Potência HMNews - Edição 107 - outubro de 2014

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CADERNO

ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

EPIs Uso de equipamentos de proteção individual ajuda a evitar problemas com eletrostática

Outubro’2014

Transformadores de força e de medição Equipamentos a seco e com óleo vegetal conquistam espaço no mercado

ANO 11 – Nº 107 • Potência

A N O 11 N º 10 7

Elétrica, Iluminação, Automação, Sustentabilidade e Sistemas Prediais

Elétrica e automação predial Falta de comunicação entre os profissionais gera dificuldades no desenvolvimento de projetos e na execução das instalações. Trabalho mais próximo e integrado reduziria o desperdício de tempo e de dinheiro nas obras

Antonio Maschietto Jr fala sobre documento produzido pelo Procobre para alertar sociedade sobre a situação crítica das instalações elétricas no Brasil




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Um dos destaques do mês foi o post em homenagem ao Dia do Eletricista 4

POTÊNCIA

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Revista On-line - Edição 105

Até o dia 31/10/2014

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Em sua estreia na internet, a edição on-line da Revista Potência foi visualizada por quase 7 mil pessoas

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69.873 POTÊNCIA

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sumário

Foto: DollarPhotoClub

10 entrevista

Antonio Maschietto Jr fala sobre documento produzido pelo Procobre para alertar governo e sociedade sobre a perigosa situação das instalações elétricas no Brasil.

20 matéria de capa

Distância e falta de comunicação entre os profissionais de elétrica e de automação predial criam problemas e desperdício nas obras, e prejuízos para os usuários finais.

Outras seções 08 › ao leitor

14 › Holofote

56 › Painel de produtos

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60 › Radar WEG

62 › espaço abreme

78 › Radar Supergauss

40 Destaque

Abilux e Sindilux elaboram o Plano Nacional de Iluminação, que prevê ações para aumentar a competitividade das empresas do setor.

44 mercado

Avanço dos equipamentos a seco e com óleo vegetal agita setor de transformadores no Brasil.

66 caderno ex

Evento organizado pela Abendi marca o lançamento da certificação de competências pessoais em atmosferas explosivas no Brasil.

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potência

80 › Projeto conectar

84 › economia

88 › vitrine

92 › opinião

94 › agenda

96 › link direto

98 › Recado do Hilton

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E X P E D I E N T E ao leitor Fundadores: Elisabeth Lopes Bridi Habib S. Bridi (in memoriam)

Fórum de discussões

ano XI • nº 107 • Outubro 2014

Desde que foi lançada, há pouco mais de dez anos, a Revista Potência adotou uma linha editorial diferenciada no setor elétrico. Na ocasião, a opção foi dar um perfil mais de mercado às nossas reportagens e não um perfil técnico. Evidente que a parte técnica também é importante e aparece em nossas matérias. No entanto, temos outro tipo de enfoque. Essa abordagem fica bem clara em nossa matéria de capa, assinada pelo jornalista Paulo Martins. A reportagem trata de um problema recorrente que envolve os setores de elétrica e automação predial: a falta de comunicação e interação entre os profissionais das duas áreas, quando trabalham em uma mesma obra. Um detalhe importante é que o texto não se limita a registrar essa falta de aproximação. Ele vai além e, através dos entrevistados, que são profissionais e consultores que militam nas duas áreas em questão, aponta os entraves gerados por este distanciamento e os possíveis ganhos que ocorreriam no caso de uma maior interação. Ou seja, mais que informar, essa reportagem tenta alertar o mercado e as partes envolvidas que existem outros caminhos a trilhar, onde o trabalho conjunto eleva o nível de qualidade dos serviços prestados, com economia de tempo e dinheiro. Levar conteúdo de qualidade aos leitores e promover esse tipo de interação em todos os segmentos é um compromisso que nos diferencia no setor. Como já destaquei nesse espaço algumas vezes, a Revista Potência nasceu para dar voz ao mercado e ser um fórum de discussões em busca de melhorias constantes. Por isso, aproveite nossas páginas. Entre em contato e dê sugestões para novas reportagens. Estamos com as portas abertas para ajudar a construir um mercado mais dinâmico e forte. Boa leitura!

Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a indústrias, distribuidores, varejistas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharias, instaladores, integradores e demais profissionais que atuam nos segmentos de elétrica, iluminação, automação e sistemas prediais. Órgão oficial da Abreme - Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos. Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, Carlos Soares Peixinho, Daniel Tatini, Francisco Simon, José Jorge Felismino Parente, José Luiz Pantaleo, Marcos Sutiro, Nellifer Obradovic, Nemias de Souza Noia, Paulo Roberto de Campos, Roberto Said Payaro, Roberto Varoto, Nelson López, José Roberto Muratori e Juarez Guerra. Redação Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor-assistente: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231) Departamento Comercial Executivos de Vendas: Cecília Bari, Renato Andrioli e Joaquim Vitorino Contato Publicitário: Pietro Peres Atendimento e Relações Institucionais Décio Norberto Administrativo Maria Suelma Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC Impressão Garilli Gráfica Equipe Portal HMNews Diretor: Gustavo Tikao Redes Sociais: Ricardo Sturk Motion Design: Rafael Paes Design: Raissa Santana Contatos Geral Caixa Postal 75.002 - CEP 09521-970 contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 3436-6063 Redação redacao@hmnews.com.br Fone: +55 11 4746-1330 Comercial publicidade@hmnews.com.br F. +55 11 3436-6063

Marcos orsolon

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Foto: Ricardo Brito/HMNews

Fechamento Editorial: 07/11/2014 Circulação: 14/11/2014 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. Potência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço Abreme são de responsabilidade da Associação. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.


Onde o Brasil mostra sua força, a IPCE está presente

“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo” Peter Drucker

A IPCE acredita que o futuro é moldado segundo as ações que são criadas e postas em prática a cada dia. Por isto, há 48 anos, tem como foco constante, o aperfeiçoamento de sua linha de produtos e do perfil de relacionamento com clientes de diversos segmentos. Todos os dias, a equipe IPCE, cria diferenciais que proporcionam vantagens competitivas para os usuários de seus produtos, além de contribuir para a construção de um país mais forte, moderno e arrojado. Se o futuro é moldado segundo nossas ações, a IPCE tem orgulho de participar deste esforço coletivo que conta com o reconhecimento mundial: o Brasil, é o país do presente e o futuro, um universo de oportunidades.

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entrevista

Antonio Maschietto jr.

Alerta para a sociedade Procobre produz documento para alertar governantes e sociedade sobre a situação crítica das instalações elétricas no Brasil.

Entrevista a Paulo Martins

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Foto: Ricardo Brito/HMNews

O

levantamento estatístico das ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo expõe uma situação preocupante: problemas nas instalações elétricas já estão entre as principais causas de incêndios ocorridos no Estado. Sabe-se que o fenômeno também acontece em outras regiões, o que requer a realização de um amplo trabalho de conscientização e prevenção por todo o País. Uma nova contribuição nesse sentido acaba de tomar forma, com a recente publicação do dossiê “Panorama da situação das instalações elétri-


cas prediais no Brasil”. O documento foi elaborado pelo Procobre - Instituto Brasileiro do Cobre, instituição sem fins lucrativos patrocinada por empresas produtoras e transformadoras de cobre. A entidade tem como objetivos estimular o uso técnico e econômico desse metal, promovendo sua utilização correta e eficiente, e atuar como agente difusor de informações. O dossiê de 64 páginas pretende chamar atenção dos governantes e da sociedade em geral sobre a situação

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Qual a relação entre o trabalho do Procobre e as instalações elétricas? O instituto tem 18 anos e desde o início desenvolve projetos nas áreas em que o cobre é utilizado. No segmento elétrico, as instalações elétricas constituem o ambiente onde existe o maior volume de cobre presente. Mas percebemos que há uma divergência grande entre as especificações e o que é posto em prática no mercado. Em uma instalação elétrica, teoricamente existem 0,36 quilos de cobre por metro quadrado. Há lugares que usam 0,15, 0,20, até 0,30, quando a obra é boa. Isso indica que as pessoas não estão seguindo um projeto elétrico. Existe preocupação com a segurança da instalação elétrica principalmente porque ela não é um produto único, mas sim parte de vários subsistemas. Se usar um bom produto elétrico, mas com um projeto elétrico falho, o resultado não será bom. Se tiver excelentes projeto e produto, e a mão de obra não for adequada, como consequência o resultado também será ruim. É preciso trabalhar toda a cadeia para obter um resultado positivo. A partir do momento que te-

crítica das instalações elétricas no Brasil e estimular o debate. Além de expor o problema no País, o estudo apresenta a experiência de outras nações do mundo com o tema e apresenta uma série de propostas. O material contém ainda textos que revelam a visão que os porta-vozes de diversas entidades ligadas ao setor elétrico têm sobre a questão. Contribuíram com depoimentos representantes da Abinee, Abracopel, Abramat, Abrasip, Abrinstal, Anamaco, Certiel Brasil, Cobei,

Corpo de Bombeiros, Fiesp, USP, Qualifio, Sindicel, Sindinstalação e Sinaenco. Na opinião de Antonio Maschietto Jr., diretor-executivo do Procobre, falta no País algum tipo de regulamento que obrigue a fiscalização das condições das instalações elétricas. “Hoje tira-se o habite-se e ninguém está preocupado se a casa tem projeto elétrico ou não”, lamenta. Confira a seguir essa e outras questões abordadas na entrevista com Maschietto.

mos bons projetos, produtos e mão de obra, é preciso um mecanismo que assegure que esses três componentes estejam alinhados corretamente para uma finalidade, mas isso não existe no Brasil.

a casa tem projeto elétrico ou não. Fazer bem, de uma única vez, deveria ser a leitura correta. Os custos e o impacto para a sociedade seriam menores. Mas é preciso criar mecanismos regulatórios que forcem esse tipo de coisa. Esse aspecto regulatório poderia ser a certificação das instalações ou poderia ser uma inspeção periódica, no caso dos edifícios antigos. Têm casos interessantes na França e na Bélgica, envolvendo a comercialização de um imóvel, seja ele novo ou usado. A pessoa é obrigada a fazer um atestado mostrando se a instalação está correta ou não. Pesquisas indicam que 90% das pessoas que recebem esse atestado providenciam a regularização do imóvel, do ponto de vista elétrico. Fazendo uma

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Que tipo de mecanismo seria esse? Está faltando, talvez por parte de algum órgão de governo, comprar essa briga e criar uma lei ou regulamento que force uma melhor fiscalização. Por exemplo: para obter o habite-se da casa que construiu, o proprietário poderia ter que apresentar um documento que comprovasse que a instalação elétrica está correta. Isso não ocorre. Hoje tira-se o habite-se e ninguém está preocupado se

Falta, talvez por parte de algum órgão de governo, a criação de uma lei ou regulamento que force uma melhor fiscalização. potência

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entrevista

Antonio Maschietto jr.

O foco do documento é mostrar um panorama do Brasil e o que pode ser mudado. Inclusive, apresentamos sugestões de ações que poderiam trazer melhorias para as instalações elétricas. As soluções não são complexas, não é algo que ninguém inventou ainda, ou que não funciona. Existem exemplos de vários países. É preciso agarrar essa questão e falar: ‘isso é importante, temos a engenharia necessária, queremos reduzir o número de mortes e proporcionar melhor qualidade e segurança à população’. Alguém precisa encabeçar esse processo, e nós entendemos que tem que ser o governo.

Foto: Divulgação

4 analogia, as pessoas levam o carro que querem comprar ao mecânico para avaliar se está tudo certo. É o mesmo caso aqui: só iria acontecer em situação de compra e venda. Não iria pegar a população como um todo de uma vez, mas sim de forma escalonada. Existem várias formas de atacar essa questão. Precisa haver um grupo de trabalho que decida qual é a melhor. O importante é que haja algum mecanismo, porque hoje não existe nada.

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Que efeitos o senhor acredita que o estudo irá produzir no mercado brasileiro? Esse documento é um compêndio que reúne num único volume informações que propiciam aos governantes e a quem fazer a leitura uma visão macro do setor de instalação elétrica. A ideia é que ele crie um ambiente para que haja discussões que de alguma forma produzam melhorias, porque continua morrendo gente e havendo incêndios. 12

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Quão grave é a situação? Os moradores e frequentadores dos edifícios brasileiros estão correndo riscos? Existem dados extraoficiais que indicam que quase 600 pessoas morrem por ano devido a um produto chamado eletricidade. (N.R.: O entrevistado refere-se ao levantamento feito pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, que identificou a ocorrência de 592 mortes em 2013 devido a choque elétrico). Olhando

Dados extraoficiais indicam que quase 600 pessoas morrem por ano no Brasil devido a um produto chamado eletricidade.

desse ponto de vista, a situação é grave. Existe solução para isso. Nós temos engenharia nacional e normalização de sistemas que permitem ter um índice zero de morte.

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Em que ambiente o problema é maior? Podemos dividir o mercado em quatro segmentos. Tem o mercado das construções novas e o das construções antigas. Existe o mercado formal ou profissional, que envolve os escritórios de projeto, empresas instaladoras e construtoras. E tem o mercado que chamamos de autogerido, no qual o proprietário contrata um pedreiro ou empreiteiro e constrói a casa, mas sem uma estrutura por trás. No mercado formal sem dúvida houve evolução. Só que esse é o mercado menos representativo hoje no Brasil, em relação ao número de construções. O grande mercado é o informal, ou autogerido. E para esse mercado está tudo solto. Nós fizemos alguns levantamentos em construções novas autogeridas e 80% das casas não têm projeto elétrico. Assim fica difícil obter um resultado satisfatório.

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Como envolver nesse processo o cidadão comum, que sabidamente tem limitações financeiras e muitas vezes recorre aos serviços de um colega que faz trabalhos de eletricista, por exemplo? Hoje no Brasil a construção industrializada representa uma parcela muito pequena. Programas como Minha Casa Minha Vida e da CDHU de São Paulo são exemplos dessa construção profissionalizada. A construção industrializada tem que assumir esse mercado, e não deixar o cidadão comum, que não entende do assunto, construir sua casa. Isso acontece porque, no Brasil, o percentual de recursos para financiamento é muito pequeno, em relação a outros países. Esse é um problema de mercado que em al-


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Como estamos em relação aos países mais desenvolvidos? Existem estatísticas que mostram que certos países têm sistemas para controlar a situação das instalações elétricas, o que diminuiu o número de acidentes. Nos Estados Unidos, por exemplo, se você constrói uma casa, a companhia de seguros não oferece cobertura se não tiver inspeção. Existe uma cultura diferente em relação a isso. Não faz parte da nossa cultura essa preocupação. Há casos em que se coloca mármore de Carrara no edifício mas não há a preocupação de se verificar se o fio que está dentro da parede está instalado corretamente ou não.

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A quem o estudo será enviado? Nós listamos no documento uma série de projetos de lei sobre o tema que estão em andamento há dez, quinze anos, e alguns mais recentes. A ideia inicialmente é enviar para essas pessoas envolvidas, porque assim pode servir como fonte de inspiração.

Foto: Ricardo Brito/HMNews

gum momento vai se resolver, e assim a construção irá migrar da informalidade para a formalidade.

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Mas as ações do Procobre em torno desse assunto não acabam aqui, certo? Esse é um trabalho sem fim. Mas não somos só nós, do Procobre. Tem uma série de associações e entidades que também atuam nesse sentido. Entendemos que o documento é uma contribuição a mais para a sociedade e esperamos que essa iniciativa possa surtir algum efeito no mercado.

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notícias do setor

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Rodeio de Eletricistas A equipe da AES Eletropaulo conquistou duas medalhas de ouro na quinta edição do Rodeio Nacional de Eletricistas, realizado durante o XXI Sendi - Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica, no mês de novembro, em Santos (SP). A competição aconteceu na área externa do local e contou com mais de 200 profissionais na disputa. O grupo liderou a competição nas categorias Substituição de Isolador e Destreza com Bastão. As medalhas foram conquistadas por Alexandre Vinci, Rubens Alves, Rogério Fernando dos Anjos e Leandro dos Santos Silva. “Estamos muito orgulhosos do resultado do Rodeio. Nossas equipes mostraram que é possível prestar um serviço com qualidade e rapidez para nossos clientes, sem comprometer a segurança, que é o valor número um do grupo AES Brasil”, comemora Sidney Simonaggio, vice-presidente Comercial e de Operações da AES Eletropaulo. A AES Brasil contou com 15 eletricistas na competição, divididos entre duas equipes da AES Eletropaulo e uma da AES Sul. Em sua quinta edição, o Rodeio Nacional de eletricistas é uma competição que reúne eletricistas de diferentes concessionárias de energia elétrica do País. São nove tarefas de reparo em rede e substituição de equipamentos, nas quais os profissionais precisam seguir normas de segurança e executar os serviços com rapidez e habilidade.

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Participação ativa

Soluções de gestão

A AES Brasil também apresentou mais de 40 projetos durante o Sendi. Representantes das concessionárias do grupo, AES Eletropaulo e AES Sul, estiveram no evento para discutir assuntos nas áreas de operação, segurança do trabalho e sustentabilidade, entre outros. Um dos destaques da AES Eletropaulo foi a apresentação do projeto de Inspeção Termográfica Embarcada em Veículo, tecnologia que auxilia na manutenção preventiva da rede elétrica, garantindo mais segurança aos clientes e operadores da distribuidora. Na ocasião, a concessionária apresentou os resultados da nova tecnologia, implantada desde abril deste ano. Dentro do tema sustentabilidade e meio ambiente, a AES Eletropaulo discutiu a “Prevenção de acidentes com fauna em área urbana”. Com a expansão das cidades em direção às áreas remanescentes de vegetação, a distribuidora viu a necessidade de desenvolver projetos para diminuir o impacto sobre a fauna, como uma passarela aérea antiatropelamento para animais silvestres e o desenvolvimento de protetores de bucha de transformador que evitam que os animais levem choque. Já a AES Sul abordou projetos voltados para linhas de alta tensão, como os postes de fibra de vidro e as vantagens técnicas desse material. Sobre segurança do trabalho, a distribuidora falou sobre o aumento da percepção de risco através de um simulador de realidade virtual para redução dos acidentes de trabalho.

A ClickSoftware Technologies Ltda, especialista no fornecimento de soluções para a gestão automatizada e otimização da força de trabalho em campo, esteve no Sendi 2014 apresentando soluções e recursos desenvolvidos para ajudar as empresas do setor elétrico a enfrentar os desafios da ineficiência na organização de serviços, aumentando a produtividade da força de trabalho em campo, a qualidade do serviço e reduzindo os custos. A ClickSoftware vem desenvolvendo tecnologias para atender às necessidades do setor de energia e já é referência no fornecimento de soluções de gestão da força de trabalho em campo. Hoje, 75% das 100 maiores provedoras de serviços públicos líderes no mundo utilizam as soluções da companhia. Além disso, a ClickSoftware possui clientes do setor na América Latina e suas soluções já estão em fase de teste em algumas empresas brasileiras. Os clientes da ClickSoftware conseguiram um aumento de até 33% na produtividade com as soluções de gestão da força de trabalho em campo da empresa. Além disso, as soluções da companhia proporcionam uma redução de 30% no tempo de resposta ao cliente e 24% no tempo de deslocamento dos profissionais. Já em relação à produtividade da força de trabalho, é possível otimizar as visitas de manutenção em 50% e aumentar em 20% os trabalhos dos técnicos por semana. “O conjunto de soluções da ClickSoftware para o setor elétrico é completo o suficiente para lidar com todos os grandes desafios relacionados ao trabalho em campo que as empresas do setor enfrentam hoje, com a completa otimização da cadeia de serviços, enfatiza Udi Geismar, vice-presidente da ClickSoftware para a América Latina.

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Smart Grid Durante o Sendi, a Itron, especialista mundial em tecnologia e serviços, apresentou ao mercado brasileiro sua mais nova tecnologia global para Smart Grid. O OPENWAY RIVA™, lançado mundialmente em 3 de novembro, oferece funcionalidades de comunicações de rede confiáveis e de alta performance para que as distribuidoras possam administrar de maneira mais eficiente a sua rede energética. A partir da integração entre Itron Riva, que traz inteligência de ponta, com a plataforma OPENWAY, tecnologia de Smart Grid líder do mercado, a solução permite às distribuidoras a implementação de uma nova tecnologia de comunicação junto com novas capacidades de computação para medidores e outros dispositivos de rede. O OPENWAY RIVA auxilia as distribuidoras a reduzir o tempo de planejamento, design e implementação da rede, diminuindo a curva de custo da rede em sua área de campo, enquanto acelera o rendimento das aplicações de Smart Grid. Além disso, possibilita que a análise de dados e a tomada de decisão sejam feitas não apenas a partir do escritório de operação da distribuidora cliente, mas de qualquer ponto da rede. Esta funcionalidade permite a entrega de resultados em negócios pelas empresas que não poderia ser realizada simplesmente pelo fornecimento da análise de dados no escritório. Peça chave para essa oportunidade, a solução do OpenWay Riva da Itron entrega três funções principais de inteligência de ponta: consciência locacional automática dos dispositivos de ponta, suporte para comunicações múltiplas ou protocolos de aplicação entre os dispositivos e dentro deles, além de um poder de processamento inédito na ponta da rede de baixa-voltagem. Isso permitirá que as distribuidoras incluam diversos aplicativos de Smart Grid para a ponta, incluindo resposta à demanda e coordenação da geração distribuída a nível de sub-transformador, detecção de blecaute e análise aprimoradas, gestão da carga do transformador, garantia da receita e identificação de roubo.

Linhas de transmissão

Foto: DollarPhotoClub

A sustentabilidade e o impacto ao meio ambiente são duas das maiores questões quando tratamos de novas linhas de transmissão de energia. Construir tais estruturas reflete em derrubada de árvores, criação de acesso às torres para manutenções e desapropriações. Entretanto, já existem soluções que aproveitam as estruturas existentes e que conseguem dobrar a capacidade de transmissão.

Durante o XXI Sendi (Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica), que aconteceu entre os dias 8 e 13 de novembro, no Mendes Convention Center, em Santos/SP, a Nexans, especialista global na fabricação de cabos e sistemas de cabeamento, apresentou o case de instalação do cabo Lo-sag® na linha Jandira-Cotia, na Grande São Paulo, que dobrou a capacidade de transmissão sem a necessidade da criação de uma nova estrutura, beneficiando cerca de 300 mil pessoas, entre moradores e empresas. “O Lo-sag® é um cabo termo resistente com alma de fibra de carbono, que além de aumentar a capacidade de transmissão, é mais leve e possui maior resistência mecânica”, explica Sidnei Ueda, gerente de engenharia e aplicações da Nexans no Brasil. A resistência mecânica é outra vantagem deste cabo, pois permite que as torres fiquem mais espaçadas, por suportar ficar mais esticado, diminuindo a influência do vento e da distância do solo. Além do case, a empresa também expôs produtos com alumínio termo resistente, que aumentam a capacidade de transmissão. “São soluções que contribuem com a sociedade, principal objetivo da Nexans em todo o mundo”, afirma o executivo.

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notícias do setor

Certificação em transformadores A ABB, especialista em tecnologias de energia e automação, realizou ensaios no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e no Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) para certificação em transformadores de distribuição, a seco e a óleo, produzidos na unidade de Blumenau (SC). Essa conduta reforça a qualificação técnica da unidade para oferecer ao cliente produtos que atendam aos mais rigorosos parâmetros de qualidade, durabilidade e eficiência. Para cada tipo de produto foi realizada uma análise. No caso dos transformadores a seco, a certificação foi necessária para a comprovação de Grau de Proteção IP54, a fim de atestar sua capacidade para instalação em áreas com condições climáticas extremas e alto índice de contaminação ambiental por particulados sólidos. Nos transformadores a óleo foram realizados os ensaios de curto-circuito, que simulam circunstâncias severas de funcionamento, a fim de comprovar a capacidade de suportar os esforços gerados nessa condição. Foram testadas duas unidades distintas: uma aplicada em distribuição subterrânea em grandes centros urbanos, e outra em subestações de energia.

Ferramentas de auxílio A Panduit disponibiliza ferramentas que auxiliam profissionais da área de tecnologia da informação e automação industrial a criar, de forma fácil e eficiente, projetos de infraestrutura detalhados, economizando tempo e dinheiro. As ferramentas de desenho que estão disponíveis gratuitamente no website da companhia para auxiliar clientes e parceiros são instrumentos complementares para os softwares Visio, AutoCAD, Revit, ProposalWorks e Integrated Architecture Builder da Rockwell Automation. Também estão disponíveis para download projetosmodelo com as configurações mais comuns utilizadas em automação industrial e calculadoras que auxiliam os profissionais a parametrizar a melhor algumas soluções. De acordo com Maria Cecilia Miquel, gerente de Marketing da Panduit do Brasil, a companhia oferece essas ferramentas para apoiar o desenvolvimento de projetos com maior eficiência, detalhamento e customização.

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Empresa sustentável O compromisso da Siemens com a sustentabilidade recebeu, mais uma vez, o reconhecimento público. Na sequência da sua classificação como a empresa mais sustentável no setor industrial pelo Dow Jones Sustainability Index (DJSI) deste ano, a companhia também obteve excelentes resultados do Carbon Disclosure Project (CDP), organização internacional que coleta e divulga dados sobre políticas de mudanças climáticas. Pela transparência de seus relatórios sobre as oportunidades e os riscos da alteração climática, a Siemens recebeu 99 dos 100 pontos possíveis no Índice Carbon Disclosure Leadership. Além disso, os esforços da Siemens para alcançar a eficiência energética e reduzir as emissões de CO2 permitiu à empresa alcançar a faixa A, a mais alta em performance. Como resultado, a empresa também foi incluída no Índice de Carbon Performance Leadership. Esta é a melhor classificação da Siemens até hoje. “Esta é a segunda classificação de destaque que a nossa gestão da sustentabilidade alcançou este ano, e não há dúvida de que todos na Siemens contribuíram para este sucesso. Assim como nós ajudamos nossos clientes a aumentar a sua eficiência energética com as tecnologias da Siemens, também buscamos constantemente fazer o mesmo em nossas próprias instalações. A energia e eficiência dos recursos andam de mãos dadas com a redução dos níveis de carbono, o que nos motiva ainda mais para continuar os nossos esforços nesta área”, comentou Roland Busch, que é membro do Conselho de Administração da Siemens AG e tem uma responsabilidade especial para com a sustentabilidade.

Foto: DollarPhotoClub

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Em busca de líderes A Steck, referência nacional no desenvolvimento e produção de materiais elétricos, vem investindo no aprimoramento de liderança dos gestores da indústria. O programa que recebe o nome de “Desenvolvimento de Líderes” é destinado aos funcionários da empresa, que possuem equipe em sua hierarquia, desde os líderes de fábricas até os diretores. O autoconhecimento para uma gestão eficaz é o principal objetivo do treinamento oferecido pela empresa. De acordo com a gerente de Recursos Humanos, Carla Pedrosa, essa compreensão é uma reflexão de como os funcionários são na posição de líder e como gostariam de ser. “Através deste exercício, temos a oportunidade de desenvolver pessoas através do compartilhamento dos nossos pontos fortes e aprender como evoluir em nossos desafios”, explica. Para a elaboração do curso, a Steck junto ao INDEPE – Instituto de Desenvolvimento da Pessoa, iniciou com a identificação dos perfis comportamentais de cada uma das lideranças, através do teste PPO–Perfil Profissional Online. A facilitadora e consultora Silvia Nascimento, em devolutiva PPO para as lideranças, destacou os pontos fortes e as áreas com potencial de cada um, promovendo o autoconhecimento, a autoestima

e a conscientização individual sobre a importância do seu autodesenvolvimento, com destaque para a inteligência emocional, principal ponto a ser trabalhado no treinamento. Desta forma, os líderes irão aprender como não deixar que o estresse ou situações inesperadas atrapalhem o dia a dia. O treinamento de inteligência emocional ocorrerá dentro da Steck, com exercícios realizados por Solange Boim Colomina e pela Extra Consult - Consultoria e Gestão em Recursos Humanos especializada em Desenvolvimento de Liderança. Serão abordados os temas: Liderança, Feedback e Inteligência Emocional. A empresa já teve retornos positivos com os treinamentos. É o caso de Fábio Brito, coordenador de logística que passou a ser gerente de planejamento logístico depois de participar do Desenvolvimento de Líderes. “A Steck viu o potencial que ele tinha e resolveu investir. Com isso ele teve a oportunidade de assumir a liderança que engloba não só a área logística, mas também as áreas de compras, comércio exterior, expedição e transportes”, finaliza Carla Pedrosa. A Steck acredita em novos cases de sucesso de lideranças e é por isso que a empresa continua apostando em cursos que beneficiam profissionalmente seus funcionários.

São Luiz do Paraitinga (SP) é a primeira cidade a ser beneficiada pelo Projeto Cidade Inteligente, idealizado pela Elektro com o intuito de mobilizar toda a comunidade do município para uma mudança comportamental e cultural, de modo que se tenha uma cidade rica em tecnologias de informação e comunicação. A iniciativa engloba ações na área de iluminação, com a adoção de tecnologias que gerem economia no consumo de energia elétrica e redução do impacto ambiental. Para melhorar a qualidade da iluminação e reduzir o consumo de energia em até 50% serão instalados 120 pontos com Luminárias Extreme LED SQUARE Modular da Lâmpadas Golden para iluminação pública. A

empresa também será responsável pela instalação dos equipamentos, que contarão com sistema de gerenciamento remoto controlado através de rádio frequência, capaz de monitorar os ativos de IP em tempo real. O sistema de telegestão, da Celena, utiliza software de protocolo aberto, cujas funcionalidades incluem controle da intensidade luminosa e da vida útil das lâmpadas, dimerização das mesmas e contagem de tráfego. Por se tratar de uma cidade tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), as lâmpadas com tecnologia LED terão a temperatura de cor amarelada para ficarem mais próximas da iluminação que um dia foi realizada pela luz do lampião,

conservando o ar saudosista. O plano também prevê a instalação de painéis solares para geração de energia em prédios públicos e 6 mil medidores inteligentes em todo o município, que permitirão aos clientes acompanhar o consumo via internet. Ainda serão disponibilizados à população veículos elétricos, sete bicicletas elétricas e um ônibus, o Elektrobus, que é abastecido por super capacitor.

Fotos: Divulgação

Cidade Inteligente

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matéria de capa

Elétrica e automação predial

Reportagem: Paulo Martins

Falta de comunicação entre os profissionais das áreas de elétrica e de automação na execução de seus

Foto: DollarPhotoClub

respectivos trabalhos pode gerar dificuldades na hora da instalação e desperdício de tempo e de dinheiro. 20

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irculando pelas grandes, médias e até pequenas cidades brasileiras, é natural imaginar que a área da construção civil vai muito bem, tamanha é a quantidade de obras em andamento. Mas não é apenas impressão. Apesar dos problemas que comprometem um desenvolvimento ainda maior, a pujança desse setor é comprovada pelas estatísticas. De acordo com o último levantamento do gênero feito pelo IBGE, o investimento das construtoras em incorporações, obras e serviços chegou a R$ 336 bilhões, em 2012.

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Elétrica e automação predial

Para atender à demanda do crescimento populacional, novos empreendimentos imobiliários pipocam a cada dia. Mas não basta mais construir por construir. Nos últimos anos, tem aumentado o nível de exigência dos compradores de imóveis, que passaram a valorizar ainda mais os benefícios como conforto, praticidade e segurança. Outra tendência é a busca pela sustentabilidade, tanto na fase de construção quanto durante o uso dos imóveis. De carona nessa onda verde que se propaga, o morador foi promovido de espectador a protagonista. Agora, ele pode gerar sua própria energia, gerenciar o consumo de eletricidade e assim contribuir para o melhor aproveitamento dos recursos naturais. Tudo isso se deve a dois fatores fundamentais: o aumento do poder aquisitivo no País e a evolução da tecnologia, que permitem o acesso de uma parcela cada vez maior da população a novos produtos e serviços antes inalcançáveis ou inimagináveis.

Com um simples toque em um painel, tablet, smart phone ou controle remoto, é possível ativar recursos de iluminação e programar eletrônicos e eletrodomésticos em qualquer ambiente da casa. A interface que possibilita tudo isso é a automação, a especialidade que contribui para deixar nossos lares cada vez mais funcionais e inteligentes. Um detalhe nesse contexto é que a democratização da tecnologia é uma tendência que ganha força. Assim, além das construções de alto padrão, determinados recursos de automação passaram a frequentar também os lares da classe média. Observo ao leitor que a revista não pretende dar seguimento aqui a qualquer tipo de análise sociológica ou econômica do quadro descrito. Esta introdução visa apenas posicioná-lo sobre o potencial de crescimento de um recurso cada vez mais presente em nosso dia a dia - a automação residencial e predial. Na sequência sim, ficará claro o propósito da reportagem: alertar

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O desenvolvimento de um projeto executivo de instalações, tanto no âmbito da elétrica, quanto da automação, é por si só um trabalho complexo. José Roberto Muratori | Aureside

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Produzir e adquirir novas tecnologias é muito importante, mas é preciso aprender a integrá-las ao mundo real e às condições que dispomos hoje. tem chamado a atenção de vários especialistas do setor eletroeletrônico. Trata-se da falta de comunicação entre os profissionais das áreas de elétrica e de automação na execução de seus respectivos trabalhos, em um mesmo empreendimento. Eis o roteiro da encrenca: imagine uma casa ou apartamento qualquer, em fase adiantada de construção. A turma da elétrica faz seu projeto e instala os dispositivos padrões - quadros, caixinhas, fios, etc. Passado algum tempo, chega o pessoal da auto-

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para a necessidade de se investir na infraestrutura e na qualificação para que o País consiga acompanhar melhor o ritmo da revolução que se desenha. Afinal, tão importante quanto produzir e adquirir novas e futurísticas tecnologias, é preciso aprender a integrá-las ao mundo real e às condições que dispomos hoje, de forma que os benefícios se complementem e multipliquem. Dito tudo isso, é o momento de avançarmos para a questão central da matéria - um problema comum que

mação - que normalmente é um dos últimos a entrar numa obra -, e faz sua parte. Detalhe: em nenhum momento eles se falaram. Mas, para que o morador possa usufruir na integralidade aquilo que se espera dos sistemas, e dentro da previsão de custos traçada, é preciso que haja total integração entre as áreas, pois elas dependem uma da outra. Invariavelmente, esse desencontro tem como resultado o retrabalho, desperdício de tempo, dor de cabeça para o proprietário e prejuízo para as empresas envolvidas. Curiosamente, não existe uma rivalidade declarada entre os times de elétrica e de automação. Portanto, não é proposital quando um não deixa espaço (físico, mesmo) para o outro entrar. A lição principal a ser aprendida é que, apesar de todo o avanço tecnológico registrado nos últimos anos, nada substitui a boa e velha conversa.

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Integração

De acordo com José Roberto Muratori, diretor-executivo da Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial), o fato do próprio contratante não ter o escopo de trabalho bem definido tende a originar o problema. Assim, quando os projetos são iniciados, alguns serviços podem ser contratados em épocas diferentes. “Sem a compatibilização de escopos, podemos ter redundâncias e sobreposições, ou, o que seria ainda pior, lacunas importantes no tratamento dos sistemas, prejudicando sensivelmente a futura integração”, aponta.

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Alguns serviços podem ser contratados em momentos diferentes da obra, daí a necessidade de se trabalhar o projeto pensando na elétrica e na automação.


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Elétrica e automação predial

O especialista conta que já sentiu o problema na pele na empresa que dirige, a Marbie Systems: “Atuamos na área de projetos de automação e é muito comum encontrar tanto incompatibilidade entre o escopo nosso e dos projetistas de instalações elétricas quanto a falta de clareza de quem contrata, com relação aos resultados esperados para o empreendimento em questão”. Conforme contextualiza o professor e consultor Hilton Moreno, o problema se confunde com os próprios

desdobramentos do mercado. Vale fazer aqui o seguinte posicionamento: as instalações elétricas, como conhecemos hoje, existem há muitas décadas. Já a automação residencial é bem mais recente, atingindo maior difusão nos últimos vinte anos. No começo, os recursos da automação eram limitados. Abrir e fechar uma cortina, por exemplo, era um grande feito, mas não exigia muito do sistema elétrico. Com o passar do tempo o sistema evoluiu e agregou outras funções. Teve também a fase

de prover status e luxo, mas hoje a automação se tornou inclusive um eficiente instrumento para promover a eficiência energética, evidenciando cada vez mais a ligação com a área elétrica. “Ao longo dos últimos anos aumentou a quantidade de tipos de automação, de produtos e de fornecedores. A partir do momento em que tudo se multiplica muito, começa a haver problema na obra, quando não se faz a previsão da infraestrutura elétrica no início”, explica Hilton, também diretor da Revista Potência.

Transtorno para o morador, prejuízo para as empresas Para quem está se perguntando o que, afinal, pode dar tão errado assim, os especialistas têm as respostas na ponta da língua. Conforme explica David Jugend, diretor geral da Jugend Engenharia, escritório de São Paulo (SP), os projetos de automação predial implicam na interface entre as duas disciplinas de modo que as funções de automação especificadas possam atuar nos sistemas e quadros elétricos, e

assim cumprir adequadamente o que se espera da instalação como um todo. Segundo ele, entrar bem depois na obra gera um transtorno enorme para os projetistas de automação, porque as soluções dos outros projetos já estarão praticamente prontas. Assim, conseguir que as mesmas mudem torna-se um processo trabalhoso e des-

gastante. “Infraestrutura é consequência, e não causa. Ou seja, depende dos conceitos iniciais adotados no projeto. Não pode ser feita de qualquer jeito, sem critérios firmes com relação aos sistemas eletrônicos a serem implantados”, alerta Jugend. Quando isto acontece, a bomba estoura na mão do projetista de auto-

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Comunicação

A troca de informações entre os profissionais pode, inclusive, elevar o nível de qualidade das instalações de elétrica e automação predial. 26

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Hilton Moreno também fala sobre os riscos de adaptar tardiamente um imóvel: “Quando está no fim da obra alguém lembra da automação, e aí fica complicado introduzir essa tecnologia por questões de layout e de falta de eletrodutos e de canaletas. Pode até faltar espaço para instalar uma segunda infraestrutura”. Detalhando um pouco mais a questão, David Jugend explica que a interface entre as duas disciplinas se traduz, do ponto de vista elétrico, em sua forma mais simples: em borneiras que espelham os pontos de automação liberados pelo sistema. Por exemplo: se vai ser comandado um circuito de luz, na atuação vamos ter um ponto de comando para ligá-lo e um ponto de supervisão para saber se o circuito efetivamente ligou. “Do lado do projeto elétrico, isto implica em gerar, além dos diagramas unifilares dos vários quadros, como iluminação e bombas, os diagramas de comando que permitam que a parte elétrica do sistema responda adequadamente à de automação e que o conjunto fun-

A automação é lembrada apenas no final da obra, o que dificulta a introdução dessa tecnologia por questões de layout e de falta de estrutura. Hilton Moreno | HMNEWS EDITORA Foto: Ricardo Brito/HMNews

mação que entra depois no processo e é obrigado a tentar ajustar a infraestrutura, o que muitas vezes é impossível. “E, se não houver um projetista eletrônico no processo, quem sofre é o instalador, que vai ter que rever tudo com o prédio já quase pronto e a infraestrutura já instalada”, completa Jugend. Ítalo Batista, diretor-proprietário da Proerg Engenharia e Projetos, de Belo Horizonte (MG), confirma que a ausência de sintonia pode gerar falta de previsão de infraestrutura e retrabalhos futuros. “E, normalmente esse profissional de automação não é especializado em projetos, mas sim em execução e instalação, o que dificulta ainda mais o processo”, lamenta. Batista diz que além de desgastar o relacionamento com o cliente, a falta de integração pode exigir intervenções na obra para que as condições necessárias à instalação da automação sejam atendidas. “Isso leva a um maior custo do sistema e nem sempre é possível executar a melhor solução técnica”, destaca.

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cione como tem que ser”, diz. Diagramas de comando são um dos problemas deste relacionamento, pois ainda existem empresas que não têm a cultura de elaborá-los e de deixar as borneiras compatíveis conforme descrito em seus quadros. “Aí, automatizar uma planta predial ou mesmo industrial se torna uma tarefa mais árdua”, expõe Jugend. Conforme relatado pelos entrevistados, é comum no Brasil o responsável pela construção da edificação contratar o profissional de automação depois que o projeto elétrico foi concluído. Mas a partir de que momento seria ideal que houvesse a ‘conversa’ entre os setores de automação e elétrica e que vantagens isso propicia? Na opinião dos especialistas consultados nesta matéria, o mais adequado é que a contratação do sistema de automação ocorra logo na concepção do edifício, juntamente com os demais projetos, como elétrica, hidráu-

No Brasil, é comum o responsável pela construção da edificação contratar o profissional de automação apenas depois que o projeto elétrico foi concluído. lica e ar-condicionado. “Sem dúvida, o melhor momento seria aquele da concepção do projeto de arquitetura, que é onde tudo começa. Ou seja, os projetos deveriam ser contratados no momento inicial”, reforça Ítalo Batista. Entre os benefícios possíveis, ele cita que a solução técnica será a mais adequada à edificação e mais barata, se feita já a partir da concepção dos projetos. “Além disso, não acarretará retrabalho e intervenções no andamento da obra”, menciona. David Jugend concorda: “Começando todos juntos, o relacionamen-

to entre os projetos é estabelecido no início, tornando muito mais fácil a compatibilização dos mesmos, tanto na parte física de infraestrutura e locação de equipamentos como na parte lógica, viabilizando com tempo as interfaces adequadas”. José Roberto Muratori observa que o desenvolvimento de um projeto executivo de instalações, tanto no âmbito da elétrica quanto da automação, é por si só um trabalho complexo e até exaustivo. Por isso é altamente recomendável esgotar todas as dúvidas e questionamentos na fase inicial dos

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Elétrica e automação predial

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projetos, evitando futuros desgastes que geram atrasos e possíveis problemas na obra. “Se a compatibilização de escopos e de objetivos for feita inicialmente e de forma consistente, o trabalho posterior de detalhamento do projeto será muito amenizado e mais ágil”, acredita. Para Hilton Moreno, os benefícios da integração no tempo certo é extensivo aos três lados: pessoal da elétrica, turma da automação e, principalmente, para o cliente. Na sua opinião, o contratante é beneficiado nos aspectos econômico e de resultados. “Quando se trabalha junto no projeto integrado, o resultado vai ser o custo da instalação menor e a melhor solução possível”. O consultor destaca que o fato de iniciar junto o trabalho pode permitir em muitos casos o compartilhamento da infraestrutura - o que seria muito

difícil, com as etapas sendo feitas em momentos distintos. “A princípio, não pode colocar no mesmo eletroduto um cabo de sinal, que seria de automação, junto com um cabo de elétrica. Mas pode, por exemplo, colocar o cabo de energia em uma divisão interna

de uma canaleta e na outra divisão o cabo de automação. Pode fazer isso também em uma eletrocalha ou perfilado. Quando faz com planejamento, dentro do que a norma NBR 5410 permite, consegue-se até compartilhar a infraestrutura”, informa Hilton.

Mercado cobra melhor qualificação profissional e normalização Apesar de ainda persistir, o problema gerado pela precária comunicação existente entre elétrica e automação já foi pior no passado. O próprio crescimento da aplicação da automação

A ausência de sintonia entre os profissionais pode gerar falta de previsão de infraestrutura e retrabalhos futuros. Ítalo Batista | Proerg

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tem ampliado essa cultura no País e forçado uma maior integração entre os profissionais das mais diversas áreas. Outro fato que pode contribuir para minimizar esse impasse é o advento da tecnologia sem fio. Graças a ela, a automação depende cada vez menos da estrutura física de elétrica. Entretanto, segundo a opinião de alguns especialistas, esse sistema ainda não consegue atender todas as demandas. Conforme aponta Hilton Moreno,


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a tecnologia sem fio de fato tem ajudado a reduzir os conflitos, mas ele observa que dificilmente será possível manter um sistema como esse em 100% de áreas muito grandes. Além disso, equipamentos como dimmers, modens, painéis de comando e sensores ainda dependem de alimentação elétrica. “Sem fio minimiza o problema, mas a elétrica sempre vai ter que deixar prevista alguma coisa para a automação”, resume. Para Ítalo Batista, da Proerg, a tecnologia sem fio contribui em parte nessa história. “O wireless resolve o problema para aplicações que não demandam banda larga, ou seja, maior velocidade. Usuário

A aproximação entre os profissionais permite ao cliente economizar dinheiro e receber uma instalação de melhor qualidade.

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Hoje, com a demanda de aplicações de vídeo via internet, a necessidade de banda larga é um fato. Com isso é necessário o uso de cabos tecnologicamente adequados”, destaca. David Jugend entende que a tecnologia wireless destina-se a aplicações limitadas, pois teria alcance restrito e estaria sujeita a interferências, o que é um problema, quando se busca a segurança dos sistemas. “A rede sem fio é uma extensão da rede com fio, que é o cabeamento estruturado que tem que ser implementado. Em situações muito específicas, são utilizados alguns elementos wireless em automação e seguAvanço

O número de usuários de automação predial tem crescido no Brasil, fato que exige melhor preparo dos profissionais.

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rança. O restante é todo cabeado, seja na forma de rede de dados, seja com cabos específicos, dependendo da necessidade, do produto envolvido e da aplicação”, analisa. Jean Pascal Nathan De Simone, diretor da Flex Automation, fabricante brasileira de produtos e soluções para automação, destaca que a tecnologia sem fio “minimiza qualquer dor de cabeça”, mas reconhece que persiste alguma dependência do meio elétrico. “Eu ainda tenho que ligar o aparelho. Sem fio é apenas o comando. Ou seja, não preciso dos cabos de comando, mas continuo tendo que usar os cabos de alimentação”, sintetiza. Segundo Jean, que é representante na América Latina da Z-Wave Alliance, organização de fomento do protocolo de automação residencial Z-Wave, quando



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Elétrica e automação predial

como conduítes, cobre, caixas de passagem e quadros, além de mão de obra, quando comparada com a automação cabeada. Comparações de tecnologia à parte, existem outros instrumentos que, na opinião dos entrevistados, podem contribuir para solucionar os problemas mencionados. Um deles é a melhor qualificação nas escolas que formam técnicos, tecnólogos e engenheiros, que são os profissionais que normalmente vão lidar com os dois assuntos - elétrica e automação. Para Hilton Moreno, os profissionais que desempenham suas funções nas áreas de projeto e instalação deveriam ter na sua formação aulas das duas disciplinas integradas. “Não é que o mesmo profissional precisa conhecer muito dos dois assuntos. Ele precisa saber que existem os dois lados”, diz. Entretanto, o especialista constata que esses temas ainda têm pouca ênfase nos atuais currículos escolares. “Instalação elétrica é um assunto meio que marginal nos cursos técnicos, tecnológicos e de engenharia elétrica. A automação, então, está numa posição mais secundária ainda”, critica. Hilton cita uma situação na qual a informação e o conhecimento poderiam fazer muita diferença: é bastante comum que o proprietário de um imóvel em construção sequer cogite, num primeiro momento, colocar automação no ambiente. Mas, na opinião de Hilton, hoje é praticamente inconcebível elabo-

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se aplica a tecnologia sem fio num projeto, as intervenções eventualmente necessárias nas instalações elétricas são mínimas. Ele cita um caso em que a empresa responsável pelo projeto elétrico esqueceu de preparar a estrutura para automatizar a persiana da sala de todos os apartamentos de um edifício. “Conseguimos resolver o problema principalmente devido à tecnologia sem fio”, comenta. Jean diz que o sistema sem fio é aplicável inclusive em um espaço que não foi preparado para receber automação, como é o caso das construções mais antigas: “Mesmo nos casos de retrofit, o fato de ser sem fio minimiza demais o nível de intervenções que tem que fazer. Dependendo do nível de recursos que a pessoa quer, a automação com fio se torna inviável no retrofit”. O especialista explica ainda que a tecnologia wireless permite uma redução de pelo menos 20% em materiais

Na formação dos profissionais, o direcionamento para a interface entre as disciplinas de elétrica e automação seria importante em ambos os cursos. David Jugend | Jugend Engenharia

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O projetista de elétrica deveria tomar algumas providências básicas no projeto, para que o dia em que o morador quisesse fazer automação, não precisasse quebrar o prédio. rar um projeto que não preveja nenhum recursos de automação: “O projetista de elétrica deveria tomar algumas providências básicas no projeto, para que o dia que o morador quisesse fazer automação, não precisasse quebrar o prédio. Só que falta conhecimento para o pessoal da elétrica, no sentido de deixar o mínimo necessário para algum dia lá na frente entrar a automação”. Aproveitando a deixa, Hilton volta a mencionar que a simples comunicação também poderia ajudar em casos como esse. “Se o profissional de elétrica entendesse mais de automação, se o profissional de automação entendesse mais de elétrica, ou se cada um só entendesse da sua área, mas eles se falassem durante o projeto, tudo isso seria facilmente resolvido”, finaliza. David Jugeng confirma que quando estudou não havia disciplina de elétrica nos cursos de eletrônica e acredita que o direcionamento para interface entre as disciplinas de

Evolução

Os prédios mais novos e modernos têm colaborado para o avanço da automação no Brasil.

elétrica e automação seria importante em ambos os cursos. De acordo com ele, a Jugend Engenharia está atenta a essa integração o tempo todo e procura qualificar seus colaboradores. “Somente terminamos o projeto de automação das disciplinas de elétrica, hidráulica e de ar-condicionado quando temos em mãos as versões finais desses projetos. Aí elaboramos listas de pontos detalhadas para cada quadro, equipamento e sistemas, como medição, bombas, iluminação, etc. Para isto, todos os projetistas são exaustivamente treinados para ler os projetos elétrico, hidráulico e de ar-condicionado e extrair as informações necessárias para gerar a interface adequada entre estes projetos e aqueles dos sistemas eletrônicos descritos”, relata. Ítalo Batista também aposta na qualificação mais completa para que o mercado evolua. “A Abrasip-MG, que é a associação da qual participamos e somos sócios-fundadores, promove sistematicamente treinamentos com profissionais reconhecidos da área e fornecedores de materiais e equipamentos destinados a esse fim. A Proerg, além de participar desses programas, promopotência

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Elétrica e automação predial

Pelo menos para Jean De Simone, diretor da Flex Automation, a falta de integração entre as equipes de elétrica e automação não chega a ser um grande estorvo. Isto se deve não só ao fato da empresa ter um portfólio baseado nas soluções wireless, mas principalmente ao sistema de trabalho adotado pela companhia. “Executamos serviços em muitos prédios, que são entregues totalmente automatizados. E temos índice zero de problemas”, orgulha-se o especialista. O diferencial da empresa é perceptível já no momento do contrato com os responsáveis pela obra. O primeiro passo é fechar um pacote completo com a construtora, incluindo o fornecimento, a instalação e a programação das soluções. “A contrapartida da construtora é deixar a infraestrutura elétrica adequada para aquele projeto”, revela Jean. Ele explica que uma das primeiras etapas a serem executadas é a compatibilização entre os projetos elétrico e de automação. Um ponto que ajuda bastante é o bom relacionamento existente entre os profissionais dessas áreas: “No momento em que a construtora fecha com a gente, ela já nos informa qual empresa é responsável pelo projeto elétrico daquela obra. Normalmente são as maiores do mercado, então a gente já conhece todas elas, que também já nos conhecem e sabem como funciona a automação Z-Wave”. Na sequência um projetista da Flex se reúne com a empresa responsável pelo projeto de elétrica. As partes se entendem sobre os recursos de automação que terá o empreendimento e definem a infraestrutura elétrica que será necessária. A obra tem início e, no momento em que a construtora começa a rasgar a parede para passar dispositivos como conduítes e caixas, a Flex faz uma vistoria in loco

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Vistorias prévias evitam surpresas desagradáveis na obra - normalmente existe um apartamento modelo - para checar se o combinado está sendo seguido. As torres vão subindo normalmente e, na hora de entrar com os recursos de automação, a Flex faz outra vistoria em cada unidade. Todo esse trabalho evita deslocamentos em vão da equipe e dos equipamentos a uma obra que eventualmente não esteja com a infraestrutura elétrica toda preparada. “Quando a construtora começa a entregar os apartamentos, eles sinalizam para a gente. Fazemos a vistoria e já alertamos para que eles voltem em caso de problema. Não deixo meu funcionário perdendo tempo lá”, observa Jean. Apesar de toda precaução, Jean conta que já se deparou com barreiras para fazer o trabalho de automação. Foi feito o devido o check-list, mas o pessoal da elétrica ‘comeu bola’ em determinado momento. Quando o problema é grave, a solução é acionar os responsáveis. Mas, em casos mais simples, a própria Flex já providenciou o ‘conserto’ da situação. “Uma vez faltou um cabinho, que estava em contrato. Eu não puxo fio. Por isso faz parte do projeto. Mas chegamos na obra e não havia o cabo para interligar um determinado dispositivo. Naquele momento a gente julgou que era menos complicado ir na loja e comprar um rolo de cabo. Nós mesmos passamos o fio e ficou por isso mesmo”, conta Jean. Existe ainda outra característica que diferencia o trabalho da Flex. Segundo Jean, a empresa foi a primeira a vender soluções de automação diretamente para as construtoras - até então, sempre haviam intermediários nesse processo. “Nós quebramos esse paradigma. Chegamos mais próximos da construtora e acho que por isso não erramos, ou erramos pouco: porque estamos muito perto deles”, acredita.


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Casas

ve regularmente treinamentos internos para seus colaboradores”, garante. José Roberto Muratori confirma que ainda não existe formação acadêmica na área de automação predial ou residencial. O País tem apenas cursos isolados e de fabricantes que tentam suprir esse lapso. Desta forma, o espaço tem sido ocupado por profissionais oriundos tanto da elétrica quanto de áreas correlatas. Dando sua parcela de contribuição para o mercado, a Aureside mantém um programa de capacitação e atualização para profissionais

Compatibilização entre os projetos elétrico e de automação deve ser uma das primeiras etapas a serem executadas em uma obra. Jean Pascal Nathan De Simone | Flex Automation

Construções residenciais também exigem atenção dos profissionais envolvidos.

de automação. Inclusive, existem cursos que dão ênfase à parte elétrica e à formação de especialistas com visão de integração. Segundo os entrevistados ouvidos nesta matéria, existem outras medidas importantes que poderiam ser tomadas pelo mercado. Uma delas envolve o contato mais próximo entre as associações que representam as áreas e os profissionais envolvidos no tema. Também é importante haver maior divulgação para conscientizar o consumidor, ou seja, os proprietários de imóveis, a respeito das novas tecnologias que surgem e as possibilidades que elas proporcionam. Segundo Muratori, seria importante que os contratantes também potência

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Elétrica e automação predial

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Avanços na normalização técnica seriam muito importantes para ajudar a promover a integração entre as áreas de elétrica e automação predial. 38

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Agilidade

fizessem a sua parte, desenvolvendo memoriais e cadernos de especificações desejáveis para orientar minimamente os projetistas: “Normalmente encontramos esses cadernos repletos de recomendações normativas, mas é obrigação do projetista ter conhecimento prévio disso. O que estamos falando aqui é de um caderno de atributos e características desejáveis que o incorporador ou proprietário da futura edificação tenha consolidado e ofereça como um ‘guia’ para orientar os projetistas. Logicamente sempre haverá espaço para incorporar novas ideias a cada projeto, mas uma boa parte do que se deseja já está decidido pelo incorporador, embora poucas vezes esteja explícito como deveria”. Claro que não se pode exigir qualquer tipo de conhecimento mais apro-

Quando o projeto elétrico considera também a parte de automação, a execução da instalação se torna mais fácil e rápida.

fundado de um cidadão comum quanto ao nível de automação que ele deseja para seu imóvel, mas as construtoras, por exemplo, estão ou deveriam estar habilitadas a assumir isso. Por último, amarrando esse assunto como um todo, seria preciso investir no trabalho normativo, conforme defende Hilton Moreno: “A NBR 5410, que fala de elétrica, não menciona atualmente uma linha sequer, explicitamente, sobre automação. Além disso, não temos uma norma específica de automação que cite a parte elétrica. A normalização técnica seria um instrumento muito importante para promover essa integração”, opina.



Iluminação

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DESTAQUE

Abilux e Sindilux elaboram Plano Nacional de

Reportagem: Paulo Martins

Iluminação para

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aumentar a competitividade das empresas do setor frente a concorrência externa.

m segmento composto por 670 empresas, e cujo faturamento chegou a R$ 4 bilhões, em 2013, está com o sinal de alerta ligado. Trata-se da indústria de iluminação, que emprega direta e indiretamente 37 mil pessoas. Segundo os empresários do setor, o Brasil precisa adotar uma série de ações com o intuito de reverter a tendência atual do País de se tornar um mero importador de produtos acabados.

Em busca de

A preocupação com o problema levou duas entidades a elaborarem o chamado Plano Nacional de Iluminação 2014. Assinado pela Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação) e pelo Sindilux (Sindicato da Indústria de Lâmpadas e Aparelhos Elétricos de Iluminação do Estado de São Paulo), o documento propõe diversas medidas a fim de promover a modernização do setor e torná-lo mais competitivo em relação à concorrência internacional.

oxigênio

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O Plano Nacional de Iluminação foi entregue inicialmente aos candidatos à Presidência da República. Como o cenário está definido, com a reeleição da presidente Dilma Rousseff, as entidades pretendem agora intensificar os contatos com o Executivo. Conforme alertam as entidades, a adoção das medidas propostas é fundamental para que a indústria brasileira de iluminação evite o fechamento de empresas e volte a gerar empregos. Ou seja, as ações são necessárias para permitir a própria sobrevivência do segmento. Entre as reivindicações que integram o documento está a redução de impostos como IPI e ICMS e a simplificação do sistema tributário incidente em componentes e produtos finais para iluminação produzidos no País e importados. Com a simplificação administrativa, apontam as entidades, as empresas poderiam concentrar esforços na sua atividade principal, ou seja, a fabricação. Outro pedido é a inclusão, nos critérios de financiamento do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, de índices mínimos de eficiência energética e utilização de produtos acabados com LED. Também são solicitados incentivos à produção local e o estabelecimento de linhas de financiamento para renovação do parque instalado. Sobre os benefícios que seriam proporcionados para a sociedade e o governo, o estudo cita a melhoria da balança comercial; redução no consumo de energia elétrica; lançamento de produtos de maior durabilidade; geração de menos resíduos e criação de maior número de empregos e de empresas. De acordo com as entidades, o setor de iluminação necessita de uma Política de Desenvolvimento Produtivo (Programa Produtivo de Iluminação - PPI) que leve em consideração as características de cada um dos três subgrupos que compõem o segmento, a saber: 1) Lâmpadas, LEDs e OLEDs; 2) Luminárias e 3) Reatores, Transformadores, Fontes e Controladores.

Um exemplo citado pela Abilux ilustra bem a importância de se respeitar essas particularidades. Com o advento dos LEDs, explica a associação, a tendência é a união do sistema de iluminação (lâmpada, luminária e reator) em um único produto, aumentando a necessidade dos fabricantes nacionais estarem aptos a participar da revolução tecnológica que está ocorrendo e que pode agregar valor à área de iluminação e ao País. Hoje, grande parte das luminárias aqui comercializadas são fabricadas no Brasil. Marco Poli, diretor-executivo da Abilux, relata que as empresas têm investido em equipamentos que permitem a produção em larga escala alinhada à flexibilidade, seja na formação de chapas ou no acabamento destas. “Cabe observar que muitas soluções de produto final são de característica artesanal. Definimos artesanal como especial, exclusivo, bem elaborado e de alto valor agregado”, explica. Indagado sobre os riscos a que a indústria brasileira de iluminação está exposta hoje, o porta-voz revela um temor: que as autoridades menosprezem

a importância do Brasil ter um parque industrial nacional, acarretando desta maneira em vantagem competitiva aos fabricantes estrangeiros. “Um exemplo disso é a decisão do STJ de que produto importado pague menos IPI do que o local”, menciona. Outro receio é de que não haja apoio à fabricação de produtos com LED, como lâmpadas e luminárias. Dos três grandes grupos em que a Abilux divide o setor (Luminárias, Lâmpadas e Controladores), o de lâmpadas é aquele em que as importações mais cresceram. “Consideramos isto um problema, particularmente em relação às lâmpadas de LED, pois o Brasil reúne todas as condições para produzir localmente este tipo de produto a partir do componente LED importado. Temos registros de que várias empresas, por iniciativa própria, sem incentivos ou apoio do governo, já produzem localmente lâmpadas de LED. De forma constante a Abilux tem lembrado às autoridades da importância de acalentar estas iniciativas para que se multipliquem e reduzam as importações a um patamar mais adequado”, analisa Poli.

Plano Nacional de Iluminação 2014 OBJETIVO Modernização do setor brasileiro de iluminação, atingindo os mais altos níveis de eficiência energética, sustentabilidade ambiental e socioeconômica por meio de uma política de desenvolvimento produtivo local. QUEM ELABOROU Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação) e Sindilux (Sindicato da Indústria de Lâmpadas e Aparelhos Elétricos de Iluminação do Estado de São Paulo). MOTIVAÇÃO A utilização da tecnologia de

iluminação por Luz de Estado Sólido (LED) é uma realidade. Esta, portanto, é uma oportunidade histórica, pois o Brasil está em condições de produzir, localmente e competitivamente, produtos de alto valor agregado. Para o futuro, com o advento dos LEDs, a tendência é a união do sistema de iluminação (lâmpada, luminária e reator) em um único produto, aumentando a necessidade dos fabricantes nacionais estarem aptos a participar desta revolução tecnológica que está ocorrendo e que agregará muito valor à área de iluminação e ao País.

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Iluminação

Pleitos que integram o Plano

✹ Linha de financiamento para renovação do parque instalado ✹ Incentivo à produção local ✹ Redução dos impostos e simplificação do sistema tributário incidente em componentes e produtos finais para iluminação produzidos no País e importados ✹ Geração de centros de pesquisa e desenvolvimento de produtos nacionais e de profissionais especializados com interface com universidades ✹ Incluir nos critérios de financiamento do programa Minha Casa Minha Vida quesitos mínimos de eficiência energética e utilização de produtos acabados com LED ✹ Direcionar recursos da RGR para financiamento de projetos de eficientização energética ✹ Direcionamento de compras governamentais para produtos etiquetados pelo Inmetro/Procel ✹ Compulsoriedade de programas de conservação de energia em edifícios Fonte: Abilux

O diretor da Abilux ressaltou também a importância de criar uma base de produção visando a exportação. “Para luminárias temos registrado um crescimento acentuado, e aqui, a medida terapêutica mais eficaz e imediata é estabelecer o valor de 5% para o IPI”, menciona. De acordo com Poli, a indústria brasileira de luminárias só não é mais competitiva devido ao Custo Brasil: “Podemos afirmar que temos boa competitividade do ponto de vista da qualidade, design, materiais utilizados e no uso e aplicações das novas tecnologias”, garante. O executivo conta que o programa de exportações criado pela Abilux, 42

potência

Benefícios ao governo e à sociedade

✔ Redução no consumo de energia elétrica ✔ Postergar investimento em geração de energia elétrica ✔ Melhoria na Balança Comercial (menos importação, mais exportação) ✔ Pesquisa e desenvolvimento de universidades e empresas ✔ Eficiência energética (para a mesma quantidade de luz, menos Kwh) ✔ Produtos de maior durabilidade, maior ciclo de vida e menos resíduos ✔ Estímulo ao design nacional de iluminação ✔ Maior número de empregos e empresas, inclusive com mão de obra qualificada ✔ Melhoria na segurança pessoal e patrimonial

que papel o Brasil pode assumir nesse cenário? De acordo com Marco Poli, de forma geral a China fez sua lição de casa e passou a ser dominante em lâmpadas e atuante em luminárias. Já os Estados Unidos e alguns países europeus possuem atuação sólida em sistemas de iluminação. Países fortes em design, como Itália, Espanha e Suécia têm importância nos produtos de alto valor agregado. “O que nos causa estranheza é que países com pouca tradição estão incluindo em sua pauta industrial o setor de ilumina-

Fonte: Abilux

o Lux Brasil, tem gerado resultados animadores, tanto pela divulgação da existência de um parque industrial ativo no Brasil como pelo crescimento nas exportações. “Estamos agora na fase de elaboração de um novo plano em conjunto com a Apex-Brasil, e, para tanto, estamos convidando mais empresas a participarem do programa, que reúne muitas possibilidades. Visualizamos que a iniciativa pode permitir que o Brasil passe a ser um exportador importante para alguns produtos e segmentos”, comenta Poli. Mas afinal, quem está na vanguarda, hoje, no setor de iluminação mundial? E

O Brasil tem condições de ser protagonista no segmento de produtos de alto valor agregado. Marco Poli | Abilux

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DESTAQUE


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ção. Mas o Brasil tem condições de ser protagonista no segmento de produtos de alto valor agregado”, acredita o diretor da Abilux.

A indústria de iluminação no Brasil Número de indústrias (*) 670 Faturamento (**) 2012 = R$ 3,8 bilhões (+ 2,7%) 2013 = R$ 4,0 bilhões (+ 5%) 2014 (previsão) = R$ 4,16 bilhões (+ 4%) Obs.: Luminárias representam 61% do faturamento anual do setor; Lâmpadas 28% e Reatores 11%

Número de empregados (**) 2012 = 37.900 2013 = 37.500 Obs.: Inclui a cadeia produtiva/luminárias, reatores e lâmpadas

Importações, exportações e balança (***)

Hidrelétricas

Petróleo e Gás

2007: US$ 271 milhões; US$ 85 milhões; US$ 186 milhões (déficit)

Solares

Térmicas

2012: US$ 697 milhões; US$ 46 milhões; US$ 651 milhões (déficit)

Eólicas

Total de luminárias, reatores e lâmpadas. Valor FOB em milhões de US$

2013: US$ 866 milhões; US$ 45 milhões; US$ 821 milhões (déficit) Fontes: (*) IBGE / (**) Abilux / (***) Receita Federal

potência

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São Paulo (19) 3876.9999 Bahia (71) 3040.1663 Espírito Santo (27) 3441.0024 Minas Gerais (31) 3508.8368 Paraná (41) 3513.3700

Pernambuco (71) 3040.1663 Rio de Janeiro (21) 3512.0095 Rio Grande do Sul (51) 3361.2497 São Paulo Capital (11) 2394-2203 São Paulo Interior (19) 3876.9999

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Mercado

Transformadores de força e de medição

Maturidade e

inovação Reportagem: Marcos Orsolon

O

mercado de transformadores, sejam eles de força ou medição, é um dos mais tradicionais da área elétrica. No entanto, isso não significa que os equipamentos pararam no tempo. Ao contrário, os fabricantes seguem investindo em pesquisa e desenvolvimento na busca por soluções cada vez mais seguras, eficientes e confiáveis. No segmento de transformadores de força, ou potência, esse movimento tem resultado em soluções que aliam a tradição de décadas de existência e o novo, a maturidade tecnológica e a inovação, tão necessária para a evolução de um setor. É verdade que este mercado ainda é dominado pelos tradicionais equipamentos que utilizam o óleo mineral como isolante. No entanto, nos últimos anos houve avanço significativo no uso de óleos vegetais e na utilização dos transformadores a seco. Em linhas gerais, os transformadores de potência são destinados a rebaixar ou elevar a tensão no trans-

porte de energia e, consequentemente, aumentar ou reduzir a corrente de um circuito, de modo que não se altere a sua potência. É o equipamento que permite que a tensão seja regulada para as mais variadas aplicações, sem contar que também ajuda a reduzir as perdas de energia durante a transmissão e distribuição. Quanto aos modelos disponíveis, o mais comum, ou mais visível, é o transformador de poste. No entanto, também são encontrados no mercado os transformadores de chão, o tipo pedestal e os subterrâneos. Em relação ao uso, alguns fabricantes dividem o mercado em dois grandes grupos. Um deles é o de transformadores de força, onde os produtos são utilizados para gerar, transmitir e distribuir energia em subestações e concessionárias. Os equipamentos possuem tipicamente potência de 5 a 500 MVA e operam em tensões até 800 kV. De outro lado estão os transformadores de distribuição, que são usados para rebaixar a tensão para

Tradicionais equipamentos da área elétrica, transformadores seguem apresentando evolução tecnológica em algumas linhas. 44

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Transformadores de força e de medição

ser entregue aos clientes finais das empresas de distribuição de energia. Eles são normalmente instalados em postes ou em câmaras subterrâneas e possuem potência de 5 a 5.000 kVA. Não existem dados oficiais que dimensionem o tamanho desse mercado no Brasil, mas as projeções de alguns players indicam que ele pode movimentar mais de R$ 2,5 bilhões por ano. Marcelo Cruz, diretor Comercial e de Projetos da Transformadores União, estima que o volume comercializado em transformadores de média potência (entre 500 kVA e 20 MVA) seja da ordem de R$ 1,2 bilhão por ano. Nessa área, ele cita que existem cerca de 40 fabricantes atuando no País, sendo que os cinco maiores são responsáveis por aproximadamente 65% do mercado. Quanto ao comportamento das vendas, a avaliação geral é que o setor de transformadores de força como um todo passa por um período de baixo crescimento, principalmente em função do momento econômico difícil no País. “Atrelado aos indicativos econômicos dos últimos anos, o mercado de transformadores de potência no Brasil passa atualmente por uma fase de ligeira estagnação, depois de um período estendido de crescimento. Entretanto, no caso dos transformadores do tipo ‘secos encapsulados’, é possível perceber um leve crescimento

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Mercado

em comparação aos transformadores imersos em líquido isolante”, observa Marcelo Cruz, destacando que sua empresa tem boas perspectivas de crescimento nos próximos anos: “A expectativa de aumento nas vendas nos próximos cinco anos é de aproximadamente 15% por ano”. Para Alessandro Augusto Hernandez, diretor de Vendas da WEG Transmissão & Distribuição, o mercado como

um todo tende a acompanhar a curva de aumento do consumo de energia. “O segmento de energia deve manter-se com crescimento entre 3% e 4% ao ano, tendendo a estabilizar-se a partir de 2017 por volta de 2,5%. É evidente que tudo depende da capacidade do governo em incentivar (o setor) com novos leilões, tanto para as fontes convencionais, como para as renováveis”, comenta Hernandez.

Mercado tem potencial para avançar Apesar do momento econômico complicado, que atrapalha os negócios e freia a venda de transformadores de força, alguns fabricantes acreditam que o mercado brasileiro ainda oferece boas oportunidades, com possibilidades reais de expansão nos próximos anos. Até em função das carências que o País ainda tem. “A venda de transformadores está basicamente ligada a investimentos no setor elétrico, de infraestrutura e indus46

potência

trial. Em um País de dimensões continentais como o Brasil são muitos os investimentos ainda necessários para dar confiabilidade ao sistema integrado de fornecimento de energia”, comenta Alessandro Hernandez, da WEG. Hernandez também observa que a confiabilidade de fornecimento e os aportes em novas redes de transmissão e distribuição estimulam os investimentos industriais. Isso porque permitem que o segmento procure novos locais de

instalação, com novos recursos de mão de obra e custo de energia, desonerando a operação. “Com o desenvolvimento de outras regiões, fugindo dos grandes centros, são criados novos centros consumidores que carecem de investimentos, o que amplia a cadeia como um todo, estimulando vendas de equipamentos”, explica o diretor da WEG, destacando que o grande mercado para transformadores ainda é o das concessionárias de


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energia. “Em seguida vêm as empresas geradoras independentes. A indústria também tem um peso importante, principalmente nos setores de siderurgia, cimento, papel e celulose, mineração e óleo e gás”. Jens Peter Fritz John, CEO de Transformadores da Siemens no Brasil, afirma que o Brasil tem um mercado de transformadores em ampla expansão, pois há diversos projetos de infraestrutura em andamento, sendo que a energia é indispensável para o funcionamento deles. O executivo cita que um acontecimento importante que poderá agitar o setor em 2015 envolve a transmissão em corrente contínua. “Para o próximo ano, estão sendo planejados leilões para linhas de transmissão em corrente contínua, como, por exemplo, o segundo bipolo de Belo Monte. Acreditamos que esta seja uma tendência do mercado que crescerá na próxima década. O sis-

A venda de transformadores está basicamente ligada a investimentos no setor elétrico, de infraestrutura e industrial. Alessandro Augusto Hernandez | WEG Transmissão & Distribuição

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Transformadores de força e de medição

tema de transmissão em corrente contínua tem menores custos de transmissão, menos impactos ambientais, menores perdas elétricas e são altamente recomendados para sistemas de longa distância, atendendo extensões acima de 2.000 km”, afirma Jens Peter Fritz John. Alexandre Malveiro, gerente geral de Vendas e Marketing de Transformadores da ABB, também faz projeções otimistas para o setor. “O futuro aponta para uma tendência muito positiva, com grandes investimentos em transmissão e geração atrelados a projetos de infraestrutura. Independentemente das oscilações econômicas, o mercado doméstico tem um grande potencial de ampliação. Os diversos projetos de concessão de energia, tanto na geração quanto na transmissão, têm sido os maiores responsáveis pela evolução do mercado brasileiro, e projetos como Rio Madeira e Belo Monte se tornam cada vez mais necessários. A perspectiva é que o segmento seguirá com crescimento sólido nos próximos anos”, destaca Malveiro. O gerente da ABB também vê opor-

tunidades no mercado internacional. “O mercado de exportação, principalmente para a América Latina, não pode deixar de ser mencionado, pois, hoje, os fabricantes brasileiros são os principais responsáveis pelo abastecimento de transformadores de força”, ressalta. Marcelo Cruz, da Transformadores União, chama a atenção para o fato de que, no caso dos transformadores de média potência do tipo seco, além da expansão dos segmentos da economia, existem ainda outros fatores que impulsionam as vendas. Entre eles ele cita a exigência por instalações com mais segurança em áreas de grande movimentação de pessoas; as aplicações onde há restrições ecológicas e ambientais para a instalação de transformadores imersos em líquido isolante e a própria evolução dos projetos. Cruz destaca que o volume de vendas atual da Transformadores União é da ordem de R$ 25 milhões (em 2014). “Temos apurado um aumento acumulado de 30% nos últimos dois anos. Nossa previsão para 2015 é de aumentar as vendas em, no mínimo, 15%”.

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Mercado

Brasil tem um mercado de transformadores em ampla expansão. Jens Peter Fritz John | Siemens

Concorrência e usuários variam de acordo com as linhas disponíveis Na mesma medida em que oferece oportunidades de negócios, o mercado de transformadores de força também é bastante concorrido. Atualmente, são mais de 50 marcas atuando no País, mas nem todas concorrem entre si. Segundo Alessandro Augusto Hernandez, da WEG, os competidores podem ser divididos em três grupos. O de distribuição, com equipamentos até 300 kVA, é extremamente pulverizado, com

muitos fabricantes locais, que atuam regionalmente com baixos preços, porém, nem todos com bom nível de qualidade. Outro grupo é o industrial, com transformadores de 500 a 5.000 kVA. “Embora exista um número menor de fabricantes que a distribuição, a característica de baixos preços e o problema de qualidade persiste, inibindo a participação dos principais fabricantes”, comenta Hernandez.

Equipamentos são fundamentais para o transporte de energia elétrica e contribuem para a redução de perdas. 48

potência

Por fim, o executivo da WEG cita o grupo potência, com equipamentos acima de 5.000 kVA. Este mercado é disputado pelos principais players mundiais, com fábrica no Brasil, incluindo empresas como Alstom, Siemens, ABB, Toshiba e WEG. Da mesma forma que os fabricantes, os usuários se dividem entre os vários tipos de transformadores de potência disponíveis. Por isso, as vendas de uma determinada família de produtos nem sempre tem o mesmo comportamento que outra, voltada para outro segmento do mercado. As indústrias, por exemplo, costumam utilizar equipamentos de 69 a 500 kV. Devido à retração no setor, o consumo de transformadores tem regis-


Foto: DollarPhotoClub

Usuário

cado. No caso dos transformadores de força, os principais clientes são as concessionárias de energia (estatais e privadas), EPCs (Engineering Procurement and Construction) e grandes indústrias. Os transformadores a seco são largamente empregados em projetos do setor terciário, como shopping centers, hospitais e hotéis. Por último, os transformadores de distribuição são muito utilizados pelas concessionárias de energia e aplicados em postes das linhas de rede de distribuição ou em sistemas subterrâneos. Sem deixar de mencionar os projetos eólicos, que vêm crescendo fortemente e demandam tanto transformadores de força quanto de distribuição (a óleo ou seco)”, explica Alexandre Malveiro, da ABB.

Setor industrial é um importante consumidor de transformadores de força. Foto: Divulgação

trado baixo crescimento, não passando de 1% ao ano. A situação das vendas para as distribuidoras de energia, que consomem peças de 69 e 138 kV, é um pouco melhor. “Embora as distribuidoras tenham sido afetadas negativamente na arrecadação pela compra de energia da base de geração térmica, muito mais onerosa, as mesmas tiveram que manter um mínimo de investimentos em melhorias e expansão para cumprir os compromissos com os órgãos reguladores, para que pudessem requerer autorização para revisão tarifária. Este fato manteve as compras neste setor”, comenta Hernandez da WEG. Já as geradoras e transmissoras de energia, que utilizam equipamentos iguais ou maiores que 230 kV, têm consumido mais, com crescimento de cerca de 3% ao ano. Obviamente, a tecnologia empregada nos equipamentos também varia de um consumidor para outro. “Para cada tipo de produto temos um mer-

Fabricantes brasileiros são os principais responsáveis pelo abastecimento de transformadores de força para a América Latina. Alexandre Malveiro | ABB

potência

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Mercado

Transformadores de força e de medição

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Os transformadores de força são produzidos envolvendo basicamente duas tecnologias: a dos equipamentos com isolante a óleo (mineral ou vegetal) e a dos transformadores a seco. Em termos de vendas, as peças a óleo mineral ainda são maioria, embora as outras tecnologias venham ganhando espaço nos últimos anos. Entre as vantagens competitivas do óleo mineral estão o custo mais baixo em relação ao óleo vegetal e o fato do óleo mineral poder ser regenerado. Ou seja, depois que ele pega propriedade dielétrica, é possível fazer sua regeneração para nova utilização. O óleo vegetal não permite essa regeneração, devendo ser incinerado depois que pega propriedade dielétrica de refrigeração. No entanto, ele também oferece vantagens importantes, o que explica seu avanço no mercado. Trata-­ se de um óleo biodegradável, portanto, mais amigável ao meio ambiente

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Produtos têm tecnologias diferentes

Mercado

– lembrando que o óleo mineral, em caso de vazamento ou explosão, traz riscos de contaminação ao ambiente e às pessoas. Outra vantagem é que o óleo vegetal tem um ponto de fulgor mais elevado, o que lhe confere mais segurança no uso em transformadores. Por isso o seu uso é apontado como uma das grandes evoluções tecnológicas do setor nos últimos anos. “Nos transformadores a óleo, o principal desenvolvimento está na substituição do óleo mineral pelo vegetal, biodegradável. A nova tecnologia é resultado (no caso da ABB) de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento em parceria com uma importante concessionária do Brasil. O resultado do projeto, inédito mundialmente, foi preencher Evolução normativa tem favorecido o crescimento das vendas de transformadores a seco no Brasil. Oscar Liberato Martins Filho | Blutrafos

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potência

NBR 14039 exige a instalação de transformadores a seco em ambientes internos de locais como shoppings, hospitais e aeroportos.

um transformador com 100% de óleo vegetal combinado com Nomex, material isolante de última geração, que proporciona ganho de até 40% na potência de transformadores. Essas características aumentam a disponibilidade do transformador e a confiabilidade do fornecimento de energia para os consumidores”, comenta Alexandre Malveiro, da ABB. Importante destacar que os transformadores a óleo - mineral ou vegetal – são fabricados em dois tipos de tecnologias: o equipamento aletado, que é o mais comum, e o com tanque corrugado, que é uma tecnologia muito disseminada na Europa e que está ganhando espaço no Brasil. O tanque corrugado permite o preenchimento integral do óleo no momento em que ele



Transformadores de força e de medição

Foto: DollarPhotoClub

Mercado

Em ascensão

aquece e expande. Com isso, reduz o risco de contaminação do óleo com o ar. Os transformadores a seco, por sua vez, têm se destacado no mercado pela baixa necessidade de manutenção e segurança na instalação em ambientes internos e de alta circulação de pessoas, como hotéis, shopping centers, edifícios comerciais, aeroportos ou indústrias. Além disso, também pode ser empregado no setor de energia eólica, visto que é auto extinguível, não oferece risco de vazamento de óleos tóxicos e não emite gases contaminantes ou inflamáveis. “Devido aos riscos de contaminação ambiental e de incêndio, muitos clientes estão optando em seus projetos por transformadores do tipo seco. Estes equipamentos são praticamente livres de manutenção”, destaca Malveiro, citando que, recentemente, em um projeto pioneiro no Brasil, a ABB fabri52

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cou e entregou à COELBA (concessionária de energia no Estado da Bahia) os maiores transformadores a seco do Brasil. “Estes equipamentos irão alimentar o recém-inaugurado estádio da Fonte Nova. Eles têm a capacidade de 25 MVA cada e nível de tensão de 72,5 kV”, completa. Malveiro comenta ainda que, em janeiro de 2014, a ABB inaugurou em sua planta em Blumenau (SC) uma linha de produção de transformadores a seco de baixa tensão para suportar demandas do mercado brasileiro em segmentos como o de conversores de energia eólica e solar, sistemas de controle de energia UPS e aplicações marítimas, entre outros. Oscar Liberato Martins Filho, diretor Técnico da Blutrafos, ressalta que

É preciso ter conhecimento técnico na escolha dos transformadores de medição. Nelson Milani | Kron

a própria evolução normativa tem favorecido o crescimento das vendas de transformadores do tipo seco no Brasil. Foto: Ricardo Brito/HMNews

Aquecimento do setor de energia eólica gera demanda por transformadores de força.


As projeções de alguns players indicam que o mercado de transformadores de força movimenta mais de R$ 2,5 bilhões por ano no Brasil Ele lembra que a NBR 14039 - Instalações elétricas de média tensão de 1 kV a 36,2 kV tem o item 9.4.4, que diz: ‘Quando a subestação de transformação fizer parte integrante da edificação residencial e/ou comercial, somente é permitido o emprego de transformadores a seco, mesmo que haja paredes de alvenaria e porta corta-fogo’. “Com isso, o transformador a seco passou a ser fabricado em grande escala, substituindo os tradicionais transformadores a óleo nestas aplicações”, comenta Martins Filho, que estima que, hoje, no Brasil, o mercado de transformadores a seco de média tensão seja da ordem de 15.000 peças ao ano. “É um mercado em franca expansão. No Brasil, todo ano são construídos no-

vos shoppings, hospitais, aeroportos e grandes condomínios residenciais, onde, conforme a NBR14039, devem ser usados transformadores a seco”, afirma o diretor da Blutrafos, que projeta mais crescimento pela frente. “O Brasil tem muitas obras represadas e com perspectivas de serem reativadas. Tem também a Olimpíada do Rio de Janeiro, que será uma grande consumidora de transformadores a seco. A Copa foi também um grande consumidor desses equipamentos, pois foram os transformadores usados nos estádios”, comenta Martins Filho, destacando que a Blutrafos fabrica aproximadamente 1.300 peças por ano deste tipo de produto, com aumento em torno de 10% ao ano.

Otimismo no mercado de transformadores de medição Assim como ocorre com os transformadores de força, o mercado de transformadores de medição também está diretamente ligado aos investimentos no setor de energia e em novos projetos, ampliação e modernização industrial. O comportamento das vendas é crescente, embora sem grandes saltos. Segundo José Adário Milani, diretor da Braspel, o mercado de transformadores de Foto: D

medição no Brasil vem crescendo ano a ano pela necessidade de ampliação das redes, modernização das subestações e aplicação na indústria de painéis. Adário estima que os transformadores de medição de média tensão giram cerca de R$ 150 milhões ao ano no Brasil. E ele projeta avanços. “Estamos otimistas para os próximos anos, prevendo um forte potência

ivulgaçã

o

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Mercado

Transformadores de força e de medição Fotos: Divu

lgação

O mercado brasileiro está bem servido por fabricantes tradicionais de transformadores de medição.

Foto: Divulgação

crescimento não só no mercado interno como também no mercado externo. Apesar de termos muitas variações econômicas acreditamos que o setor energético ganhe prioridade nos investimentos, pois o crescimento industrial do País caminha em paralelo com o crescimento energético”. Este setor divide-se entre os transformadores de corrente (TC) e os transformadores de potencial (TP), que são equipamentos maduros e consolidados tecnologicamente, por isso não apresentam grandes evoluções. As peças são utilizadas em instalações de baixa, média e alta tensão. E sua função é baixar a corrente (TC)

ou tensão (TP) de um barramento ou cabo para ser transmitida a um instrumento de medição ou proteção. Essa conversão é necessária porque a leitura de energia em circuitos de alta corrente ou tensão é impraticável. No que tange à concorrência, Nelson Milani, gerente Comercial da Kron Medidores, comenta que o mercado brasileiro possui diversos fabricantes para este tipo de produto, sem contar os itens asiáticos importados. O problema, em alguns casos, está na qualidade dos itens ofertados. “Com relação à qualidade dos produtos temos algumas restrições tendo em vista que é sabido que alguns fabricantes não possuem equipamentos adequados para calibração”, alerta Milani, que afirma que é preciso ter cuidado na escolha dos produtos. “O mercado brasileiro está bem servido de fabricantes tradicionais. Em termos de produtos existem diversas opções para os projetistas e instaladores elétricos, porém, é necessário que se tenha conhecimento técnico para adequar as diversas opções às exigências das instalações. Transformador de medição tem que ser encarado com bastante seriedade, pois ele é responsável não só pelas precisões em termos de medição, mas também para garantir ‘retorno financeiro’ em determinadas instalações onde se utilizam medidores de faturamento das empresas”, destaca Milani. E ele completa: “Um dos grandes problemas enfrentados é o desconhecimento do cliente quando se especifica um transformador de medição. Muito se preocupa com o medidor e pouco com o

Mercado de transformadores de medição terá forte crescimento nos próximos anos. José Adário Milani | Braspel

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potência

transformador. Será necessário dar um salto de qualidade neste setor e o cliente final terá que exigir dos fabricantes o cumprimento das normas técnicas vigentes no País. Hoje vemos muitas instalações onde é exigido um nível alto de precisão para o uso dos medidores, por exemplo, e colocam-se transformadores que nem sempre atendem a essas exigências”. Quanto ao futuro do setor, Milani também mantém projeções otimistas. “Acreditamos ser um mercado com boas perspectivas de evolução, tendo em vista as diferentes situações encontradas para entregar confiabilidade aos sistemas industriais. Cada vez mais temos máquinas e equipamentos mais sensíveis, necessitando de melhor precisão na medição, e isto faz com que tenhamos que desenvolver produtos novos a cada projeto”.



Transformadores de força e de medição

Painel de Produtos

mercado

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potência

Comtrafo

Braspel

Trafomil

Um dos produtos da empresa é o transformador pedestal. A compactação aliada a proteções integradas é sua principal característica, sendo próprio para instalações ao tempo ou subterrâneas. Características: isolado em óleo mineral ou em fluídos especiais; enrolamentos primários e secundários em cobre eletrolítico/alumínio, com fusíveis de proteção contra sobrecarga e curto circuito na AT; potências de 75 KVA a 3.500 KVA; AT: Classe 7,2, 15, 24,2 e 36,2 kV e BT: Classe 1,2 kV.

Entre os destaques da empresa estão os transformadores de potencial para uso interno BPS11. Características: Destinados para medições elétricas de tensão em linhas primárias (7,2 – 15 kV); instalações em cabines primárias ou painéis blindados; atende a todas as especificações das normas ABNT, ANSI e IEC; uso interior para medição e proteção através de relés de falta de fase ou queda de tensão em sistemas de duas fases (Grupo 1 da ABNT) ou fase terra (Grupos 2 e 3 da ABNT).

A empresa oferece uma gama variada de transformadores. Entre eles está o modelo MOLD EPÓXI, equipamento trifásico, a seco, moldado em resina epóxi na cor vermelho óxido de ferro. Características: classe de tensão da AT: 7,2 / 15 / 25 e 36,2 kV; classe de tensão da BT 0,6 / 1,2 kV (outras sob consulta); elevação de temperatura Classe F 105º C (outras sob consulta); material Isolante Classe F (155º C) ou H (180º C) e frequência de 50 Hz ou 60 Hz.

ABB

WEG

Siemens

A companhia conta com diversas soluções nessa área. Um dos equipamentos que se destacam é o transformador de força trifásico de 138 kilovolt (kV),100% Óleo Vegetal (Biodegradável), combinado com Nomex (material isolante de última geração).

Os transformadores a seco da empresa proporcionam segurança, economia de espaço e redução dos custos de instalação e manutenção. Com equipamentos isolados em epóxi, a linha apresenta soluções para todos os tipos de ambientes. Devido ao seu processo de encapsulamento a vácuo e à qualidade da resina utilizada, proporciona um expressivo aumento na vida útil do transformador. Estão disponíveis nas potências de 112,5 até 20.000 kVA, nas classes de tensões até 36,2 kV.

A linha de transformadores a seco Geafol reúne todas as vantagens para a distribuição de energia elétrica, de forma econômica, segura, confiável e ecológica, pois dispensa o uso de óleo, diminuindo o risco de explosão. Geafol ocupa aproximadamente 45% da área de um transformador em líquido isolante, o que permite que seja adaptado aos mais diferentes tipos de estruturas, como shoppings center, prédios, indústria, aeroportos e estações de metrô.


Painel de Produtos

Wise Transformadores

ABB

Blutrafos

Entre as várias soluções oferecidas nesse segmento, um dos destaques da empresa é o transformador de força – monofásico, de extra alta tensão UHV – 1.200 kilovolt (kV), corrente alternada.

A empresa oferece vários tipos de transformadores comprados pelo mercado nacional, como: transformador de distribuição, pedestal, para excitação de gerador, para aterramento e para inversores de 12, 18 e 24 pulsos. Na foto, transformador a seco, classe 36,2 kV, com potência de 7 MVA.

Adelco

Isolet

Kron

A empresa destaca os transformadores a seco de baixa e média tensão até 15 MVA e isolação até 36 kV. Entre suas diversas áreas de aplicação, estão: excitação estática de geradores (ponte retificadora de seis pulsos), “compound”, distribuição, fornos elétricos, plataforma marítima, potência, retificação (06, 12, 18 e 24 pulsos) e tração elétrica.

A empresa apresenta ao mercado a sua mais nova linha de transformadores de potencial 36 kV. Nas versões Fase-Fase ou Fase-Terra e para instalações interior ou exterior, os novos modelos são resultado da mais avançada tecnologia de projeto de campo elétrico, culminando em peças compactas que atendem os mais altos requisitos elétricos.

A empresa oferece uma gama variada de produtos para este setor. Entre eles está o transformador de corrente bipartido para medição KBP82. O equipamento é de grande utilidade onde existem circuitos que não podem ser abertos. Seu uso facilita a instalação, podendo também ser retirado sem a necessidade de abrir o circuito.

A companhia atua há vinte anos na fabricação de transformadores, autotransformadores e reatâncias monofásicas e trifásicas a seco, com potências até 1.000 kVA. Um dos destaques, é o transformador de potência trifásico com potência de 200 kVA.

potência

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Transformadores de força e de medição

Painel de Produtos

mercado

Comtrafo

Kron

Um dos destaques da empresa é o transformador compacto selado. Características: potências de 225 a 5.000 kVA; AT: Classe 7,2, 15, 25 e 36,2 kV e BT: Classe 1,2, 7,2, 15, 25 kV. Instalação: cabines ou subestações, em ambientes internos, externos, normais ou agressivos.

Um dos destaques da empresa é o transformador de corrente de medição modelo KR 111. O produto conta com invólucro em caixa termoplástica para aplicação em baixa tensão. Campos de medição: 5 a 400 Aca (Corrente primária), secundário de 5 Aca.

Schneider Electric

Transformadores União

Os transformadores de corrente da empresa são adequados para uso em todo o espectro de baixa tensão de 40 a 6.000 A. Vantagens: ampla seleção de correntes: de 40 a 6000 A; segurança: tampa de isolamento selada e instalação em trilho simétrico DIN, em placa de montagem ou em barramento. Os equipamentos fornecem no secundário uma corrente (0-5 A) proporcional à corrente medida no primário, podendo ser utilizados em combinação com dispositivos de medição. 58

potência

A empresa oferece ao mercado uma linha de transformadores de média potência do tipo seco encapsulado sob vácuo ou imerso em líquido isolante entre 500 e 10.000 kVA, nas classes de tensão de 1,2 até 36 kV. A linha pode ser aplicada em instalações, como elevadores ou rebaixadores de tensão, em subestações e/ou cabines primárias, para cargas lineares ou não lineares, em sistemas de retificadores, conversores, de excitação, energia fotovoltaica e UPS.

Comel Transformadores A empresa oferece transformadores de distribuição imersos em óleo mineral isolante - trifásicos de 15 a 3.000 KVA, nas classes 15, 25 ou 34,5 KV, com tensões secundárias que podem ser 220/127 V, 380/220 V ou 440/254 V, com instalação para postes, cabines, plataformas ou Torre H.

WEG Redução de peso e dimensões, tipos de óleos isolantes, aumento da vida útil, sistemas de monitoramento, são só alguns dos requisitos avaliados pela equipe técnica da WEG para desenvolver transformadores a óleo que proporcionem a melhor solução aos clientes. O portfólio contempla uma linha completa entre transformadores de distribuição e força até 550 kV, disponibilizando opções tanto em óleo mineral, quanto em óleo vegetal.


Motores |

Automação | Energia | Transmissão & Distribuição | Tintas

A solução para segurança operacional de máquinas e equipamentos em suas mãos.

Linha Completa de Segurança J J J J J J J J J J J

Cortinas de luz de segurança Botoeiras eletrônicas de esforço zero Sensores magnéticos com função de segurança Chave de emergência de segurança acionada por cabo Calço de segurança para prensas Pedal de segurança de 3 estágios Comando bimanual Botão de emergência com contato monitorado Chaves de intertravamento de segurança Contator para aplicação de segurança Relés de segurança

Transformando energia em soluções.

www.weg.net


Produtos e soluções

Foto: Divulgação

RADAR

Segurança máxima WEG está presente na área de Equipamentos de Proteção Coletiva, com portfólio completo de soluções para tornar máquinas e equipamentos mais seguros.

Reportagem: Marcos Orsolon 60

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C

onhecida no mercado como um dos maiores fabricantes mundiais de motores elétricos, há alguns anos a WEG tem investido na diversificação do seu mix de produtos. O resultado dessa estratégia é que, hoje, a companhia possui um vasto portfólio de soluções que incluem itens como drives, controls, painéis, tintas e equipamentos para geração, transmissão e distribuição de energia. Entre tantos dispositivos, a empresa também oferece aos clientes a Linha Safety, composta por soluções que visam a segurança operacional em máquinas e equipamentos.


“Os produtos de segurança têm como primazia garantir a integridade física dos trabalhadores, monitorando as áreas de risco iminente de uma máquina. Desta forma, quando uma área de risco é acessada os elementos de detecção são acionados e as informações são processadas através das interfaces de segurança que, por fim, acionam os elementos de parada segura da máquina. Já a operação de manobra da carga realizada no circuito principal, como o desligamento de um motor que está fazendo a máquina funcionar, é função dos dispositivos de manobra”, explica Manfred. De acordo com o diretor Comercial da WEG, este é um segmento em ascensão no Brasil. E, além das máquinas novas que já são fabricadas com componentes de segurança intrínsecos no projeto da máquina, há ainda um parque fabril instalado que precisa ser adequado. “O portfólio da WEG é completo nesta área. Além dos componentes necessários para a realização de adequações, como os relés de segurança, cortinas de luz e chaves de segurança, entre outros, a empresa também oferece a possibilidade de fornecimento do painel elétrico completo, montado com todas as proteções. A WEG pode, inclusive, realizar os serviços de adequações, desde a análise de risco, projeto executivo, instalação dos equipamentos para adequação da máquina no parque fabril do cliente e o laudo de adequação com emissão da anotação

Além das máquinas novas que já são fabricadas com componentes de segurança, há ainda um parque fabril instalado que precisa ser adequado.

Foto: Divulgação

A atuação da WEG nessa área não chega a ser nova, uma vez que as primeiras soluções foram apresentadas ao mercado em 2010. No entanto, a linha ganhou corpo e importância ao longo dos últimos anos e, atualmente, a companhia possui uma ampla linha de produtos, que incluem soluções completas para adequações de máquinas às normas de segurança nacionais e internacionais vigentes. Segundo Manfred Peter Johann, diretor Comercial da empresa, a demanda dos clientes é que levou a WEG a investir nesse setor. “Os clientes fabricantes de máquinas demandaram esta necessidade, o que fez com que a WEG investisse no negócio. Assim, a WEG, que já fornecia os motores elétricos, além de todos dispositivos de comando, manobra e proteção utilizados nos mais variados segmentos de fabricantes de máquinas, passou a fornecer também uma completa linha de produtos para adequações das máquinas e equipamentos às normas de segurança”. Estes produtos são chamados de EPCs, ou Equipamentos de Proteção Coletiva. E alguns exemplos são: cortina de luz de segurança, botão de emergência automonitorado e relés de segurança, entre outros. Em linhas gerais, estes materiais são instalados nas máquinas para a proteção dos operadores e de pessoas que possam ter algum tipo de contato com as máquinas, como o responsável pela limpeza do ambiente.

Os produtos de segurança têm como primazia garantir a integridade física dos trabalhadores. Manfred Peter Johann | Diretor Comercial

de responsabilidade técnica”, destaca Manfred, que afirma que, atualmente, a WEG é a única empresa brasileira a fabricar uma completa linha de produtos para esta área no Brasil. A Norma Regulamentadora NR12 e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a integridade física dos trabalhadores e estabelece os requisitos mínimos para a prevenção de acidentes. Manfred cita ainda o anexo VIII da NR-12, que estabelece as boas práticas para a proteção de prensas e similares, a NBR 14009, que trata da segurança de máquinas, a NBR ISO 12100, que trata da Segurança de Máquinas - Princípios gerais de Projeto - Apreciação e Redução de Riscos e a NBR 14153, sobre partes de sistemas de comando relacionadas à segurança. potência

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espaço abreme

Editorial

Marcos Sutiro Diretor Colegiado Abreme - abreme@abreme.com.br

N

os últimos anos passamos a viver um novo período na dis­ tribuição de material elétrico. Houve um tempo em que as grandes empresas deste setor eram principalmente locais, próximas ao seu cliente e ao seu fornecedor, mas prin­ cipalmente, eram empresas com uma personalidade muito bem definida e que falava a língua do cliente. Hoje temos inaugurado outro perí­ odo. Vivemos o período das empresas globais de material elétrico, iniciado com processos de aquisições de em­ presas tradicionais por grandes grupos internacionais, o que tornou o merca­ do, até certo ponto, mais profissional. Não se quer neste texto uma dis­ cussão maniqueísta ou saudosista da realidade. O passado não era melhor nem pior que o presente e não o será em relação ao futuro. A mudança é um fato inexorável dos tempos. Ape­ nas isso. E se assim é o que cabe ao ser humano, o que se estende às em­ presas é a adaptação. Fornecedores, clientes, profissionais e empresas se adaptarão, ou melhor, já se adaptaram. Empresas foram compra­ das, a relação comercial com clientes e fornecedores já possui algumas novas regras e, consequentemente, o merca­ do já não é mais o mesmo. Diante desta nova realidade, o pe­ 62

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O Associativismo e o Brasil queno e médio distribuidor deve estar às voltas com um pensamento. Qual o meu espaço nessa nova realidade de grandes empresas globais de mate­ rial elétrico? A primeira resposta, conforme se espera por ser uma reação psicológica, é a negação. Simplesmente não aceitar que a nova ordem do mercado já exis­ te, o que o faz insistir no seu modelo de negócio, mesmo sabendo que o fu­ turo será o mesmo de mercados como o de farmácias, onde as farmácias de bairro já são raras nos grandes centros. Outra resposta seria aceitar a reali­ dade e pensar em qual seria a solução para a sua coexistência com os grandes grupos de empresas.

O associativismo é uma forma de organização que visa vantagens em comum, com o objetivo de aumentar a competitividade das empresas.

A boa notícia é que este processo de consolidação de mercado já ocorreu em outros países e nem por isso o pe­ queno e médio distribuidor deixou de existir. A solução foi o associativismo. O associativismo é uma forma de organização, neste caso entre empre­ sas, que visa vantagens em comum, com o objetivo de aumentar sua com­ petitividade. Esta união entre empresas pode sur­ gir com diversos formatos, tais como: APLS (arranjos produtivos locais); “clus­ ters”; consórcios empresariais; alianças estratégicas; núcleos setoriais, com ob­ jetivos como: compras conjuntas; ma­ nutenção; vendas; estratégias de mar­ keting; negociação com fornecedores, acesso a crédito; transporte; treinamen­ to; representatividade política; pesquisa e desenvolvimento tecnológico; pesqui­ sa setorial; melhoria da qualidade; ex­ portação e importação; redes de serviços compartilhadas, dentre outros. Seria como ser grande, mesmo ainda sendo pequeno, o que viabiliza a competitividade perante as grandes empresas globais. Prática que já é bastante difundida na Europa, inclusive no setor de distri­ buição de material elétrico, tendo como expoente a FEGIME. No Brasil o associativismo ainda é pouco desenvolvido. Tal atraso pode ser


Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos

atribuído a fatores culturais, uma vez que muitos empresários brasileiros es­ peram do governo iniciativas para o au­ mento de sua competitividade e, quan­ do não se trata desta hipótese, veem na aproximação com outras empresas do mesmo setor algo negativo. No caso da distribuição de material elétrico a cultura acaba sendo a única barreira, pois os empresários deste se­ tor nunca esperaram de governos so­ luções para o aumento de sua compe­ titividade. Fato é que o associativismo é uma excelente iniciativa para que empre­ sas de menor porte aumentem sua ca­ pacidade de competir quanto esta é barrada pela necessidade de grandes investimentos, os quais, caso fossem arcados individualmente pela peque­ na e média empresa, tornaria seu re­ torno inviável. Observemos o exemplo da compra conjunta, uma vez que o poder de ne­ gociação diante de grandes fabrican­ tes do nosso setor é enorme frente ao poder de um pequeno e médio distri­ buidor. Este, ao negociar em conjunto com outras pequenas e médias empre­ sas de distribuição, é capaz de aumen­ tar em muito seu poder de negociação, gerando vantagens não só para o dis­ tribuidor, mas inclusive para o próprio fabricante, o qual irá atingir clientes

os quais, muitas vezes, não atingiria ou simplesmente não atenderia devi­ do ao seu porte. O mesmo poderia ocorrer com ou­ tras atividades, tais como treinamentos, pesquisas setoriais, melhores práticas de gestão, informações tributárias, softwa­ res, transporte e logística. O empresário do material elétrico não vê seu concorrente como alguém com quem possa ter objetivos em co­ mum e, muito mais que isso, alguém com quem, por meio do associativis­ mo, pode gerar economias de esca­ la permitindo que a competição com grandes grupos do setor seja mais equilibrada. No entanto, a necessidade de com­ petir é o vetor para que o associativis­ mo supere as atuais barreiras, pois as­ sim foi em diversas ocasiões históricas, seja na formação de blocos econômi­ cos em virtude da globalização, ou na união das padarias da cidade de São Paulo para que possam negociar me­ lhores preços com as grandes empresas fornecedoras de farinha. Desta forma, no mesmo compasso do aumento da competitividade, o as­ sociativismo também deverá ser visto como uma alternativa. A partir daí sur­ gem empresas dispostas a se unirem e liderar este processo, o que deverá ocorrer de forma natural e gradativa.

Àqueles que fazem parte deste mercado, basta estarmos atentos e, ao menos, compreender esta iniciati­ va, uma vez que pode trazer mais com­ petitividade e dinamismo para nossas empresas.

Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos FUNDADA EM 07/06/1988

Rua Oscar Bressane, 283 - Jd. da Saúde 04151-040 - São Paulo - SP Telefone: (11) 5077-4140 Fax: (11) 5077-1817 e-mail: abreme@abreme.com.br site: www.abreme.com.br

Membros do Colegiado Francisco Simon Portal Comercial Elétrica Ltda. José Jorge Felismino Parente Bertel Elétrica Comercial Ltda. José Luiz Pantaleo Everest Eletricidade Ltda. Roberto Varoto Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda. Paulo Roberto de Campos Meta Materiais Elétricos Ltda. Marcos Augusto de Angelieri Sutiro Comercial Elétrica PJ Ltda.

Conselho do Colegiado Nemias de Souza Nóia Elétrica Itaipu Ltda. Carlos Soares Peixinho Ladder Automação Industria Ltda. Daniel Tatini Sonepar

Secretária Executiva Nellifer Obradovic

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ao leitor

Associação Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos

O Marco Civil da Internet e as empresas

D

Foto: Divulgação

iante dos avanços da tecnologia, em especial da internet, surgiu a necessidade da elaboração de uma Lei que regulamente as relações na rede. Com isso, após ser desenvolvido colaborativamente em um debate aberto por meio de um blog em 2009 e passar pela aprovação da Câma­ ra dos Deputados e do Senado, em 23 de junho de 2014 entrou em vigor a Lei nº 12.965/2014, conhecida como Marco Ci­ vil da Internet. A aprovação desta Lei se tornou prioridade após notícias de que as comunicações no Brasil e no mundo fo­ ram alvo de espionagem eletrônica pelos Estados Unidos, conforme denúncia do ex-funcionário da NSA, Edward Snowden. Trata-se de Lei que estabelece prin­ cípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil. Os princípios que regem as disposições legais são a li­ berdade de expressão, a proteção da pri­ vacidade e dos dados pessoais, a neutra­

Virgínia Matte Chaves Advogada do escritório Cabanellos Schuh Advogados Associados, especialista em Advocacia Corporativa.

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potência

lidade da rede e a liberdade dos modelos de negócios. Há regras tanto para usuá­ rios da internet, quanto para empresas e agentes públicos. De maneira geral, todas as empresas que publicam conteúdo ou que possam vir a ser alvo de boatos na rede devem ficar atentas às mudanças. Ainda não é possível saber como será a aplicação na prática, pois é muito recen­ te, bem como há questões que dependem de decreto presidencial. Porém podemos prever algumas mudanças imediatas para o mundo corporativo. Antes da Lei, monitorar e-mails po­ deria causar responsabilização na esfe­ ra civil, administrativa ou criminal, por analogia às Leis já vigentes sobre priva­ cidade. A partir de agora, além disso, a Lei 12.965/2014 (art. 12) prevê adver­ tência, multa, suspensão temporária das atividades ou até proibição de exercício das atividades de empresas que acessem comunicações privadas sem autorização. Por ora estas penalidades ainda depen­ dem de Decreto para aplicação, mas é importante que as empresas se preparem para esta realidade. Os “Termos de Uso de Serviços”, que explicam o funcionamento dos sites e empresas virtuais, precisam adequar suas regras à nova Lei, especialmente com relação aos novos prazos, à remoção de conteúdo e aplicação da lei brasileira quando uma das partes estiver no Brasil. A “Política de Privacidade” também deve ser revista, principalmente no que diz res­ peito aos limites de uso dos dados obti­ dos dos usuários e ao direito à exclusão da base de dados após o usuário deixar de ser cliente do serviço. A Lei determina novo prazo para guarda de dados: um ano para dados

de conexão e seis meses para dados de aplicação. Com isso, será necessário criar infraestrutura para armazenamen­ to, bem como para localização de da­ dos, pois as empresas terão que guardar e também localizar dados, caso intima­ das para exibir. Com relação à remoção de conteúdo da internet, salvo se envolver nudez ou cenas de sexo, todos os demais precisa­ rão de ordem judicial para retirada. An­ tes da Lei, cabia à empresa decidir se o conteúdo era ou não ilícito, porém, esta situação configurava ‘censura privada’ e, por ser vedada pelo ordenamento, a res­ ponsabilidade passou a ser do judiciário. A empresa pode retirar o conteúdo do ar por livre e espontânea vontade, mas não é obrigada por Lei. Consequência disso será o aumento de processos judiciais e, ainda, é provável que os conteúdos per­ maneçam no ar por mais tempo, pois de­ penderá de ajuizamento de ação judicial. A polêmica neutralidade da rede res­ tou garantida, mesmo após tantas discus­ sões na época da aprovação. Ninguém poderá ter um serviço de internet que restrinja a utilização de certos sites devi­ do ao preço cobrado, mas ainda existirá a diferença de velocidade entre os pacotes adquiridos. Dessa forma, todos os inter­ nautas terão acesso a qualquer conteúdo da rede, independentemente do plano de acesso contratado junto à empresa pro­ vedora de conexão. Nitidamente a Lei criou um novo pa­ drão normativo que demandará de to­ das as empresas, independentemente do ramo de atividade, conhecimento da norma, orientação técnica e, fundamen­ talmente, noção quanto às responsabili­ dades que decorrem desta.


2014

Prêmio

ABREME

FORNECEDORES A pesquisa relativa ao Prêmio

Abreme Fornecedores 2014, realizada pela New Sense,

foi encerrada. O resultado que apontará as empresas finalistas será divulgado no evento, a ser realizado no dia 04 de dezembro, no Esporte Clube Sírio, em São Paulo (SP).

Revendedor

A Diretoria da Abreme agradece a sua participação na pesquisa, de fundamental importância para a qualidade do trabalho. Realização

Pesquisa

Entidade Beneficiada

Apoio de Divulgação


• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf Equipamentos de Proteção Individual

Com que

roupa eu vou? Escolha correta dos Equipamentos de Proteção Individual colabora para reduzir os riscos de acidentes em ambientes com

Foto: DollarPhotoClub

caderno ex

áreas classificadas.

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feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

O

Reportagem: Marcos Orsolon

trabalho em áreas clas­ sificadas exige cuidados especiais. Dependendo das condições e do nível de risco de explosão, devem ser adota­ dos procedimentos rigorosos no dia a dia, assim como a instalação de equipa­ mentos adequados e o desenvolvimento, sempre que possível, de ações que visem a redução dos riscos ou mesmo a des­ classificação do ambiente. Nesse contexto, nem sempre os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) recebem a devida atenção. O que pode ser um erro grave, com consequên­ cias que passam pela causa de peque­ nos acidentes e até pelo óbito de cola­ boradores. Em aplicações gerais - não apenas em áreas classificadas - os EPIs são for­ mados por uma gama variada de produ­ tos, que incluem calçados, luvas, óculos, capacetes, vestimentas e alguns tipos de protetores. E eles se configuram na últi­ ma barreira de proteção entre o traba­ lhador e um possível acidente. Por isso são necessários, inclusive por força de norma, em todas as situações em que

o usuário estiver exposto a um risco. Obviamente, a principal ação para evitar os perigos é sempre trabalhar para eliminar estes riscos. Mas como nem sempre isso é possível, são os equi­ pamentos de proteção individual que podem garantir o bem-estar do traba­ lhador e a segurança das construções. Aqui vale uma observação: os EPIs não eliminam os riscos de uma instalação ou de um ambiente. Eles apenas atuam como barreiras para atenuar os efeitos provocados por eventuais acidentes. Em relação às áreas classificadas, a situação é ainda mais peculiar, pois são ambientes que envolvem o risco de explosões e não há equipamento indi­ vidual que consiga proteger o trabalha­ dor contra um evento dessa magnitude. Mas onde, então, estes equipa­ mentos se aplicam em ambientes com atmos­feras explosivas? Como observa Ivo Rausch, gerente de Projetos da empresa de consultoria Pro­ ject-Explo, alguns equipamentos de prote­ ção individual estão diretamente relacio­ nados aos riscos da eletricidade estática, ou melhor, à sua formação, que pode ser

potência

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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf Equipamentos de Proteção Individual eletricidade estática, ou eletrostática, tal­ vez seja a mais discreta e, por isso, muitas vezes não recebe a devida atenção, sen­

altamente perigosa em áreas classifica­ das. Ocorre que, entre as possíveis fontes de ignição em um ambiente industrial, a

do responsável por um grande número de acidentes, incluindo incêndios industriais e ferimentos graves nos trabalhadores.

Desconhecimento pode agravar os riscos de acidentes balhadores em uma área classificada se “carreguem eletricamente”. A saída, nessa situação, é a utiliza­ ção do EPI adequado para quem traba­ lha em ambientes com atmosferas po­ tencialmente explosivas. “Os calçados de segurança para os colaboradores que trabalham em áreas classificadas, ou en­ volvidos na manipulação de inflamáveis e combustíveis, obrigatoriamente devem ser dissipativos”, orienta Rausch. Os cuidados também se estendem às vestimentas. Aqui, o especialista da Project-Explo explica que é preciso ficar atento ao tipo de tecido usado nas rou­ pas, pois nem todos podem ser usados em áreas classificadas. “O problema é que existem no mer­ cado diversos tipos de tecidos moder­ nos, feitos de material sintético. E na

Alguns equipamentos de proteção individual estão diretamente relacionados aos riscos de formação da eletricidade estática. Ivo Rausch | ProjectExplo

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Foto: DollarPhotoClub

caderno ex

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Além da negligência de algumas empresas e profissionais, a falta de in­ formação e de conhecimento em rela­ ção à formação das cargas eletrostáticas é um fato preocupante em locais com áreas classificadas. Por exemplo, nem to­ dos sabem que as cargas eletrostáticas podem se formar em situações simples do cotidiano, como em uma caminhada. “Uma pessoa que caminha na em­ presa com uma bota isolante em um piso isolante se torna uma fonte de car­ gas eletrostáticas. E se essa pessoa car­ regada de cargas eletrostáticas encostar em uma superfície metálica aterrada há a tendência natural de se equilibrarem as cargas, o que pode gerar um arco elétrico entre o operador e a superfície aterrada”, alerta Rausch, destacando que é preciso evitar que todos os tra­

sua maioria, são tecidos isolantes. E os tecidos isolantes nas vestimentas devem ser evitados em áreas classificadas. De­ ve-se dar preferência a roupas de fibras naturais, como o algodão. Onde houver uma ou outra exigência do ambiente de trabalho, como uma resistência maior da roupa, essa vestimenta também tem que ter uma característica dissipativa”. Outra recomendação importante com relação às vestimentas em áreas classificadas envolve a própria retirada de uma peça de roupa. Isso porque a carga eletrostática pode surgir da se­ paração de dois corpos de materiais di­ ferentes. Então, se uma pessoa retira a parte de uma vestimenta em uma área classificada, ela pode gerar um risco porque aumenta a carga eletrostática acumulada no seu corpo. “A recomendação é que o trabalha­ dor não retire peças de vestimenta, como uma jaqueta, por exemplo, quando estiver perto de locais onde são manipulados infla­ máveis e combustíveis. Trata­ -se de um procedimento de trabalho. E, no geral, deve-se ter um cuidado maior em zona 1 e zona 0”, completa Ivo Rausch. Para situações de trabalho nas zonas 1 e 0 também é recomendado o uso de material dissipativo. Além disso, o usuário deve man­ ter as luvas sempre limpas, pois com o passar do tempo elas podem acumular materiais isolantes, como ocorre numa cabine de pintura, por exemplo. Na zona 0 recomenda-se ainda o uso de capace­ tes e visores de material dissipativo.


feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

Normalização impulsiona o uso de EPIs

Foto: DollarPhotoClub

Apesar dos riscos envolvidos e das vantagens de se usar o EPI correto para cada situação, o mercado brasileiro ain­ da está em processo de amadureci­ mento no que tange à utilização dos equipamentos de prote­ ção individual. E não apenas nos ambientes com áreas

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classificadas, mas em todos os mercados. É verdade que a situação tem melhora­ do nos últimos anos, inclusive com forte crescimento desse setor. Mas ainda há um grande espaço para avançar. Um ponto positivo nesse processo é o avanço da base normativa nacional. Nesse sentido, de um lado estão as pró­ prias normas técnicas ligadas ao setor que têm colaborado para elevar o nível de qualidade e o conforto dos equipa­ mentos. De outro, estão as normas regu­ lamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, que induzem os trabalha­ dores a usar as peças no seu dia a dia. Ivo Rausch cita que, para a escolha de EPIs se usa principalmente a NR-6 – Equipamento de Proteção Individual. Essa norma estabelece, por exemplo, que as empresas são obrigadas a forne­ cer gratuitamente aos funcionários o EPI

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adequado a cada tipo de risco. Mas o tema não se restringe à NR-6. Várias outras NRs também trazem algu­ mas recomendações, embora seja preci­ so considerar que essas normas regula­ mentadoras indicam apenas o mínimo necessário para cada situação. “A NR coloca o mínimo necessário, pois para especificar corretamente o EPI é preciso consultar as normas adequa­ das a esse fim. Por exemplo, no caso da proteção do eletricista contra arco elé­ trico, a NR-10 diz que a vestimenta deve ser adequada, mas ela não diz como es­ pecificar”, comenta Rausch. No que tange aos riscos eletrostáti­ cos, o especialista da Project-Explo cita que a NR-20 é que trata do assunto, mas é preciso recorrer às normas inter­ nacionais para desenvolver o trabalho da forma mais adequada.

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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf Evento

Momento

Foto: Ricardo Brito/HMNews

histórico

Evento realizado em São Paulo marca o lançamento caderno ex

do Sistema de Certificação de Competências Pessoais em Atmosferas Explosivas.

Reportagem: Marcos Orsolon 70

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O

dia 06 de novembro de 2014 entrou para a história do setor de áreas classificadas no Brasil. Na ocasião, foi organizado um evento pela Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi) que marcou o lançamento do Sistema de Certificação de Competências Pessoais em Atmosferas Explosivas. Essa iniciativa foi e está sendo encarada com tanta importância no setor, que grandes nomes ligados ao mercado de áreas classifi­ cadas no País prestigiaram o encontro, realizado na sede da Abendi, em São Paulo, e que reuniu cerca de 60 convidados. Em seu discurso na abertura do evento, Roberval Bulgarelli, consultor Técnico da Petrobras e coordenador do Subcomitê SC31 do COBEI, ratificou a importância dessa certificação e enalte­


Fotos: Ricardo Brito/HMNews

feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

Lançamento do sistema de certificação de profissionais foi a realização de um sonho.

Esse é um momento histórico, muito importante, de pioneirismo na história Ex no Brasil.

Evento de lançamento do sistema de certificação foi apenas o primeiro passo desse trabalho.

Nelson López | ABPEx

Roberval Bulgarelli | Petrobras

João Antonio Conti | Abendi

ceu seu caráter pioneiro no segmento. “É um grande prazer participar de um evento inédito na história da segurança das instalações elétricas em atmosferas explosivas no Brasil”, disse Bulgarelli, que elogiou o trabalho da Abendi na direção, elaboração, aperfeiçoamento,

publicação e colocação em operação desse sistema de certificação. Para contextualizar a importância da certificação de profissionais para o setor de áreas classificadas, o consul­ tor da Petrobras fez um breve resumo sobre alguns dos momentos mais im­

portantes desse mercado, citando o es­ tabelecimento das primeiras indústrias envolvendo substâncias inflamáveis e combustíveis no Brasil nas décadas de 30 e 40, a criação da Petrobras, a cons­ trução das primeiras refinarias nos anos 50, a elaboração das primeiras normas brasileiras sobre esse assunto nos 60 e a publicação do primeiro regulamento sobre certificação compulsória de equi­ pamentos elétricos para atmosferas ex­ plosivas nos anos 90. Segundo Bulgarelli, da década de 90 para cá houve grande evolução na quantidade de equipamentos certifica­ dos, seguros e confiáveis no mercado. Mas é preciso avançar mais. “Hoje, a realidade é outra, pois os fabricantes amadureceram, assim como os usuá­ rios, os organismos de certificação de produtos e os laboratórios. No entan­ Reconhecimento

Profissionais que se destacaram no desenvolvimento da área de instalações elétricas em atmosferas explosivas no Brasil foram homenageados pelos organizadores do evento. potência

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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf

Fotos: Ricardo Brito/HMNews

Evento

caderno ex

to, os problemas continuam ocorrendo, assim como os acidentes e fatalidades. Significa que a disponibilidade de equi­ pamentos elétricos certificados no mer­ cado não é suficiente para garantir a se­ gurança das instalações elétricas e das pessoas que trabalham em atmosferas explosivas”, alertou o consultor. Bulgarelli disse que precisamos dar outros passos, como esse da certificação profissional. Mais que isso, ele destacou que é necessário olhar a segurança não do ponto de vista do equipamento, mas do ciclo de vida total das instalações em atmosferas explosivas, que inclui os estudos de classificação de área, o projeto das instalações, as atividades de montagem dos equipamentos e das instalações elétricas, de instrumentação, automação e telecomunicações.

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Profissionais ligados ao setor de áreas classificadas prestigiaram o evento. Momento também foi propício para fazer novos contatos, rever amigos e trocar ideias. Nesse sentido, Bulgarelli afirmou que a certificação das competências das pessoas que executam essas atividades é da mais importante prioridade, pois é preciso contar com profissionais compe­ tentes para a realização dos trabalhos, que saibam fazer a classificação de área, a montagem, as inspeções e os reparos. “Esse é um momento histórico, muito importante, de pioneirismo na

história Ex no Brasil, e o vejo como o elo de uma engrenagem muito gran­ de. Temos que ver a segurança ao lon­ go do ciclo de vida das instalações e esse passo de hoje é muito importan­ te”, finalizou. Em seguida foi a vez de Nelson Ló­ pez, presidente da Associação Brasileira para Prevenção de Explosões (ABPEx) fazer seu pronunciamento. Em um dis­


Fotos: Ricardo Brito/HMNews

feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •

curso emocionado, ele disse que esta­ va realizando um sonho. “Esse é um processo que começou há pelo menos 20 anos. Por isso é muito gratifican­ te estar aqui. É um sonho que está se concretizando”. Nelson fez um balanço desde a cria­ ção da ABPEx, ocorrida há 14 anos, e que tinha como objetivo criar um grupo de trabalho para disseminar informa­ ção e conhecimento relativo às áreas classificadas. “Na época já tinha co­ meçado um processo de renovação de normas e do processo como um todo que envolvia a certificação. E enxerga­ mos que era preciso criar alguma enti­ dade que disseminasse essas informa­ ções”, explicou. O presidente da ABPEx também citou que, com o passar dos anos e a evolução e amadurecimento do merca­

do, era preciso desenvolver programas sérios de treinamento, o que ocorreria através de uma possível certificação. E foi nesse momento que descobriu a Abendi e seu trabalho. “Apresentamos a ideia para a Aben­ di, o contingente de pessoas que teria interesse em participar do trabalho e eles iniciaram o processo. Começamos a trabalhar nisso há uns sete anos. E foi um processo difícil e trabalhoso até chegar nesse evento. A participação da Abendi foi decisiva para chegarmos até aqui, assim como a do Bulgarelli, que se incorporou ao trabalho e sinalizou o caminho que deveríamos seguir”, destacou. Na mesma linha dos agradecimen­ tos, João Antonio Conti, diretor-execu­ tivo da Abendi, enalteceu a participação de todas as pessoas envolvidas no tra­

balho. “Não teríamos atingido nenhum sucesso sem a dedicação das pessoas que se envolveram e se dedicaram de corpo e alma nos nossos organismos, no comitê setorial que desenvolveu essa norma. Vocês trouxeram a baga­ gem, a experiência e o conhecimento para dentro da nossa organização para que a gente pudesse, com o trabalho da nossa equipe, estruturar um esquema de certificação que atendesse aos anseios da comunidade envolvida nesse tema”, disse Conti. O executivo finalizou o discurso des­ tacando que o evento e o lançamento do sistema de certificação foram apenas o começo desse trabalho. E que a par­ ticipação de todos é fundamental para os próximos passos. “Vamos continuar com essa bandeira e contamos com to­ dos vocês nesse trabalho”. potência

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• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • Notas

Novidades na área normativa

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Foto: Ricardo Brito/HMNews

1. A introdução da Unidade de Competência Ex 000: Conhecimen­ tos e percepções básicas para entrar em uma instalação contendo áreas classificadas. Essa unidade abrange a obriga­ ção de segurança das pessoas que entram em áreas classificadas e evi­ dencia que a pessoa certificada pos­ sui uma compreensão da natureza dos riscos associados a esses ambien­ tes, das limitações sobre os equipa­ mentos que podem ser levados para o interior de áreas classificadas e das responsabilidades de segurança e saúde ocupacional, bem como dos procedimentos relacionados com es­ sas áreas. Esta unidade de conhecimento abran­ge as obrigações de segurança e os conhecimentos básicos mínimos das pessoas que entram em uma ins­ talação que contém áreas classifica­ das. Ela requer uma compreensão da natureza das áreas classificadas, limitações sobre os equipamentos que podem ser levados para o in­ terior das áreas classificadas e dos procedimentos e responsabilidades de segurança e saúde ocupacional relacionados com áreas classificadas. Além disso, ela não inclui requisitos para assegurar os aspectos de prote­ ção contra explosão da planta e dos equipamentos Ex. Segundo Bulgarelli, a principal diferença entre a Unidade Ex 000 e a Unidade Ex 001 é que a Unidade Ex 000 é aplicável a profissionais que não exercem atividades diretamente relacionadas com os equipamentos Ex, tais como operadores, técnicos de segurança, soldadores, mecânicos,

bras e coordenador do Subcomitê SC-31 do COBEI, entre as prin­ cipais modificações introduzidas nas novas versões desses do­ cumentos, em relação à Edição 2.0 (publicada em 2013), estão:

caldeireiros, pintores e montadores de andaimes. Esta Unidade de Com­ petência não se constitui em um pré-­ requisito para as demais Unidades de Competência. A Unidade Ex 001, por sua vez, é aplicável para os técnicos e engenheiros que executam atividades relacionadas com projeto, montagem, inspeção, manutenção, reparos e au­ ditorias em áreas classificadas. Ela é um pré-requisito para outras Unidades de Competências Ex.

executar as atividades de instalação e de manutenção.

4.

Retirada da Unidade Ex 001 como pré-requisito da Unidade Ex 005 (Reparo e recuperação de equipamen­ tos Ex). As pessoas envolvidas com as ati­ vidades de reparo, como soldadores, torneiros mecânicos, ajustadores, lu­ brificadores e pintores, não necessi­ tam trabalhar em áreas classificadas e nem estão expostas aos riscos de áreas classificadas ou da eletricida­ de. Estas pessoas realizam as suas atividades de reparos e recuperação de equipamentos Ex dentro das ofici­ nas, em equipamentos desmontados e desligados.

5.

Alteração das quantidades de questões a serem aplicadas nos exames de conhecimentos teóricos, tanto questões do tipo de múltipla escolha como questões dissertativas (com respostas curtas).

2.

Revisão do escopo da Unidade de Competência Ex 001. Esta Unidade de Competência abrange os princípios básicos de proteção em atmosferas explosivas da instalação e dos equipamentos.

3.

Revisão das Unidades de Competências Ex que são pré-requisi­ tos para as demais. Por exemplo, as Unidades Ex 003 e Ex 004 deixaram de ser pré-requisi­ to para as Unidades Ex 007 e Ex 008, uma vez que os inspetores não neces­ sitam possuir habilidades físicas para

Foto: DollarPhotoClub

caderno ex

Foram publicados em 16 de setembro pelo IECEx as novas edições (3.0) dos Documentos Operacionais OD 503 e OD 504. Conforme explica Roberval Bulgarelli, consultor técnico da Petro­



• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • Notas

6. Atualização do tempo míni­ mo sugerido para a duração dos exa­ mes de habilidades práticas e estudos de casos para as Unidades de Com­ petências Ex. 7. Inclusão do Anexo B no OD 504 sobre tipos e quantidade de ques­

Tabela 2 – Número mínimo e tipo de questões em exa­ mes de conhecimentos. As quantidades de questões de múltipla escolha e disserta­ tivas (respostas curtas) fo­ ram reduzidas, em relação à Edição anterior (Ed. 2.0).

tões em um exame de conhecimento para abranger todos os as­ pectos das Unidades de Competências Ex. Este novo Anexo está alinhado com a revisão do OD 503 -

Foto: DollarPhotoClub

Catálogo de produtos Acompanhando a evolução do port­fólio de sua divisão de materiais elétricos específicos para atmosferas explosivas, a Tramontina Eletrik anun­ cia o lançamento do Catálogo de Pro­ dutos Ex. Disponível também na versão

on-line, o catálogo apresenta ao merca­ do soluções destinadas às instalações em ambientes com atmosferas explosi­ vas e áreas industriais não classificadas, cujos produtos são comercializados com a marca Tramontina Ex. A linha Tramontina Ex inclui produ­ tos como Caixas de Passagem e Ligação CAEx, Caixas de Comando e Sinalização CPEx, Caixas de Passagem e Ligação CBEx, Painéis CCEx, Acio­ namentos de Comando e Sinalização ACEx, Bujões BUEx, Plugues e Tomadas DXN, Prensa-cabos PCEx e Caixas de ligação CEEx. No catálogo é possível

conhecer detalhadamente cada item e obter informações quanto ao uso, fun­ cionalidades e características técnicas. De fácil visualização, ele é organizado de acordo com a área de aplicação, certificações, infraestrutura, informa­ ções técnicas sobre atmosferas ex­ plosivas e a descrição de cada linha. Para conhe­ cer o novo catálogo, basta acessar o ende­ reço www.tramontina. com.br, clicar no link Catálogos no alto da página e, na seção Ma­ terial Elétrico, fazer o download do catálogo Atmosferas Explosivas. Foto: Divulgação

Foto: DollarPhotoClub

caderno ex

IECEx OD 506

Também foi lançado em setembro o Documento Operacional IECEx OD 506, que apresenta orientações sobre a utilização e manutenção do Banco de Questões fornecido para os Organismos de Certificação acreditados pelo IECEx, participantes do Esquema de Certificação de Competências Pessoais para Atmosferas Explosivas, para au­ xiliar na preparação das atividades de avaliação associadas com a emissão de Certificados de Competências Pes­ soais para pessoas envolvidas em atividades relacionadas com atmosferas explosivas. O objetivo deste Documento Operacional é assegurar que cada Organismo de Certificação de Pessoas acredi­ tado pelo IECEx avalie os candidatos à certificação de uma forma consistente entre si, com a aplicação de exames teóricos contendo questões de múltiplas escolha e dissertativas com origem em um mesmo banco de questões compartilhado. As novas edições destes Documentos Operacionais do IECEx foram traduzidos para o português do Brasil e fo­ ram encaminhados para o IECEx pelo Subcomitê SC IECEx BR do Cobei. Oportunamente estes documentos serão disponibilizados para acesso público no site do IECEx, juntamente com os demais documentos sobre os sistemas de certificação de empresas de prestação de serviços Ex.

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Testtech


RADAR

Negócios

Supergauss aposta na tecnologia LED para conquistar espaço no mercado brasileiro de iluminação.

Foto: DollarPhotClub

Reportagem: Paulo Martins

A

tuando há mais de quatro décadas na fabricação e comercialização de produtos magnéticos, a Supergauss, empresa tradicional de São Paulo, aposta na diversificação de seu portfólio para crescer. Atenta às tendências dos mercados brasileiro e mundial, a companhia começou neste ano a fornecer itens de iluminação baseados na tecnologia LED, graças a uma parceria firmada com a i-SAVE Energy, especialista europeia em sistemas de iluminação. Conforme explica Roberto Barth, diretor da Supergauss Produtos Magnéticos, dentro do planejamento estratégico da empresa havia a busca por novas 78

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Novo

desafio

linhas de produtos que pudessem contribuir para combater o alto custo e a escassez de energia elétrica que afetam o Brasil e o mundo, e que tendem a se agravar no futuro. “Encontramos na iluminação a LED uma alternativa de grande economia de energia e curtíssimo retorno sobre o investimento”, conta o executivo, complementando que a i-SAVE tinha planos de conquistar os mercados brasileiro e sul-­ americano e identificou na Supergauss e sua estrutura a oportunidade de contar com um importante parceiro local. De acordo com Barth, a receptividade à iniciativa tem sido excelente. “Estamos oferecendo uma linha de produtos

muito própria ao mercado brasileiro, não apenas no que se refere à especificação técnica, mas também ao preço, qualidade, durabilidade, economia de energia e facilidade de substituição em instalações já existentes”, observa. Um dos itens especialmente desenvolvidos para o Brasil é a linha de highbay com soquete denominada SambaLed, justamente para baratear a substituição de outros tipos de lâmpadas em instalações já existentes. Com todo esse encaminhamento dado ao trabalho, naturalmente as perspectivas para o futuro são bastante positivas: “Temos certeza de que o resultado de nossos produtos da linha de iluminação superará as expectativas iniciais”.


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Produtos

A aquisição dos itens de iluminação pode ser feita diretamente junto à Supergauss, mas também há casos em que a empresa trabalha em parceria com engenheiros, arquitetos e construtoras para especificar a melhor solução para o usuário final. “Com softwares de última geração, podemos desenvolver projetos de iluminação individualmente para cada cliente, garantindo a melhor performance e um curto retorno sobre o investimento”, garante Barth. Neste primeiro momento as principais linhas de produtos disponibilizadas ao mercado brasileiro são as chamadas highbays, os Tube LED e as luminárias planas. As soluções de LED visam atender à crescente demanda por produtos com alta eficiência energética em indústrias, galpões, centros de distribuição e atividades logísticas, estabelecimentos comerciais, clubes, estacionamentos, shoppings e universidades, entre outros ambientes. Barth explica que as soluções de LED substituem com vantagens vá-

rios tipos de iluminação convencional, como as lâmpadas fluorescentes e as de vapor metálico. “A substituição é rápida, econômica e sustentável. É isso que o mercado brasileiro precisa, nestes tempos de escassez de energia”, observa o executivo. Segundo Barth, a i-SAVE Energy conseguiu agregar em suas linhas o melhor da tecnologia alemã e os custos de fa-

Iluminação a LED é uma alternativa de grande economia de energia e curto retorno sobre o investimento.

Principais linhas disponibilizadas são as chamadas highbays, os Tube LED e as luminárias planas.

bricação menores, proporcionados pela manufatura asiática. Os produtos são desenvolvidos no escritório e no laboratório de desenvolvimento da empresa em Berlim, onde também são testados e certificados. Para poder abastecer o mercado mundial com produtos a preços mais acessíveis, a companhia mantém fábrica na China. “Ou seja, a i-SAVE alia a qualidade alemã ao custo competitivo, e assim conquistou os mais exigentes mercados e clientes em toda a Europa”, comenta o diretor da Supergauss. Ele destaca ainda que a alta qualidade dos componentes utilizados nos produtos garante iluminação constante durante toda a vida útil. “Com os produtos da i-SAVE conseguimos fornecer ao mercado um retorno sobre o investimento superior ao de nossos concorrentes, justamente devido à grande eficiência dos itens”.


projeto conectar

Apoio:

notícias de automação predial

Publicação tem nova edição

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Acaba de ser lançada a segunda edição do livro Automação residencial – conceitos e aplicações. A publicação, de autoria dos engenheiros José Roberto Muratori e Paulo Henrique Dal Bó, é destinada às pessoas que desejam iniciar, atualizar ou aprofundar os conhecimentos sobre um dos segmentos mais dinâmicos da engenharia no momento: a Domótica. O livro é composto por 12 capítulos que apresentam conteúdo inédito e atualizado, tais como Instalações Elétricas Convencionais e Automatizadas; Protocolos de Automação;

Cabeamento Residencial para Dados, Voz e Imagem; Projeto de Infraestrutura; Interfaces de Automação; Automação em Áreas Comuns de Edifícios Residenciais, e Eficiência Energética. A publicação aponta ainda as tendências para o futuro do setor. Para facilitar o entendimento, a obra é ricamente ilustrada, possuindo linguagem acessível, mesmo para pessoas leigas que se interessem pelo tema. Os autores são profissionais atuantes desse segmento, com vasta experiência teórica e prática e que contribuem com a principal entidade do setor, a Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial).

Mercado agitado Novidades

Para quem ainda tem dúvidas sobre o futuro da Automação Residencial no Brasil e no mundo, veja quem está se aproximando desse mercado:

O Instituto da Automação, que acaba de ganhar um logo definitivo, já começou a realizar seus primeiros cursos e diversos outros estão programados para os meses de novembro e dezembro. Um dos primeiros temas abordados foi “Automação para áreas comuns de edifícios residenciais”, apresentado por José Roberto Muratori, e que tratou de um nicho de mercado ainda pouco explorado, mas com grande potencial em função da necessidade cada vez maior de se obter eficiência no uso dos recursos e insumos, reduzindo o custo de operação e manutenção dos condomínios. E mostrando que a automação pode ser uma ferramenta fundamental neste quesito. O outro tema já apresentado foi a discussão e explicação detalhada da nova norma de cabeamento estruturado residencial, cujo instrutor foi o engenheiro Paulo Henrique Dal Bó, que participou diretamente das reuniões de discussão sobre a norma no âmbito do COBEI e que resultou na publicação da NBR 16264 em fevereiro deste ano.

Projeto Prédio Eficiente

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Planejamento 2015

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A Aureside aproveitou a realização da segunda edição da Feicon Batimat Nordeste para levar mais uma vez o projeto Prédio Eficiente a uma das regiões que mais tem crescido no Brasil nos últimos anos. No dia 22 de outubro, a associação realizou uma série de apresentações no auditório do evento, reunindo cerca de 100 pessoas. Na ocasião, participaram da iniciativa algumas empresas associadas que patrocinam o projeto: ABB, Biltech, Finder, Flex Z-Wave, Neocontrol e Schneider. Com uma área de exposição de 7 mil metros quadrados, a Feicon Batimat Nordeste se consolidou como o principal evento do setor de material de construção na região. Ela ocorreu entre os dias 22 e 24 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco, situado na cidade de Olinda, e reuniu mais de 150 marcas. Segundo os organizadores, cerca de 9 mil visitantes compareceram ao evento.

A Aureside já iniciou seu planejamento estratégico para o ano de 2015. E, entre as várias ações previstas pela associação, estão os eventos que percorrem todas as regiões do País. Se você tiver interesse em receber a edição de um curso, treinamento “in company” ou qualquer outro tipo de evento organizado pela entidade, entre em contato através do e-mail: contato@aureside.org.br. Ao longo de 2014, a Aureside organizou diversos eventos ligados ao setor de automação residencial e predial, cuja grade pode ser consultada no link: http://www.aureside.org.br/eventos/base2.asp?file=/quemsomos/crono2014.htm.



Foto: DollarPhotoClub

projeto conectar

notícias de automação predial

O crescente avanço da automação residencial no Brasil tem gerado oportunidades de negócios relevantes nos últimos anos. E, com elas, surge também a necessidade das empresas contarem com profissionais qualificados para atuar na área. Entre eles, o integrador de sistemas residenciais é o profissional que reúne as condições de atender construtoras e moradores em todos os requisitos de um projeto de automação. Pensando na formação dessas pessoas, a Aureside criou um Programa de Certificação que tem capacitado profissionais de todo o Brasil desde 2001. Até 1) Introdução à Automação Residencial: Proporciona uma visão geral das funções e benefícios da automação residencial como um todo. Define o conceito de automação residencial, ou domótica, e discute o aspecto primordial da integração de sistemas dentro do moderno conceito de automação residencial. 2) Principais Sistemas Residenciais: Definição de níveis de automação. Enumera e discrimina os principais sistemas que compõem o universo da automação residencial. Sensores, atuadores e interfaces. 3) Integração com Sistema de Segurança: Discussão sobre o conceito ampliado de segurança. Alarmes, circuito fechado de TV, controles de acesso. Monitoramento remoto. 4) Instalações Elétricas Residenciais Convencionais: Breve revisão dos principais conceitos de instalações elétricas. Proteção elétrica. Zonas de iluminação, padrões de comando (paralelo, intermediário). Tomadas de uso geral. 5) Instalações Elétricas Residenciais Automatizadas: Conceito de automação elétrica. Sistemas centralizados e descentralizados. Principais mudanças em relação às instalações convencionais. Controle de potência e comandos. Diagramas explicativos.

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Apoio:

ão ç a ic nal f i l a Qu rofissio p

o momento, 83 turmas do Curso de Integrador de Sistemas Residenciais foram realizadas, sendo que a próxima já tem data e local definidos. Será de 10 a 12 de dezembro, no Espaço Ettore, em São Paulo. Através deste programa, o participante não só se prepara tecnicamente mas desenvolve uma rede de contatos consistente e capaz de habilitá-lo a desenvolver seus primeiros projetos com êxito. O curso tem uma estrutura dividida em duas partes. A primeira é presencial e tem a duração de 27 horas. Os temas abordados nesta etapa são:

6) Principais Protocolos de Automação Residencial: Conceito de protocolo de comunicação. Apresentação dos mais importantes em automação residencial. Protocolos PLC (Power Line Carrier), wireless, cabeados e híbridos. 7) Cabeamento Residencial: Cobre os conceitos de cabeamento estruturado. Dados, voz, imagem. Tipos de cabos utilizados. Centro de conectividade. Esquemas de ligação. Ativos e passivos. Normas brasileiras e internacionais aplicáveis. Estudo de caso. 8) Projeto Integrado de Infraestrutura: Iniciando um projeto. Check list e infraestrutura. Etapas do projeto. Entradas e saídas. Topologias de distribuição. Projetos para novas edificações e para “retrofits”. 9) Como Vender Automação Residencial: Conhecendo o consumidor de automação residencial e seus perfis. Tendências atuais do mercado. Abordagens diversificadas: incorporadores e construtores. Vencendo objeções e expondo benefícios. 10) O Mercado de Automação Residencial: Quem são os personagens do mercado e como interagem. Critérios de certificação. A função do integrador de sistemas: descritivo de atividades, conhecimentos e habilidades, metodologia, comportamento e resultados. A segunda parte do Curso de Integrador

de Sistemas Residenciais é composta por aulas virtuais. O aluno deverá escolher cursos virtuais com duração total de até 12 horas, entre as opções que a Aureside oferece através do Instituto da Automação (Núcleo de Produtos e Soluções). Haverá disponibilidade destes cursos de forma constante e em horários variados, de modo que o participante poderá concluir o estudo deste material num curto período após a conclusão da etapa presencial. AURESIDE Associação Brasileira de Automação Residencial Rua Hilário Ribeiro, 121 CEP 04319-060 São Paulo-SP Fone: (11) 5588-4589 E-mail: contato@aureside.org.br Site: www.aureside.com.br

Diretoria José Roberto Muratori Diretor-Executivo Edison Puig Maldonado Diretor Técnico Raul Cesar Cavedon Diretor Administrativo e Financeiro Fernando Santesso Diretor de Marketing



finanças e investimentos

Sistema de distribuição

A ABB irá fornecer um sistema de distribuição de energia de 34,5 kV, com base na tecnologia de painéis isolados a gás (GIS), para a principal fábrica de celulose da Klabin que está sendo construída em Ortigueira (PR). O contrato, registrado no segundo trimestre de 2014, está avaliado em US$ 20 milhões e inclui os serviços de projeto, fornecimento, comissionamento e startup. A solução da ABB apresenta tecnologia de ponta, como o Is-limiter, dispositivo de chaveamento de energia mais rápido do mundo, e gabinete de modularidade. O sistema de energia da nova fábrica permitirá que a usina gere eletricidade excedente para venda de volta à rede. A engenharia para o sistema já está em andamento. A implementação e o comissionamento serão realizados no segundo trimestre de 2015. ABB e Klabin têm trabalhado juntas desde o início dos anos 80, em muitos projetos, tais como sistemas de média e alta tensão, processo de eletrificação, motores, controle de qualidade e automação, em várias fábricas da Klabin nos processos de celulose ou de papel. A fábrica em Ortigueira será autossuficiente em energia elétrica, gerando 270 MWh de energia. Desse total, 120 MWh serão utilizados para consumo próprio e um excedente de cerca de 150 MWh - energia suficiente para abastecer uma cidade de meio milhão de habitantes - será entregue ao mercado. Toda a energia produzida pela Klabin será limpa, proveniente de fontes renováveis, sem queima de combustíveis fósseis.

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economia

Produtividade aumentada

A Steck está promovendo uma série de investimentos na fábrica que a companhia mantém em Manaus (AM). A empresa destinou recursos à renovação do setor de injeção plástica, adquiriu novos sistemas de refrigeração e está desenvolvendo moldes. Uma das conquistas obtidas foi a redução do tempo de injeção das peças. Com isso foi possível aumentar a produtividade e gerar projetos mais eficientes. Além disso, a Steck alterou o layout do setor de ferramentaria para facilitar o fluxo do trabalho, comprando máquinas com mais precisão no acabamento. A curto prazo, a empresa pretende aumentar a ponte rolante de 29 para 85 metros. Com isso, será possível atingir um ganho ainda maior de produtividade, com a redução de tempo de setup de todas as injetoras. E os investimentos não se destinam apenas ao parque fabril. A empresa tem em andamento um projeto de coaching para capacitação do grupo de supervisores. Com duração de três meses, o foco é na melhoria do relacionamento interpessoal, para que todos se tornem melhores gestores, desenvolvam uma visão global do negócio e possam obter resultados sempre mais satisfatórios.

Crescimento comemorado

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as principais empresas de materiais elétricos do País. Por outro lado, as ações nos pontos de venda, treinamentos e atendimento voltado à especificação em construtoras também tornaram possível a forte expansão. Tanto que caminham para fechar este ano com crescimento expressivo novamente. Para 2015, as perspectivas não são diferentes e o aumento deve acompanhar os anos anteriores. Carlos Eduardo Demonte, consultor de vendas da WAGO, afirma que, além da equipe de vendas interna, o empenho do time de representantes e distribuidores em todo o Brasil, atendendo às empresas do segmento elétrico e de construção civil, colaborou sobremaneira para os números positivos: “O nosso plano de divulgação do produto é bem alinhado e isso nos aju-

da muito na obtenção dos bons resultados. Exposição em feiras e escolas profissionalizantes, treinamentos constantes das equipes, palestras para eletricistas e eventos como o Workshop de Inovações WAGO, tradicional evento realizado desde 2011 pela empresa, são ações que nos acompanham diuturnamente”. Foto: Divulgação

Com foco e possibilidades promissoras em revendas de materiais elétricos, construtoras e instaladoras, a WAGO, empresa alemã especializada em conexões elétricas e automação, criou, em 2012, um departamento específico para cuidar das vendas de sua linha 222 de Conexão Automática. A decisão se mostrou das mais acertadas: de lá para cá, as vendas do produto vêm se consolidando, com a primeira investida alcançando nada menos do que 350% de crescimento um ano depois, em 2013. Já bastante conhecida e comercializada por toda a Europa, por aqui bastou apenas um empurrão para deslanchar. Após a criação da equipe de vendas focada exclusivamente na linha, em pouco tempo a WAGO já iniciava parcerias com


Pesquisa & Desenvolvimento A Siemens alcançou, no Brasil, a marca de oito centros de Pesquisa e Desenvolvimento com foco no aprimoramento de tecnologias de ponta. Sediado em Belo Horizonte (MG), o novo centro tem como origem a Senergy, startup brasileira adquirida pela Siemens em 2012. O núcleo já é um centro de competência global para detecção de perdas não técnicas de energia e referência em exportação de softwares e soluções. “O novo centro de P&D faz parte da estratégia da Siemens de oferecer soluções para Redes Elétricas Inteligentes tanto no mercado brasileiro como global”, explica Sergio Jacobsen, gerente geral de Serviços e Soluções para Smart Grids da Siemens no Brasil. “Ele demonstra o compromisso da Siemens com o desenvolvimento de soluções inovadoras no mercado nacional. Temos profissionais criando tecnologias capazes de contribuir com a integração e modernização dos sistemas”. No Brasil, as perdas comerciais, que correspondem a fraudes e problemas de medição e faturamento, representaram em 2013 um prejuízo de aproximadamente 6 bilhões de reais

às concessionárias, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo o órgão, a região Norte é líder no índice de perdas comerciais, com média de 22% do total da energia injetada no sistema. Entre as principais tecnologias desenvolvidas no novo centro de P&D estão soluções de medição para toda a cadeia de transmissão. Um dos destaques do portfólio da empresa para este mercado é o MECE, sistema de gerenciamento dos dados de medição capaz de organizar, processar e facilitar a visualização das informações. Em 2013, a Siemens forneceu ao Grupo Eletrobrás solução completa de medição de energia. As tecnologias da companhia já estão instaladas nas seis distribuidoras de energia do Grupo, localizadas em Alagoas, Piauí, Roraima, Rondônia, Acre e Amazonas. O monitoramento desses grandes consumidores já está sendo feito por meio de Centros de Medição instalados em cada região, que têm como objetivo controlar as operações para redução das perdas não técnicas nas distribuidoras da Eletrobrás. Foto: Divulgação

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economia

finanças e investimentos

Participação comemorada

A Cobrecom Fios e Cabos Elétricos considerou bastante satisfatória sua participação na Feicon Batimat Nordeste - 2º Salão Internacional da Construção, ocorrido entre os dias 22 e 24 de outubro, em Recife (PE). A empresa destaca que o evento constituiu uma excelente oportunidade para encontrar os clientes e parceiros da região Nordeste e ainda fazer novas relações comerciais. “Por isso estiveram presentes em nosso estande os principais executivos da empresa”, afirma Paulo Alessandro Delgado, gerente de Marketing da Cobrecom. O executivo também comemora a boa participação do público nessa edição da Feicon Batimat Nordeste. “Tivemos 15% a mais de visitantes em relação ao ano passado”, revela Delgado. Um dos destaques da empresa na feira foi o Display Metrocom, que permite a venda fracionada de fios e cabos - inclusive, foram sorteadas três unidades durante o evento. Outro importante produto apresentado foi a linha de cabos não halogenados: os Cabos Superatox Flex 70º C e o Superatox Flex HEPR 90º C para 1, 2, 3 e 4 condutores.

Eólica em alta

A fonte eólica foi responsável por atender 46,4% da demanda de contratação de energia para o País, marcando forte presença mais uma vez nos leilões de energia, confirmando as expectativas da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica). O Leilão de Energia de Reserva 2014, realizado no dia 31 de outubro de 2014, viabilizou a contratação de 1.658,76 MW. A fonte eólica vendeu 769,1 MW, ao preço médio de R$ 142,34 e deságio de 1,15%. Para a presidente-executiva da ABEEólica, Elbia Melo, os resultados refletem a maturidade da indústria eólica. “Os montantes negociados demonstram o momento de consolidação que a fonte eólica está vivendo e os reais custos por ela apresentados, tendo em vista a necessidade da precificação dos riscos relativos à transmissão de energia, principalmente”, destaca. Com a contratação de 769,1 MW, a fonte eólica será responsável pela geração de 11.500 novos postos de trabalho, aplicação de cerca de R$ 3 bilhões em investimentos e produção de, em média, 385 aerogeradores e 1.154 novas pás. Esse volume de energia será capaz de abastecer mensalmente 1,5 milhão de residências e evitar 716 mil toneladas de CO2. Somada a capacidade contratada no leilão A-3 2014, realizado em junho, a fonte eólica já contratou esse ano 1.320,1 MW. Foto: Divulgação

Atualização preventiva

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Hoje, Itaipu opera com 20 unidades geradoras, dez na frequência de 50 Hz, que fornecem energia ao Paraguai e dez em 60 Hz para o sistema de potência brasileiro. As barras integram-­ se aos transformadores das unidades geradoras que elevam a tensão para 500 kV para que a potência seja transmitida. É por meio das barras que se distribui a potência gerada na usina. Qualquer distúrbio nessa barra, um curto-circuito, por exemplo, pode prejudicar o fornecimento da energia, por isso, a necessidade de um sistema seletivo que proteja a barra para impedir que se comprometa toda a transmissão de energia. O gerente de vendas da SEL, Bertholdo Hoffmann, explica que devido à alta complexidade, a transição dos relés eletromecânicos para os dispositivos inteligentes digitais será gradual e ágil. “O trabalho será realizado em conjunto com equipes da SEL e da Itaipu e com testes, ensaios e simulações rigorosas para que os ajustes ocorram antes do comissionamento e entrada do novo sistema em operação”, afirma. Foto: DollarPhotoClub

A Itaipu Binacional está investindo R$ 2 milhões para garantir inovação tecnológica ao seu sistema de proteção de barras responsável pela distribuição da potência gerada para as linhas de transmissão de energia. O contrato foi firmado com a SEL (Schweitzer Engineering Laboratories), empresa especializada em proteção e automação dos sistemas elétricos, que realizará a substituição e atualização dos painéis para proteção de barras em 500 kV. O objetivo é substituir o antigo sistema por dispositivos inteligentes digitais, capazes de identificar e minimizar erros e consequente colapso do sistema elétrico. O projeto se estende até 2017. De acordo com o superintendente de Engenharia da Itaipu, Jorge Habib Hanna El Khouri, a atualização é preventiva e tem o objetivo de substituir as proteções eletromecânicas das barras de 500 kV que já estão no fim da vida útil. Habib afirma que um dos grandes desafios é cumprir o rigoroso planejamento para substituições dos relés anteriores na forma e tempo programado. “Os esforços preliminares para liberação da barra para substituição da proteção exigem um grande trabalho de coordenação com várias instituições”, afirma. A expectativa, segundo ele, é que o novo sistema contribua de modo positivo com os altos índices de disponibilidade e confiabilidade que a hidrelétrica tem mantido ao longo do tempo. O retrofit integra o plano de atualização que reúne as intervenções precisas em unidades geradoras, transformadores e serviços auxiliares.


A conscientização ambiental é pauta recorrente na maioria das empresas. A Ortodontic Center, uma das maiores redes de clínicas de ortodontia do País, assumiu uma postura social relevante ao incluir funcionários, clientes, fornecedores e franqueados em seu manual de responsabilidade ambiental. As ações realizadas pela marca visam não apenas disseminar a importância das atitudes sustentáveis para a comunidade, como também diminuir, na prática, o desperdício de bens naturais e a degradação do meio ambiente. O primeiro passo adotado pela rede em seu programa de responsabilidade ambiental é a promoção de campanhas educativas que consistem na divulgação de editais com informações relacionadas ao uso consciente dos recursos e discussão sobre o tema nas reuniões e encontros entre diretores e colaboradores. A intenção é desenvolver uma cultura de comprometimento sustentável dentro de todos os setores da própria empresa. A segregação do lixo, além de ser uma exigência de órgãos fiscalizadores como a Vigilância Sanitária, é uma ação básica em qualquer estabelecimento comercial. A Ortodontic Center criou adesivos personalizados que identificam cada tipo de lixo, com o objetivo de facilitar o trabalho de separação em suas unidades. A rede também demonstra preocupação com o consumo

Foto: Divulgação

Economia de recursos de energia elétrica. Por isso, faz uso de lâmpadas com sensores de presença, com tempo programado de iluminação, além de sensor de presença com fotocélula, para lugares com maior iluminação natural que só necessitam de lâmpadas acesas em períodos com menor claridade. Na economia de água, a Ortodontic Center dá exemplo ao implantar sensores para as cuspideiras usadas pelos dentistas. Com esse sistema, que aciona o fluxo da água apenas no momento em que o usuário se aproxima e entra no alcance do sensor, é possível economizar até 95% de água. As clínicas da rede também são equipadas com descargas econômicas, que consomem até 20 litros a menos comparadas às convencionais. Gradualmente, as clínicas franqueadas se desfazem dos copos descartáveis. Foram desenvolvidas canecas térmicas com o intuito de reduzir o consumo dos copos descartáveis entre os colaboradores. Quanto ao papel toalha, foram instalados dispensers automáticos capazes de gerar uma economia de até 15% da bobina.


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produtos e soluções

Maior autonomia A Bosch lançou uma linha de ferramentas a bateria, que inclui furadeiras e parafusadeiras, martelos, serra circular, serra tico-tico, esmerilhadeira, serra sabre, multicortadora, aspirador de pó e lixadeira, que contam com alta potência, durabilidade e resistência reforçada, desenvolvidas nas voltagens 12V MAX, 14,4, 18 e 36 V. Movidas por íons de lítio e com maior amperagem, as baterias oferecem autonomia até 53% superior, se comparadas às versões anteriores. Dois dos produtos de destaque na linha são as novas furadeiras e parafusadeiras GSR 1800-LI (foto), com 18V de potência, e a GSR 1200-2-LI, com bateria 12V MAX, mais compacta.

Fluxo luminoso A luminária Plafon LED Foxlux é um produto composto de materiais de alta qualidade para garantir maior durabilidade e segurança. Disponibilizado na cor branca, é indicado para ambientes residenciais, comerciais, hotéis, restaurantes, etc. Funciona tanto em 127 V quanto em 220 V (bivolt), o que facilita a instalação e propicia um ótimo fluxo luminoso. Além disso, a peça é vedada contra a entrada de insetos, o que impede que os mesmos se acumulem no interior do produto, obstruindo o fluxo luminoso. Construída em material leve e de fácil instalação, a luminária contém 72 LEDs SMD e possui driver embutido.

Solução para jardins A Tramontina Eletrik apresenta uma nova linha de extensões elétricas. As Extensões de Cabide são fáceis de enrolar, transportar e armazenar e possuem cabos com diversos comprimentos (10, 15, 20 e 30 metros), de acordo com o tamanho do ambiente. A seção transversal (1,0, 1,5 e 2,5 mm²) também deve ser escolhida de acordo com a potência do equipamento utilizado. A extensão com cabo plano PP é fornecida com plugue e tomada, e vem acondicionada em um prático suporte plástico, disponível nas cores amarela com fio de 1,0 mm², verde com fio de 1,5 mm² e laranja com fio de 2,5 mm².

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Gestão de Laboratório A Tektronix apresentou a primeira solução sem fio da indústria para gerenciamento de instrumentos para rapidamente configurar e gerenciar de forma eficiente laboratórios básicos de engenharia eletrônica em faculdades e universidades. A nova solução TekSmartLabTM TSL3000A suporta até 120 instrumentos (30 bancadas de teste) em uma única plataforma. Ao converter as portas USB dos instrumentos em uma interface sem fio usando um conversor de Wi-Fi-USB, o TekSmartLabTM elimina aborrecimentos de ser fazer cabeamento, ao mesmo tempo que oferece aos professores as ferramentas de software que precisam para gerenciar de forma eficiente grandes e ocupadas salas de aula.

Discrição e funcionalidade A linha de tomadas e interruptores Finesse, da B-LUX, possui acabamento do corpo e da placa na cor branca, sendo incorporada em ambientes de maneira discreta e funcional. Segundo a empresa, oferece o melhor custo-benefício do mercado e destaca-se pelas teclas com funcionamento suave, com diferencial de quatro opções de cores para as tomadas, facilitando a diferenciação das tensões nas instalações.

Estruturas altas A Luminária Posto de Gasolina LED Avant é hermeticamente lacrada e pode ser instalada em postos e galpões comerciais e industriais com pé direito elevado, de até 10 metros de altura. Desenvolvidas em liga de alumínio e com LEDs de alta potência, as luminárias garantem emissão de luz constante e uniforme, com o aproveitamento total do fluxo luminoso. O produto contribui para a preservação do meio ambiente: não contém metais pesados na sua composição; seu custo de manutenção é baixo devido à durabilidade de 50 mil horas; não aquece o ambiente, além de economizar 60% de energia elétrica quando comparado com as tradicionais luminárias de lâmpadas de descarga.

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produtos e soluções

Isolante líquido A Quimatic Tapmatic apresenta a Fita Isolante Líquida, em diversas opções de cores. De acordo com a empresa, o produto é mais fácil de aplicar que a fita isolante tradicional e garante mais segurança e melhor acabamento estético às instalações elétricas. Aplicado com pincel ou por imersão, o produto molda-se completamente às superfícies, por isso isola e impermeabiliza componentes elétricos com total eficiência, protegendo as instalações da umidade, água e corrosão, inclusive quando as mesmas estão enterradas, debaixo d’água ou sujeitas à intempérie. A fita isolante líquida adere a metais, plásticos, borracha e vidro, entre outros materiais.

Energia fotovoltaica Painel de silício monocristalino de 90 Wp, o Painel Solar Fotovoltaico Jetion, distribuído no Brasil pela Neosolar Energia, conta com certificação do Inmetro (selo de classificação A). O produto é produzido em vidro temperado especial, que torna as células mais eficientes, e quadro reforçado em alumínio. Segundo a empresa, possui excelente performance mesmo em dias de baixa radiação solar. O painel solar possui as seguintes dimensões: 1.195x541x40 mm.

Distribuição elétrica A linha de quadros de distribuição Fix-o-Rail Abaco, lançada pela GE, possui baixa tensão para aplicação residencial e baixo comercial, como escritórios e hotéis. O novo produto traz portas transparentes e molde discreto, sendo muito utilizado em aplicações onde a aparência tem grande relevância. Além disso, possui grau de proteção IP40, isolação completa e é constituído por material de alta resistência a impacto. A solução é comercializada na cor branca e nos modelos de 4, 7, 10, 14 e 26 módulos.

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Adaptador universal O Adaptador 2 Polos Universal produzido pela B-LUX está disponível nas cores branca, cinza e preta, com acabamento fosco. Os produtos são fabricados em 10 A e atendem à norma ISO NBR 14136. Segundo a empresa, os itens estão na lista de produtos aprovados pela Qualihab (Programa da Qualidade da Construção Habitacional do Estado de São Paulo) e possuem garantia exclusiva de seis anos.

Gerenciamento de testes A Fluke Networks apresenta o LinkWare™ Live, primeiro serviço baseado em nuvem que permite aos integradores, instaladores de cabos e gerentes de projeto que utilizam a família Versiv™ de Certificadores de Cabeamento, carregar, gerenciar e analisar os resultados dos testes de certificação - a qualquer hora e em qualquer lugar. O LinkWare Live trabalha com o DSX-5000 ™, OptiFiber® Pro e os testadores de certificação CertiFiber® Pro para otimizar o gerenciamento de projetos e proteger a rentabilidade do instalador, proporcionando acesso aos resultados dos testes em tempo real, estendendo o suporte aos técnicos em campo e eliminando custos desnecessários com locomoção ou transporte do testador de volta para o escritório. O LinkWare Live é um serviço gratuito disponível para todos os clientes Versiv.


opinião

Estudo de carga

Monitoramento do consumo de energia Razões para a criação do registro de energia e de seu consumo

O

Foto: Divulgação

s eletricistas devem sempre realizar estudos de carga antes de adicionar uma carga elétrica a um painel ou serviço já existente. Por quê? As ordens vêm do inspetor elétrico, do engenheiro responsável pelo projeto ou do cliente que está adicionando novas cargas, e a razão para isto é avaliar se há capacidade suficiente para novas cargas. Estudos de carga envolvem o uso de um registrador para documentar os níveis de carga existentes (consumo de correntes trifásicas) com excesso de operação. É onde entra a segurança. Pelo lado positivo, um estudo de carga pode ser usado para garantir a adesão das regulamentações locais de segurança. Pelo

lado negativo, a falha na realização de um estudo de carga antes de adicionar novas cargas pode resultar na sobrecarga de uma fonte elétrica existente, gerando riscos de acidentes elétricos e de confiabilidade. Embora as despesas com energia sejam uma parte importante dos custos operacionais gerais, muitas empresas não percebem onde seu orçamento para os custos de energia estão sendo gastos, pois recebem apenas uma fatura mensal que não indica quando houve uso excessivo ou não em comparação com as operações do mês. Ao registrar o consumo de energia na entrada de serviço principal e, em seguida, em grandes cargas e fornecimentos secundários, as

René Guiraldo

Gerente Nacional de Vendas da Fluke do Brasil 92

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instalações podem avaliar a quantia de energia que está sendo usada, quando está sendo usada, por quem e, ainda, seu custo por hora. Sem falhas, os dados apresentarão graves desperdícios de energia que podem ser eliminados apenas com mudanças operacionais, como o desligamento de certas cargas, a redução de cargas durante os horários de pico ou o ajuste da programação para que as cargas passem a operar nos horários em que as taxas estejam mais baixas. Os donos de instalações de grande e médio porte, geralmente instalam sub-­ medidores para faturar seu consumo de energia específico. No entanto, esses sub-medidores são geralmente instalados de forma inadequada, colocando em dúvida a confiabilidade do faturamento. Os problemas de instalação variam de transdutores de corrente instalados com a frente para o lado errado ou instalados na fase errada até erros de configuração de sub-medidores.


Uma boa prática comercial é verificar a leitura com um registrador de energia portátil. Os dados do registrador oferecem uma comparação rigorosa do que está sendo faturado e do que foi de fato utilizado. Um grande desvio entre o total cobrado pelo consumo de energia e os dados do registrador pode ser um sinal para investigar a configuração do sub-medidor. As empresas prestadoras de serviço público oferecem incentivos e descontos como uma forma de encorajar seus clientes a reduzirem o consumo de energia. O objetivo é servir mais clientes com a mesma fonte de alimentação já existente, visto que é proibida a construção de novas fábricas de geração de energia. Muitos incentivos e descontos estão disponíveis para aprimorar fábricas já existentes, como motores de alta eficiência e iluminação com economia de energia, assim como substituição de arranque do motor por energia de frequên­cia variável. Para receber o incentivo financeiro, a empresa de servi-

ços públicos precisará de uma verificação constante da economia de energia, cenário ideal para os estudos de carga. O estudo de carga de pré-aprimoramento documentará o consumo de energia existente para oferecer dados de parâmetro, enquanto que o estudo de carga de pós-aprimoramento verificará a economia de energia obtida após a conclusão das modificações. Muitas vezes, a única forma de resolver um problema é coletar e analisar dados de um certo período. Para esses cenários de resolução de problemas, os registradores de energia são extremamente importantes, além de terem um preço mais acessível e serem mais fáceis de usar do que um analisador de potência complexo. Um bom exemplo é quando um dis-­ juntor é ativado aleatoriamente. Eventos óbvios, como o arranque de um grande motor, não devem ser o motivo. Na verdade, ativações podem aparecer de forma totalmente aleatória ou podem acontecer

quando o técnico não está por perto para observar (no meio da noite, por exemplo). Como o técnico de manutenção não pode monitorar a carga até que o disjuntor seja ativado, conectar um registrador de energia à lateral de carga do disjuntor para registrar o consumo de corrente pode ajudar na resolução de problemas de ativação.

Um estudo de carga pode ser usado para garantir a adesão das regulamentações locais de segurança.

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agenda

novembro/Dezembro 2014

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eventos 6º Encontro Anual do Mercado Livre Data/Local: 27 a 29/11 – Salvador (BA)

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Informações www.encontromercadolivre.com.br

XI ENES - Encontro Nacional de Engenharia de Sedimentos Data/Local: 01 a 05/12 – João Pessoa (PB) Informações: (51) 3493 2233 / 3308 6652 - e-mail: abrh@abrh.org.br

GeoPower Global Congress Data/Local: 02 a 04/12 – Istanbul (Turquia) Informações: samantha.coleman@greenpowerconferences.com

Fórum Abastecimento 2015: Cenários e Projeções Data/Local: 04/12 – São Paulo (SP) Informações: www.ctee.com.br/forumabastecimento/index.asp

Power-Gen International Data/Local: 09 a 11/12 – São Paulo (SP) Informações: www.power-gen.com

cursos Noções Básicas de Iluminação LED Data/Local: 04/12 – São Paulo (SP) Informações:www.avantled.com.br

EMC em Instalações Eletro-Eletrônicas Data/Local: 08 e 09/12 – Vitória (ES) Informações: cursos@coopttec.coop.br

Proteção de Sistemas Elétricos Industriais Data/Local: 08 a 12/12 – Itajubá (MG) Informações: fupai@fupai.com.br

Contabilidade Societária e Regulatória Aplicável ao Setor Elétrico Data/Local: 09 e 10/12 – São Paulo (SP) Informações: atendimento@newsmailmarketing.com.br

Instalações Elétricas de Baixa Tensão II - ABNT NBR 5410:2004 - Instalações de Potência Data/Local: 09 a 12/12 – São Paulo (SP) Informações: cursos@abnt.org.br

Introdução ao Gerenciamento e Execução de Projetos de Eficiência Energética Data/Local: 10 e 11/12 – Rio de Janeiro (RJ) Informações: eventos@ambienteenergia.com.br

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FIEE

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(11) 3060-4913

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info@fiee.com.br

GENERAL CABLE

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(11) 3457-0300

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18 e 19

(11) 3436-6063

www.hmnews.com.br

contato@hmnews.com.br

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(61) 3445-1414

www.krista.com.br

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LACERDA SISTEMAS DE ENERGIA

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(11) 2147-9777

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Recado do Hilton

Instalações elétricas

Uma mesa com (apenas) três pernas lize elétrons ou fótons. As pernas desta mesa são as seguintes:

Perna 2 Norma de instalação

Perna1 Norma de produto

Perna 3 Certificação de produto

Perna 4 Certificação de instalação

O principal objetivo das normas técnicas é garantir a segurança das pessoas, animais e do patrimônio. Enquanto que o papel da certificação é assegurar que os requisitos das normas técnicas (ou outro documento de referência) foram atendidos nos produtos ou na instalação, fechando assim o círculo virtuoso da segurança. É fato que o Brasil possui um adequado conjunto de centenas de normas técnicas de produtos elétricos e de instalações (NBR 5410, NBR 14039, NBR 13570, NBR 13534, NBR IEC 60079-14) que atende satisfatoriamente o mercado. Tais normas estão em constante atu98

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alização e alinhamento com as normas internacionais. Embora de abrangência muito pequena, se comparado ao universo de produtos existentes, temos em funcionamento um sistema de certificação compulsória de produtos elétricos sob a gestão do Inmetro. Os mecanismos desta certificação são igualmente atuais e seguem os protocolos internacionais de avaliação de conformidade. O desafio neste tema é ampliar em um ritmo mais intenso a lista de produtos compulsoriamente certificados, de modo a reduzir os riscos à segurança pessoal e patrimonial oriundos de produtos que não possuam os requisitos mínimos estabelecidos na normalização disponível. Desta forma, as pernas 1, 2 e 3 da nossa “mesa da segurança” existem, ora mais completos, ora com aperfeiçoamentos a se fazer. No entanto, o que dizer da perna 4? Infelizmente há pouco a se falar sobre ela em termos de ações concretas compulsórias no Brasil. Como toda mesa com quatro pernas, se uma delas não existir, é muito difícil garantir a estabilidade do conjunto. Não há leis federais ou estaduais sobre o tema. Há algumas poucas leis municipais que exigem a inspeção da instalação elétrica como parte dos requisitos para a concessão da permissão de uso dos imóveis. No entanto, nenhuma delas ainda foi regulamentada, o que torna inócua a aplicação da lei, uma vez que não são determinadas as penalidades para quem infringi-la.

A iniciativa do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo ao publicar em maio de 2011 a IT-41 – Inspeção visual de instalações elétricas foi um passo marcante no envolvimento de uma autoridade com a segurança das instalações. A aplicação obrigatória desta instrução vem apresentando resultados práticos de melhoria das instalações, como mostram as estatísticas do Corpo de Bombeiros e Procobre Brasil. Fica aqui a torcida para que a IT-41 possa inspirar os corpos de bombeiros de outros estados. Outra boa notícia foi a publicação em janeiro de 2014 da Portaria 51 do Inmetro sobre Certificação de Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Essa portaria, embora voluntária, aos poucos vai se tornando um requisito obrigatório nos cadernos de encargos de algumas empresas, destacandos­­e neste momento a Infraero. Que outras organizações sigam esse exemplo. Tomara que o novo ciclo que se inicia em janeiro de 2015 na política nacional, seja no executivo ou no legislativo, possa trazer ações concretas para encaixar a quarta perna na mesa da segurança. Até a próxima edição!

Hilton Moreno

Foto: Ricardo Brito/HMNews

D

esde sempre apresento a ideia de que a segurança das instalações elétricas é como uma mesa com quatro pernas. Seja uma instalação elétrica de baixa, média ou alta tensão, automação, em áreas com atmosferas explosivas, redes públicas ou qualquer outra que uti-




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