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Diálogos pela paz

O Presidente chinês a conversou ao telefone com o seu hómologo ucraniano na busca de caminhos que levem a uma solução pacífica para o conflito desencadeado pela Rússia

Aconversa por telefone entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, “demonstra responsabilidade” e o “sincero desejo da China” de promover uma “solução política” para a guerra, defendeu ontem um jornal oficial.

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Em editorial, o Global Times, jornal oficial do PC Chinês, considerou que o diálogo prova que a China, “como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e como grande potência responsável, deseja promover uma solução política com sinceridade e sem interesses próprios”.

MONTEPIO GERAL DE MACAU ANÚNCIO

RECOLHA DOS OBJECTOS DO DESPEJO DA LOJA, SITUADA NA AVENIDA DOUTOR MÁRIO SOARES N.º 21, RÉS-DOCHÃO, MACAU, ARRENDADA À AGÊNCIA DE VIAGENS LOUIS CHOU, LDA.

Em cumprimento do mandado de despejo ordenado na Acção Proc. n.º CV1-22-0027-CPE do 1.º Juízo do Tribunal Judicial de Base, contra Aquela Agência, em 23 de Fevereiro de 2023, realizou-se a entrega judicial da loja acima referida ao senhorio MONTEPIO GERAL DE MACAU.

Não tendo comparecido no acto de despejo qualquer representante da referida inquilina, não foi possível proceder à remoção dos objectos ali existentes, identificados nas fotografias tiradas na realização da diligência do despejo anexadas ao respectivo auto, podendo ser consultadas no referido processo.

Não tendo sido possível, até à presente data, contactar qualquer representante da inquilina para proceder à retirada dos referidos objectos, avisa-se quem a eles tenha direito para proceder à sua recolha, sob pena de, decorrido o prazo de 15 dias a contar da publicação deste anúncio, proceder este Montepio à respectiva remoção, nomeadamente, entregando-os ao serviços de recolha do lixo.

Geral de Macau, aos 24 de Abril de 2023.

AChina pediu ontem à Coreia do Sul e aos Estados Unidos que não “provoquem um confronto” com Pyongyang, depois de os líderes dos dois países advertirem o regime norte-coreano de que enfrentará “o fim” se usar armas atómicas.

“Todas as partes devem encarar o cerne da questão da península [coreana] e desempenhar um papel construtivo na promoção de uma solução pacífica”, alertou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning.

Pediu também às partes para não “inflamarem tensões deliberadamente, provocarem confrontos e fazerem ameaças”.

Numa cimeira em Washington com o homólogo sul-coreano Yoon Suk Yeol, o Presidente norte-americano, Joe Biden, alertou que o “lançamento de um ataque nuclear pela Coreia do Norte contra os Estados Unidos ou os seus aliados (...) significaria o fim do regime norte-coreano”.

Os dois líderes também concordaram em fortalecer significativamente a sua cooperação na área da Defesa, inclusive em matéria nuclear, e prometeram “responder prontamente” no caso de um ataque norte-coreano.

Pequim condenou ontem a medida, dizendo que Washington “ignora a segurança regional e insiste em explorar a questão da península [coreana] para criar tensão”.

“O que os Estados Unidos estão a fazer é causar um confronto entre os campos, minando o regime de não-proliferação nuclear e os interesses estratégicos de outros países”, disse Mao.

As acções dos EUA “aumentam as tensões na península, minam a paz e a estabilidade regionais e o objectivo de desnuclearizar a península”, apontou.

“A China está firmemente do lado da paz e do diálogo” e “está sempre do lado correcto da História”, defendeu o jornal. “Tanto a Rússia como a Ucrânia saudaram os nossos esforços para promover a paz, e as potências europeias também esperam que desempenhemos um papel maior”, lê-se no editorial.

Xi Jinping reclama um papel maior para a China na resolução de questões internacionais. Num triunfo para o líder chinês, o Irão e a Arábia Saudita anunciaram, no mês passado, em Pequim, um acordo para restabelecerem as relações diplomáticas, cortadas por Riade em 2016.

Vários líderes europeus, incluindo o Presidente francês, Emmanuel Macron, a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, visitaram Pequim, nas últimas semanas, visando encorajar a China a usar a sua influência junto de Moscovo para pôr fim ao conflito.

Referindo que “até a Casa Branca saudou o telefonema [entre Xi e Zelensky]”, o Global Times lembrou que o reconhecimento internacional “ressalta o valor especial dos esforços da China numa situação tão complexa e em mudança”

Referindo que “até a Casa Branca saudou o telefonema [entre Xi e Zelensky]”, o Global Times lembrou que o reconhecimento internacional “ressalta o valor especial dos esforços da China numa situação tão complexa e em mudança”. “A China pode comunicar directamente com todas as partes envolvidas, procurar consenso e receber respostas positivas”, apontou.

A mediação de Pequim é possível porque a “China sempre aderiu a uma posição objectiva e justa, e demonstrou a sua responsabilidade como grande potência”, acrescentou. “Este papel e influência não podem ser substituídos no mundo de hoje”.

Primeiro passo

Foi a primeira vez que Xi falou com Zelensky desde o início da invasão russa da Ucrânia, apesar de ter reunido por várias vezes com o homólogo russo, Vladimir Putin.

Xi disse ao líder ucraniano que a China vai enviar um representante especial para os assuntos da Eurásia para a Ucrânia e outros países, com o objectivo de “lançar uma comunicação profunda com todas as partes visando encontrar uma solução política para a crise”.

O Presidente chinês explicou ao homólogo ucraniano que o “respeito pela soberania e integridade territorial” é a “base política” das relações entre Pequim e Kiev

Destacou também que a “evolução complexa da ‘crise’ na Ucrânia” teve um grande impacto na situação internacional, ao mesmo tempo que garantiu que o seu país “sempre esteve do lado da paz”.

O Presidente chinês explicou ao homólogo ucraniano que o “respeito pela soberania e integridade territorial” é a “base política” das relações entre Pequim e Kiev e transmitiu o seu desejo de “promover o desenvolvimento da parceria estratégica entre os dois países”.

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