Recado do Hilton - Edição 113

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Ano XI Edição 113 Maio’15

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As instalações elétricas (finalmente) começam a se

parecer com aviões M

uito antigamente com Leonardo Da Vinci e, bem mais tarde, com Santos Dumont e outros gênios inventores, o único (e nada fácil) objetivo era fazer flutuar e voar um objeto mais pesado do que o ar. Superada essa complicada etapa, com o avião agora no céu, o passo seguinte foi dedicado a tornar o voo seguro para o piloto, passageiros e a própria aeronave. Após o desenvolvimento de tecnologias e materiais, que custaram milhares e milhares de homens-hora e milhões e milhões em dinheiro, essa fase também foi superada com sucesso. Agora o avião voava e era seguro. O próximo assunto passou a ser a autonomia das aeronaves, que no início era muito pequena. E a autonomia passou a ser corretamente interpretada como uma questão de melhorar a eficiência energética do veículo aéreo. Pesquisas e desenvolvimentos de novos materiais, da aerodinâmica, de novos combustíveis e uma série de outros temas correlatos ajudaram a criar as classes de aviões com autonomias intercontinentais. Thomas Edison, ao iluminar um bairro de Londres pela primeira vez em 1881, queria tão somente que as lâmpadas das edificações acendessem. Naquela experiência pioneira, a segurança não era a parte fundamental do trabalho. Vencidos os incontáveis obstáculos operacionais dos anos seguintes, ficou evidente para Edison e todos os outros 98

potência

cientistas, engenheiros, técnicos, eletricistas e usuários de eletricidade que não bastava fazer funcionar os aparelhos elétricos e lâmpadas. Era preciso que as pessoas ficassem vivas quando próximas às redes elétricas! Deixando de lado a invenção da cadeira elétrica, todos os demais usos da eletricidade tinham o claro objetivo de propiciar conforto para as pessoas ainda vivas e não o conforto prometido do descanso da vida eterna. Identificado este sério problema, a corrida passou a ser pela busca da segurança elétrica. No início investiu-se na isolação dos condutores, que até então eram majoritariamente nus; inventou-se o fusível, essencial na proteção dos produtos e, de quebra, das pessoas. Passou-­ se a confinar as partes vivas dentro de invólucros, aparecendo então os primeiros dispositivos elétricos abrigados em caixas. Na década de quarenta do século XX, surgiu o disjuntor e, na década de setenta o dispositivo DR foi desenvolvido. Na mesma época, os cabos isolados em “pano” foram trocados por isolações sólidas termoplásticas e termofixas, com características antichama. E por aí segue a evolução da segurança, chegando aos relés inteligentes, sensores, detectores, cabos e produtos não halogenados, etc. Tudo isso para aumentar a segurança das pessoas e do patrimônio, como prescrito em forma de regras na nossa NBR 5410. Seguindo a trilha da aviação, agora que as instalações funcionam e podem

ser seguras (basta seguir as regras), nestes tempos de olhar para o planeta com mais carinho, chegou a hora de olhar com atenção para a eficiência energética desse produto (neste contexto, entenda-se produto como a instalação elétrica completa). A grande novidade neste assunto vem da comunidade internacional. Publicada em outubro de 2014, a norma IEC 60364-8-1: Low-voltage electrical installations - Part 8-1: Energy efficiency (Instalações elétricas de baixa tensão – Parte 8-1: Eficiência energética) fornece requisitos, medidas e recomendações para a concepção, montagem e verificação de todos os tipos de instalação elétrica de baixa tensão, incluindo a produção e armazenamento de energia para otimizar o uso eficiente total de eletricidade local. IEC 60364-8-1: seja bem-vinda a bordo das instalações elétricas! Ainda vamos ouvir falar muito de você. Até a próxima edição!

Hilton Moreno


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