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O Governo recomenda que os grupos de alto risco devem tomar uma dose adicional da vacina bivalente contra a variante Ómicron. As novas orientações, que entraram ontem em vigor, seguem as recomendações da Organização Mundial de Saúde

APESAR da vacinação nunca ter sido obrigatória em Macau, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus lançou uma série de novas recomendações para preparar uma eventual subida das infecções por covid-19 no território no futuro próximo.

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Tendo em conta a predominância da variante Ómicron, o

Governo indica que “para as pessoas de alto risco, será necessária a administração de uma dose adicional da vacina bivalente contra a variante Ómicron (ou seja, vacina bivalente de mRNA contra a COVID-19)”. Apesar do comunicado do centro de coordenação de contingência referir que “será necessária” a toma da vacina, não especificando se esta é obrigatória ou não, em esclareci- mentos ao Canal Macau da TDM as autoridades admitiram tratar-se apenas de uma sugestão. Assim sendo, com o objectivo de “aumentar a imunidade dos residentes contra a variante Ómicron, especialmente dos grupos de alto risco”, o Governo indica que a vacinação irá obedecer à “classificação de risco de acordo com as pessoas de diferentes grupos etários e o seu estado de saúde”.

SAÚDE TRÊS PESSOAS EM ESTADO CRÍTICO COM GRIPE A E COVID-19 NO HOSPITAL SÃO JANUÁRIO

OS Serviços de Saúde foram notificados na sexta-feira de duas pessoas em estado crítico na sequência de infecções de covid-19 e gripe A.

O caso grave do novo tipo de coronavírus foi detectado num homem de 41 anos de idade, visitante do Interior da China. O paciente começou a sentir sintomas como febre, tosse e dificuldades respiratórias no dia 22 de Abril e recorreu às urgências do Hospital Kiang Wu, onde foi diagnosticado com covid-19 e recusou internamento hospitalar. Cinco dias depois, os sintomas agravaram-se, forçando o paciente a recorrer de novo ao Serviço de Urgência do Hospital Kiang Wu. Posteriormente foi transferido para a Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar Conde de São Januário CHCSJ, onde foi diagnosticado com infecção pulmonar. Na noite de sexta-feira, o doente encontrava-se em estado crítico, necessitando de apoio do ventilador respiratório. As autoridades indicaram não conhecer o historial de infecção e vacinação do paciente.

O outro caso grave diz respeito a uma residente de Macau, com 64 anos de idade e historial clínico de doença crónica, que estava na sexta-feira em estado grave nos Cuidados Intensivos do CHCSJ na sequência de infecção por gripe A. Com um quadro clínico dominado por infecção pulmonar e insuficiência respiratória, a paciente encontrava-se em estado crítico, necessitando de apoio de ventilador respiratório.

Os Serviços de Saúde não actualizaram a situação dos pacientes mencionados. Porém, acrescentaram que a menina de 8 anos que estava em estado grave devido a infecção de gripe A continua em estado crítico na Unidade de Cuidados Intensivos do Serviço de Pediatria do CHCSJ.

A criança tem um quadro clínico muito grave, com complicações por pneumonia, encefalopatia necrosante aguda e hemorragia cerebral. J.L.

Afastando a hipótese de tornar a vacinação contra a covid-19 numa rotina, as autoridades vão concentrar esforços nos grupos de alto risco com maior probabilidade de desenvolver doenças graves ou consequências graves após infecção. Os grupos de risco incluem idosos, mulheres grávidas, indivíduos com doenças crónicas e profissionais de saúde da primeira linha, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde.

Doses adicionais Com base nas novas recomendações, as autoridades referem que no geral todos os cidadãos devem completar a vacinação com três ou quatro doses, sendo que a última inoculação deve ser com a vacina bivalente de mRNA.

Assim sendo, crianças entre seis meses e 17 anos, “sem situação de risco”, devem tomar três doses. Para cidadãos entre os 18 e 59 anos, são aconselhadas três ou quatro doses, com as autoridades a indicar que quem não tenha tomado dose da vacina bivalente deve fazê-lo seis meses depois da última dose ter sido administrada.

A mesma recomendação é alargada a pessoas com mais de 60 anos de idade, mulheres grávidas (depois de 16 semanas de gestação) e profissionais de saúde da linha da frente, com a especificação que estes segmentos populacionais podem tomar duas doses da vacina bivalente de mRNA, respeitando o intervalo de seis meses desde a última inoculação.

As autoridades sublinham que quem já tenha sido infectado com covid-19 não deve “reduzir o número de doses administradas”, sendo recomendável a vacina bivalente contra a variante Ómicron três meses após o último teste positivo. Os três meses de intervalo entre infecção e vacina podem ser reduzidos para 28 dias em casos de necessidades urgentes, como por exemplo, por motivos de viagem urgente para o estrangeiro. Para tal, o requerente deve “apresentar um pedido no posto de vacinação e assinar in loco o termo de consentimento”.

ASMA AUTORIDADES DE SAÚDE ATENTAS À “PRINCIPAL DOENÇA CRÓNICA” DE MACAU

DE acordo com os Serviços de Saúde (SS), a asma é a principal doença crónica que afecta crianças e adultos e a previsão aponta para o aumento de casos nos próximos anos, seguindo a tendência internacional. As autoridades indicam que em 2021 o número de doentes asmáticos era de 2.515, representando 0,4 por cento da população total no final do ano em causa. Entre estes casos, a faixa etária entre os 60 e os 74 anos representa o segmento da população com maior incidência de asma (25,6 por cento).

Para marcar a data em que se assinala o Dia Mundial da Asma, os SS citam dados da Organização Mun- dial de Saúde que refere que em 2019 a asma afectava cerca de 262 milhões de pessoas e causou 461 mil mortes.

Os sintomas mais comuns são tosse, aperto no peito e dificuldade em respirar, agravando-se frequentemente durante a noite ou com o exercício físico.

Sendo difícil apontar uma causa para a asma, sabe-se que a probabilidade de contrair a doença pode ser hereditária, afectar pessoas que têm outras alergias como eczema e rinite, que tenham nascido de parto prematuro ou com peso abaixo do normal, que tenham exposição prematura a fumo do tabaco. A poluição atmosférica é outro factor que contribui para o aumento da taxa de incidência.

Os SS enumeram entre os factores de risco mais comuns da asma o tabagismo, “poeiras, poluição do ar, baratas e seus excrementos, pelos de animais de estimação, fumo causado pela queima de papéis votivos, alimentos alérgicos (por exemplo, camarões, caranguejos e moluscos). J.L.

DSEC Exportações dos países lusófonos sobem 74,2%

As exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para Macau subiram 74,2 por cento, no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022, segundo dados oficiais divulgados na sexta-feira. Os países lusófonos exportaram mercadorias no valor de 372 milhões de patacas, de acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). O valor exportado por Macau para os países de língua portuguesa foi apenas de 67 mil patacas, registando um decréscimo de 79,5 por cento. O montante total do comércio externo de mercadorias no primeiro trimestre de 2023 em Macau correspondeu a 38,87 mil milhões de patacas e desceu 7,5 por cento, face aos 42,03 mil milhões de patacas registados em idêntico trimestre de 2022. A DSEC adiantou ainda que o défice da balança comercial em Março foi de 11,66 mil milhões de patacas.

CEM Mais de 200 pedidos para carregar veículos

Até Janeiro deste ano, a CEM recebeu 212 pedidos para instalar postos de carregamento de veículos eléctricos, de acordo com a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA). Os dados foram revelados em resposta a uma questão do deputado Ngan Iek Hang. Entre os 212 pedidos, 184 foram aprovados e instalados em 25 edifícios. Quanto às solicitações aprovadas, 181 postos foram colocados em 22 estacionamentos de edifícios privados. Na interpelação escrita, Ngan Iek Hang questionou ainda o Governo sobre a possibilidade de lançar um novo programa para o abate de motociclos a diesel, como aconteceu recentemente. No entanto, a DSAP respondeu que ainda está a ponderar o assunto.

Indonésia Macau na lista que permite vistos à chegada

O Governo da Indonésia emitiu ontem uma circular onde inclui Macau, Panamá e Guatemala na lista de países e regiões que podem requerer visto à chegada a aeroportos e portos marítimos indonésios. Assim sendo, os estrangeiros oriundos da RAEM podem fazer o visto pessoalmente à chegada, mas também proceder à requisição online de visto nos dois dias antes da viagem. De acordo com o website da Directoria Geral de Imigração, a lista de países e regiões de origem a quem é permitido fazer visto à chegada aumentou agora para 92. A emissão destes vistos abrange motivos de visita como turismo, missões governamentais, viagens de negócios, reuniões ou compra de bens. Os vistos são válidos por um período de 30 dias e podem ser renovados uma vez. O Governo indonésio tem justificado a medida com a necessidade de promover o desenvolvimento sustentado do turismo e da economia.

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