contribuição há problemas. Como relatou Vidinich, um grande entrave envolve os consumidores que o município passa a ter para manter de baixa renda. Isso porque em alguns eso parque de iluminação. tados esse consumidor tem a cobrança da Para cobrir estes custos, em 2002 foi CIP feita na fatura de energia. E, por ser de aprovada uma emenda constitucional que baixa renda, ele recebe um desconto nescriou a Contribuição de Iluminação Públi-
sa fatura. Com isso, há situações em que a taxa de iluminação pública acaba sendo maior do que a própria tarifa cobrada pelo distribuidor. “Quando o consumidor recebe a conta de energia e vê que taxa de iluminação pública é maior que a própria tarifa de energia, ele começa a questionar”, observou Vidinich. Diante dos conflitos envolvidos na transferência dos ativos, Vidinich defendeu ao final de sua apresentação que este processo deveria ser interrompido. Mais que isso, que seja trilhado o caminho inverso, com 100% da iluminação pública nas mãos das concessionárias. “A expectativa disso seria a maior transparência, melhor qualidade de serviço, redução de custos e, principalmente, um menor custo para a sociedade”, argumentou o consultor.
Transferência também traz oportunidades
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o levantamento e a verificação do cadastro dos sistemas de iluminação pública, visandos ativos de iluminação e inventário de ardo a assunção efetiva, pelo município, da borização interna. gestão do sistema de iluminação pública. “Podemos financiar até 100% do proNossa linha é uma alternativa. Os municíjeto e o município ainda retira suas cotas de pios têm outras formas de fazer isso. Sei ICMS e do fundo de participação municipal. que há prefeituras buscando consórcios, Nosso apoio está sempre voltado para que outras discutindo PPPs, mas como somos as cidades possam se desenvolver”, comuma instituição financeira, de crédito, e pletou Themes Neto. como podemos atuar no financiamento O presidente do Fórum Latino-Ameriaos municípios, nosso propósito é oferecer cano de Smart Grid e CEO da ECOee, Cyro uma alternativa para todos que desejam Vicente Boccuzi, trouxe para a discussão o traçar este caminho”, enfatizou. Através da LIP, é possível financiar equipamentos, como os conjuntos luminotécnicos (luminárias, lâmpadas, soquetes, etc.); rede exclusiva de IP (postes, condutores, transformadores e acessórios); a possibilidade de ter um call center para atender os munícipes; todo o processo de gestão com sofPrecisamos olhar twares e equipamentos; a iluminação na parte de atendimento pública têm os veículos de carga, dentro de um contexto maior, EPIs e EPCs. abrangendo Também pode ser fioutros serviços nanciada a capacitação das municipais. equipes técnica e adminisCyro Boccuzzi ECOee trativa; o projeto, que inclui
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Durante sua apresentação, Ricardo Carvalho Pinto Guedes, diretor de Eficiência Energética da Secretaria de Energia do Governo do Estado de São Paulo, se posicionou de forma um pouco diferente em relação à transferência dos ativos. No caso, ele destacou que o momento oferece oportunidades importantes para os municípios. “Do ponto de vista do Estado de São Paulo, analisando os dois lados da moeda, enxergamos a ida dos ativos para os municípios como uma oportunidade para melhorar e até mesmo ter soluções sob medida para cada cidade. Por outro lado, é claro que as distribuidoras têm um ganho de escala, com equipes de manutenção e tudo o mais. Mas insisto em dizer que a transferência é uma oportunidade”, declarou. Já o diretor de Fomento e Crédito da Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve-SP), Júlio Themes Neto, relatou que a agência oferece uma linha de financiamento para os municípios, específica para iluminação pública (LIP), que pode ajudar nesse momento de mudança. “Essa linha visa financiar projetos de implantação, ampliação ou adequação
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em tecnologias e processos essencialmente ultrapassados na maioria das atividades que temos hoje. Essa tecnologia não consegue mais fornecer o serviço com os requisitos que Nossa agência precisamos. Por isso afirmo oferece uma linha que estamos à beira de uma de financiamento grande revolução tecnológique pode ajudar municípios a cuidar ca”, destacou Cyro. da iluminação E ele completou: “O sepública. tor elétrico mundial chegou Júlio themer neto desenvolve-sp a uma encruzilhada onde novas tecnologias vão provocar a mais brutal e a maior transformação da história na forma em que a gente produz, consome e utiliza a energia. E seu tema preferido: Smart Grid. E, no conserá uma transformação de grande impacto, texto das redes inteligentes, ele falou sobre porque ela irá criar novos paradigmas para o desafio de integrar a iluminação com ououtras tecnologias que irão surgir”. tros serviços púbicos. Cyro lembrou que há muito investimenCyro começou a apresentação destacanto sendo feito em todo o mundo para que do que a energia elétrica é a alavanca funas redes inteligentes venham a substituir as damental da sociedade moderna no século redes atuais. Com isso, os sistemas de teleXXI. E que todas as demais tecnologias que comunicações, TI, controle e automação de são fruto do avanço tecnológico nos últimos sistemas elétricos já estão sendo colocados anos estão alicerçadas, fundamentalmente, em escalas diferentes, inclusive no Brasil. E a na energia elétrica. iluminação pública faz parte dessa realidade. No entanto, ele lembrou que a energia “A abordagem que empresas e preelétrica que temos hoje é baseada nas tecfeituras têm tido é segmentária e a gennologias do século passado, essencialmente precisa ampliar este enfoque e olhar a te dos anos 50. “Diria que 90% das redes iluminação pública dentro de um contexto mundiais de eletricidade estão alicerçadas maior, abrangendo outros serviços muni-
cipais. E considerando a urgente implantação de novas tecnologias compatíveis com a sociedade atual”, afirmou Cyro. O especialista lembrou ainda que a eficiência energética, não só na iluminação pública, é uma prioridade mundial, de importância crescente, e é natural a sua integração com a segurança pública. Em outras palavras, a eficiência energética é o grande motor da mudança. “Ela é uma prioridade mundial, de todos os governos sérios, porque viabiliza a produção local, os equipamentos que fazem mais coisas com menos energia, os sistemas de novas tecnologias, como automação, LED, microgeração, baterias, até a iluminação cientifica”, comentou Cyro. E ele acrescentou: “O Smart Grid integra essas infraestruturas de energia e telecomunicações, e as empresas de energia estão avançando nisso. Elas são os vetores tecnológicos das cidades do futuro. A implantação dessas novas tecnologias pelas empresas traz uma oportunidade de compartilhar custos e, além desses serviços de eletricidade e de telecomunicação, trazer à mesma plataforma outros serviços públicos, como a iluminação, a mobilidade (semáforos), a questão da segurança, gestão de resíduos, saúde e outros serviços públicos que possam ser gerenciados de uma forma mais eficiente e em tempo real”.
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Editorial
Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos
Daniel Tatini Diretor Colegiado Abreme - abreme@abreme.com.br
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Análise de crédito e inadimplência
uando falamos em vendas, remetemos nossos esforços em faturamento e metas de crescimento, contudo há um ponto relevante quando buscamos aumentar nosso faturamento e abrir novos mercados: o crédito. A análise de crédito é essencial para avaliar a possibilidade de concessão de crédito ou aumento do crédito já disponibilizado, e tem como premissa minimizar os risco da operação financeira e otimizar a seguridade do recebimento a fim de buscar os resultados esperados. Sabemos que no mercado atual a venda a prazo representa um percentual considerável do faturamento, sendo assim, devemos assegurar que o capital investido retornará aos ativos do credor de forma segura e rentável, caso contrário, a operação poderá ser desvantajosa ou mesmo trazer um prejuízo a ser suportado pelo credor. Neste momento de decisão sobre os créditos, o departamento financeiro é acionado para validar e propor condições para que a venda aconteça de forma segura e que atenda as necessidades de nossos clientes e de nosso setor comercial. Portanto, devemos buscar todas as informações necessárias para que a análise do crédito seja realizada de forma mais ampla e ponderada possível. O setor comercial e o financeiro trabalharão juntos neste processo. O primeiro trará todas as informações e o segundo fará as análises pertinentes. A análise de crédito, apesar de parecer simples, engloba dentro de seu contexto outras análises: a Cadastral; de Idoneidade; Financeira; de Relacionamento; Patrimonial, e de Sensibilidade. Todas elas são realizadas pelo departamen-
to financeiro da empresa, objetivando identificar os riscos e possíveis inadimplências decorrentes de fatores internos e externos que de alguma forma influenciarão na condição de liquidez e garantia de pagamento dos clientes avaliados. A análise Patrimonial e Financeira do cliente é fundamental para a liberação do crédito, porém, alguns pontos também influenciam direto na decisão como, por exemplo, área de atuação; situação macroeconômica do mercado; prospecção de negócios, entre outros. Hoje temos um índice crescente de inadimplência e pedidos de prorrogação de títulos - no mercado de distribuição em geral - decorrente das oscilações em nossa macroeconomia, influenciada diretamente pelos grandes investimentos dos órgãos Federais. O governo aqueceu o mercado com os investimos no setor de infraestrutura, contudo, o retorno ainda é lento, afetado diretamente pelo atraso nas obras e consequentes atrasos nos repasses de pagamentos. Muitos clientes estão com grandes atrasos de repasses do governo, o que faz com eles comecem a ter problemas de fluxo de caixa e, neste momento, também começamos a sofrer com os atrasos e inadimplências. Neste contexto - quando um cliente atrasa seus pagamentos - ressurge a figura do analista de crédito, que efetuará nova análise a ser reportada ao departamento comercial, com a finalidade de fornecer informações sobre o cliente em pauta e sua situação financeira no mercado. Nem sempre um cliente com títulos em atraso é um cliente inadimplente, com risco de suspensão de créditos. Há algumas situações em que, mesmo o cliente com títulos em aberto não terá seu crédito suspenso no mercado, contudo terá um acompanhamento individual por parte do departamento financeiro do credor, o qual
sinalizará um possível risco de perda do crédito. A venda só termina com a quitação do título. O lucro ocorre quando efetivamente o investimento retorna para o ativo do credor. Assim podemos dizer que a análise de crédito e a redução ou inexistência da inadimplência é primordial para que as vendas continuem a acontecer; para que possamos aumentar nosso faturamento e, finalmente, abrir novos mercados com saúde financeira e eficiência de resultados.
Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos FUNDADA EM 07/06/1988
Rua Oscar Bressane, 283 - Jd. da Saúde 04151-040 - São Paulo - SP Telefone: (11) 5077-4140 Fax: (11) 5077-1817 e-mail: abreme@abreme.com.br site: www.abreme.com.br
Membros do Colegiado Francisco Simon Portal Comercial Elétrica Ltda. José Jorge Felismino Parente Bertel Elétrica Comercial Ltda. José Luiz Pantaleo Everest Eletricidade Ltda. Roberto Varoto Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda. Paulo Roberto de Campos Meta Materiais Elétricos Ltda. Marcos Augusto de Angelieri Sutiro Comercial Elétrica PJ Ltda.
Conselho do Colegiado Nemias de Souza Nóia Elétrica Itaipu Ltda. Carlos Soares Peixinho Ladder Automação Industria Ltda. Daniel Tatini Sonepar
Secretária Executiva Nellifer Obradovic
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Prêmio
Abreme
FORNECEDORES A tradicional premiação que mobiliza os revendedores e distribuidores de todo o País chega à sua décima edição. A pesquisa que apontará os premiados será novamente conduzida pela NewSense, empresa com mais de 30 anos no mercado de pesquisa e consultoria. Os trabalhos de campo começam em 28 de julho, sob a coordenação do professor José Paulo G. Hernandez docente da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, diretor da NewSense e responsável técnico pela área de Pesquisa e Consultoria de Marketing.
Revendedor Quando receber o questionário da pesquisa, responda-o, expresse sua opinião e nos ajude a reconhecer os seus melhores parceiros. Sua opinião e participação são de fundamental importância para a justiça e o sucesso do Prêmio Abreme Fornecedores.
Realização
Pesquisa
Apoio de Divulgação
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perfil do associado
Bertel
Diferenciação, qualidade e confiabilidade
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oltada a atender às necessidades de seus clientes, a Bertel Comercial Elétrica é uma empresa especializada na distribuição e comercialização de materiais elétricos das melhores marcas para o segmento industrial, entre eles, condutores elétricos, iluminação, automação industrial, painéis elétricos e aterramento. Entregar produtos de boa qualidade e prestar serviços diferenciados que satisfaçam às necessidades e aos desejos dos clientes é parte integrante da estratégia dessa empresa. Assim, o empreendedorismo, a competência e a visão de futuro vêm 40
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marcando sua trajetória. A Bertel passa por um momento de renovação da sua identidade visual e deseja compartilhar com seus colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros e os demais stakeholders esse momento através do novo site e do novo catálogo institucional. Essa renovação não está somente na identidade visual, a empresa passa por uma reorganização na sua estrutura e avança a passos largos para conquistar novos mercados, oferecendo produtos e serviços em todo o Brasil. A diretoria da empresa elaborou um plano de marketing para os próximos anos,
o qual tem como objetivo conquistar novos mercados, investir em serviços ao cliente, desde os serviços de pré-venda, passando pelos de venda e chegando até o pós-venda. Esse plano inclui também investimentos em tecnologia para controle de processos e relacionamento com os colaboradores, clientes e fornecedores. Num mercado altamente competitivo e pulverizado, o crescimento e a solidificação da empresa são explicados em virtude de seu principal foco, que é atender os clientes entregando produtos e serviços com qualidade e confiabilidade. Para tanto, a Bertel coloca uma equipe de colaborado-
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produtos. Durante a elaboração das propostas, os profissionais estão preparados para orientar o cliente no caso de dúvidas, além de trabalharem para oferecer as melhores opções técnicas estrutura de escolha dos produtos. Além do foco no atendimento aos A empresa oferece também clientes, a empresa serviços de pós-venda que, senconta com grande do realizados por profissionais variedade de muito competentes, incluem produtos para orientação técnica e de uso dos entrega imediata. produtos, entre outras instruções que forem necessárias. No que diz respeito à realização dos res altamente qualificada para atender diserviços de proposta comercial e do serviço reta e indiretamente às necessidades dos de pós-venda, a Bertel conta com o suporte clientes de acordo com uma política de dos seus fornecedores, que oferecem prindiferenciação. cipalmente orientação técnica para a escoLocalizada na cidade de São Bernardo lha mais adequada dos produtos ofertados. do Campo, em São Paulo, a empresa iniProporcionar ambiente harmonioso cialmente direcionou o seu foco de atenentre os diretores, funcionários, clientes, dimento para as indústrias, empresas de fornecedores, concorrentes, fabricantes e instalações elétricas, construtoras, eletridemais stakeholders é parte integrante da cistas e outros clientes da própria região, política de relacionamento dessa compae atualmente seus negócios avançam para nhia, os quais são norteados pelos princíoutras regiões do Estado de São Paulo e pios da ética, da moral, do respeito ao ser outros estados. humano, com transparência e compromeAlém do foco no atendimento aos clientimento nas suas relações, princípios contes, a empresa conta com grande variedasiderados pelos diretores como requisitos de de produtos para entrega imediata para importantes para o desenvolvimento e a atender às mais diversas demandas por prosperidade da organização. produtos elétricos no mercado industrial. Para continuar crescendo e prosperanNo quesito instalações elétricas, a Bertel do no mercado e prestar serviços diferendisponibiliza em seu estoque uma ampla ciados com qualidade, a Bertel é adminisdiversidade de produtos, são mais de 15 trada por três diretores que trabalham de mil itens desde as peças mais simples até forma sincronizada com foco no cliente: equipamentos elétricos complexos e sofisticados, sendo todos de marcas consagradas. Para garantir a rapidez e a pontualidade na entrega de suas mercadorias, dispõe diariamente, no período da manhã, de uma frota própria de veículos para levá-las aos clientes da cidade de São Paulo e do Grande ABC, garantindo, assim, entregas personalizadas feitas por profissionais treinados e motivados para essa missão. As propostas de fornecimento de materiais são elaboradas por uma equipe de profissionais especializados e instruídos pelos fabricantes de cada linha de
diretor-geral, diretor de materiais e logística e diretor comercial. O trabalho deles é apoiado por profissionais responsáveis por diversas atividades na companhia. Valendo-se de instalações modernas e tecnologia também moderna para transmissão de dados e conectividade, a Bertel mantém uma estrutura de colaboradores organizada para atender os clientes atuais e futuros. Dentro do processo de modernização pelo qual a indústria brasileira vem passando nos últimos anos, um requisito fundamental tem ganhado peso especialmente para as empresas de ponta: a confiabilidade dos sistemas e das instalações elétricas, requisito esse atendido pela Bertel. Em um ambiente de produção marcado cada vez mais pela automação e competitividade, escolher o produto ou equipamento adequado às necessidades, de fato, está na ordem do dia. De olho nesse cenário, a empresa tem se posicionado justamente como parceira fiel de seus clientes, combinando a oferta dos melhores produtos e o atendimento feito através de profissionais comprometidos. Esse atendimento diferenciado é garantido por uma equipe de colaboradores especializados em suas atividades, atentos às tendências do mercado, devidamente capacitados para auxiliar os clientes na aquisição dos produtos e buscando sempre a melhor solução em tecnologia e eficiência. Com foco no cliente, a empresa caminha a passos largos para conquistar novos mercados ao aumentar sua base de clientes fidelizados, porque acredita que são eles que contribuem para o crescimento da empresa. Assim, com muita seriedade, compromisso, competência, preços atraentes, qualidade comprovada e melhores marcas é que Bertel Comercial Elétrica tem condições de prestar um atendimento diferenciado, serviço eficiente, pronta entrega e suporte total, buscando excelência em tudo que realiza e a satisfação dos seus clientes. potência
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produtos e soluções
Comando e sinalização A Altronic amplia seu portfólio de produtos com o lançamento da linha de comando e sinalização. Desenvolvida para aplicações industriais, a linha de botões é produzida em material termoplástico, garantindo facilidade na montagem e confiabilidade nas instalações. A empresa também oferece botões de emergência, chaves comutadora (2 e 3 posições), sinaleiro sonoro, bloco de contato e botão de comando duplo.
Refletor ultrafino Uma das novidades da Lâmpadas Golden é o Refletor FIT da linha Ultraled, que está 50% mais fino. O produto é indicado tanto para iluminação interna como externa, pois devido à proteção IP 65 pode ficar exposto ao tempo. Para dar mais recursos de aplicabilidade, está disponível em três potências (10, 30 e 50W) e com temperatura de cor verde, de 6.000K (luz branca fria) e 2.700K (luz branca morna). Graças ao acabamento em pintura eletrostática e ao ângulo de abertura de 135º, o refletor permite uniformidade na distribuição da luz. O vidro temperado garante mais segurança em caso de possíveis quebras.
Novidades para áreas classificadas A Tramontina Eletrik apresenta duas novidades para o mercado de áreas classificadas: as linhas CEEx de caixas de ligação e a PCEx de prensa-cabos. A linha CEEx (foto) está disponível com caixas de ligação fabricadas em liga de alumínio copper-free e aço inox 316 L, e oferece opções de caixas com proteção Ex e (segurança aumentada), Ex tb (poeiras combustíveis) e Ex i (segurança intrínseca) para uso em ambientes com atmosferas explosivas. As peças, indicadas para as zonas 1 e 2 e 21 e 22, possuem entradas de 3/8” a 2” NPT e M16 a M75 e contam com tampa fixada ao corpo com parafusos imperdíveis, conexões terra em aço inox, chapa interior fabricada em polímero e junta de vedação de neoprene que assegura o Grau de Proteção IP65. A linha também tem caixas de ligação fabricadas em poliéster reforçado com fibra de vidro.
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Novos termovisores A Fluke Corporation apresenta os Termovisores Ti90 e Ti95, que oferecem ótima qualidade de imagem, com resolução espacial até 84% melhor, permitindo que os técnicos de HVAC/R, eletricistas e gerentes de fábrica possam conduzir inspeções de infravermelho a uma distância segura sem comprometer a precisão. Os equipamentos contam com tela colorida de LCD de 3,5”, cartão de memória SD de 8 Gb e possuem a tecnologia Fluke IR-Fusion® com Picturein-Picture (somente Ti95) e visualização total em ambos os termovisores, para fácil identificação e relação de problemas.
Luminária externa com LED
Porteiro eletrônico A HDL, marca especialista em soluções de segurança do Grupo Legrand, acaba de lançar o porteiro eletrônico F8-S. Trata-se de uma solução compacta, leve e discreta de interfones para residências, condomínios e espaços comerciais, que possui um novo sistema de instalação, mais seguro, prático e rápido, no qual não há a necessidade de abrir o painel externo para efetuar a ligação, contando também com fonte automática bivolt (127/220Vac – 50/60Hz). O modelo possui painel externo fabricado em plástico ABS e acabamento frontal em alumínio escovado, permite instalação de até quatro pontos internos, sendo um interfone que acompanha o kit, mais três interfones que podem ser adquiridos separadamente, alarme antiviolação na unidade externa e ainda aciona qualquer fechadura da marca de 12 volts.
Com IP67 e possibilidade de instalação em paredes ou postes, a linha LEX de luminárias da Abalux é ideal para ruas de condomínios, estacionamentos, praças e áreas externas de uso comum. Ela é equipada com 2, 3 ou 4 módulos de LED com facho tipo batwing, com potência de 80W e fluxo de 7.200lm por módulo, temperatura de cor de 5.300K e IR70. Nas versões para poste, opções com 1 a 4 pétalas, com ou sem poste de 3 a 6 metros. Driver multitensão 90V~305V incluso, vida útil acima de 50.000 horas e garantia de cinco anos. As peças têm corpo em alumínio com pintura em preto fosco e alimentação de 90 a 305V.
Tomada com bloqueio mecânico A Sob-Brasil oferece ao mercado a linha de tomada com bloqueio mecânico e disjuntor. As peças estão à disposição com opções de disjuntor de 16 e 32A; com 3, 4 e 5 polos até 690V (5h); grau de proteção IP44 e IP66/67; trava com cadeado; com e sem proteção (DIN-rail e janela). Os produtos são indicados para aplicação em áreas internas e externas.
Reatores eletrônicos A Osram traz para o mercado as novas versões da linha de reatores eletrônicos EZ-TRONIC, com alto fator de potência para lâmpadas fluorescentes tubulares T8 e T10, design renovado (caixa branca) e tamanho compacto. Os reatores estão disponíveis nas versões simples e dupla, para uso com lâmpadas T10 20/40W e T8 16/18W e 32/36W. Todos atendem à certificação Inmetro, referente às normas de segurança e desempenho. potência
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economia
finanças e investimentos
Momento de cautela
Uma sondagem da Abinee realizada junto às suas associadas no mês de maio registrou que o clima dos negócios da indústria eletroeletrônica continua em estado de cautela, assim como já havia sido constatado nos meses de março e abril. O levantamento observou aumento nas respostas das empresas que indicaram crescimento das vendas/encomendas, que passaram de 37% para 43%, na comparação com igual mês do ano passado. Ao comparar com o mês imediatamente anterior (abril de 2014), o estudo indicou que permaneceu praticamente o mesmo o percentual de empresas que informaram crescimento.
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Conforme estipulado pela Portaria Interministerial 1007, publicada em 2010, desde o dia 30 de junho de 2014 não são mais permitidas a fabricação e importação de lâmpadas incandescentes de 60W no Brasil. Para quem ainda tem o produto em estoque, as lâmpadas poderão ser comercializadas até 30 de junho de 2015. A decisão do governo federal em retirar este tipo de lâmpada do mercado foi motivada pela necessidade de reduzir o consumo de energia no País. Em média, as fluorescentes gastam quatro vezes menos eletricidade e duram cerca de oito vezes mais do que suas similares incandescentes.
União de forças
A X LED do Brasil e a Orion do Brasil anunciam a fusão das empresas a partir de junho de 2014, e a criação de uma sociedade para atuar no mercado de iluminação. O resultado desta associação é uma empresa de capital brasileiro consolidada na fabricação de componentes para iluminação eficiente, segura e sustentável e na comercialização de produtos com tecnologia LED. A associação nasce a partir de uma visão convergente de futuro, particularmente relacionadas ao meio ambiente e às políticas de sustentabilidade desenvolvidas para órgãos públicos e empresas privadas. O capital humano também representa um dos principais fatores de competitividade na fusão das empresas. A ideia é que o time de colaboradores seja ampliado para cumprir o plano de expansão da produção e da linha de produtos, correspondendo às expectativas da rede de representantes e clientes. “Nosso objetivo é ampliar o quadro de funcionários em breve, com a criação do segundo turno no setor de produção”, afirma Mari Pacheco, diretora geral da Orion do Brasil. Para Davi Teixeira, diretor geral da X LED do Brasil, um dos aspectos mais significativos da fusão diz respeito à capacidade empreendedora das associadas. “Trata-se de duas empresas sadias economicamente e que, a partir deste momento, passam a unir experiência como fabricante e distribuição dos produtos”, declara.
Vagas em queda
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Dados da Abinee apontam que, no mês de maio, as indústrias do setor eletroeletrônico demitiram 540 trabalhadores de seus quadros, reduzindo para 1.720 o número de vagas abertas nos primeiros cinco meses deste ano. As demissões interromperam o processo de contratações que vinha sendo registrado nos quatro meses anteriores. O levantamento da associação também indica que o setor encerrou o mês de maio com um total de 179.580 empregados diretos, montante 1% superior ao número registrado em dezembro de 2013 (177.860).
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Mercado de incandescentes
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geração, transmissão e distribuição
Lixo útil
O lixo recolhido anualmente no País seria suficiente para gerar cerca de 3.300MWh, ou 29GWh/ano. Esse valor corresponde a cerca de 75% da produção prevista de energia pela usina de Belo Monte - cujo valor total esperado é de 4.500MWh. O cálculo foi feito pela Keyassociados, consultoria especializada em negócios sustentáveis. “Essa é uma estimativa conservadora, pois é possível que a quantidade de energia potencial a ser gerada seja maior ainda. Influenciam nesse ponto o tipo de tecnologia utilizada ou uma eventual ampliação no recolhimento e destinação correta dos resíduos”, diz Ricardo Valente, diretor da Keyassociados. Em relação à tecnologia capaz de gerar energia, existem algumas delas, como plasma, pirólise ou incineradores. “No nosso cálculo, considero o uso de tecnologia de incineradores, que são menos eficientes, por gerar menos energia, porém, mais baratos e conhecidos, assim sendo, mais viáveis do ponto de vista econômico e com menos risco tecnológico”, afirma Valente. Iniciativas como essa podem ser encontradas em países como Estados Unidos, Canadá, Japão e Portugal. Somente nos EUA existem 87 usinas gerando aproximadamente 2.500MW.
Complexo eólico A CPFL Energias Renováveis S.A. recebeu da Aneel o reconhecimento de apto a operação comercial dos parques eólicos do Complexo Macacos I. Localizado no município de João Câmara (Rio Grande do Norte), o complexo é formado pelos parques eólicos Pedra Preta, Costa Branca, Juremas e Macacos, que somados totalizam 78,2MW de capacidade. Os despachos de números 1.550, 1.614, 1.895 e 1.896 da Aneel liberam como aptos a operação comercial, a partir de 1º de maio, os parques eólicos Pedra Preta, Costa Branca, Juremas e Macacos. Desta forma, os parques passaram a ter direito ao faturamento da energia conforme previsto nos respectivos contratos de comercialização de energia regulados. O complexo eólico aguarda a conclusão da ICG João Câmara III para sincronização ao Sistema Interligado Nacional e consequente entrada em operação comercial de suas unidades geradoras. A conclusão da ICG João Câmara III está prevista para
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potência
Depois de cinco novos reajustes autorizados pela Aneel, o custo médio da energia elétrica para a indústria brasileira passou de R$ 310,67 por MWh para R$ 313,16. Com o aumento de 0,8%, o País continua ocupando a 11ª posição mais cara no ranking internacional que contempla 28 países. O topo do ranking é ocupado pela Índia, com custo de R$ 596,96 por MWh. Os dados foram divulgados no dia 1º de julho pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). No ranking estadual de custo médio industrial, o estado do Rio Grande do Sul passou da 17ª para a 13ª posição mais cara, com o aumento de 8,48% no custo da energia após os reajustes da RGE, Demei e Eletrocar. O Rio de Janeiro se manteve na 5ª posição, com o aumento de 0,26% após o reajuste da ENF, como também o estado de Minas Gerais, que se manteve na 8ª colocação, após o reajuste de 0,15% da EMG.
Sistema reforçado
A Light inaugurou no dia 11 de julho a Subestação Influência/José Marcondes Brito de Carvalho, no município de Carmo, a cerca de 200 km do Rio de Janeiro. A empresa investiu R$ 17,5 milhões na nova unidade, que beneficiará 9,4 mil unidades consumidoras e áreas industriais nas cidades de Carmo e Sapucaia. A subestação conta com dois transformadores com tensão de 138/25kV e potência total de 36MVA, além de três circuitos de 25kV, sendo construída para atender a demanda de crescimento da região e oferecer maior confiabilidade ao sistema elétrico. Totalmente digitalizada, com operação à distância a partir de supervisão e telecontrole, a Subestação Influência/José Marcondes Brito de Carvalho está em conformidade com as novas tecnologias adotadas mundialmente. A subestação também foi construída com base em conceitos de sustentabilidade e gestão ambiental.
31 de outubro de 2014, conforme informações da concessionária de transmissão responsável por essa implantação.
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agenda
Agosto/Setembro 2014
eventos Construsul – Feira Internacional da Construção Data/Local: 06 a 09/08 – Novo Hamburgo – RS Informações: (51) 3225-0011 / www.feiraconstrusul.com.br
Seminário de Energia & Utilidades 2014 Data/Local: 13 a 15/08 – São Paulo – SP Informações: (11) 5534-4333 / www.abmbrasil.com.br
IX CBPE – Congresso Brasileiro de Planejamento Energético Data/Local: 25 a 27/08 – Florianópolis – SC Informações: www.ixcbpe.com.br
Intersolar South América Data/Local: 26 a 28/08 – São Paulo – SP Informações: (11) 3824-5300 / www.intersolar.net.br
ENIE – Encontro Nacional de Instalações Elétricas Data/Local: 26 a 28/08 – São Paulo – SP Informações: (11) 3824-5300 / www.arandanet.com.br
cursos Qualidade da Energia Elétrica – MG Data/Local: 04 a 06/08 – Uberlândia – MG Informações: (34) 3210-9088 / www.tllv.com.br
Qualidade de Energia Elétrica – SP Data/Local: 04 a 07/08 – São Paulo – SP Informações: (11) 3579-8768 / www.engepower.com
Termografia Infravermelha Data/Local: 11 a 13/08 – Itajubá – MG Informações: (35) 3629-3500 / www.fupai.com.br
Proteção de Geradores Data/Local: 19 a 22/08 – Curitiba – PR Informações: (41) 3361-6099 / www.sistemas.lactec.org.br
Gestão de Energia Data/Local: 21/08 – São Paulo – SP Informações: (11) 2344-1722 / www.abnt.org.br
Energia Solar II – Dimensionamento de Sistemas Termo Solares Data/Local: 01 a 04/09 – Itajubá – MG Informações: (35) 3629-3500 / www.fupai.com.br
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potência
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