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Aprender online

Plataforma “Ler em Rede”, com conteúdos em português para estudantes não nativos, e desenvolvida pelo Instituto Português do Oriente e o Camões I.P., passa a integrar o projecto de Digitalização do Ensino Português no Estrangeiro, financiado com fundos públicos e apresentado na última sexta-feira na Alemanha

CRIADO em Macau, o plano “Ler em Rede”, desenvolvido pelo Instituto Português do Oriente (IPOR), o Camões I.P. e a empresa de tecnologia OMNI, passa a integrar o projecto de Digitalização do Ensino Português no Estrangeiro (EPE), desenvolvido pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua e financiado com fundos públicos do Plano de Resolução e Resiliência [PRR]. Integrada no “Ler em Rede” encontra-se a plataforma “Viagem nas Palavras”, criada pelo IPOR e que já é utilizada em várias escolas de Macau.

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O projecto Digitalização do EPE arrancou no dia 21 de Abril em Hamburgo, Alemanha, com a entrega dos primeiros equipamentos a professores e alunos. Esta iniciativa tem como objectivo a qualificação da rede EPE através da disponibilização de equipamentos a todos os alunos e professores para a utilização de plataformas digitais de conteúdos em língua e cultura portuguesa.

“Ler em Rede” pretende ser uma ferramenta para proporcionar a todos os jovens que aprendem português no âmbito da rede EPE a possibilidade de desen -

Esta plataforma incentiva o percurso de autoaprendizagem, podendo também ser utilizada em contexto de sala de aula, como um recurso adicional à disposição dos docentes

PARIS JOANA VASCONCELOS INAUGURA “ÁRVORE DA VIDA”

Ainstalação “Arvore da Vida”, de Joana Vasconcelos, abre hoje ao público, na Capela do Castelo de Vincennes, Paris, revelando uma estrutura de 13 metros, representação das emoções vividas no confinamento, com a expectativa de um recomeço mais harmonioso.

“Este projecto começa como um projecto pequeno, a partir do mito de Dafne, para a villa Borghese, em Roma, que nunca aconte- ceu. A equipa foi para casa no confinamento, a bordar folhas, porque era a única coisa que eu podia mandar para toda a gente. E eu pensei, o que é que vamos fazer? Vamos bordar as folhas da dita árvore e Jean-François Chougnet [comissário da exposição] achou que seria um bom projecto para a Capela. E então nasceu a ideia de transformar a árvore de Dafne em ‘Arvore da Vida’, associada a esta ideia de recomeço”, afirmou Joana volverem competências através de experiências pedagógicas de “qualidade, diversificadas, atractivas e criativas”, sempre dentro dos moldes definidos para o ensino do idioma de Camões a estrangeiros. Esta plataforma incentiva o percurso de autoaprendizagem, podendo também ser utilizada em contexto de sala de aula, como um recurso adicional à disposição dos docentes.

Vasconcelos em entrevista à agência Lusa, em Paris. Esta obra nasce assim da inspiração intemporal de um mito grego, em que Dafne, primeiro amor de Apolo, o rejeita e pede ao pai que a ajude a fugir à insistência deste deus, acabando por transformá-la num loureiro, e do contexto em que a peça foi concebida, a data original da Temporada Cruzada entre Portugal e França, que coincidiu com a pandemia de covid-19.

Três níveis, 60 unidades Organizada em três níveis etários e com 60 unidades didácticas, o “Ler em Rede” incorpora “recursos tecnológicos inovadores” que visam promover uma aprendizagem centrada nas compet ê ncias de leitura, mas que potencia também as áres da compreensão do oral e da escrita.

O projecto Digitalização EPE beneficia cerca de 22.000 alunos da rede de cursos extracurriculares promovidos pelo Camões, I.P. em Espanha, Andorra, França, Reino Unido, Alemanha, Luxemburgo, Bélgica, Países Baixos e África do Sul, bem como na Austrália, Canadá, EUA e Venezuela. O investimento PRR do Camões, I.P., inserido na Medida TD-C19-i01m13, representa um investimento global de 18,9 milhões de euros.

“Foi algo produzido em plena pandemia, a partir de reciclagem de materiais e tecidos que tinha no ateliê. Foi a ocupação de muita gente durante muitos meses e foi o foco das emoções - até o desespero e ansiedade - e a pergunta ‘o que será o futuro?’. Todas essas emoções fazem parte deste projecto. Disse à equipa e a mim própria, que tinha de fazer algo positivo e fantástico para comemorar a saída desse período”, explicou a artista.

Joana Vasconcelos criou uma “árvore luxuosa e sensual” em tons de vermelho, castanho e dourado, com um intrincado tronco de tecido, com várias técnicas artesanais com lãs e outros materiais, que se propaga depois na copa em dezenas de ramos que acolhem cerca de 140 mil folhas, algumas em bordado de Castelo Branco, outras cobertas de lantejoulas, e ainda folhas de couro, onde foram instaladas milhares de luzes LED.

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