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escolas, por exemplo, necessitam urgentemente de introduzir ideias em torno dos objectivos de desenvolvimento sustentável desde uma fase inicial, enquanto as ONG necessitam de mais apoio governamental e da sociedade para atingir as suas missões, como a introdução de maior sustentabilidade [nas suas práticas]. As pequenas e médias empresas estão muito dispostas a introduzir acções sustentáveis simples, como actividades amigas do ambiente. Por um lado, podem estar disponíveis a reduzir custos, por outro, se houver suficiente cooperação entre público e privado, a consciência de que ‘qualquer pessoa pode ser um administrador ético’ pode ser disseminada”, adiantou Carlos Noronha.

APRESENTADO em Fevereiro no Instituto Mateus Ricci, o estudo “A percepção de uma ‘Administração Ética’ em Macau: Uma análise em três fases” [The Perception Of ‘New Stewardship’ In Macau: A Three-Phase Analysis], inaugurou no território o debate em torno de um conceito surgido no Reino Unido e relativamente desconhecido em Macau. A chamada Administração Ética não é regulada por lei, mas pode estar sujeita a códigos de conduta que podem ser seguidos, ou não, por governos, organizações não governamentais (ONG) e empresas, com impacto na sociedade civil. Como pode a administração governamental, das associações e empresas, ser mais eticamente responsável, numa área estreitamente ligada à Responsabilidade Social Corporativa (RSC)?

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O estudo, da autoria de Carlos Noronha e Jenny Guan, académicos da Universidade de Macau e Instituto de Formação Turística, respectivamente, e ligados ao

Instituto de Macau para a RSC na Grande China, e do padre Stephan Rothlin, director do Instituto Mateus Ricci, conclui que há ainda muito trabalho a fazer nas escolas, em prol da educação de novas gerações, e promocional junto de empresas e associações, para que compreendam e possam implementar o conceito. Em entrevista ao HM, os três académicos falam de algumas conclusões desta investigação, feita com educadores, escolas e associações.

“Há muitas coisas que necessitam ser implementadas. As

Carlos Noronha propõe que “escolas e Governo olhem para a questão” com a incorporação de conteúdos relacionados com a justiça social e igualdade de género nas disciplinas leccionadas

Jenny Guan, por sua vez, adiantou que o conceito de Administração Ética “é relativamente novo para os negócios de Macau”. “Acredita-se, no entanto, que “não será muito difícil para os empresários compreendê-lo, considerando que os conceitos de RSC e a sustentabilidade têm sido introduzidos e bastante discutidos. Neste momento, falta de promoção conjunta deste conceito de Administração Ética a accionistas e empresários e de uma prática mais ampla”, frisou.

No processo de entrevistas, os responsáveis por escolas e associações defenderam a necessidade de ultrapassar a mentalidade do subsídio, muito intrínseca na sociedade de Macau e bastante ligada às questões administrativas. Este foi um ponto abordado, sobretudo, por pequenas e médias empresas e ONG, “que frisaram a necessidade de uma mudança radical em termos de política e mentalidade”, disse Stephan Rothlin.

Além disso, foram abordados os benefícios da Administração Ética na defesa dos direitos dos trabalhadores migrantes e da igualdade. “A crise da pandemia

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