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Burlas em alta

estudantes universitários, na sua larga maioria oriundos do Interior da China.

Questionado sobre a razão que leva estes alunos a serem particularmente afectados por burlas telefónicas, Long Hon Wai apontou diferenças culturais e cognitivas entre os estudantes universitários de Macau e os seus colegas chineses. Além disso, o representante da PJ afirmou que talvez os estudantes do Interior estejam mais focados nos estudos, sem prestar atenção aos alertas das autoridades sobre actividades fraudulentas.

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Seguindo a tendência de crescimento desde o início da pandemia, as fraudes online originaram 73 investigações policiais, número semelhante ao registado no ano passado, com perdas a chegarem aos 13 milhões de patacas.

Presença no campus

Apesar do aumento exponencial de burlas telefónicas, a chefe da Divisão de Ligação entre Polícia e Comunidade e Relações Públicas da PJ, Chiu Chu Wai Man, garantiu que têm sido organizadas múltiplas acções de consciencialização de segmentos demográficos que normalmente são alvos deste tipo de criminalidade.

A PJ organizou mesmo reuniões de emergência com representantes das instituições de ensino superior de Macau, e quando são descobertos casos suspeitos de fraude, as autoridades deslocam-se aos campus para evitar que os estudantes entreguem

Homic Dio Wong Sio Chak Diz Que Pol Cia Vai Estar Atenta

Orecente caso de homicídio que vitimizou uma prostituta numa pensão no centro de Macau não levou o secretário da Segurança, Wong Sio Chak, a concluir que o território atravessa um período de maior insegurança. Porém, o governante vincou ontem que o caso irá tornar as forças policiais mais vigilantes na tentativa de prevenir factores de risco e de garantir a prontidão de resposta.

O secretário frisou que o regresso à normalidade fronteiriça e ao aumento do número de turistas leva ao ressurgimento de uma série de factores de risco, que me- recem cautela da população e das forças de segurança. mais dinheiro aos burlões. Além disso, as autoridades policiais organizam encontros em dormitórios universitários, mantendo proximidade com os estudantes e alertando-os para este tipo de crime.

Em declarações prestadas à margem da cerimónia de encerramento do curso de formação de oficiais destinado ao CPSP, na Escola Superior das Forças de Segurança de Macau, Wong Sio Chak endereçou vários temas relativos à sua tutela.

Um dos assuntos abordados foi a imigração ilegal. O secretário para a Segurança, afirmou que os Serviços de Alfândega e o Corpo de Polícia de Segurança Pública vão reforçar o patrulhamento da zona ribeirinha adjacente ao Parque Municipal Dr. Sun Yat Sen para combater a entrada ilegal no território. J.L.

Idade vulnerável

As autoridades policiais registaram também um aumento dos casos de fraudes dirigidas a idosos, em particular com uma nova versão do crime “adivinha quem sou”, em que os criminosos se fazem passar por alguém que tem uma relação próxima com as vítimas antes de lhes pedir dinheiro.

O chefe da Divisão de Investigação de Crimes Informáticos da PJ revela que a táctica evoluiu nos últimos meses com os burlões a alegarem disputas entre membros da família da vítima e terceiros, por vezes com lutas em que os familiares feriram alguém, ou provocaram um acidente. O método implica sempre que as vítimas compensem monetariamente alguém, ou

“façam o problema desaparecer” enviando dinheiro.

Para evitar fraudes, Long Hon Wai indicou que desde Outubro do ano passado foram aplicadas diversas medidas em colaboração com entidades bancárias.

O chefe de divisão da PJ apontou diferenças culturais e cognitivas entre os estudantes universitários de Macau e os seus colegas chineses e afirmou que talvez os estudantes do Interior estejam demasiado focados nos estudos, sem prestar atenção aos alertas das autoridades

Quando alguém se prepara para fazer uma transferência bancária superior a 30 mil patacas para uma conta num banco fora de Macau, surge uma janela pop-up com um pequeno vídeo a alertar para técnicas fraudulentas. Segundo o responsável da PJ, esta táctica foi fundamental para evitar cerca de 130 transacções num valor aproximado de 17 milhões de patacas. Quando a transferência é feita num balcão físico, os funcionários do banco também alertam os clientes para potenciais fraudes.

Além disso, existe um mecanismo de comunicação entre bancos e polícia, e quando é detectada uma conta suspeita de ser usada numa fraude, o banco recusa transferir fundos para a conta em questão. João Luz

PJ BURLÃO FAZ-SE PASSAR POR AGENTE E “PRENDE” FAMÍLIA EM QUARTOS

UMA mãe e filha foram burladas em cerca 12 mil patacas, depois de terem recebido uma chamada de um burlão que se fez passar por agente da Polícia Judiciária (PJ). O caso foi relatado ontem pelas autoridades e citado no portal do jornal Ou Mun.

Segundo o relato, a mãe, residente local, recebeu uma chamada sempre em mandarim de alguém que se fez passar por agente da PJ.

O suposto agente informou também a mulher de que estava a ser “investigada” no Interior, porque o seu número de telefone aparecia associado a actividades de jogo ilegal e envio de mensagens para burlas.

O suposto agente pediu assim à mulher que instalasse uma aplicação no telemóvel, para auxiliar nas investigações. No entanto, a mulher não conseguiu proceder à instalação do software, e pediu auxílio à filha. Com o programa instalado, o alegado agente pediu depois às duas mulheres para irem para quartos separados da casa, o que elas fizeram. Durante esse período, as duas foram informadas que estavam impedidas de manter contacto com os exterior, ao mesmo tempo que lhes foram pedidas informações sobre os respectivos cartões de crédito, que foram fornecidas.

Nessa altura, e depois de lhe ser pedido um depósito de 26 mil patacas, a mãe sentiu-se enganada, e pediu à filha que também desligasse o telefone. Quando as duas verificaram as respectivas contas bancárias, aperceberam-se que cerca de 12 mil patacas tinham sido transferidas.

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