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Virar olhos para Kiev
A primeira viagem de um governante ucraniano a Pequim, desde o início da guerra, serviu para fortalecer os laços entre os dois países e promover a cooperação económica bilateral
Ovice-ministro chinês do Comércio, Ling Ji, disse ao seu homólogo ucraniano, Taras Kachka, que a China quer aumentar as suas importações da Ucrânia, informaram sexta-feira as autoridades de Pequim.
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Nesta que é a primeira visita de alto nível de uma autoridade ucraniana a Pequim, desde o início da invasão russa, Ling transmitiu a mensagem de que Pequim quer “trabalhar com Kiev para desenvolver activamente a cooperação económica e comercial bilateral”, bem como “promover a parceria estratégica entre os dois países”.
“A China está disposta a aumentar as importações de produtos de alta qualidade da Ucrânia”, acrescentou Ling durante a reunião, realizada na quinta-feira.
Pelo seu lado, Kachka garantiu que Kiev espera “expandir as exportações de produtos agrícolas para a China”, numa promessa feita após uma reunião com repre-
Marinha For As Da China E R Ssia Destroem Mina Em Exerc Cios Conjuntos
AS forças navais da China e da Rússia destruíram sexta-feira o exemplar de uma mina flutuante e repeliram um ataque aéreo simulado, durante exercícios navais conjuntos no Mar do Japão, informou o ministério da Defesa russo.
A mesma nota informou que os navios dos dois países realizaram exercícios de telecomunicações.
sentantes do Ministério da Agricultura em Pequim. Desde o início da invasão russa, a Ucrânia tentou, por meios diplomáticos, impedir a China de ajudar militarmente a Rússia e espera que Pequim use a sua influência sobre o Kremlin para conseguir uma redução nos ataques russos contra a Ucrânia.
Da mesma forma, as negociações também acontecem depois de a Rússia ter abandonado, na
Kachka garantiu que Kiev espera “expandir as exportações de produtos agrícolas para a China”, numa promessa feita após uma reunião com representantes do Ministério da Agricultura em Pequim segunda-feira, o acordo pelo qual se havia comprometido a não atacar navios que exportam cereais ucranianos pelo Mar Negro.
Desde essa altura, a Rússia tem intensificado os ataques a infraestruturas ucranianas, nomeadamente no porto de Odessa, localizado na costa do Mar Negro.
As autoridades ucranianas denunciaram, na quinta-feira, que o consulado chinês na cidade sofreu danos na sequência de um ataque russo com mísseis e veículos aéreos não tripulados (‘drones’).
O Governo chinês afirmou sexta-feira que não houve “vítimas” após as “explosões” ocorridas nas proximidades do seu consulado na cidade de Odessa, no sul da Ucrânia, afirmando que as instalações “foram evacuadas há muito tempo”.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China indicou que a onda de choque “despedaçou parte das paredes e janelas” do consulado. A mesma nota referiu que há “informações” que apontam para o Exército russo como responsável.
Da neutralidade
Pequim recusou condenar a invasão da Ucrânia em fóruns internacionais, mas assegurou que não fornecerá armas para nenhum dos lados da guerra. A China afirma ser neutra no conflito, mas acusou os Estados Unidos e os seus aliados de provocarem a Rússia e reforçou a relação económica, diplomática e comercial com Moscovo.
Desde o início da invasão, a Ucrânia tentou diplomaticamente impedir que a China ajudasse militarmente a Rússia e expressou esperança de que Pequim use a sua influência sobre o Kremlin para conseguir uma redução nos ataques russos.
Em Fevereiro de 2022, pouco antes do início da intervenção militar russa, os líderes de ambas as nações, Vladimir Putin e Xi Jinping, proclamaram uma “amizade sem limites” entre os seus países, em Pequim.
Taiwan Busca Por 600 Contentores De Embarca O Naufragada
ASautoridades de Taiwan destacaram equipas para recuperar cerca de 600 contentores de um cargueiro que naufragou ao largo do porto de Kaohsiung (sul), informou ontem a agência de notícias oficial taiwanesa CNA.
O navio, baptizado de Angel e com bandeira do Palau, pequeno país da Micronésia, naufragou na quinta-feira, quando estava ancorado a cerca de cinco quilómetros da saída do porto de Kaohsiung, de acordo com a CNA. Os 19 membros da tripulação conseguiram abandonar a embarcação, acrescentou.
As autoridades taiwanesas, apoiadas por 17 navios, estão a tentar recuperar os contentores, muitos dos quais foram localizados a flutuar nas águas perto da zona de Linyuan e do município de Donggang. ATaiwan International Ports Corporation, que gere as operações do porto, estimou serem necessários até cinco dias para retirar os contentores da água, dependendo das condições do mar. Apenas 26 tinham sido recuperados até sábado, sendo que os contentores estão a bloquear a passagem de barcos de pesca locais e a danificar o seu equipamento.
Uma equipa deverá efectuar uma inspecção ao navio e retirar o combustível para evitar um derrame.
Ainda de acordo com a CNA, o cargueiro contém quase 500 toneladas métricas de combustível.
A Rússia, que é representada nos exercícios pelos caçadores de submarinos Admiral Tributs e Admiral Panteleyev e pelas fragatas Gromkiy e Otlichnyy, realizou treinos de tiro, contra um alvo de superfície, com peças de artilharia. Quatro navios de guerra e um navio de apoio da Marinha do Exército de Libertação Popular, as Forças Armadas da China, participaram nos exercícios do lado chinês, incluindo os contratorpedeiros Qiqihar e Guiyang, as fragatas de mísseis guiados Zaozhuang e Rizhao e o navio de abastecimento Taihu.
Os exercícios decorreram até ontem. “O principal objectivo destes exercícios é fortalecer a cooperação naval entre a Federação Russa e a República Popular da China, bem como apoiar a estabilidade e a paz na região da Ásia – Pacífico”, informou o lado russo.
Os exercícios, designados “Norte/Interacção-2023», ocorrem apesar das crescentes repercussões económicas e humanitárias suscitadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
Internet Encerradas 21 mil contas para conter rumores
A China encerrou desde Abril mais de 21 mil contas em redes sociais e deteve 620 pessoas, como parte de uma campanha para acabar com a propagação de rumores na Internet, informou a agência de notícias oficial Xinhua. Foram investigados mais de 2.300 casos e apagadas mais de 705 mil informações falsas das plataformas sociais durante a campanha de 100 dias, disse, na sexta-feira, o Ministério de Segurança Pública chinês, de acordo com a Xinhua. Mais de 620 suspeitos envolvidos em mais de 130 casos foram detidos, ainda segundo o departamento governamental, que realçou que a iniciativa pretendia promover um ambiente saudável no ciberespaço. A China é o país com mais utilizadores da Internet no mundo, embora exerça forte controlo sobre o conteúdo. Google, Facebook, Twitter ou YouTube são alguns dos serviços que estão bloqueados no país há já vários anos.