Revista instalação Ed. 18

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A N O 2 - N º 18

EDITORA

Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, hvac, fotovoltaica, incêndio, dados e manutenções

Setembro 2017

Mercado

Captação de água pluvial

Proteção contra incêndio

ANO 2 – Nº 18 – Revista da Instalação

SEGMENTO DE SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO CRESCE no Brasil, mas evolução completa ainda depende de ajustes. Usuários e profissionais precisam dedicar maior atenção às fases de projeto, instalação e manutenção e valorizar as soluções que priorizam a qualidade

Em meio às crises hídricas e às novas regulamentações da área da construção civil, cresce a oferta de tecnologias e soluções para o uso de água da chuva

Evento

Intersolar 2017

Principal encontro da América do Sul para o setor solar apresenta tecnologias e discute modelos de negócios para estruturar e alavancar o mercado brasileiro




Índice

| Edição18 | Setembro 2017

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Matéria de Capa

Mercado brasileiro de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio cresce, mas evolução completa ainda depende de ajustes. Usuários precisam dedicar maior atenção às fases de projeto, instalação e manutenção e valorizar as soluções que priorizam a qualidade.

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Evento Intersolar

Maior evento da América do Sul para o setor de energia solar apresenta as novas tecnologias e discute modelos de negócios necessários para estruturar e alavancar o mercado brasileiro.

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Mercado

Em meio às crises hídricas e às novas regulamentações do setor de construção civil, cresce a oferta de tecnologias e soluções para captação e armazenamento de águas pluviais rumo ao consumo racional e sustentável.

Sempre aqui

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05 Editorial ■ 06 Notas ■ 28 Espaço Sindinstalação ■ 30 Abrinstal ■ 31 Abrasip ■

32 Seconci ■ 33 HBC ■ 34 Case Berrine One ■ 50 Link / Agenda ■


editorial

Expediente

Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno

ano 2 • nº 18 • Setembro'17 Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.

Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon

Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Luiz Carlos Veloso, Luiz Antonio Alvarez, Marco Alberto da Silva, Víctor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Fernando Belotto Ferreira e Surahia Maria Jacob Chaguri.

Redação

Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231) Colaborou nessa edição: Clarice Bombana

Departamento Comercial

Executivos de Vendas: Cecília Bari, Júlia de Cássia Barbosa Prearo e Rosa M. P. Melo

Gestores de Eventos Pietro Peres e Décio Norberto

Gestora Administrativa Maria Suelma

Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC

Impressão Grupo Pigma

Contatos Geral Rua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100 São Caetano do Sul - SP contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 4225-5400

Redação redacao@revistadainstalacao.com.br Fone: +55 11 4746-1330

Comercial publicidade@hmnews.com.br F. +55 11 4225-5400

Fechamento Editorial: 21/09/2017 Circulação: 28/09/2017 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.

Marcos orsolon

Hilton Moreno

| Diretor

Diretor de Redação |

Segurança e sustentabilidade Mais uma vez a Revista da Instalação traz como temas centrais de suas reportagens assuntos ligados à segurança e sustentabilidade. E isso não ocorre ao acaso. Sempre que começamos a trabalhar em uma nova edição, procuramos identificar no mercado assuntos que sejam relevantes aos nossos leitores da área da instalação. Mais que isso, sempre que possível, procuramos mesclar numa mesma revista temas que indicam tendências, com outros que tratamos como “obrigatórios”. Seguindo esse perfil, nessa edição trouxemos à tona um tema obrigatório dos mais relevantes: a segurança. No caso, tratamos em nossa matéria de capa dos Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio. Este é um mercado com grande potencial de crescimento no Brasil, mas que ainda precisa avançar muito para garantir segurança tanto às pessoas, quanto às edificações. Estes sistemas, quando bem projetados e instalados, salvam vidas. Porém, como constatamos na reportagem, ainda apresentam problemas graves, alguns até primários. Problemas que levam ao seu mau funcionamento, muitas vezes atrasando o início do combate ao fogo, elevando os riscos à segurança das pessoas e da propriedade. Para reverter o quadro é preciso a conscientização e o envolvimento de todos, do fabricante ao instalador, incluindo o projetista, as autoridades responsáveis pela fiscalização e o próprio proprietário do imóvel. Na linha das tendências, duas reportagens merecem destaque. Uma delas está associada à sustentabilidade, pois trata da captação e reúso de águas pluviais. Esse é outro mercado em evolução no Brasil e no mundo e, atentas a isso, empresas fornecedoras oferecem soluções cada vez mais interessantes. Vale a pena conferir. Outra reportagem com viés sustentável é a da cobertura da Intersolar, feira que ocorreu em São Paulo em agosto e que trouxe como temas centrais a geração fotovoltaica e o aquecimento solar de água. Essas duas tecnologias não são novas, mas crescem a passos largos no Brasil. Sua adoção em larga escala ainda é uma tendência no País, mas caminhamos para que, muito em breve, seja uma realidade. Boa leitura a todos! Revista da InstalaçÃO 5


NOTAS

O avanço da Finder

Foto: Divulgação

Em julho de 2017 a Finder adicionou um novo marco à sua história, oficializando o novo centro logístico da América Latina. Localizado na Zona Franca de Montevidéu, no Uruguai, o novo local possui equipe especializada e alta tecnologia para distribuição de produtos de forma rápida e eficaz aos diversos países da América Latina. Com este novo passo, a Finder oficializa suas operações na América Latina sob comando, estrutura e força de trabalho da Finder Brasil e Finder Argentina. A nova estrutura fornecerá suporte técnico e comercial a estes mercados onde já conta com representantes e distribuidores, aumentando assim a participação em toda a região, abrindo portas para novos seg-

mentos de mercado. Esta nova conquista foi anunciada e celebrada em um evento ocorrido na Finder Brasil que reuniu seu time envolvido nas novas operações, a direção da matriz italiana, além de clientes e parceiros de toda LATAM. Em seu discurso de oficialização, o diretor Comercial da Finder Brasil e Argentina, Juarez Guerra se emocionou ao dizer: “Alinhando-se com alguém que acredita no mesmo que a gente, é possível ficar mais forte, confiante e capaz de tomar as medidas para tornar o seu sonho uma realidade”. O diretor mundial de Vendas e Marketing, Carlo Palmieri, reforça que “A Finder acredita no potencial da região e, como sempre em sua história, as parcerias serão fundamentais para o crescimento da marca na América Latina”.

Nova fábrica

Portfólio reforçado

Com investimento superior a R$ 3 milhões na planta, foi inaugurada no dia 8 de setembro a fábrica da RLX Fluidos Refrigerantes na Zona Franca de Manaus. A empresa não poupou esforços para trazer para a unidade os mais completos equipamentos para fabricação de fluidos, como medidores mássicos Neptune Mass Flowmeter de alta precisão, sendo a tecnologia mais avançada existente no mercado para fabricação de Blends. “A unidade vai nos permitir atender na totalidade a demanda brasileira de gás 410A e 134A. A fábrica traz ganhos importantes para a companhia em termos de escala de produção, qualidade e produtividade. A localização no parque industrial permite atuarmos em novos mercados para um segmento que é extremamente competitivo como o de ar-condicionado e refrigeração”, discursou o CEO da RLX, Ramon Lumertz. A estrutura conta com laboratório próprio, conforme o padrão AHRI 700 (Norma internacional para os parâmetros de pureza dos fluidos refrigerantes). Foram instalados equipamentos de última geração, tancagem para armazenamento com capacidade de 100 toneladas (possibilitando ampliação para até 500), construídas e certificadas conforme normas internacionais. O procedimento de envase é feito através de bombas e medidores mássicos de alta precisão, garantindo o vácuo correto e com pesagem automatizada. Foto: Divulgação

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A Danfoss adquiriu os ativos da tecnologia de sensor de película fina Kavlico, da Sensata Technologies. A aquisição inclui a tecnologia de película fina que possibilita o desenvolvimento de sensores para aplicação em alta temperatura e pressão. Com esse passo, a Danfoss atende à crescente demanda dos clientes por sensores de pressão para serviços pesados. “Esta aquisição é um ótimo exemplo de como podemos focar nas necessidades dos clientes e, ao mesmo tempo, fortalecer nosso portfólio com novas tecnologias. Estou ansioso para ver como essa tecnologia de sensores de ponta beneficiará nossos clientes”, diz Kim Fausing, presidente e CEO. Esta tecnologia de película fina será integrada à Danfoss Industrial Automation no segmento de negócios Danfoss Cooling. “Vemos uma demanda crescente por esse tipo de sensores e agora seremos capazes de oferecer um portfólio completo para sensores pesados em sistemas hidráulicos móbeis e industriais, onde o impulso de crescimento é forte. Além disso, esta oferta completa em sensores pesados irá apoiar a expansão contínua do nosso negócio no setor de energia renovável”, completa Jürgen Fischer, presidente do segmento Danfoss Cooling.


Laboratório de Smart Grid

Foto: Divulgação

A EDP Brasil, empresa que atua no setor elétrico, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), inaugurou no final de agosto o primeiro laboratório especializado em Redes Elétricas Inteligentes da América Latina. Localizado no Centro de Estudos em Regulação e Qualidade de Energia (ENERQ), o espaço funcionará como um ambiente controlado para a realização de pesquisas na área de Smart Grids e Qualidade do Fornecimento de Energia, auxiliando na evolução tecnológica do sistema de distribuição do País. Entre as funcionalidades do laboratório, destaca-se a presença de um Centro de Operação Virtual, que simula os sistemas existentes nas distribuidoras de energia e possibilita a avaliação de novos sistemas e tecnologias antes que sejam aplicados na operação. Além disso, o núcleo conta com equipamentos para a emulação do funcionamento de dispositivos e medidores inteligentes, componentes básicos para a criação das Smart Grids. “O Laboratório de Smart Grids possui grande relevância para a EDP e para o setor elétrico brasileiro. Isso porque estudos e testes poderão ser realizados de forma exaustiva e sistêmica, permitindo assim a implementação das funcionalidades das redes elétricas inteligentes, em redes de distribuição reais. Com essa iniciativa esperamos contribuir para a implantação das Smart Grids no País, beneficiando diretamente o cliente por conta da otimização da operação e pela oferta de soluções de serviços possíveis devido às redes inteligentes”, informa Miguel Setas, CEO da EDP Brasil. O Laboratório de Smart Grids é uma iniciativa da EDP Brasil em parceria com o Núcleo de Pesquisas em Redes Elétricas Inteligentes da USP. A iniciativa foi financiada com os recursos do Programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Aneel e contou com a parceira de grandes empresas do setor, tais como, CGI, GE, Sinapsis Inovação em Energia, Power Solutions, Spin Engenharia de Automação, National Instruments, S&C, Cisco, Logicalis, WEG, Indra e Ecil Energia.

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Matéria de Capa

Foto: ShutterStock

| Detecção e Alarme de Incêndio

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Proteção necessária Mercado brasileiro de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio cresce, mas evolução completa ainda depende de ajustes. Usuários precisam dedicar maior atenção às fases de projeto, instalação e manutenção e valorizar as soluções que priorizam a qualidade.

Por Paulo Martins

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e acordo com as normas brasileiras, ambientes com área construída acima de 750 m² (ou cinco pavimentos) e com pé direito de 12 metros devem contar com a proteção de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio. Esta regra pode variar de acordo com as diretrizes do Corpo de Bombeiros de cada estado, mas, de forma geral, é recomendável a instalação do chamado SDAI em qualquer ambiente que gere risco de incêndio. Este é um mercado com grande potencial de crescimento no Brasil, mas o País ainda precisa avançar muito em termos de planejamento. É essencial que tanto os proprietários das edificações quanto os profissionais que transitam por essa área dediquem total atenção a aspectos como projeto, qualidade dos produtos, instalação e manutenção dos sistemas. Um Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio consiste em uma central que controla todo o complexo, composto por dispositivos de entrada, como detectores de fumaça, detectores de temperatura, detectores combinados (fumaça + temperatura), acionadores manuais (botoeiras) e módulos de entrada (monitor), e dispositivos de saída, como sirenes/estrobos, sinalizadores audiovisuais, flashes luminosos e módulos de saída ou acionamento. Todos esses dispositivos são conectados ao painel por meio de circuitos elétricos dedicados. Quando solicitado pelo cliente, os equipamentos do SDAI

podem ser supervisionados por meio de uma estação remota de monitoramento, tecnologia essa que permite ao usuário identificar rapidamente o equipamento que está em alarme ou falha. Quanto ao mecanismo de funcionamento do SDAI, os dispositivos de entrada identificam um princípio de incêndio por meio da detecção automática de fumaça, aumento de temperatura ou mesmo pelo acionamento manual feito por alguém que tenha constatado o problema. A partir da detecção automática ou manual o painel recebe a informação e inicia uma série de ações previamente configuradas com o intuito de informar aos operadores do sistema e ocupantes da edificação quais ações executar para minimizar ou extinguir o incêndio. Portanto, um bom SDAI permite a identificação do sinistro no momento inicial e sua gestão, de forma a salvar vidas e preservar o patrimônio. Por outro lado, a falta do sistema ou má conservação decorrente da não realização da manutenção regular fará com que o incêndio não seja detectado ou identificado rapidamente. Desta forma, o início do combate ao fogo será tardio, elevando os riscos à segurança dos ocupantes de uma edificação, bem como de danos à propriedade. É importante observar que os responsáveis legais pelos empreendimentos que não possuam ou que tenham um SDAI inadequado podem ser penalizados civil e criminalmente, dependendo da gravidade do sinistro. Revista da InstalaçÃO 9


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| Detecção e Alarme de Incêndio

nidos os tipos de sistemas de detecção e de detectores apropriados para cada ambiente a ser protegido, levando-se em consideração a sensibilidade do detector e o tempo de resposta do sistema. A seleção do tipo e do local de instalação dos detectores deve ser efetuada com base nas características mais prováveis de um princípio de incêndio e do julgamento técnico, considerando-­ se os seguintes parâmetros: aumento de temperatura, produção de fumaça, produção de chama, materiais existentes nas áreas protegidas, forma e altura do teto, ventilação do ambiente, temperaturas típica e máxima de aplicação, estratificação da fumaça, entre outras características de cada instalação, conforme requisitos técnicos dos equipamentos. “Deve ser elaborado um memorial descritivo contendo claramente as premissas de detecção, arquitetura do sistema, interfaces com outros sistemas, Foto: ShutterStock

Para começo de conversa, é preciso destacar que um bom projeto é fundamental para que a eficiência do Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio e o custo de implantação estejam de acordo com a necessidade do ambiente. Mais do que isso, o projeto é obrigatório, pois faz parte da documentação necessária para obter o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). É necessário que o responsável pela confecção do projeto seja um engenheiro com registro válido no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e que tenha especialização na área. Assim, é importante considerar sua experiência, incluindo cursos realizados e trabalhos já executados. O projeto de SDAI deve conter todos os elementos necessários ao seu completo funcionamento, de forma a garantir a detecção de um princípio de incêndio no menor tempo possível. Com base nos dados levantados na fase de planejamento, devem ser defi-

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Foto: Divulgação

Cuidados precisam começar logo na fase de planejamento

Na prática, constatamos muitas irregularidades em projetos e instalações e, principalmente, falta de manutenção nos sistemas. ILAN PACHECO ICS ENGENHARIA

lógica de funcionamento e ações a serem tomadas para cada evento do sistema. Este documento é o resultado de toda fase de planejamento e a base para a seleção dos componentes do SDAI”, complementa Ilan Pacheco, diretor Corporativo da ICS Engenharia, empresa especializada em sistemas de proteção contra incêndio. Ainda segundo o executivo, se a área supervisionada possuir poeira, fumaça ou gases agressivos que eventualmente afetem a operação ou diminuam o intervalo entre as manutenções e a vida útil projetada dos detectores, ou que indiquem a possibilidade de alarmes indesejáveis, o projetista deve anotar essas considerações no projeto e no manual de manutenção do sistema. O projeto é importante porque qualquer equívoco nessa fase aumen-


Proteção

tará as chances de que o sistema não funcione. “A área máxima de cobertura para um detector pontual de fumaça instalado em um ambiente livre e desobstruído, a uma altura de até 8 metros, em teto plano ou com vigas de até 0,20 metro, e com até oito trocas de ar por hora, é de 81 metros quadrados. Um dimensionamento incorreto desse equipamento fará com que ele não detecte um princípio de incêndio, podendo gerar uma situação incontrolável”, exemplifica Pacheco. De acordo com Renato Lima, responsável pela linha de produtos de

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Um bom sistema de proteção permite a identificação do sinistro no momento inicial e sua gestão de forma a salvar vidas e preservar o patrimônio.

sistemas de incêndio da Bosch no Brasil, basta um erro na prescrição de algum componente para que a segurança seja comprometida. “Em casos de dimensionamento incorreto para uso de detectores, como utilizar um detector de fumaça comum em uma cozinha, o SDAI irá gerar falsos alarmes constantemente. Em outras aplicações incorretas de detectores - como tipo incorreto ou quantidade menor que a necessária - será demandado muito tempo para

detecção ou simplesmente o sistema não irá detectar”, alerta. Bruno Teixeira, gerente do segmento de Iluminação e Incêndio da fabricante Intelbras, observa que a eficiência do sistema, dos pontos de vista de dimensionamento e escolha dos produtos, é de responsabilidade do projetista e do responsável pela execução do projeto. Desta forma, prossegue ele, é preciso valorizar o trabalho desses profissionais, e não somente avaliar o menor preço na


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| Detecção e Alarme de Incêndio

hora da definição da compra do sistema preventivo de incêndio. “Um sistema subdimensionado não atenderá os requisitos mínimos previstos em norma e colocará em risco o patrimônio e a vida das pessoas que frequentam a edificação em questão. Por outro lado, um sistema superdimensionado acarretará custos de implantação e manutenção mais elevados ao proprietário”, analisa o especialista.

Fique atento à qualidade: opte por produtos que atendam às normas

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não há no Brasil um órgão que fiscalize as instalações. “Na prática, constatamos muitas irregularidades em projetos, instalações e, principalmente, falta de manutenção no Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio”, revela o executivo da ICS Engenharia. Apesar de ainda estarmos muito longe do nível ideal, o mercado brasileiro vem se organizando sob esse aspecto. Empreendimentos de maior porte, como indústrias, hospitais, centros comerciais e hotéis geralmente são mais cuidadosos com sua estrutura. “No caso de empresas multinacionais com seguradoras Fotos: ShutterStock

O segmento de SDAI é considerado por alguns como o mais desenvolvido de toda a indústria de segurança contra incêndio, na América Latina. Essa área tem crescido bruscamente nos últimos anos, o que acaba levando especialistas, seguradoras e fabricantes sérios a terem uma preocupação extra com o nível de excelência dos produtos e serviços que são normalmente disponibilizados ao mercado. Vale lembrar que uma vez feitos o projeto e o correto dimensionamento do SDAI, o usuário também precisa tomar uma série de cuidados nas próximas etapas, que envolvem a escolha, aquisição e instalação do sistema - além, é claro, da manutenção. No Brasil, a norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) relacionada ao projeto, instalação, operação e manutenção do SDAI é a NBR 17240, baseada no item 14 da norma ISO 7240. A NBR 17240 entrou em vigor em 2010, em substituição à NBR 9441. Para produtos, a norma vigente é a NBR 7240, que está em fase final de revisão. Ambas as normas servem de base para as Instruções Normativas do Corpo de Bombeiros, que têm abrangência estadual e obrigatoriedade de cumprimento. Para Ilan Pacheco, não é possível afirmar que todas as exigências normativas estão sendo cumpridas porque

com contratos mundiais, as mesmas são mais exigentes e solicitam que os dispositivos dos sistemas tenham certificações internacionais, tais como UL, CE, FM, VdS, entre outras”, comenta Renato Lima, da Bosch. A tragédia ocorrida em Santa Maria (RS) em 2013, deixando um saldo de 242 mortos, também acabou contribuindo para ampliar a cultura da segurança no País, envolvendo diversos segmentos da sociedade. “Desde o evento (incêndio) da boate Kiss, o mercado está se organizando de forma mais rigorosa, existindo inclusive uma Frente Parlamentar



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Mista, que vem desenvolvendo assuntos relacionados a este tema”, observa Bruno Teixeira, da Intelbras. Pacheco destaca por exemplo o forte trabalho que vem sendo desenvolvido por grupos formados por especialistas, projetistas, fabricantes e usuários, difundindo a importância das exigências normativas e da utilização de equipamentos certificados. “Aqui vale ressaltar também a profissionalização do Corpo de Bombeiros, principalmente do Estado de São Paulo, que vem constantemente adquirindo informações sobre os sistemas de proteção contra incêndio. A atuação dessas corporações é fundamental para esta mudança cultural”, completa o diretor da ICS. De qualquer forma, no momento de escolher e adquirir um SDAI, o comprador precisa ter em mente que é fundamental preservar as definições estabelecidas no projeto, pois esse documento traz a concepção determinada para a melhor proteção do ambiente. “É muito

Alerta

Os responsáveis pelos empreendimentos que não possuam ou que tenham um SDAI inadequado podem ser penalizados civil e criminalmente, em caso de sinistro. 14 Revista da InstalaçÃO

comum verificarmos que as concepções adotadas em projeto sofrem alterações no ato da aquisição, principalmente por redução de custo. Essas alterações podem gerar sérios problemas ao colocar o sistema em operação, pois a concepção e os critérios adotados foram modificados”, constata Ilan Pacheco. Um exemplo corriqueiro: para utilização em área externa, todos os acionadores manuais de incêndio devem possuir grau de proteção IP 65. Caso esse equipamento seja substituído por outro acionador manual com grau de proteção inferior, o mesmo poderá queimar, em caso de chuva. “Modificações como esta é frequente encontrarmos”, completa Pacheco. Outro cuidado a ser adotado é considerar o tipo de tecnologia desejada, ou seja, convencional, endereçável, analógica ou algorítmica. Sem esquecer, é claro, de checar a capacidade de pontos, a infraestrutura e se o sistema requer interligação em rede entre painéis. “Também é preciso verificar se será necessária a integração do SDAI com outros subsistemas ou softwares gráficos, como integração com o sistema de controle de acesso para liberar portas/catracas em caso de incên-

dio, elevadores, ar-condicionado, pressurização de escadas, sprinklers, sonorização, automação e outros”, complementa Renato Lima, da Bosch. A definição de quem será o fornecedor dos equipamentos precisa ainda considerar o suporte que o fabricante costuma oferecer aos usuários. “Deve-se optar por marcas reconhecidas e idôneas que possam dar apoio não apenas durante a instalação, mas também ao longo de toda a vida útil do sistema”, orienta Bruno Teixeira, gerente da Intelbras. Por fim os especialistas destacam também a importância de exigir a certificação dos equipamentos que compõem um Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio. “A certificação atesta que os equipamentos foram submetidos a inúmeros testes, seja de alarme, seja de falha, e estão aptos a operar em um princípio de incêndio”, observa Pacheco. Ao utilizar produtos de baixa qualidade o usuário poderá ficar sujeito a falhas constantes no funcionamento dos equipamentos ou falsos alarmes, gerando insegurança e retrabalho aos operadores do sistema. “Em geral, o sistema que apresenta muitas falhas fica desacreditado, e assim, é ignorado ou até desligado, em casos extremos. Desta forma, todos os ocupantes da edificação estarão em risco, em caso de um incêndio real”, alerta Renato Lima.


Capriche na instalação e não relaxe na manutenção garantir a correta instalação do sistema”. Renato Lima tem preocupação parecida: “Muitas empresas instaladoras são do mercado de instalações elétricas e não são certificadas pelos fabricantes. Assim, as instalações podem estar incorretas, tanto no aspecto de normas quanto das orientações dos fabricantes dos equipamentos”, observa. Para Ilan Pacheco, as empresas e/ou profissionais responsáveis pela instalação do SDAI precisam ter experiência comprovada na área de tecnologia de detecção e alarme de incêndio: “Em muitas cidades existem empresas de categoria mundial que instalam sistemas complexos, exclusivamente com equipamentos certificados pela UL e aprovados pela FM, seguindo as recomendações da NFPA 72 - o código americano de sistemas de detecção e alarme de incêndio -, sendo apoiadas por equipes de profissionais qualificados e responsáveis. Infelizmente, existem também empresas que instalam sistemas

elétricos - ou, o que está se tornando mais comum com o andar do tempo -, empresas que instalam e projetam sistemas de proteção contra incêndio que ‘encontraram’ este mercado ‘pelo caminho’ sem ter investido em treinamento ou conhecimentos técnicos, instalando equipamentos de procedência duvidosa e sem qualquer rigor normativo”, analisa. Ainda dentro desse tema, o diretor da ICS Engenharia revela aquilo que mais lhe surpreende no mercado: “Embora haja bastante conhecimento acerca da normativa e instalação (‘como’ fazer), não há um conhecimento adequado dos códigos de prevenção de incêndios e segurança humana, que definem ‘onde instalar’ e ‘onde não instalar’ um sistema de detecção e alarme de incêndio. Portanto, recomendo avaliar se as empresas e profissionais estão capacitados para oferecer os produtos e serviços ligados a Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio”, finaliza Pacheco.

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Todo o processo que envolve a instalação de um sistema de detecção e alarme de incêndio constitui uma etapa extremamente importante para o correto funcionamento do mesmo. Uma das precauções recomendadas (novamente) pelos especialistas é a utilização de dispositivos de boa qualidade, que tenham certificação reconhecida internacionalmente. O uso correto de cabos blindados, eletrodutos e conduletes anti-chamas também é imprescindível para atuação adequada do sistema durante um sinistro. Emendas de cabos e ramificações do cabeamento não são recomendadas. Outro ponto que requer atenção é o correto posicionamento dos dispositivos de entrada e saída prescritos no projeto e que devem ser instalados da forma nele prevista, atendendo assim a norma NBR 17240. Ilan Pacheco volta a destacar que é necessário obedecer todas as definições feitas no projeto, incluindo encaminhamento do circuito de detecção e alarme, diâmetros da tubulação e suportação da infraestrutura. Qualquer alteração desejada deve ser informada ao projetista antes da execução, para que os parâmetros técnicos possam ser avaliados. O diretor da ICS Engenharia recomenda inclusive a definição por escrito das responsabilidades do instalador que irá fazer a implantação do SDAI: “Um documento deve ser assinado pelas pessoas responsáveis, descrevendo em detalhes seus campos de responsabilidade, para evitar áreas indefinidas e sobreposição com outras responsabilidades”, conclui. Segundo Bruno Teixeira, também deve-se levar em consideração a capacitação da instaladora a ser contratada: “Elas devem ser devidamente treinadas pelo fabricante, de forma que possam

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Matéria de Capa

A devida manutenção dos equipamentos constitui outra etapa fundamental, pois somente com a realização regular desse trabalho preventivo é possível garantir o pleno funcionamento do sistema. Renato Lima cita como exemplo os detectores de fumaça: “Eles acumulam sujeira na câmara interna e podem gerar falsos alarmes, se não forem limpos com regularidade. Outro ponto importante é a questão da infraestrutura, pois é comum ao longo do tempo haver falhas de comunicação devido ao mau contato na conexão entre o cabeamento e os dispositivos”, informa o executivo da Bosch, que entende que a manutenção deve ser realizada por profissionais treinados e certificados pelo fabricante do equipamento instalado. Bruno Teixeira lembra que, pelo fato do SDAI ser um sistema preventivo, a inadequação de algum produto ou dispositivo pode não ser percebida de maneira imediata, pois após instalado o sistema passará uma grande parte de sua vida útil apenas monitorando as áreas. Por esta razão, prossegue ele, se faz obrigatória a aplicação de manutenção

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preventiva, na qual são testados os dispositivos de entrada e saída e validadas as regras configuradas no sistema. “Um produto de má qualidade não seria aprovado nessas manutenções. Porém, em alguns casos essa rotina não é aplicada, o que torna o sistema menos confiável e coloca em risco as vidas das pessoas e as edificações”, pondera o especialista da Intelbras. O retrofit ou a substituição do SDAI é outra situação importante que vale a pena ser mencionada. Normalmente, essas providências são adotadas pela obsolescência dos equipamentos (por exemplo, quando deixam de ser fabricados) e por mudanças de layout ou ampliações

na edificação em questão. Existem casos ainda em que o sistema apresenta mau funcionamento ou foi dimensionado de acordo com requisitos que já não são mais aceitos pelos bombeiros. “Também é muito comum os clientes entrarem em contato com a ICS para fazermos a substituição do sistema por falta de atendimento técnico (pós-venda da fábrica), qualidade do atendimento ou prazo de reposição de peças”, conta Ilan Pacheco. Seja como for, Bruno Teixeira diz que, pelo fato de envolver um sistema preventivo, a substituição ou o retrofit do SDAI deve ser pensado de forma a não mesclar soluções de diferentes marcas e/ou tecnologias.

Um mercado promissor e com tecnologia em evolução É difícil precisar o tamanho exato do mercado brasileiro de SDAI. Especialistas da área falam em uma movimentação entre US$ 70 milhões e US$ 100 milhões, mas esses valores incluiriam não só o segmento de detecção e alarme, mas também os sistemas de combate e extinção de incêndio, que envolvem soluções como os chamados agentes limpos, CO2 e sprinklers. No aspecto tecnológico, os sistemas de proteção contra incêndio têm registrado avanços importantes, nos últimos anos. O mercado de SDAI vem crescendo e concentra um grande potencial inexplora16 Revista da InstalaçÃO

do, mas ainda esbarra na falta de cultura preventiva no País. Boa parte das vendas ainda é impulsionada pelas exigências dos bombeiros e das seguradoras. A boa notícia é que já se percebe alguma evolução nesse quadro. “Com as ações dos grupos fomentadores e do Corpo de Bombeiros, as empresas vêm se conscientizando sobre a importância do Sistema de Detecção de Alarme de Incêndio. Afinal, além de preservar o patrimônio, ele pode salvar vidas”, comenta Ilan Pacheco. A ICS Engenharia oferece ao mercado um pacote completo de soluções, abrangendo desde a elaboração


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Instaladoras devem ser devidamente treinadas pelo fabricante, de forma que possam garantir a correta instalação do sistema. BRUNO TEIXEIRA INTELBRAS

dos projetos e o fornecimento de equipamentos e materiais até a instalação dos sistemas e manutenção preventiva. As perspectivas da empresa para essa área são positivas. “Esperamos crescer nos próximos anos, investindo em tecnologia e fomentação das informações normativas”, relata Pacheco. Bruno Teixeira, gerente da Intelbras, confirma que as vendas de SDAI estão diretamente relacionadas ao nível de exigência do Corpo de Bombeiros nos estados: “É um sistema preventivo e compulsório, para um grupo de edificações - ou seja, legalmente obrigatório. Se a lei for mais exigente, haverá maior necessidade de SDAIs”, condiciona. A Intelbras disponibiliza ao mercado produtos como alarmes, iluminação e linhas de incêndio convencional e endereçável. Nos últimos anos a empresa adquiriu a Automatiza (controle de acesso) e a Engesul (prevenção de incêndio e iluminação de emergência). Outro fator que tende a contribuir para o desempenho desse mercado é a retomada das obras no País. “As vendas podem ser impulsionadas pelo aquecimento do mercado de construção civil, pois o SDAI é obrigatório nas edificações acima de 750 metros quadrados”, lembra Renato Lima, da Bosch, que mantém perspectivas positivas em relação aos 18 Revista da InstalaçÃO

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próximos anos, com previsão de crescimento nesse mercado. As soluções Bosch para a área envolvem painéis, detectores pontuais, detectores de aspiração, sistemas de comunicação de emergência, sirenes e/ ou estrobos, acionadores manuais, sistemas de monitoramento da manutenção na nuvem e câmera com analíticos de vídeo para detecção de fumaça e chamas - desde as linhas com menos tecnologia embarcada, como a convencional, até sistemas com algorítmicos, que combinam a detecção de fumaça, temperatura e gases gerados pela combustão antes de confirmar o alarme de incêndio, evitando falsos alarmes. Entre os últimos lançamentos da Bosch no mercado, um dos destaques é o painel de alarme de incêndio modular com display sensível ao toque, colorido e com 5,7 polegadas (similar a um tablet). Os módulos da tecnologia são encapsulados, o que faz com que o painel permita a substituição deles, em caso de falha, com o mesmo em funcionamento. Outra novidade é o detector com processamento que evita falhas e falsos alarmes em virtude de interferências eletromagnéticas, além de integra-

ção direta com sistemas de sonorização ambiente e monitoramento via nuvem do Sistema de Alarme e Detecção de Chama e Fumaça utilizando câmera com analítico de vídeo embarcado. De acordo com Lima, as tendências de mercado envolvem a integração de alto nível (via software) do SDAI com outros sistemas de segurança, como acesso, CFTV (circuito fechado de TV), sonorização, intrusão, automação com visualização e controle por meio de tela gráfica, além do uso de câmeras com detecção de chama e fumaça para ambientes com pé direito muito alto, onde os detectores utilizados atualmente não são tão efetivos. Já o serviço de monitoramento via internet facilita a manutenção, pois a empresa responsável pelo serviço verifica remotamente o status do sistema instalado em qualquer localidade do Brasil e gera o plano de ação de maneira mais efetiva, customizada e com redução de custos, adequado à necessidade do cliente. Bruno Teixeira, da Intelbras, destaca que a linha de incêndio endereçável é uma tendência para o mercado brasileiro, pois trata-se de uma solução bem explorada fora do país. Há alguns meses a Intelbras apresentou suas novas Centrais de Incêndio Endereçáveis. O sistema foi projetado para grandes ambientes, pois é capaz de detectar o local onde está ocorrendo o princípio de incêndio e agir pontualmente. O ALARME SOARÁ Estão disponíveis trêsQUANDO novos mode-A PORTA FOR dos ABERTA los para atender às necessidades

SAÍDA DE EMERGÊNCIA

O ALARME SOARÁ QUANDO A PORTA FOR ABERTA

EXTINTOR

SAÍDA DE EMERGÊNC

SAÍDA DE

EXTINTOR DE INCÊNDIO


SAÍDA DE MERGÊNCIA

usuários: CIE 1125, que comporta até 125 dispositivos em seu laço; CIE 1250, que comporta até 250 dispositivos, e a CIE 2500, que comporta até 500 dispositivos, divididos em dois laços. LARME SOARÁ De acordo com a Intelbras, ouANDO A PORTA tras características das centrais endereçáveis são proteção conFOR ABERTA tra surtos na rede elétrica, fonte chaveada, painel com display, software de programação, instalação XTINTORem Classe A ou B, setorização de ambientes e nível de acesso por senha. INCÊNDIO Complementam a linha os seguintes dispositivos: acionador manual endereçável (AME 520), detector de fuma-

SAÍDA DE INCÊNDIO

ça endereçável (DFE 520), Detector de temperatura endereçável (DTE 520), sinalizador audiovisual endereçável (SAV 520E), Módulo de entrada ou saída (MIO 520), Isolador de laço (IDL 520) e Módulo de entrada (MDI 520). A Intelbras criou ainda um aplicativo ex-

Alarmes falsos geram grande prejuízo Conforme citado nesta reportagem, a falta ou inadequação de um Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio pode acarretar diversos riscos e problemas aos proprietários e usuários de uma edificação. Outra situação comum, e que pode causar aborrecimentos e prejuízos, são os alarmes falsos. Um estudo recente realizado pela ICS Engenharia teve como propósito contabilizar o custo gerado por esse tipo de ocorrência. Os números são expressivos. O estudo levou em consideração 271 alarmes ativados em um cliente em um período de dois anos e chegou à seguinte conclusão: inicialmente, os primeiros dois alarmes não ocasionariam nenhum custo ou descrédito ao sistema instalado; o terceiro e quarto episódios já custariam cerca de R$ 2.500 por alarme falso, gerando um pequeno descrédito; do quinto evento em diante o custo seria de R$ 5.000 por alarme falso e os funcionários perderiam total confiança nos eventos do sistema. Tendo como base esse estudo, além do descrédito gerado em torno do sistema, o cliente acumulou um prejuízo financeiro de aproximadamente R$ 1.345.000,00 em dois anos. “Cerca de 90% dos alarmes eram falsos, acionados por quatro diferentes razões: erro de usuário, provocado, por exemplo, por falta de treinamento; mau funcionamento ou falta de manutenção do sistema; trabalho realizado sem notificação e comunicação entre os funcionários; e dano do sistema, acidental ou deliberado”, informa Ilan Pacheco, diretor da ICS. Foto: ShutterStock

clusivo para o endereçamento e a instalação do sistema de incêndio, o programador para centrais de incêndio endereçáveis Intelbras. O software é gratuito, e após o download basta selecionar o modelo da central e começar a utilizar. Ilan Pacheco conta que visitou recentemente uma fabricante de equipamentos de proteção contra incêndio na Suíça e que ficou impressionado com o que ele considera uma das maiores evoluções tecnológicas dos últimos anos: o comprometimento da central de alarme da marca com a redundância. O diretor da ICS lembra que um sistema de detecção de incêndio deve garantir segurança contínua e confiável e que não pode ser ignorada a possibilidade de que, no decurso de milhares de horas de serviço, possa ocorrer uma falha ou dano em um processador da central de alarme de incêndio. Desta forma, destaca ele, uma construção dupla, sem dúvida, é mais segura. Todos os microprocessadores, componentes, módulos e estruturas do sistema de detecção de incêndio da fabricante são duplicados. Também é possível duplicar as conexões entre as entradas e, deste modo, torná-las redundantes. Paralelamente ao sistema operacional ativo, um segundo sistema absolutamente idêntico é executado constantemente no modo de espera em hot stand-by. Uma falha no sistema ativo faz imediatamente comutar, sem interrupção nenhuma, para o segundo sistema. Todas as funções do sistema de detecção de incêndio, como detecção, relatórios, alarme, exibição de texto em branco, etc., permanecem em operação sem qualquer transição. “É somente quando uma mensagem de falha do sistema é produzida que o segundo sistema assume a operação ativa”, explica Pacheco. O resultado, complementa o especialista, é que se tem um sistema à prova de falhas funcionando em tempo integral. Revista da InstalaçÃO 19


Mercado

| Captação de água pluvial

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Água de Reúso em Alta Em meio às crises hídricas e às novas regulamentações do setor de construção civil, cresce a oferta de tecnologias e soluções para captação e armazenamento de águas pluviais rumo ao consumo racional e sustentável.

Reportagem: Clarice Bombana

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aproveitamento da água da chuva pelos telhados é feito há muitos séculos. Mas, o hábito perdeu força com o avanço das redes públicas de abastecimento e drenagem. A partir dos anos 80, com o crescimento dos movimentos ambientalistas, a coleta de água da chuva voltou a despertar interesse, e na década de 90, a indústria para esse segmento começou a se desenvolver. Depois, veio a grande crise hídrica, que assolou São Paulo e sua Região Metropolitana em 2014, marcada por medidas de racionamento no abastecimento da rede pública e aumento dos valores tarifários. Esse quadro ampliou a conscientização da população e fomentou ações voltadas

para um cuidado maior no consumo de água. A partir daí, iniciou-se uma cruzada pela economia de água, que aqueceu o mercado e fez aparecer novas tecnologias e soluções voltadas à captação e armazenamento de água da chuva. Mas, é importante destacar que, ao consumir água de fontes alternativas, é recomendado aplicar sistemas adequados, que proporcionem o tratamento apropriado da água previamente ao seu uso. “Pois, com a retomada da prática da captação de águas pluviais, além das soluções industrializadas, muitos usuários e técnicos passaram a ‘bolar’ soluções próprias, com custos e resultados bem variados e questionáveis”, adverte Marcos Barros, Diretor da Aquastock.

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A água da chuva pode ser utilizada em diversas atividades diárias, que não demandam o uso de água potável, como por exemplo, irrigação, descarga em sanitários, regas de jardins e obras de paisagismo, lavagem de veículos e pisos, limpeza de áreas comuns tanto residenciais como em condomínios verticais e horizontais, ruas e calçadas, garagens, quintais, quadras, entre muitas outras. “A água da chuva é uma água ‘mole’, isto é, com poucos minerais, o que é uma vantagem para várias aplicações”, complementa Barros. Entre as vantagens em captar água da chuva para reúso está a redução do consumo deste insumo fornecido pela rede de abastecimento, que pode chegar a 80%, e a preservação do recurso potável para atividades que realmente demandem por ele. Fred Leite, gestor nacional de Negócios Corporativos da Tecnotri, ressalta que, além de não ser tarifada, ao utilizar a água da chuva não haverá a cobrança agregada do esgoto sobre a conta no final do mês, que geralmente segue uma relação de “1 pra 1”, ou seja, a cada metro cúbico de água tarifada pela concessionária, cobra-se 1 metro cúbico do tratamento de esgoto também.

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| Captação de água pluvial

Portanto, oferecer opções de economia e uso racional de recursos à população, sejam eles quais forem, já é um negócio rentável, mesmo que a curto, médio ou a longo prazo. Dependendo do custo da água potável de cada região e do volume consumido, o investimento em sistemas de captação de água da chuva pode ser pago dentro de um período de um a dois anos, estimam alguns fabricantes. “O investimento nesse tipo de sistema e as adaptações de infraestrutura são

baixos, se comparados com a economia proporcionada, permitindo, assim, o rápido retorno do investimento. Além disso, para comércio e indústria, a economia obtida com o reaproveitamento permite redução em seus custos, o que agrega maior competitividade ao negócio”, reforça Solange Zeppini, gerente Comercial da HydroZ. Na matriz da Bakof, por exemplo, são recolhidos 125 mil litros de água da chuva, como reserva técnica de combate a incêndio, para limpeza de pátio e reúso nos vasos sanitários.

As soluções A demanda pelos produtos e soluções para captação de água da chuva e reúso é bastante pulverizada. Por isso, existem ofertas para atender os seto-

Para comércio e indústria, a economia obtida com o reaproveitamento da água permite redução nos custos, o que agrega maior competitividade ao negócio. Solange Zeppini HydroZ

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res residencial, comercial e industrial. As cisternas são a grande vedete desse mercado. A Acqualimp, por exemplo, oferece modelos do produto com uma tampa click, para facilitar sua abertura e fechamento, além de revestimento antibacteriano e acessórios para montagem. A cisterna é produzida com polietileno de alta densidade, aumentando sua vida útil. A Acqualimp lançou recentemente a linha WaterBox, composta por



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| Captação de água pluvial

Retorno garantido eficiente o tratamento do Dependendo do custo esgoto doméstico, o sistema da água potável de não polui o meio ambiente, cada região e do cuida da higiene, da saúde volume consumido, e é econômico”, acresceno investimento em sistemas de captação ta Maciel. de água da chuva A Tecnotri trabalha com pode ser pago dentro cisternas verticais modulade um período de um a res para captação de água dois anos. da chuva, com tamanhos de 1.050/1.000 e 600 litros. “De acordo com o Este ano, a Tecnotri projeto, dimensionamento lançou a cisterna de 1.050 e espaço disponível para o litros, com design origiarmazenamento de água, nal e medidas reduzidas, oferecemos a melhor oppensando principalmente ção ao cliente”, explica o na demanda de espaços gestor Fred Leite. A empremenores, mas com altura sa conta ainda com uma considerável. E ainda há cisterna de 150 litros, para previsão de lançamentos Foto: Divulgação uso específico junto a máde produtos com outras quinas de lavar roupa, aproformas e volumes, para veitando a água de descarte. Os produatender outros segmentos de mercado. tos são produzidos à base de polietileno, Já as cisternas Bakof são produzipelo processo de rotomoldagem, e cada das tanto em PRFV (Plástico Reforçado molde produz até 20 unidades por dia. em Fibra de Vidro) como em polietileFoto: ShutterStock

reservatórios d’água com design slim e inteligente, projetados para o reaproveitamento de água da chuva ou de reúso e o armazenamento de água limpa. “Trata-se de uma solução prática, versátil e bem apresentável para que todos possam combater a crise hídrica, independentemente do tipo de água que desejem reaproveitar e da disponibilidade de espaço. As Waterbox possuem design moderno e não demandam obras nem a contratação de profissionais para a sua instalação”, afirma Carlos Maciel, gerente de Mar­ keting e Vendas da Acqualimp. Outro lançamento de sucesso da empresa foi o biodigestor, que consiste numa miniestação de tratamento de esgoto residencial, fabricado em polietileno de alta densidade (PEAD), 100% impermeável, com um exclusivo sistema de extração do lodo, dispensando definitivamente o uso do caminhão limpa fossa. Ótima solução para tratamento de efluentes sanitários em residências, chácaras, sítios, fazendas e escritórios. “Além de garantir de forma

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no. São ideais para captar e armazenar água da chuva, coletada em áreas do telhado de residências, instalações comerciais ou qualquer outra aplicação. O último modelo lançado foi a cisterna coluna de 700 litros, compacta e de fácil instalação. A empresa produz também o filtro separador de folhas em polietileno, equipamento versátil que permite a remoção das folhas e impurezas do telhado antes da entrada da água na cisterna. Indicado para coberturas com área de até 200 m², o filtro garante alta eficiência na separação de

partículas e impurezas da água da chuva devido ao fluxo de entrada pelas laterais, formato e inclinação da peneira. A Hydro Z disponibiliza o sistema Pluvi Junior para o aproveitamento máximo de água da chuva em locais com área de captação de até 120 m2, e o sistema Pluvi Business para locais com área de captação superiores a 120 m2. Produzidos em polietileno, os equipamentos são compactos e podem ser instalados facilmente em instalações novas ou existentes, pelo sistema plug & play, sem necessidade de grandes modificações estruturais. Além disso, ambos executam três etapas de tratamento automaticamente: gradeamento para remover sólidos maiores; filtragem para reter partículas menores; e cloração para realizar a desinfecção da água, eliminando germes e bactérias. A Aqualock, empresa especializada

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Fabricantes perceberam que oferecer soluções para o uso racional de água à população é um negócio rentável, com boas oportunidades.

no desenvolvimento de soluções para gerenciamento de águas de chuva e reciclagem de água cinza, comercializa os filtros de água pluvial produzidos pela alemã Wisy. Instalados no ponto de união da tubulação que drena a água de chuva de diversos condutores verticais, os filtros Vortex e Linear (novo) utilizam o princípio de tensão superficial, que garante alta eficiência, separando a água da chuva de impurezas como folhas, galhos, insetos e musgo, com mínima perda de água e baixa necessidade de manutenção. “O resultado é uma água incolor e inodora e de qualidade para reúso”, destaca Marcos Barros. Para áreas de telhado de até 3.000 m², os filtros feitos em aço inox (elemento filtrante) e carcaça de polipropileno, captam cerca de 90% da água e filtram partículas de até 0,28 mm. Os produtos para captação da água da chuva e reúso podem ser adquiridos diretamente com as equipes de vendas dos fabricantes e rede de representantes, que estão aptas a auxiliar no projeto de instalação e no dimensionamento dos equipamentos. Mas também são encontrados em canais de vendas do varejo, home centers, casas de material de construção e lojas do segmento. Revista da InstalaçÃO 25


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| Captação de água pluvial

Existem algumas normas que regulamentam o processo de aproveitamento de águas pluviais. Entre elas, podemos destacar a norma ABNT NBR 15.527/2007 - Água de chuva – Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis (Requisitos), na qual são definidos parâmetros de qualidade, instalação e manutenção de equipamentos. Por não possuir portaria junto ao Inmetro, a certificação de produtos com essa finalidade é voluntária. De acordo com Solange Zeppini, atualmente, o nível de regulamentação neste segmento é baixo, e é possível encontrar no mercado os mais diversos tipos de soluções, que entregam diferentes níveis de qualidade para a água tratada. “Entretanto, temos notado uma evolução nesse sentido, e acredito que ao longo dos próximos anos, devemos ter novas iniciativas que favoreçam a qualificação e certificação desse mercado”, diz a executiva. Um dos principais problemas, citados pelos fabricantes, é a falta de conhecimento do consumidor, que pode ser levado a adquirir um produto que não ofereça todas as etapas de tratamento necessárias para consumo. E isso pode ocasionar odores na água e a remoção ineficiente e parcial de partículas sólidas e bactérias. “Como fornecedores de soluções para consumo racional de água, buscamos es-

clarecer ao consumidor que é importante que ele se atente tanto para a qualidade do produto, que irá afetar diretamente sua durabilidade, como também para a qualidade do tratamento que ele proporciona. Realizar algum tipo de tratamento na captação de água pluvial é fundamental, pois apesar de ser recomendada apenas para atividades não potáveis, os usuários terão contato com a água de reúso de alguma forma”, reforça Solange. O sistema Pluvi, da HydroZ, inclui três etapas de tratamento, indicadas e necessárias para garantir a qualidade da água: um gradeador para remover sólidos maiores, um elemento filtrante para reter partículas menores localizadas no telhado e um clorador para eliminar germes e bactérias e assegurar a qualidade da água por mais tempo durante sua armazenagem após o tratamento. Portanto, os principais pontos a serem avaliados ao optar por um sistema de captação de água da chuva são as etapas de tratamento que o equipamento irá proporcionar e o nível de qualidade de água entregue por ele, pois isso irá afetar diretamente a qualidade da água que será utilizada diariamente. Outra questão importante é a dificuldade para dimensionamento das soluções, o que pode levar o consumidor a investir mais do que o necessário em um equipamento, que nunca atingirá sua

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Qualidade

capacidade máxima, ou investir menos em uma solução subdimensionada, que não aproveite todo o volume de água da chuva disponível. A segurança dos produtos também deve ser observada. “Optar por uma cisterna para captação de água da chuva é semelhante à escolha de qualquer outro móvel que a pessoa vai adquirir para a sua residência. A cisterna é um bem durável, e por isso fará parte da vida das pessoas durante muito anos. Daí, ser preciso analisar bem todas as possibilidades antes de realizar a aquisição. A geometria da cisterna também é um fator importante, que vai permitir ou não seu acesso por portas internas, a áreas restritas, etc.”, adverte Fred Leite, da Tecnotri.

Demanda pelas soluções para coleta e tratamento de água da chuva tem apresentado crescimento constante, sendo influenciada por fatores como o desequilíbrio climático (escassez de chuvas), crises hídricas (racionamento) e mudança nos procedimentos e padrões hídricos das construtoras e incorporadoras. 26 Revista da InstalaçÃO


cisterna deverá estar cheia de água para assegurar a estanqueidade do produto”. Os projetos de sistemas para captação de água devem ser desenvolvidos por profissionais da área de construção civil, isto é, arquitetos e engenheiros. Em geral, a instalação dos produtos é bem simples e normalmente pode ser realizada por um instalador hidráulico, mas indica-se que este profissional seja homologado pelo fabricante, principalmente em projetos de médio e grande porte, para obter o potencial máximo do equipamento e evitar problemas técnicos futuros. Para implantar um sistema desse tipo, a primeira etapa consiste em di-

Em termos de características do material, as cisternas devem ter proteção UV, para o plástico não degradar sob a luz do sol; aditivos antimicrobianos, para evitar a proliferação de fungos e bactérias na parede interna do reservatório; e também vedação total contra a entrada do mosquito da dengue. A Bakof produz cisternas para instalação enterrada ou aérea. Alysson Knapp Bakof, gerente Comercial da empresa, cita alguns pontos a serem lembrados durante a instalação desses equipamentos: “sempre construir uma sapata nivelada, plana e lisa em concreto que servirá como base para o reservatório e antes de efetuar o aterramento, a

mensionar os equipamentos. Para isso, é necessário avaliar a área disponível para captação, levantar o índice médio de chuvas na região e definir em quais atividades a água tratada será utilizada. Em seguida, o consumidor deve estudar e avaliar os diversos equipamentos disponíveis no mercado e suas respectivas características para escolher a solução que mais vai ao encontro de suas necessidades. Em grandes indústrias e comércios, se for identificada a necessidade de adaptações no sistema de tubulação existente, é recomendado que seja realizado um projeto para execução dessas alterações na infraestrutura hidráulica.

Mercado

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Segundo os fabricantes, a demanda pelas soluções para coleta e tratamento de água da chuva tem apresentado crescimento constante, influenciada por alguns fatores como o desequilíbrio climático (escassez de chuvas), crises hídricas (racionamento) e mudança nos procedimentos e padrões hídricos das constru-

toras e incorporadoras. A oferta de novas soluções voltadas ao aproveitamento de águas pluviais aumenta a cada ano para atender um amplo mercado consumidor. “O mercado de reúso de água está crescendo, os consumidores estão se conscientizando mais sobre a necessidade do uso racional da água e optando por soluções ecológicas e econômicas, que também sejam eficientes e seguras”, afirmam os executivos Alysson Bakof e Fred Leite. Além disso, o surgimento de novas leis e regulamentações instituindo a obrigatoriedade da aplicação dessas soluções em grandes edificações, como já acontece em algumas cidades brasileiras, deve levar a uma natural expansão do setor com o desenvolvimento de novas tecnologias. A Hydro Z atua no mercado de soluções para consumo racional de água há aproximadamente dez anos e, apesar da crise econômica, os números são otimistas. No último semestre, houve um aumento de aproximadamente 10% nas

Atenção

É importante que o usuário fique atento à qualidade do produto, pois é ela que determinará a durabilidade e eficiência do seu sistema de captação de água.

vendas, se comparado ao mesmo período do ano anterior. “Em nosso planejamento, estamos projetando manter o crescimento sustentável nos próximos três anos”, revela Solange Zeppini. É difícil mensurar o tamanho desse mercado, pois certamente existe possibilidade de negócio em cada residência, comércio ou indústria do País. Segundo informações fornecidas pela Acqualimp, o mercado de rotomoldados hoje está avaliado em aproximadamente R$ 1 bilhão. “A grande tendência para os próximos anos é o uso de soluções de armazenamento de água sustentáveis com valor agregado e produtos práticos que, além de uma excelente funcionalidade, tendem a transformar o ambiente no qual são inseridos”, revela Carlos Maciel. Atualmente, há diversos fabricantes de sistemas de captação e armazenamento de águas pluviais no mercado brasileiro, mas muitos ainda vendendo soluções amadoras ou artesanais a preços inferiores, que não contemplam nenhum tipo de tratamento. Isto é, muitas vezes, a solução se resume a apenas um tanque comum para armazenamento de água na área de captação. Logo, é preciso ficar de olho para não cair nessas armadilhas de mercado. Revista da InstalaçÃO 27


Espaço Sindinstalação

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Retenção de Tributos Federais encerra ciclo de palestras do Sindinstalação

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SINDINSTALAÇÃO, SIAMFESP e o SINDIGRAF iniciaram um programa de palestras conjuntas, com objetivo de fortalecer o papel das entidades junto a seus públicos de interesse. Em 16 de agosto foi abordado o tema “Bloco K”, um assunto que vem sendo prorrogado várias vezes e ainda

José Antonio Bissesto

Diretor-executivo do Sindinstalação 28 Revista da InstalaçÃO

há um longo tempo até a implementação completa. “O bloco K é uma obrigação muito ampla, ele tem muitas informações e um detalhamento enorme da produtividade”. No dia 22 de agosto foi a vez dos impactos imediatos da “Implantação do e-Social”. Sucesso de público e com transmissão on-line, encerrando o Ciclo de Palestras conjuntas, o SINDINSTALAÇÃO, SIAMFESP e SINDIGRAF receberam no último dia 14 de setembro, na sede da FIESP, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, associados das três entidades para a palestra “Retenção de Tributos Federais”. Para o diretor-executivo do SINDINSTALAÇÃO, José Antonio Bissesto, houve uma sinergia interessante entre os Sindicatos e esse tipo de evento é fundamental para orientar os associados. “Por que os três? Porque atrai todos os públicos. São assuntos que servem para todo tipo de indústria e atividade. Isso

é o novo movimento Sindical. Temos que nos unir e mostrar os benefícios do próprio investimento dos associados no Sindicato quando recolhem as contribuições patronais”. Nosso colega Vicente Sevilha Junior, bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade São Francisco e proprietário do Escritório Sevilha Contabilidade, foi o palestrante dos três temas. Para ele, esse tipo de palestra contribui para orientar o associado. “O Sindicato mostra que existe uma responsabilidade em relação a essas obrigações e que é preciso organizar as demandas para entender de que forma isso é complicado de acontecer dentro da empresa e fazendo pleitos para melhorar”. Nossos patrocinadores, além de compartilhar com as empresas seus produtos e serviços, nos apoiaram nesta brilhante iniciativa. Agradecemos à BMM Advocacia Personalizada, Gram Farma, MSV Soluções Inteligentes e Procat Vacina.


Associe-se ao SINDINSTALAÇÃO e fortaleça o seu setor e a sua empresa

Diretoria

Alguns projetos viabilizados com as contribuições associativas e patronais:

JOSÉ SILVIO VALDISSERA Presidente e Delegado Representante Fiesp Efetivo

✖ Projeto Fórmula Paramétrica / Índices Setoriais firmado com a FGV/IBRE Índice de variação dos custos de materiais aplicados na instalação, a partir de set/2017

CARLOS FREDERICO HACKEROTT Diretor VP de Relações Institucionais – Delegado Representante Fiesp Efetivo

✖ Revista da Instalação Publicação mensal focando matérias do segmento das instalações e ações do Sindicato ✖ Participação ativa na elaboração da nova legislação sobre a Terceirização Departamento Jurídico do Sindinstalação, FIESP e CNI ✖ Programa de Qualificação de Empresas Instaladoras Coordenado e Monitorado pela Abrinstal – Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações ✖ Prêmio Masterinstal Organizado pela Garrido Marketing, é a maior Vitrine do Setor de Instalações do País ✖ Negociações Coletivas de Trabalho Firmadas anualmente com os Sindicatos Laborais de todo o Estado de SP ✖ Funcionamento e disponibilidade da Sede da Entidade Sindical Localizada no Prédio da Fiesp em SP dispõe de salas e pequeno auditório ✖ Site Institucional Conteúdo diário, Atualização e Desenvolvimento – ferramenta de comunicação ✖ Assessorias Contratadas Jurídica, Auditoria, Comunicação e Publicidade, Informática e Cobrança ✖ Outras Ações Encontro mensal de Comitês Setoriais, Palestras, Workshops, Treinamentos, Cursos Feiras e Eventos ✖ Gestão Sindical e de Representação Custeio administrativo da Entidade

Visite nosso site institucional:

www.sindinstalacao.com.br Atualize seu cadastro para o correto recebimento dos comunicados

Contatos: F. (11) 3266-5600 comunicacao@sindinstalacao.com.br

MARCOS ANTONIO PASCHOTTO Diretor VP de Instalações Prediais Elétricas Luiz Carlos Veloso Diretor VP de Instalações Prediais Hidráulicas e Gás - Delegado Representante Fiesp Suplente LUIZ ANTONIO ALVAREZ Diretor VP de Sistemas de Aquecimento – Delegado Representante Fiesp Suplente Marco Alberto da Silva Diretor VP de Instalações Industriais VICTOR JOSÉ RONCHETTI Diretor VP de Instalações Prediais de Sistemas Complementares Diretores VP – Conselho Fiscal NELSON GABRIEL CAMARGO IVAN MACHADO TERNI RAMON NICOLAS OLMOS ODIL PORTO JUNIOR Fernando Belotto Ferreira Surahia Maria Jacob Chaguri Diretor-Executivo JOSÉ ANTONIO C. BISSESTO Av. Paulista, 1313 - 9º andar - cj 905 Cerqueira Cesar - São Paulo 01311-923 - (11) 3266-5600 www.sindinstalacao.com.br

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Espaço Sindinstalação

| Abrinstal

Bons resultados e perspectivas sobre eficiência energética Investimentos do Procel este ano deverão chegar a R$ 107 milhões. No âmbito global, recursos somaram US$ 231 bilhões em 2016.

T

anto no âmbito nacional, como no internacional, os últimos meses foram marcados pela divulgação de bons resultados e perspectivas para o setor de eficiência energética. Segundo a Eletrobras, as ações do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) resultaram em economia de 15,1 bilhões de kWh em 2016 - equivalente a 3,3% de toda a eletricidade consumida no Brasil no período. O custo anual evitado, por conta dos resultados proporcionados pelas ações do Procel, foi estimado em R$ 2,92 bilhões, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Os investimentos somaram R$ 14,9 milhões – vale destacar que com um valor relativamente

baixo, foi possível evitar um gasto de quase R$ 3 bilhões. A excelente notícia é que, segundo a Eletrobras, a previsão é que em 2017 sejam aplicados R$ 107 milhões em ações do Procel. Os recursos do Procel vinham diminuindo deste 2012, com o fim da Reserva Global de Reversão (RGR) e a crise na Eletrobras. Porém, com a publicação da lei 13.280/2016, o programa passou a contar com uma fonte de financiamento: uma parcela dos recursos arrecadados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com os programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) das distribuidoras será destinada ao Procel. Com mais recursos, mais projetos poderão ser desenvolvidos.

Já no cenário internacional, o investimento em eficiência energética mais uma vez se expandiu e chegou a US$ 231 bilhões em 2016, segundo dados do relatório anual World Energy Investiment, da Agência Internacional de Energia (AIE). “A eficiência energética vem ganhando cada vez mais importância no mundo todo. Aqui no Brasil, ainda há espaço para bastante avanço nessa área”, conta o coordenador do Comitê Brasileiro de Gestão e Economia de Energia (ABNT/ CB116) e diretor-executivo da Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência da Instalação - Abrinstal, Alberto J. Fossa, que também representa o País nesse tema, no âmbito internacional através da ISO 50.001.

Evento na Fiesp discutiu gestão de energia Foto: Divulgação/Fiesp

A eficiência energética também foi tema de workshop realizado no dia 13 de setembro, na Federação das Indús-

trias do Estado de São Paulo – Fiesp. O evento, que teve participação de representantes do Senai e do Procobre, abordou os desafios e as vantagens da implementação da norma NBR ISO 50.001. O evento teve ainda a participação de Fossa, que abordou as novidades nacionais e internacionais sobre gestão de energia. No workshop foi feita a entrega simbólica da certificação ISO 50.001 para as empresas Coca-Cola, Baxter, L’Oréal e Bemis.

Workhop sobre gestão de energia, realizado em setembro, na Fiesp. 30 Revista da InstalaçÃO

O ICA/Procobre e a Eletrobras estabeleceram uma parceria para implementar o sistema de gestão de energia em indústrias do Estado de São Paulo. O projeto contou com a participação do Senai-Pirituba para a seleção das empresas e o desenvolvimento dos trabalhos junto com a Eletrobras, tendo o Procobre como patrocinador. A escolha pelo setor industrial baseou-se na premissa que, embora a norma tenha sido construída para ser aplicada a todo tipo de organização, o setor apresenta um grande potencial para ganhos em eficiência energético dado seu alto consumo e ao uso de diferentes fontes de energia e em diferentes processos.


| Abrasip

Caixa de retardo de águas pluviais é mesmo tudo isso?

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Lei Municipal 16.402 de 22/ março/2016 (Lei de uso e ocupação do solo) estabeleceu novos reservatórios para águas pluviais, que podem gerar grandes controvérsias. A legislação estabeleceu a obrigatoriedade de um reservatório para aproveitamento de águas pluviais e uma reserva de controle da vazão de escoamento superficial, em substituição ao reservatório da legislação anterior (lei 13.276 de 04/ janeiro/2002) que trouxe a exigência do uso da “piscininha”. Naquela época, a exigência da “piscininha”, com o objetivo de reduzir os efeitos da impermeabilização progressiva do solo urbano, trouxe resistência no setor imobiliário por gerar custos e criar um equipamento que interferia no paisagismo do acesso aos empreendimentos. Embora o volume mínimo do reservatório de controle seja similar ao da “piscininha” da legislação anterior, há uma restrição, na legislação atual, da vazão de escoamento para valores reduzidíssimos. O valor de escoamento deve ficar entre 1% e 1,5% das vazões usualmente adotadas conforme os critérios da ABNT. A solução para atender essa restrição de vazão é a construção de reservatórios de contenção, que retêm a diferença entre a vazão de precipitação e a vazão máxima de escoamento, e que podem chegar a 10 vezes o volume das “piscininhas” antes utilizadas. Se implantadas no recuo, haverá redução significativa de áreas verdes, além dos custos adicionais às obras.

Como comparação, quando a legislação das “piscininhas” foi aprovada, o critério do volume era o de absorver 15% do volume de chuva, considerando 60 minutos de duração e um período de retorno de 10 anos, equivalendo à exigência mínima atual de reserva de 6,3 l/m² de terreno. A legislação atual estabelece como critério para dimensionamento do reservatório da pior chuva, de qualquer duração, com período de retorno de 10 anos, o que leva a uma chuva de 85 mm em sete horas, e a uma reserva de aproximadamente 70 l/m² de terreno. Esse reservatório é tema de diversas

Sérgio Cukierkorn - Vice-Presidente

polêmicas, pois entra em contradição no critério utilizado para a quota ambiental na legislação de uso e ocupação do solo. Ainda, na condição da legislação, o volume de chuva não infiltra em terreno argiloso, o que leva ao extremo de um terreno totalmente permeável precisar de caixa de contenção. Trata-se, portanto, de uma legislação que trouxe exigências grandes, que foi pouco discutida e analisada antes de sua implementação, e que deveria ser revista. Para os empreendimentos tipo HIS e HMP não há segurança em afirmar se esse reservatório é obrigatório.

de Relações Técnicas da Abrasip e diretor da SPHE PETIPLAM Engenharia Revista da InstalaçÃO 31


Espaço Sindinstalação

| Seconci

Pesquisa do Seconci-SP revela tendência de redução de afastamentos relacionados à saúde e à segurança Realizada desde 2012 pelo Seconci-SP (Serviço Social da Construção), a edição 2016 da pesquisa que revela os motivos de afastamento na construção civil aponta tendência de melhoria da atenção com a saúde e a segurança do trabalhador. “Os investimentos das empresas do setor e os cuidados da própria pessoa em relação ao seu bem-estar têm aumentado, tirando cada vez menos o trabalhador do batente”, constata a Dra. Norma Araujo, superintendente do Iepac (Instituto de Ensino e Pesquisa Armênio Crestana) do Seconci-SP. Essa propensão foi demonstrada a partir da análise de 7.563 atestados gerados a partir de 51.244 consultas médicas realizadas em 2016 na Unidade Central do Seconci-SP, na capital paulista. Apesar de dores e inflamações seguirem no topo do ranking de motivos para o absenteísmo, a proporção dessas causas diminuiu no período de análise, caindo de 43% em 2012 para 30,1% em 2016. Outra redução significativa foi no grupo de enfermidades ligadas a contusões, entorses, traumatismos e ferimentos, cuja proporção foi de 13% em 2012 para 7,5% em 2016. No ano passado, foram registrados 588 diagnósticos diferentes. Má digestão, gastrite, diarreia, úlceras e inflamação no intestino equivaleram a 6,5%, e hipertensão arterial e doenças cardíacas, a 5,8%. Doenças ligadas ao sistema respiratório

32 Revista da InstalaçÃO

(faringites, amigdalites, sinusites, gripes e viroses) apresentaram aumento, indo de 7% para 12,8%. Segundo Dra. Norma, esse resultado evidencia a importância de intervenções preventivas, como a vacinação contra a gripe. Na série histórica, foi registrada queda nos dias de afastamento. Enquanto no ano passado os trabalhadores ficaram em média 1,6 dia afastados, em 2015 esse número foi de 1,7 – segunda menor média em relação a 2012 (2,3), ficando atrás apenas de 2014, com 1,4. De acordo com a Dra. Norma, a convergência é explicada em virtude de dois fatores: o aumento das ações de prevenção por parte das empre-

sas e a maior consciência dos trabalhadores quanto à realização de exames preventivos. Ou seja, a gestão da saúde dos funcionários está mais eficiente, o que possibilita uma promoção da saúde, com prevenção de doenças e tratamentos mais assertivos. Na análise por faixa etária, a maioria dos atestados foi para os trabalhadores entre 40 e 49 anos (2097), seguido por empregados com idade entre 30 a 39 anos (1836). No total de consultas, o grupo mais demandante também foi o de 40 a 49 anos (28,0%), seguido daqueles com 50 a 59 anos (24,4%).

Distribuição dos Atestados Segundo Grupo de Doenças em Linguagem Coloquial 1,5% Não informado

5,8% Hipertensão arterial, doenças cardíacas 6,5% Doenças do olho e anexos

30,1% Dores (lombares, articulares) e inflamações (ombros, juntas, tendão)

6,5% Má digestão, gastrite, diarréia, úlcera, inflamação no intestino 8,8% Exames duração > 3h e Observação Clínica p/ Diagnóstico

7,5% Contusões, entorses, traumatismos, ferimentos 20,5% Outros Diagnósticos

12,8% Faringites, amigdalites, sinusites, gripes, viroses


| HBC Advogados

A multa dos 10% sobre o saldo do FGTS: Inconstitucionalidade!

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artigo 1º, da Lei Complementar 110/2001, instituiu o acréscimo de 10% sobre a chamada “multa do FGTS”, incidente nas demissões sem justa causa e sobre os depósitos realizados na conta do empregado durante a vigência do contrato de trabalho. A referida lei, entre outras coisas, instituiu duas novas “contribuições sociais”, uma de 10% sobre o saldo da conta vinculada do FGTS do empregado demitido injustamente e outra de 0,5% sobre a remuneração dos empregados, ambas devidas pelos empregadores quando da demissão sem justa causa e mensalmente em relação aos salários do mês anterior, respectivamente. Referido acréscimo permanece em vigor, sendo certo que não persiste mais o fundamento legal (e fático!) pelo qual se baseou sua criação, que seria cobrir o verdadeiro déficit causado pela atualização monetária insuficiente ocorrida nas contas vinculadas ao FGTS no período de 1989 até 1991, época da edição dos denominados “Plano Verão” e “Plano Collor”. Ademais, a mesma lei complementar autorizou a Caixa Econômica Federal a creditar, com recursos do próprio FGTS, nas contas vinculadas dos trabalhadores prejudicados pelos chamados expurgos inflacionários de 1988 e 1989, a diferença resultante das correções monetárias feitas a menor em alguns meses

daqueles anos, direito reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal. Tanto é assim, que a partir da análise das Demonstrações Financeiras do FGTS, verificou-se que aproximadamente, desde dezembro de 2006, a Caixa Econômica Federal possui recursos suficientes para arcar com o montante devido aos trabalhadores em função dos expurgos inflacionários de 1989 e 1990, tendo como termo final para a exação datada de julho de 2012, segundo manifestação do próprio Fundo Gestor do FGTS, por meio do Ofício n.º 0038/2012. As pessoas demitidas continuaram a receber só os 40%. O adicional de 10% foi criado para ajudar a financiar os chamados créditos complementares do FGTS, cujo pagamento foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal, após anos de briga judicial entre governo e entidades sindicais. Com esse reforço, a Caixa Econômica Federal, agente operadora do FGTS, conseguiu ressarcir aos trabalhadores que tinham saldo de FGTS na época a correção monetária expurgada pelos planos econômicos Verão (16,64%, em janeiro de 1989) e Collor I (44,8%, em abril de 1990), inexistindo fundamentação fá-

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tica e legal que enseje a persistência da referida exação. O Judiciário tem julgado nessa vertente as ações de empresas que solicitam o direito a suspensão do recolhimento do adicional de 10% ao FGTS, reconhecendo a desobrigação de tal recolhimento. Assim sendo, resta ilegítima a cobrança desta contribuição, pois, desde janeiro de 2007, as contas do FGTS, no que diz respeito aos débitos decorrentes do pagamento dos expurgos, estão sanadas e, desde o ano de 2012, a arrecadação do produto da contribuição está sendo destinada a outro fim (não há mais dispêndio vinculado - motivação), o que permite, além do afastamento da cobrança futura deste adicional, recuperar os valores recolhidos nos últimos anos. Nosso escritório permanece à disposição para esclarecer qualquer consulta porventura necessária a respeito do tema.

*HBC Advogados é o escritório contratado pelo Sindinstalação para assessoria jurídica ao setor de instalações. Para mais informações acesse www.hbclaw. com.br

Revista da InstalaçÃO 33


Case

| Tecnologia

Edifício sem recepção implanta acesso por reconhecimento facial e QR Code Projeto do Berrini One, da Bueno Netto, reúne características que o torna novo marco na paisagem urbana de São Paulo, com destaque para controle de acesso automatizado, eficiência operacional e alto

Foto: Divulgação

desempenho ambiental, com certificação LEED.

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projeto do Berrini One, edifício construído pela BN Engenharia, estabelece um novo padrão de excelência na arquitetura, na tecnologia e inovação, no planejamento logístico, na eficiência condominial e, principalmente, nos detalhes do empreendimento. Trata-se de um edifício Triple A com lajes corporativas de 366 m2 a 2.358 m², em um dos endereços corporativos mais nobres de São Paulo. O prédio está no ponto de convergência entre a Vila Olímpia, a Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, a Av. dos Bandeirantes e a Marginal do Pinheiros, e possui entradas independentes por ambas avenidas.

34 Revista da InstalaçÃO


Fotos: Divulgação

O Berrini One foi projetado e construído dentro do mais avançado conceito de sustentabilidade, visando não só a preservação do meio ambiente, mas também o bem-estar e a qualidade. O projeto tem arquitetura de vanguarda e foi concebido pelo premiado escritório Aflalo/Gasperini Arquitetos. Já a decoração das áreas comuns ficou por conta do escritório Moema Werheimer, que conceituou os ambientes com modernidade e funcionalidade, e utilizou móveis orgânicos da Tora Brasil, provenientes de áreas de manejo florestal de acordo com os critérios de mínimo impacto ao meio ambiente. No que tange à tecnologia, o empreendimento é pioneiro no uso de sistema de controle de acesso totalmente auto-

Perfil

O Berrini One foi projetado e construído dentro do mais avançado conceito de sustentabilidade, visando não só a preservação do meio ambiente, mas também o bem-estar e a qualidade. Revista da InstalaçÃO 35


Case

| Tecnologia

Ficha Técnica

Fotos: Divulgação

✹ Empreendimento: Berrini One ✹ Endereço: Av. Eng. Luis Carlos Berrini x Av. dos Bandeirantes ✹ Construção: BN Engenharia ✹ Projeto de arquitetura: Aflalo & Gasperini Arquitetos ✹ Projeto de decoração das áreas comuns: Moema Werheimer ✹ Unidades por andar: 3º ao 17º andar (2 unidades) / 18º ao 33º andar (1 unidade) ✹ Lajes de até 2.358 m² ✹ Nº de elevadores: 21 elevadores, sendo: 13 sociais, 2 de serviço/segurança, 3 de transferência para os subsolos, 2 de serviço junto as docas e 1 elevador de acesso ao ático ✹ Área do terreno: 10.966,54 m², ✹ Área construída: 68.476,90 m²

Tecnologia

O empreenimento é pioneiro no uso de sistema de controle de acesso totalmente automatizado, com tecnologia de reconhecimento facial e QR Code. 36 Revista da InstalaçÃO

matizado. Trata-se do primeiro “mega edifício” corporativo sem recepção, com acesso por meio de tecnologia de reconhecimento facial e QR Code, único no País, interligado à chamada de elevadores. Ao invés do tradicional crachá de acesso, o sistema com tecnologia israelense realiza a identificação do usuário pela face, garantindo a segurança e trazendo praticidade para o dia-a-dia. O acesso dos visitantes ocorre de maneira similar ao check-in de aeroportos: o visitante recebe um QR Code no seu smartphone antecipadamente, ou pode emiti-lo em um totem no edifício. Esse código será utilizado para abertura das catracas. Para otimizar o fluxo de pessoal e permitir mais rapidez nos acessos, o prédio conta com 21 elevadores, sendo 13 destinados aos escritórios, com capacidade de transportar até 26 pessoas cada, numa velocidade de até 5 m/s. Os elevadores são gerenciados por sistema inteligente com pré-chamada e são distribuídos em três halls individuais e com acessos independentes. Dois equipamentos atendem todos os pavimentos entre o 4º subsolo e a co-


bertura, sendo capazes de transportar 1.725 kg e 1.800 kg cada. Já as docas são servidas por dois elevadores que permitem o acesso ao subsolo, com capacidade para carregar até 1.500 kg, atendendo do mezanino ao 2º subsolo e também deste ao térreo. Ainda, três elevadores fazem a ligação entre o 4º subsolo até o térreo e o elevador de bombeiros é enclausurado em câmara à prova de fogo. O edifício ainda conta com cogeração de energia, utilização de água de reúso, entrada de energia em média tensão e elevadores com recuperação de energia cinética, entre outros itens de eficiência operacional. Tudo isso se traduz em economia de custo condominial de até 30% quando comparado ao custo de outros edifícios corporativos de padrão semelhante.

No 21º Prêmio Master Imobiliário deste ano, a Fundação Internacional Imobiliária (FIABCI BRASIL) e o SECOVI (Sindicato da Habitação) anunciaram o case “Berrini One” como vencedor na categoria “Empreendimento - Comercial”. De acordo com as instituições, o empreendimento comercial reúne inúmeros atributos que o caracterizam como um projeto diferenciado. Destaque para as áreas verdes; para o alto desempenho ambiental com pleito para a certificação Green Building; para as artes embarcadas presentes nas áreas comuns, e para o monumental Atrium. “O conjunto destes atributos faz do Berrini One um novo marco na paisagem urbana da capital paulista”, destaca o comunicado da comissão julgadora, composta por representantes das entidades realizadoras.

Fotos: Divulgação

Premiação

O Berrini One também chama a atenção na decoração, que, entre outras peças, conta com três importantes obras de renomados artistas. O artista Venezuelano de Carlos Cruz Diez, reconhecido e premiado internacionalmente como uma das principais figuras da arte cinética, criou para o Berrini One um painel de 60 metros de largura por 3 de altura, que fica no lobby do empreendimento. É a maior obra do artista em um edifício corporativo. Além disso, na entrada do Berrini One há uma escultura do Arnaldo Diederichsen, criada

especialmente para o empreendimento. E a integração do projeto com a arte se dá até no subsolo, onde existe um grande quadro de André Crespo. O planejamento logístico também é um dos diferenciais do projeto. O acesso e circulação de serviço é totalmente independente, com área para veículos e espaço para carga e descarga isolados da área social, permitindo que mudanças e entregas de carga possam ocorrer a qualquer hora, sem prejudicar o funcionamento normal do edifício. Revista da InstalaçÃO 37


Evento

| InterSolar 2017

Intersolar aquece mercado Maior evento da América do Sul para o setor de energia solar apresenta as novas tecnologias disponíveis e discute novos modelos de negócios necessários para estruturar e alavancar o mercado brasileiro

Reportagem: CLARICE BOMBANA Foto: Ricardo Brito

38 Revista da InstalaçÃO

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ada vez mais presente no cenário brasileiro, a energia solar fotovoltatica (FV) abre portas para novos desenvolvimentos e negócios, alcançando a marca de 10 mil microgeradores em todo o País. Desde 2014, o mercado para esse tipo de investimento vem crescendo cerca de 300% ao ano, com a abertura de crédito promovida pelos bancos públicos. Os Estados que lideram o mercado de energia solar são Minas Gerais, com mais de 2.300 microgeradores, São Pau-


lo, com cerca de 2.100, e Rio Grande do Sul, com quase 1.200. A queda de preços e o aumento concomitante da demanda multiplicam os projetos. Apesar da crise política e econômica no último ano, o Brasil ainda deve encabeçar a lista das cinco maiores demandas por soluções fotovoltaicas latino-americanas nos próximos anos. O mercado FV brasileiro adicionou mais de 267 MW em 2016. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a geração centralizada de energia fotovoltaica

alcançará 7.000 MW até 2024. O dado consta no Plano Decenal de Energia Elétrica 2024 (PDE 2024). Segundo o planejamento, para a próxima década, a potência instalada de energia elétrica produzida pelo sol representará quase 4% da matriz energética de 2024. Atualmente, a fonte participa com 0,02%. Dentro desse cenário, São Paulo sediou a 5ª edição da Intersolar South America - Feira e Congresso, principal plataforma de promoção das tecnologias solares na América do Sul, que recebeu 12 mil visitantes de 47 países. Durante três dias (de 22 a 24 de agosto), 220 expositores nacionais e internacionais apresentaram as últimas novidades em geração fotovoltaica e aquecimento de água a especialistas, investidores e planejadores, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP). O número de empresas participantes aumentou 20% em relação à edição de 2016, com a área da feira crescendo 35% pelo segundo ano consecutivo.

Além de consolidar as tecnologias voltadas a esse nicho de mercado, a Intersolar promove importantes discussões sobre a necessidade de estruturar marcos regulatórios, de criar oportunidades de mercado e novos modelos de negócios para o setor, que flexibilizem a comercialização de energia e incorporem serviços mais amplos. Os temas em destaque, este ano, foram energia fotovoltaica, tecnologias de produção FV, armazenamento de energia e tecnologias termossolares. Segundo Mônica Carpenter, diretora da Aranda Eventos, empresa organizadora da Intersolar no Brasil, o País tem um imenso potencial nesse segmento e o evento é fundamental para a disseminação de tecnologias mundialmente aplicadas. “A cada ano, a Intersolar se consolida como um ponto de encontro entre especialistas e players, nacionais e internacionais, que têm grande responsabilidade nesse crescimento do mercado que temos percebido no País.”

Cenário Os preços da energia solar caíram drasticamente nos leilões sul-americanos e a Geração Distribuída está começando a conquistar mais espaço nos mercados da América Latina, principalmente no Brasil, onde há sistemas de compensação de energia elétrica e outros incentivos. Analistas de mercado preveem um crescimento significativo da energia solar no Chile e no Brasil,

além do surgimento de novos mercados, como Argentina e Colômbia. A alta penetração de energias renováveis nos futuros sistemas energéticos sul-americanos acirrará a necessidade de flexibilizar as operações. Consequentemente, as atenções voltam-se cada vez mais para soluções inovadoras de armazenagem de energia. É nesse contexto que a Intersolar este ano promoveu uma Revista da InstalaçÃO 39


Evento

| InterSolar 2017

exposição especial: a ees South America. Ao menos 40 expositores da Intersolar South America exibiram produtos de armazenagem de energia elétrica como parte de seu portfólio.

E ainda: mais de 1.500 especialistas participaram do congresso da Intersolar onde cerca de 70 palestrantes ministraram sessões para discutir a importância estratégica da energia solar no Brasil, o

futuro da Geração Distribuída e centralizada, o mercado FV doméstico com seus desafios e restrições, as tecnologias voltadas ao desenvolvimento de projetos, os sistemas conectados a redes residenciais. Outros temas explorados: energia solar térmica e suas oportunidades, proteção de sistemas FV contra descargas atmosféricas, vantagens na integração da energia solar térmica com a energia solar fotovoltaica, financiamento de plantas, além do relato de cases do mercado. “Ficamos felizes em contribuir com essa história de sucesso e satisfeitos com esse retorno tão positivo de nossa feira e congresso”, declararam em conjunto o Dr. Florian Wessendorf, Diretor Geral da Solar Promotion International, e Daniel Strowitzki, Diretor Executivo da Freiburg Management and Marketing International, organizadores internacionais da Intersolar South America. A história de sucesso continua com o mercado solar brasileiro seguindo na rota do desenvolvimento. Em 2018, a Intersolar South America voltará ao Expo Center Norte, entre os dias 28 e 30 de agosto.

Sobre a Intersolar Com eventos em quatro continentes, a Intersolar é a maior série mundial de feiras para o setor solar e seus parceiros. Ela congrega profissionais e empresas do mundo inteiro no esforço de aumentar a participação da energia solar no fornecimento de energia elétrica. Tanto a feira quanto o congresso abordam as áreas de energia fotovoltaica, tecnologias de produção, sistemas de armazenamento de energia e tecnologias termossolares. Desde sua fundação, a Intersolar é o palco mais importante do setor para produtores, fornecedores, distribuidores, prestadores de serviço e parceiros da indústria solar global. Com mais de 25 anos de experiência, a Intersolar realiza feiras e congressos em Munique, São Francisco, Bom40 Revista da InstalaçÃO

baim, Pequim, São Paulo e Dubai. Esses eventos globais são complementados pelas Cúpulas Intersolar, realizadas em mercados emergentes do mundo inteiro. A Intersolar South America é organizada pela Solar Promotion International GmbH, Pforzheim e pela Freiburg Ma-

nagement and Marketing International GmbH (FMMI), com a Aranda Eventos & Congressos Ltda., São Paulo, como coorganizadora. Veja, a seguir, uma amostra do que as empresas expositoras apresentaram ao público da Intersolar este ano.

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Evento

| InterSolar 2017

COBRECOM

YASKAWA

ABB A companhia trouxe três grandes lançamentos para esta edição da feira: 1) REACT – Inversor com armazenamento integrado voltado ao mercado residencial, disponível em 3,6 e 4,6 kW. Equipado com uma bateria de 2 kWh modular, pode chegar até 6 kWh (com três módulos), que permite o backup da energia gerada. O produto oferece autossuficiência energética, alinha a produção de energia com os níveis de consumo da residência e pode ser gerenciado remotamente por dispositivo móvel (foto). 2) UNODM-PLUS – Inversor com foco em instalações residenciais. Com design compacto e alta densidade energética, possui potências que vão de 1,2 a 6,0 kW. A rede wireless do produto permite que o comissionamento seja feito através de um smartphone em menos de cinco minutos. Pode ser integrado com sistemas de automação residencial, como o ABB-free@home. 3) PVS-120 – Inversor voltado para aplicações de geração distribuída (até 120 kW) de porte comercial ou industrial. O produto possui ótima densidade por potência. De fácil instalação, é compacto, incorpora sistema de proteção e reduz o tempo de trabalho de campo. Para manutenções, eventuais reparos e substituição de peças, basta destravar e levantar a porta basculante do equipamento. 42 Revista da InstalaçÃO

A Yaskawa Elétrico do Brasil apresentou na Intersolar seu primeiro inversor fotovoltaico central Smartgrid 1000 XTM produzido pela empresa no País, em sua planta em Diadema (SP). Credenciado pelo programa Finame do BNDES, o inversor foi desenvolvido para aplicação em usinas e instalação ao tempo (sem coberturas), adaptando-se a ambientes agressivos. Disponível nas potências de 750 e 1.000 kW, foi projetado para conexão direta com um transformador externo de média tensão, podendo ser combinados 2 a 2 com módulos de até 2 MW. Destaca-se por proporcionar confiabilidade e economia em seus processos: oferece 98% de rendimento (CEC). Com grau de proteção IP 55, o equipamento opera em ampla faixa de temperatura. Destina-se à aplicação em 1.000 Vcc e atende às normas locais e internacionais; dispõe de dispositivo de detecção de falha à terra e monitor de corrente residual. Fornecido com um combinador CC integrado e equipado com seccionadora de até 16 entradas protegidas com fusível e monitoradas individualmente via web (opcional).

O destaque foi o cabo Solarcom, que pode ser utilizado em instalações fixas, em conexões entre placas/painéis FV, caixa de junções (string box) até os inversores, suportando condições extremas de temperatura e intempéries. Indicado para tensões nominais de até 0,6/1 kV CA ou até 1,8 kV CC, o cabo é formado por fios de cobre eletrolítico, estanhado, classe 5 (flexíveis) com isolação e cobertura em composto poliolefínico termofixo de alta estabilidade térmica com temperatura máxima de operação de 120ºC por 20 mil horas. Fabricado com cobertura nas cores preta ou vermelha, o produto foi criado e testado a partir de padrões internacionais para transmitir energia limpa produzida pelas placas solares. É de fácil instalação em função de sua flexibilidade e baixo raio de curvatura. O composto poliolefínico da isolação e cobertura possui alta resistência a raios UV e ao ozônio, é resistente a chamas e a óleos minerais, ácidos e amônia. Disponível nas seções nominais de 4, 6 e 10 mm2 e acondicionado em rolos de 100 m ou em bobinas de madeira.

NHS Fabricante nacional de nobreaks há 29 anos, a empresa anunciou sua nova divisão de negócios voltada ao segmento de geração de energia solar. A NHS Solar ingressa no mercado lançando uma nova família de equipamentos com chancela própria: os inversores e sistemas fotovoltaicos on-grid e híbridos. Oferece ainda diferenciais importantes para a excelência no atendimento a seus clientes: produtos desenvolvidos localmente, agilidade comercial, atendimento consultivo e treinamentos aos parceiros responsáveis pelo dimensionamento e instalação dos equipamentos de geração de energia solar.


GENERAL CABLE Para atender o mercado de geração de energia solar fotovoltaica, a empresa fornece a solução completa, desde os cabos para a ligação entre placas e painéis até os condutores que fazem a conexão da instalação ao Sistema Interligado Nacional. Destaque para o cabo Exzhellent Solar 1,8 kV CC, desenhado para resistir às severas condições ambientais, garantindo máxima eficiência ao longo de seus 30 anos de vida útil. Produzido em cobre estanhado flexível, encordoamento classe 5, pode ser aplicado na interligação entre os painéis, entre os painéis e a caixa de conexão e entre as caixas de conexão e o inversor. Possui alto grau de confiabilidade, devido à sua estabilidade térmica, resistência à umidade e aos raios UV, suportando temperaturas de até 120ºC. Sua composição com elastômero termofixo livre de halogênios garante segurança às pessoas e ao ambiente.

PHOENIX CONTACT Sistemas de rastreabilidade solar, soluções em conectividade de sistemas geradores, acesso remoto de parques fotovoltaicos, sistemas de proteção, medição e monitoramento foram as principais soluções apresentadas pela companhia no evento. Alguns projetos de destaque ao redor do mundo fazem da Phoenix Contact um importante parceiro para o desenvolvimento de soluções em energias renováveis, sendo o Brasil um dos grandes potenciais neste segmento. As soluções voltadas para esta indústria são marcadas pela alta qualidade e robustez de seus produtos e a elevada capacidade de seu corpo técnico.

PHB Mais uma vez, a PHB inovou com a bike on-grid, solução que utiliza a energia do movimento produzido pelo exercício físico para carregar as baterias e injetar essa energia na rede elétrica através de um inversor, gerando créditos na conta de luz do consumidor. Com um alternador de imã permanente, adaptado ao quadro da bicicleta, e utilizando um sistema de correia acoplado entre a roda da bicicleta e a polia do alternador, a energia gerada pelo movimento físico carrega as baterias como acontece num veículo. A bike ongrid é indicada para uso em academias de ginástica. Especificações do alternador: potência 400 W, rotação 1.200 rpm, tensão de saída 48 V, rendimento 86%, torque de partida 0,25 N.m, peso 5 kg.

BRAMETAL A empresa lançou o BraTracker Monofileira, uma nova versão do primeiro seguidor solar (tracker) genuinamente brasileiro, o BraTracker Multifileiras. Os trackers podem movimentar até 600 painéis com um único sistema de acionamento (na opção multifileiras) ou 60 painéis (monofileira), utilizando várias configurações de mesas. Possuem atuador elétrico com variação de frequência, sensor de posicionamento, travas elétricas e/ou hidráulicas, display de visualização de configuração, software de posicionamento astronômico (para garantir que os painéis posicionem-se adequadamente à incidência dos raios solares em cada dia do ano) e funcionalidade de proteção automática contra vento extremo via anemômetro. Por terem conteúdo 100% nacional, proporcionam menor custo na fase O&M dos projetos. Os suportes são robustos e testados em simulações equivalentes a dez anos de operação, para garantir confiabilidade e eficiência. O foco desses produtos são as usinas para geração centralizada, com capacidade instalada superior a 5 MWp. A solução pode ser financiada pelo BNDES via Finame. Revista da InstalaçÃO 43


Evento

| InterSolar 2017

SOLETROL

ROMAGNOLE As estruturas para fixação de placas fotovoltaicas da Romagnole são produzidas com tecnologia 100% nacional e aplicadas em projetos de geração distribuída por todo o País. Um de seus diferenciais é a fixação das placas pelo sistema de clamps one hand free, que facilita a montagem, agiliza a implantação do projeto e reduz o esforço físico dos técnicos que fazem a instalação. Dimensionadas em conformidade com as normas NBR 6123 (cargas de vento) e 8800 (estrutural), as estruturas recebem acabamento galvanizado, de acordo com a NBR 6323, utilizam vigas e clamps de alumínio 6063-T6 de alta resistência e tem as clamps fixadas com parafusos de aço inoxidável. Alguns modelos disponíveis: suportes para telha ondulada, para telha cerâmica, para telha shingle, para laje de concreto e telhado angular, para telha zipada, para garagem treliçada, para garagem monoposte, para mesa solar biposte e monoposte, além do seguidor de um eixo horizontal (tracker).

A empresa mostrou sua linha de aquecedores solares de água para diversos segmentos de mercado: residências em construção, residências prontas, piscinas, além do aquecedor solar digital. São oferecidos sistemas com várias configurações de coletores solares, reservatórios térmicos e acessórios. Segundo a empresa, o produto proporciona economia de até 95% de energia elétrica consumida durante o banho. O aquecedor solar Soletrol Max, por exemplo, é indicado para residências com área superior a 120 m2 e está disponível nas capacidades de 200 a 1.000 litros. Para grandes volumes de água quente, são comercializados sistemas com capacidades entre 1.500 e 5.000 litros, indicados para aplicações em hotéis, hospitais, edifícios, indústrias, academias, etc.

VERMEER A empresa apresentou o instalador de estacas PD10, projetado para operar nas instalações de painéis solares em usinas fotovoltaicas. A maioria dos painéis solares são fixados no solo por estacas, que precisam ser cravadas sem que as condições do tempo (principalmente o vento), o formato da estaca ou a composição do solo interfiram no potencial energético, gerando sombras ou outras dificuldades. A solução da Vermeer foi desenvolvida para atuar com baixo custo operacional, além de contar com o sistema de monitoramento remoto fleet. Isso possibilita um alto nível de gerenciamento de informação quanto ao desempenho. Segundo o fabricante, o PD10 é o único equipamento da categoria no qual o operador realiza seu serviço sentado ou com opção de acionamento por controle remoto. Versátil, o PD10 é capaz de instalar estacas de diferentes tamanhos: 3 m, 4,6 m ou 6,1 m de altura. A alta performance do equipamento deve-se em parte ao martelo hidráulico, com potência de 1.350 joules. 44 Revista da InstalaçÃO

FANIA Além do mercado automobilístico, a Fania atua no segmento de aquecedores solares de tubo a vácuo e exibiu alguns itens de sua linha, como o sistema acoplado, com 20 tubos e capacidade de 200 litros (sete banhos, em média). A solução acompanha: tanque auxiliar, reservatório térmico (boiler), tubos com Ø 58 x 1.800 mm de comprimento e suporte para montagem completa. Vantagens e benefícios dos sistemas de aquecimento da empresa: atinge elevadas temperaturas (90ºC para sistema acoplado); economia de energia de até 50%; eficiência garantida em locais com geadas e com pouca radiação solar; dispensa sistema de proteção anticongelamento; e fácil instalação (não precisa quebrar a parede).


NEXANS Fabricados no Brasil, os cabos Energyflex BR Afitox 90ºC e 120ºC (cobre e alumínio), de 0,6 a 1 kV ganham destaque no mercado brasileiro por apresentarem alto desempenho e durabilidade em sistemas de geração de energia solar tanto distribuída como centralizada. Os cabos para instalações em sistemas CC ou CA facilitam as conexões de equipamentos em sistemas fixados em suportes, bandejas, leitos, dutos ou ao ar livre sujeito às intempéries. Para atender requisitos de resistência ao UVB e à queima, estes cabos são fornecidos com um revestimento especialmente formulado de acordo com as normas UL 2556 e IEC 603321. Os cabos Energyflex BR fazem parte da família Afitox, sendo não-halogenados, com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. A família ainda se destaca pela vida útil superior a 25 anos e por apresentar diferenciais de capacidade, suportando até 120ºC de operação por até 20 mil horas. Seções disponíveis: 2,5 a 240 mm2. Cores: preto e vermelho.

WILSON SONS O Terminal de Contêineres de Salvador (Tecon Salvador) e a Wilson Sons Logística, empresas do Grupo Wilson Sons, realizam operações que atendem o setor fotovoltaico em todo o País. No primeiro semestre de 2017, o Tecon Salvador registrou crescimento recorde de 104% na importação de placas e componentes para montagem de parques fotovoltaicos, comparado com os seis primeiros meses de 2016. Já as soluções desenvolvidas pela Wilson Sons Logística, por meio de suas plataformas regionais localizadas no Sudeste e Nordeste, oferecem operações integradas, completas e específicas para o segmento, com transporte in-bound, armazenagem alfandegada, serviços especiais como montagem de kits, selagem, gestão de inventário, centro de distribuição e entregas planejadas aos clientes finais.

MOURA A empresa lançou a marca Moura Solar, dedicada a soluções para atender o mercado de energias renováveis. Entre os produtos, a bateria Moura Solar 2V com tecnologia chumbo-carbono, que opera em regime de ciclagens e em estado parcial de carga (foto). Benefícios: blindagem com três camadas, alta resistência aos ciclos de carga e descarga e maior vida útil (oferece mais de 3.000 ciclos, segundo testes do Inmetro). Já a bateria Moura Sola 12V Monobloco, também com tecnologia chumbo-carbono, é indicada para a maioria dos sistemas fotovoltaicos off-grid. Características: aditivos na placa negativa à base de carbono garantem uma melhor aceitação de carga e resistência a descargas profundas; grade laminada com liga de alta resistência à corrosão; meio líquido refrigerante (dissipativo); sistema de segurança XXX (válvula anti-explosão, pólo de segurança e caixa destensionada); e sistema exclusivo de blindagem e compressão das placas positivas, o que proporciona o dobro dos ciclos, quando comparado às baterias estacionárias tradicionais.

PROAUTO A empresa, especializada no fornecimento de produtos e soluções para o setor de automação industrial, apresentou sua linha para instalações de sistemas fotovoltaicos. Entre os destaques, o sistema de monitoramento (string box), que atende tensão de 1.000 a 1.500 CC com corrente por canal de até 30 A e expansão para até 32 entradas. Compacta e robusta, a solução apresenta comunicação RS 485, entrada analógica e digital e sistema de reconhecimento dos módulos de expansão. E ainda: conectores solares, terminais e dispositivos para aterramento, cabos, fusíveis, dispositivos de proteção contra surtos (DPS), chaves-seccionadoras rotativas, minidisjuntores, disjuntores em caixa moldada e software para monitoramento. Revista da InstalaçÃO 45


Evento

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BELDEN A empresa oferece um amplo portfólio de soluções em transmissão de sinais, cobrindo as aplicações de missão crítica para todo o mercado industrial. Na feira, o destaque foi o sistema de comunicação desenvolvido especificamente para plantas de geração solar fotovoltaica, que integra switches Ethernet, switches wireless, dispositivos de segurança, roteadores e gateways, conectores e cabos (ópticos, IP, controle e instrumentação, protocolos de comunicação, industriais, etc.) softwares de gerenciamento de rede, entre outras tecnologias.

BOSCH A empresa lançou a bomba de calor Compress 3000P para aquecimento de piscina. O equipamento utiliza o calor do ar no ambiente transferindo-o para água, de maneira limpa. A bomba produz cinco vezes mais energia em forma de calor do que consome em energia elétrica, informa a fabricante. Torna-se ainda mais econômica se utilizada em conjunto com um aquecedor solar. Disponíveis em dois modelos, com capacidade térmica de 13,80 kW-47.087 BTU/h e 19,97 kW68.140 BTU/h e peso líquido de 90 e 101 kg, respectivamente. Dimensões: 735x1200x480 mm. Condensador em titânio, altamente resistente à corrosão e abrasão; ventilador exclusivo otimizado para funcionamento silencioso e eficiente.

ABRAVA A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) junto com o Departamento de Energia Solar (Dasol) apresentaram ao mercado de energia solar ações em andamento da gestão 2017-2018. Entre as atividades estão a extensão do Selo Qualisol em parceria com o Senai, a instituição de Organismos de Certificação de Produtos (OCPs), o treinamento de mão de obra qualificada e a realização da Ilha Solar. O Qualisol Brasil é um Programa de Qualificação de Fornecedores de Produtos e Serviços para Sistemas de Aquecimento Solar.

LACERDA O lançamento foi o no-break solar, de 5 a 10 kW, com transformador isolador e fator de potência igual a 1. Características e vantagens: fácil instalação e operação, não necessita de aprovação da concessionária de energia; modo de operação selecionável: prioridade no-break ou prioridade solar; substitui os equipamentos convencionais; controlador MPPT integrado, para garantir o máximo aproveitamento da energia gerada pelos painéis FV; corrente de recarga ajuntável de acordo com a configuração do banco de baterias; inversor com controle microprocessado e estabilização online de alta velocidade; tecnologia SPWM e chaveamento de potência em alta frequência; seleção automática de frequência; comunicação inteligente: RS232, USB, contato seco e SNMP (opcional). 46 Revista da InstalaçÃO

ELGIN A Elgin anunciou sua entrada no setor de geração solar fotovoltaica em grande estilo, oferecendo um kit completo para a instalação desses sistemas. O kit é composto por: painéis solares (260 e 310 W – policristalino), inversores conectado à rede (potência de 1,6 3,0 e 5 kW), string box (caixas de proteção), estruturas e suportes de fixação, cabos de corrente contínua e conectores. Todos os produtos são testados com garantia de qualidade e certificação do Inmetro e contam com uma rede integradores credenciados, treinados e autorizados para instalação e manutenção. O pacote inclui ainda o dimensionamento do sistema, de acordo com o consumo de energia do cliente, o preparo de toda documentação necessária para homologação junto à concessionária, além de suporte técnico e garantia em toda a vida útil dos equipamentos.


SICES SOLAR

AXITEC A empresa mostrou os módulos fotovoltaicos de alto rendimento AXIblackpremium, com 60 células de silício monocristalino de alta potência (tecnologia alemã-brasileira). Características: célula 156 x 156 mm (6”); película posterior resistente às intempéries (branca); potência nominal de 270 a 300 Wp; carga máxima de 5.400 Pa; máxima estabilidade baseada na construção da moldura em alumínio com sistema Axitec-Soft-Grip (anodizado preto); tolerância de potência positiva garantida de -0/+5Wp; e garantia de fábrica de 12 anos.

BALFAR No Brasil, a empresa paranaense monta e fabrica painéis solares fotovoltaicos e estruturas de fixação para telhados de cerâmica, zinco, laje, estruturas de solo e garagens solares. Além da produção de painéis e estruturas, a Balfar possui um portfólio completo de produtos e acessórios, que inclui inversores, string box, sistema de monitoramento, cabos e conectores para montagem, instalação e manutenção de sistemas geradores fotovoltaicos residenciais e comerciais.

Provedora de soluções para o setor de energia solar fotovoltaica, a Sices Solar apresentou a plataforma de mesmo nome voltada especificamente à comercialização de sistemas FV no Brasil. Totalmente gratuita, a nova solução permite montar propostas técnico-comerciais em apenas três minutos, oferecendo maior agilidade para integradores e empresas no atendimento aos seus clientes finais. Algumas vantagens oferecidas: cadastro de clientes, melhor gestão comercial e diagnóstico das necessidades de cada consumidor (CRM), template personalizado de acordo com as necessidades do integrador e com sua própria marca, atualização em tempo real de preços do sistema e seus componentes, possibilidade de definir a estrutura de fixação somente pelo tipo de telhado, estudo on-line de estimativa energética mensal, entre outras.

POWER SOLUTIONS O destaque foram os eletrocentros para grandes centrais fotovoltaicas, montados no Brasil e integrados em containeres, como a solução Efasolar PVStation (Modular, Container, Concreto). O sistema, que utiliza os equipamentos da fabricante portuguesa Efacec, integra o inversor solar (de 100 kVA a 2 MVA), o transformador MT (a óleo; um ou duplo enrolamento) e o cubículo MT (até 36 kV). A Efasolar PVStation inclui: proteção CA e CC, filtros para sujidade, circuito de alimentação de auxiliares, acesso remoto a todos os equipamentos e integração com o despacho da energia elétrica gerada.

FRANKLIN-ELECTRIC A Franklin Electric atua na fabricação e comercialização de sistemas para mover água e combustíveis automotivos. No Brasil, é detentora da marca Bombas Leão, que fornece soluções de bombeamento para poços tubulares profundos. Uma das linhas de produtos da Bombas Leão é o Fhoton SolarPak, sistema que utiliza o sol para gerar energia elétrica e bombear água. Indicado para aplicações onde não há disponibilidade de rede elétrica, o sistema oferece os seguintes benefícios: proteção adicional contra raios para a motobomba; status de operação indicado por LED; conexão de entrada da corrente contínua proveniente dos módulos FV; conexão de saída dos cabos para o motor CA; conector para uso de um ou 2 automático(s) de nível/boia(s) elétrica(s); terminal previsto para placa opcional de comunicação de dados; conexão de entrada para uso de sensor de fluxo; chapa removível para instalação dos cabos; gabinete com grau de proteção IP 66, Nema 4. Revista da InstalaçÃO 47


Evento

| InterSolar 2017

HT/AMPERI Foram apresentados três instrumentos elétricos voltados à verificação, teste e manutenção de instalações fotovoltaicas. 1) Solar I-Ve, I-V400W e I-V500W (resolução de problemas), ferramentas capazes de identificar os módulos defeituosos, medindo a característica I-V, para que possam ser substituídos. 2) PVChecks (verificações de segurança), ferramenta habilitada a certificar a segurança da instalação, de acordo com as normas vigentes. 3) Solar300N, Solar I-Ve e MPP300 (desempenho), solução indicada para registrar, com o decorrer do tempo, a produção de uma instalação e para verificar o desempenho do inversor.

FRONIUS Fabricante de inversores fotovoltaicos, a multinacional austríaca trouxe para a feira, além dos equipamentos (foto), a nova plataforma, Solar.web, que fornece serviço on-line para monitoramento remoto do sistema. A interface aberta baseada em Ethernet permite ao usuário incorporar valores de inversor do servidor em sistemas de terceiros. O recurso de otimização de energia do Solar.web também é novo e o cliente tem acesso a uma visão geral (semanal) no portal on-line, que calcula seu consumo como uma taxa horária.

FRIEM A empresa vem desenvolvendo uma linha completa de inversores fotovoltaicos para geração centralizada com produção no Brasil. Os produtos foram projetados seguindo o tradicional conceito de modularidade, flexibilidade e facilidade de manutenção. Os inversores RECon podem ser utilizados como unidades individuais ou combinados em configuração paralela para alcançar a potência desejada. Vantagens: alta eficiência; resistente a ambientes severos; custo de instalação reduzido; fácil manutenção on-site; flexibilidade de controle local e remoto; em operação conjunta com as caixas de junção da Friem, não há necessidade de “recombining boxes”; não exige transformador de acoplamento: pode ser conectado diretamente à rede de 380/400 Vca; e financiado pelo Finame. Potências disponíveis: 409, 818 e 1.227 kW.

RINNAI No estande da Rinnai foi possível conferir a linha Solar de coletores e reservatórios de alta e baixa pressão. O coletor solar Titanium Plus, por exemplo, possui oito aletas com revestimento seletivo, vidro temperado prismático, perfil estrutural em alumínio, isolamento térmico ecológico, fechamento do fundo e perfil trava em alumínio. Soldagem por ultrassom. Produção de energia: 81,6 kWh/mês.m2 – classificação A pelo Inmetro.

ENERRAY Fundada em 2007 pelo Grupo Industrial Maccaferri, a empresa italiana é especialista na elaboração técnica, construção e gestão de sistemas fotovoltaicos industriais de médio e grande porte. Atuando como EPC Engineering, Procurement and Construction (EPC) e Operations and Maintenance (O&M) Contractor, oferece soluções imediatas e ecologicamente compatíveis de sistemas fotovoltaicos em coberturas empresariais e corporativas, toldos, terrenos e viveiros, dimensionados de acordo com a necessidade dos clientes. 48 Revista da InstalaçÃO



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Eventos e Cursos Curso Curto-circuito, coordenação e seletividade Data/Local: 23 a 25/10 – São Paulo (SP) Informações: cursos@barreto.eng.br e www.barreto.eng.br

KNX – Curso básico Data/Local: 23 a 27/10 – Santo André (SP) Informações: atendimento@struxi.com.br e (11) 4433-6420

Fórum Aureside – Marketing, Vendas e Gestão Data/Local: 24 e 25/10 – São Paulo (SP) Informações: www.lojadaautomacao.com.br

2º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída (CBGD) Data/Local: 25 e 26/10 – Fortaleza (CE) Informações: www.cbgd.com.br

Fórum Potência – Maringá Data/Local: 26/10 – Maringá (PR) Informações: (11) 4225-5400 e www.forumpotencia.com.br

Fórum Potência – Ribeirão Preto Data/Local: 21/11 – Ribeirão Preto (SP) Informações: (11) 4225-5400 e www.forumpotencia.com.br

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