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Injecções de confiança

O Governo chinês assegura que vai dar melhores condições ao sector privado para fortalecer o crescimento económico e combater o desemprego jovem que atinge registos históricos

AS autoridades chinesas prometeram ontem adoptar medidas adicionais de apoio ao sector privado, face ao crescimento económico aquém das expectativas e uma taxa de desemprego jovem em máximos históricos. Em comunicado, o Conselho de Estado (Executivo) e o Comité Central do Partido Comunista da China (PCC) comprometeram-se a melhorar o ambiente de negócios, fortalecer mecanismos para garantir a “concorrência leal” e um tratamento não discriminatório, face às empresas estatais, em resposta às reclamações frequentemente feitas por grupos estrangeiros.

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O plano de Pequim, que está dividido em 31 pontos, promete também melhorar os sistemas de apoio ao financiamento e ao mercado de trabalho, visando promover o “espírito empreendedor” no sector privado.

O documento visa ainda incentivar as empresas a empreender processos de transformação digital e tecnológica.

No entanto, a directriz apela também às empresas privadas para

ECONOMIA JURO DE REFERÊNCIA MANTÉM-SE

OBanco Popular da China, o banco central do país, vai manter a taxa de juro de referência em 3,55 por cento, pelo segundo mês consecutivo, após a redução de 10 pontos base ocorrida em Junho, a primeira desde Agosto de 2022.

Na actualização mensal, a instituição indicou que a taxa de referência para empréstimos (LPR, na sigla em inglês) se vai manter no nível actual, durante pelo menos um mês.

O indicador, estabelecido como referência para as taxas de juros em 2019, é usado para definir o preço dos novos empréstimos - geralmente para as empresas - e do crédito com juros variáveis, que está pendente de reembolso. O cálculo é realizado com base nas contribuições para os preços de uma série de bancos - incluindo os pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais ele- vados e maior exposição a empréstimos malparados - e visa reduzir os custos do crédito e apoiar a “economia real”. que “cumpram com as suas obrigações sociais”, através de donativos para caridade, apoio em situações de emergência ou colaboração na “construção da defesa nacional”.

A LPR a cinco anos ou mais - a referência para o crédito à habitação - também não se alterou, mantendo-se nos 4,2 por cento, depois de ter sofrido também uma redução de 10 pontos base (0,10 pontos percentuais), no mês passado.

O banco central confirmou assim as previsões dos analistas, que anteciparam que não haveria alterações nas principais taxas de juros da China este mês.

A mesma directriz pede o reforço da influência do Partido Comunista no sector privado.

Após a publicação do documento, um porta-voz da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o órgão máximo de planeamento económico do país, indicou que o sector privado se tornou num “elemento intrínseco” do sistema económico chinês, embora reconheça que “algumas empresas enfrentam dificuldades” e que os mecanismos propostos vão ter de ser ajustados para aumentar a “confiança e vitalidade”.

Jogar pelo seguro

A falta de confiança das empresas privadas é um dos factores que alguns analistas destacam para explicar a desaceleração da economia chinesa.

“As empresas estão hesitantes em aumentar a produção ou o investimento, face a contratempos económicos. Muitas estão à espera para ver o que vai acontecer, e não tentarão expandir as suas operações até que haja uma recuperação da procura geral”, afirmou, esta semana, num relatório, o economista Harry Murphy Cruise, da Moody’s Analytics.

O plano de Pequim, que está dividido em 31 pontos, promete também melhorar os sistemas de apoio ao financiamento e ao mercado de trabalho, visando promover o “espírito empreendedor” no sector privado

A taxa oficial de desemprego entre os jovens urbanos da China (entre 16 e 24 anos) atingiu novo recorde histórico em Junho, ascendendo a 21,3 por cento, segundo dados oficiais publicados esta semana.

A economia chinesa registou um crescimento homólogo de 6,3 por cento, no segundo trimestre do ano, aquém das expectativas dos analistas, já que o efeito base de comparação, após um ano de bloqueios rigorosos, fazia prever uma taxa superior.

Em relação ao período entre Janeiro e Março, a economia cresceu apenas 0,8 por cento no segundo trimestre do ano.

Encontro Xi Destaca Significado Da Visita De Kissinger

OPresidente chinês destacou ontem o significado da deslocação a Pequim do antigo secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger, lembrando que fez recentemente 100 anos e já visitou a China por mais de 100 vezes. “Este resultado de ‘duzentos’ torna a visita significativa”, disse Xi Jinping.

O Presidente chinês sublinhou que, há 52 anos, os dois países viviam um “momento crítico”, mas que graças à visão estratégica dos líderes da época, foi tomada a “decisão certa” de retomar a cooperação sino - norte-americana. Xi referiu-se ao veterano político norte-americano como um “velho amigo da China”.

Kissinger expressou a sua “honra por visitar novamente a

China”, no mesmo local onde se encontrou, pela primeira vez, com os líderes chineses, em 1971, e sublinhou que a relação entre os dois países é “importante” para a “paz mundial e o progresso da sociedade humana”.

Kissinger, que foi assessor de Segurança Nacional e secretário de Estado de Richard Nixon (1969-1974) e Gerald Ford (1974-1977), visitou secretamente Pequim, em Julho de 1971, para preparar o estabelecimento de relações diplomáticas e abrir caminho para a histórica visita de Nixon à China, em 1972. O antigo político norte-americano continuou, nas últimas décadas, a visitar a China, onde se reuniu por várias vezes com Xi Jinping.

A abertura de Washington à China, então isolada, propiciou o início da transformação económica do país asiático, hoje a segunda maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

A visita não anunciada de Kissinger coincide com a presença na China do enviado especial dos EUA para os Assuntos Climáticos, John Kerry, que também foi secretário de Estado, entre 2013 e 2017, durante parte do mandato presidencial de Barack Obama.

O“Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA”, a “Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA” e o “Grande Prémio de Motos de Macau – 55ª Edição” dispensam qualquer introdução. A prova de motociclismo regressa no mesmo formato de ano anteriores, a Fórmula 3 está de volta com os mesmos carros cá vistos em 2019 e a Taça do Mundo de GT acena ao retorno dos grandes construtores de viaturas do segmento premium.

Entre as cinco corridas na primeira semana, nos dias 11 e 12 de Novembro, estão várias novidades. Nas três edições realizadas sob as condicionantes da pandemia, a Fórmula 4 ocupou o lugar de “cabeça de cartaz”. Contudo, a “Macau Ásia – Fórmula 4” revelada na passada quarta-feira não se trata de uma corrida do famigerado Campeonato da China de Macau que visitou o Circuito da Guia nos últimos três anos. Apesar da competição chinesa ter agendada uma prova para a RAEM, a verdade é que foi substituída por uma prova a cargo dos novos organizadores do Campeonato de Fórmula 4 do Sudeste Asiático. Quer isto dizer, que os “velhinhos” Mygale-Geely serão trocados pelos mais modernos monolugares Tatuus F4-T421, o que faz antever um influxo saudável de concorrentes estrangeiros.

A “Taça GT – Corrida da Grande Baía” já se tornou uma “habitual” do Grande Prémio e deverá manter o formato que reúne viaturas GT4 e ex-troféu monomarca de carros de GT, embora se sugira que este ano a

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