A N O 2 - N º 16
Julho 2017
EDITORA
Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, hvac, fotovoltaica, incêndio, dados e manutenções
Destaque SEGURANÇA
ANO 2 – Nº 16 – Revista da Instalação
Apesar de obrigatório em diversas situações, o DPS é pouco usado no Brasil, devido ao desconhecimento de muitos eletricistas
Mercado
THE HOUSE COMGÁS
A Comgás criou um programa de relacionamento para se aproximar de profissionais como arquitetos, urbanistas, projetistas e engenheiros
Saneamento Básico
A construção, a operação e a manutenção das redes de água e esgoto movimentam um expressivo volume de recursos, no Brasil. Entretanto, o setor ainda precisa evoluir em termos de planejamento e investimentos para que a universalização dos serviços seja atingida
Fórum 2017
o naçã n e d r Coo f. Hilto Pro eno
Mor
Eventos com duração de um dia com palestras de consultores renomados e especialistas de empresas.
CIDADES QUE VÃO RECEBER O
Fotos: Divulgação
FÓRUM POTÊNCIA 2017 REALIZADO
REALIZADO
REALIZADO
REALIZADO
Brasília (DF)
Rio de Janeiro (RJ)
Campinas (SP)
São Paulo (SP)
AGOSTO
15/08
Salvador (BA)
SETEMBRO
14/09
Porto Alegre (RS)
OUTUBRO
26/10
Maringá (PR)
NOVEMBRO
21/11
Ribeirão Preto & Sertãozinho (SP)
Informações sobre patrocínio:
(11) 4225-5400
publicidade@hmnews.com.br
Fórum 2017
Principais Temas Iluminação (LED), Fotovoltaica, Baixa Tensão, Média Tensão, Medição e Termografia, Eficiência Energética, Proteção e Seletividade, Painéis Elétricos, Subestações e Automação
Fórum Potência 2015-2017 (19 etapas)
9.500 Empresas inscritas: 2.800
Profissionais inscritos:
PROFISSÃO
RAMO DE ATIVIDADE Concessionária Distribuidor/ Revendedor Pública 5% 4% Construtora 5% Consultoria 5%
Outros Técnicos/ Tecnólogos 8%
Projetos 15%
Outros 6%
Professores/ Estudantes 3%
Outros Engenheiros 8%
Autônomo 8%
Engenheiros Eletricistas 39%
Instalação 11% Outros 8%
Eletricistas /Instaladores 13% Ensino 9%
Manutenção 11% Indústria 9%
Técnicos/Tecnólogos/Eletrotécnicos 23%
Serviços Públicos 10%
Divulgação Revista
Organização
www.forumpotencia.com.br linkedin.com/company/revistapotencia facebook.com/revistapotencia
Índice
| Edição16 | Julho 2017
14
Matéria de Capa
As redes de saneamento básico constituem um setor bastante forte no Brasil, movimentando investimentos expressivos. Entretanto, essa área precisa de melhor planejamento e mais recursos para de fato levar o benefício à toda a população.
Destaque
O DPS ainda é pouco encontrado nas casas brasileiras, devido ao desconhecimento dos eletricistas e moradores.
42
52
26
Mercado
The House Comgás é o nome do programa de relacionamento que a Comgás acaba de lançar. A ideia é estreitar o relacionamento com profissionais como arquitetos, urbanistas, projetistas e designers de interiores.
Radar
Uma linha de dispositivos de proteção produzida pela Steck visa oferecer segurança contra o acionamento involuntário e indevido de equipamentos elétricos.
4 Revista da InstalaçÃO
Sempre aqui 05 Editorial ■ 06 Notas ■ 36 Espaço Sindinstalação ■ 38 Abrasip ■ 39 Abrinstal ■
40 Seconci ■ 41 HBC ■ 54 Produtos ■ 58 Link / Agenda ■
editorial
Fotos: Ricardo Brito/HMNews
Expediente
Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno
ano 2 • nº 16 • JuLHO'17 Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.
Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon
Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Luiz Carlos Veloso, Luiz Antonio Alvarez, Marco Alberto da Silva, Víctor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Fernando Belotto Ferreira e Surahia Maria Jacob Chaguri.
Redação
Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231) Colaborou nessa edição: Clarice Bombana
Departamento Comercial
Executivos de Vendas: Cecília Bari, Júlia de Cássia Barbosa Prearo e Rosa M. P. Melo
Gestores de Eventos Pietro Peres e Décio Norberto
Gestora Administrativa Maria Suelma
Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC
Impressão Grupo Pigma
Contatos Geral Rua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100 São Caetano do Sul - SP contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 4225-5400
Redação redacao@revistadainstalacao.com.br Fone: +55 11 4746-1330
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Fechamento Editorial: 14/07/2017 Circulação: 21/07/2017 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.
Marcos orsolon
Diretor de Redação |
Hilton Moreno
| Diretor
Clima de expectativa
Em meio às novas turbulências que voltaram a chacoalhar o cenário político brasileiro, chegamos a um momento crucial para a economia: o segundo semestre do ano, quando normalmente o nível de atividade sobe. Enquanto aumentamos nossa torcida para que o País reencontre seu caminho nos meses que virão, seguimos firme acompanhando os assuntos relacionados ao universo das instalações. Nossa matéria de capa traça um panorama do saneamento básico no Brasil. Descobrimos que pesados investimentos têm sido feitos anualmente no setor. Entretanto, é preciso mais. Além de aumentar a aplicação de recursos, o País necessita buscar evoluções em termos de planejamento e regulação da área, a fim de que possamos alcançar a universalização dos serviços – ou seja, atender toda a população com água tratada e coleta e tratamento de esgoto. No aspecto da segurança – tema recorrente em nossas publicações – destacamos em uma reportagem que o DPS ainda é um dispositivo pouco utilizado, devido ao desconhecimento não só dos usuários comuns, mas também de muitos profissionais, como os eletricistas. Vale lembrar que a utilização desse tipo de dispositivo é obrigatória em diversas situações, conforme determina a norma ABNT NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Outro assunto interessante desta edição consiste em um programa de relacionamento com o mercado lançado pela Comgás. A companhia pretende ampliar o vínculo que mantém com profissionais como arquitetos, urbanistas, projetistas e designers de interiores. Sem dúvida é uma iniciativa que tem tudo para mobilizar os agentes que desenvolvem projetos envolvendo gás natural, contribuindo desta forma para o fortalecimento do setor. Desejamos a todos uma boa leitura e que em nossa próxima conversa tenhamos notícias melhores sobre o desenrolar do cenário político-econômico nacional. Aproveitamos a oportunidade para convidar o leitor que recebe a revista impressa ou vê a publicação online em nosso site a acompanhar nosso trabalho pelo Facebook! Até a próxima! Revista da InstalaçÃO 5
NOTAS Ações e novidades dos players do setor.
News Activities and news from main sector players.
Notas Actividades y noticias de los principales actores del sector.
Febrava 2017
Durante a 20ª edição da FEBRAVA, importante feira de negócios do setor HVAC-R da América Latina que ocorre em setembro desse ano, serão realizadas ações com foco em conteúdo e troca de conhecimento para contribuir de forma expressiva para o desenvolvimento do setor. Serão espaços temáticos, onde o visitante terá a possibilidade de interagir com as principais novidades, além de assistir workshops de curta duração com as principais tendências e cases de sucesso em locais espalhados por todo pavilhão da feira. “Esta edição da FEBRAVA, que acontece simultaneamente à Equipotel, contará com espaços para inovação, troca de conhecimento, workshops e experiências para visitantes. A expectativa é que mais de 30 mil profissionais passem pelo pavilhão, conheçam as principais novidades e tendências do segmento”, comenta Alexandre Brown, diretor da FEBRAVA, lembrando que os profissionais do setor têm entrada gratuita, basta fazer o cadastro no site www.febrava.com.br e imprimir sua credencial. Para esta edição o evento contará com seis ilhas temáticas, geridas por parceiros da FEBRAVA e com o apoio da ABRAVA, que levarão aos profissionais tendências e novas soluções para otimizar todo setor HVAC-R, além de contribuir para eficiência energética. Além da Arena do Conhecimento, com palestras gratuitas de conteúdo técnico e discussões de cases de sucessos. Em relação às Ilhas Temáticas, os profissionais terão a oportunidade de interagir com espaços destinados ao Aquecimento Solar; com soluções
inovadoras e produtos aplicados que contribuem para o meio ambiente por se tratar de uma fonte energética renovável e limpa; Cadeia do Frio, ambiente didático e interativo que mostrará inovação em refrigeração; Meio Ambiente, em prol da sustentabilidade; e Sala Limpa, ambiente limpo de qualquer tipo de contaminação, importante para a indústria farmacêutica, alimentícia e veterinária. A FEBRAVA também trará aos visitantes espaços destinados ao ensino com a Ilha de Formação Profissional FATEC e Ilha SENAI, onde o visitante poderá conhecer os principais cursos e especializações profissionais oferecidos pelas duas entidades de ensino. Como forma de engajar e ampliar o conhecimento dos profissionais, a FEBRAVA contará ainda com três eventos simultâneos. Entre os dias 12 e 15 de setembro acontecerá o CIAR-CONBRAVA 2017, evento que une o XIV CIAR – Congresso Ibero-Americano de Climatização e Refrigeração e o XV CONBRAVA – Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar, com o propósito de ser um marco para o setor e reforçando a importância do HVAC-R na qualidade de vida, focado no tema “Pesquisar, Inovar, Climatizar e Refrigerar”. “Além do importante congresso, que reúne profissionais e acadêmicos de renome, teremos também a 17ª edição do Encontro Nacional de Projetistas, realizado pela ABRAVA, que debaterá temas de grande relevância para os envolvidos direta e indiretamente”, completa o executivo.
Henkel conclui aquisições Com a bem-sucedida conclusão das aquisições do negócio global da Darex Packaging Technologies e do Sonderhoff Group, a Henkel fortalece o seu setor de Adhesive Technologies, complementando seu portfólio. A Darex é sediada em Cambridge (Estados Unidos) e fornece vedantes e revestimentos de alto desempenho para a indústria de embalagens metálicas por todo o mundo. Além disso, atende diversos clientes globais de alimentos, bebidas e latas de aerossol. A aquisição foi anunciada no início de março, pelo valor de US$ 1,05 bilhão, isentos de cash e dívidas.
6 Revista da InstalaçÃO
O Sonderhoff Group, com sede em Colônia, Alemanha, é líder no setor de soluções em vedantes de espuma e possui ampla experiência no desenvolvimento e produção de equipamentos de dosagem personalizados. A aquisição do Sonderhoff foi anunciada em maio. “Parte da nossa estratégia consiste em fortalecer nosso portfólio por meio de aquisições direcionadas. A conclusão dessas operações nos permitirá expandir a posição do nosso negócio de Adhesive Technologies como líder de mercado e tecnologias por todo o mundo”, declarou o CEO da Henkel, Hans Van Bylen.
Fotos: Divulgação
NOTAS
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NOTAS
Novo site da Comgás
natural, que vai desde fogões até aquecedores de piso, por exemplo”, reforça Milena. A nova plataforma é totalmente compatível com smartphones e tablets, desenvolvida seguindo o conceito de mobile first o que garante melhor navegação e usabilidade, facilitando a conectividade móvel do usuário. “Os canais digitais, que em 2013 eram responsáveis por 45% dos contatos, hoje representam 64%”, comenta a executiva.
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Em mais uma iniciativa para garantir comodidade, agilidade, facilidade e suporte a seus clientes, a Comgás lançou o novo site da companhia, que pretende ser o mais novo canal de relacionamento com o mercado: mais moderno, dinâmico e intuitivo. O novo portal (ainda hospedado no www.comgas.com.br) traz aos consumidores e parceiros navegação mais simples e melhor distribuição dos conteúdos. “Nossos clientes passam a contar com uma solução mais amigável e robusta para a busca de informações e atendimento no ambiente digital. Essa iniciativa está alinhada com nosso posicionamento, que é transformar a vida das pessoas”, ressalta Milena Brito, head de Marketing da companhia. “Estamos extremamente satisfeitos por apresentar ao mercado um site que proporciona agilidade na consulta aos benefícios do gás natural, bem como acesso ao vasto portfólio de equipamentos a gás
Novo centro de treinamento A Trane - líder global no fornecimento de soluções e serviços de conforto interior e uma marca da Ingersoll Rand®, acaba de inaugurar o segundo Centro de Treinamento de TVR, agora na Planta Fabril da Ingersoll Rand de Curitiba. O novo espaço, com mais de 100 m2, está dividido entre a área para instrução dos cursos teórico e práticos e um completo showroom com toda a linha TVR Trane (sistema TVR LX, Mini TVR e TVR a Água), e ainda um completo painel de automação com todos os controladores disponíveis e que se comunica com os sistemas instalados. “O Centro de Treinamento possui toda estrutura necessária de tecnologia e exposição dos equipamentos para apoio das aulas. Com isso, todos os profissionais terão ainda mais recursos para conhecer ainda mais as características técnicas de cada um dos produtos da linha TVR Trane”, enfatiza Matheus Lemes, diretor de Soluções Ductless da Trane no Brasil. De acordo com Luiz Moura, diretor geral da Trane no Brasil, a crescente demanda de produtos Trane no mercado brasileiFotos: Divulgação
8 Revista da InstalaçÃO
ro faz com que sejam necessários treinamentos de atualizações constantes dos profissionais do setor. “Em 2016, mais de 100 instaladores foram capacitados através do Centro de Treinamento de São Paulo. A nossa expectativa é que, com a inauguração em Curitiba, este número seja duplicado em 2017”, explica Moura, que completa: “O novo espaço tem como meta capacitar os profissionais da região sul do país, com uma metodologia que integra o produto Trane e o cliente”. Após a abertura do Centro de Treinamento de TVR em Curitiba, os parceiros da Trane participaram do curso inaugural de instalação. Todas as empresas parceiras puderam participar gratuitamente e as equipes foram capacitadas e certificadas pelo Engenheiro de Aplicação de Sistemas Ductless Trane, Fernando Villarrubia. O Parceiro Preferencial de Vendas de VRF da Trane é aquele que por afinidade comercial direciona mais de um terço de suas vendas de VRF para Trane, participando do processo de conformidade legal para estar no programa e trabalhando dentro do programa em parceria com a Trane. Além disso, recebe todos os benefícios, direitos e deveres descritos no Manual do Parceiro Estratégico.
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NOTAS
Balanço Feimafe 2017 A 16ª FEIMAFE - Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura, ocorrida entre 20 e 24 de junho, trouxe um novo formato, que foi aprovado pelo público presente, a começar pela grande movimentação de pessoas que se guiaram pela Rota da Inovação e pelas visitas na Arena da Robótica e Automação Industrial. O evento registrou a presença de 34.674 visitantes, que foram conferir os novos produtos e inovações demonstrados em diversas ilhas temáticas. Esta edição reuniu cerca de 550 marcas expositoras e ofereceu mais de 150 horas de conteúdo técnico gratuito. Pelo resultado apurado diretamente com os expositores, o ambiente de negócios também foi bastante propício, com vários fechamentos já durante o evento e boas perspectivas para concretizar futuras transações. “Os eventos com esse perfil da FEIMAFE estão mudando bastante por conta das profundas transformações que vêm acontecendo com a indústria no Brasil e no mundo, cada vez mais digitalizada e interconectada. E um dos principais objetivos da FEIMAFE é oferecer experiências inovadoras para essa nova realidade e propiciar aos expositores e aos visitantes/compradores a oportunidade de obterem novos contatos de clientes para ampliarem seus portfólios”, relata Gustavo Binardi, diretor de Eventos da Reed Exhibitions Alcantara Machado, que completa: “Contudo, a constatação que tivemos nesta edição foi a de que muitos negócios já foram gerados nos cinco dias da Feira”. A FEIMAFE 2017 colocou à disposição uma série de experiências interativas dentro da Rota da Inovação. Trata-se de um roteiro que permitiu aos visitantes conhecerem na prática o funcionamento das novidades oferecidas pelos expositores. São produtos e serviços que estão transformando
10 Revista da InstalaçÃO
as tradicionais plantas industriais em “manufaturas inteligentes”, a chamada Indústria 4.0, ou seja, um ambiente de produção com conectividade digital, otimização contínua dos processos, rede de comunicação descentralizada e operação visando reduzir custos. Na prática, o avanço dessas tecnologias também foi apresentado no espaço Manufatura Inteligente com a demonstração de máquinas industriais que se auto programam, sem a interferência humana, melhorando o processo produtivo e evitando falhas. No espaço da Arena da Robótica e Automação Industrial, em conjunto com a Arena do Conhecimento, além do Fórum FEIMAFE, os visitantes puderam assistir e participar de experiências e palestras sobre robótica, automação industrial, manufatura digital entre outros. Visitantes com poder de decisão em suas respectivas empresas, com cargos como diretores, gerentes, presidentes ou mesmo proprietários, circularam bastante pelos estandes das marcas presentes da FEIMAFE. “Acredito que a qualificação do público foi alta. Não houve curiosos, mas clientes focados em negócios, seja para compra imediata ou para projetos futuros”, constatou Eduardo Trevisan, gerente geral da Deb’Maq. Segundo ele, a empresa também conseguiu bons resultados comerciais. O diretor presidente da Yaskawa Motoman, Icaru Sakuyoshi, também elogiou o público presente e afirmou que a marca não costuma vender robôs durante a feira, mas nesta edição da FEIMAFE foi possível fechar negócio. Outro motivo de elogio do executivo foi a importância da Arena da Robótica para os visitantes, que segundo ele “abriu um leque de oportunidades, de vislumbrar aplicações diversas e principalmente de interagirem com as novas tecnologias, quebrando o gelo e barreiras”.
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Matéria de Capa
| Saneamento Básico
Muito a ser feito Saneamento básico avança no Brasil, mas País ainda está longe da universalização do serviço. Setor carece de melhor planejamento e de mais investimentos.
Por PAULO MARTINS
Foto: Fotolia
14 Revista da InstalaçÃO
E
m qualquer lugar do mundo, o acesso à água tratada e ao sistema de esgotamento sanitário é um dos requisitos básicos para que a população possa ter condições mínimas de saúde e higiene. Infelizmente o Brasil ainda está longe da universalização desses serviços, o que aponta para a necessidade não só de aumentar os investimentos, mas também de melhorar o planejamento traçado para a área. Além de contribuírem para avanços do País no âmbito social, os investimentos na expansão e manutenção dos sistemas de saneamento básico teriam reflexos positivos também no desempenho econômico de toda a cadeia da construção civil, gerando inúmeras oportunidades para as empresas e profissionais que atuam nas áreas de construção e instalação. O alcance da água tratada é bem maior que o de esgotamento sanitário. Estima-se que 97,8% da população Revista da InstalaçÃO 15
Matéria de Capa
| Saneamento Básico
urbana do País (e 83,3% da população total) contem com abastecimento de água. Na média nacional, a coleta de esgotos contempla apenas 50,8% da população urbana. Além disso, somente 42,7% do esgoto produzido no País é tratado, segundo dados do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS 2015). Os números disponíveis permitem relacionar a situação do saneamento nos estados conforme o poderio econômico de cada região. Enquanto o Sudeste alcançou o patamar de 47,4% de tratamento de esgoto, no Norte brasileiro esse índice é de apenas 16,4%. Diante de tais resultados, os especialistas concluem que o Brasil ainda
está muito distante de estender os serviços de saneamento básico a todos. Conforme destaca Luiz Roberto Graviana Pladevall, presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente), se o País continuar investindo em saneamento no atual ritmo, não será possível cumprir as metas instituídas pela Lei do Saneamento Básico (Lei nº 11.445/07), que estabeleceu o Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico). O referido documento trabalha com a previsão de universalização dos serviços de abastecimento de água e saneamento até o ano de 2033. Mas, se não houver evolução desse quadro, a conquista poderá demorar bem mais. “Hoje, novos levantamentos apontam que, no ritmo
Investimentos em saneamento, renda e empregos diretos Investimentos em saneamento Pessoal ocupado (pessoas) Renda (PIB) Salários e remunerações Benefícios e contribuições Despesas com fornecedores
9.263,807 68.298 4.043,394 1.600,347 776,915 4.941,164
Fontes: IBGE e SNIS, Ministério das Cidades. Nota: (*) a preços constantes de 2014. Elaboração: Ex Ante Consultoria Econômica
Renda e empregos diretos, indiretos e induzidos média anual de 2005 a 2015 Efeitos
Empregos
Renda (R$ milhões*)
Direto 68.298 4.043,394 Indireto 36.693 3.269,131 Induzido 36.811 3.712,071 Total 141.803 11.024,595 Fontes: IBGE e SNIS, Ministério das Cidades. Nota: (*) a preços constantes de 2014. Elaboração: Ex Ante Consultoria Econômica
16 Revista da InstalaçÃO
Foto: Fotolia
média anual de 2005 a 2015 - R$ milhões* por ano
atual, as metas serão atingidas apenas depois de 2050”, lamenta Pladevall. Entre 2005 e 2015 o País investiu R$ 101,9 bilhões em obras de saneamento, o que dá uma média de R$ 9,264 bilhões por ano. Esse tipo de programa também tem sido afetado pela crise econômica por qual passa o País nos últimos anos. Pladevall informa que a previsão do Ministério das Cidades é de que os investimentos em saneamento básico oriundos do Orçamento Geral da União (OGU) devem cair para R$ 1,230 bilhão em 2017, valor 24% menor do que o montante de R$ 1,630 bilhão aplicado em 2016. “Os impactos da crise econômica têm reflexos diretos nos investimentos federais. A Frente Nacional
C
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de Prefeitos e a Aequus Consultoria fizeram um levantamento que aponta ainda que os recursos destinados aos empreendimentos em saneamento básico nos estados caíram 30,3%, no acumulado em 12 meses até abril de 2017. Nos municípios, a situação também é a mesma”, constata o dirigente. Quanto ao volume de investimentos necessário para levar o saneamento básico a toda a população, Pladevall informa que a previsão inicial do Plansab era de que seria preciso aplicar algo acima de R$ 508 bilhões nos serviços de água, esgotos, resíduos e drenagens, no período de 2014 a 2033. Só para universalização da água e dos esgotos seriam necessários investimentos de R$ 303 bilhões. Revista da InstalaçÃO 17
Matéria de Capa
| Saneamento Básico
A estimativa é de que já foram aplicados cerca de R$ 70 bilhões em recursos para obras no setor. A média dos últimos anos esteve na faixa de R$ 11 bilhões por ano. Mas, segundo o presidente da Apecs, esses valores são insuficientes para atingir a universalização: “Teríamos que dobrar esse investimento. Por isso precisamos de um planejamento de longo prazo, com bons projetos de engenharia, que garantam a qualidade dos sistemas que serão implantados. Isso permitiria alcançar as metas estabelecidas”. Na opinião de Pladevall, a utilização do sistema de Parceria Público-Privada pode ser uma solução interessante para o setor de saneamento básico no Brasil. Entretanto, ele faz duas observações importantes: algumas questões de regulamentação da área ainda oferecem dúvidas para investidores internacionais e, por outro lado, países da Europa estariam revendo a questão da privatização do setor. De qualquer forma, o presidente da Apecs entende que essa discussão precisa ser ampliada no Brasil. “Hoje, todos os entes federativos não têm capacidade de investimento. Por isso consideramos que os recursos da iniciativa privada, que pode ser por meio de PPPs, ou por outros tipos de parceria, são muito bem-vindos para fazer frente às dificuldades da União, Estados e Prefeituras”, avalia. Para Pladevall, a regulação da área ainda requer melhorias e, principalmente, a definição de responsabilidades de cada ente federativo diante das soluções para o setor. Como a titularidade do saneamento é municipal, uma série de questões precisam ser discutidas. “Hoje temos mais de mil e cem operadores municipais ou privados de saneamento. De maneira geral, com a titularidade municipal haveria a obrigatoriedade da criação de Agências Reguladoras municipais, o que dobraria o número de agentes envolvidos no 18 Revista da InstalaçÃO
Melhores x Piores indicadores em população com água tratada (segundo o Ranking do Saneamento Básico das 100 maiores cidades brasileiras, produzido pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a consultoria GO Associados (dados de 2015)
20 Melhores Município
População com água tratada (%)
Campina Grande (PB) João Pessoa (PB) Vitória da Conquista (BA) Uberlândia (MG) Niterói (RJ) Carapicuíba (SP) Diadema (SP) Osasco (SP) Santos (SP) S. Bernardo do Campo (SP) Suzano (SP) Taubaté (SP) Florianópolis (SC) Canoas (RS) Porto Alegre (RS) Santa Maria (RS) Curitiba (PR) Cascavel (PR) Foz do Iguaçu (PR) Londrina (PR) Maringá (PR) Ponta Grossa (PR)
100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 99,99 99,98 99,98 99,98 99,98 99,98
10 Piores Município Guarujá (SP) Belford Roxo (RJ) Jaboatão dos Guararapes (PE) Aparecida de Goiânia (GO) Caucaia (CE) Rio Branco (AC) Santarém (PA) Macapá (AP) Porto Velho (RO) Ananindeua (PA)
População com água tratada (%) 82,08 80,28 74,05 72,98 68,08 54,6 48 36,39 33,96 28,81
acompanhamento dessas obras e serviços de infraestrutura. Isso inviabilizaria os sistemas de saneamento, onerando
as tarifas. Por isso, defendemos que a regulação pode se dar por bacias hidrográficas, por regiões ou até mesmos por
estados, viabilizando desta forma operações de sistemas eficientes e devidamente regulados”, detalha o executivo.
Tecnologia e capacitação técnica próximas daquelas utilizadas em países considerados desenvolvidos. A expertise brasileira chega inclusive a ser Foto: Fotolia
Para Luiz Pladevall, as soluções de engenharia aplicadas no Brasil pelo setor de saneamento básico estão
‘exportada’ para outras nações. Mas o especialista destaca que apesar de ter tecnologia disponível, o País depende da consistência dos investimentos para agilizar a implantação do saneamento. “Infelizmente não temos um cenário claro de investimentos, e isso amplia as dúvidas das empresas estrangeiras. Elas poderiam implementar novas fábricas e novos produtos, que dariam sustentabilidade a novas tecnologias, mas adiam a abertura de unidades e lançamento de produtos diante das dúvidas do setor”, observa. Quanto à qualidade dos serviços de saneamento prestados à população, de forma geral, Pladevall avalia que o setor ainda registra falta de eficiência de algumas companhias estaduais, principalmente no Norte e Nordeste, onde a gestão dos sistemas apresenta vários problemas. “Em alguns estados dessas regiões as perdas de água ultrapassam 60% do volume que é produzido”, exemplifica. Por outro lado, prossegue o presidente da Apecs, as companhias privadas, na sua maioria, prestam serviços de qualidade. “Já entre as companhias estaduais, algumas alcançam qualidade e eficiência na prestação desses serviços”, complementa. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), a média nacional de perdas foi de 42,2% em 2014, reduzindo-se para 37,5% atualmente. Entretanto, alguns estados apresentam perdas acima de
TECNOLOGIA
Soluções de engenharia aplicadas no Brasil pelo setor de saneamento básico estão próximas daquelas utilizadas em países desenvolvidos. Revista da InstalaçÃO 19
Matéria de Capa
| Saneamento Básico
60%. É o caso do Maranhão (64,5%), Amapá (76,5%), Roraima (64,6%) e Amazonas (72,6%). Só para efeito de comparação, em Portugal, a região de Lisboa, por exemplo, tem índice de 7,9% de perdas. De acordo com Pladevall, as companhias brasileiras de saneamento têm um processo dispendioso diariamente para a produção e distribuição de água. “A maioria das cidades ainda conta com tubulações com mais de 70 anos. Qualquer alteração de pressão no processo de abastecimento pode provocar rompimentos e aumentar o desperdício”, lamenta. Para o especialista, somente um modelo de gestão eficaz pode contribuir para reduzir significativamente as perdas de água no sistema de abastecimento. “O que mais assusta é que mais de 85% dos operadores de sistemas de água e esgotos não têm um cadastro técnico confiável e atualizado. Como podemos pensar em reduzir perdas e melhorar a eficiência operacional dos sistemas se sequer sabemos onde es-
Operações de saneamento, renda e empregos diretos média anual de 2005 a 2015 - R$ milhões* Receitas operacionais totais Pessoal ocupado Renda (PIB) Salários e remunerações Benefícios e contribuições Despesas com fornecedores
39.491,343 135.127 22.626,866 5.756,209 3.226,743 16.864,478
Fontes: IBGE e SNIS, Ministério das Cidades. Nota: (*) a preços constantes de 2014.
Elaboração: Ex Ante Consultoria Econômica
Renda e empregos diretos, indiretos e induzidos média anual de 2005 a 2015
Efeitos
Emprego
Renda (R$ milhões*)
Direto 135.127 22.626,866 Indireto 76.978 9.927,968 Induzido 128.340 11.273,123 Total 340.445 43.827,957
Foto: Fotolia
Fontes: IBGE e SNIS, Ministério das Cidades. Nota: (*) a preços constantes de 2014. Elaboração: Ex Ante Consultoria Econômica
20 Revista da InstalaçÃO
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| Saneamento Básico
tão as tubulações? O primeiro passo para operar um sistema com eficiência é conhecer bem o que se está operando”, comenta. A manutenção dos sistemas de saneamento é outro aspecto que precisa evoluir, conforme observa Pladevall. Para ele, existe um problema contábil que atrapalha o setor, pois a manutenção preventiva ou corretiva acaba sendo contabilizada como despesa na legislação tributária nacional. A Apecs defende que a legislação seja revista de maneira a considerar aquelas ações como investimento, de forma a melhorar a eficiência operacional dos sistemas. “Além disso, consideramos que a qualidade da manutenção, na sua maioria, é de baixa eficiência”, complementa. Luiz Pladevall analisou também a disponibilidade quantitativa de companhias e o nível de qualificação técnica dos profissionais que atuam na área de saneamento básico no Brasil. Segundo o dirigente, durante décadas o País investiu na formação de talentos e capacidade técnica. Boa parte das empresas da área é associada à Apecs “Elas têm uma atuação essencial na oferta de soluções técnicas para reduzir os graves problemas enfrentados pelo setor”, comenta. O Brasil possui hoje verdadeiros times especializados em soluções de saneamento. “Formados nas melhores instituições nacionais de ensino, eles
Universalização do serviço de saneamento básico está longe de ser alcançada. Apenas 42% do esgoto produzido no País recebe tratamento. 22 Revista da InstalaçÃO
desenvolvem pesquisas e criam soluções inestimáveis para toda a engenharia nacional, representando uma força de trabalho com elevado expertise”, elogia Pladevall. No entanto, para ele, o País não dispõe de empresas qualificadas em número suficiente para atender uma demanda de universalização. “Só vamos atingir a universalização se tivermos planejamento e investimentos para que as empresas tenham esta garantia para expandir e
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Melhores x Piores indicadores em população com coleta de esgotos (segundo o Ranking do Saneamento Básico das 100 maiores cidades brasileiras, produzido pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a consultoria GO Associados (dados de 2015)
10 Melhores Município
População com coleta esgotos (%)
Curitiba (PR) Diadema (SP) Londrina (PR) Maringá (PR) Ponta Grossa (PR) Franca (SP) Piracicaba (SP) Santos (SP) Volta Redonda (RJ) Santo André (SP)
100 100 100 100 100 99,96 99,95 99,88 98,96 98,56
10 Piores Município Rio Branco (AC) Juazeiro do Norte (CE) Teresina (PI) Belém (PA) Manaus (AM) Jaboatão dos Guararapes (PE) Macapá (AP) Porto Velho (RO) Ananindeua (PA) Santarém (PA) BEM-ESTAR
Boas condições de saneamento básico são fundamentais para não comprometer a saúde da população.
investir em qualificação”, alerta. O dirigente destaca que ter recursos e não contar com profissionais adequados para atender a demanda seria um grande problema. “Os exemplos se multiplicaram pelo País. O PAC I e o PAC II foram realizados sem qual-
quer planejamento. O governo federal dispunha de recursos, e então iniciou contratos de execução de obras. Porém, sem uma avaliação e análise adequada da qualidade dos projetos de engenharia que os tomadores de recursos apresentaram como documentos para a licitação de obras. Isso resultou em prejuízos para o País. Mais da metade dos processos iniciados nessas duas fases do PAC não foi concluída até hoje, gerando obras inacabadas e recursos mal investidos. E o pior de tudo isso é
População com coleta esgotos (%) 22,55 21,99 19,96 12,8 10,4 6,66 5,44 3,71 2,09 0 que a população continua não sendo atendida por esses serviços essenciais”, relata Pladevall. De acordo com o presidente da Apecs, para garantir um mercado que tenha profissionais e empresas qualificados, é preciso previsibilidade: “Sem isso, não conseguiremos atender o mercado, se tivermos uma expansão da demanda. Desta forma, precisamos investir na qualificação voltada à instalação e manutenção de sistemas de água e esgotos”. Revista da InstalaçÃO 23
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Segundo Pladevall, nos últimos anos, a crise hídrica na região Sudeste e a crise financeira no País impactaram na destinação de recursos financeiros para a área de projetos e consultoria
em saneamento. O setor vinha melhorando sua capacidade de investimento, mas acabou sofrendo um grande impacto com toda essa turbulência. “Isso provocou redução drástica do quadro
desses profissionais. Somente com investimentos contínuos e crescentes poderemos formar boas equipes e consequentemente ter qualidade cada vez melhor nos serviços”, cobra o dirigente.
Ganhos expressivos Descontando os custos da expansão dos serviços, os ganhos econômicos e sociais decorrentes da uni-
97,8%
da população urbana brasileira conta com abastecimento de água A coleta de esgotos atende
50,8%
da população urbana brasileira
42,7%
Apenas dos esgotos do País são tratados De 2005 a 2015 foram investidos
R$ 9,264
bilhões por ano em obras de saneamento. As construtoras gastaram
R$ 4,941
bilhões na aquisição de materiais de construção e serviços. Por ano, foram gerados 68 mil empregos diretos e 37 mil indiretos. A estimativa era de que seriam necessários investimentos de
R$ 508
bilhões para atingir a universalização dos serviços de água, esgoto, resíduos e drenagens, no período de 2014 a 2033.
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versalização do saneamento básico poderiam chegar a R$ 537,4 bilhões, em duas décadas. A informação consta no estudo ‘Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento Brasileiro’, publicado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). A implantação do saneamento em uma determinada região envolve a construção de redes de distribuição
de água, redes para coleta de esgoto e estações de captação e tratamento de água e de tratamento dos efluentes - além dos ramais de cada ponto consumidor (residências, edifícios, etc.). Esse processo envolve diretamente as construtoras, que precisam comprar materiais de construção e contratar serviços, como os prestados pelos escritórios de engenharia e arquitetura e pelas instaladoras. Todo esse movimento gera empregos, im-
Precisamos de um planejamento de longo prazo, com bons projetos de engenharia, que garantam a qualidade dos sistemas que serão implantados.
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LUIZ ROBERTO GRAVIANA PLADEVALL APECS
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postos e renda, que por sua vez irá gerar consumo. Os números são relevantes. Segundo o referido estudo, entre 2005
e 2015, o investimento médio do setor de saneamento brasileiro foi de R$ 9,264 bilhões por ano. Na média, essas obras sustentaram 68,3 mil empregos diretos por ano, na construção civil, além de mais 37 mil empregos indiretos. Somente na aquisição de materiais de construção e serviços, as construtoras gastaram R$ 4,941 bilhões. Entre 2005 e 2015, a renda anual média gerada pelos serviços de expansão das redes de saneamento chegou a R$ 4,043 bilhões. Igualmente importantes são os serviços de operação dos sistemas de saneamento básico. O estudo estima que essas atividades sustentaram 340 mil empregos e geraram renda de R$ 43,8 bilhões anuais. No campo social, são vários os ganhos proporcionados pelo acesso da população às condições adequadas de saneamento básico. Na área da saúde, por exemplo, um relatório recente da OMS (Organização Mundial da Saúde) revela a ocorrência de um número maior de mortes de crianças brasileiras com idade menor de cinco anos e que moram em áreas insalubres, em comparação com países vizinhos, como Argentina e Chile. “Ainda no campo da saúde, a universalização dos serviços de saneamento reduziria 74,6 mil ocorrências de internações, sendo 56% dessas no Nordeste”, complementa Luiz Pladevall, presidente da Apecs. Vale lembrar que a falta de saneamento expõe a população a uma série de doenças gastrointestinais infecciosas, que podem levar a internações hospitalares. Revista da InstalaçÃO 25
Destaque | DPS
Apesar de ser essencial para a proteção das instalações elétricas, DPS ainda é pouco utilizado pelos eletricistas na área residencial.
Reportagem: Marcos Orsolon
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Proteção contra surtos
O
proteção contra sobretensões é aquela na qual possa existir a queda direta de raios nos componentes da instalação elétrica. “Este pode ser o caso de postes de iluminação em estacionamentos, torres de resfriamento em coberturas de edifícios e, de um modo mais geral, de instalações elétricas situadas em edificações que possuam sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA)”, exemplifica o especialista. A norma de instalações prescreve que a proteção contra sobretensões de uma instalação elétrica deve ser feita pelo emprego de um ou mais Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) devidamente selecionados e instalados de acordo com as recomendações da própria norma. “O DPS protege os equipamentos elétricos e eletrônicos ligados à instalação contra sobretensão, por exemplo no caso de descargas atmosféricas. O DPS é tão impor-
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brigatório em quase todas as situações previstas na ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão, o DPS, Dispositivo Protetor de Surto, apareceu vagamente na versão de 1997 dessa norma e se tornou compulsório na versão de 2004. A NBR 5410 determina que deve ser provida proteção contra sobretensões em uma instalação alimentada por linha total ou parcialmente aérea e que se localize em regiões onde ocorram mais de 25 dias de trovoadas por ano. Levando em conta os sistemas de distribuição públicos existentes no Brasil e analisando os mapas disponíveis, é possível concluir que a maior parte das instalações elétricas está obrigada a possuir proteção contra sobretensões de acordo com as exigências da norma. Hilton Moreno, consultor e diretor da HMNews Editora, lembra ainda que outra situação na qual é obrigatória a
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tante como os demais dispositivos de segurança da instalação e tem seu uso obrigatório de acordo com NBR 5410”, explica Júlio Bortolini, engenheiro Eletricista da Soprano.
Claudio R. Fiorese, desenvolvedor de Negócios da Phoenix Contact, completa: “A importância do DPS é a proteção da instalação elétrica de baixa tensão e a proteção dos equipamentos
eletroeletrônicos energizados na instalação elétrica de baixa tensão. Ou seja, o DPS possui o papel de limitar as sobretensões transitórias e desviar correntes de surto”.
Item obrigatório, mas pouca familiaridade Mesmo com a obrigatoriedade de aplicação imposta pela NBR 5410 há mais de dez anos, o DPS é um dispositivo ainda pouco conhecido pelos eletricistas que atuam na área residencial. Se considerarmos os proprietários dos imóveis, o desconhecimento é praticamente de 100%. Resultado: na área
Desconhecimento
com que ele passe despercebido pelos eletricistas, sendo lembrado apenas quando há dano em algum equipamento elétrico”, lamenta Juarez Guerra, diretor da Finder. Júlio Bortolini, da Soprano, afirma que, infelizmente, o DPS não é familiar para todos os eletricistas, principalmente para aqueles que não fazem cursos e se atualizam constantemente. “O fato de não ser familiar faz com que boa parte dos eletricistas não instale o DPS e cria-se assim um círculo vicioso no qual o DPS não é instalado
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O DPS é um dispositivo ainda pouco conhecido e aplicado pelos eletricistas que atuam na área residencial.
residencial o DPS é artigo raro nas instalações elétricas. “Apesar da utilização do DPS em instalações elétricas ser obrigatória por norma desde 2004, ainda existem muitos eletricistas que desconhecem esse produto e a sua importância. Diferente de outros dispositivos utilizados em instalações elétricas, como disjuntores, que você pode executar manobras (abrir e fechar), o DPS é um equipamento que tem apenas função de proteção e irá atuar somente quando houver um surto de tensão. Isso faz
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O DPS protege os equipamentos elétricos e eletrônicos ligados à instalação contra sobretensão, por exemplo no caso de descargas atmosféricas. Júlio Bortolini Soprano
por falta de conhecimento. E a falta de conhecimento não gera a necessidade de instalar”. Na mesma linha segue Claudio Fiorese, da Phoenix Contact: “Nos meus 24 anos de experiência percebo que o DPS ainda não é um produto 100% familiar no dia a dia dos eletricistas. Neste período atuando em inúmeros segmentos de mercado, presenciei profissionais que não sabiam o que é um DPS, outros que conheciam um pouco sobre o funcionamento do mesmo, e alguns profissionais que conhecem e sabem as suas funções e dimensionamentos”. Marcelo Augusto Freire Lobo, vice-presidente da Clamper, observa, no entanto, que há sinais de mudança no mercado. “O conhecimento sobre DPS tem evoluído bastante a cada ano. A indicação e o uso do produto têm se tornado cada vez mais frequentes no dia a dia dos eletricistas. A previsão de aplicação do produto, contida nas normas nacionais e internacionais, também contribui significativamente para o aumento crescente na demanda”, ressalta. Revista da InstalaçÃO 29
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Norma técnica do DPS Os Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) são componentes que limitam as sobretensões eventualmente presentes nas instalações, evitando ou atenuando os seus efeitos. São uma espécie de “barragem” que têm a função de “segurar” total ou parcialmente as ondas de sobretensões que se deslocam pelas instalações elétricas. Os DPS são classificados em função de sua capacidade de suportar a energia decorrente das sobretensões, existindo assim os seguintes produtos, por ordem decrescente de energia: classe I, classe II e classe III (menor energia). Há ainda o DPS que combina no mesmo dispositivo as classes I e II, sendo designado como I/I. A informação sobre a classe de um DPS pode ser obtida no catálogo do fabricante. Os DPS de energia devem atender a seguinte norma técnica em vigor quando da elaboração desta matéria: ABNT NBR IEC 61643-1:2007 - Dispositivos de proteção contra surtos em baixa tensão - Parte 1: Dispositivos de proteção conectados a sistemas de distribuição de energia de baixa tensão - Requisitos de desempenho e métodos de ensaio.
De acordo com a norma do produto, devem ser fornecidas pelo fabricante as seguintes informações do DPS: ◗ Nome do fabricante ou marca comercial e modelo ◗ Método de montagem ou modo de proteção ◗ Tensão máxima de operação contínua UC, que é o equivalente à tensão nominal do DPS, um valor para cada modo de proteção e frequência nominal ◗ Classificação de ensaio (classe I, II ou III) e parâmetros de descarga ◗ Corrente máxima (kA), parâmetro da onda em que o DPS foi ensaiado ◗ Corrente de impulso (kA) e carga (A.s), para o DPS classe I (valor para cada modo de proteção) ◗ Corrente de descarga nominal (kA), para o DPS classe II (valor para cada modo de proteção – modo comum ou modo diferencial) ◗ Nível de proteção de tensão UP (valor para cada modo de proteção) ◗ Suportabilidade a sobretensões temporárias ◗ Suportabilidade a correntes de curto-circuito no ponto de instalação
Erros cometidos na escolha e compra de um DPS
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Apesar dos avanços, o fato é que ainda é grande o número de eletricistas com pouco conhecimento sobre o uso e importância do DPS. Com isso, são muitos os erros cometidos por estes profissio-
nais na escolha e aquisição dos produtos. “É comum eles cometerem erros, principalmente na classe do DPS e na corrente máxima de descarga. Isso acontece porque eles desconhecem as instruções da NBR 5410. Além disso, muitos não seguem as orientações técnicas do projeto elétrico. Por isso é importante sempre seguir o projeto e, se o mesmo não tiver a informação, deve ser solicitado ao projetista que revise a especificação do DPS”, explica Júlio Bortolini.
A importância do DPS é a proteção da instalação elétrica de baixa tensão e dos equipamentos eletroeletrônicos energizados nela. Claudio R. Fiorese Phoenix Contact
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Segundo o especialista da Soprano, entre as características que o eletricista deve considerar na escolha do DPS está a tensão de trabalho/aplicação (Uc) do DPS, que varia de 50 a 485 Vca. Essa é a tensão na qual o DPS inicia a condução à terra. O valor de Uc deve ser sempre maior que o valor da tensão nominal da rede. Por exemplo, se a rede for monofásica 220 Vca, o DPS deverá ser de 275 Vca ou acima. Outro cuidado é com a corrente nominal de descarga, a ser verificada através do projeto elétrico. Juarez Guerra, da Finder, comenta que, além do desconhecimento do eletricista que o induz ao erro, há também falhas na conduta de alguns fabricantes de DPS, no momento de apresentar as informações técnicas de seus produtos. “Muitos fabricantes não mostram as in-
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formações técnicas do DPS de maneira clara e objetiva, o que causa confusão para o eletricista. Informações básicas como Classe de Proteção, Tensão Nominal/Máxima, Corrente Nominal/Máxima, Corrente de Impulso e Nível de Proteção (Up) devem constar no produto e no manual de forma clara e direta para que não haja erros de escolha”, destaca. Há ainda os problemas de projeto, quando a própria especificação ou dimensionamento do DPS é equivocado. Nesse caso, os erros geralmente ocorrem porque os DPS surgem de projetos mal dimensionados. Sem contar, obviamente, os equívocos cometidos em função dos preços. Nesse caso, como explica Claudio Fiorese, da Phoenix Contact, o fator determinante na compra do DPS é a busca pelo preço mais baixo, não atentando-se para a qualidade do produto, não analisando os testes laboratoriais realizados pelos fabricantes de DPS, a procedência do dispositivo, a certificação do DPS, etc.
O que o eletricista deve considerar na escolha do DPS
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Em linhas gerais, ao adquirir o DPS o eletricista deve se atentar às características técnicas principais do produto. Entre elas, podemos citar a Classe de Proteção, Tensão Nominal/Máxima, Corrente
Nominal/Máxima, Corrente de Impulso e Nível de Proteção (Up). “Para os eletricistas especificarem um DPS, é importante saber o valor da corrente máxima que ele suporta. Muitas vezes, essa informação faz com que eles optem por um modelo X (de corrente maior) ao invés do Y. Nesse caso, a intuição diz que, quanto maior a corrente suportada pelo DPS melhor. Porém, isso nem sempre é verdade”, explica Juarez Guerra, da Finder.
Muitos fabricantes não mostram as informações técnicas do DPS de maneira clara e objetiva, o que causa confusão para o eletricista. Juarez Guerra Finder
Segundo Juarez, para o equipamento protegido é mais importante especificar o valor da tensão residual (Up) que o DPS deixa passar, do que a corrente máxima que ele suporta. “O valor da corrente máxima depende do tipo de instalação (residencial, comercial, local com risco de explosão) e do número de condutores (sistema mono, bi ou trifásico) e não efetivamente em maior/ menor proteção dos equipamentos. Ao comprar um DPS com corrente máxima menor, na maioria das vezes, o valor da tensão residual (Up) é menor. Assim, o eletricista economiza comprando o DPS de menor corrente e ainda ganha em proteção”, completa. Marcelo Augusto Freire Lobo, da Clamper, ressalta que o eletricista deve saber se o sistema elétrico da instalação Revista da InstalaçÃO 31
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Atenção
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É preciso atentar-se para o local ideal de instalação dos DPS em um imóvel.
é monofásico, bifásico ou trifásico para a definição da quantidade de DPS a ser utilizado no quadro elétrico. Segundo ele, o sistema de aterramento da instalação também é importante para se definir a necessidade ou não de utilização de DPS adicional entre neutro e terra. Além
disso, ele observa que a máxima tensão de operação contínua do DPS deve estar sempre acima da tensão nominal entre fase e neutro da rede elétrica da instalação. “Por último, a escolha da corrente máxima de surto do DPS está associada ao nível de exposição a surtos no local
da instalação. Quanto mais exposição, maior a corrente, lembrando que, quanto maior a corrente máxima de surto do DPS, maior sua vida útil”. Claudio Fiorese cita ainda que é preciso atentar-se para o local ideal de instalação dos DPS, pois em um quadro geral elétrico existe um modelo adequado de DPS a ser instalado; já em quadro de distribuição elétrico existe outro; e mais próximo do equipamento eletroeletrônico a se proteger pode-se instalar outro modelo. “Vale reforçar que os surtos de tensões não são apenas de origem atmosférica, ou seja, podem ser oriundos também de uma manobra na linha de energia, acionamento de motores elétricos ou variações bruscas na rede de energia”, completa.
Seleção e instalação do DPS exigem atenção
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Rodrigo Bortoliero, engenheiro de Aplicação da Steck, comenta que o superdimensionamento do DPS é menos comum, já que os DPS de capacidades maiores são mais caros. “Em contrapartida, o subdimensionamento se dá visando a economia na hora da compra. A melhor forma de evitar esta situação é a capacitação contínua dos eletricistas, tendo em vista que são eles que especificam os produtos de uma instalação”, afirma o especialista, que completa: “Sempre que especificamos produtos acima ou abaixo do necessário, temos prejuízos no seu funcionamento ou com
Os preços baixos muitas vezes escondem produtos de procedência duvidosa e de baixa qualidade. Marcelo Augusto Freire Lobo Clamper
gastos desnecessários. No caso de um DPS superdimensionado, temos aumento no custo da instalação. Por outro lado, se ao escolher um DPS o profissional optar por um DPS mais barato e fora das especificações para tal aplicação, este DPS terá sua vida útil reduzida”. Foto: Divulgação
A falta de conhecimento por parte dos profissionais pode levar a erros na escolha dos DPS. Nesse quesito, a melhor forma de evitar o problema é seguir o projeto elétrico da instalação à risca. E, caso o projeto não contemple todas as informações técnicas do DPS, a recomendação é solicitar ao projetista que repasse essas informações. Um detalhe nesse contexto é que o DPS não deve ser nem sub e nem superdimensionado. “O superdimensionamento pode ocasionar a não proteção efetiva dos equipamentos (eventual queima dependendo do surto), pois a tensão residual (Up) pode ser maior do que a máxima suportada pelo equipamento. E o subdimensionamento pode ocasionar a queima do DPS e a não proteção dos equipamentos (eventual queima se houver surto)”, explica Juarez Guerra.
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Para selecionar corretamente um DPS, é preciso ter algumas informações específicas da instalação: ◗ Onde o DPS será instalado: QGBT, QD ◗ Qual o tipo de aterramento: TT, TN-C, TN-S ◗ Quantidade de condutores: Alimentação trifásica, bifásica ou monofásica ◗ Qual a tensão nominal: 230 / 380 V ◗ Tipo de estabelecimento: depósitos de explosivos, comércio, indústria, residência ◗ Local possui para-raios? ◗ Nível de tensão de suportabilidade dos equipamentos eletroeletrônicos a serem protegidos (Tensão Up) A partir dessas informações é possível especificar: ◗ Classe do DPS (I, I+II, II, III) ◗ Corrente nominal de descarga e/ou corrente de impulso ◗ Nível de proteção (UP) ◗ Máxima Tensão de operação contínua (UC) ◗ Suportabilidade a sobretensões temporárias ◗ Suportabilidade à corrente de curto-circuito ◗ Além disso, quando utilizados em mais de um ponto da instalação (em cascata), os DPS devem ser selecionados levando-se em conta também sua coordenação
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Escolha do DPS
Sempre que o DPS é especificado acima ou abaixo do necessário, há prejuízos no seu funcionamento ou com gastos desnecessários. Rodrigo Bortoliero Steck
Fonte: Finder
Atenção à qualidade é fundamental para a segurança
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Assim como ocorre com outras famílias de produtos elétricos, muitas vezes o preço é principal fator considerado no ato da compra do DPS. Com isso, é comum o “eletricista descuidado” comprar um dispositivo com a especificação correta, porém, de qualidade duvidosa. A recomendação, nesse caso, é a cautela. Marcelo Augusto Freire Lobo, da Clamper, alerta que os preços baixos muitas vezes escondem produtos de procedência duvidosa e de baixa qualidade.
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Daí a necessidade dos profissionais ficarem atentos. “O eletricista deve procurar conhecer o fabricante e verificar sua experiência e tradição nesta área. A baixa qualidade do DPS pode ocasionar riscos à segurança da instalação elétrica, bem como riscos à integridade dos equipamentos eletroeletrônicos à medida em que a proteção não é eficaz. Por isso a importância em não
economizar com este tipo de produto tão importante”, adverte o especialista. Claudio Fiorese, da Phoenix Contact, reforça a necessidade dos profissionais ficarem atentos na hora de comprar o DPS. Segundo ele, o mercado nacional sofre com a presença de dispositivos de baixa qualidade, inclusive com muitos deles sendo comercializados sem as certificações adequadas, sem qualquer tipo de ensaio ou teste em um laboratório adequado. Por outro lado, quando o DPS tem a qualidade mínima exigida por norma, é preciso que ele seja bem instalado para cumprir sua função de proteção. E nessa parte também enfrentamos problemas no Brasil. “Devido à falta de conhecimento quanto ao funcionamento, é fácil encontrar DPS mal instalado. Os erros mais
Deve ser instalado pelo menos um DPS no ponto de entrada da instalação, que é definido como o local onde uma linha externa penetra numa edificação. Com isto, uma sobretensão é atenuada logo no início da instalação, reduzindo os danos provocados pela sua propagação pelo interior da edificação. Quanto mais longe do ponto de entrada for instalado o primeiro DPS, mais a sobretensão se desloca pela instalação e mais danos ela pode causar. Embora a NBR 5410 obrigue apenas a utilização do DPS no ponto de entrada, é conveniente que seja feita a instalação de DPS adicionais ao longo da instalação, visando a atenuação da sobretensão residual que ainda se propaga, reduzindo assim os possíveis danos aos equipamentos e componentes situados a jusante da entrada. Na prática, esses DPS complementares podem ser instalados no interior dos quadros de distribuição ou quadros terminais, além de comuns na instalação dos DPS estão relacionados com a distância do condutor de terra, a distância entre um DPS e outro (quando usado em cascateamenSegurança
to) e quanto a sua localização. Muitas vezes o DPS é ligado com cabos de terra longos, o que dificulta o escoamento da energia dissipada quando há um surto. Se a distância de um quadro de distribuição para outro for maior que 10 metros, é necessário utilizar outro DPS para proteger esse circuito. Na entrada
da edificação, deve ser instalado DPS de Classe I+II (a depender do caso) e DPS de Classe II nos quadros de distribuição, nunca o contrário. Garantir que o fluxo de energia oriundo do surto passe primeiro pelo DPS de maior classe, garante a proteção dos equipamentos do local”, explica Juarez Guerra, da Finder.
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Aplicação correta do DPS pode evitar a queima de equipamentos elétricos e eletrônicos.
serem utilizados diretamente no ponto de ligação dos equipamentos e aparelhos eletroeletrônicos e eletrodomésticos. Nas instalações onde o condutor neutro é ligado ao BEP (Barramento de Equipotencialização Principal) da edificação, o DPS instalado no ponto de entrada é ligado entre os condutores de fase e o BEP. E, uma vez que os condutores neutros que vão alimentar os circuitos de distribuição e terminais são separados dos condutores de proteção a partir do BEP, os DPS instalados nos quadros internos e nos pontos de ligação devem ligar os condutores de fase e o neutro ao barramento de equipotencialização local mais próximo (BEL).
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Instalação do DPS
Espaço Sindinstalação Notícias e informações sobre o mercado de instalações e as ações do Sindinstalação e seus parceiros.
Projeto maturado por 18 meses, Projeto Finalizado
E
m qualquer ramo de atividade, estipular preços justos, competitivos e que reflitam a realidade dos serviços prestados é condição de extrema importância para o sucesso e evolução dos negócios. Da mesma forma, buscar mecanismos de correção de contratos que correspondam à evolução dos custos, com o maior nível de fidelidade possível, também é fundamental, especialmente em situações em que a parceria é de médio ou longo prazo. Afinal, é essa correção que vai garantir que a empresa contratada não ‘perca dinheiro’ com o passar dos meses e anos e que a contratante, de outro lado, não pague além do que imaginava. Em outras palavras, o indicador e reajuste de um contrato, seja ele qual for, deve ser justo para os dois lados, de modo que todos fiquem satisfeitos. Atenta à necessidade das instaladoras de terem à disposição um indicador que fosse referência para o reajuste dos contratos com seus clientes, com alto nível de fidelidade em relação à realidade
do setor, assim como orçamentos equilibrados e competitivos, a diretoria do Sindinstalação-SP (Sindicato da Indústria de Instalação - SP) foi à luta. E, depois de anos de trabalho, apresenta ao mercado uma fórmula paramétrica desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), que está 100% voltada para esta área. Como explica José Antonio Bissesto, diretor-executivo do Sindinstalação, a iniciativa visa permitir que as empresas de instalação tenham uma melhor gestão de seus contratos e orçamentos mais equilibrados e participação justa nas licitações. “O Sindinstalação ouviu suas associadas e identificou a necessidade de um projeto que viabilizasse conhecer a variação dos custos dos insumos inseridos nas obras de instalações. Esse projeto evoluiu, até a criação de uma fórmula paramétrica que permite se chegar a um índice mensal destas variações”, comenta Bissesto, lembrando que, entre a ideia, a ação e a conclusão do trabalho, foram quase cinco anos. “Incluídos aí a etapa
de maturação desde janeiro de 2016 e estudos feitos pela diretoria da entidade e associadas convidadas, que teve agora sua conclusão”. Além de alguns membros da diretoria do Sindinstalação e dos especialistas da FGV IBRE, responsável pela criação da fórmula paramétrica, participaram do trabalho os membros do Comitê Setorial de Instalações Eletromecânicas (GSEL) e várias empresas associadas do sindicato, que responderam uma pesquisa antes de se chegar à fórmula.
Foram membros coordenadores: José Silvio Valdissera, presidente do Sindinstalação e sócio da Hidrelplan Engenharia e Comércio; José Antonio Bissesto, diretor-executivo do sindicato; Fernando Belotto, Diretor Conselho Fiscal do sindicato e sócio da Hersa Engenharia e Serviços; Ivan Silva, da Sanhidrel Cimax Engenharia e, Ramon Olmos, Diretor do Conselho Fiscal do sindicato e sócio da FR Instalações e Construções.
Por que uma fórmula paramétrica e não um índice setorial? Ana Maria Castelo, economista da FGV IBRE, dá uma explicação de ordem prática em relação à opção pela fórmula, que tem a ver com os custos. Ela revela que o índice tem um custo bem maior (na comparação com a fórmula paramétrica) e exige um esforço muito grande de coleta de informações. Isso porque a questão não é apenas montar o índice e uma cesta de produtos a ele relacionada. Há todo um processo após a sua criação em que, mensalmente, há a necessidade de se coletar novas informações. “Isso gera um trabalho grande e um custo alto. Já na fórmula paramétrica é um 36 Revista da InstalaçÃO
pouco diferente. Você cria uma cesta de insumos, assim como faria para o índice, mas estabelece a correlação dessa cesta com os indicadores já existentes, que são índices que a FGV já possui. Ou seja, você já tem esses índices prontos, o que elimina o trabalho de coleta. Essa é uma diferença muito significativa, que explica o custo menor para se trabalhar com a fórmula paramétrica”, observa Ana Maria. No caso particular da fórmula voltada para o mercado das instaladoras, a economista da FGV comenta que, o primeiro passo, foi elaborar em conjunto com o Sindinstalação um trabalho
para se chegar a uma cesta de insumos, que seriam correspondentes aos custos do setor. Para este fim, se elaborou um questionário que foi distribuído entre as empresas instaladoras associadas ao sindicato, que o responderam indicando, dado à sua estrutura de projeto, quais as ponderações de cada item daquela cesta, em seu caso particular. “Recebemos as informações das empresas e foi feito um trabalho em que ponderamos, dentro da estrutura de cada instaladora, o peso de cada tipo de obra (comercial, industrial e residen-
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News and information on the installation market and activities from Sindinstalação and partners.
Noticias e informaciones sobre el mercado de instalaciones y las acciones de Sindinstalação y sus organizaciones asociadas.
cial). Depois, fizemos a ponderação do resultado da empresa de acordo com a participação dela dentro do conjunto amostral. Ou seja, a gente tinha a relação dos insumos e o peso de cada um deles no que seria a cesta representativa dos custos do setor de instalações. Assim, criamos uma cesta média, onde temos os itens e o seu peso nos custos”, descreve Ana Maria. Mas como identificar os percentuais de elevação de cada produto que compõe a cesta média das empresas instaladoras? É nessa hora que entram os índices que a FGV já possui. “Uma vez estabelecida a cesta de insumos, temos como fazer as correspondências de cada item com os indicadores da FGV. Por exemplo: na cesta estão os tubos e conexões de PVC. Eu tenho um índice da FGV, que é o INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção), onde esse componente aparece. Outro exemplo: fios e cabos de cobre. Tenho um item da FGV onde esse item também aparece, é pesquisado. Então, temos índices na FGV que nos permitiram estabelecer correspondências com a cesta do Sindinstalação”, comenta Ana Maria. E ela completa: “Eu tinha os pesos, estabeleci essa correspondência e pudemos montar uma série histórica, onde tivemos a oportunidade de fazer as comparações do índice resultante dessa fórmula paramétrica, com outros indicadores. E o resultado foi muito interessante, porque as comparações mostraram que, de fato, se justifica ter um indicador próprio para as instaladoras, no caso a fórmula paramétrica. Isso porque há momentos em que a fórmula caminha mais próxima a outros índices setoriais, como o INCC-DI, mas há outros em que, por conta do peso maior de alguns itens, há um descolamento. Então, a fórmula paramétrica dá uma maior aderência dos contratos aos custos efetivos das empresas”. Em outras palavras, chegou-se a uma fórmula customizada ao segmento de instala-
ções. E, a partir do seu lançamento no mês de setembro próximo, basta fazer o acompanhamento mensal. “A cada mês, quando os indicadores da FGV forem sendo divulgados, a gente terá os pesos da fórmula paramétrica e, com isso, conseguiremos chegar no que é a evolução mensal do segmento de instalações”. Ana Maria, destaca: “Isso representa um avanço enorme e um ganho para todas as partes envolvidas, tanto para empresas instaladoras, que terão um indicador que vai refletir melhor os seus custos em contratos e orçamentos, quanto para quem está contratando, porque o contratante não tem interesse em ter um índice descolado da realidade”. Uma vez definida a fórmula paramétrica, terá início um trabalho de divulgação da mesma, que explique seu funcionamento e suas vantagens para instaladoras e seus clientes. “É o trabalho de convencimento das empresas que vão fazer os contratos. É explicar: olha, é melhor ter como indexador um índice que realmente reflita os custos setoriais, do que outro que não significa muita coisa para as instaladoras” ressalta a economista da FGV. Segundo José Antonio Bissesto, a fórmula desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas é de suma importância para o setor, pois, além de ser correta, traz transparência durante as negociações entre as instaladoras e seus clientes. Quanto à sua aplicação, o diretor- executivo observa que ela deverá ocorrer naturalmente, ao longo do tempo. Até porque, a atual situação de crise no País não favorece muito a sua adesão pelas empresas. “Trata-se de um trabalho pensado há cerca de cinco anos e, durante este período, a economia brasileira passou por várias nuances. Na atual conjuntura econômica, o mais importante não são os reajustes ou cada ator evidenciar seus percalços dificultando os negócios. Vivemos um momento em que, juntos, instaladora e cliente pactuam o melhor para os dois lados. O importante é cada
qual saber a realidade de seus custos e tornar possível, com cautela, um bom serviço e contrato”, afirma o executivo. No que tange à divulgação desta ação, Bissesto comenta que ela deverá ocorrer a partir do mês de setembro, para todas as empresas associadas do sindicato, pelos meios de comunicação do Sindinstalação.
Diretoria JOSÉ SILVIO VALDISSERA Presidente e Delegado Representante Fiesp Efetivo CARLOS FREDERICO HACKEROTT Diretor VP de Relações Institucionais – Delegado Representante Fiesp Efetivo MARCOS ANTONIO PASCHOTTO Diretor VP de Instalações Prediais Elétricas Luiz Carlos Veloso Diretor VP de Instalações Prediais Hidráulicas e Gás - Delegado Representante Fiesp Suplente LUIZ ANTONIO ALVAREZ Diretor VP de Sistemas de Aquecimento – Delegado Representante Fiesp Suplente Marco Alberto da Silva Diretor VP de Instalações Industriais VICTOR JOSÉ RONCHETTI Diretor VP de Instalações Prediais de Sistemas Complementares Diretores VP – Conselho Fiscal NELSON GABRIEL CAMARGO IVAN MACHADO TERNI RAMON NICOLAS OLMOS ODIL PORTO JUNIOR Fernando Belotto Ferreira Surahia Maria Jacob Chaguri Diretor-Executivo JOSÉ ANTONIO C. BISSESTO Av. Paulista, 1313 - 9º andar - cj 905 Cerqueira Cesar - São Paulo 01311-923 - (11) 3266-5600 www.sindinstalacao.com.br
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Espaço Sindinstalação
| Abrinstal
Eficiência nas instalações prediais traz ganhos para todos os elos da cadeia Instalações prediais que atendem às normas trazem ganhos reais às construtoras, custos são reduzidos e
O
Qualinstal – que é um sistema de avaliação da qualidade das instalações prediais – pode ser um importante aliado para as construtoras serem mais eficientes na parte de instalação. “Em épocas de alta competitividade é muito importante ter um programa que traz ganhos reais para a construtora, pois garante qualidade do serviço prestado e aumento da produtividade”, afirma Alberto J. Fossa, diretor executivo da Abrinstal. A Tecnisa, que foi a primeira construtora a aderir ao Qualinstal, há três anos,
conta que a adoção do programa trouxe benefícios econômicos para a empresa e aumento de produtividade. “O processo como um todo melhorou. Os serviços foram padronizados, a qualidade melhorou e tivemos redução significativa dos problemas pós-obra”, contou Marcelo Matsusato, gerente de Operações de Engenharia da Tecnisa. No dia 22 de junho, Fossa e Matsusato participaram do 13º Seminário Tecnologia de Sistemas Prediais, realizado pelo Sinduscon-SP, em São Paulo. O evento, que reuniu diretores, geren-
Foto: Divulgação
há aumento do índice de satisfação dos clientes
Alberto Fossa durante o 13º Seminário Tecnologia de Sistemas Prediais, realizado pelo SindusconSP, em São Paulo.
tes e profissionais de engenharia e arquitetura de empresas incorporadoras, construtoras, de projeto e fabricantes, tratou das inovações relativas ao tema instalação de sistemas prediais.
9º Encontro das Empresas Instaladoras Qualinstal será dia 26 de julho
A
qualidade das instalações prediais elétricas, de gases combustíveis, hidrossanitárias e solar, é tema de encontro que será realizado no próximo dia 26 de julho, em São Paulo, na sede da Fiesp Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, das 9h às 12h. Trata-se do 9º Encontro das Empresas Instaladoras
Qualinstal. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas online, no site da Abrinstal www.abrinstal.org.br. O evento se destina a profissionais do mercado de construção civil, empresas instaladoras, projetistas, fabricantes de produtos e entidades e associações ligadas ao setor. O objetivo do encontro é o de apresentar as ações e desafios do
Programa de Qualificação das Empresas Instaladoras - Qualinstal. O encontro está dividido em dois painéis. O primeiro será um debate sobre os problemas e soluções relacionados ao mercado de instalações. O segundo painel será um debate sobre o Qualinstal – As ações e desafios do Programa de Conformidade Setorial.
O Programa Qualinstal O Qualinstal é um Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas Instaladoras e Instalações – que foi criado em 2002 e que estabelece as condições e requisitos técnicos e de gestão, para as empresas prestadoras de serviços de instalações prediais, de forma a garantir crescimento sustentável e estruturado do setor, buscando
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melhoria da qualidade e segurança dos serviços prestados e de infraestrutura de serviços prediais. O Qualinstal possui Grupos de Trabalhos (GTs) formados por especialistas, que se reúnem periodicamente com o objetivo de planejar e implementar as ações necessárias para o cumprimento dos objetivos estabelecidos no programa.
| Abrasip
P
ara cumprir as estratégias de ordenamento territorial previstas na Lei 16.050 (Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo), a Lei nº 16.402 apresenta, entre suas diretrizes, a promoção da qualificação ambiental do Município. E, para cumprimento de tais diretrizes, define parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, entre eles a quota ambiental. Importante instrumento para a melhoria da qualidade de vida na cidade, cabe ressaltar um aspecto específico: a imposição de obrigatoriedade de utilização de água de chuva e de como deve ser calculado o volume do reservatório para este fim. O Artigo 80 estabelece que, “nos processos de licenciamento de edificações novas ou de reformas... é obrigatória a reservação para aproveitamento de águas pluviais provenientes das coberturas das edificações para fins
Foto: Fotolia
A Quota Ambiental
não potáveis”. E, no §1º, determina que o volume mínimo obrigatório a ser reservado deve ser calculado em função da área de cobertura do projeto, independentemente do volume necessário para atendimento às demandas não potáveis possíveis para cada edificação. A principal questão que se coloca é a obrigatoriedade de utilização de água de chuva para qualquer edificação e sem considerar as demandas não potáveis possíveis. Cuidar da água, em especial nos centros urbanos com forte adensamento populacional, é de fato uma emergência. Entretanto, a incorporação de fontes não potáveis nas edificações precisa ser considerada caso a caso, técnica e financeiramente e em conjunto com os riscos associados. Em função das características da edificação e de seus usuários, aproveitar a água de chuva pode ser estratégico e viável, mas pode também não ser.
Para determinado edifício, por exemplo, pode ser mais interessante coletar parte dos esgotos sanitários, tratar e reutilizar, do que reservar, tratar e utilizar a água da chuva. Pode ser que para outro edifício não seja indicada a utilização de água não potável, seja proveniente da chuva ou de outra fonte (reuso de efluente tratado, por exemplo). A escolha da opção mais adequada para cada edificação deve resultar de estudo técnico e econômico, realizado por profissional habilitado, em busca do equilíbrio entre as possibilidades de oferta de água e as demandas daquele edifício. E, ainda, a utilização de fontes não potáveis exige tratamento correto e gestão da qualidade da água ao longo do tempo, realizada por profissional capacitado, para impedir contaminação. Estamos preparados? Quem vai fiscalizar? Francisco Landi - QIT
Engenharia
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Espaço Sindinstalação
| Seconci
Seconci-SP orienta como aliviar o estresse no trabalho De acordo com a Associação Internacional do Controle do Estresse, de cada dez trabalhadores, ao menos três sofrem da chamada Síndrome de Burnout, o esgotamento mental intenso causado por pressões no ambiente profissional. A psicóloga do Seconci-SP, Ludmila Pereira de Andrade, corrobora a estimativa da entidade e explica que o ritmo de trabalho acelerado, o alongamento das jornadas e o acúmulo de funções são os principais gatilhos desencadeadores dessa síndrome. Por isso, segundo Ludmila, é muito importante que as empresas invistam em programas e atividades que ajudem os colaboradores a aliviar o estresse, como, por exemplo, disponibilizar um espaço para descanso no horário de almoço e um ambiente de trabalho mais acolhedor. Além disso, que as empresas proporcionem capacitação para encarregados e supervisores evitarem atitudes no relacionamento com os trabalhadores que os levem a se estressar. E orientar os funcionários para que, caso sofram assédio moral, discriminação ou outras pressões, busquem apoio no setor de Recursos Humanos. Foto: Divulgação
“Trata-se de um tipo de doença que interfere diretamente na atividade profissional da pessoa, porque o trabalhador pode apresentar sintomas como apatia, déficit de atenção e de concentração, falta de apetite, insônia, entre outros sinais. Nessa situação, há uma perda da produtividade e, em casos mais críticos, pode ser necessário afastar o funcionário da sua atividade”, ressalta a especialista. Dicas para aliviar o estresse: ✖ Pratique atividades físicas ✖ Adote o hábito de expor seu desconforto aos superiores ou colegas ✖ Insira atividades mais prazerosas na sua rotina ✖ Evite sobrecarga de trabalho: quando estiver em período de folga (ou férias), tente relaxar e descansar O estresse exige atenção, pois pode gerar doenças e perda da produtividade. Ludmila de Andrade
Sensibilidade nos dentes tem tratamento Degustar uma boa refeição ou apreciar uma bebida é um momento de prazer para a maioria das pessoas. Contudo, para indivíduos com sensibilidade nos dentes, atos simples como estes incomodam e, na maioria das vezes, causam dor. Segundo cálculos de especialistas da área odontológica, o problema afeta até 57% da população adulta. Também conhecido como hipersensibilidade dentinária, esse tipo de desconforto geralmente é sentido ao se ingerir líquidos e alimentos quentes, gelados, doces ou muito ácidos. Isso ocorre
O Seconci-SP dispõe de todos os recursos clínicos para curar esse problema. Fernando Brisolla Foto: Divulgação
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quando o esmalte que protege os dentes se desgasta, ficando mais fino, ou quando há um recuo da gengiva, o que deixa uma área maior da dentina (parte localizada abaixo do esmalte) exposta, diminuindo a proteção à raiz do dente. O dentista do Seconci-SP, Fernando Brisolla, explica que a sensibilidade pode ser tratada e até curada. “Dispomos de equipe multidisciplinar composta por médicos, dentistas e nutricionista e, quando o trabalhador nos procura, efetuamos uma avaliação completa, estudando a solução mais eficaz e, se for o caso, encaminhando para outras especialidades”, comenta. O Seconci-SP conta também com unidades móveis odontológicas que vão até a empresa para realizar atendimento e orientação aos trabalhadores. Informações: relacoesempresariais@seconci-sp.org.br ou pelo telefone: (11) 3664-5844.
| HBC Advogados
Programa de Parcelamento de Débitos Municipais - Ppi 2017 em parcela única ou redução de 60% dos juros de mora, de 50% da multa e, se o débito não estiver ajuizado, de 50% dos honorários advocatícios, na hipótese de pagamento em até 120 parcelas mensais, com acréscimo de juros pela taxa Selic.
Foto: Fotolia
◗ Descontos e opções de regularização para débitos não tributários: redução de 85% dos encargos moratórios e, se o débito não estiver ajuizado, de 75% dos honorários advocatícios, na hipótese de pagamento em parcela única ou redução de 60% dos encargos moratórios e, se o débito não estiver ajuizado, de 50% dos honorários advocatícios, na hipótese de pagamento em até 120 parcelas mensais, com acréscimo de juros pela taxa SELIC;
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Prefeitura Municipal de São Paulo instituiu o Programa de Parcelamento Incentivado de 2017 (PPI 2017), por meio da Lei municipal nº 16.680 e do Decreto nº 57.772, ambos publicados em 05 de julho de 2017, entrando em vigor nessa mesma data, que prevê, em relevância:
◗ Prazo de adesão: 05 de julho de 2017 a 31 de outubro de 2017, sem prorrogações; ◗ Parcela mínima: R$ 50 para pessoas físicas e R$ 300 para pessoas jurídicas; ◗ Condições de pagamento: O pagamento pode ser feito em até 120 parcelas mensais, iguais e sucessivas, atualizadas pela Taxa SELIC acumulada, aplicando-se 1% em relação ao mês de pagamento;
◗ Débitos passíveis de inclusão no PPI 2017: débitos tributários e não tributários, constituídos ou não, inclusive os inscritos em Dívida Ativa, ajuizados ou a ajuizar, em razão de fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2016, incluindo IPTU, ISS e taxas municipais;
◗ Forma de pagamento: a primeira parcela deve ser paga por meio de Documento de Arrecadação Municipal (DAMSP). A partir da segunda, o pagamento deverá ser feito por débito automático em conta corrente, nos bancos conveniados com a Prefeitura.
◗ Débitos não passíveis de inclusão no PPI 2017: débitos do Simples Nacional, multas de trânsito, obrigações contratuais, saldos de parcelamentos em andamento, exceto do PAT (Parcelamento Administrativo Tributário), criado pela Lei nº 14.256/2006;
◗ Adesão: a formalização do pedido de ingresso no PPI deverá ser feita pela Internet: www.prefeitura.sp.gov.br/ppi Será necessário possuir Senha Web, a qual deverá ser desbloqueada pessoalmente;
◗ Descontos e opções de regularização para débitos tributários: redução de 85% dos juros de mora, de 75% da multa e, se o débito não estiver ajuizado, de 75% dos honorários advocatícios, na hipótese de pagamento
◗ Dispensa a cobrança de débitos tributários e não tributários de valores consolidados iguais ou inferiores a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), exceto multas de trânsito. Nosso escritório permanece à disposição para esclarecer qualquer consulta porventura necessária a respeito do tema.
*HBC Advogados é o escritório contratado pelo Sindinstalação para assessoria jurídica ao setor de instalações. Para mais informações acesse www.hbclaw.com.br Revista da InstalaçÃO 41
Mercado
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The House Comgás Empresa lança programa de relacionamento para arquitetos, projetistas, engenheiros e designers. Iniciativa busca tendências para transformar, inovar e inspirar novos conceitos
Fotos: Ricardo Brito/HMNews
sobre o uso do gás natural.
Reportagem: Clarice Bombana
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Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) lançou oficialmente o programa de relacionamento The House Comgás. O objetivo é promover a aproximação com arquitetos, urbanistas, projetistas, designers de interiores e engenheiros, público este fundamental no processo de transformação da cultura do uso do gás natural nos segmentos residencial, comercial e industrial, por meio de seus projetos. O The House Comgás possui um site exclusivo, onde os profissionais cadastram seus projetos de arquitetura e construção que fazem uso do gás natural e, assim, acumulam pontos que poderão ser trocados por prêmios e recompensas ao longo do programa. Ao final, os responsáveis pelos projetos mais expressivos serão congratulados com uma viagem para Milão, na Itália. “O uso do gás natural é uma tendência mundial e queremos nos aliar aos profissionais do setor de arquitetura e construção, que são importantes agentes de transformação, para levar mais segurança, praticidade e conforto aos nossos clientes de diversos segmentos”, destaca Milena Brito, Head de Marketing da Comgás. Revista da InstalaçÃO 43
Mercado
Foto: Divulgação
A utilização do gás natural no mercado residencial, por exemplo, vai muito além da cozinha e do banho (aplicações mais comuns). Pensando, principalmente, num público mais exigente e em estabelecimentos de alto padrão, a Comgás fechou parceria com consolidados fabricantes de equipamentos a gás natural para apresentar, aos profissionais e aos clientes, as diversas outras aplicações possíveis. Entre os produtos consumidores do gás estão: gerador de energia elétrica, churrasqueira, forno de pizza, lavadora e secadora de roupas, aquecedor de toalhas, sauna, piscina, lareira, tocheiro e piso aquecido. “Acreditamos que inovar é transformar e a Comgás está na linha de frente na adoção de tecnologias que inspiram e transformam o futuro das pessoas”, afirma o diretor-presidente da Comgás, Nelson Gomes, que completa: “As soluções que podem ser integradas aos projetos são inovadoras e aumentam o conforto, a praticidade e a segurança de nossos clientes nas residências, no comércio e na indústria, contribuindo para a melhoria do bem-estar das pessoas e proporcionando aumento na produtividade dos negócios”. De acordo com Milena Brito, o mercado de equipamentos está em cons-
Fotos: Ricardo Brito/HMNews
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tante evolução. “Em conjunto com nossos parceiros, estamos viabilizando novos serviços e aplicações para o uso do gás natural e estamos apresentando novas soluções para engenheiros, arquitetos, designers de interiores e profissionais de decoração. São opções que podem ser desenvolvidas em projetos de reformas ou no início de uma nova edificação, garantindo a qualidade dos projetos”, complementa a executiva. O evento de lançamento do The House Comgás reuniu, na noite do dia 27 de junho, arquitetos, engenheiros,
Queremos nos aliar aos profissionais do setor de arquitetura e construção para levar mais segurança, praticidade e conforto aos nossos clientes de diversos segmentos. Milena Brito Head de Marketing da Comgás
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projetistas, designers e urbanistas, no Espaço Traffô, em São Paulo (SP), e contou com a participação do arquiteto Ruy Ohtake, apoiador do projeto, e do chef do restaurante Mocotó, Rodrigo Oliveira, responsável pelo menu do jantar. Rodrigo Oliveira é o embaixador da marca na nova campanha da Comgás, criada pela Agência Bullet, que mostra como as soluções a gás natural melhoram o bem-estar dos clientes e otimizam os negócios. Os convidados presentes participaram de um bate-papo com Ruy Ohtake, que falou sobre a mobilidade, o ganho de espaço e a harmonia de ambientes com o uso do gás natural canalizado. “Hoje em dia, há edifícios com cozinhas em terraços gourmet, por exemplo. As aplicações de gás natural facilitam essa evolução dos projetos arquitetônicos e propiciam uma estética cada vez mais limpa e sofisticada dos ambientes aliada ao ganho de eficiência energética”, comentou o arquiteto.
Mercado
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O gás natural é utilizado em residências, no comércio, em indústrias e em veículos para inúmeras aplicações, incluindo a geração e cogeração de energia. Os profissionais da área interessados em participar do programa podem fazer o cadastro e inscrever seus projetos no site www.thehousecomgas. com.br. Ao registrar um trabalho, cada
equipamento a gás natural especificado valerá pontos para serem trocados por recompensas no The House Comgás Rewards – um catálogo de produtos desenvolvido exclusivamente aos participantes do programa. Além disso, ao fazer parte do The House Comgás, o profissional conta com ingressos para shows, peças de teatro
e convites para eventos com apoios da Comgás. E os principais destaques ganharão uma viagem à Itália para visitar um dos mais importantes eventos de arquitetura: o Isolani - Salone del Mobile Milano. Mas, atenção, para que a pontuação seja creditada, o projeto deve atender aos requisitos previstos no regulamento.
Fotos: Ricardo Brito/HMNews
Gás natural: energia que transforma O gás natural é utilizado em residências, no comércio, em indústrias e em veículos para inúmeras aplicações, incluindo a geração e cogeração de energia. Tem fornecimento contínuo, garantindo a produtividade em indústrias
Acreditamos que inovar é transformar e a Comgás está na linha de frente na adoção de tecnologias que inspiram e transformam o futuro das pessoas. Nelson Gomes diretor-presidente da Comgás
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e em estabelecimentos comerciais e de serviços, e mais conforto e segurança aos clientes residenciais. Devido à sua composição, o gás natural produz queima limpa e uniforme, com menos fuligem, particulados e outras substâncias que prejudicam o meio ambiente. É um energético limpo, que gera baixa emissão de poluentes e melhora sensivelmente as condições ambientais, contribuindo para a redução de emissão dos gases de efeito estufa. O gás natural também garante mais segurança. Por ser canalizado, não precisa ser transportado nem armazena-
do em botijões, cilindros ou centrais de abastecimento. Na prática, retira das ruas centenas de caminhões utilizados para o transporte de combustíveis, como o GLP, diesel e lenha. Mais leve que o ar, o gás natural dissipa-se com mais facilidade em caso de vazamento quando comparado ao GLP. A seguir, algumas soluções movidas a gás natural:
O instalador e a instalação O instalador é fundamental para garantir a qualidade e a segurança dos processos de ligações internas de gás, afirmação que é válida também para os demais sistemas prediais de uma edificação. A Comgás atua continuamente na capacitação técnica dos profissionais por meio de treinamentos específicos desenvolvidos exclusivamente pela companhia e que abordam temas relacionados às boas práticas, questões normativas, segurança das instalações e da execução, por exemplo. A cada ano, novas metodologias e tecnologias vêm sendo aplicadas com intuito de aprimorar os serviços prestados e gerar melhores experiências aos clientes. A Comgás possui também um manual intitulado RIP (Regulamento de Instalações Prediais – Gás) para orientar os profissionais da cadeia da construção civil sobre os procedimentos para cada projeto e execução das instalações internas de gás. Para garantir a segurança e a qualidade dos sistemas de gás, todas as instalações internas são
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HP – Cogeração a gás C natural Com uso indicado para condomínios e comércios, o cogerador compacto gera água quente e energia elétrica em um processo de mini e micro cogeração a gás natural. Até 2015, esse sistema era acessível apenas a indústrias e grandes consumidores de energia elétrica. Agora, a solução está disponível para estabelecimentos de menor porte. A Comgás viabilizou a chegada dessa alternativa no Brasil para consumidores residenciais e
Divulgação
Foto: Ricardo Brito/HMNews
Chef Rodrigo Oliveira, embaixador da marca na nova campanha da Comgás, que mostra como as soluções a gás natural melhoram o bem-estar dos clientes e otimizam os negócios.
testadas pneumaticamente por gasista profissional qualificado pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e após o resultado do teste, se adequado, é liberado o fornecimento do combustível. Considerando que o foco no cliente é uma prioridade para a companhia, a Comgás acredita que a busca contínua de novas práticas de execução, tecnologias e ferramentas são fundamentais para garantir a eficiência e segurança das instalações. Nesse sentido, a empresa investe continuamente na reciclagem e disseminação de conteúdos técnicos para os profissionais, por meio de treinamentos práticos que desenvolvem temas como aplicação de novos materiais, técnicas executivas e ferramentais. Além disso, também é realizado o benchmarking com empresas deste e de outros segmentos, de forma a garantir que os profissionais envolvidos em suas operações estejam sempre qualificados e aptos a aplicar boas práticas executivas e novas ferramentas. Indicadores de performance de execução e segurança são acompanhados sistematicamente para ajuste de conteúdos técnicos e avaliação de oportunidades de melhoria. Reforçando a relevância do tema, a Comgás possui um sistema próprio de qualificação de suas empresas parceiras. Para tal, considera não somente a competência técnica, mas também a segurança, saúde, meio ambiente, qualidade e integridade de ativos. Foto: Fotolia
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Mercado
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comerciais – condomínios e academias, por exemplo.
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Ruy Ohtake arquiteto
energia a gás neste período pode representar economia de até 70%.
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Piscinas com aquecimento a gás natural O gás natural viabiliza um novo formato de aquecimento, capaz de otimizar a mistura de ar e combustível. A solução proporciona eficiência, aquecimento rápido e controle de temperatura da piscina. Uma das opções é a de “quebrar o gelo”, reduzindo a sensação de pisci-
na gelada e estabilizando a temperatura em 28ºC (considerada ideal para a prática de esportes) ou até mesmo mais elevada.
Fotos: Ricardo Brito/HMNews
eração de energia a G gás natural Geradores são equipamentos que permitem autossuficiência e segurança energética em condomínios residenciais e corporativos, casas e estabelecimentos comerciais nos chamados horários de ponta. Ele funciona como um sistema de energia de back-up. Movidos 100% a gás natural, esses geradores são acionados automaticamente quando há falha no fornecimento de energia pela rede elétrica convencional. Permitem até mesmo a geração total de energia no estabelecimento. O gerador a gás natural é a melhor solução para horários em que a energia elétrica fica até quatro vezes mais cara e mais instável por conta do excesso de demanda, geralmente entre 17h30 e 20h30 (horário de pico). O uso da geração de
As aplicações de gás natural facilitam a evolução dos projetos arquitetônicos e propiciam uma estética cada vez mais limpa e sofisticada dos ambientes, aliada ao ganho de eficiência energética.
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Sistema de apoio para aquecimento solar a gás natural Uma outra novidade é o sistema que otimiza e serve de apoio ao sistema de aquecimento solar. Ele garante água quente até nos dias mais frios porque permite um aquecimento cinco vezes mais rápido em relação ao equipamento de back-up de energia elétrica convencional. Como a instalação desse sistema a gás natural é bem mais simples, é possível utilizar boilers menores, o que permite uma área menor para a instalação do coletor.
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Secadora a gás natural Com tecnologia japonesa, as secadoras movidas a gás natural garantem um ciclo até quatro vezes mais rápido que as secadoras elétricas convencionais, gerando economia e garantindo performance. O equipamento é computadorizado, o que possibilita diversas progra-
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Forno de pizza a gás natural Preservando o sabor da pizza, os fornos a gás natural permitem um ganho maior de produtividade em relação aos fornos a lenha. Não necessitam de estoque de combustível, eliminando sujeira, fuligem, além de garantir maior confiabilidade, uma vez que muitas lenhas utilizadas não são certificadas. O equipamento a gás natural também permite o controle exato da temperatura do forno, assegurando a cocção completa em toda a pizza.
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Foto: Ricardo Brito/HMNews
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oluções avulsas a gás S natural para alto padrão A Comgás disponibiliza, junto com seus parceiros, uma série de aplicações avulsas com o uso do gás natural para empreendimentos e residências de alto padrão, tais como: piso aquecido, lavanderia, lareira, cocção, geração de energia, banho, churrasqueira, aquecedor, sauna, ar-condicionado, toalheiro, entre outras.
A Comgás trabalha para ser a melhor alternativa energética à sociedade, oferecendo serviços e soluções que antecipam o futuro. “A empresa vem passando por um processo de grande evolução. Nós não somos hoje apenas uma distribuidora de gás natural, somos uma empresa de soluções e serviços em energia. Em 2016, lançamos uma nova marca e implantamos estratégias de gestão que colocaram a Comgás em outro patamar. E agora nossa meta é comunicar, de forma cada vez mais assertiva e inovadora, os benefícios do gás natural e as soluções que ele é capaz de proporcionar”, afirma Nelson Gomes, diretor-presidente da companhia. Com fornecimento ininterrupto e atendimento 24 horas, a Comgás é a maior distribuidora de gás natural do País, com participação de 30% no setor. A companhia superou a marca de 1,7 milhão de clientes em sua área de concessão no Estado de São Paulo, que compreende a Região Metropolitana de São Paulo, a Região Administrativa de Campinas, a Baixada Santista e o Vale do Paraíba. Hoje, a Comgás tem pouco mais que 15 mil quilômetros de rede instalados em 88 municípios, abastecendo com gás natural os segmentos industrial, comercial, residencial e automotivo, além de viabilizar projetos de cogeração e fornecer gás para usinas de termogeração. Ainda existem em sua área de concessão nove milhões de clientes potenciais, num total de 177 municípios.
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odos os anos, os acidentes envolvendo energia elétrica causam um grande número de tragédias. Segundo dados da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), no ano passado, os choques elétricos fizeram 599 vítimas fatais. Houve ainda 215 ocorrências não fatais. O problema envolve tanto profissionais da área quanto usuários do sistema, de ambos os sexos e das mais diversas faixas etárias.
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o acionamento involuntário e indevido dos seguintes equipamentos elétricos: Minidisjuntor, IDR, Disjuntor Caixa Moldada e Plugues Industriais (veja detalhes no quadro acima). Conforme destaca a empresa, acionamentos indevidos ou acidentais desses dispositivos durante a manutenção da rede elétrica podem causar acidentes graves. Assim, a função da Linha Safe® é preservar a segurança de quem estiver realizando serviços nas instalações elétricas, conforme exige
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Bloqueio Trava p/ Mini-disjuntores até 63 A e IDR
➧ BLOD125
Bloqueio Trava p/ Mini-disjuntores 80/100/125 A
➧ BLOD250
Bloqueio Trava p/ Disjuntores Caixa Moldada 63/100/250 A
➧ BLOD800
Bloqueio Trava p/ Disjuntores Caixa Moldada 400/630/800 A
➧ BLOD1250
Bloqueio Trava p/ Disjuntores Caixa Moldada 1.250 A
➧ BLOP250
Bloqueio Trava p/ Plugues 16 - 250 A
➧ CADVM Cadeado p/ Bloqueio de Disjuntores (cadeado de haste Ø 6.00 mm de diâmetro, recomendado para utilizar em conjunto com os dispositivos, evitando o destravamento acidental) a NR 10 (Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho). Os dispositivos são fabricados em material termoplástico e o princípio de ‘travamento’ das soluções varia conforme o modelo. Alguns requerem apenas o encaixe, enquanto outros, além do encaixe, precisam de aperto, feito por meio de um parafuso específico que vai na peça. De acordo com a empresa, os dispositivos são de fácil instalação. “Todos os modelos podem ser instalados manualmente e sem o uso de ferramentas”, destaca Ricardo Martuchi, engenheiro elétrico da Steck que atua no desenvolvimento de produtos. Segundo o especialista, ao utilizar a Linha Safe®, o operador tem a ga-
Na prática, muitos eletricistas deixam de seguir os procedimentos estabelecidos em norma, aumentando assim o risco de acidentes envolvendo eletricidade.
rantia de que o sistema não será ligado enquanto ele estiver mexendo na instalação elétrica. “O principal objetivo é dar a segurança ao operador, principalmente em casos de manutenção na rede elétrica”. Os dispositivos de proteção da Linha Safe® são comercializados individualmente e podem ser aplicados em todos os tipos de instalações, tais como residenciais, comerciais e industriais. No Brasil a regulamentação nessa área é feita pela NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, mas, conforme alerta Ricardo Martuchi, ainda existem muitos casos em que as empresas ou os eletricistas não seguem os procedimentos estabelecidos na referida norma. Para o especialista, é essencial que os próprios trabalhadores tenham consciência da importância de respeitar as regras de segurança nessa área. “A fiscalização é necessária, mas, antes disso, a conscientização de quem faz o trabalho em instalações elétricas é muito importante. Vale lembrar que quem não cumpre a norma pode ser penalizado. E, mais do que isso, o que está em jogo é a vida”, complementa Martuchi. Revista da InstalaçÃO 53
produtos
❱❱ Dosímetro digital
A Instrutherm acaba de receber o DOS-700 tipo 1, mais novo Dosímetro de ruído digital portátil e sem fio, com tecnologia avançada e diferenciais únicos de mercado. O medidor possui formato mais compacto, é leve e apresenta inovações de funcionalidade como: classificação tipo 1; característica 3 em 1 (audiodosímetro, nível sonoro e exposição sonora); microfone sem fio destacável e incorporado ao equipamento; a possibilidade de realização de três dosimetrias simultâneas em normas diferentes; medições simultâneas nas ponderações A, C e Z / Fast, Slow e Impulse ou em duplicações de dose diferentes 3, 4, 5 ou 6; comunicação por infravermelho e USB; bateria recarregável em polímero de lítio; e uma base que permite o carregamento de até cinco dosímetros simultaneamente.
produtos Divulgação de novos produtos e soluções.
products Promotion of new products and solutions.
❱❱ Item de segurança
A Aquário acaba de lançar mais uma solução em segurança para o mercado brasileiro: a Linha CFTV, voltada para a segurança e monitoramento residencial, comercial e público. A linha conta com câmeras de alto padrão de qualidade, alta resolução de imagem (full hd), com 1.0 e 2.0 MP, função 3D, infravermelho embutido e função DWDR que permite distinguir objetos e pessoas, mesmo a grandes distâncias. A linha conta ainda com gravadores digitais de vídeo – DVRs – penta híbridos, que comportam 5 tecnologias distintas. Possui opções com 4, 8 e 16 canais.
❱❱ Lâmpadas de LED
Com o conceito “luz muda tudo”, a Brilia oferece ao mercado uma ampla linha de lâmpadas LED. Entre os destaques estão as lâmpadas Bulbo LED, que se encaixam em qualquer necessidade residencial e ajudam a economizar energia ao mesmo tempo em que iluminam com qualidade todos os ambientes. As peças possuem longa vida útil, diminuindo a preocupação com manutenção e, na comparação com as tradicionais lâmpadas bulbo incandescentes, oferecem redução de até 86% no consumo de energia. A Brilia tem opções de 4,8, 7, 9 e 12 W e até um modelo dimerizável. 54 Revista da InstalaçÃO
productos Promoción de nuevos productos y soluciones.
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EVENTOS PARALELOS CONFIRMADOS: 5º Seminário de Tecnologia e Inovação da Construção Civil
SINDUSCON-NH
Palestra “Governança Tributária no Mundo Digital”
REVISTA REVENDA
Seminário “Patologia das Edificações”
ITT PERFORMANCE
Ciclo de Palestras
ULBRA
12º PREVESST – Encontro Sul-Rio-Grandense de Prevenção, Segurança e Saúde do Trabalho
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1° Encontro de Arquitetura, Decoração e Design Sustentável
RB DESIGN & UPS DESIGN
Palestra “Como aumentar a vida útil e confiabilidade de estruturas através da Galvanização”
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Palestra “Avaliação do Ciclo de Vida e os Produtos Cerâmicos”
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Reforma: o que você precisa saber sobre isso?
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produtos
❱❱ Segurança e monitoramento
A D-Link® lançou a câmera HD WiFi DCS-936L. Ideal para residências e comércios, o modelo oferece recursos avançados de monitoramento de vídeo em custo acessível, incluindo um amplo ângulo de visualização de até 120º, detector de movimento e de som, armazenamento de imagens na própria câmera e qualidade de vídeo de alta definição 720 p. Ela é equipada com um localizador de sinal Wi-Fi que auxilia os usuários a descobrir a melhor posição para a instalação física da câmera, que garante maior confiabilidade de conexão para gravação e streaming de imagens.
❱❱ Ferramenta de teste
Com o objetivo de aumentar a produtividade e a capacidade de resolução de problemas das equipes de manutenção, a Fluke Corporation, líder global em tecnologia portátil de teste e medição eletrônica reafirma seu pioneirismo e apresenta o novo ProcessMeter™ Fluke 787B. Trata-se de uma ferramenta de teste compacta que integra no mesmo dispositivo um multímetro digital e um calibrador de loop, o que assegura aos técnicos de processos o dobro de potência. Baseado na capacidade de medição altamente confiável do multímetro digital Fluke 87, o novo 787B adiciona ainda a possibilidade de medir, gerar e simular mA com a precisão e a resolução esperadas de um calibrador de loop de mA da Fluke. Configurando assim a ferramenta ideal para aplicações de resolução de problemas e de calibração de loop de corrente. Além disso, o Fluke 787B possui uma alimentação de loop de 24 Volt, que reduz a necessidade de uma fonte de alimentação separada ao fazer testes de transmissão offline. E com a resistência seleccionável HART® de 250 ohm incorporada, também elimina a necessidade de transportar uma resistência independente, permitindo assim que os técnicos de processo possam fazer muito mais enquanto carregam muito menos.
56 Revista da InstalaçÃO
❱❱ Cabos fotovoltaicos
De olho no crescente mercado fotovoltaico, a General Cable Brasil já disponibiliza diversas opções de cabos para essa área, como a linha Exzhellent Solar 1,8 kV CC. Os cabos são utilizados na interligação entre os painéis fotovoltaicos; entre os painéis e a caixa de conexão; podendo também ser utilizados entre as caixas de conexão e o inversor. Possuem alto grau de confiabilidade, devido à sua estabilidade térmica, resistência à umidade e aos raios UV, suportando temperaturas até 120ºC. Sua composição livre de halogênios garante segurança às pessoas e ao ambiente.
Foto: Maurício Nahas
Ponto de Criação
sonHar Kaike, paciente do GRAACC, com Reynaldo Gianecchini
cerca de 70% de cura, 90% de pacientes do sus e referência no tratamento do câncer infantil Com a ajuda de muita gente, ampliamos o nosso hospital e as ChanCes de reCuperação de Crianças e adolesCentes Com CânCer. nosso orgulho é poder mostrar a Cada doador que sua Contribuição é investida Com muita responsabilidade para ofereCer aos paCientes, Como o KaiKe, um tratamento digno, humano e Comparado aos melhores do mundo. junte-se a nós! seja um doador.
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1991
1998
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| Agosto/Setembro 2017
Eventos e Cursos Fórum Potência – Salvador Data/Local: 15/08 – Salvador (BA) Informações: (11) 4225-5400 e www.forumpotencia.com.br
Curso Integrador de Sistemas Residenciais Data/Local: 22 a 24/08 – São Paulo (SP) Informações: contato@aureside.org.br e (11) 5588-4589
55ª Equipotel Data/Local: 11 a 14/09 – São Paulo (SP) Informações: www.equipotel.com.br
Febrava 2017 – Feira Internacional de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar Data/Local: 12 a 15/09 – São Paulo (SP) Informações: www.febrava.com.br
Fórum Potência – Porto Alegre Data/Local: 14/09 – Porto Alegre (RS) Informações: (11) 4225-5400 e www.forumpotencia.com.br
Curso Materiais Sustentáveis – Novas Demandas do LEED v4 Data/Local: 21 e 22/09 – São Paulo (SP) Informações: cursos@gbcbrasil.org.br e (11) 4191-7805 58 Revista da InstalaçÃO
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