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Ir além das palavras

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O SEXO E A MORTE

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Vários deputados pedem recompensas pecuniárias, como um salário extra, para agradecer a dedicação e o espírito de sacrifício dos profissionais de saúde da linha da frente durante o surto de covid-19 que afectou praticamente toda a população. Elsie Ao Ieong U não respondeu claramente, afirmando que o Governo vai fazer o possível, de acordo com a lei

OS temas ligados à saúde estiveram ontem em destaque na sessão de resposta a interpelações orais apresentadas por deputados.

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A deputada Lo Choi In começou por sublinhar que o Governo devia “atribuir diplomas de louvor e subsídios especiais a todos os profissionais de saúde da linha da frente e ao pessoal das instituições de solidariedade social, que trabalharam incansavelmente durante o surto de Dezembro”. A legisladora ligada à comunidade de Jiagmen lembrou que além do trabalho incansável, a larga maioria dos profissionais de saúde foi também infectada pelo novo tipo de coronavírus.

O deputado Pereira Coutinho foi mais longe e alargou a necessidade de louvar e recompensar os profissionais do Instituto de Acção Social, bem como os “profissionais das forças de segurança e do corpo de bombeiros, que não pararam de trabalhar”, e ainda reconhecer que há muito tempo se alarga o sacrifício dos profissionais.

“Não foi só no último mês de Dezembro. Nos últimos três anos, os trabalhadores da Função Pública trabalharam imenso. Nunca ouvi uma resposta da senhora secretária, mas acho que devemos aprender com as experiências do exterior, tendo em conta o esforço dos profissionais de saúde. Há que louvar este pessoal, é preciso um bónus de um mês de salário, não é muito dinheiro nesta situação, de forma a reconhecer o trabalho deste grupo de trabalhadores. Creio que a maioria dos deputados vai apoiar esta solução”, apontou Pereira Coutinho.

Zheng Anting vincou a necessidade de compensar de forma concreta, com subsídios, os profissionais de saúde. “Temos orçamento para isto, e ninguém nesta assembleia será contra a aprovação do reconhecimento. É preciso apoiar o sector público de saúde, assim como os médicos privados”, concluiu.

“Não foi só no último mês de Dezembro. Nos últimos três anos, os trabalhadores da Função Pública trabalharam imenso. Há que louvar este pessoal, é preciso um bónus de um mês de salário, não é muito dinheiro nesta situação.”

PEREIRA COUTINHO DEPUTADO

O deputado e médico Chan Iek Lap concordou com a necessidade de não deixar os médicos de fora das recompensas.

Palmadas nas costas

Em resposta à interpelação de Lo Choi In, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U declarou que os Serviços de Saúde vão atribuir “louvores aos trabalhadores consoante o resultado da avaliação de acordo com o mecanismo de avaliação de desempenho dos trabalhadores dos serviços públicos”.

Além disso, a secretária mencionou que “o Instituto de Acção Social (IAS) irá atribuir um diploma de agradecimento, como meio incenti- vo, aos trabalhadores de instituições de serviço social, voluntários e estudantes da área de enfermagem pelo apoio prestado ao Centro de Tratamento Comunitário”.

Janela Indiscreta

A deputada Lo Choi In revelou ontem ser vizinha do director dos Serviços de Saúde, situação que a coloca numa posição de vantagem para confirmar que Alvis Lo trabalha arduamente.

“Moro muito perto do sr. director dos Serviços de Saúde, sei que sai de casa muito cedo e regressa muito tarde”, indicou a deputada argumentando que os “profissionais de saúde merecem um apoio, um subsídio para agradecer o trabalho prestado”.

Maratona Governo Pondera Alargar Percurso A Locais Hist Ricos

OGoverno lançou um estudo de viabilidade para a inclusão de novos percursos para a Maratona Internacional de Macau, indicou ontem a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U na

Assembleia Legislativa, afirmando que as autoridades ponderam “incluir mais troços de via emblemáticos nas provas, como o Cotai Strip”.

A governante anunciou a possibilidade de alargar o escopo da prova em resposta a uma interpelação oral de Leong Sun Iok. O deputado dos Operários sugeriu a inclusão de vias como a Rua do Cunha, na Taipa, e a Almeida Ribeiro, no centro da península, na maratona.

Elsie Ao Ieong U prometeu ter em conta a sugestão, argumentando que “em termos mundiais, as maratonas além do aspecto desportivo e competitivo, servem também para promover o desporto e dar a conhecer as cidades”.

Como tal, a secretária garantiu que o Governo irá estudar a possibilidade de alargar o percurso, tendo em conta o equilíbrio necessário para a gestão do trânsito, assim como alargar o número de participantes nas provas. J.L.

Para assegurar que os lares têm recursos para pagar compensações e subsídios aos trabalhadores, o IAS comunicou com as devidas instituições, “esclarecendo que os lares podem de acordo com a sua própria situação, política e condições, proceder à compensação com base em norma de legislação laboral”, indicou Elsie Ao Ieong U, vincando a necessidade de cumprir o que é determinado pelas leis de Macau.

Por montes e vales

Outro assunto a originar debate mais acesso, prendeu-se com a política de vales de saúde, que a deputada Lo Choi In considera não ter âmbito suficientemente abrangente. A legisladora argumentou que Macau deveria seguir Hong Kong em termos de valor do subsídio concedido anualmente. “O Governo deveria ponderar elevar para 1000 patacas o valor do vale de saúde e alargar a sua aplicação, por exemplo, a produtos tradicionais chineses, serviços de radiologia”, apontou a deputada, acompanhada pelo seu colega de bancada Zheng Anting.

A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura sublinhou que o Governo irá continuar a estudar a possibilidade de aumentar o valor do vale de saúde, actualmente fixado nas 600 patacas. No entanto, a responsável passou depois a reforçar a ideia de que a natureza e âmbito do subsídio em questão difere entre as duas regiões administrativas especiais. “Os vales de saúde em Hong Kong são diferentes dos da RAEM, só se beneficiam a população idosa. Aqui são para todos os residentes. “Não podemos seguir as práticas de Hong Kong. Aliás, acho que este não é um problema que temos para resolver prioritariamente”, afirmou.

Elsie Ao Ieong U afirmou que a taxa de utilização anual dos vales de saúde se mantém em cerca de 70 por cento, e que, por exemplo, em 2020, cerca de 440 mil residentes utilizaram os vales de saúde, cujo valor de liquidação ultrapassou os 247 milhões de patacas. João Luz ID

Formação subsidiada Inscrições entre 13 e 17 de Fevereiro

A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) vai lançar mais uma ronda de cursos de formação subsidiada “para ajudar os indivíduos que ainda se encontram afectados” pela crise provocada pela pandemia a “aumentarem as suas competências no trabalho”. A DSAL anunciou ontem que entre os dias 13 e 17 de Fevereiro vão estar abertas as inscrições para os cursos. Recorde-se que o plano de formação subsidiada se destina a trabalhadores no activo e profissionais liberais que, após a conclusão dos cursos e provas, podem receber subsídios de formação até 5.000 patacas. Em relação aos residentes desempregados “por cessação da relação de trabalho em 1 de Janeiro de 2019 ou data posterior, ou graduados que tenham concluído o curso do ensino superior em 1 de Janeiro de 2019 e não sejam trabalhadores por conta de outrem”, finda a formação terão direito a subsídio no valor de 6.656 patacas.

Pesticidas Governo actualiza regulamento

O Conselho Executivo anunciou ontem que o regulamento sobre os “limites máximos de resíduos de pesticidas em géneros alimentícios” vai ser alterado, para passar a abranger mais alimentos. As mudanças são as primeiras desde 2020 e visam estabelecer limites para os resíduos de pesticidas presentes nas frutas e cereais. O âmbito do regulamento vai também ser alargado para cobrir até 230 espécies de pesticidas e acrescentar novas espécies de cultivos sujeitas a controlo. Ainda de acordo com a informação do organismo que tem como porta-voz o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, vão ser actualizados mais de 5.500 itens das tabelas que definem os limites máximos para resíduos de pesticidas.

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