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Ano XII Edição 126 Junho’16
Instalações elétricas
que há em comum entre as instalações elétricas em locais que atendem e recebem crianças pequenas, instalações que atendem e recebem pessoas idosas e/ou com dificuldade de locomoção e instalações que alimentam equipamentos vitais para manutenção da vida das pessoas enfermas? No primeiro grupo estão creches, berçários, escolas maternais e outros locais que atendem crianças que engatinham, estão começando a andar ou já andam bem e que, acima de tudo, como qualquer criança, são extremamente curiosas e ativas. No segundo grupo, temos os asilos, clínicas de repouso e demais locais que recebem e cuidam daqueles que já atingiram a maturidade e que podem ter limitações de mobilidade em função da idade avançada. No terceiro grupo, estão os estabelecimentos assistenciais de saúde em geral, mas, no âmbito deste artigo, vamos tratar dos chamados homecares, ou seja, casas, sobrados e apartamentos que, por necessidade, têm parte de sua área transformada em quartos de hospitais que, muitas vezes, lembram um centro de terapia intensiva. Os três grupos têm necessidades muito parecidas em relação à segurança, acessibilidade e qualidade das instalações elétricas, que devem, portanto, estar adequadas às necessidades específicas de cada tipo de usuário. Incêndios de origem elétrica em locais como estes resultam sempre em graves ferimentos e até mortes devido à grande dificuldade para idosos e doentes se retirarem do local ou, no caso das crianças pequenas, o pânico no momento da fuga. Para tanto, o correto dimensionamento dos circuitos, o uso de materiais com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos, além de manutenção permanente são medidas preventivas salutares nestes locais. 98
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Não deixar tomadas e interruptores ao alcance das crianças pequenas evita riscos de choques elétricos. No caso dos idosos, uma adequada proteção contra contatos indiretos, tais como os usuais choques elétricos em chuveiros elétricos, geladeiras, etc., provida por uma adequada infraestrutura de aterramento e o uso de DRs de alta sensibilidade é absolutamente essencial. Para os homecares, segurança significa manter a integridade e o funcionamento dos componentes da instalação e dos equipamentos que sustentam a vida. Para isso, o projeto deve incluir a seleção adequada dos dispositivos de proteção contra sobrecorrentes e sobretensões. Toda instalação que alimenta um homecare deveria dispor de fontes de segurança, tais como UPS e pequenos geradores. Um paciente ligado a um equipamento de sustentação de vida simplesmente não pode esperar a volta da energia elétrica após três, quatro ou, às vezes, doze horas ou mais durante um apagão. O que deve ser feito numa instalação elétrica que atende prioritariamente pessoas idosas, doentes e/ou com dificuldade de locomoção? Os simples atos de ligar/desligar um interruptor ou inserir/retirar um plugue de uma tomada podem ser quase impossíveis de executar para uma pessoa numa cadeira de rodas, total ou parcialmente paralisada. Em alguns países da Europa, nos Estados Unidos e no Japão, faz algum tempo que este tema vem sendo enfrentado pelos especialistas. E, de uma forma geral, a solução encontrada passa sempre pelo uso da mesma “ferramenta”: a automação residencial e predial. O emprego nas instalações elétricas de sensores de movimento e de voz que acionam luzes, aparelhos eletroeletrônicos, alarmes, campainhas, cortinas, etc. torna a vida menos difícil para as pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida.
Os mais variados problemas de qualidade de energia (afundamentos de tensão, quedas ou faltas de tensão, tensões e correntes harmônicas, etc.) são responsáveis pelo mau funcionamento ou, às vezes, pela interrupção de funcionamento dos equipamentos eletroeletrônicos e eletromédicos. Imagine a situação de um paciente gravemente enfermo que tem sua vida totalmente dependente de uma máquina ligada à tomada em um homecare. A instalação de estabilizadores de tensão, nobreaks, dispositivos protetores de surto, condutores adequadamente dimensionados, circuito terminais exclusivos, condutores de proteção independentes, eventuais filtros de harmônicas, dentre outras soluções possíveis para problemas de qualidade de energia é indispensável para garantir a continuidade e a confiabilidade da instalação elétrica nestes locais. Todas as questões mencionadas não são especificamente tratadas atualmente nas normas técnicas, particularmente na NBR 5410, pois abrangem, de certa forma, necessidades de “minorias”. No entanto, isso não tira a importância do tema. Fica a sugestão de incluir esses pontos na revisão da NBR 5410, atualmente em elaboração. Mas, enquanto isso não acontece, ninguém proíbe que boas medidas sejam adotadas imediatamente. Pense nisso! Até a próxima edição!
Hilton Moreno
Foto: Ricardo Brito/HMNews
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para as “minorias”