GREENBUILDING BRASIL Construções sustentáveis ganham espaço e são debatidas em evento realizado na cidade de São Paulo.
JULHO’2014
CANALETAS E ACESSÓRIOS Fabricantes apostam na flexibilidade e facilidade de instalação dos produtos para conquistar mercado.
ANO 10 – Nº 104 • POTÊNCIA
A N O 10 N º 104
E L É T R I CA , E L E T RÔ N I CA , I L U M I N AÇÃO E E N E R G I A
Energias
renováveis
CADERNO
ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
Graças às hidrelétricas, Brasil possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. E o País tem evoluído ainda mais nessa área, principalmente com os recentes investimentos em energias alternativas, com destaque para a eólica, fotovoltaica e biomassa.
NORMALIZAÇÃO Alinhado à IEC, Brasil conta com uma base normativa moderna para atmosferas explosivas e trabalha forte para mantê-la atualizada.
Capa Potência Jul’14 (D).indd 1
8/19/14 7:18 PM
sumário
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• Capa: Márcio Nami • Foto: Dreamstime
Outras seções 04 › Ponto de vista 06 › ao leitor 08 › Holofote 48 › espaço abreme
10 Matéria de Capa Graças às hidrelétricas e aos recentes investimentos em geração de energia através de fontes renováveis, Brasil se mantém como um dos países com a matriz energética mais limpa do mundo.
52 › Vitrine 56 › economia 58 › gtd 65 › link direto
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66 › agenda
20 Mercado Fabricantes de canaletas e acessórios acreditam que vantagens dos produtos, como flexibilidade e facilidade de instalação, levarão setor a crescer nos próximos anos.
28 DEstaque Greenbuilding Brasil, realizado em São Paulo no mês de agosto, estimula os debates e coloca o tema sustentabilidade no centro das atenções da construção civil.
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34 Caderno Ex
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Depois de desenvolver uma base normativa consistente para atmosferas explosivas, Brasil trabalha forte para manter normas atualizadas e alinhadas com a IEC.
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40 Evento Empresas de material elétrico aproveitam a Construsul para apresentar novos produtos e incrementar os negócios.
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E X P E D I E N T E
ponto de vista
Diretores: Habib S. Bridi (in memorian) Elisabeth Lopes Bridi
A hora do voto As eleições presidenciais chegaram. Pegos de surpresa diante do trágico acidente que vitimou o candidato Eduardo Campos, os eleitores brasileiros estão diante de dois cenários: um com a continuidade do governo atual e outro com a vitória da oposição, independente do candidato. Muito embora a situação econômica seja o maior motivo de apreensão entre os brasileiros, a piora dos indicadores não vem se traduzindo em perda de votos na candidata da situação. Já no comportamento do mercado, qualquer leve indício de queda das intenções de voto nas pesquisas para Dilma Rousseff é festejado e repercute positivamente na Bolsa de Valores e na cotação do real frente ao dólar. Fato inédito. A opinião do mercado é tão contundente que irritou o Governo, causando inclusive demissões dos economistas que avaliaram negativamente o cenário econômico com a vitória petista. Lamentável! O que o mercado mais teme é o intervencionismo do Governo na economia. Mas, por outro lado, a vitória da oposição carregaria consigo um preço a ser pago para que as reformas na política econômica pudessem ser postas em prática. Seja qual for o vencedor da corrida eleitoral, o novo governo precisará entender que mesmo a economia brasileira tendo sido apontada como estrela entre os países emergentes, a realidade mudou e o cenário atual carece de atenção. Era de se esperar que o Governo atual se apoiasse na economia internacional
para justificar os erros e as responsabilidades pelo momento ruim. O crescimento despenca, devendo manter-se na média de 1,8% ao ano no governo Dilma; a inflação ressurge, sempre raspando no teto da meta que é 6,5%, mesmo com o adiamento de medidas e reajustes que com certeza implicariam na alta inflacionária; e o Governo pouco faz para mudar os rumos. É verdade que o mundo deixou de trabalhar a nosso favor, mas este não seria o único motivo para o baixo crescimento econômico nacional. Há fatores domésticos e deixar de enxergá-los preocupa muito mais do que os custos a serem pagos para arrumar a casa. Mesmo que uma parte do eleitorado não esteja considerando esses argumentos, sentirá as consequências de rumos mal traçados. Seja da oposição ou da situação, quem assumir o Planalto pelos próximos quatro anos terá que colocar a casa em ordem, ou poderá ser tarde. Cabe aos eleitores elencarem suas prioridades e desenharem o Brasil que querem para o futuro próximo. Os empresários e os trabalhadores brasileiros precisam que o Brasil cresça e consiga manter estáveis os indicadores capazes de dar segurança a quem investe na produção.
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nº
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julho
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Circula na Enie e Smart Grid 2014
Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comunicações Ltda, com circulação nacional, dirigida a indústrias, compradores corporativos, distribuidores, varejistas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia e instaladores que atuam nos segmentos elétrico, eletrônico e de iluminação; geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme - Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos. Redação redacaopotencia@grau10.com.br Diretora de Redação: Beth Bridi Editor: Marcos Orsolon Repórter: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Colaborou nesta edição: Simone de Oliveira Jornalista Responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775) Conselho Editorial potencia@grau10.com.br Beth Bridi, Francisco Simon, José Luiz Pantaléo, Mauro Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e Roberto Said Payaro. Publicidade publipotencia@grau10.com.br Diretor Comercial: Edvar Lopes Coord. de Atendimento: Cléia Teles Contato Publicitário: Silvana Ricardo e Marcos Ducatti Produção Visual e Gráfica layout@grau10.com.br Chefe de Arte: Sérgio Ruiz Designer Gráfico: Márcio Nami Atendimento ao Leitor leitorpotencia@grau10.com.br Coordenação: Paola Oliva Administração administracao@grau10.com.br Gerente: Edina Silva Assistente: Bruna Franchi e Ana Claudia Canellas Impressão Prol Editora Redação, Administração e Publicidade Sede Própria: Rua Afonso Braz, 579 - 11º andar Vila Nova Conceição - 04511-011 - São Paulo-SP PABX: (55) (11) 3896-7300 Fax redação: (55) (11) 3896-7303 Fax publicidade: (55) (11) 3896-7307 Site: www.grau10.com.br Fechamento Editorial: 15/08/2014 Circulação: 25/08/2014
Beth Bridi
diretora de redação
potencia@grau10.com.br
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Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e coFiliada ao laboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Potência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios, informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Circulação Abreme são de responsabilidade da Associação. Não e t i ra g e m publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reauditadas servados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da Grau 10 Editora, assinada pela jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa. ISSN 2177-1049
oportunidade limpa
Foto:Dreamstime
ao leitor
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Brasil é conhecido como um País de grandes contrastes. Seja na economia, na divisão de renda entre a população ou no âmbito tecnológico,
o fato é que somos um País com dificuldades históricas para atingir um patamar mais coeso de desenvolvimento, com distâncias menores entre o melhor e o pior cenário. No setor de energia a situação não é diferente. Se olharmos para as empresas distribuidoras de energia, por exemplo, veremos que há companhias sólidas e bem estruturadas sob o ponto de vista técnico e financeiro, assim como concessionárias com sérias dificuldades prestando serviços de péssima qualidade. Na parte de geração o fenômeno se repete. Por um lado, o País enfrenta dificuldades para atender à crescente demanda por eletricidade, inclusive com a sombra constante de eventuais apagões e racionamentos em períodos de pouca chuva. Mas de outro, temos avançado de forma consistente na diver-
sificação da matriz energética, com destaque para o avanço da fonte eólica e do despertar, mesmo que ainda lento, da fotovoltaica. Em nossa matéria de capa, assinada por Paulo Martins, fica evidente a vocação brasileira para as chamadas energias limpas. E, o mais importante, há sinais claros de que o País irá estimular o avanço dessas fontes. Os próprios especialistas da área acreditam num futuro promissor para essas matrizes. Mas eles também alertam que o governo precisa tomar algumas medidas para estimular não apenas a geração limpa, mas também a formação de cadeias produtivas novas, que favorecem o desenvolvimento de tecnologia de ponta no País e a criação de empregos. Nesse caso, as eleições podem até ajudar. Entre a grande gama de candidatos, certamente há pessoas que carregam a bandeira da sustentabilidade. E esta é uma causa que não envolve apenas a proteção de nossa fauna, flora e de nossa água, que são necessidades mais evidentes. A busca por uma geração mais limpa também contribui para a saúde ambiental do País, conjugando oportunidades de negócios com defesa do meio ambiente. Boa leitura! Marcos Orsolon, editor
Errata Na edição 103 foi publicada na seção Vitrine uma nota referente à linha de reatores eletrônicos EZ-TRONIC, da Osram. Mas a foto inserida não correspondia ao texto. Esta é a foto correta:
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A GE Transportation e os negócios de Industrial Solutions e Power Conversion acabam de lançar, em parceria com o Senai-MG, um programa de capacitação em Aprendizagem Industrial para jovens da região metropolitana de Belo Horizonte. Juntos, os parceiros irão formar novos talentos para atuar nas plantas industriais da GE em MG. O programa surgiu para suprir a carência de mão de obra especializada em eletromecânica, atualmente uma demanda difícil de ser preenchida nas unidades fabris da companhia. Com base em uma antiga parceria com o Senai para a formação de aprendizes, uma nova grade curricular e um novo modelo de seleção foram criados exclusivamente para as turmas da GE. “O modelo de seleção dos jovens foi reestruturado a fim de atrair estudantes altamente alinhados e comprometidos com os valores da companhia”, explica Armando Martins,
ERSÁ
A Instrutherm completou 30 anos de mercado no mês de agosto e vislumbra uma série de novidades para o mercado. Uma delas é a ampliação do portfólio, que atualmente dispõe de mais de 500 itens. A estimativa de expansão é de aproximadamente 10% entre 2014 e 2015, com novos produtos tanto para o setor de segurança do trabalho quanto para eletroeletrônica, mecânica e laboratório. Além do aperfeiçoamento da tecnologia e design de alguns equipamentos que já são comercializados. A “profissionalização no segmento de segurança do trabalho” é outro projeto da companhia, que está investindo em treinamentos nas empresas, que podem ser realizados em todo o Brasil, através de palestras, workshops e oficinas de atividades in loco com profissionais capacitados para apresentações e debates. Internamente, a Instrutherm também passa por um processo de reestruturação, a fim de melhor atender o cliente. Ampliação de departamentos e equipes, com profissionais rigorosamente selecionados são algumas das melhorias que impactam diretamente seu consumidor.
Selo Verde Ouro A Cofibam recebeu a Certificação do Selo Verde Ouro, reconhecida pela Ecolmeia, entidade que promove a educação ambiental voltada para o setor empresarial. O Selo Verde Ouro é a nota máxima da categoria alcançada, o que demonstra que a empresa está de acordo com as normas e políticas públicas de preservação do meio ambiente. Com o reconhecimento da Ecolmeia, a Cofibam continuará sua missão em buscar a excelência de suas ações socioambientais, juntando-se a várias
outras empresas que hoje também são exemplos positivos na formação de uma rede ambiental sustentável. O auditor da Ecolmeia, Ivo Milani, explica que a certificação preocupa-se em avaliar os aspectos ambiental, social, econômico, cultural, ético e tecnológico da empresa, o que no caso da Cofibam encontramse todos no conceito acima da meta desejada. “A empresa apresenta-se de maneira organizada com preocupação na qualidade, tecnologia e segurança do trabalhador”, declara Milani. Ilustração: Dreamstime
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30 anos de vida
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Foto: Divulgação
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Programa de capacitação
líder do projeto na GE. “Os jovens foram indicados por colaboradores que atuam em posições similares na companhia. Todos foram submetidos a uma prova de conhecimentos gerais e os estudantes com o melhor nível de aproveitamento foram selecionados para a primeira turma”, complementa Armando. Ao todo, foram contratados 27 jovens e as aulas teóricas estão sendo ministradas desde o início de julho. Além das disciplinas específicas sobre mecânica e elétrica, os alunos também contarão com aulas sobre saúde, segurança e meio ambiente, qualidade, processos e manufatura. Essa formação permitirá que eles desenvolvam as competências necessárias para atuarem não somente em sua área de interesse, mas em qualquer divisão de negócio da GE. A partir de setembro o curso incluirá a parte prática das disciplinas nas fábricas da GE durante a manhã, e a tarde os alunos seguirão com as aulas no Senai. O sistema se mantém até o próximo ano, quando os jovens passarão a atuar exclusivamente na GE. A expectativa é que mais de 70% dos alunos selecionados permaneçam na empresa após o término do período de capacitação. “Chegamos a este modelo por concluir que ele atende às necessidades de mercado dos nossos alunos ao mesmo tempo em que contempla as necessidades específicas da GE”, explica Waleska Torres, líder do projeto de capacitação no Senai.
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notícias do setor
Foto: Dreamstime
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A Corfio acaba de lançar seu novo site (www.corfio. com.br), que foi desenvolvido para facilitar o acesso do visitante. Com um layout moderno e maior volume de conteúdo técnico, o site também será uma forma de comunicação com a organização. As principais informações da empresa podem ser acompanhadas através do site, incluindo informações sobre os produtos, dados técnicos, acondicionamentos, utilizações dos produtos, certificados, homologações, agendas de eventos e últimas notícias, tabelas de dimensionamento, representantes, download do catálogo técnico e história da empresa.
A Schneider Electric treinou mais de 50 mil pessoas no mundo por meio de seu programa de capacitação em eletricidade básica com foco em comunidades carentes, o BipBop. O número excedeu a meta, que era de formar 40 mil pessoas até o fim deste ano. Das pessoas formadas até o momento, o Brasil lidera o ranking entre todos os países, com 30% de todos os capacitados, totalizando 15 mil pessoas em 120 escolas conveniadas, em mais de 100 municípios de 24 estados. “Estamos muito satisfeitos com estes excelentes resultados na formação de pessoas na base da pirâmide, e eles nos incentivam a intensificar os nossos esforços. Treinamento é a chave para o sucesso de todas as ações que tomamos por meio do BipBop”, afirma Gilles Vermot Desroches, vice-presidente Sênior de Sustentabilidade da Schneider Electric, que completa: “Isso permite que as comunidades locais obtenham as competências de longo prazo necessárias para manter e vender soluções de acesso de energia. Por meio da difusão desse know-how, a iniciativa empresarial social lançada pela Schneider Electric anos atrás está gerando frutos gradativamente”. A iniciativa global, lançada em 2009, tem como missão ajudar a resolver a questão do acesso à energia por meio da implementação de ações baseadas em três pilares: investimentos sociais (negócios), criação de produtos específicos (inovação) e formação (pessoas). No pilar ‘formação’, o BipBop busca apoiar e desenvolver programas de treinamento em atividades ligadas à gestão de energia (eletricidade, manutenção industrial, entre outros), visando qualificar pessoas que vivem em países de economia emergente, além de melhorar as condições de vida da população de comunidades carentes. Os projetos e ações liderados pelo BipBop são financiados pela Fundação Schneider Electric, como parte de seu compromisso em apoiar a integração profissional da população carente. Cada iniciativa é implementada em parceria com ONGs e autoridades locais.
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Novo Site
Treinamento em eletricidade
Certificação A portaria do Inmetro que estabelece níveis mínimos de desempenho para lâmpadas LED deve ser publicada em breve no Diário Oficial da União. O regulamento será compulsório e terá prazos diferenciados para adequação. Com a certificação e a consequente inserção do selo nas embalagens, os consumidores terão como identificar que estão adquirindo produtos com um mínimo de qualidade.
Prédio automatizado A Wago investiu 8 milhões de euros em um prédio de escritórios ultramoderno, localizado em sua unidade de produção em Minden, na Alemanha. E, mais que a obra em si, a empresa aproveitou a oportunidade para instalar parte de suas próprias soluções em conexão automática e sistemas de automação no local. O prédio oferece mais de 250 modernos e ergonômicos espaços de trabalho, projetados para os departamentos de Desenvolvimento e Vendas de Automação. Durante a elaboração do projeto, prioridades como conforto, otimização da capacidade de comunicação e eficiência energética foram considerados. Os escritórios são iluminados também por luz natural. Quando uma sala é desocupada, a iluminação e a refrigeração são reduzidas. A automação predial inteligente, do próprio portfólio da companhia, faz com que persianas sejam acionadas para sombrear as salas durante períodos de luz solar intensa e, simultaneamente, aumentar a iluminação do ambiente para compensar. Se desejado, os funcionários podem intervir e regular manualmente o sombreamento e a iluminação em seus espaços de trabalho.
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Energia Renovável
Geração limpa e
diversificada Com investimentos constantes na geração de energia através de fontes renováveis, Brasil se mantém como um dos países com a matriz energética mais limpa do mundo. Por Paulo martins
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ono de privilegiados recursos naturais, o Brasil optou, há alguns anos, pela utilização diversificada de fontes de geração para compor sua matriz energética. A crise de suprimento, que de tempos em tempos ameaça o desempenho da economia, comprova que essa foi uma decisão acertada. Claro que a maior parte da eletricidade ainda vem das grandes usinas hidrelétricas, mas, sem a produção obtida por meio das pequenas centrais hidrelétricas, das usinas de biomassa, dos parques eólicos e das plantas solares fotovoltaicas, o País estaria hoje em dificuldades ainda maiores para atender à demanda crescente de energia elétrica. De acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN), publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a participação das fontes renováveis na matriz elétrica bra10
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sileira chegou a 79,3%, em 2013. Em 2011, a média mundial nesse quesito conseguiu alcançar apenas 20,3%. Apesar da expressiva participação das chamadas energias limpas na nossa matriz, esse índice já foi maior. Em 2012, por exemplo, chegou a 84,5%. A queda deveu-se ao menor volume de chuvas, que comprometeu a oferta hídrica. Mesmo com essa ligeira redução, a área de renováveis mantém sua pujança. Tanto que, pela primeira vez, o Brasil atingiu o top 10 do ‘Renewable Energy Country Attractiveness Index’, ranking internacional que analisa o mercado de fontes limpas de energia. O País ocupa justamente o 10º lugar no índice de atratividade de investimento em energia renovável, elaborado pela empresa de consultoria EY (nova marca da Ernst & Young). A lista é encabeçada pelos Estados Unidos, seguidos por China, Alemanha e Japão.
Conforme analisa Mário Lima, diretor-executivo de consultoria em Sustentabilidade da EY, a inclusão do Brasil entre os dez primeiros do ranking deve-se em grande parte ao posicionamento do País em relação ao desenvolvimento da energia solar fotovoltaica e, em particular, à maturidade da fonte eólica. Tudo bem que o aproveitamento solar ainda é incipiente, mas o contexto atual favorece a maior inserção dessa fonte na matriz elétrica. Sabe-se que esse não será um processo fácil. Reconhecidamente o País possui excelente nível de insolação e o custo dos equipamentos vem caindo ao longo do tempo, mas ainda será preciso estabelecer uma base de conteúdo local para que a fonte tenha maior competitividade. A energia eólica, por sua vez, já pos-
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matéria de capa
Energia Renovável
Constituição da matriz elétrica brasileira (2013)
Hidráulica
70,6%
Biomassa
7,6%
Eólica
1,1%
(inclui importação)
(inclui lenha, bagaço de cana, lixívia e outras recuperações)
Participação de renováveis na matriz elétrica Brasil 2013
79,3%
Brasil 2012
84,5%
Mundo 2011
20,3%
A seguir, apresentamos uma situação mais detalhada de três importantes fontes renováveis: eólica, solar fotovoltaica e biomassa. Cada qual com suas características, problemas e potenciais, elas vivem momentos distintos, sempre na expectativa de dias melhores. Fotos: Dreamstime
Foto: Divulgação
de baixo impacto socioambiental durante a instalação e operação. Com base nesses fatos, o diretor da EY acredita que o País tem tudo para não só se manter entre Estamos seguros de os principais países do ranking que o Brasil já ocupa de investimentos em energia uma das principais renovável, mas para melhoposições em rar sua posição. “Nós estamos termos de energias seguros de que o Brasil deve renováveis no mundo. Mário lima ocupar uma das principais poEY sições, em termos de energias renováveis no mundo”, destaca. Quanto ao papel do governo, Lima reconhece a importância da realização de leilões de energia, mas observa que ainda falta estabelecer maior coordenação com outros agentes, como bancos de investimentos e agências de apoio à inovação, para que o País conte com uma política sui conteúdo local estabelecido, o que ajuestruturada voltada ao desenvolvimento dou a reduzir significativamente os custos das fontes renováveis. “Não pode haver e torná-la competitiva até mesmo frente as somente um ou outro agente puxando o usinas hidrelétricas. Entre os profissionais tema. É preciso olhar isso como um todo. do setor, não há dúvida de que essa fonte O setor de renováveis gera muito emprego, irá se consolidar cada vez mais, até porque tecnologia e inovação para o País, então, o Brasil possui parques eólicos fantásticos tem que ser tratado de forma mais estraque ainda estão sendo explorados apenas tégica”, defende. parcialmente. Como se vê, as fontes alternativas poQuanto às hidrelétricas de grande porte, dem se tornar a marca registrada do Brasil. Lima acredita que esses projetos tendem a Demanda por energia sempre haverá. O inteser cada vez mais vistos como inviáveis, dos resse do consumidor consciente por melhopontos de vista sustentável e socioeconômires soluções também é crescente. Mas será co. Assim, a tendência é que cresça a reprepreciso estabelecer as políticas corretas, e sentatividade das renováveis na matriz bradeixar o mercado fazer sua parte. sileira, pois tratam-se de empreendimentos
geração Graças às hidrelétricas Brasil possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo.
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matéria de capa
Energia Renovável
Foto: Dreamstime
Eólica vive grande fase e projeta crescimento substancial
Capacidade instalada de energia eólica (MW)
Junho 2014 Previsão 2023
3.428 22.439
Participação da eólica entre as fontes de geração 2012
1,5%
2016
7,3%
2022
9,5%
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Se a participação da energia eólica na matriz elétrica ainda é discreta, o crescimento dessa fonte impressiona - pelo menos nos últimos anos. Os primeiros registros de capacidade instalada de geração no Brasil datam de 1992 e são risíveis: 0,1MW. Em junho deste ano, essa capacidade chegou a 3.428MW um aumento de 63,8%, na comparação com o mesmo mês de 2013. O Ministério de Minas e Energia trabalha com a perspectiva de que a participação da energia eólica na matriz brasileira continuará apresentando forte crescimento. O órgão informa que já estão outorgados empreendimentos que até 2018 aumentarão a capacidade de geração em 10.000MW. Somente em 2015, mais 5.645MW devem ser adicionados ao Sistema Nacional Integrado (SIN). Com tudo isso, a capacidade instalada de eólica no País deve alcançar 22.439MW em 2023, segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia - PDE 2022. O percentual de participação da eólica na geração, que em dezembro de 2012 foi de 1,5%, deve subir para 7,3% em dezembro de 2016 e para 9,5% em dezembro de 2022, segundo projeção da EPE. Em 2014, os investimentos na cadeia produtiva de energia eólica devem chegar a
R$ 16,8 bilhões. Até 2018, a expectativa é de que sejam aplicados no setor quase R$ 50 bilhões. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), há dez anos, o País tinha apenas uma fábrica nesse segmento. Hoje são dez unidades, que produzem equipamentos como aerogeradores, torres e pás. De acordo com a presidente-executiva da ABEEólica, Elbia Melo, os avanços alcançados por este setor devem-se a alguns fatores. Primeiramente, é preciso falar sobre a excelente qualidade dos ventos brasileiros. “Eles são unidirecionais e constantes, livres de grandes rajadas, características que garantem uma eficiente geração, que se traduz no elevado valor do Fator de Capacidade, em média acima dos 40%”, explica a porta-voz. É preciso destacar também o sistema brasileiro de leilões para a contratação de potência, que é mundialmente reconhecido por sua eficiência, porque prioriza a concorrência entre as empresas para o fornecimento de energia a preços competitivos. Mas existem alguns desafios que ainda precisam ser superados, conforme explica Elbia. As novas regras do Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos) em vigor desde janeiro de 2013 contemplam quatro critérios a serem atendidos para ter a fabri-
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Qualidade dos ventos brasileiros colabora para o avanço da geração eólica no País.
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Elbia melo abeeólica
cação de equipamentos financiada por esse meio. Esses critérios estão relacionados com o aumento da produção de peças e componentes em território brasileiro, em unidades fabris próprias. A medida visa a participação brasileira nos processos e incentiva o aumento do conhecimento industrial do setor. No entanto, pondera Elbia, como a maioria das empresas atuantes no setor são estrangeiras, elas precisam se adequar às referidas regras. A dificuldade para escoar a produção de aerogeradores eólicos e seus componentes para os locais onde os parques são instalados também é citado pela executiva. “A malha rodoviária e marítima nacional não possui o dimensionamento desejável para o setor”, aponta. A associação diz que a melhoria na eficiência dos transportes e a redução da carga tributária são fundamentais para a redução do Custo Brasil para o setor eólico. Outro grande problema é causado pelo atraso na entrega das linhas que seriam responsáveis pela transmissão da energia eólica produzida. De acordo com a ABEEólica, atualmente há 31 parques eólicos aptos a operar que estão sem a devida conexão. “O governo pode contribuir diretamente para a manutenção deste cenário de virtuoso crescimento do setor promovendo leilões para que a fonte eólica participe e também atentando para as políticas fiscais e de financiamento, além das políticas de importação de peças e componentes destinados ao setor”, complementa Elbia. potência
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matéria de capa
Energia Renovável
Foto: Dreamstime
Solar aposta nos leilões para formar cadeia produtiva Segundo estimativas de 2012, a capacidade instalada de geração solar fotovoltaica no Brasil gira entre 30 e 40MWp, sendo a maior parte desse potencial de sistemas não conectados à rede - os chamados sistemas isolados. De qualquer forma, há quem aposte num crescimento dessa fonte semelhante ao ocorrido com a eólica. De fato, os custos dos equipamentos têm caído, trata-se de uma indústria dinâmica e com grande geração de empregos de qualidade. Mas ainda são muitas as pendências a serem resolvidas. Para começo de conversa, convém fazermos uma reflexão sobre os efeitos da Resolução Normativa nº 482 da Aneel, que permite que o consumidor produza sua própria energia. A análise é de Roberto Barbieri, assessor do Grupo Setorial de Sistemas Fotovoltaicos da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica). De acordo com ele, em 2013, primeiro ano da vigência da resolução, não houve o resultado esperado, tanto em relação à chamada geração distribuída quanto em relação à perspectiva de usinas fotovoltaicas.
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“Na geração distribuída, com a redução das tarifas ocorrida em janeiro e com a economia se desaquecendo, foram poucas as instalações realizadas. E nas usinas, um primeiro leilão da fonte fotovoltaica não ocorreu, apesar desta fonte ter sido autorizada a participar dos leilões A-3 e A-5”, explica o porta-voz. E como está a competitividade dessa fonte, em termos de tarifas? De acordo com Barbieri, a redução de água nos reservatórios das hidrelétricas devido à falta de chuva e a necessidade de acionamento das térmicas de reserva provocaram uma explosão no preço da energia de curto prazo. Esse fenômeno tornou viável diversos projetos de eficiência energética e também projetos envolvendo fontes alternativas - em particular a fonte fotovoltaica, que é a que tem o menor prazo de implantação. Complementando, Barbieri diz que em relação à tarifa cobrada do consumidor final - seja ele residencial, comercial ou industrial -, a competitividade ainda não melhorou muito. Mas, em termos de custo de geração
de nova energia a curto prazo, a fotovoltaica já é competitiva, e no médio prazo, em um ou dois anos, será muito mais competitiva também na tarifa final. “Basicamente, na medida em que a tarifa final incorporar os custos das térmicas de reserva”, finaliza o assessor da Abinee. Na opinião de Raphael Pintão, diretor da Neosolar Energia, a tributação é um ponto que merece atenção e ajustes para maior desenvolvimento do setor. Em 2013, a empresa foi responsável pela primeira instalação de energia solar fotovoltaica com compensação de energia do Estado de São Paulo - uma das primeiras do Brasil, aliás. O sistema fica em Ribeirão Preto, tem capacidade de gerar em média mais de 3.000KW/h por mês e abastece nove unidades consumidoras de um mesmo proprietário. De acordo com a Neosolar, a energia gerada é suficiente para a demanda das unidades consumidoras e, mesmo assim, há cobrança de ICMS sobre toda a energia recebida, mesmo havendo a compensação com a energia solar que foi devolvida à rede.
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principais matérias-primas usadas pelo setor. “Como o Brasil precisará gerar cada vez mais energia para suprir sua demanda interna crescente, e a fonte fotovoltaica tem um enorme potencial, as perspectivas são positivas, se trilharmos um caminho baseado em melhoria contínua da competitividade e de desenvolvimento de produtos nacionais”. Mário Lima, diretor da EY, destaca que será preciso trabalhar muito para a formação de novas cadeias produtivas competitivas no Brasil. Algumas condições básicas para isso existem, pelo menos na área fotovoltaica. Afinal, o País possui as maiores reservas do mundo de quartzo, que é a matéria-prima para a produção do silício, que por sua vez é utilizado na confecção de painéis solares. “Temos base para estabelecer uma cadeia local, mas investir nesses atores é uma questão de política industrial. É preciso dar perspectivas para o setor para que ele possa se assegurar e investir”, comenta o especialista. Lima concorda que os
A capacidade instalada dos sistemas fotovoltaicos no Brasil gira entre
30 e 40MWp
leilões deverão servir como uma alavanca inicial para a atividade, mas observa que a fonte irá de fato ‘pegar’ quando conseguir ir além desse vínculo. “A matriz solar vai se propagar efetivamente quando acontecer a expansão da microgeração”, conclui.
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Outro fato que deverá contribuir significativamente para o setor será o primeiro leilão federal específico para energia solar, marcado para outubro deste ano. Para Roberto Barbieri, foi uma grande decisão dos planejadores do setor elétrico incorporar a fonte fotovoltaica através dessa modalidade. “Os leilões estimularão a compra de quantidades significativas de equipamentos, o que viabilizará a instalação dos fabricantes dos diversos componentes da cadeia fotovoltaica, gerando emprego, capacidade produtiva e redução de custos. Isso inicia um ciclo virtuoso para a fonte, tornando-a mais competitiva”, analisa. A propósito, a Abinee informa que a cadeia produtiva de equipamentos voltados a essa fonte está sendo iniciada. O País possui um fabricante de módulos, e alguns fabricantes de inversores, cabos e estruturas, além de empresas de engenharia habilitadas a fazer projetos e instalações. Barbieri reforça que os leilões deverão provocar o surgimento de novos fornecedores de componentes e das
Energia Renovável
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Leilões ajudam a impulsionar o mercado de fontes limpas
Crise no setor sucroenergético ameaça a bioeletricidade niente da cana, por exemplo, contribui com forte geração de eletricidade entre abril e outubro, meses em que chove menos, o que compromete os volumes de água nas usinas hidrelétricas. “É uma contribuição bastante estratégica para a matriz elétrica do Brasil”, sintetiza o executivo. Mesmo com a grande produção de bioeletricidade no Brasil em 2013 - que superou a geração de energia elétrica somada das fontes carvão, nuclear e eólica -, a Unica destaca que a expansão da biomassa ainda permanece sob um cenário de incerteza, em virtude da dificuldade de negociação de novos projetos nos leilões regulados promovidos pelo governo federal. No momento, o setor sucroenergético vive a maior crise de sua história. Segundo a Unica, a perda de comA biomassa da cana contribui petitividade do etanol promoveu com a geração uma reversão no ciclo virtuoso de de eletricidade investimentos e crescimento desentre os meses sa indústria. Desde 2009, 44 usiem que chove nas fecharam as portas e pelo menos. zilmar de souza menos outras dez podem encerÚnica rar as atividades ainda neste ano, por falta de condições financeiras. De acordo com Souza, a falta de uma política setorial clara, estruturante e capaz de estimular o investimento tem comprometido o desempenho da biomassa nos leilões regulados. “No último leilão A-3, realizado em 6 de junho, com o baixo preço Foto: Divulgação/Niels Andreas
Em 2013, a fonte biomassa atingiu uma produção de 39.679GWh de energia elétrica. Desse total, 17.174GWh foram injetados no Sistema Interligado Nacional (SIN). O restante destinou-se ao autoconsumo das unidades industriais produtoras. Zilmar de Souza, gerente de Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), destaca a importância que essa fonte tem para o País, não só pelo volume de energia que é exportado para a rede, mas também pelo período crítico em que essa injeção ocorre. A biomassa prove-
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Mário Lima, diretor-executivo da empresa de consultoria EY, afirma que a existência de normas para os leilões de energias renováveis é um ponto fundamental para a atração de investimentos para o País. “Investidores gostam de regras claras”, destaca. Esse tipo de modalidade normalmente gera bastante expectativa no mercado. Neste ano, em particular, os agentes que atuam no setor de fontes renováveis depositam grande confiança nos dois certames marcados para os meses de setembro e outubro. Para o Leilão A-5/2014, marcado para 12 de setembro, a Empresa de Pesquisa Energética recebeu a inscrição de mais de mil empreendimentos, totalizando 50.906MW. Ao todo são 1.041 projetos, que ainda deveriam passar pelo processo de habilitação. O grande destaque foram as usinas termelétricas a gás natural e as usinas eólicas, correspondendo a mais de 70% da oferta de energia elétrica para entrega em 2019. Segundo a EPE, foram cadastrados 708 empreendimentos eólicos, totalizando 17.373MW, e 36 térmicas a gás natural, com oferta de 20.057MW. Estão inscritas ainda 6 hidrelétricas (oferta de 525MW), 23 Pequenas Centrais Hidrelétricas, 25 térmicas a biomassa (1.657MW) e 10 termelétricas a carvão (capacidade instalada de 4.490MW). Já para o Leilão de Energia de Reserva 2014, previsto para 31 de outubro, a EPE cadastrou 1.034 empreendimentos, com uma oferta total de 26.297MW de capacidade instalada. Predominam os projetos de energia eólica, com 626 empreendimentos (oferta de 15.356MW). Em seguida aparece a energia solar fotovoltaica, com 400 projetos (oferta de 10.790MW), e que pela primeira vez não irá disputar o leilão com outras fontes.
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matéria de capa
Produção de eletricidade por biomassa
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teto e a concorrência direta com eólicas em condições diferentes de competitividade, sem reconhecer os reais benefícios de cada fonte, nenhum projeto de bioeletricidade foi vendido, mesma situação ocorrida no leilão A-3 de 2013”, reclama. Segundo o executivo, as chances de melhora para 2014 dependem do governo reconhecer um preço adequado para a biomassa no leilão A-5, que acontecerá em setembro, já que a geração por meio do bagaço está proibida de participar do leilão de reserva que ocorrerá em outubro. Vale lembrar que no auge da expansão do setor sucroenergético, em 2008, foram vendidos 32 novos projetos de geração de bioeletricidade. A crise internacional que estourou na sequência atingiu em cheio essa área, que naquele momento estava alavancando investimentos. Resultado: em 2009, apenas um projeto foi comercializado. “De lá para cá a gente tem patinado, até chegar ao fundo do poço em 2012, quando não saiu nenhum projeto no ambiente regulado”, relata o especialista da Unica. Souza reconhece que no ano passado
(GWh)
Brasil 2012
34.662
Brasil 2013
39.679
Aumento de
14,5%
houve um pequeno avanço nos leilões por conta da criação de um produto chamado térmico, colocando biomassa, gás e carvão em separado da eólica. Isso possibilitou uma melhora do preço e a venda de 11 projetos. O gerente da Unica explica que esses 11 projetos envolvem aumento de moagem por trás, ou seja, são iniciativas que carregam um resquício da expansão dos canaviais ocorrida há alguns anos. Isso significa que a bioeletricidade ainda é dependente de uma política concatenada com a expansão dos
A bioeletricidade ainda é dependente de uma política concatenada com a expansão dos canaviais e a retomada da competitividade do etanol.
canaviais e a retomada da competitividade do etanol. “Se não tivermos uma política clara de expansão para o etanol e para o setor sucroenergético como um todo, ainda teremos dificuldade de inserção no ambiente regulado”, reafirma Souza. Mas existe outra opção para o setor. Como o momento é de parada na expansão da moagem nos canaviais, resta ainda tentar fazer o retrofit das usinas existentes. Mesmo sem a expansão dos canavais, existem por volta de 200 usinas que poderiam passar por reforma. Dessa forma, com a mesma quantidade de biomassa, seria possível passar a exportar mais energia para o sistema. A ideia do retrofit, neste caso, é tornar as usinas mais eficientes, trocando equipamentos como caldeira e turbogeradores. “Normalmente as usinas mais antigas têm caldeiras de baixa pressão, que podem ser reformadas ou trocadas por outras de alta pressão. Assim, com o mesmo bagaço, dá para produzir energia para autoconsumo e ainda exportar para a rede”, confirma Souza. O lado complicado dessa história é que o setor ainda assim precisaria de preços mais remuneradores. “O preço do último Leilão A-5 foi de R$ 144 por MW/h, o que não viabiliza o processo de retrofit das usinas existentes. Em 2008 já chegamos a ter algo superior a R$ 220, calculado em valores presentes”, compara Souza.
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instalador aspectos como praticidade, beleza, segurança e eficiência”, comenta Ivan Lúcio da Silva, chefe de Produto Módena Claris Toc Tec ArO mercado de bus da Schneider Electric. canaletas e O executivo estima acessórios no Brasil que hoje, no Brasil, este está em constante crescimento devido mercado movimente cerao aumento da ca de R$ 400 milhões por necessidade de ano. E com tendência de flexibilização das mais crescimento. Quaninstalações elétricas. to à concorrência, ela é Ivan Lúcio da Silva Schneider Electric bastante acirrada, com a presença de dezenas de fabricantes e importadores que oferecem os mais diversos tipos e modelos de canaletas. No que tange à aplicação, as vendas de canaletas têm sido puxadas pelos setores residencial e comercial, tanto em obras novas, Desenvolvidas em materiais termoplásquanto nos chamados retrofits, ou reformas. E ticos (como o PVC) ou metálicos (como o isso graças às suas características e vantagens. alumínio e chapas galvanizadas), as canaleEm escritórios, por exemplo, seu uso facilita e tas têm como aplicações mais comuns a disdá agilidade a eventuais mudanças de layouts, tribuição e organização de cabos elétricos, sem a necessidade de quebrar paredes, sancas de dados e de telefonia. E, nos últimos anos, ou lajes. Ou seja, a solução ajusta-se à instaseu uso tem avançado de forma consistente. lação sem a necessidade de grandes obras. “O mercado de canaletas e acessórios no Como destaca Antonio Cimadon, diretor Brasil está em constante crescimento devido da Parcus Design, cada vez mais é um grande ao aumento da necessidade de flexibilização gargalo na construção civil embutir os eledas instalações elétricas, e à rapidez com que trodutos. E isso explica o uso das canaletas as modificações nestas instalações têm que tanto em obras novas, quanto nas reformas. ser executadas. Com isto, os fabricantes in“Diria que a aplicação hoje é meio a vestem cada vez mais no desenvolvimento de meio. A canaleta participa dos dois mercados. produtos, buscando levar ao consumidor e ao
Hoje, é quase inadmissível pegar um prédio de escritórios, ou a instalação corporativa de uma indústria, e o cliente embutir a fiação, principalmente em função da parte de dados. Isso porque, muitas vezes, você tem de passar 100 cabos de rede. Projetos com 100, 200 cabos é o nosso cotidiano. E como colocar um eletroduto de 100mm em uma parede de 150mm? Há casos em que não dá, a parede corre o risco de cair, pois não tem estrutura para suportar”, explica Cimadon. Obviamente, essa situação é mais comum em escritórios e ambientes comerciais. “Na área residencial também há apelo para uso das canaletas, mas nesse caso a aplicação cai mais para uma questão de reforma e de não haver a necessidade de passar uma grande quantidade de cabos”, pondera o diretor da Parcus. Cimadon também chama a atenção para a questão cultural que envolve a utilização de canaletas em ambientes residenciais. “O consumidor comum não faz uma casa e coloca canaleta. É uma questão cultural. Então, é preciso construir essa cultura. Talvez o fornecimento de canaletas para os prédios novos comece a criar uma cultura para que, em 5 ou 10 anos, a pessoa já esteja habituada a ter em sua casa este tipo de solução. E a partir do momento em que ela perceber que qualquer manutenção ou alteração de layout pode ser resolvida com a canaleta, a situação tende a melhorar nesse setor”, observa Cimadon.
Há espaço para mais crescimento Muitos fabricantes entendem que a disseminação de informações sobre as vantagens que as canaletas podem oferecer tende a abrir espaço para mais crescimento no setor. “Ainda há pouco conhecimento das soluções possíveis que a instalação aparente é capaz de proporcionar. E isso com eficiência, beleza e praticidade. Por isso esperamos um crescimento constante deste mercado, já que cada vez mais há a necessidade de se flexibilizar as instalações elétricas. Devido às constantes mudanças no dia a dia das pessoas e empresas, a instalação aparente tornou-se uma solução prática, rápida
e eficiente”, afirma Ivan Lúcio da Silva, da Schneider Electric. E Silva completa: “Cada vez que pessoas e empresas necessitam ampliar ou alterar suas instalações, este mercado é movimentado. E esta necessidade aumenta com o crescimento Características Praticidade e facilidade na instalação estimulam o uso das canaletas.
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da economia e das atividades do comércio, muito vinculado ao crescimento do País”. Alexandre Freitas, gestor da Unidade de Negócios Integradores do Grupo Legrand, também chama a atenção para o potencial do mercado de reformas em absorver canaletas e acessórios, especialmente de edifícios comerciais. “Este setor (de canaletas) deve se comportar de acordo com o mercado de reformas de edifícios comerciais. Outra variável importante é a das novas instalações de trabalho, que exigem, cada vez mais, rápidas mudanças e adequações. Por isso, a perspectiva é de crescimento, pois o mercado da construção civil cresceu bastante nos últimos anos, muitos imóveis foram entregues e agora começa a fase de modernização, instalação e retrofit dos mais antigos”, comenta Freitas. Antonio Cimadon destaca que o mercado ainda tem muito espaço para crescer, e, no caso da Parcus, a estratégia de avanço
ta; em tomar a fatia de outros concorrentes; e no próprio crescimento da construção civil no Brasil”. No caso de novas aplicações, o diretor observa que é Alexandre Freitas fundamental trabalhar na queGrupo LEgrand bra de paradigmas, mostrando que a troca de uma instalação embutida para uma aparente pode trazer vantagens relevantes. O avanço de outras tecnologias no mercado, como a dos sistemas wireless, não chega a assustar, embora sejam observadas de perto. “Quando entramos nesse mercado, há 12 anos, muita gente falava que o wireless iria acabar com as canaletas. No entanto, estamos lançando agora uma canaleta de 120x60mm para acomodar mais cabos, pois ocorre em três frentes. “Nosso crescimento a demanda por cabos é cada vez maior”, está baseado no aumento do mercado no comenta Cimadon. sentido de ampliar a utilização da canaleMercado de reformas tem grande potencial para absorver canaletas e acessórios.
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Gama de soluções é variada Assim como é grande o número de fornecedores de canaletas e acessórios no mercado nacional, também é bastante diversificado o portfólio de soluções à disposição. Como destaca Ivan Lúcio da Silva, existe uma grande gama de produtos, fabricados com tamanhos diferentes, diversos tipos de acessórios e materiais plásticos e metálicos. “Além disso, algumas canaletas podem incluir fita dupla face para fixação, retentor de cabos Demanda que auxiliam na Prédios fixação e pelícucomerciais la protetora que estão entre auxilia na limpeos principais consumidores za e conservação de canaletas. durante a instalação”, comenta o chefe de Produto da Schneider Electric, acrescentando que a linha Dexson foi um dos últimos lançamentos da companhia nessa área, ofe24
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recendo um sistema completo de canalização aparente e organização de cabos. E a evolução não para nesse mercado.
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Canaletas e Acessórios
Alexandre Freitas, do Grupo Legrand, cita que, entre as últimas novidades nessa área estão os sistemas com acessórios de curvas reguláveis, os sistemas de tampa flexível e os acessórios para respeitar aspectos normativos para a distribuição de cabos de dados e telefonia. Nesse mercado, Freitas destaca que a Legrand oferece canaletas para instalações aparentes em residências e pequenos escritórios, para instalações terciárias e distribuição de cabos elétricos de voz, dados e imagem. Quanto ao uso, Antonio Cimadon observa que a maioria das canaletas é desenvolvida para abrigar cabos de dados e de energia na mesma peça, embora também existam situações nas quais elas são utilizadas apenas para um tipo de condutor. No entanto, geralmente a parte de dados é a que ocupa mais espaço nas peças. “Na parte de dados, se você tiver mil computadores, serão mil cabos de rede”, afirma o diretor da Parcus, que cita que este é um mercado que, muitas vezes, também
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necessita de soluções customizadas. “Sempre que o cliente solicita, nós nos colocamos à disposição para fazer as adaptações. Mas não pensando apenas naquele cliente específico. Nós olhamos para aquela situação e analisamos se ela tende a se repetir
em outros clientes, se é uma tendência. Se percebemos que é uma tendência, atendemos aquele cliente e passamos a oferecer a solução para todo o mercado. Mas isso porque temos o design no DNA da empresa”, destaca Cimadon.
É preciso ter cuidado com a qualidade dos produtos mas. E o mais grave é o de fornecedores que insistem em comercializar produtos de qualidade duvidosa. E isso não ocorre por falta de base normativa. No Brasil existe a ABNT NBR 61084 - Sistemas de canaletas e condutos para instalação elétrica, que serve de referência para o setor. O problema, é que nem todos seguem a norma, Sinto que o que não é compulsória. mercado começa a acordar Segundo Alexandre em relação à Freitas, do Grupo Lequalidade dos grand, a existência no produtos e ao mercado de produtos design das peças. Antonio Cimadon que não respeitam os asParcus pectos normativos, que não apresentam evoluções tecnológicas e oferecem baixa qualidade e preços reduzidos prejudica o bom andamento do setor, que poderia crescer ainda mais. Foto: Divulgação
Se o avanço dos negócios tem sido positivo para os fabricantes que atuam nesse segmento, ele também traz alguns proble-
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Outro entrave apontado pelos players desse mercado ainda é a falta de conhecimento por parte de usuários e profissionais,
a existência de produtos que não respeitam os aspectos normativos, que não apresentam evoluções tecnológicas e oferecem baixa qualidade e preços reduzidos prejudica o bom andamento do setor.
“Precisamos treinar e informar mais os profissionais que trabalham com este tipo de produto para que eles conheçam toda a gama de soluções, aplicações e facilidades que este tipo de instalação é capaz de proporcionar, Potencial Fabricantes criando assim um maior interesse projetam por este tipo de produto”, afircrescimento do ma Ivan Lúcio da Silva, da Schuso de canaletas neider Electric. em ambientes Para Antonio Cimadon, da residenciais. Parcus, a situação começa a melhorar. “Sinto que o mercado começa a acordar em relação à qualidade dos produtos e ao design das peças. Em tudo o que fazemos na Parcus, pensamos no design. E o nosso design é tratado como ciência, de desenvolver o produto, a matéria-prima, o processo de produção, a instalação, o uso quanto às vantagens e características das pelo cliente final, o transporte, a durabilidacanaletas. Nesse caso, não há outro camide e o descarte do material. Não basta ter nho: é preciso levar informação a todos os um produto bonito, ele tem de ter qualidade elos da cadeia. e funcionalidade”, sinaliza.
Crescimento depende
da retomada da construção civil O mercado de canaletas e acessórios está diretamente relacionado ao da construção civil. Por isso, apesar das projeções otimistas dos fabricantes dessa linha de produtos, o bom andamento do setor depende da retomada dos investimentos na área da construção, que vive um momento de desaquecimento. A expectativa dos players que atuam nesse segmento é que o mercado da construção comece a reagir ainda em 2014, apresentando um ritmo mais consistente a partir de 2015. Se este fenômeno se confirmar, a tendência é que as vendas de canaletas mantenham um ritmo de crescimento na casa de dois dígitos. De outro lado, espera-se que o volume de lançamentos de produtos acompanhe o incremento nos negócios.
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GREENBUILDING Brasil 2014
Evento realizado em São Paulo estimula debates e coloca o tema sustentabilidade no centro das atenções da construção civil.
Construção
sustentável Reportagem: Paulo Martins
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m movimento inicialmente silencioso, e que agora ganha cada vez mais destaque no mundo todo, a construção sustentável encontra no Brasil um ambiente perfeito para se desenvolver. Afinal, o País é dono de uma natureza privilegiada e, por vocação, tem tudo para se tornar referência, no que se refere à preservação e correta utilização dos recursos naturais. Uma prova de que esse é um movimento que veio para ficar foi dada com a realização da quinta edição do Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo, entre os dias 5 e 7 de agosto, em São Paulo (SP). Na ocasião, centenas de especialistas da indústria internacional da construção sustentável fizeram da capital paulista um grande palco de debates sobre o tema. Paralelamente ao
evento foi realizado o Congresso Mundial do World Green Building Council. De acordo com Felipe Faria, diretor-executivo do Green Building Council Brasil, uma das formas de quantificar o crescimento da construção sustentável passa pela análise da curva de crescimento da certificação LEED, que está presente em 150 países. Ele se refere ao sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, com foco na sustentabilidade. Para obter a certificação LEED o imóvel precisa cumprir uma série de pré-requisitos e sugestões de práticas de green building. O nível da certificação é definido de acordo com a quantidade de pontos adquiridos na avaliação, podendo variar de 40 pontos (nível certificado) a 110 pontos (nível platina).
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“Hoje o Brasil é o terceiro país com maior número de projetos nessa ferramenta internacional de certificação. São 870 projetos registrados e 176 certificados, com mais de 24 milhões de metros quadrados regis-
trados investindo em eficiência energética, uso racional de água, qualidade ambiental interna, excelência em planejamento e materiais de baixo impacto ambiental”, revela Faria. Em 2014, o GBC está certificando
em média sete projetos por mês. No mundo, dos 59.212 edifícios registrados, 21.500 já receberam a certificação LEED. O presidente do GBC, Manoel Gameiro, destacou alguns dos resultados que podem potência
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GREENBUILDING Brasil 2014
ser obtidos com a otimização das instalações prediais: “Com o desenvolvimento tecnológico atual, já temos condições de reduzir mais de 50% do consumo de energia, 35% das emissões de CO2, 45% do consumo de água e 55% da geração de resíduos, nas novas edificações ou nas antigas que sofram reforma ou upgrade”. Segundo um estudo feito pela consultoria Ernst & Young (EY), em parceria com o GBC Brasil, a participação das construções verdes no PIB da construção no Brasil chega a 10%, com perspectivas de crescimento. “Com o aumento gradativo nos pedidos de certificação que o País apresenta ano a
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Sustentabilidade e modernidade A abertura do Greenbuilding Brasil 2014 foi marcada pela palestra do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que iniciou a apresentação dizendo que o Brasil tem uma espécie de ‘fascinação’ pela modernidade e contemporaneidade. E, segundo ele, não há nada mais contemporâneo que a preocupação com a sustentabilidade. FHC relembrou os grandes fóruns de discussão ambiental realizados nas décadas passadas e suas consequências. O histórico começa com o Clube de Roma, fundado em 1968, passando pela Conferência de Estocolmo, em 1972, pela Rio 92, pelo Protocolo de Kyoto, em 1997, culminando com a Rio+20, em 2010. O ex-presidente lembrou de uma época em que se pregava o crescimento a qualquer custo, com a poluição das fábricas significando o progresso. O grau de consciência das pessoas foi aumentando pouco a pouco, assim como a preocupação com os recursos naturais, em especial as florestas. Surgiram novas legislações e hoje o passo que se dá nas cidades envolve a tentativa de conciliar a necessidade de construir e as regras existentes. FHC mencionou diretamente a questão da seca que atinge São Paulo e cobrou melhor uso da água, inclusive fazendo a utilização de águas não usáveis. “Tem prédio em São Paulo fazendo isso. Há mecanismos hoje para que essa água seja reinjetada no lençol freático”, sugeriu. Ele citou também suas impressões de Brasília, onde morou enquanto senador e presidente. Ele apontou que no edifício do
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Congresso, tanto na Câmara quanto no Senado, não dá para saber se o dia está ensolarado ou chuvoso, pois é tudo fechado, e os serviços ficam no subsolo. “(O prédio) depende crucialmente de energia elétrica, mas sem necessidade, pois é uma cidade que tem sol abundante”, critica. O ex-presidente reconheceu que não havia essa consciência quando a capital federal foi construída, mas não perdoa que o fato se repita hoje. “Agora não dá para se fazer um prédio como se fez em Brasília”. FHC falou também sobre energia. Reclamou que a matriz energética brasileira está ficando cada vez mais suja. Disse que a estabilidade do preço da gasolina prejudica o etanol e que na prática o País decidiu “beneficiar o petróleo” e menosprezar a biomassa. Mencionou também a falta de linhas de transmissão para conduzir a energia produzida por diversos parques eólicos. Com isso, ele vê um “certo desequilíbrio” na matriz energética nesse momento e lembrou que todo esse quadro tem a ver com a qualidade de vida das pessoas. FHC destacou que o modelo de crescimento mudou. O Brasil, diz ele, passou de um País absolutamente descuidado com o meio ambiente, décadas atrás, para uma nação que se preocupa com essa questão. O ex-presidente lembra que houve maior distribuição de renda e crescimento econômico e aponta que o desafio agora é descobrir como vamos passar da quantidade para a qualidade, seja no campo da saúde seja da educação ou outras áreas. Para ele, é fundamental ter consciência, e não pensar apenas no lucro. “É possível construir bem, ganhar dinheiro e ao mesmo tempo participar desse processo, que é passar da quantidade para a qualidade e oferecer melhores perspectivas de vida”, finaliza.
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ano, a tendência é que num futuro breve possamos equiparar-nos aos líderes desse segmento em termos de participação”, comenta Felipe Faria. Durante o Greenbuilding Brasil foram apresentados diversos cases de sucesso envolvendo a aplicação Exemplos dos conceitos que caracterizam Evento traz cases de uma construção sustentável. sucesso em Um deles envolve o Edifício ECB construção Brasil (EcoCommercial Building), sustentável. construído pela Bayer junto à sua sede, na zona sul de São Paulo. Construída para ser usada como área de convivência e espaço de lazer para os funcionários, a edificação tem como uma de suas principais características a busca pela autossuficiência em energia. “Este será o primeiro prédio do Brasil em que toda a energia gerada é suficiente para o consumo dele”, destaca o engenheiro da Bayer Fernando Resende, responsável pelo programa EcoCommercial Building no País. O edifício é o sexto do gênero que a Bayer constrói no mundo. A ideia é experimentar esse tipo de conceito em um prédio com utilização real, em diversos climas e mostrar como os materiais e soluções utilizados se adaptam a cada uma das regiões. Entre as soluções utilizadas no ECB destaca-se a automação. A medição em tempo real é fundamental para monitorar o consumo dos equipamentos instalados no local. Também é possível fazer o balanceamento entre luz natural e artificial. Para atuar diretamente na economia de energia, foram escolhidos itens de iluminação eficientes, como lâmpadas T5 e LED. A geração de energia também depende de uma fonte limpa, a solar. Ao todo, 42 placas fotovoltaicas garantem o suprimento necessário. De acordo com Resende, a eficiência hoje gira em torno de 65%. Os 35% restantes são provenientes da rede. Entretanto, o balanço anual é positivo. “Quando consideramos o balanço anual do prédio, de janeiro a janeiro, toda a energia solar que foi gerada é maior que a energia que foi consumida”, garante. 32
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Controle de qualidade sionamento é uma espécie de controle de qualidade que inclui desde a revisão de documentação e de projetos até vistorias in loco e a realização de eventuais testes. Em um dos casos apresentados, o
problema a ser trabalhado envolvia a existência de falhas na iluminação de uma fábrica recém-construída. Após as devidas vistorias, detectou-se que uma série de imprevistos comprometeu o resultado da iluminação, como a cor do piso utilizado e o alinhamento do forro. Para o engenheiro Marcos Antonio Pereira, diretor da Térmica Brasil, muitas vezes o comissionamento é visto como um instrumento de testes e ensaios, mas na verdade é uma ferramenta muito mais ampla, com o poder de reduzir custos e aumentar a qualidade. Entretanto, o especialista observa que esse trabalho deve Eficiência ser feito no ‘momento zero’, ou energética Redução do seja, na fase de concepção do consumo de projeto como um todo. “Quanenergia foi tema do se inicia o comissionamento recorrente no após a arquitetura, os sistemas evento. de ar-condicionado e de iluminação estarem definidos, você perde de 15% a 20% de oportunidades que teria se começasse o trabalho desde a concepção. No Brasil, normalmente se contrata o comissionamento depois que a obra já está em andamento. Assim, muitas daquelas possibilidades que teria de redução de custos e de antecipação de problemas acabam sendo limitadas”, justifica. Fotos: Ricardo Brito/Grau 10
Outro assunto abordado durante algumas palestras deste ano foi o comissionamento de sistemas. Trata-se de um processo de qualidade orientado a alcançar, verificar e documentar o desempenho das instalações, sistemas e equipamentos de acordo com critérios e objetivos definidos. Comis-
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf normalização
Normas em
evolução
Brasil trabalha forte para manter normas técnicas para atmosferas explosivas atualizadas e alinhadas com a IEC.
caderno ex
C
ontar com uma base normativa moderna e atualizada é essencial para o desenvolvimento e evolução de qualquer segmento. E isso não ocorre por acaso. São as normas técnicas que ajudam o mercado a se organizar em termos de referências mínimas de qualidade e segurança, favorecendo uma concorrência mais justa e equilibrada. Sem contar, é claro, os benefícios que se estendem aos usuários. No setor de áreas classificadas a situação não é diferente. Segmento conhecido pelos riscos que engloba, os ambientes com atmosferas potencialmente explosivas necessitam de cuidados especiais, o que inclui produtos adequados, bem especificados no projeto e corretamente instalados. Daí a grande importância das normas técnicas, que balizam os trabalhos no setor e garantem segurança às pessoas e instalações. A questão aqui é: como está a base normativa brasileira para o setor de áreas classificadas? Felizmente, a resposta é positiva.
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Há alguns anos o Brasil se alinhou à IEC (International Electrotechnical Commission) nesse segmento e, desde então, tem desenvolvido através da ABNT normas nacionais com a mesma qualidade e abrangência das encontradas internacionalmente. Fato que tem colaborado de forma decisiva para a evolução do mercado. O avanço normativo nessa área não para. Como cita Roberval Bulgarelli, consultor Técnico da Petrobras, a normalização técnica brasileira publicada pela ABNT sobre atmosferas explosivas tem apresentado uma grande evolução nos últimos anos em termos de atualização, harmonização, alinhamento e equivalência com as respectivas normas técnicas internacionais elaboradas pela IEC. Tanto que, de 2005 a 2013 foram publicadas (entre documentos novos e revisados) no País 60 normas técnicas ligadas à série NBR IEC 60079 – atmosferas explosivas. Bulgarelli, que também é coordenador do Subcomitê SC-31 do COBEI, explica que este ritmo de evolução é possível devido aos
Reportagem: Marcos Orsolon
esforços realizados pelas Comissões de Estudos do Subcomitê SC-31, responsável pela elaboração, revisão e atualização das normas técnicas Ex para a ABNT, e que tem a missão de participar do processo de elaboração, comentários, revisão, atualização e publicação das novas edições das normas técnicas internacionais elaboradas pelo TC-31 da IEC. Graças a essa participação, as mais de quarenta partes das normas Ex da Série 60079 publicadas pela ABNT são normas equivalentes do tipo NBR IEC, sendo idênticas em conteúdo, forma e apresentação, sem desvios em relação à respectiva norma internacional da IEC. Com isso, seguindo a tendência normativa mundial dos países membros da IEC, incluindo o Brasil, as normas que envolvem Certificação de Conformidade de equipamentos e instalações Ex são equivalentes às da IEC. Segundo o consultor da Petrobras, durante este processo as empresas, instituições e profissionais brasileiros têm a oportunidade de conhecer e se envolver com as
feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
Novas normas Publicação de revisões e novas normas técnicas Ex por parte da ABNT nos últimos anos
Ano
Normas ‘Ex’ publicadas
2005 02 2006 08 2007 06 2008 08 2009 14 2010 03 2011 09 2012 04 2013 06 2014
06 (previsão) Apoio Institucional:
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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • normalização te ramo de especialidade técnica industrial Ex”, ressalta Bulgarelli, acrescentando que, uma vez aprovadas no âmbito internacional da IEC, as normas passam a ser aplicadas por todos os países integrantes da entidade. “Esta política de normalização da ABNT e do COBEI de participação na elaboração de normas da IEC e de publicação das respectivas normas equivalentes NBR IEC, utilizada ao longo das últimas duas décadas, tem por
normas técnicas internacionais, bem como de participar de sua evolução, contribuindo com comentários e sugestões para o aprimoramento destas normas. “Estes comentários são baseados nas boas práticas, lições aprendidas, experiências e no know-how das empresas, laboratórios de ensaios, fabricantes, organismos de certificação de produtos e de pessoas e diversas outras instituições brasileiras envolvidas nes-
objetivo harmonizar as normas nacionais com a normalização internacional, de forma a padronizar os requisitos e procedimentos para classificação de áreas, fabricação, ensaios, marcação, certificação, projeto, seleção, montagem, inspeção e manutenção de instalações Ex, reparos, revisão e recuperação de equipamentos elétricos Ex, competências pessoais Ex e equipamentos mecânicos (não elétricos)”, comenta Bulgarelli.
Normas ajudam a organizar o mercado série NBR IEC 60079. Isto faz com que todos os processos de avaliação, ensaios e certificação de conformidade de serviços e equipamentos Ex utilizados no Brasil apliquem o estado da arte em termos das tecnologias e conceitos, os quais estão incorporados às atuais edições das normas brasileiras. De outro lado, a participação do Brasil no processo de desenvolvimento e atualização das normas na IEC faz com que os profissionais brasileiros, as empresas e as instituições envolvidas com o assunto estejam sempre atualizados em relação às novidades
A evolução normativa para áreas classificadas traz vantagens relevantes à sociedade brasileira, que passa a usufruir dos benefícios de todos os processos baseados em normalização. Um exemplo dessa evolução é o Requisito de Avaliação da Conformidade (RAC) para equipamentos elétricos para atmosferas explosivas, nas condições de gases e vapores inflamáveis e poeiras combustíveis, publicado pelo Inmetro em 2010. Este RAC é totalmente baseado e harmonizado, em termos de referências normativas, com as atuais edições das normas técnicas da
da normalização técnica internacional Ex. “Além disso, essa atuação faz com que possam ser incluídas nas normas internacionais da série IEC 60079 e ISO/IEC 80079 (equipamentos mecânicos Ex) as boas práticas, lições aprendidas e know-how de empresas e instituições brasileiras envolvidas neste ramo de especialidade técnica industrial”, comenta Roberval Bulgarelli. Quanto à instalação de equipamentos Ex, as normas da série NBR IEC 60079 são fundamentais para a organização do mercado. Isso porque, entre outros aspectos,
Normas Técnicas equivalentes a NBR IEC 60079 publicadas recentemente pela ABNT Classificação de áreas contendo gases inflamáveis e poeiras combustíveis
Proteção de equipamentos por segurança aumentada (Ex “e”)
Requisitos de projeto, montagem, inspeção e manutenção de instalações Ex
Proteção de equipamentos por segurança intrínseca (Ex “i”)
Requisitos de serviços de reparos de equipamentos Ex
Fieldbus Intrinsecamente seguro (FISCO)
Requisitos para sistemas intrinsecamente seguros
Proteção de equipamentos por encapsulamento em resina (Ex “m”)
Ambientes e edificações protegidas por pressurização
Proteção de equipamentos por temperatura de invólucro para poeiras combustíveis (Ex “t”)
Ventilação artificial para proteção de casa de analisadores Requisitos para traceamento elétrico resistivo Ex Capacetes para luminárias para utilização em minas de carvão Instalações elétricas em áreas classificadas de unidades marítimas
caderno ex
Proteção de equipamentos e sistemas que utilizam radiação óptica Graus de proteção de invólucros de equipamentos elétricos Graus de proteção de máquinas elétricas girantes Invólucros pressurizados (Ex “p”)
Proteção de equipamentos por imersão em areia (Ex “q”) Proteção de equipamentos por imersão em óleo (Ex “o”) Equipamentos não centelhantes (Ex “n”) Equipamentos com nível de proteção EPL “Ga” Proteção de equipamentos por invólucros à prova de explosão (Ex “d”) Unidades de Competências Pessoais para atmosferas explosivas Requisitos e avaliação de sistema de gestão da qualidade para Oficinas de Serviços envolvidas em reparo, revisão e modificação de equipamentos Ex
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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf normalização
caderno ex
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
elas apresentam os requisiAs normas da Série tos para a execução das atiNBR IEC 60079 vidades de classificação de estão em contínuo processo de revisão áreas; os critérios de seleção e de atualização de equipamentos Ex; projeto pela ABNT. das instalações Ex; requisitos Roberval bulgarelli petrobras das atividades de inspeção e manutenção de equipamentos e sistemas em atmosferas explosivas; e os requisitos para os serviços de reparo, revisão e recuperação de equipamentos certificados para instalação em atmosferas explosivas de gases inflamáveis e de poeiras combustíveis. “Sob o ponto de vista de equipamentos elétricos Ex, estas normas apresentam os reo ciclo de revisões e atualizações a que são quisitos para o dimensionamento, fabricasujeitas as respectivas normas internacioção e ensaios dos diversos tipos de proteção nais da IEC. Desta forma, a cada período existentes, como segurança aumentada, seda ordem de cinco anos, as normas intergurança intrínseca, invólucros pressurizados, nacionais da série IEC 60079 são revisainvólucros à prova de explosão, imersão em das e atualizadas, em um processo que é óleo, encapsulamento em resina, proteção de acompanhado pelas seis Comissões de Esequipamentos óticos e proteção por tempetudo do Subcomitê SC-31 do Cobei”, coratura de invólucro contra ignição de poeiras menta Bulgarelli. combustíveis”, completa Bulgarelli. Bulgarelli observa que cada parte da séEle explica ainda que estes tipos de rie IEC 60079 possui o seu próprio ciclo de proteção Ex são aplicáveis a diversos equimanutenção, denominado de Maintenance pamentos elétricos, de instrumentação, auCycle pela IEC. Estes ciclos têm por objetivo tomação e telecomunicações utilizados em impedir que as normas permaneçam sem um ambientes com atmosferas explosivas. Enprocesso de avaliação, revisão ou de atualizatre eles estão motores, luminárias, painéis ção, a cada período de cerca de cinco anos. de distribuição de força, painéis de controComo exemplo, ele cita a norma IEC le, instrumentação em geral, transmissores, 60079-14, que trata dos requisitos de proanalisadores e equipamentos para intercojeto e montagem de instalações elétricas municação industrial. em atmosferas explosivas. “Foram publiO destaque é que o processo evolutivo cadas pela IEC novas edições desta norma não para. No momento, por exemplo, estão nos anos de 2002, 2007 e 2013. No Brasil em elaboração as normas sobre requisitos foram publicadas pela ABNT as respectivas de segurança para equipamentos mecânicos normas NBR IEC 60079 nos anos de 2006 para instalação em atmosferas explosivas, e 2009, seguindo o ciclo de atualização da como os requisitos dos tipos de proteção a IEC. No presente momento esta norma braserem aplicados em bombas, ventiladores, sileira encontra-se em processo de revisão e compressores, elevadores, esteiras rolantes atualização, de forma a incorporar as moe caixas de engrenagens. dificações que foram introduzidas na nova “As normas da Série NBR IEC 60079 edição da respectiva norma internacional estão em contínuo processo de revisão e IEC 60079-14, publicada no final do ano de atualização pela ABNT, acompanhando passado”, completa.
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Participação brasileira na IEC O Brasil é um membro participante do TC-31 da IEC, com direitos e deveres de analisar, comentar, votar e aprovar os documentos relacionados com a emissão de novas normas técnicas ou atualização das normas existentes da Série IEC 60079 – Explosive Atmospheres. As normas técnicas internacionais sobre atmosferas explosivas, elaboradas pelo TC-31 da IEC, têm passado por um processo dinâmico de atualizações e revisões, decorrentes dos avanços da tecnologia e dos maiores requisitos de segurança nesta área industrial, onde é elevado o risco de explosões, com resultados potencialmente catastróficos e elevados riscos de grandes impactos ao meio ambiente. Este maior dinamismo nas atualizações das normas é fruto da participação de um número maior de países membros do TC-31, resultado da globalização, com a apresentação de sugestões de boas práticas e lições aprendidas por parte de diversos países do mundo. O Subcomitê SC-31 representa a estrutura do Cobei responsável pela análise e elaboração de comentários sobre os projetos de normas elaborados pelo TC-31, bem como pela elaboração dos respectivos votos, em nome do Brazil National Committee. O Brasil, na condição de membro do tipo “P” (Participating) no TC-31, tem o direito de acompanhar o desenvolvimento de todos os trabalhos em andamento, bem como o direito e o dever de emitir os seus comentários e posicionamentos, através de voto, sobre os documentos emitidos pelo TC-31, seja para as novas normas em fase de elaboração, seja para as normas existentes, em fase de manutenção.
feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
Agentes do mercado participam da atualização das normas Muitas empresas participam das reuniões das respectivas Comissões de Estudo do SC-31 do Cobei e, portanto, conhecem, de antemão, as modificações e novos requisitos que foram introduzidos nas novas edições. Isto se deve ao fato de que tais empresas e entidades, incluindo fabricantes de equipamentos Ex, laboratórios de ensaios, Organismos de Certificação de Produtos (OCP) e de Pessoas participaram do processo de revisão e atualização das respectivas normas internacionais da IEC, inclusive atuando na elaboração de comentários para a melhoria das normas, com base em suas experiências, lições aprendidas e boas práticas. Da mesma forma, as empresas usuárias dos equipamentos e instalações em atmosferas explosivas acompanham o ciclo de revisão das normas internacionais e, portanto, conhecem os novos requisitos incorporados a elas. As empresas participam também dos trabalhos e revisões das respectivas normas brasileiras da série NBR IEC 60079, de forma a incorporar as atualizações introduzidas nas normas internacionais. O interesse dos agentes do setor de atmosferas explosivas na elaboração e atualização das normas técnicas não ocorre por acaso. Mais que manter o Brasil alinhado ao que há demais moderno no mundo em termos normativos, as atualizações incorporadas às normas brasileiras promovem uma série de contribuições nas áreas de segurança relacionadas com atmosferas explosivas. Entre as várias contribuições, Bulgarelli destaca a atualização dos requisitos de projeto, montagem, inspeção, manutenção e reparos de equipamentos Ex. “Tais requisitos têm implicações diretas na conformidade e na segurança das instalações, o que implica em maiores níveis de segurança também para as pessoas”, ressalta Bulgarelli. E ele completa: “As mudanças e atua-
lizações nas normas também introduziram requisitos de qualificação, experiências práticas, treinamentos e reciclagem, de forma que as pessoas responsáveis e os executantes das atividades de projeto, montagem, inspeção, manutenção e reparos necessitam evidenciar suas competências pessoais teóricas e práticas nos trabalhos Ex”. As atualizações periódicas das normas técnicas também contribuem para elevar o nível de desenvolvimento dos fabricantes nacionais de equipamentos, que precisam ficar atentos aos novos requisitos introduzidos, para que seus produtos estejam sempre atualizados em relação à legislação. “Tal dinamismo faz com que seus produtos estejam em constante processo de atualização e melhoria, de forma a incorporarem os atuais requisitos de fabricação, ensaios e certificação”, completa Bulgarelli. IN F ORME P U B LICI TÁ RIO
Soluções eficientes A Project-Explo é a mais tradicional empresa especializada em Atmosferas Explosivas do país. Há mais de 25 anos oferece soluções e presta serviços de alto nível em todo o Brasil e América Latina, apresentando soluções práticas e eficientes para prevenção, proteção, controle e eliminação de riscos de explosões. Para maiores detalhes ou informações, contate-nos através do www.project-explo.com.br ou pelo tel. 11 5589-4332. Apoio Institucional:
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CONSTRUSUL 2014
Sucesso
indiscutível
Fabricantes de produtos elétricos aproveitam realização da Construsul para incrementar negócios. Evento teve visitação de mais de 76 mil pessoas. Reportagem: Simone de Oliveira e fotos: Ricardo Brito
A
cidade de Novo Hamburgo (RS) sediou, entre os dias 06 e 09 de agosto, a 17ª edição da Feira Internacional da Construção (Construsul) e a 9ª Feira de Máquinas e Equipamentos para Construção (Expomáquinas). Tendo como sede os 30 mil m² dos Pavilhões da Fenac, os números confirmam o evento como o segundo maior da construção civil do País e o maior da Região Sul. Este ano - o segundo consecutivo em que é realizada na cidade - a exposição contou com a participação de 572 empresas e de um público total de 76.253 pessoas, entre representantes da indústria, do varejo, compradores, construtores, lojistas, engenheiros, arquitetos, entidades setoriais e representantes de governo, que puderam conhecer as novidades tecnológicas, ideias criativas e sustentáveis apresentadas pelas 40
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indústrias. Os visitantes, de acordo com a diretoria da Sul Eventos, empresa organizadora da feira, são oriundos de todas as regiões do País, com destaque para a presença maciça de visitantes da região Nordeste do Brasil. Além deles, profissionais de Estados como São Paulo, Goiás, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina, além do Distrito Federal, e visitantes estrangeiros prestigiaram a feira. “O evento recebeu as maiores empresas do segmento, mostrando além de sua credibilidade, o elevado grau de desenvolvimento que atingiu”, ressalta Paulo Ritcher, diretor da Sul Eventos. Ritcher observa que, durante os quatro dias, na contramão de notícias de retração e pessimismo no mercado, o que se viu foram corredores lotados e muita movimentação de negócios. “Estamos muito satisfeitos”, comemora o executivo.
Se para a organização a feira está sendo considerada um sucesso, entre os expositores o sentimento é o mesmo. Eles exaltam a oportunidade proporcionada pela Construsul em um momento em que a economia estava precisando. “A feira aconteceu em um excelente momento. No varejo, sentimos um desaquecimento em junho. Em julho tivemos uma retomada e, agora, esperamos resultados ainda melhores”, explica Reynaldo Goto, diretor presidente da Iriel/Siemens. Com o sucesso confirmado, a Construsul e a ExpoMáquinas já têm data marcada para o ano que vem: serão realizadas entre 05 e 08 de agosto, nos Pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo (RS). Confira, a seguir, alguns dos lançamentos apresentados por empresas ligadas ao setor elétrico durante a feira.
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CONSTRUSUL 2014
Empresa: Steck Produto: Diamant Box VDI Os quadros da linha possuem espaço interno para interligações e passagem de cabos. O produto é indicado para aplicação em residências, edifícios comerciais e industriais para dispositivos de voz (telefonia), dados (rede) e imagem (TV). A novidade é fabricada em termoplástico autoextinguível a 650°C, possui um maior número de entradas para eletrodutos,
Empresa: Lorenzetti Materiais Elétricos Produto: Linha Zuli
base com pré-furos para parafusos autoatarrachantes e porta reversível com abertura a 180° e possui grau de proteção IP40, proteção mecânica IK06.
Os módulos da coleção são comercializados separados dos espelhos, o que permite versatilidade na montagem dos interruptores
resistente ao calor, à umidade e ao impacto,
Empresa: Matsuyama Produto: Cortadora de Piso CPM 13
mantendo suas propriedades originais com o
Com profundidade de corte de até
passar do tempo.
15cm, a máquina possui uma guia
e das tomadas conforme a necessidade do usuário. O material utilizado nas peças é
que visa garantir corte reto e preciso. A novidade - quatro tempos gasolina
Empresa: G-Light Produto: Lâmpada Par 20 SMD LED
- possui potência nominal de 13HP e sistema de partida retrátil.
Indicada para uso residencial ou comercial, a novidade, por possuir lente com vedação, é recomendada para uso externo e pode ser instalada em luminárias tipo espeto para jardim. Está disponível em temperatura de cor de 3.000 ou 6.000k, nas opções verde a azul, com potências de 30 e 60W e sua vida útil é de 25 mil horas.
Empresa: DWT Produto: Martelete Perfurador/ Rompedor MPD 810 Indicado para perfurar concreto e alvenaria, além de romper pequenas áreas de concreto e alvenaria utilizando talhadeiras ou ponteiros adequados, e com uso da haste adaptadora e mandril pode ser utilizado para perfurar madeira, metal, plásticos, entre outros, o modelo MPD 810 conta com interruptor eletrônico com velocidade variável, que permite o controle da rotação da máquina possibilitando iniciar um furo com uma rotação baixa e aumentar, gradativamente, de acordo com a necessidade de perfuração e resposta do material perfurado. Está disponível nas tensões 127 V~ e 220 V~.
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EVENTO
CONSTRUSUL 2014
Empresa: Steck Produto: Fiteck Autofusão Fita isolante produzida à base de borracha Etileno-propileno (EPR) destina-se a
Empresa: FLC LED Produto: Super LED Tubular T8
diversos usos, como isolamentos de fios e
Com bulbo leitoso e corpo branco, o modelo tem forte poder de iluminação e é indicado para
35kV, isolamento e proteção de condutores
substituir as lâmpadas T8 Fluorescentes. A novidade necessita de reator, podendo ser ligada
de telecomunicação contra intempéries,
diretamente à rede elétrica e está disponível nas tonalidades branca neutra e intensa e nas potências
vedações e manutenções em geral.
de 10, 18 e 22W. O modelo é recomendado para ambientes comerciais e tem temperatura de cor de
Resistente à ação de substâncias químicas,
4.000 e 6.400k.
como ácidos, álcalis ou solventes, assim
cabos elétricos até 69kV, de terminais até
como à abrasão, à corrosão e ao ozônio. Além disso, é indicada para proteção elétrica e mecânica em uso naval, pois é resistente à água salgada.
Empresa: Z-Light Produto: Luminária de Emergência Recarregável ZL-4100 Com bateria 3.7 lítio, a peça funciona com 30 LEDs de alto brilho e possui dois estágios de iluminação, o que permite que a duração da bateria seja de 8h com autonomia mínima e 6h com autonomia máxima de LED. Está disponível nas opções 110 ou 220V e seu tempo de recarga é de 10h.
Empresa: Siemens Produto: Fita Isolante Com a marca Iriel, a novidade é comercializada em rolos de 20m, com espessura de 0,15mm e foi desenvolvida para uma tensão de 750V e temperatura de até 90ºC.
Empresa: Worker Produto: Hidro Lavadora de Alta Pressão O modelo LW-1700 é indicado para uso residencial ou semiprofissional e está disponível nas versões 110 ou 220V. A peça possui sistema stand by, que permite que ela seja desligada quando o usuário tira a mão do gatilho, jato d’água ajustável, rodas para transporte e está disponível com carretel para enrolar a mangueira e recipiente para detergente embutido.
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Empresa: G-Light Produto: Luminária Prismática Produzidas com a cúpula em policarbonato, soquete em porcelana e com opções de canopla simples ou com gancho, as peças estão disponíveis em quatro tamanhos: 12”, 14”, 19” e 22”. Os modelos de 12” e 14” utilizam lâmpadas eletrônicas
Empresa: Hydra Produto: Aquecedor Multitemperatura Línea 4T
ou incandescentes de até
O produto é compacto, possui quatro opções de temperatura, detalhes cromados e duas saídas de
22” usam, além dessas duas
água (quente e fria) e é indicado para todos os tipos de torneiras de pias e lavatórios. Está disponível
opções, as lâmpadas de alta
nas opções 127 ou 220V e promete economia de energia de até 68%.
pressão de até 400W.
60W, enquanto os de 19” e
Empresa: Taschibra Produto: Luminária TL Slim Fabricada em alumínio nas cores branca, preta, vermelha e amarela, a novidade utiliza duas lâmpadas LED de 13W e cada uma delas tem vida útil de cerca de 20 mil horas.
Empresa: DWT Produto: Lixadeira Angular LAD 1407 A novidade é indicada para trabalhos de lixamento de superfícies metálicas, pode ser utilizada em serralherias, metalúrgicas, indústrias metal mecânicas, entre muitas outras. Com potência de 1.400W e rotação de 5.000 rpm, o modelo possui punho auxiliar com três posições de fixação, que atua como apoio durante o manuseio da ferramenta, adaptando-se em diferentes situações e locais de uso, muitas vezes de difícil acesso. Conta, ainda, com botão de trava do eixo, interruptor com trava de segurança e motor com dupla isolação, visando garantir maior segurança nas operações. Está disponível para comercialização com tensões de 127V~ e 220V~.
EVENTO
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Empresa: Ilumi Produto: Linha Sobrepor Branca Composta por itens como interruptor+tomada, interruptor ou duas tomadas, a coleção é feita em PS cristal e, por ser retangular, pode ser usada em canaletas.
Empresa: Vonder Produto: Microrretífica MRV 115 Indicada para limpar, polir, lixar, cortar, esculpir, esmerilhar, entre outras atividades, é recomendada para trabalhos de precisão, por isso é portátil e funcional, possui fácil acesso para troca de escovas de carvão e conta com velocidade variável, contribuindo para um melhor acabamento. Está disponível nas tensões 127 V~ e 220 V~.
Empresa: Daneva Produto: Extensão Sort 2P e 2T+P (10A) Disponível nas medidas 1,3, 3, 5 e 8m, a peça pode ser comercializada na cor branca (em blister) e em embalagem plástica, na cor preta.
Empresa: Eletromar Produto: Caixas Vision para disjuntores padrão Nema e IEC. As peças
Empresa: Ilumi Produto: Tomada USB Slim
da linha estão disponíveis na cor branca,
Dispositivo indicado para carregamento
podem ser fornecidas com ou sem barramento
de bateria de aparelhos compatíveis, como
de neutro e terra, possuem grau de proteção
celulares, smartphones, iPad, iPod, entre outros
IP30 e classe de isolamento II.
com corrente máxima de 0,5A.
Caixas de distribuição para embutir e sobrepor
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Patrocínio Master:
Apoio
Institucional:
Realização:
Informações: Tel: 71 3113-2481 | ecomacba@acomac-ba.com.br | www.acomac-ba.com.br
espaço abreme
Editorial
Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos
Roberto Payaro Diretor Colegiado Abreme - abreme@abreme.com.br
N
Balanço pós Copa do Mundo
o início do ano, escrevi o editorial Abreme “Um ano difícil”, no qual expus minhas impressões de como seria 2014, considerando principalmente o evento da Copa do Mundo no Brasil. Infelizmente, acho que com exceção do resultado do ganhador, a bem organizada Alemanha, meus comentários daquela época refletem hoje a difícil situação em que nos encontramos. De certa forma, o resultado da Copa ilustra como são tratados os nossos problemas e desafios aqui no Brasil como, por exemplo, a falta de organização e planejamento, com estádios ficando pronto na véspera e a preparação da nossa seleção sempre de forma improvisada, é muito parecido com a forma dos nossos governantes fazerem a gestão do nosso país. Chega de ilusão, enquanto os outros países vêm se preparando há anos, nós achamos que com um jeitinho e um pouco de sorte chegaremos lá. Um dos pontos que abordei no início do ano, foi sobre a difícil situação de controle da inflação - mesmo com alguns preços controlados pelo governo, como o das tarifas de energia elétrica e o preço dos combustíveis. Estávamos em um patamar próximo ao do teto da meta de 6,5%, pois bem, acabamos de ultrapassar o teto para esse ano, e o governo passou a considerar esse patamar como referência a ser atingida. Desde a segunda metade do governo Lula, a equipe econômica vem mudando drasticamente a gestão das políticas públicas. Passaram a desafiar todas as conquistas do Plano Real até então mantidas no primeiro mandato. Foi abandonado o pilar ortodoxo, e renderam-se à maior intervenção do Estado na Economia que já tivemos nesse país, uma economia pautada no assistencialismo e ao estímulo excessivo ao consumo. O resultado, falência das contas públicas e impossibilidade das pessoas continuarem aumen-
tando o consumo. A sustentabilidade das contas do Estado brasileiro está em risco, como fruto de uma política deliberada de aumento dos gastos. A confiança dos empresários no Brasil está nos níveis mais baixos da história recente e, sem confiança, eles não investem. A relação Investimento sobre PIB, que nunca foi uma maravilha, vem caindo de maneira consistente, isto é, após atingir o ápice de 19,5% no fim de 2010, recuou para apenas 18,1%. A variação pode parecer pequena, mas impacta diretamente no crescimento do PIB e cria um ambiente inflacionário, porque, ao investir, as empresas aumentam sua capacidade produtiva à frente e podem responder por aumentos da demanda oferecendo mais produtos, caso contrário, sem investimentos, só pode responder com aumentos de preço. O balanço pós Copa do Mundo que faço, prevê um período ainda mais difícil pela frente, a nossa situação interna - já bastante grave - tende a sofrer a influência negativa da retirada dos estímulos financeiros pelos EUA. O FED já começou o enxugamento da liquidez dos mercados retirando dólares que abasteceram a economia mundial durante a crise de 2008, e está previsto para o início de 2015 o aumento da taxa básica de juros nos EUA, vai ficar muito difícil manter o fluxo de dólares aplicados aqui por investidores internacionais, e para isso o governo deverá aumentar ainda mais os juros básicos, do contrário poderão faltar dólares e como consequência, uma alta demasiada da moeda, desvalorizando o Real e trazendo ainda mais inflação. Mas, apesar de toda a situação difícil que enfrentaremos nesses próximos meses, sou otimista quando vejo um mercado de 200 milhões de consumidores que não pode ser desprezado. O Brasil é e será sempre um país no radar de empresas e investidores internacionais. O que precisamos é que esse governo, se reeleito,
ou outro que venha a assumir, tenha claro que essa política, unicamente baseada no consumo interno não pode perdurar. Precisamos competir em iguais condições com o exterior, e para isso as mudanças devem contemplar a redução da burocracia e uma melhor infraestrutura de apoio as empresas. Somos um povo que reage melhor, quando as coisas vão mal, espero que essa reação seja o retorno ao caminho certo.
Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos FUNDADA EM 07/06/1988
Rua Oscar Bressane, 283 - Jd. da Saúde 04151-040 - São Paulo - SP Telefone: (11) 5077-4140 Fax: (11) 5077-1817 e-mail: abreme@abreme.com.br site: www.abreme.com.br
Membros do Colegiado Francisco Simon Portal Comercial Elétrica Ltda. José Jorge Felismino Parente Bertel Elétrica Comercial Ltda. José Luiz Pantaleo Everest Eletricidade Ltda. Roberto Varoto Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda. Paulo Roberto de Campos Meta Materiais Elétricos Ltda. Marcos Augusto de Angelieri Sutiro Comercial Elétrica PJ Ltda.
Conselho do Colegiado Nemias de Souza Nóia Elétrica Itaipu Ltda. Carlos Soares Peixinho Ladder Automação Industria Ltda. Daniel Tatini Sonepar
Secretária Executiva Nellifer Obradovic
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Prêmio
ABREME
FORNECEDORES
A tradicional premiação que mobiliza os revendedores e distribuidores de todo o País chega à sua décima edição. A pesquisa que apontará os premiados começou em 28 de julho, novamente conduzida pela NewSense, e permanecerá em campo até o dia 19 de setembro.
Prezado Distribuidor/Revendedor, ainda está em tempo! Quando receber o questionário da pesquisa via fax ou e-mail, responda-o. Se receber o contato telefônico do pesquisador da NewSense, atenda-o. Expresse sua opinião e nos ajude a reconhecer os seus melhores parceiros. Sua opinião e participação são de fundamental importância para a justiça e o sucesso do
Prêmio Abreme Fornecedores! Realização
Pesquisa
Apoio de Divulgação
espaço abreme
perfil do associado
Kanaflex
Tecnologia, qualidade e A Kanaflex iniciou suas atividades no Japão pós-guerra em 1952, produzindo tubos rígidos de PVC. A carência de matéria-prima da época norteou, desde o nascimento da empresa, a busca por produtos diferenciados, de vanguarda, que satisfizesse o binômio economia-tecnologia. O nome Kanaflex derivou do nome do seu fundador, Shiro Kanao. Mais tarde, já na década de 1980, com a utilização da matéria-prima PEAD na fabricação de dutos e tubos para infraestrutura, vira referência internacional nas linhas corrugadas. Está presente no Brasil desde 1973, e as unidades brasileiras estão localizadas nos municípios de Embu e Itu, no Estado de São Paulo. A sede administrativa está localizada em Cotia (SP), e também conta com uma filial do escritório comercial no Rio de Janeiro. 50
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Política Corporativa A missão da empresa consiste em: Prover soluções ao mercado a partir de produtos inovadores, fabricados dentro de rígidos padrões de qualidade, viáveis e que superem as expectativas dos clientes. Garantir um ambiente de trabalho focado na melhoria contínua e no desenvolvimento profissional dos colaboradores. Estabelecer parcerias duradouras, pautadas pela ética e afinidade de valores; gerar retorno aos acionistas por meio do crescimento sustentável. A Kanaflex trabalha para ser continuamente reconhecida como empresa líder em sistemas de transporte de fluidos e tubulações para infraestrutura, contribuindo com o desenvolvimento sustentável, perpetuando-se
como uma empresa respeitada no Brasil e no exterior e assegurando um crescimento muito além do crescimento geral do país. Os valores que a empresa vivencia no dia-a-dia refletem a filosofia de trabalho e o posicionamento frente ao mercado e à sociedade, demonstrando como se relaciona com os clientes, parceiros e colaboradores. São eles o Respeito pelas pessoas, Foco total no cliente, Integridade, Inovação e Aprimoramento, Humildade e Sustentabilidade. Comprometer-se com o sucesso dos clientes, atuar de forma ética e responsável, ensinar e aprender, promover um ambiente seguro e saudável, reconhecer as equipes, garantir a autonomia responsável, comunicar com transparência, e respeitar o meio ambiente são compromissos que a Kanaflex assume ao adotar esta política.
Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos
inovação Sustentabilidade Sempre se preocupando em fornecer um ambiente seguro e saudável para seus funcionários e com o desenvolvimento de produtos não agressivos ao meio ambiente, suas operações não são poluentes e adota ações que otimizam a utilização dos recursos naturais fazendo o gerenciamento dos resíduos de forma adequada. São monitorados o consumo de água e energia elétrica, e evidenciados na política de participação dos lucros e resultados, com a finalidade dos colaboradores se conscientizarem da importância do uso racional desses recursos importantes. Forma de Comercialização No departamento Comercial, a Kanaflex possui divisões distintas com atuações dife-
renciadas, se adequando à necessidade do cliente. A formação da divisão Mangueiras Flexíveis (DMF) se confunde com a história da chegada da empresa ao Brasil. Em 1973, inaugura a sua primeira fábrica em território nacional iniciando a produção de mangueiras flexíveis de PVC, KM e KP, que após anos de crescimento e inserção de outras linhas, consegue atender vários setores, dentre eles: Industrial: mangueiras flexíveis perfeitas para escoamento, sucção, descarga, jateamento etc. Alimentício: mangueiras com laudo de atoxicidade. Garantia da ausência de elementos contaminantes em virtude da condução de produtos ingeríveis. Agrícola: Mangueiras de pulverização, bombeamento e escoamento. Construção Civil: condutos d’água para drenagem de terrenos e mangotes para bombeamento de concreto. Petroquímico e Sucroalcooleiro: mangueiras para aplicação em conjuntos utilizados em plataformas e mangueiras para descarregamento de combustível. A divisão de Infraestrutura fornece para setores básicos como energia elétrica, telecomunicações, saneamento, drenagem, gás combustível entre outros, disponibilizando produtos diferenciados de alto desempenho. Sua história está ligada ao desenvolvimento do duto Kanalex, que passou a ser fabricado no Brasil em 1984 e rapidamente conquistou as empresas de Energia Elétrica pela sua praticidade na instalação e custo competitivo. Em 2013 entra em atividade a Unidade de Itu, produzindo tubos lisos e tubos corrugados de grande diâmetro de PEAD. Com as máquinas mais modernas do mercado mundial para extrusão de tubos, prepara-se para um aumento expressivo de consumo, duplicando sua capacidade de transformação. Produtos comercializados pela Divisão INFRA Energia Elétrica e Telecomunicações: dutos para proteção de cabos subterrâneos. A eliminação da poluição visual e a conseqüente melhoria da qualidade de vida das pessoas é o melhor benefício desta linha
de produto. Pioneira nesta aplicação no Brasil, a Kanaflex é referência das Concessionárias de Energia Elétrica e Telecomunicações. Drenagem Subterrânea: tubos perfurados para captação e condução de líquidos; linha de produto com grande longevidade, aplicada principalmente nas obras de Engenharia, como estradas, aterros, barragens e aeroportos. Drenagem Pluvial: tubos corrugados de grande diâmetro. Esta linha vem de encontro às necessidades brasileiras de melhoria na infraestrutura do país. Sua praticidade e segurança alavanca o cronograma das obras, assegurando sua conclusão num tempo mais curto comparado a outras tecnologias. Água e Esgoto: tubos para sistemas de água pressurizados que garantem a estanqueidade e redução de perda do sistema. Além de diminuir sensivelmente número de emendas na rede, evita a incrustação e reduz a manutenção nas linhas. Gás Combustível: com o ganho da segurança para ser aplicado dentro dos grandes centros urbanos, o sistema de distribuição de gás com tubos flexíveis de polietileno proporcionou maior rapidez de instalação evitando transtornos no trânsito, atingindo grande ramificação e consequentemente mais clientes. A equipe de Exportação (COMEX) da empresa atua em toda a América Latina e alguns países da África. Ela mantém distribuidores espalhados por toda América Latina fornecendo aos clientes os produtos DMF e INFRA. As grandes construtoras brasileiras que atuam no Continente Africano possibilitaram à Kanaflex a abertura de portas para o fornecimento para os novos países clientes. A Kanaflex reconhece a importância dos clientes, colaboradores e fornecedores pela contribuição pessoal e institucional nesse processo de crescimento constante, certa de que a empresa continuará com a mesma qualidade reconhecida, levando inovação tecnológica, segurança, assistência técnica e parceria a níveis cada vez mais elevados. A empresa manterá sempre forte o compromisso de satisfação plena dos seus clientes. potência
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produtos e soluções
Linha de luminárias A Lalux ingressa no mercado de luminárias com o lançamento da linha de Luminárias Tartarugas. São seis modelos, disponíveis nas cores branca e preta, totalmente injetadas em policarbonato com tratamento anti UV, parafusos em aço inox e soquete E27 incorporado (também disponível na versão em LED).
Lâmpada com formato de incandescente As lâmpadas Ecológenas da Kian Iluminação foram desenvolvidas para substituir as tradicionais lâmpadas incandescentes. Elas estão disponíveis nas potências 42, 70 e 100W, em 127 e 220V, que equivalem às incandescentes convencionais de 60, 100 e 150W, respectivamente. A tecnologia empregada nas lâmpadas halógenas permite que elas proporcionem a mesma qualidade de luz com o mesmo design das incandescentes convencionais, consumindo 30% menos energia.
Relé de segurança A Rockwell Automation apresenta ao mercado o relé de segurança Guardmaster 440CCR30, que pode ser programado com o software gratuito Connected Components Workbench. O produto atende os requisitos PLe e SIL 3 de acordo com as normas EN ISO 13849-1 e IEC 62061, sendo ideal para aplicações que requeiram de quatro a nove circuitos de segurança e controle para até cinco zonas. A interface gráfica do usuário e os recursos de arrastar e soltar do software ajudam a guiar usuários através de um processo simples para selecionar blocos de função de segurança certificados para o relé. Uma vez programado, uma interface Modbus embarcada permite que o relé de segurança comunique facilmente dados de diagnóstico para controladores Micro800, terminais gráficos PanelView ou controladores CompactLogix.
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Novos pendentes A Avant apresenta os Pendentes Globo Black e White. Fabricados em aço, com pintura com acabamento epóxi nas cores preta ou branca, as peças valorizam os ambientes e funcionam como ponto focal, ou seja, para marcar um ponto de luz no cômodo. São três modelos: com uma, duas ou três cúpulas. A luminária tem fio elétrico aparente com cobertura isolante cristal e funciona nas tensões de 127 ou 220V, sendo que a potência máxima da lâmpada deve ser de 60W, com base E27.
Segurança e praticidade
Minicanaleta Articulada A Dutoplast acaba de lançar a linha de minicanaletas articuladas, com dimensões de 9x4,5; 12,5x7 e 12,5x12,5mm. As peças possibilitam um trabalho mais delicado e imperceptível, abrindo apenas um lado da tampa (a outra permanece fixa no corpo da canaleta), e são fornecidas com fita dupla face para a fixação.
A linha de Caixas de Luz da Fortlev são utilizadas para a fixação de dispositivos elétricos nos pontos de energia, como interruptores e tomadas. As caixas são fabricadas em PVC antichama, com abas e bordas reforçadas que evitam quebras e deformações. O material pode ser encontrado nos formatos retangular, quadrado e octogonal, além do prolongador para a caixa octogonal, e permite a instalação em lajes de maior espessura. Os modelos foram desenvolvidos visando a facilidade de instalação, com várias entradas, possibilitando o uso de qualquer diâmetro de eletroduto, além de abertura fácil das entradas para encaixe dos eletrodutos, sem deixar pontas.
Iluminação remota A Racco Equipamentos apresenta o Kit Pelican 9435. Com aprovação EX ic II C T4 Gc e 1.500 lumens, o produto possibilita a iluminação em locais classificados, como Zona 2. Ele possui corpo de polímero de Xenoy e resina de policarbonato inquebrável, ABS resistente a impactos e corrosão, lente de película especial que resiste a altas temperaturas, LED branco com 24 vezes mais intensidade e suporte com giro de 180°. Com autonomia de 8 horas de uso contínuo (alta) e 15 horas (baixa), a Pelican Racco 9435 tem eficiente penetração em neblina e fumaça.
Multímetro Digital O Multímetro Digital Foxlux foi desenvolvido com o que existe de mais moderno em tecnologia de semicondutores. Ele apresenta como características a alta confiabilidade, durabilidade e simplicidade de operação, e mede tensão contínua e alternada, corrente contínua e resistência. Modelo com testador de cabos: RJ-45, RJ-11 e RJ-12.
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produtos e soluções
Fluorescentes tubulares A linha de lâmpadas fluorescentes tubulares da Osram apresenta uma novidade: ganhou a cor 850, similar à luz natural do dia (com temperatura de cor de 5.300K). Os modelos, com índice de reprodução de cores 80, graças ao pó trifósforo LUMILUX®, são apropriados para diversos ambientes, como cozinhas, lavanderias e escritórios, e são ideais para proporcionar iluminação uniforme e mais nítida em comparação com as tecnologias mais “quentes”.
Linha de nobreak A NHS acaba de lançar o nobreak Compact Plus Rack 2U, que faz parte da Linha Senoidal. Aparelho de alta frequência, o Rack 2U pode ser ligado mesmo quando a rede elétrica não estiver disponível, sendo ideal para fontes com PFC (Power Factor Corrector). Ele possui bivolt tanto na entrada (automático) como na saída (configurável), o que amplia a gama de equipamentos que podem ser conectados. O Compact Plus Rack 2U tem 1.000VA/600W de potência, duas baterias 7Ah seladas – aumentando a proteção contra curto-circuito -, e controle DSP (Processador Digital de Sinais), que oferece alto desempenho e forma de onda senoidal pura.
Solução sem fio A Fluke Networks está lançando uma série de recursos 802.11ac nas soluções AirMagnet Survey PRO/Planner e AirMagnet WiFi Analyzer PRO para auxiliar as organizações a otimizar a migração ou coexistência para o novo padrão de rede 802.11ac. Com novas aplicações de modelagem, kits de ferramentas e capacidade única de captura e análise portátil 3x3 da indústria, as empresas agora podem alavancar a primeira solução completa de lifecycle sem fio da indústria, para projetar, implantar e fazer troubleshooting em redes padrão 802.11ac com precisão, rapidez e de maneira mais econômica.
Fixação de tomada A Sob-Brasil apresenta ao mercado o PCE – Alojamento para fixação de tomada em trilho DIN. A solução é ideal para montagens em painéis e/ou armários elétricos e conta com estrutura protegida para impedir choque elétrico por contato acidental. O produto tem altura de 47mm e é feito em polipropileno, com retardamento de chama, na cor cinza. Ele tem grau de Proteção IP20 e é compatível com tomadas de painel para 16 e 32A, flange de fixação 75x75mm e fixação interior de 60x60mm.
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Luminária modular A Lâmpadas Golden diversificou sua linha de luminárias para Iluminação Pública com o modelo Square Modular, da Linha Highway Lighting. Com design diferente e IP66, ou seja, indicado para uso externo e podendo ficar exposto a intempéries, o produto é recomendado para avenidas, praças, pontes e viadutos, ruas e condomínios. Há opções de 24 até 96 LEDs, com sete potências distintas (58, 86, 114, 140, 168, 196 e 224W ) e adaptáveis à demanda de consumo. Seu corpo em alumínio injetado possui encaixe para fotocélula. A linha possui duas temperaturas de cor (5.000 e 4.000K) para atender tanto a demanda por luz mais branca como mais amarelada. Sua eficiência luminosa varia de 85 a 96lm/W, o que garante um fluxo luminoso de elevada qualidade.
Produtos adaptados A Tramontina Eletrik adaptou os conduletes múltiplos de sua linha de produtos, de acordo com as novas características da norma NBR 14136. A empresa ampliou a altura interna dos conduletes em 4mm, o que permite o melhor acondicionamento das tomadas em seu interior. Paralelamente, foi modificado o projeto das tomadas que levam a marca, tornando-as mais estreitas, o que proporcionou um ganho de mais 7mm de espaço livre nos conduletes.
Porteiro eletrônico A HDL apresenta ao mercado seu mais recente lançamento: o porteiro eletrônico F8-S. Trata-se de uma solução compacta, leve e discreta de interfones para residências, condomínios e espaços comerciais, que possui um novo sistema de instalação mais seguro, prático e rápido, sem a necessidade de abrir o painel externo para efetuar a instalação, contando também com fonte automática bivolt (127/220 Vac – 50/60 Hz). O modelo tem painel externo fabricado em plástico ABS e acabamento frontal em alumínio escovado, permite instalação de até quatro pontos internos, sendo um interfone que acompanha o kit, mais três interfones que podem ser adquiridos separadamente, alarme antiviolação na unidade externa e ainda aciona qualquer fechadura da marca de 12 volts.
Soquete E27 Fixtil para lâmpadas A Fixtil incluiu em seu mix de produtos do segmento de Elétrica a linha de soquetes para lâmpadas. Entre as opções, está o modelo Soquete E27 com rabicho, acessório adequado para instalar lâmpadas incandescentes e eletrônicas de 110 e 220V. Ele é fabricado em material plástico com contatos em latão, está disponível na cor preta e é apropriado para instalações temporárias.
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economia
finanças e investimentos
Faturamento em queda pamentos decorrentes dos investimentos em geração e transmissão de energia. No entanto, os investimentos em distribuição estão parados. Quanto aos Materiais Elétricos de Instalação, apesar de todos os incentivos para a construção civil, não foram registrados reflexos nos negócios das pequenas construções e reformas, principais mercados desse segmento. O número de empregados no setor, no final de junho, atingiu 178,6 mil trabalhadores, pouco acima do verificado no final do ano passado. No entanto, nos últimos dois meses houve diminuição de 1.500 trabalhadores ocupados, mais uma evidência do esfriamento dos negócios no segundo trimestre. As exportações apresentaram retração de 5% nos primeiros seis meses do ano em relação a igual período do ano passado, atingindo US$ 3,2 bilhões. Em relação ao destino das exportações, observa-se queda para os países da ALADI, principal mercado do setor, e crescimento para todas as demais regiões. As importações, por sua vez, caíram 1% no primeiro semestre de 2014, o que também reflete a retração do mercado interno de produtos eletroeletrônicos. A principal origem das importações continua sendo a Ásia, que representa 66% do total importado de produtos do setor.
Nova fábrica
A Anacom Eletrônica, distribuidora de produtos para desenvolvimento eletrônico, acaba de fechar contrato de distribuição com a ABI Electronics, empresa inglesa do segmento de testes e diagnósticos de falhas em placas eletrônicas e que oferece um completo sistema para este fim, o System 8 BoardMaster PLUS. Com o acordo, a Anacom passa a oferecer soluções que cobrem todas as etapas do ciclo de vida de um produto eletrônico, desde a sua concepção até o diagnóstico e reparo de falhas deste produto (projeto, prototipagem, manufatura, testes e reparo). “Com esta parceria, pretendemos contribuir de forma significativa com o mercado eletroeletrônico e diversos outros setores que utilizam o sistema, tornando esta atividade acessível para a maioria das empresas, técnicos e engenheiros de manutenção e reparo”, comenta Carlos Gonzalez, diretor de Unidade de Negócios da Anacom.
Fotos: Dreamstime
Dados divulgados pela Abinee em agosto apontam que o faturamento da indústria elétrica e eletrônica apresentou queda real de 4% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento nominal (sem descontar a inflação do setor) foi de 3% na mesma comparação. Para o ano, a Abinee reviu sua projeção anterior (crescimento nominal de 8% e real de 5%), prevendo que os percentuais deverão ser os mesmos do primeiro semestre - queda real de 4% e crescimento nominal de 3%. Com exceção da área de Telecomunicações, o faturamento de todas as demais apresentaram crescimentos menores no segundo trimestre do que no primeiro trimestre, fato que reflete a queda dos negócios ao longo do semestre. As áreas de Automação Industrial e Equipamentos Industriais, dependentes de investimentos produtivos, cresceram 11% no primeiro semestre. O desempenho é justificado pelas encomendas de equipamentos ocorridas no final do ano passado, e que geraram faturamento para este início de ano. No caso da área de GTD (Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica) estão sendo verificadas encomendas de equi-
Parceria inédita
A Osram abriu oficialmente uma nova fábrica de LEDs na cidade chinesa de Wuxi. Com área de aproximadamente 100 mil m², o local foi projetado para abrigar cerca de 2,1 mil empregados até 2017. “Essa notícia representa um grande aumento na nossa capacidade de produzir LEDs, tecnologia que mais se expandirá no mercado global nos próximos anos”, declara Wolfgang Dehen, CEO da empresa. A fábrica chinesa é a segunda unidade da Osram onde chips de LED serão transformados em fontes de luz, prática já desenvolvida em Penang (Malásia). Além delas, em Regensburg (Alemanha), são produzidos chips semicondutores na tecnologia. “Wuxi será capaz de produzir bilhões de LEDs por ano. A Osram, cada vez mais, tem se esforçado para avançar nas descobertas e no aprimoramento tecnológico para oferecer aos clientes de todo o mundo produtos cada vez mais vantajosos”, afirma Aldo Kamper, CEO do departamento de Opto Semicondutores da empresa. Outro investimento importante da Osram foi a compra da italiana Clay Paky, especializada em iluminação para entretenimento. Sediada em Bérgamo, a Clay Paky é fabricante de diversos produtos que utilizam dispositivos da Osram, como os da linha Sirius, refletores de alto desempenho para a iluminação de pubs, bares e casas noturnas. “Osram e Clay Paky sempre se complementaram. Nessa nova etapa da sociedade esperamos oferecer ao mercado um leque ainda maior de soluções para iluminação de entretenimento, com a união de dois respeitáveis portfólios e o domínio tecnológico de ambas”, comemora Ricardo Oliveira, gerente de Vendas do Canal Display Optic da Osram Brasil. Foto: Divulgação
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Falhas no sistema de transmissão de energia e o aumento da tarifa elétrica têm movimentado as vendas no mercado de geradores. E, graças a esse contexto, a Distribuidora Cummins Centro Oeste (DCCO), único distribuidor dos grupos geradores da Cummins Power Generation em Goiás, Distrito Federal e Tocantins, prevê crescimento de 30% nas vendas no segundo semestre deste ano. De acordo com Carlos Person, gerente de Vendas da DCCO, os segmentos de mercado que apresentaram melhores resultados no ano, até o momento, foram os de geração de energia (36%) e de serviços (52%).
Foto: Divulgação
Negócios no centro-oeste
Investimento no futebol
A SIL, fabricante de fios e cabos elétricos, volta a patrocinar a Série C do Campeonato Brasileiro de Futebol – Brasileirão 2014, com base na Lei de Incentivo ao Esporte. A participação da empresa se dará com a apresenta-
ção de placas estáticas nos estádios durante os jogos. A iniciativa tem como meta aumentar a visibilidade da SIL em todo o território nacional, tornando a marca cada vez mais próxima do seu público consumidor. O marketing esportivo tem sido uma importante ferramenta de divulgação da marca, com ações que privilegiam o rádio e a TV por serem canais que atingem diretamente os profissionais especificadores. Além do patrocínio à Série C do Brasileirão, a empresa patrocina os segmentos de futebol das Rádios Bandeirantes e Alpha, em São Paulo. “O apoio ao futebol ao longo dos anos deu visibilidade à SIL e vem fortalecendo a relação da empresa com seus consumidores, baseada em ética, qualidade e segurança”, avalia Rodrigo Morelli, supervisor de Marketing da SIL.
Exportações em alta Aquisição de empresa
A ABB fechou acordo para a aquisição da empresa Spirit IT, situada na cidade de Eindhoven, Holanda. Com a compra, a ABB irá adicionar uma nova linha de computadores de vazão de líquido de alto desempenho, soluções SCADA e de transporte de transferência física, para sua unidade de negócios de medição voltada à indústria de petróleo e gás. A Spirit IT projeta e vende soluções de medição de vazão de líquido e soluções de supervisão para utilização em aplicações de petróleo e gás. Seus computadores de vazão de líquidos e software oferecem maior precisão e controle em aplicações para automação de plataformas de exploração, e transporte de transferência física. “A inclusão de produtos da Spirit IT ao portfólio de produtos de medição da ABB irá permitir que possamos oferecer uma solução de automação mais abrangente para líquidos e gases”, ressalta Veli-Matti Reinikkala, responsável mundial da divisão de Automação de Processos da ABB.
A filial brasileira da Schmersal, cuja fábrica está localizada na cidade de Boituva (SP), aposta na exportação de produtos voltados à segurança de máquinas e equipamentos para incrementar seus negócios. Esse foco de atuação da companhia deve impulsionar o volume de itens exportados em 50% em 2014, sobre os 30% atingidos no ano passado. O mercado externo representa 10% do faturamento anual da empresa. O parque fabril nacional fornece produtos para países da América Latina e também para as filiais da Schmersal na Europa, Ásia e América do Norte. Do total exportado, 30% são para a América Latina e 70% para as demais regiões do mundo. Atualmente, a unidade brasileira é considerada um centro de competência para diversas soluções e produtos para elevadores e chaves de emergência, que são os mais exportados. Tanto que a empresa está investindo em estrutura própria de consultoria técnica e vendas em países como o México, Chile e Equador. Além disso, também está ampliando sua rede de distribuidores. Para Rogério Baldauf, diretor-superintendente da Schmersal, ape-
sar dos bons resultados, o cenário das exportações brasileiras é preocupante em função da situação cambial vivida pelo País. “Havia uma expectativa de maior desvalorização do real, porém, nos últimos meses, se registrou uma tendência contrária. Esta oscilação impede um bom planejamento e está afetando todas as empresas exportadoras. Questões logísticas e burocráticas no Brasil são também um grande obstáculo. Existem casos de embarques que demoram até um mês para liberação na alfândega”, desabafa. Ainda segundo o executivo, as exportações brasileiras dependem do cenário externo. “Em geral, a perspectiva é boa, visto que grandes mercados como Europa e EUA se recuperam das respectivas crises. Temos como exemplo países como Espanha e Itália, que passaram por recessão recentemente e hoje apresentam os maiores índices de crescimento de vendas da Schmersal no mundo”, finaliza Baldauf.
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geração, transmissão e distribuição
Fotos: Dreamstime
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Qualificação de educadores
Com o objetivo de qualificar educadores e tornálos agentes multiplicadores do conceito sobre o consumo consciente e seguro da energia elétrica, a EDP, empresa do Grupo Energias de Portugal, inicia um novo ciclo do projeto “Boa Energia nas Escolas” em sua área de concessão de distribuição de energia elétrica em São Paulo e no Espírito Santo.
Balanço do trimestre
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) anunciou os resultados do segundo trimestre de 2014. O balanço consolidado da empresa apresenta os dados das subsidiárias integrais, das controladas, coligadas e consórcios. No segundo trimestre desse ano, a empresa obteve lucro líquido de R$ 248,3 milhões, valor 1,3% inferior ao registrado no 2T13. A receita líquida registrou crescimento de 48,4% e o custo com compra de energia avançou 76,8%.
A nova etapa do projeto terá duração de dois anos e será desenvolvida em 600 escolas da rede estadual e municipal de ensino. Serão beneficiados 240 mil alunos e capacitados três mil educadores em instituições localizadas nos municípios sob concessão da EDP em ambos os estados. Na primeira fase do “Boa Energia nas Escolas” foram ministradas palestras de sensibilização com os educadores e apresentados os objetivos, as ações educacionais e a metodologia pedagógica utilizada no projeto. Já na segunda fase, a EDP irá promover cursos de capacitação, com a finalidade de instrumentalizar os educadores para o desenvolvimento das atividades em sala de aula, e oferecer todo o material didático e pedagógico. Com a qualificação, os educadores das unidades de ensino contempladas estarão aptos a levar conhecimento aos alunos, de maneira
lúdica e divertida, sobre o funcionamento dos processos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, bem como abordar temas a respeito do uso racional da eletricidade e ensinar dicas de economia. “Além de conscientizar diretamente professores e alunos, o projeto Boa Energia nas Escolas busca envolver as famílias e comunidades do entorno de forma indireta, orientando para a mudança de hábitos e atitudes quanto à redução do desperdício de energia e contribuindo com a preservação do meio ambiente”, destaca o vicepresidente da EDP Distribuição, Miguel Amaro. Após a capacitação dos educadores, as instituições receberão a Unidade Móvel de Ensino desenvolvida pela EDP: um caminhão de médio porte customizado e equipado com televisão, que exibirá vídeos em 3D, e diversos experimentos sobre energia elétrica, além de jogos, gibis e uma maquete que simula o consumo de uma residência.
Bons resultados
Após aquisição do Grupo Rede, em 11 de abril, a Energisa publica seu primeiro resultado consolidado. No segundo trimestre de 2014, a empresa obteve lucro líquido consolidado com crescimento de 126%, somando R$ 60,8 milhões. No acumulado no semestre, o lucro líquido atingiu R$ 136 milhões. Também houve incremento de 67,9% na geração de caixa (EBITDA Ajustado), que totalizou R$ 616,6 milhões no primeiro semestre de 2014. A energia total comercializada no segundo trimestre aumentou 85,3%, para 10.575GWh. No semestre, a energia total comercializada foi de 7.494GWh, um crescimento de 161%.
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Consumo de energia
No mês de junho, foi registrado um consumo total de 58.488MW médios de energia elétrica nos ambientes de contratação livre e no mercado regulado, o que representa alta de 0,27% em relação ao mesmo período no ano passado. Na comparação com maio deste ano, houve queda de 2,3%. Do montante consumido no mês, 75% foi absorvido pelo mercado regulado e 25% pelo livre, com valores de 43.615MW médios e 14.873MW médios, respectivamente. Os dados constam do InfoMercado, boletim publicado mensalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e que traz os principais resultados das operações contabilizadas no setor elétrico. Segundo o InfoMercado, o consumo foi puxado pelo ramo de metalurgia e produtos de metal, com 2.896MW médios; seguidos pelo setor químico com 1.625MW médios; pelo ramo de minerais metálicos e não metálicos com 1.586MW médios e pelo de bebidas e alimentos com 914MW médios.
geração, transmissão e distribuição
Ilustrração: Dreamstime
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Lucro de R$ 15,3 milhões
As distribuidoras de energia elétrica Celpe (Pernambuco), Coelba (Bahia) e Cosern (Rio Grande do Norte), do Grupo Neoenergia, são as primeiras do País a oferecer consultoria gratuita para órgãos públicos federais que necessitam obter etiquetas de eficiência energética para suas instalações. O Ministério do Planejamento e Orçamento (MPOG) determinou que prédios federais, novos ou recentemente reformados, atestem que foram construídos ou reformados visando o máximo de economia de energia possível. A medida tem como objetivo combater o desperdício e incentivar o uso racional da energia no setor público federal. As etiquetas de eficiência energética são semelhantes às utilizadas nas lâmpadas e aparelhos eletrônicos. No caso dos prédios públicos, a norma se aplica às edificações novas com área acima de 500 metros quadrados e também a prédios que passarem por reformas significativas. O processo de etiquetagem das edificações públicas, assim como ocorre nas edificações comerciais e de serviços, avalia os sistemas de iluminação artificial, de condicionamento de ar e de envoltória (fachadas e coberturas), de acordo com o clima local. A etiqueta busca incentivar a elaboração de projetos arquitetônicos que aproveitem ao máximo a iluminação e ventilação natural, o que resulta em consumo menor de energia elétrica. As etiquetas das construções são classificadas em níveis que variam do A (mais eficiente) até o E (menos eficiente), de acordo com o consumo de energia. A etiqueta de cada edifício pode ser parcial ou geral. É possível avaliar separadamente os sistemas de envoltória, iluminação e condicionamento de ar. A etiqueta também pode ser aplicada a um pavimento, conjuntos de salas ou ao prédio todo. Para a obtenção da etiqueta, é necessário apresentar à distribuidora o projeto arquitetônico (planta baixa, cortes, fachadas e detalhes de esquadrias), projeto elétrico e luminotécnico, projeto de condicionamento de ar, memorial descritivo dos materiais a ser utilizados nas fachadas e coberturas, para análise das propriedades térmicas, e fator solar dos vidros. Após a consultoria gratuita realizada pelo setor de Eficiência Energética da Neoenergia, o projeto é encaminhado para os órgãos acreditados pelo Inmetro para a emissão da etiqueta de eficiência energética.
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Complexo do Rio Madeira A Hidrelétrica Santo Antônio obteve no dia 7 de agosto a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para colocar em operação comercial sua 28ª turbina, sete unidades geradores a mais que o previsto
no cronograma original. As 28 turbinas representam uma potência instalada de aproximadamente 2.000MW, energia disponibilizada ao Sistema Integrado Nacional (SIN), que a distribui para diversas regiões brasileiras. Foto: Divulgação
Eficiência energética
A Light S/A, holding que atua nos segmentos de distribuição, geração e comercialização de energia elétrica, totalizou no resultado do segundo trimestre de 2014 lucro líquido de R$ 15,3 milhões, uma redução de 73,8% em relação ao mesmo período em 2013, em função do aumento dos custos não gerenciáveis de compra de energia. Considerando os ativos e passivos regulatórios (CVA), o lucro líquido ajustado totalizou R$ 94,7 milhões. O lucro líquido acumulado dos seis primeiros meses de 2014 é de R$ 196 milhões, resultado 43,1% maior do que o alcançado nos seis meses iniciais de 2013. O EBITDA (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) também foi impactado pelo aumento dos custos não gerenciáveis da compra de energia, chegando a R$ 239,3 milhões, 13,9% abaixo do apurado em 2013. Considerando o CVA, o EBITDA chegou a R$ 359,7 milhões. A taxa de arrecadação do trimestre chegou a 103,5% do faturamento, 0,7% abaixo do índice do mesmo período do ano passado. O consumo total de energia na área de concessão da Light foi destaque no resultado, crescendo 3% em relação ao mesmo período de 2013 e chegando a 6.495GWh. Os fatores que influenciaram o alcance deste valor foram, principalmente, os aumentos dos consumos nos segmentos residencial (8%) e comercial (2,8%). A receita líquida da Light consolidada no segundo trimestre de 2014 totalizou R$ 1,6 bilhão, valor 1,4% acima do mesmo período em 2013, com destaque para as atividades de comercialização e distribuição, que apresentaram aumento de 40,5% e 3,2%, respectivamente. No acumulado do semestre, este valor chega a R$ 3,7 bilhões, um aumento de 11,2% ante os seis primeiros meses de 2013.
geração, transmissão e distribuição
O setor de energia no Brasil não apresenta um cenário favorável, devido à escassez de chuvas. Para o segundo semestre de 2014, de acordo com a comercializadora Trade Energy, o mercado livre não tem expectativas de redução dos preços no spot, já que o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) deverá permanecer igual ou superior aos valores atualmente observados. “Entretanto, o momento está sendo aproveitado para importantes discussões regulatórias do segmento, como a expansão para o mercado livre, os obstáculos à liberação mais ampla deste ambiente, além da permissão das distribuidoras para promoverem os próprios leilões de compras, com objetivo de eliminar futuramente sua exposição involuntária, entre outras questões”, afirma Walfrido Avila, presidente da Trade Energy. Outro aspecto avaliado pela companhia é a tendência da elevação do PLD até, pelo menos, dezembro deste ano. “Para 2015 há uma incógnita, mas os preços para contratos futuros, mais baixos que os atuais, mostram que o mercado espera um período úmido, ao menos razoável”, acrescenta o executivo. Com a finalidade de comprar energia com preços mais competitivos, a Trade Energy orienta seus clientes na contratação de longo prazo. “Devido às decisões erradas do governo em relação à política energética, deve haver uma explosão tarifária nos próximos anos”, declara Avila. Questões como a necessidade de expansão para atendimento ao mercado livre e a destinação de cotas de energia das concessões de geração renovadas para o ambiente de contratação livre também devem ser avaliadas. “O processo de revisão de energia garantida nesse ano pode afetar a oferta total de garantia física e, talvez, levar o governo a fazer leilões mais frequentes e com regras mais elásticas e adaptadas à realidade”, enfatiza o presidente.
Programa de regularização
Capacidade instalada
Em junho de 2014, o conjunto de 1.125 usinas interligadas ao Sistema Nacional gerou 59.410MW médios, volume 2,6% inferior ao computado em maio de 2014 e 0,3% frente a junho do ano passado. A capacidade instalada somou 127.294MW e registrou aumento de 0,21% (268MW) nas unidades geradoras com relação a maio de 2014 e de 2,7% (3.320MW) em comparação a dezembro de 2013. Os dados constam da última edição do Boletim de Operação das Usinas, divulgado mensalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Em junho, aponta o Boletim, também houve acréscimo líquido de sete novas usinas ao SIN. O destaque foi a entrada em operação de unidade geradora da usina de Jirau (75MW) e usinas a biomassa (110MW). Considerando o primeiro semestre, ainda acrescentam-se as eólicas e térmicas a gás. O Informativo revela que, apesar do aumento de geração das usinas a biomassa, caiu em 3,6% a produção das termelétricas, entre maio e junho de 2014. Foi registrada uma geração de 16.686MW médios. Na comparação com junho de 2013, contudo, verifica-se alta de 14,7%. Com novos parques entrando em operação, a geração eólica, com uma produção de 1.228MW médios, foi destaque com aumento de 127,2% entre junho de 2014 e o mesmo período de 2013. Também houve crescimento de 64, 4%, entre maio a junho desse ano. A geração das hidrelétricas apresentou redução de 3,7% em relação a maio de 2014 e de 6,3% em relação a junho de 2013.
Desde 2004, o programa Transformação Consumidores em Clientes da AES Eletropaulo já regularizou a energia em mais de 620 mil residências, de 1,4 mil núcleos. Deste total, 120 mil foram nas cidades do ABC, outras 100 mil na região Oeste e 400 mil na Capital de São Paulo. Até o final de 2015, a AES Eletropaulo beneficiará, no total, mais de 2,5 milhões de pessoas. Com isso, a concessionária estima atender todos os núcleos que estão prontos para a instalação de energia segura. Para fomentar o programa dentro das comunidades, a AES Eletropaulo conta com a parceria da liderança dos locais. Esses agentes trabalham no esclarecimento à população sobre os riscos das ligações clandestinas, prevenção e conscientização para o uso adequado e seguro da energia, com intuito de combater acidentes provocados pelas instalações irregulares. Os benefícios do programa incluem ainda uma iluminação pública regularizada, evita curto-circuito e, consequentemente, incêndios. “Segurança é prioridade deste programa. Durante todo o processo, além da utilização de alta tecnologia, com cabeamento seguro e isolado, a companhia também realiza orientações aos moradores porta a porta, sobre economia de energia”, afirma José Cavaretti, gerente de Novos Mercados da AES Eletropaulo. O projeto já se tornou benchmark no setor, devido a abrangência e preocupação sustentável com a comunidade. De acordo com pesquisas realizadas pela própria companhia, aproximadamente 80% das famílias que passam pelo programa afirmam que a distribuidora levou segurança às suas residências e comunidades. “Levar essa experiência para outras empresas também é gratificante. E, ao final, quem ganha é a população”, concluiu Cavaretti.
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